Maquetación 1
Transcrição
Maquetación 1
“Soña e serás libre de espírito, loita e serás libre na vida” Ernesto “Che” Guevara www.mgs-galiza.org Movemento Galego ao Socialismo 1 de maio de 2013 EDITORIAL Número 9 1 de maio de 2013 Edita Movemento Galego ao Socialismo Coordenador Diego Santório Corrección lingüística Rafael Vilar Diego Santório Deseño e maquetación Inácio Pavón Local nacional Avenida de Castelao, 30 baixo 15704 Compostela (Galiza) A crise capitalista segue arrasando as vidas das galegas e galegos. Mais de 300.000 persoas no desemprego, exclusión social, pobreza e emigración esténdense conforme os governos do capital asentados en Compostela, Madrid e Bruxelas seguen a implementar as medidas deseñadas para manter o sistema en pé á nosa costa. Para garantir o seu lucro nada é barreira: privatizacións, re-pagamento dos servizos públicos, destrución do territorio, mais reformas laborais para destruir o sindicalismo, dificultar a xubilación ou impor salarios de miseria á mocidade, alén da próxima caducidade de moitos convenios que poden levar a clase traballadora galega a cobrar só o salario mínimo. Os sectores produtivos galegos sofren mais ainda esta situación: o naval como paradigma, mais tamén o téxtil, ou agora a transformación industrial pesqueira, conforman un panorama que deixa o sector servizos, altamente precarizado, como case única alternativa, nun momento onde reducen o tamaño do sector público e agreden os dereitos dos seus traballadores, e a privatización das caixas destrúe as ferramentas de loita económica autocentrada contra a crise. www.mgs-galiza.org [email protected] As dificultades no emprego, en manter un mínimo de benestar vital e na destrución produtiva pasan factura: as loitas contra a expulsión de xente das súas vivendas ou o roubo das preferentes son síntomas da enfermidade do capitalismo na Galiza. Permítese a reprodución total ou parcial citando a fonte. Frente a isto, os gobernos criminalizan as organizacións que loitan e toda contestación, aumentando a represión, a manipulación ideolóxica e dos servizos públicos de información e a dose de españolismo que nos serven para anularen toda resposta social propia e galega: o sindicalismo nacionalista e as expresións políticas autoorganizadas como o BNG son atacadas ou ignoradas segundo conveña. Tiraxe 1.500 exemplares Porque o poder sabe que unha saída xusta a esta crise no noso país só pode pasar pola conquista da soberanía nacional, posta ao servizo da clase traballadora e das clases populares. A urxencia dunha saída así ten que levar a unha campaña plural, firme, clara e de longo alcance que socialice a única solución aos prementes problemas da nosa nación. Avante con ela! SUMARIO 3 RÉPLICA AO ROUBO E AO MEDO 6 BNG, O IMPULSO NECESARIO 8 ENTREVISTA A LUCIANO VASAPOLLO 12 UNHA MINARIA PERNICIOSA E ESPOLIADORA 14 DO QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE AUTODETERMINAÇOM? 16 DOUS ANOS TECENDO O MOVEMENTO ESTUDANTIL 18 PROPAGANDA E IMPÉRIO 20 ENTREVISTA A ARTURO MOUCO E YURENA CANO 22 RECOMENDAMOS CONTRACAPA HUGO CHÁVEZ RÉPLICA AO ROUBO E AO MEDO José Emílio Vicente A ladainha persegue-nos desde há um lustro, desde que nos assaltaram as primeiras manifestaçons da crise. Imponhem e prometem. Estabelecem grandes, dorosas e inevitáveis reformas. Pressagiam que representam o imprescindível passo prévio a umha "recuperaçom" que sempre está à volta da esquina. Sempre o próximo ano. Sempre a antessala da contrataçom, do aumento do consumo, do fluxo do crédito. O último brote verde que abrolha cada primavera. O mesmo com Zapatero e Rajoy: cada passo representava umha nova derrota para o povo. Ainda que PSOE e PP interpretam o papel do confronto, foram quem de aliar-se em todos os consensos necessários para os interesses estratégicos, respaldados à sua vez por todos os meios de comunicaçom. empresariais. Nalgum caso chegou a converter-se em motivo de crítica a lentitude em aplicar umhas medidas que representavam, aparentemente, a única possibilidade. Simulam que a gestom da crise vem guiada por urgências económicas inadiáveis. Funciona como a escusa perfeita para aprofundar num domínio já agigantado nas últimas décadas. Os meios podem oferecer interessantes debates sobre os casos de corrupçom, bem escandalosos, mas evitam sempre as questons de fundo relacionadas com a forma de produçom e distribuçom da riqueza. Adoptam medidas que marcarám as características da seguinte fase, como em cada crise das que já passaram, como aconteceu em cada grande espasmo deste sistema que nom pode nem quer ter rosto humano. O capital lançou umha fulgurante ofensiva, umha autêntica investida contra a classe trabalhadora baseada nas características da guerra-relámpago, a brutalidade do ataque e a velocidade com que se leva a cabo. 3 4 Mobilización dos traballadores e traballadoras de Transportes Duco. Após umha primeira fase de aparente indefiniçom, a UE -na que a ortodoxia neoliberal é um dogma intocável- tocou o clarim para impor os chamados planos de austeridade. Os Estados nom só entregarom ingentes quantidades de dinheiro público aos bancos, senom que assumem compromisos a meio praço, como evidencia o progressivo desmantelamento das pensons públicas, umha nova volta de porca nas privatizaçons, e em geral os mal chamados programas de austeridade, auténticos percorridos do saqueio e o empobrecimento. Também Espanha respondeu de imediato. Em apenas um ano destinaram-se quantidades astronómicas ao resgate das finanças e as construtoras. Posteriormente, o governo do Partido Popular apertou o acelerador, em concordáncia com os desígnios da plutocracia europeia e legitimado pola contundência da vitória eleitoral. Neste sentido, pouco importa que na campanha eleitoral prometeram algo diferente. Amparado num recurso argumentativo bem precário umhas contas que nom aguardavam- o governo espanhol esqueceu o discurso prévio do PP, deliberadamente ambíguo mas que incluia nom rescatar à banca, nom subir os impostos, nom fanar os serviços públicos e nom rebaixar o salário dos funcionários. Nunca tam evidente foi que os governos burgueses estám fundados na ordem do capital, quando os estadistas actuam tam abertamente como os espadachins da apropriaçom privada. As medidas de regressom sucederam-se num carrossel sem fim aparente. A sua estela é um inventário de malfeitorias que fai parte dum processo de extorsom planificada, que só nos leva à penúria em favor dos grandes grupos económicos, do patronato e da especulaçom financeira. O governo nom vai argumentar simplesmente que tem sentido empobrecer milhons de pessoas para salvar os buracos da banca privada. As fendas