Manual formação Wattguard – Técnico Comercial

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Manual formação Wattguard – Técnico Comercial
Manual de Formação
Staff Técnico
Revisão do Documento: 28/01/2014
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
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Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
Índice
1. Introdução.............................................................................................................................. 5
1.1.
Gestão da Energia .......................................................................................... 5
1.1.1. Peso dos consumos em Iluminação no custo total em energia, por ramo de
atividade. .............................................................................................................................. 6
2. Generalidades ....................................................................................................................... 7
2.1. Conceito de Lúmen ............................................................................................ 7
2.2. Conceito de Lux ................................................................................................. 8
2.3. Conceito de Iluminância ..................................................................................... 8
2.4. Tecnologias de Iluminação ................................................................................. 9
3. Optimizadores de Energia ............................................................................................... 16
3.1. Reguladores de Tensão ................................................................................... 16
3.2. Reguladores de fluxo luminoso ........................................................................ 17
3.2.1. Medição................................................................................................................... 17
3.2.2. Relação entre fluxo luminoso e luminosidade .................................................. 17
3.3. Baterias de Condensadores ............................................................................. 18
3.3.1. Descrição Técnica ................................................................................................. 18
3.3.2. Baterias de Condensadores: Especificações Técnicas .................................. 18
3.3.3. Entenda o que é a energia reativa e saiba o que na prática está a ser
faturado .............................................................................................................................. 19
3.3.4. Como é que as baterias de condensadores eliminam a energia reativa da
sua fatura. .......................................................................................................................... 19
3.4. Tecnologia Wattguard de Optimizadores de Energia ........................................ 20
4. Optimizadores de Energia Wattguard .......................................................................... 21
4.1. Aplicabilidade ................................................................................................... 21
4.2. Finalidade......................................................................................................... 22
4.3. Como se Obtém a Redução ............................................................................. 22
5. Equipamentos Optimizadores Energia Wattguard ................................................... 24
5.1. Hardware.......................................................................................................... 26
5.2. Software ........................................................................................................... 27
5.3. Funcionamento................................................................................................. 27
5.4. Instalação ......................................................................................................... 29
5.5. Regulação ........................................................................................................ 30
5.5.1. Configuração .......................................................................................................... 30
5.5.2. Ajuste dos níveis de economia............................................................................ 30
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5.5.3. Adaptação das lâmpadas ..................................................................................... 31
5.5.4. Redução Térmica de funcionamento ................................................................. 31
5.6. Gama de Potências .......................................................................................... 33
5.6.1. Equipamentos ........................................................................................................ 33
5.6.2. Dimensionamento e Seleção ............................................................................... 33
5.7. Certificação de Equipamentos .......................................................................... 34
6. Patente .................................................................................................................................. 35
7. Modelo do Negócio............................................................................................................ 39
7.1. Avaliação.......................................................................................................... 39
7.2. Proposta Técnico-Comercial ............................................................................ 39
7.3. Adjudicação Condicional .................................................................................. 39
7.4. Ajustes/afinação no equipamento ..................................................................... 39
7.5. Faturação (Opção por): .................................................................................... 39
8. Mercados Alvo .................................................................................................................... 40
9. HSSE - Health, Safety, Security, Environment ........................................................... 41
9.1. Habilitação Profissional dos Instaladores ......................................................... 41
9.2. Equipamentos individuais de proteção ............................................................. 41
9.3. Sinalética de Segurança ................................................................................... 41
10. Medições da Componente Elétrica e Iluminância ................................................... 42
11. Caderno Técnico de Encargos e Acompanhamento Técnico da Obra ............. 43
12. Relatórios........................................................................................................................... 44
12.1. Relatório Intermédio ....................................................................................... 44
12.2. Relatório Final ................................................................................................ 45
13. Manutenção ....................................................................................................................... 46
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1. Introdução
1.1. Gestão da Energia
Em muitas empresas os consumos de energia representam uma fatia muito
importante dos custos operacionais, tornando-se pois necessário assegurar a
minimização daqueles custos, i.e., controlar a energia como qualquer outro fator
de produção.
A gestão de energia deve ser encarada numa perspetiva de tarefa de gestão,
como a aplicação de uma atitude sistemática e metodológica quanto ao uso
eficaz da energia e menos como uma tarefa puramente técnica.
É pois uma tarefa primordial da gestão de energia fazer a identificação das
oportunidades de economia, o que se consegue apenas quando existe uma
equipa ou um gestor encarregado, numa base permanente, da gestão dos custos
energéticos e do sistema de informação respetivo.
Apesar do consumo de energia ter um forte impacto no ambiente, através da
emissão para a atmosfera de gases com efeito de estufa, com especial enfase
nas alterações climáticas, a gestão de energia tem sido, e continuará ainda a ser
nos próximos anos, sobretudo, um programa cuja principal objetivo será a
redução de custos.
Obviamente que, num futuro mais ou menos próximo, uma estratégia integrada
das políticas energética e ambiental terá de encontrar um ponto de equilíbrio
entre a viabilidade técnico-económica e as condicionantes ambientais, tendo
em devida consideração a relação custo-eficácia e o desenvolvimento social e
económico na promoção de um desenvolvimento sustentável, não perdendo de
vista a segurança do abastecimento e a sua competitividade.
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1.1.1. Peso dos consumos em Iluminação no custo total
em energia, por ramo de atividade.
O consumo da iluminação tem a sua quota-parte nos custos que uma
empresa tem de suportar, verificando-se que em muitos casos, é um dos custos
de suporte mais importantes a ter em conta e onde a eficiência poderá ter um
forte impacto na redução da sua fatura. Neste caso, refere-se a todo o tipo de
infraestrutura que não tenha maquinaria pesada instalada, como é o caso dos
parques de estacionamento e todo o tipo de armazenagem e logística.
Quando se fala em indústria com maquinaria pesada, muitas vezes,
apesar do consumo da iluminação ter pouco peso na fatura, o valor
representativo, é apelativo de ser alvo de uma intervenção para melhoria da sua
eficiência.
Peso da Iluminação na fatura %
PARQUES ESTACIONAMENTO
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
75
70
LOGÍSTICA
POSTOS DE ABASTECIMENTO 24H
RETALHO ALIMENTAR
ESCRITÓRIOS
POSTOS DE ABASTECIMENTO
UNIVERSIDADES
DOMÉSTICO
65
40
35
30
25
25
15
INDÚSTRIA
INDÚSTRIA COM MAQUINARIA
10
5
0
10
20
30
40
50
60
70
80
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2. Generalidades
2.1. Conceito de Lúmen
Lúmen (símbolo: lm) é a unidade de medida de fluxo luminoso. Um lúmen é o
fluxo luminoso dentro de um cone de 1 esterradiano (*), emitido por um ponto
luminoso com intensidade de 1 candela (em todas as direções). É uma unidade
padrão do Sistema Internacional de Unidades
(*) O esterradiano (símbolo: sr), é a unidade de medida padrão no Sistema Internacional de
Unidades para quantificar ângulos sólidos. Equivale ao ângulo sólido formado por um cone tal
que a área da esfera de raio unitário interna ao cone tenha o valor de um metro quadrado. O
esterradiano é adimensional, dado que 1 sr = m²·m −2 = 1. É útil, contudo, distinguir as
quantidades adimensionais de diferentes naturezas, daí que na prática o símbolo "sr" seja usado
sempre que apropriado, em vez da unidade derivada "1". Por exemplo, a intensidade de radiação
pode ser medida em watts por esterradiano (W·sr −1). Trata-se do equivalente tridimensional
do radiano, sendo definido como "o ângulo sólido subentendido no centro da esfera de raio r por
uma porção de superfície de área r2". Dado que a área da superfície da esfera é 4πr², a definição
implica que a esfera meça 4π esterradianos.
Representação gráfica de um esterradiano.
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2.2. Conceito de Lux
Lux (símbolo lx) no Sistema Internacional de Unidades é a unidade
de iluminamento. Corresponde à incidência perpendicular de 1 lúmen em uma
superfície de 1metro quadrado.
2.3. Conceito de Iluminância
Iluminamento, intensidade de iluminação ou iluminância é uma grandeza
de luminosidade, representada pela letra E, que faz a relação entre o fluxo
luminoso que incide na direção perpendicular a uma superfície e a sua área.
O fluxo luminoso de um lúmen incidindo sobre uma área de um metro quadrado produz o
iluminamento de um lux.
Na prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente. Da mesma forma que
o fluxo luminoso, não é distribuído uniformemente, de maneira que ao ser
medida, não terá o mesmo valor em todos os pontos da área em questão.
Sua unidade de medida é o lux
denominado luxímetro.
(lx). Para medi-la, usa-se um aparelho
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2.4. Tecnologias de Iluminação
A tecnologia a usar na iluminação é algo que tem de ser alvo de estudo
por parte do projetista a fim de satisfazer as necessidades requeridas para as
diferentes atividades. É de salientar, a título de exemplo, que uma superfície de
retalho alimentar, necessita de uma potência de iluminação mais elevada do
que uma superfície dedicada à armazenagem, e devido a este fator, existem
áreas com mais potencial onde a eficiência energética ao nível da iluminação
tem mais impacto. Existem também outras restrições ao nível da reprodução
real das cores quando se trata de indústrias em que a restituição cromática é
um fator preponderante e, por isso, a tecnologia a adotar é muito específica.
Dentro, daquilo a que se chama tecnologia de iluminação, devemos
separar em três componentes, o equipamento que faz o arranque da lâmpada
chamado arrancador, a própria lâmpada e o tipo de balastro.
Em relação à regulação e controlo da corrente que a lâmpada necessita
para funcionar, podemos definir três grandes grupos de tecnologia,
Balastro – É um aparelho indutor com núcleo de ferro, que transforma a
tensão da rede na potência necessária correta para o funcionamento da
lâmpada.