económicas, argumentam, som umha consequência dos nossos próprios erros, da obsolescência do nosso sistema de relaçons laborais, da ineficiência innata do setor público. Mas se este discurso dominante fosse certo, a situaçom prévia à crise seria muito diferente à real. Padecemos as consequências dumha linguagem erosionada, que descrivia as rigidezes do mercado laboral, enquanto a temporalidade era a norma; que reclamava contençom salarial enquanto se multiplicavam os benefícios empressariais; aturamos a insolência que representam os salários multimilhonários, contratos blindados e jubilaçons douradas que acaparam os mesmos que pregoam a necessidade de rebaixar os soldos, de facilitar o despedimento e aumentar a idade de retiro, sempre em nome das supostas leis que regulam a economia. De feito, as diretrices dos últimos anos som completamente consistentes e teimosas com as que já se vinham impulsando nas últimas décadas. Profundivaza-se numha caste de medidas que já conheciamos, e que sempre tiveram consequências contrárias às declaradas. Aumentou o dessemprego e a misséria: nom poderia aguardar-se outra cousa dum texto legal que prolongava as linhas estratégicas das anteriores reformas: abaratamento do despedimento, mesmo com a criaçom dum ano de contrato que pode romper-se sem indemnizaçom de nengum tipo; empioramento das condiçons de trabalho e prolongaçom das jornadas; e aumento dos privilégios das empresas de trabalho temporal, entre muitas outras agressons. Em concreto, a reforma laboral aprovada o ano passado representou umha demoliçom -sem avisso prévio aos ocupantes- do edifício do direito do trabalho. A lei nom se limitava a umha intensificaçom das condiçons de explotaçom, com consequências já à vista. O seu coraçom é a protecçom sistemática dos interesses do empressário, aumentando a sua capacidade de decisom e arbitrariedade, e a paralela reduçom da capacidade de organizaçom e pressom da classe trabalhadora. Tratou-se dum autêntico golpe de Estado laboral, que revogava a legalidade prévia para conferir todo o poder à parte que parasita do trabalho de outros. É nesta clave que se entende que os convénios de empresa tenham preferência sobre os do setor, que a sua vigência seja limitada no tempo, ou que os empressários poidam modificar unilateralmente as condiçons aprovadas nos convenios coletivos. Cada convénio representava anos e anos de peleja, de luita de classes exercida na conscienciaçom, no debate, na agitaçom, na mobilizaçom, em greves... e ainda assim tinhamos um cenário duro e opressivo. De repente, a lenta acumulaçom de conquistas está em risco de dessaparecer em segun- dos. A suposta modernizaçom da negociaçom coletiva é em realidade a sua ata de defunçom e a justificaçom dum sistema de bandoleirismo. Podemos imaginar o tipo de convénios que teremos se som à carta para cada empressário, e muito piores que os fixados para cada setor, e o futuro que nos aguarda quando as empresas, que sempre compitem, aproveitem este marco legal para rivalizar no descenso de salários, reducindo estes custos à vontade. Cómpre lembrar o que há um ano foi contado como anédota: umha conversa do ministro de Economia, captada polos meios, na que confesava ao comissário europeu de Asuntos Económicos que o governo aprovaria umha reforma laboral "extremadamente agressiva". Nom está claro que esta frase -que pronto se faria realidade- fosse um escorregamento ante um micro aberto. Poderia ser umha estrategia de comunicaçom, umha ameaça que chegou rapidamente aos seus destinatários, antes de converter-se em lei, antes de bater: querem que vivamos com medo. Que aceitemos perder cada direito por supervivência, enquanto esperamos por umha melhoria que nunca se entreve. Que rematemos por louvar a escravitude porque nos garante que nom morremos de fame, sem direito a pensar na diferência entre o nosso modo de vida e o dos nossos escravistas, sem poder questionar a raíz da sua riqueza e da nossa pobreza. Se abandonamos a tentaçom do temor, podemos extrair liçons didáticas desta história. Devemos profundizar numha luita de classes à altura do desafio, capaz de geralizar um enfrontamento global. Temos que afirmar, em primeiro lugar, que a gestom da crise nom é o reino da necessidade. Que nada está determinado por ela: nem as medidas de austeridade, nem a degradaçom dos serviços públicos, nem a reforma laboral, nem o ataque às pensons. E em segundo lugar devemos advertir que a nossa aspiraçom nom é -nom pode ser- recuperar tudo ou parte do muito que foi perdido, e deixar intato o capitalismo. Sabemos que é impossível na nova fase aberta deste sistema que padecemos. Sem despreçar as vitórias parciais, o nosso objetivo é constituir o movimento real que anula e supera o estado de cousas, mais alá do domínio da Uniom Europeia e do Estado Espanhol resultante da Transiçom, já no terreio da soberania e o socialismo. José Emílio Vicente é xornalista e membro do Consello Nacional do BNG. 5 BNG, O IMPULSO NECESARIO Ximena González e Rafa Vilar 6 Superada a XIV asemblea nacional, que foi precedida dun proceso de debate por toda a nación, o BNG abre unha nova fase da súa angueira política. Unha angueira política que comezou, como tal organización, hai xa tres décadas e que estivo guiada polo obxectivo de consolidar o proxecto nacionalista en Galiza, desde unha ollada de compromiso coas clases populares e de transformación social. Porén, no camiño trazado non foron poucas as contradicións, mesmo internas, que o BNG tivo que afrontar, algunhas das cales acabaron en procesos de esgazamento da propia organización, ben coñecidos por tod@s. De aí que se faga necesario reimpulsarmos o Bloque como organización. E de o facermos nunha conxuntura socio-económica e política dominada por esa nova volta de parafuso que o capitalismo está a aplicar sobre amplos sectores sociais, a comezar pola propia clase traballadora, e que en Galiza se expresa a través das políticas neoliberais e recentralizadoras que desenvolve o Partido Popular como partido que ostenta o goberno na Xunta e mais en Madrid. Enfrontar, por tanto, esas políticas do PP en Galiza, de consecuencias tan nefastas para a nosa nación e para a maioría social traballadora, é un dos eixos centrais en torno aos que vai xirar a acción política (social e institucional) do BNG nos próximos meses. Un eixo de traballo que, dito sexa de paso, estabelece un elo de continuidade co traballo político levado adiante polo conxunto da organización nos últimos anos, mais que agora é conveniente desenvolver máis en profundidade e a carón de todos aqueles movementos sociais -máis amplos ou máis cativos- que combaten as políticas do PP e os efectos nocivos. Porque, ademais, os gobernos de Rajoy e de Núñez Feijoo, sometidos aos ditados da Troika, van continuar na súa ofensiva coas chamadas políticas de austeridade que non son outra cousa que un asalto aos nosos dereitos (sociais, laborais, democráticos...), o que en Galiza está a ter uns resultados devastadores no que se refire ao noso tecido produtivo, cada vez máis debilitado. Ao tempo, e como consecuencia lóxica, non deixan de dispararse os índi- ces de paro e de precariedade laboral, nun contexto en que se van desmantelando os servizos públicos (sanidade, servizos sociais, educación...) e no que, en definitiva, se van empobrecendo amplas capas sociais. E isto, en beneficio dunha poderosa oligarquía que busca o máximo lucro a custa da maioría social traballadora. Por se iso fose pouco, no caso de Galiza, as políticas do PP tamén están orientadas á destrución paulatina da nosa identidade nacional, a comezar pola nosa lingua e cultura, nun intento por sufocar calquera posibilidade de que no noso país se instaure, de xeito maioritario socialmente, unha consciencia nacional que demande a construción dun estado propio, en paralelo aos procesos abertos en Catalunya e Euskal Herria. Nese sentido, non pode resultar sorprendente que dun tempo a esta parte, desde os poderes do Estado (e con apoio mediático), se veña animando a presenza en Galiza de forzas políticas co seu centro de gravidade en Madrid, tentando canalizar o evidente descontento social por esas vías e, xa que logo, tentando evitar que non sexa o nacionalismo político o elemento referencial da resposta en Galiza ás políticas neoliberais. De aí que o outro gran eixo da acción política do BNG para este período se centre na defensa dos dereitos nacionais de Galiza: a nosa soberanía. Unha defensa que o BNG concreta no horizonte dunha República galega e que, hoxe máis ca nunca, é necesario que asuman o máximo de organizacións e entidades de carácter social, político, sindical, cultural, etc., que actúan no país e que comparten o principio de autoorganización. Erguermos un amplo movemento social a prol da soberanía é, sen dúbida, unha das tarefas impostergábeis que ten o nacionalismo en Galiza. E niso o BNG vai achegar toda a súa intelixencia política e esforzo orgánico, sabedor como organización de que a amplitude dese movemento social soberanista vai depender tamén de cultivar a xenerosidade entre tod@s aqueles que, de xeito organizado ou colectivo e de xeito individual, fagan súa a aposta soberanista. E esta aposta soberanista non se debe interpretar apenas como o desexo de situar Galiza no debate territorial aberto no Estado español, que tamén, senón sobre todo a demanda de soberanía de Galiza debe servir tamén para transmitir socialmente a idea de que sen soberanía política será imposíbel a superación da actual crise capitalista en beneficio das clases populares e nomeadamente da clase traballadora. Ou o que é o mesmo, transmitir socialmente que só a soberanía política de Galiza pode posibilitar, na actual crise capitalista, unha saída favorábel á maioría social traballadora. Partido deses dous eixos de traballo inmediato e futuro -a resposta ás políticas neoliberais e recentralizadoras do PP e mais a construción dun amplo movemento soberanista en Galiza-, o BNG vai tamén a seguir articulándose a nivel social, mellorando as súas estruturas organizativas e promovendo un constante contacto social na acción política a desenvolver. Tanto desde as institucións das que formamos parte (sexa en labores de oposición como en labores de goberno a nivel municipal) como desde o traballo social, moito deste vehiculizado a través da nosa participación en organizacións e movementos sociais. Sendo os tempos que vivimos -e os que se aveciñan-, tempos de extrema dureza, que condenan ao empobrecemento e ao desespero a amplos sectores da sociedade galega, non está de máis lembrarmos máis unha vez a importancia de contar con instrumentos políticos que, como o BNG, contribúan a combater o actual estado de cousas e traballen pola transformación social e a construción nacional. Máxime cando, desde os resortes do poder, se emiten mensaxes continuas que avogan pola “anti-política”, porque ese é o xeito precisamente de que o descontento social non provoque cambios reais, mudanzas de fondo, e por tanto que os que mandan sobre as nosas vidas sigan a facelo. E sigan a facelo impunemente. Ximena González e Rafa Vilar son membros da Executiva do BNG. 7 LUCIANO VASAPOLLO “ 8 A saída do euro, e por conseguinte da Eurozona, representa unha opción e un paso cara á solución dos graves desequilibrios estruturais das economías periféricas Luciano Vasapollo é profesor de economía aplicada da Universidade La Sapienza e director de Cestes – Proteo (Centro de Estudos de Transformacións Económico-Sociais da USB - Unione Sindacale di Base). É membro da italiana Rete dei Comunisti, movemento político comunista que ten como medio de expresión on-line o xornal contropiano.org. É membro de colectivos de solidariedade internacionalista e recentemente ten participado como observador das eleccións presidenciais na Venezuela convidado polo goberno bolivariano. Distingues ao analisares entre as diversas crises que padece o capitalismo. Fálanos delas. No modelo de produción capitalista pódense definir e analizar tres tipos de crises: a de carácter coxuntural, a estrutural e sistémica. A crise coxuntural pódese considerar “normal”, xa que non é verdade que o modelo de produción capitalista estea en equilibrio ou en constante crecemento cuantitativo. Marx tiña razón cando identificaba a crise como unha fase interna do ciclo dun modelo económico produtivo de desequilibrio e polo tanto con fases de sobreprodución, situación que obriga á conseguinte e irrenunciábel condición de queimar forzas produtivas. Podes darnos algún exemplo dunha crise de carácter estructural? A grande crise do 1929 asume características estruturais posto que o capital internacional tiña a necesidade dun novo e diferente modelo de acumulación. Saíuse de tal crise coa produción en masa do fordismo e do taylorismo e aplicando o modelo keynesiano de sustentamiento da demanda empregando unha grande participación pública, é dicir, incrementando os recursos para gastos públicos, que nou se traducen inmediatamente en gastos sociais. Tal é así que da crise do 1929 non se saíu co “New Deal” senón a través do militarismo keynesiano que expresa o seu máximo nivel coa segunda guerra mundial e coa mesma reconstrución post-bélica. Esa situación permite aos EEUU realizar o seu propio desenvolvemento económico cuxa estrutura é o endebedamiento