Balastro Ferromagnético ou convencional
o
o
o
o
o
o
Produzem o efeito de reatância na presença de fluxo elétrico,
transformando-o por momentos em ondas eletromagnéticas nas suas
bobinas internas e em seguida, retornando por efeito de indução à
condição de condução de corrente. Consistem em várias voltas de fio de
cobre esmaltado, em torno de um núcleo, que pode ser de material
metálico, ferrite, ou ar (ausência de material sólido no núcleo).
Produz um impulso elétrico com um potencial mais elevado (Ignitor em
lâmpadas de descarga)
Funciona como limitador de corrente durante o funcionamento da lâmpada.
Têm uma eficiência que ronda os 60-75%
Acendimento das lâmpadas é característico por uma intermitência inicial.
O fator de potência medido, situa-se entre 0.6-0.8.
Balastro Ferromagnético
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
Balastro Eletrónico
o
o
o
o
Produz exatamente o mesmo efeito que o balastro ferromagnético, mas
com recurso a componentes eletrónicos, o que faz com tenha uma
eficiência que ronda os 99%.
O acendimento inicial é instantâneo.
O fator de potência medido, situa-se entre 0,95-0,99.
Tem um menor consumo face ao balastro ferromagnético.
Balastro Eletrónico Lâmpada T8

Driver de LED
o
o
o
Dispositivo elétrico que regula o arranque e a potência entregue ao LED ou
a um conjunto de LEDs.
Diferencia-se dos outros dispositivos de arranque e controlo, por estar
constantemente a responder a qualquer variação da potência necessária
para o LED continuar em funcionamento (Aumento de temperatura por
exemplo).
Conversão de corrente alternada para corrente contínua, necessária para
o funcionamento do LED.
Driver para LED 1W
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Lâmpadas – Em relação às lâmpadas propriamente ditas, podemos
também dividir em 4 grupos,

Lâmpadas Fluorescentes
o
o
o
o
As lâmpadas fluorescentes funcionam de modo semelhante aos tubos de
descarga de gás néon, possuem um par de elétrodos em cada extremo.
O tubo de vidro é coberto com um material à base de fósforo. Este, quando
excitado com radiação ultravioleta gerada pela ionização dos gases,
produz luz visível. Internamente os tubos são carregados com gases a
baixa pressão.
Além da cobertura de fósforo, existem elétrodos em forma de filamentos
nas suas extremidades.
A sua função é pré-aquecer o interior para reduzir a tensão
elétrica necessária à ionização, dando a partida ao processo de
bombardeamento por iões positivos dos gases no interior do tubo.
Tipos de Fluorescente

T12
o
o
o
o

T8
o
o
o
o

Lâmpada Tubular com diâmetro de 12 1/8 de
polegada
Fraca Eficiência
Com comprimentos e potências a variar entre os
450-2500mm,15-125W
Descontinuado
Lâmpada Tubular com diâmetro de 8 1/8 de
polegada
Eficiência até 90 lm/W normalmente associada a
arranque convencional.
Com comprimentos e potências a variar entre os
450-1500mm,15-58W
Em descontinuação
T5
o
o
o
o
Lâmpada Tubular com diâmetro de 5 1/8 de
polegada
Alta eficiência até,95lm/W, associada a arranque
eletrónico
Com comprimentos e potências a variar entre os
150-525mm,4-80W
Tecnologia fluorescente mais recente
Lâmpadas Tubulares T12,T8 e T5
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
Compactas
o Lâmpada tubular compacta com várias formas e
pequenas dimensões.
o Utilização em escritórios e corredores.
o Eficiência até 70lm/W.
o Substituição das lâmpadas incandescentes.
Lâmpadas Tubulares compactas