baseado na importación. Alemaña e Xapón elixen para a reconstrución e o fortalecimiento do seu sistema de desenvolvemento interno un modelo de capitalismo distinto ao estadounidense, menos agresivo. Tal modelo foi definido renano-xaponés e baseábase sobre todo nun forte e recalificado aparello industrial, en función dunha articulada e competitiva propensión á exportación, no que a empresa pública mantén un rol importante. Cando podemos datar o inicio da actual crise, que ti defines como sistémica? A crise sistémica do capital require a globalización neoliberal: trátase de invadir novos mercados a través de novos proxectos e formas de presentación dos imperialismos con matriz USA e euro-alemá, con características económico-político-militares para tratar de resolver a crise. Aos outros países europeos impónselles a desindustrialización e a transferencia da actividade produtiva a un novo deseño da distribución internacional do traballo. A partir dos anos ‘80 en Europa verificárase un verdadeiro e intenso proceso de privatización, ainda que con matices en cada país, co obxecto de reorganizar a presenza pública no conxunto do sistema produtivo. As Co fin dos acordos de Bretton Woods en 1971 evidénciase o inicio da actual crise sistémica, provocada polas mesmas dificultades que atopa o capital internacional en implementar un novo modelo de acumulación capaz de permitir non soamente o crecemento da masa total do superávit senón que tamén poida manter, nos países co capitalismo avanzado, as taxas de beneficio consideradas suficientes para poñer novamente en marcha o sistema e retornar ao nivel de crecemento do beneficio desexado. 9 Os efectos de tal crise conducen necesariamente ao agudizamiento da competencia global, a cal é definida como a nova fase da globalización; en realidade trátase dunha nova fase da mundialización capitalista Cales son os mecanismos e consecuencias que trae para os traballadores e as clases populares esta fase do capitalismo? Este proceso mundial ten o seu correlato europeo: cales son as características que adopta en Europa? “ A globalización neoliberal iniciouse cos fortes procesos de desreglamentación do mercado, eliminando o rol intervencionista na economía dos estados, apuntando a un modelo de competencia global que desenvolve en primeira instancia un ataque sen precedentes ao costo da man de obra e contemporáneamente instaura procedementos de transferencia da produción cara a países cun baixo costo da man de obra pero ao mesmo tempo especializada, carentes de reglamentación e non sindicalizados, externalización, privatización e desvío de recursos cara a unha finanza agresiva e desestabilizadora, tratando de obter coa renda aquilo que non se consiguía obter en términos de beneficio. Non se sae dunha crise sistémica de capital internacional con solucións económico-keynesianas improbables e anacrónicas Este proceso púxose en marcha paralelamente ao establecemento do Mercado Único Europeo (1992) e posteriormente coa Unión Europea cos pesados sacrificios no mundo laboral. O marco non pode resistir a competencia internacional do área do dólar se non se crea un polo económico comercial europeo que poña a moeda alemá en condicións de competir con el. A creación deste polo require unha nova repartición do traballo coa cal os países de Europa meridional-mediterránea se transformen en áreas de importación. O superávit alemán está determinado polo seu propio modelo de exportación que obtén ganancias coa importación dos seus produtos por parte dos outros países europeos. 10 A chamada “crise da débeda” está servindo de escusa para acabar cos logros de décadas de loita, entón. A débeda pública formouse no tempo e non debido aos excesivos gastos sociais. Unha parte da débeda pública é o resultado da actuación dos gobernos ao apoiar os capitais fortemente endebedados, principalmente os bancos mais tamén as empresas. Difundir a idea de que os Estados están ao bordo de quebra significa ocultar a crise económica xeral de acumulación do sistema capitalista, o desastre dos mercados crediticios e financeiros, creando á vez a necesidade da socialización das perdas do sistema bancario a través do diñeiro dos impostos dos traballadores e o recorte do Estado do Benestar e do custe do traballo. Os plans de restruturación do BCE (Banco Central Europeo) para cos PIIGS (Portugal, Irlanda, Italia, Grecia, Spain) serviron para crear esta Europa e o BCE está facendo o que o FMI fixo en América Latina, a través dos plans de axuste estruturais ou dos plans de austeridade, procedendo con privatizacións, eliminación dos gastos sociais, redución do costo da man de obra e a creación da precariedade, xuvenil e xeneralizada. Ti alertas contra unha saída ficticia desta crise sistémica Certamente non se sae dunha crise sistémica de capital internacional con solucións económico-keynesianas improbables e anacrónicas que “ accións dos gobernos nestes anos confirman a vontade de pór en marcha un programa exhaustivo de enaxenación das empresas públicas, oficialmente en razón dunha solución para os problemas produtivos e económicos. Houbo a excepción de algúns países, como por exemplo Franza e parcialmente Alemaña. Nos países do ALBA en América Latina produciuse unha verdadeira e real inversión de tendencia social a través do distanciamiento dos organismos do capital como o FMI apuntan á imposible conxugación entre austeridade e política de expansión para o crecemento, en canto que carecen de lóxica no plano macroeconómico ademais de seren imposibles de aplicar no plano político-económico. Por onde debería camiñar entón unha alternativa real a esta situación? A solución é política. Unha solución política relanzando unha batalla para saír da Europa do Euro nun ámbito de clase; un traxecto de loita e organización para que convivan os momentos reivindicativos tácticos coa perspectiva estratéxica no horizonte da transformación radical en chave socialista. Precisamos un programa mínimo de clase: reanudación da batalla sobre as 35 horas, renda social, dereito á vivenda, o fin de toda precariedade, a imposición ao factor capital en todas as súas formas, o imposto patrimonial, o fortalecimiento dun Estado do Benestar Social universal para as novas necesidades. nova moeda, relacionada co cambio oficial que se estabelece; o rexeitamento e a posta a cero dunha parte substancial da débeda, a partir da débeda cos bancos e as instituciones financeiras, e unha nova negociación do mesmo residuo; e para rematar a nacionalización dos bancos e a ríxida regulación (incluíndo a prohibición momentánea) da saída dos capitais da mesma área, e a nacionalización dos sectores estratéxicos (enerxía, transportes e telecomunicacións, etc). Todos estes elementos teñen que verificarse á vez, para evitar a descapitalización de toda a rexión periférica e para asumir un control adecuado sobre os recursos dispoñibles para os investimentos de corte social. É un programa moi ambicioso, como podriamos implementarlo? Queda claro que semellante proposta pode converterse de creíble en realizable grazas ao relanzamento dun protagonismo nas loitas dos traballadores europeos, restablecendo a supremacía da política sobre a economía, transformando así a crise da Eurozona nunha forte reactivación do sindicalismo de clase, acumulando así as forzas no conflito social. O intento fracasado de estabilización levado a cabo polos gobernos cos recursos de todos os cidadáns debe ser compensado. A nacionalización dos sectores estratéxicos das comunicacións, enerxía e transportes non só pode ser un prezo justo se non que pode, á vez, xerar os recursos para realizar unha estratexia de relanzamento produtivo a curto prazo que permita sentar as condicións para que millóns de desempleados nos países da periferia europea poidan comezar a producir riqueza social no menor tempo posible. Para inverter a lóxica económico-financeira imperialista é necesario un cambio radical socio-cultural (o que en términos de Gramsci defínese como un cambio de hexemonía que modifique o sentido común), que invirta as relacións causais entre a economía e a política, como xa se está verficando, por exemplo, nos países do área de ALBA. Esas medidas deberían vir acompañadas doutras? Que opinas sobre a necesidade ou non de saír da Eurozona? Cóntanos un pouco sobre esa alternativa bolivariana e os seus instrumentos. A saída do euro, e por conseguinte da Eurozona, representa unha opción e un paso cara á solución dos graves desequilibrios estruturais das economías periféricas. A idea de abandonar a Unión Económica e Monetaria da UE (UEM) para volver ás moedas nacionais do pasado tampouco pode considerarse unha alternativa para os países da periferia europea. En canto ao acontecido nos países do ALBA en América Latina produciuse unha verdadeira e real inversión de tendencia social a través do distanciamiento dos organismos do capital como o FMI, coa nacionalización dos sectores estratéxicos como as comunicacións, a enerxía e os transportes, con fortes investimentos sociais sostidas por un propio Banco do Sur. Pensamos que a saída do euro debería verificarse de forma concertada, en primeiro lugar entre os países da periferia con catro eixos estreitamente relacionados sen os cales este proceso podería converterse nun desastre para todos: unha nova moeda única común na Europa periférica, a nova determinación da débeda na Temos solucións desde o proxecto alternativo antimperialista, anticapitalista e de sistema dos países do ALBA até as solucións relacionadas específicamente á resolución do problema da débeda, en América Latina houbo casos de traxectos de quebra programada, como Arxentina que escapou á forca da usura dos potentes financeiros internacionais. 11 UNHA MINARÍA PERNICIOSA E ESPOLIADORA Pedro Alonso 12 As Hoxe, á calor do aumento dos prezos dos metais raros, do ouro e a prata, multiplicanse os proxectos de reapertura de vellas minas ou de novas explotacións. Wolframio e ouro son os elementos que protagonizan estas iniciativas. Corporacións mineiras multinacionais con accionariados dominados por importantes fundos internacionais de investimento industrial, presionan gobernos para acelerar a tramitación de proxectos e solicitan apoio económico e institucional, coa excusa do grande número de postos de traballo que, din, van criar. Colt Resources Inc., Wolf Minerals Ltd, Heemskirk Consolidated Ltd, Edgewater Exploration Ltd son nomes que están atrás de proxectos en Portugal (wolframio en Tras-Os Montes e ouro no Alentejo), Inglaterra (wolframio en Devon), España (wolframio en Salamanca) e Galiza, onde salienta o aproveitamento mineiro de Corcoesto. Mais a nova vaga mineira ameaza con se extender por boa parte do país. Non vamos reparar aquí nos manidos argumentos industriais que acusan aos ecoloxistas de cavernícolas. Non faremos da necesária redución do consumo de metais e minerais nas sociedades denominadas avanzadas, nen do enorme impacto ambiental dos proxectos, os eixos do noso relato. Tentaremos interpretar este frenesí mineiro desde unha perspectiva autocentrada, considerando a imperiosa necesidade de respeitar o entorno natural como peza esencial dun proxecto de construción nacional baseado no aproveitamento racional dos recursos. A minaría de hoxe no mundo Na actualidade, o modelo predominante de minaría é o das explotacións a ceo aberto con grandes ocupacións do território e enorme volume de movimento de terras e rochas, o cal fai inevitábel o protagonismo excluinte desta actividade nas paisaxes onde se instala. Parece ter rematado a época das pequenas explotacións, muitas delas baixo terra. Hoxe, grandes explotacións de carácter espoliador e producións nomádicas acompañan un modelo caracterizado pola existéncia de mercados globais, onde as operacións de compra e venda se desenvolven a miles de quilómetros da corta que produce o mineral. Pequenas transformacións iniciais permiten colocar en bruto o produto que será utilizado na indústria internacional da transformación ou nos mercados mundiais do ouro. Un escenário que limita as oportunidades para integrar a minaría no desenvolvimento económico local. É óbvio que nos países onde existe unha certa tradición transformadora que medrou en paralelo á explotación de recursos locais, é máis doado reservar parte das producións ao fornecimento de mineral á indústria local. Máis difícil aparenta dar o salto cara a transformación industrial nun país con actividade extractiva pero sen tradición transformadora. Os investimentos son agora escasos, afogado como está o crédito e limitado o gasto das institucións públicas. Isto non significa que a transformación do mineral e a elaboración de produtos altamente demandados por distintos subsectores industriais non sexan máis competitivas en entornos próximos aos focos extractivos. Transformación mineira e conservación do património De contar coas condicións políticas, económicas e financeiras favorábeis para desenvolver un sector mineiro galego mediante a sua industrialización transformadora, poderíamos estar a falar dunha grande oportunidade para impulsar várias liñas estratéxicas en matéria de política industrial, investigación e innovación tecnolóxica e criación de emprego. A indústria transformadora do wolframio na Inglaterra é un referente. Existen