Lâmpadas de Descarga
o
Baseia-se na condução de corrente elétrica em um meio gasoso, quando
nos seus elétrodos se forma uma tensão elevada capaz de vencer a rigidez
dielétrica do meio.
o
Os meios gasosos mais utilizados são o vapor de mercúrio, vapor de sódio
e iodetos metálicos.
o
Normalmente, para o seu arranque, é necessário um ignitor de tensões
elevadas, devido à corrente não ser suficiente para fazer a disrupção do gás
e produzir fotões.
Tipos de lâmpadas de descarga



Vapor de Mercúrio
o Cor Amarelada/Branca – 2700/4000K
o Muito Baixa eficiência, 50lm/W
o O arranque é dado através de uma reactância
o Potências a variar entre 50-400W
o Proibida a sua comercialização na EU a partir
de 2015
Vapor de Sódio
o Cor Amarelada – 2000K
o Alta Eficiência, 100,150lm/W
o Potências a variar entre 50-2000W
o Fraca restituição cromática, 30Ra
Iodetos Metálicos
o Cor Branca – 4500/5500K
o Alta Eficiência, 80-100lm/W
o Potências a variar entre 50-2000W
o Boa restituição cromática, 70/90 Ra
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Iodetos Metálicos
Vapor de Sódio
Vapor de Mercúrio

Lâmpadas Incandescentes/Halogéneo
o
o
o
o
o
Lâmpada com um filamento resistivo que ao ser atravessado por corrente
elétrica, fica incandescente o que resulta em luz.
Muito pouco eficiente, apenas 5% da energia é convertido em luz
Potências entre 15-200W
Fator de potência elevado
Em descontinuação, substituída pela lâmpada de Halogéneo, mais
eficiente
Lâmpada Incandescente
Lâmpada Halogéneo
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
Lâmpadas LED
o
o
o
o
o
o
o
A lâmpada LED, Light Emitting Diode, emite na totalidade e energia que
recebe
Necessita de um conversor de corrente alternada para contínua
Consumo extremamente baixo
Cor da luz depende do material do semicondutor com que é fabricado
Não emite radiação UV.
Eficiência de 70/90lm/W
Potências entre 1-250W.
Projetor LED
Lâmpada LED
Tubular LED
Arrancadores - Quando falamos no arranque da lâmpada
propriamente dito, este poderá ser eletromagnético ou eletrónico, sendo
que um arrancador eletrónico, faz com que a lâmpada não cintile antes de
ligar, aumentando o tempo de vida da mesma.

Eletromagnético
o
o
o
Arranque cintilante
Consumo mais elevado que o eletrónico
Menor tempo de vida, tanto do arrancador, como da lâmpada a
que o mesmo está conectado.
Arrancador eletromagnético lâmpada T8 58W
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
Eletrónico
o
o
o
Arranque imediato
Baixo consumo
Aumento do tempo de vida da lâmpada
Arrancador eletrónico lâmpada T8 58W
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3. Optimizadores de Energia
3.1. Reguladores de Tensão
Um
regulador de tensão
é um dispositivo, geralmente formado
por semicondutores, tais como díodos zener e circuitos integrados reguladores
de tensão, que tem por finalidade a manutenção da tensão de saída de um
circuito elétrico. Sua função principal é manter a tensão produzida pelo
gerador/alternador dentro dos limites exigidos pela bateria e pelo sistema elétrico
que esta alimentando e para tanto é necessário que a tensão de entrada seja
superior à tensão de saída. O regulador de tensão mantém a tensão de saída
constante (estabilizada) mesmo havendo variações na tensão de entrada ou na
corrente de saída. Os reguladores de tensão convencionais, efetuam a
regulação de tensão de modo eletrónico o que poderá ser prejudicial para a
instalação elétrico devido ao ter harmónico gerado.
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3.2. Reguladores de fluxo luminoso
É chamado fluxo luminoso a radiação total emitida em todas as direções por
uma fonte luminosa ou fonte de luz que pode produzir estímulo visual.
Estes comprimentos de onda estão compreendidos entre 380 a 780 nm. Sua
unidade é o lúmen (lm). A regulação de fluxo é efetuada através da variação da
tensão e/ou da frequência.
3.2.1. Medição
Para aferir quantos lumens são emitidos por uma fonte luminosa, é preciso medir
nas direções onde se deseja esta informação, já que a fonte luminosa quase
nunca irradia luz uniformemente em todas as direções . Para isso se utiliza um
instrumento chamado esfera integradora que consiste em uma câmara esférica
com um revestimento interior super reflexivo dentro da qual é fixada uma fonte
luminosa. Esse revestimento serve de difusor e tem como objetivo espalhar os
raios de luz de maneira homogênea na cavidade.
3.2.2. Relação entre fluxo luminoso e luminosidade
Uma fonte radiante de intensidade luminosa conhecida Iv (em candela) terá um
fluxo luminoso φv igual a :
Onde A é o ângulo de irradiação da fonte. Uma dica para rápidas conversões
é multiplicar a luminosidade da fonte por 4π, mas somente se esta estiver
emitindo luz em todas as direções.
Da mesma maneira que uma vela com fluxo luminoso igual à 1 lm focada em
um feixe de um esterradiano terá uma luminosidade de 1 cd (= 1 lm.sr-1).
Entretanto caso o feixe seja ajustado para 1⁄2 esterradiano a luminosidade
passaria a ser 2 cd. O que passaria a ser observado seria um feixe mais
estreito mas de maior brilho.
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3.3. Baterias de Condensadores
3.3.1. Descrição Técnica
A intensidade da corrente elétrica absorvida pela maioria das instalações
elétricas, apresenta-se desfasada (geralmente em atraso) relativamente à
tensão aplicada de um ângulo Φ, pelo que se pode decompor em duas
componentes:


Componente Ativa Ia, em fase com a tensão de alimentação:
Us – tensão simples para cargas monofásicas;
Uc – tensão composta por cargas trifásicas.
Componente Reativa Ir, atrasada de 90º em relação à tensão d
e alimentação.
Triângulo de Potências
A forma de limitar ou evitar a absorção de energia reativa da rede consiste em
produzi-la dentro da própria instalação, utilizando equipamentos adequados. A
instalação de condensadores é a solução que mais frequentemente se utiliza e
a que se adapta à maioria dos casos. No entanto, existem situações especiais
em que o recurso a esta solução não é a mais adequada, devendo nestes
casos, utilizar-se equipamentos especiais, tais como a compensação síncrona
ou a compensação com eletrónica de potência e filtros de supressão de
harmónicos.
3.3.2. Baterias de Condensadores: Especificações Técnicas
Cada escalão compreende:
- Um condensador, com as seguintes características:
- Aparelho do tipo Auto cicatrizante, com elementos secos protegidos
internamente;
- Não inflamável;
- Dielétrico do tipo filme de polipropileno metalizado;
- Conforme as normas Europeias e Internacionais em vigor;
- Um contactor;
- Uma proteção por fusíveis;
- Um relé eletrónico para pilotagem automática dos contatores com
visualização do cos φ, tensão, corrente, etc.;
- Um armário modular.
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Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
3.3.3. Entenda o que é a energia reativa e saiba o que na prática
está a ser faturado
A grande maioria dos equipamentos elétricos existentes (p.ex. iluminação,
motores elétricos, transformadores, máquinas de soldadura, balastros, fornos de
indução, entre outros.) para além da energia ativa, consome também energia
reativa (cargas indutivas e/ou capacitivas). Enquanto a energia ativa está
associada à produção de trabalho útil, a energia reativa serve apenas para
alimentar os circuitos magnéticos dos equipamentos elétricos.
Uma vez que a energia reativa não produz trabalho útil e é responsável pela
circulação de corrente adicional nos circuitos, torna-se indesejável para o
consumidor, que é alvo de elevadas taxas pelo consumo de energia reativa e,
para o distribuidor de energia elétrica, que vê refletida esta situação no aumento
das perdas na rede de distribuição.
3.3.4. Como é que as baterias de condensadores eliminam a
energia reativa da sua fatura.
As baterias de condensadores funcionam como geradores que fornecem aos
equipamentos elétricos a energia reativa necessária para a manutenção do
campo eletromagnético evitando assim as elevadas faturações pelo consumo de
energia reativa provenientes do seu fornecedor de energia.
Em termos técnicos este método simples efetua uma otimização do fator de
potência da sua instalação.
O fator de potência pode variar entre 0 e 1. Um índice 1 no fator de potência
indica que toda a eletricidade que atravessa o contador está a ser usada a 100%.
Acontece que normalmente na maioria das situações o fator de potência é
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inferior a 1, o que significa que a título de exemplo, caso seja 0,77, apenas 77%
da eletricidade que passa através do contador está a ser utilizada de forma eficaz
e os restantes 23% são desperdiçados em energia reativa
A instalação deste tipo de equipamentos otimiza o fator de potência na maioria
dos casos para valores entre 0,96 e 1, conduzindo assim à eliminação da parcela
da energia reativa da sua fatura energética. Adicionalmente a instalação deste
tipo de equipamentos permite ainda minimizar as perdas internas da rede elétrica
na situação de compensação descentralizada e melhorar a estabilidade da rede
interna.
3.4. Tecnologia Wattguard de Optimizadores de Energia
Ver ponto 5.3 Funcionamento
Quadro Elétrico com Wattguard
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Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
4. Optimizadores de Energia Wattguard
O Wattguard (WG) é uma tecnologia inovadora de Optimizadores de energia
para a iluminação, fabricada na Suécia pela Wattguard, AB., e desenvolvida no
âmbito de uma patente industrial criada no sentido de maximizar os níveis de
eficiência energética na iluminação tecnicamente mais estabilizada e frequente,
a iluminação fluorescente, mas aplicável também a outro tipo de iluminação,
como a de descarga. A tecnologia Wattguard destina-se preferencialmente aos
seguintes sectores de atividade:







Unidades fabris;
Instalações de armazenagem / logística;
Grandes superfícies comerciais e de retalho alimentar;
Edifícios de saúde, escolas, administrativos e escritórios de grandes
dimensões.
Parques de Estacionamento
Iluminação Pública
Postos de Abastecimento Combustíveis
4.1. Aplicabilidade
A tecnologia WG é aplicável apenas à iluminação. Alterar os parâmetros de
alimentação de equipamentos de força motriz pode levar a um maior desgaste
destes e, no limite, a um maior consumo.
O WG é compatível com a tecnologia de iluminação mais estável e frequente a fluorescente -, obtendo aqui uma performance máxima que pode ir até
aos 45% de economia no caso de lâmpadas T8 com balastro
ferromagnético. É igualmente aplicável em tecnologias de vapor de
mercúrio, vapor de sódio e iodetos metálicos, obtendo níveis de economia
mais reduzidos na ordem dos 25 – 35%.
Resumindo, os valores atingíveis em termos de economia são os seguintes:



T8 Ferromagnético –> 40%-45%
Vapor de Sódio –> 30%-35%
Iodetos Metálicos –> 25%-30%
A utilização da Tecnologia WG em lâmpadas com balastro eletrónico não tem
qualquer inconveniente, mas os resultados de economia de energia, são
proporcionais à redução de iluminância contrariamente às lâmpadas de balastro
ferromagnético.
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4.2. Finalidade
A tecnologia Wattguard induz um fenómeno de ressonância através de
transformadores de corrente toroidais, fazendo com que exista um aumento na
eficiência da lâmpada. Como na generalidade dos casos, o objetivo é a redução
de consumos, atua-se sobre a tensão, reduzindo-a e causando assim uma
redução na energia ativa consumida, devido à potência ativa ser menor.
A tecnologia Wattguard, também acaba por corrigir o fator de potência, reduzindo
assim, a energia reativa consumida.
Iluminação
Com
Wattguard
Cerca de 40%
energy savings
~10 %
Redução de LUX
Iluminação
Sem
Wattguard
4.3. Como se Obtém a Redução
Para se atingir o melhor rácio lumens/Watt, o WG irá gerar um processo
de ressonância no gás da lâmpada aumentando a eficiência com que são
gerados fotões através dos transformadores toroidais que por sua vez procuram
reduzir a tensão (V em volts), reduzir a corrente (I em Amperes) e corrigir o fator
de potência (cos (y)), provocando assim um decréscimo na Potência Ativa (P em
kVA), como podemos constatar através da seguinte fórmula: P = V x I x cos (y)
Em relação à potência reativa, devido à sua expressão ser: Q = V x I x sen (y),
ao corrigir o fator de potência cos (y), implica uma redução do sen (y) e por isso,
além da redução da tensão (V em Volts) e da corrente (I em Amperes), também
é reduzida a parcela sen (y), resultando assim, um maior decréscimo ainda no
caso da Potência Reativa.
Obs.: y = desfasagem (º) entre a corrente e a tensão
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
Exemplo de Consumo antes da utilização da tecnologia WG,