várias empresas de transformación que operan hai máis de 50 anos producindo elementos imprescindíbeis para a indústria de automoción, de corte industrial ou de extracción de gas ou petróleo. A elaboración de pezas para usos mui concretos a partir de tungsteno sinterizado permite dar traballo nunha soa empresa a máis de cen persoas. Ora ben, con este modelo, parece imposíbel conciliar o desenvolvimento mineiro coa protección do entorno natural. No caso da minaría do ouro, este modelo produce enormes cantidades de resíduos perigosos altamente tóxicos. Isto fai mui difícil a sua integración territorial sen constituir unha grave ameaza para outros usos e aproveitamentos (agrário, gandeiro, forestal, turístico) ou para a conservación dos elementos patrimoniais (paisaxe, habitats forestais e fluviais, recursos históricos e arqueolóxicos, etc). E este é o caso de Corcoesto. Tamén da maioría do resto de proxectos, onde, ademáis, non se contempla nengunha iniciativa de integración económica e de desenvolvimento industrial e tecnolóxico. Corcoesto O proxecto da empresa canadiana Edgewater Exploration Ltd. terá unha vida de pouco máis de 8 anos e unha ocupación estimada en máis de 500 has, repartidas en duas áreas de extracción e tres de depósito. Un movimento anual de máis de 2.100.000 toneladas de mineral e a xeración de máis de 9.100.000 m3 de depósitos residuais, parte dos cales se confinarían nunha grande balsa, que acumulará un enorme volume de substáncias perigosas pola sua elevada toxicidade. A presenza dunha balsa das dimensións previstas en entornos de climas áridos, de escasas precipitacións, e de orografía pouco complexa (chairas ou desertos), podería reducir enormemente o risco de contaminación por accidente ou catástrofe. Terrenos de pendientes moderadas, rede hidrográfica complexa e meteoroloxía caracterizada por valores elevados en precipitacións, configuran un escenário físico no que os factores de risco se multiplican. Corcoesto e muitos dos demáis, son proxectos que non son integrábeis na economía nacional e, á inversa, no momento actual, esta carece de posibilidades de rendibilizar a presenza dos primeiros. A maiores, interfiren gravemente coas actividades económicas existentes. E o custe ambiental, en forma de grandes depósitos tóxicos, sobrepasa con creces os benefícios económicos e sociais xerados. Salientar a enorme incidencia ambiental destes proxectos é fundamental. Mais o seu carácter pernicioso agrávase ao considerarmos o escaso impacto que producirán no emprego e na economía nacionais. Urdir unha rede opositora debe incorporar tamén esa información. Multiplícanse as iniciativas contra a minaría espoliadora. Pedro Alonso é activista ambiental. 13 DO QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE AUTODETERMINAÇOM? Héctor López 14 Mobilización estudantil en Vigo. Tergiversado às vezes no debate político, o conceito de autodeterminaçom possui, porém, um significado unívoco no direito internacional público. A autodeterminaçom é o direito dum povo a decidir por si mesmo a sua constituiçom em estado soberano. Nem mais nem, evidentemente, menos. A Carta das Naçons Unidas de 1945 (artigos 1 e 55) reconheceu a todos os povos o direito a decidirem livremente o seu futuro. Foi a culminaçom dum processo com amplos precedentes no direito internacional consuetudinário. Pense-se nas declaraçons de independência das repúblicas de América, a começar pola estadounidense de 1776 (“When in the course of human events it becomes necessary for one people to dissolve its political bands with another...”) ou na criaçom de novos estados a partir do esfarelamento dos impérios austro-húngaro, otomano e russo no fim da I Guerra Mundial. Desde 1900 até hoje, o exercício do direito de autodeterminaçom deu lugar a que o número de estados independentes se multiplicasse por quatro. Vinte deles som resultado da segregaçom dumha parte do território dum estado para se constituir num novo. Só na Europa, dêrom-se treze casos de independência por secessom durante o século passado e o que levamos deste: Noruega de Suécia (1905); Finlândia de Rússia (1917); a República de Irlanda do Reino Unido (1922); Islândia de Dinamarca (1944); Estónia, Letónia e Lituánia da URSS (1990-1991); Eslo- vénia, Croácia e Bósnia de Iugoslávia (1991); Eslováquia de Checoslováquia (1992); Montenegro da Uniom de Sérvia e Montenegro (2006) e Kosovo de Sérvia (2008). O processo de autodeterminaçom e a criaçom do novo estado independente apresenta diferenças em cada caso –exercício dum direito reconhecido pola constituiçom do estado de origem, separaçom consensual, ou, a maioria das vezes, declaraçom unilateral de independência– mas a legitimaçom final do processo deve obedecer sempre à decisom maioritária do povo do novo estado, exprimida de forma democrática num referendum com as devidas garantias jurídicas. Um setor da doutrina académica defendeu umha interpretaçom restritiva do direito de autodeterminaçom, de jeito que só seria aplicável aos processos de descolonizaçom. É certo que nesses casos temos um quadro jurídico nítido, conformado por numerosas resoluçons das Naçons Unidas, que nom existe com idênticas garantias para as iniciativas independentistas em contextos nom coloniais. Porém, isto nom pode significar a negaçom dum direito que é reconhecido com caráter universal a todos os povos. O Tribunal Internacional de Justiça da Haia, num relatório de 2004 sobre o muro erguido nos territórios palestinianos ocupados, resolveu que a autodeterminaçom é um direito erga omnes, que deve ser respeitado por todos os estados. O mesmo Tribunal, na importante resoluçom de 2010 sobre a declaraçom unilateral de independência de Kosovo, confirmou que nom existe norma internacional que proíba estas declaraçons, polo que, em geral, devem ser consideradas ajustadas a direito. A imensa maioria das instituiçons e partidos políticos do Reino de Espanha –contrariamente ao que acontece noutros estados com movimentos independentistas, como o Canadá ou o Reino Unido– mantém umha atitude visceralmente contrária ao exercício do direito de autodeterminaçom polos povos galego, basco ou catalao. Proclama-se, por um lado, que o sujeito da soberania é o povo espanhol no seu conjunto. E afirma-se, por outro, que essa soberania está blindada polo texto do artigo 2 da Constituiçom, fundamentado na “indisoluble unidad de la Nación española, patria común e indivisible de todos los españoles”. O primeiro argumento é obviamente tautológico. Se os povos da Galiza, o País Basco ou Catalunha tivessem reconhecida a soberania, já seriam de iure independentes. A questom a resolver é se estes povos reúnem os requisitos para decidirem por si mesmos se querem ser independentes, ficando bem entendido que o direito internacional reconhece o direito de autodeterminaçom aos povos, nom aos estados, e a condiçom de povo está determinada por fatores como a história, a língua, as instituiçons sociais, jurídicas e económicas próprias e a vontade constante de manter umha identidade de seu. O segundo argumento, de direito positivo, coloca-nos num conflito entre a legalidade constitucional espanhola e a vontade democrática dumha comunidade nacional. Este mesmo suposto teórico foi resolvido polo Tribunal Supremo de Canadá em 1998, ao reconhececer que umha maioria clara, obtida num referendum com todas as garantias democráticas, concederia plena legitimaçom a umha iniciativa secessionista do Québec e obrigaria o governo canadiano a negociar e resolver de comum acordo as sempre complexas condiçons da separaçom. Aplicando esta doutrina, umha declaraçom unilateral de independência estaria justificada sempre que o governo espanhol impedisse umha consulta popular sobre a criaçom dum novo estado, ou bem se negasse a aceitar o seu resultado afirmativo. Em tal caso, a declaraçom de independência dotaria de existência política ao novo estado, pois este reuniria os critérios mínimos de populaçom permanente, território determinado e autoridade política, definidos na Convençom de Montevidéu sobre direitos e deveres dos estados de 1933. Este princípio, conhecido como «teoria constitutiva do estado» foi ratificado polo relatório do comité Badinter, criado pola Comunidade Económica Europeia em 1991 para dar resposta às questons jurídicas levantadas pola fratura da antiga Iugoslávia. O relatório Badinter esclarece que a existência do estado é umha questom fática, sem que o reconhecimento internacional seja umha condiçom determinante da estatalidade. Em resumo, a decisom sobre o seu futuro é um direito inalienável dos povos, ora dentro do estado em que estám integrados, ora separandose para formar um novo estado. Em tal caso, a declaraçom de independência nom produz os seus efeitos dentro do ordenamento jurídico previamente existente, senom que cria umha nova legalidade, totalmente legítima aos olhos do direito internacional. Hector López é avogado. 15 DOUS ANOS TECENDO O MOVEMENTO ESTUDANTIL Beatriz Fariñas 16 O 26 de marzo de 2011 constituíase en Santiago de Compostela a Liga Estudantil Galega, a nova organización do estudantado galego que nacía para dar resposta aos problemas xurdidos nos últimos tempos no movemento estudantil nacionalista. Pouco máis de dous anos despois, este proxecto está xa plenamente consolidado, con presenza en seis dos sete campus do país e en cada vez máis zonas e centros de ensino medio. Nestes dous anos, os ataques ao ensino sucedéronse sen descanso. A nivel universitario, unha das maiores loitas foi contra a chamada Estratexia Universidade 2015, o plan de reformas da educación superior e a investigación que supón a segunda fase dos cambios que comezaron no 2010 co a implantación efectiva do Espazo Europeo de Educación Superior (máis coñecido como Plan Boloña) que vai na liña de profundar o proceso de axuste da universidade ás “novas demandas da economía”, o que é a esencia deste proxecto de suposta “modernización”. Despois da completa reelaboración das estruturas das titulación recollidas no Plan Boloña, a EU2015 aborda os cambios relacionados sobre todo co funcionamento dos centros universitarios, a forma de xestión e de goberno, atribucións, organización, financiamento e competencias. O obxectivo último é estabelecer as condicións materiais, xurídicas e económicas que permitan que a universidade forme os futuros traballadores segundo as cambiantes demandas do mercado capitalista. No tocante ao ensino medio, a maior agresión nestes dous anos e posibelmente nas últimas décadas foi o borrador da Lei Orgánica da Mellora da Calidade Educativa (LOMCE) presentado a comezos deste curso polo ministro de Educación Wert. Esta lei, máis inflexíbel e retrógrada que a propia LGE franquista dos 70, está formulada para ser un alicerce máis do progresivo e cada vez menos disimulado proceso de desmantelamento do ensino público. Caracterízase a simple vista por carecer do máis mínimo espírito democrático, polo seu marcado carácter segregador e sexista, por estar ideada para desgaleguizar o ensino e “españolizar” aínda máis o estudantado galego desde a infancia e por promover a total privatización de cada vez máis niveis de ensino. É unha lei fondamente integrista pensada para homologar o conxunto do estudantado a un único e indivisíbel patrón de corrección, o do español-emprendedor-trunfador. As consecuencias que terá para o estudantado estas dúas reformas xunto coas demais medidas impostas desde o goberno central e da Xunta supoñen unha grande perda en calidade do ensino e mesmo o risco de desaparición do sistema de educación pública. Para evitalo, a Liga Estudantil Galega chama á mobilización de todo o estudantado galego para amosar o total rexeitamento desas políticas neoliberais e contestar os ataques que vimos sufrindo como clase e como pobo. Malia ao complicado da tesitura no movemento estudantil no momento do seu nacemento, a Liga Estudantil Galega amosou desde a súa constitución o seu firme convencemento na necesidade da unión do nacionalismo galego en todos os ámbitos, tamén no estudantil, para a consecución dos obxectivos estratéxicos xerais do movemento. Así o reafirmou o pasado 13 de abril na súa II Asemblea Nacional, na que a organización se comprometeu a traballar en prol da construción dunha única organización nacional do estudantado galego que recolla a herdanza combativa histórica no camiño dun movemento estudantil que poida plantar cara ás agresións do sistema e mudar a realidade, transformar as ideas en feitos e as loitas de hoxe nas vitorias de mañá. Leitura dun manifesto ao remate dunha mobilización estudantil en Ourense. No camiño para a consecución dese obxectivo, a Liga Estudantil Galega traballa para asentar unha colaboración firme entre organizacións, priorizando a unidade de acción con aqueles outros colectivos que comparten os seus principios e obxectivos estratéxicos. Atendendo á vixente consigna leninista, golpeando xuntos e marchando separados melloraremos a unidade actual do conxunto de persoas e colectivos que loitamos por un outro modelo de ensino, galego e popular, o que axudará a avanzarmos no proceso de acumulación de forzas. Dous anos despois da constitución desta organización, pódese afirmar que as análises estruturais que a Liga Estudantil Galega realizou na súa Asemblea Constituínte están