Exemplo de Consumo após a utilização da tecnologia WG,
Resultados
P (KVA)
Ativa
Q (KVAr)
Reativa
S (KVA)
Aparente
Antes
20,49
25,10
32,78
Depois
12,06
7,46
14,61
Ganho
41,4%
70,3%%
55,4%
Potências



Fator de Potência, 0.626 -> 0.827 (Valor ideal = 1)
Tensões, 238V -> 191V
Correntes, 45A -> 25A
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5. Equipamentos Optimizadores Energia
Wattguard
O equipamento Wattguard O.E, é um optimizador de energia para
iluminação.
Consiste em um gabinete técnico que é colocado junto ao quadro elétrico
e conectado a este através de um cabo de alimentação ligado ao barramento
geral do quadro elétrico.
Instalação Wattguard V1.0
Wattguard V1.0 45kW
Versão 1.0



Simples e de fácil Instalação
Modos Regulação e Bypass Manual
Sem necessidade de efetuar Regulações/Parametrizações
24
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
Versão 2.0
Instalação com 2 Wattguard de 45kW





Wattguard V2.0 45kW
Simples e de fácil instalação
Passagem de modos de funcionamento Automático
Necessita de parametrização da eletrónica
Acessibilidade exterior
Metering de Consumos e Potências através de Display
25
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
5.1. Hardware
Os equipamentos Wattguard O.E, são gabinetes técnicos de alimentação
trifásica, constituídos por uma série de disjuntores, contatores e transformadores
toroidais (bobines) que executam e fazem a passagem dos dois modos de
funcionamento, Regulação e Bypass.
 Devido a serem de alimentação trifásica, cada fase tem um
transformador toroidal, e cada fase possui o seu chante de ligação,
que permite vários níveis de tensão de saída de acordo com as
necessidades e tecnologia de iluminação que o cliente possui
.
Transformador Toroidal
Interior Wattguard V2
Interior Wattguard V1
 O equipamento Wattguard O.E.,tem a possibilidade de fazer a
passagem direta para alimentação na rede, sem passar pelos
transformadores, através de um Switch, o que possibilita ao cliente
ver o consumo antes e após a instalação do equipamento.
Switch Modo Regulação (AUTO) /Bypass (HAND) WG V2.0
Switch Modo Regulação (REGLERING) /Bypass (BYPASS) WG V1.0
26
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
5.2. Software
Os equipamentos Wattguard O.E de versão 2.0, possuem um display
programado, que dá indicação ao cliente de vários parâmetros de consumo da
sua instalação no que diz respeito à iluminação. Esses parâmetros, juntamente
com a possibilidade de passagem de modos de funcionamento, conseguem
demonstrar com exatidão, as economias que o cliente está a obter.
Dentro dos parâmetros que o display indica, podem ser destacados os
seguintes,





Potência Ativa Instantânea – KVA
Potência Reativa Instantânea – KVAr
Energia Ativa Consumida – KVAh
Energia Reativa Consumida - KVArh
Correntes das Fases – A
Potência Ativa e Energia Ativa
Potência Reativa e Energia Reativa
Correntes nas Fases
5.3. Funcionamento
Após a instalação do equipamento Wattguard O.E, este, é colocado em
modo de Regulação, rodando o switch correspondente à passagem de modo.
Para as diferentes versões é feito na posição Regulering no caso da versão 1.0
e Auto no caso da versão 2.0.
Após esta colocação, a corrente flui pelos transformadores toroidais,
alimentando a iluminação a que está conectado e com o decréscimo de tensão
definido pelos níveis de parametrização do equipamento configurados pelo
técnico Wattguard e de acordo com a tecnologia de iluminação a que está ligado
e as exigências do cliente.
No caso do equipamento de versão 2.0, é necessário a parametrização
dos relés de corrente e tensão, assim como dos temporizadores pelo técnico
Wattguard, para que a passagem para o modo de Regulação seja efetuada
automaticamente.
27
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
Quando o equipamento é colocado em regulação, a tensão à saída
decresce e a iluminação é alimentada com menor potência, acabando por
consumir menos, e conseguindo-se assim, até 40% de redução nos consumos
na iluminação.
Estes resultados são conseguidos devido ao seguinte:
•
Transformadores metálicos com núcleos de contenção em metal com
características especiais;
•
Indução de uma corrente com aumento da 3ª e 5ª harmónicas no máximo
em 0,5/1,5%.
•
Fornecimento de energia para iluminação com uma ligeira mudança de
fase entre a tensão e a corrente;
•
Redução da amplitude da tensão e intensidade da corrente no circuito
elétrico;
•
Incremento do fator de potência para valores próximos ou coincidentes
com a unidade;
•
Aumento na eficiência de geração de fotões
Comparação Tensões Alimentação
28
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
5.4. Instalação
A instalação do sistema Wattguard O.E pressupõe um estudo técnico e
uma visita anterior às instalações para que exista um correto dimensionamento
no que diz respeito à potência do Wattguard a utilizar, assim como a toda a
cabelagem e proteção que este usa.
A instalação típica pressupõe os seguintes passos:




Liga-se a entrada do Wattguard a uma alimentação do quadro elétrico
existente, e protege-se esse cabo com um disjuntor.
A saída do Wattguard entra novamente no quadro elétrico existente e é
conectada a um repartidor trifásico
É mudada a alimentação dos diferenciais de iluminação e estes são
conectados ao repartidor trifásico.
Os diferenciais de iluminação ficam a funcionar a tensões mais reduzidas
enquanto os restantes componentes do quadro elétrico, continuam a
funcionar como estavam previamente.
Instalação Wattguard O.E
Para correta instalação do equipamento Wattguard O.E, seguir “Documentação
Técnica Wattguard” (Anexo 1) onde se encontram definidos os disjuntores e cabos a
utilizar. Consultar também o Anexo 7 – “Datasheet Equipamento Wattguard”
29
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
5.5. Regulação
Após a instalação do Wattguard, o equipamento é colocado em modo
Regulação e é necessária uma configuração dos níveis de tensão durante um
período de testes e otimização durante sensivelmente 1 mês com objetivo de
definir os níveis de economia mediante aquilo que o cliente pretende.
Esta regulação consiste no aumento progressivo da economia
conseguida, e consequente diminuição da tensão, através de um processo de
adaptação das lâmpadas à ressonância e à tensão reduzida a que estão sujeitas.
5.5.1. Configuração
Existem 5 níveis de regulação, e após a instalação, o equipamento é
colocado no primeiro nível (posição 8) durante sensivelmente 1 semana, e após
este período de tempo, vão sendo testáveis níveis de tensão mais reduzidos, se
possível, até ao nível 5 (posição 4).
Configuração do Equipamento
5.5.2. Ajuste dos níveis de economia
À medida que se vai regulando o equipamento para níveis de tensão mais
baixos (posição 8 -> posição 4), a economia obtida vai sendo cada vez mais
acentuada, podendo chegar aos 40% caso a tecnologia e as tensões de entrada
o permitam.
Níveis de economia genéricos:





Posição 8 – 20%
Posição 7 – 25%
Posição 6 – 30%
Posição 5 – 35%
Posição 4 – 40%
30
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
Os níveis de economia podem variar, dependendo, da percentagem de
carga que o Wattguard está a alimentar e dos níveis de tensão de entrada.
5.5.3. Adaptação das lâmpadas
Devido ao efeito a prazo que o Wattguard provoca nas lâmpadas, estas
necessitam de um período de adaptação no que diz respeito aos níveis de tensão
a que ficam sujeitas e ao efeito de ressonância que os transformadores toroidais
induzem.
Processo de Adaptação
Na generalidade a otimização de energia é conseguida em 3 etapas:

Dia 1 - Redução da Tensão e redução de LUX;

Dia 14 - Segunda redução da Tensão e reajustamento de LUX para as
necessidades do cliente;

Dia 25 - Regulação dos níveis de Tensão para valor definitivo e regulação de
LUX para as necessidades do cliente.
5.5.4. Redução Térmica de funcionamento
Com a utilização dos equipamentos Wattguard, verifica-se uma redução
da temperatura de funcionamento das lâmpadas, o que por sua vez, reduz o
desgaste ao longo do tempo, aumentando o tempo de vida útil das lâmpadas.
31
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
A figura abaixo, demonstra a diferença de temperatura de funcionamento
em cada um dos modos de operação, “Bypass” e “ Regulação”.
Verifica-se uma diminuição de 25% a 30% da temperatura de
funcionamento das lâmpadas quando alimentadas pelo equipamento
Wattguard.
De acordo com as seguintes condições,
•
Utilização contínua de funcionamento da lâmpada (12h a 24h por dia)
•
Arranque à tensão nominal – 230V
•
Boa condição de funcionamento dos arrancadores
•
Pequenas variações de tensão da instalação
É previsível que o aumento de tempo útil de vida das lâmpadas seja
de 25%.
Este efeito é majorado utilizando arrancadores eletrónicos.
32
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
5.6. Gama de Potências
Os equipamentos de otimização de energia para a iluminação da
Wattguard estão presentes numa gama de potências que varia entre os 15kVA
até aos 45kVA e em duas possíveis versões 1.0 e 2.0.
5.6.1. Equipamentos
O equipamento Wattguard O.E, está disponível em potências de 15kVA,
22.5kVA, 30kVA e 45kVA, e em duas possíveis versões, 1.0 e 2.0.
Cada equipamento contém 3 transformadores toroidais, com 1/3 da sua
potência, ou seja, a potência dos transformadores por equipamento é a seguinte:
Equipamento Wattguard
Optimizadores de Energia
Potência Transformadores
Toroidais
15kVA
5kVA
22,5kVA
7,5kVA
30kVA
10kVA
45kVA
15kVA
As potências disponíveis dos equipamentos Wattguard O.E. e dos
transformadores toroidais ou bobines a serem usados são iguais tanto na versão
1.0 como na versão 2.0
5.6.2. Dimensionamento e Seleção
Após a visita técnica para levantamento dos dados para dimensionamento
da instalação e do equipamento, é feita a escolha do Wattguard e dos
componentes de instalação.
Esta escolha tem como base o seguinte:





Potência de iluminação instalada (kVA de iluminação instalados)
Fator de potência médio (Cosfi)
Tensões de alimentação (V)
Perfil de utilização (Utilização constante ou intermitente)
Repartição da potência por quadros elétricos (possibilidade de juntar
potência de outros quadros)
Feito este levantamento, procede-se à escolha do equipamento
Wattguard O.E assim como da sua proteção, secção/comprimento dos cabos a
serem utilizado, e a necessidade de criação de quadros parciais de iluminação.
33
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
Por questões de dimensionamento e de segurança, com 1 equipamento de 45kVA
podemos alimentar no máximo 30kW de iluminação. (Standard de 30kW com Cosfi de 0.8 e Margem de
Segurança de 20%).
5.7. Certificação de Equipamentos
(Ver anexo 2 – Powertest de Certificação)
34
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
6. Patente
O objetivo de desenvolvimento do Wattguard é aumentar a eficiência das
lâmpadas incrementando o rácio lúmen/Watt da iluminação.
Para conseguir este objetivo podia atuar-se nos dois fatores,


Aumento de lumens pela lâmpada
Redução de Potência consumida
Ao atuar em um dos dois fatores, para se conseguir uma melhoria do
rácio, é necessário que outro fator não anule o aumento do rácio. Assim,
para se conseguir esse objetivo, a geração de fotões terá de ser melhor e
por isso, a interação entre fotão e átomo do gás, terá que ser o mais
eficiente possível.
O processo de geração de fotões é o seguinte,

Os eletrões emitidos a partir dos cátodos e em direção ao ânodo,
colidem com átomos do gás, e como resultado, geram fotões.
Quando estes passam a barreira de revestimento de pó de fósforo
existente na lâmpada irão fornecer luz na faixa visível. Quanto
maior a quantidade de fotões, maior o número de lumens e melhor
o nível de iluminação.
Interação Eletrões – Átomos
Tradicionalmente, o número de fotões pode ser incrementado de 2 formas:
 Aumentando o número de eletrões. Sendo a amperagem o número de
eletrões por unidade de tempo, o aumento de eletrões pode ser efetuado
com o aumento da amperagem, que por sua vez pode ser conseguido
através do aumento da tensão. O aumento da intensidade da corrente
está limitado devido às propriedades do tubo fluorescente. Aumentar a
amperagem, por outro lado, aumenta também a potência e desta forma
os custos de energia.
35
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
 Estruturação da superfície dos elétrodos. Foram necessárias pesquisas
e desenvolvimentos intensos para projetar e desenvolver a camada de
barreira exterior ideal do elétrodo pelo que alterar as propriedades do
mesmo num tubo fluorescente já fabricado é desaconselhável senão
mesmo impossível.
A solução é o componente modulador
WATTGUARD.
Com o equipamento Wattguard consegue-se emitir os eletrões com maior rapidez
e facilidade, a partir dos elétrodos, aumentando assim a velocidade dos eletrões
dentro dos tubos. Por outras palavras, reduz-se a energia de saída do eletrão,
sendo que esta poupança de energia aumenta a velocidade dos eletrões para, por
sua vez, aumente o número de fotões.
O modulador vai permitir um melhor resultado, com as seguintes condições estritas:
 Alcances exatos e precisos
 Processo especial de fabrico
 Diagrama esquemático especialmente desenhado
Na prática, o modulador Wattguard, é um dos componentes do equipamento
Wattguard O.E, e cada equipamento contém 3 moduladores que na prática são
3 transformadores toroidais, um por fase.
Estes transformadores toroidais têm como funções:





Induzir um corrente com componente harmónica de 1/2%
Colocar o circuito em ressonância (funcionam como ressonador)
Diminuir a tensão de saída por níveis
Reduzir a Potência entregue à iluminação
Correção do fator de potência para valores próximos da unidade
Ao efetuar estas funções, o equipamento Wattguard, coloca o sistema de
iluminação em ressonância.
Como a ressonância é um processo autossustentado a nível energético, a
lâmpada irá necessitar de menos energia, para fornecer a mesma iluminância.
Este processo vai gerar mais fotões e cada eletrão ao embater no átomo vai
soltar fotões e mais eletrões. Cada um desses novos eletrões vai embater
também nos átomos do gás gerando mais fotões e eletrões libertados
sucessivamente.
36
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
Através deste processo e equipamento, é possível reduzir o consumo da
iluminação com reduções de iluminância marginais.
Com este efeito patenteado, resumidamente, os resultados são os seguintes,
 Um eletrão é capaz de gerar mais fotões e, assim, poder gerar a mesma
quantidade de fotões com menos amperagem. Menos corrente significa
menos consumo de energia e desta forma reduzir os custos.
 Os eletrões emitidos causam menos danos aos elétrodos de forma
significativa - por duas ou três vezes – aumenta assim a vida útil das
lâmpadas / tubos. Desta forma, os custos de manutenção são reduzidos
para cerca de metade ou de um terço.
 É possível alterar as propriedades da emissão de eletrões no interior das
lâmpadas / tubos fabricados sem qualquer modificação adicional na
estrutura dos elétrodos. Esta propriedade irá permanecer durante todo o
tempo de funcionamento com Wattguard, mas será perdida logo após a
lâmpada ter sido desligado do sistema Wattguard.
 A estrutura dos elétrodos nos tubos / lâmpadas só mudará após algum
tempo em funcionamento ( 50-500 horas). A conversão é indicada pela
alteração do nível de capacidade da fonte de luz e um aumento de fluxo
contínuo.
 As lâmpadas / tubos regeneram de forma a aumentar a sua eficiência.
Quanto maior a idade do tubo, mais tempo é necessário para a
transformação, podendo chegar a 2-3 semanas.
37
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
Lâmpadas Fluorescentes
123456-
Potência: 4-80 W, usando WattGuard 30-45% menos potência necessária;
Fluxo luminoso: 200-7000lm, usando Wattguard será similar;
Eficiência luminosa:50-90 lm / W, usando WattGuard é cerca de 30-60% maior;
Tempo de vida: 10-15 kh, usando Wattguard será 30-50 kh;
Temperatura de cor: 2700-6500 K, usando WattGuard permanece inalterado;
Reprodução de cor (fósforo-dependente) 65-85, usando Wattguard permanece inalterado;
7- Linha espectral: Usando WattGuard permanece inalterado .
HPS e Lâmpadas de Iodetos Metálicos
12345-
Potência: Usando WattGuard 20-35% menos potência necessária;
Fluxo luminoso: Usando WattGuard será semelhante e com maior duração;
Eficiência luminosa:50-90 lm / W, usando WattGuard será de cerca de 10-30% maior;
Vida útil: 10-20 kh, usando WattGuard será 20-40 kh;
Temperatura de cor: Usando WattGuard mudança do azul aparece.
Como mostra o diagrama, as lâmpadas HPS e MH sofrem uma redução de fluxo
bastante acentuada durante o seu tempo de vida. A curva a vermelho mostra que
o uso da tecnologia Wattguard irá manter o fluxo durante o período de serviço.
38
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
7. Modelo do Negócio
7.1. Avaliação
Requisitos

Tecnologia de iluminação apropriada (verificar de acordo com o ponto...)

Potência iluminação (> 5kVAp)

Perfil de utilização (> 40MWh)

Características da rede (Tensão, Fator de potência…)

Quadros Elétricos (QE)
o

Idealmente instalamos um equipamento por QE, todavia, existem situações
onde há possibilidade e necessidade de agregar mais do que um QE (verificar
potências de iluminação e distâncias entre quadros – máximo de 200m)
Fatura de eletricidade (mínimo €1000/mês)
7.2. Proposta Técnico-Comercial
A Proposta Técnico-Comercial aborda detalhadamente os seguintes pontos
(ver anexo 3):




Potencial Eficiência Energética do cliente
Solução Wattguard
Dimensionamento Técnico
Valor do Investimento por opção de:



Aquisição (Pay Back < 2,5 anos)
Aluguer (economia liquida entre 15% - 25%)
Garantias
7.3. Adjudicação Condicional
Assinatura de um contrato de adjudicação condicionada ao cumprimento dos
pressupostos apresentados e aceites na proposta comercial no prazo de 30
dias
7.4. Ajustes/afinação no equipamento
Durante o período de teste definido de 30 dias, são feitos ajustes e regulações
no equipamento com objetivo de atingir os valores propostos na adjudicação
condicional
7.5. Faturação (Opção por):


Compra
Aluguer Operacional
39
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
8. Mercados Alvo
Os mercados alvo são atualmente, armazéns e instalações fabris com mais de
3.000 m2 operando diariamente mais de 12 horas, preferencialmente os que
apresentam um maior peso dos custos da iluminação nos custos gerais de
energia.
Peso da Iluminação na fatura %
PARQUES ESTACIONAMENTO
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
LOGÍSTICA
POSTOS DE ABASTECIMENTO 24H
RETALHO ALIMENTAR
ESCRITÓRIOS
75
70
65
40
35
30
POSTOS DE ABASTECIMENTO
UNIVERSIDADES
DOMÉSTICO
INDÚSTRIA
INDÚSTRIA COM MAQUINARIA
25
25
15
10
5
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Adicional e idealmente, que utilizem balastros magnéticos e lâmpadas
fluorescentes, ou de vapores de sódio, vapores de mercúrio ou iodetos
metálicos, situando-se os consumos anuais em valor superior a 40 MWh.
40
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
9. HSSE - Health, Safety, Security, Environment
A instalação de equipamentos Wattguard O.E, exige que sejam efetuados
trabalhos elétricos no interior e exterior de quadros elétricos, pelo que devem
respeitar algumas restrições de segurança e qualidade na sua instalação.
9.1. Habilitação Profissional dos Instaladores
É necessário possuir carteira profissional de eletricista, habilitada para trabalhar sobre a tensão
dos quadros que são intervencionados. Na generalidade dos casos, o equipamento Wattguard
O.E, é instalado e alimentado através de Quadros de Baixa Tensão com alimentação de 400 ou
630V.
9.2. Equipamentos individuais de proteção
Durante a instalação e manuseamento do interior do equipamento Wattguard O.E, é obrigatória
a utilização do seguinte material de segurança,




Luvas com índice de proteção para a tensão de trabalho
Botas com proteção de biqueira e isolamento
Colete de avistamento, devidamente identificado
Capacete de Proteção aberto
9.3. Sinalética de Segurança
Os equipamentos deverão ser devidamente assinalados de acordo com os regulamentos.
Figura 1 - Colete
41
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
10. Medições da Componente Elétrica e
Iluminância
As medições efetuadas pela Wattguard, contêm duas vertentes,


Medições anteriores à instalação para correto dimensionamento do equipamento
Medições após a instalação do equipamento, nos dois modos de funcionamento
São medidos, numa vertente como na outra, os valores que dizem respeito à componente elétrica
da instalação assim como a componente luminosa da mesma, para que existam valores
comparativos e esclarecedores dos resultados obtidos com o equipamento Wattguard O.E
Pré-instalação:
1) Medição dos diferenciais de iluminação
i) Corrente por fase
ii) Tensão por fase
iii) Fator de potência por fase
iv) Potência Ativa
v) Potência Reativa
2) Medição de iluminância em pontos distintos
i) Utilização de luxímetro
Pós-Instalação:
1) Medição nos dois modos de funcionamento Bypass e Regulação através de analisador de
energia, pinça amperimétrica ou metering do equipamento Wattguard O.E V2.0
i) Corrente por fase
ii) Tensão por fase
iii) Fator de potência por fase
iv) Potência Ativa
v) Potência Reativa
2) Medição de iluminância nos mesmos pontos em modo de funcionamento Regulação
i) Utilização de luxímetro
ii) Utilização d
Luxímetro
Pinça Amperimétrica
Analisador de Energia
42
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
11. Caderno Técnico de Encargos e
Acompanhamento Técnico da Obra
Após o correto dimensionamento do equipamento Wattguard O.E e
estudo da instalação, é criado um caderno de encargos da obra e este é
enviado a instaladores elétricos que retornam orçamentos para o caderno de
encargos em questão.
No caderno de encargos são abordados os seguintes pontos,




Informações sobre o cliente com localização
Instalação e equipamentos a instalar
Material necessário para a instalação
Condições finais de instalação
Exemplo de Orçamento
Está presente no anexo 4, um exemplo de um caderno de encargos,
Na instalação de equipamentos Wattguard O.E, é necessária a presença
do instalador contratado e do técnico da Wattguard para coordenação da obra.
O técnico Wattguard, tem as seguintes funções durante a obra,



Indicações prévias ao instalador pelo técnico da Wattguard,
o Diferenciais a serem alimentados pelo WG
o Localização onde será instalado o WG
o Acompanhamento da instalação de acordo com o GANT
previamente efetuado
Indicação do horário do corte da iluminação para passagem de cabos
Instalação das bobines do WG pelo instalador e/ou pelo Técnico WG
43
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
12. Relatórios
Após cada instalação, o técnico responsável pela mesma, elabora um
primeiro relatório sobre os trabalhos efetuados e resultados obtidos em uma
primeira regulação.
São efetuados relatórios intermédios durante a fase de período de testes
e regulações de equipamentos e entregues ao Cliente.
Finalizada a regulação e obtidos os resultados, é elaborado um relatório
final da instalação onde constam as economias que o cliente vai obter assim
como os resultados de iluminância.
12.1. Relatório Intermédio
A estrutura do relatório intermédio elaborado pelo técnico responsável
pela instalação é a seguinte:
•
Relatório Técnico Intermédio Instalação
• Sumário Executivo
• Documentação Técnica do Equipamento
• Ligações
• Operação
• Especificações
• Instalação
• Solução e Equipamento Instalado
• Medições Efetuadas
• Potência e Savings
• Iluminância Pré-Instalação
• Conclusões
O exemplo de relatório intermédio encontra-se em anexo 5.
44
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
12.2. Relatório Final
Com a instalação realizada e o equipamento regulado para os resultados
que o cliente acordou com a Wattguard, é elaborado um relatório final com uma
estrutura similar ao intermédio mas onde constam conclusões sobre a economia
obtida e a iluminância.
A estrutura é a seguinte:
•
Relatório Técnico Final da Instalação
• Sumário Executivo
• Documentação Técnica do Equipamento
• Ligações
• Operação
• Especificações
• Instalação
• Solução e Equipamento Instalado
• Últimas Medições Efetuadas
• Potência e Savings
• Iluminância Final
• Economias
• Conclusões
O exemplo de relatório final encontra-se em anexo 6.
45
Wattguard – Manual de Formação de Staff Técnico
13. Manutenção
A manutenção aos equipamentos Wattguard, deve ser feita com uma
periodicidade de Semestral e Anual e pelos técnicos especializados da
Wattguard.

Semestral
o
o
o
o
o
o

Verificação do funcionamento dos disjuntores
Verificação do funcionamento dos contatores
Desligar e ligar o equipamento
Efetuar passagem para modo Bypass e Regulação
Verificação do funcionamento da refrigeração
Medição de tensões de entrada e saída
Anual
o Aperto de parafusos dos disjuntores e contatores
o Verificação das perdas nos transformadores toroidais
 Potência entrada – Potência saída
o Toda a manutenção semestral
o Verificação do bom estado da sinalética de segurança
46

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