plenamente vixentes e son a resposta acaída e necesaria para enfrontar a vaga de ataques ao ensino público. Contra os plans do capital, a Liga Estudantil Galega reafírmase na necesidade dun ensino público, galego, democrático, de calidade e non patriarcal. Un ensino público e de balde ao que teñan acceso todas as fillas das traballadoras; un ensino galego, incardinado na realidade do noso País e no que o galego sexa a lingua única vehicular; un ensino democrático, onde o estudantado sexa suxeito activo de participación, decisión e incidencia; un ensino de calidade, que ademais de fornecer o estudantado de saber, forme e xere conciencias críticas, e un ensino non patriarcal, no que o feminismo sexa un piar básico e onde se poña en valor o papel da muller na historia e na actualidade, invisibilizado sistematicamente polo patriarcado. Ademais, como organización que entende a Galiza como nación, aseveramos a nosa convicción na rotunda necesidade dese modelo de ensino do pobo e para o pobo no marco da plena soberanía nacional galega concretada nun proceso de autodeterminación que dea lugar á construción dunha República Galega, xa que entendemos que unha ampla parte das agresións que sufrimos como pobo e das eivas que ten o ensino veñen dadas pola nosa falta de soberanía. Xunto á aposta por unha república de noso, reafirmámonos unha vez máis no convencemento de que o socialismo é o único sistema viábel que garante as exixencias dun mundo máis igualitario e con xustiza social, onde as clases populares como suxeito político activo e maioría social sexan quen de levar a cabo o proceso de emancipación social. O filósofo marxista italiano Antonio Gramsci dixo: “Instrúanse, porque precisamos de toda a nosa intelixencia. Conmóvanse, porque precisamos de todo o noso entusiasmo. Organícense, porque precisamos de toda a nosa forza”. As compañeiras da Liga facemos nosas estas verbas e, con toda a humildade, mais con toda a forza que dá saber que se ten a razón e que seremos quen de parar as políticas do capital, instruímonos para coñecer, conmovémonos para avanzar e organizámonos para vencer. Bea Fariñas é estudante de Tradución e Interpretación e fai parte do Consello Nacional da Liga Estudantil Galega. 17 PROPAGANDA E IMPÉRIO Óscar Valadares 18 O imperialismo não só combate com fuzis, com tanques, com satélites, com drones. Tampouco todo o imperialismo é bélico, mesmo sendo todo ele violento. Da multidão de formas em que as relações de dominação se materializam, uma está sempre presente: a dominação da opinião pública. Sem ser um requisito indispensável, nos atuais sistemas de democracia burguesa é mais difícil qualquer intervencionismo exterior que não for apoiado por ela. Por isso, toda estratégia de domínio imperialista reserva uma percentagem do seu esforço tático ao domínio da opinião, através da sua ferramenta básica: a propaganda. Porém, não toda a propaganda é igual —nem sequer toda a propaganda a favor do império. Tampouco o império se exerce do mesmo modo sempre, ainda que mantenha invariável o seu objetivo, que é a exploração maciça dos recursos alheios. A utilização de uma fórmula propagandística ou outra é definida, em todo caso, pola atitude favorável ou contrária que adotarem os povos objetivo do império. Em primeiro lugar, contra os povos contrários ao império, há um intervencionismo direto, caracterizado como campanha de guerra, para o qual os princípios da propaganda são, basicamente, os definidos por Joseph Goebbels. Porém, a intervenção direta não só se dá pola via do confronto bélico. Também se exerce através de bloqueios económicos e sanções, como no caso de Cuba ou Coreia do Norte, ou armando e financiando elementos desestabilizadores sobre o terreno, como ocorre hoje com os «rebeldes» sírios ou com os opositores venezuelanos. Ambas as fórmulas costumam dar-se simultaneamente em todos os casos. Para estes casos, o manual é invariável. Primeiro, simplifica-se o inimigo: Cuba, Irã, o Iraque, a Coreia do Norte, Líbia e Síria são unificados sob a etiqueta «Eixo do Mal». Depois, exagera -se qualquer anedota, convertendo-a em ameaça grave e totaliza-se um desenho desfigurado do inimigo, que é sempre sádico, tolo, caprichoso e odioso. Para melhor construir a ameaça, vulgariza-se a mensagem, adaptando-a ao «menos inteligente dos indivíduos a que vai dirigida» —por palavras do próprio Goebbels— o que se traduze em apelar aos instintos primários, preferentemente o medo, neste caso, a um ataque indiscriminado e irracional —porque o inimigo é sempre irracional. Ademais, a propaganda cimenta-se no substrato pré-existente de prejuízos e ódios em relação com o diferente, o outro. Por outra parte, as mesmas ideias são repetidas constantemente, de formas variadas e desde distintos vozeiros convenientemente disseminados, também polo espetro ideológico, mas que recuncam sempre na mesma ideia subjacente: que o mal pode vir em qualquer momento. E, evidentemente, silencia-se qualquer realidade sobre a qual não haja argumentos e acusa-se de falsa qualquer informação favorável ao inimigo —polo geral a própria barbárie indissociável do facto imperial. Por isso os nossos ministérios da guerra são «de defesa» e os nossos exércitos são «forças de paz». Todo este complexo desenho é reproduzido, ademais, a um ritmo tal que quando o inimigo quiser desmontar a falácia, a opinião pública estiver já interessada noutra anedota elevada a exemplo perfeito do perigo que espera qualquer descuido. Em resumo: a intervenção é indesejada por quem a inicia e só responde a uma causa nobre ou sagrada e jamais a interesses particulares; o inimigo é o único responsável, e qualquer pessoa que duvide desta fórmula comete traição. Em segundo lugar, contra os Estados favoráveis à intervenção (outra cousa são os povos), há outro intervencionismo, que poderíamos denominar «messiânico» e que joga com resortes mais próximos da caridade cristã e do humanitarismo. Aqui, o motor da propaganda não é o medo, mas a compaixão. Nesses casos, os povos aparecem como selvagens ou incapazes, e é a caridade a que dispõe a opinião pública a favor da intervenção. São enviadas «forças humanitárias» ou «forças de paz» para 19 Nos conflitos modernos a propaganda imperialista é tan importante como as súas bombas. Na imaxe John Kerry, Secretario de Estado dos EUA. apoiar civis indefensos afetados por desastres naturais ou por organizações terroristas que os Estados amigos não conseguem combater. O trabalho da propaganda é disseminar a ideia de que, nestes casos, o intervencionismo não é para submeter e destruir; é para «ajudar». E, porém, a ajuda costuma ir acompanhada de fórmulas que permitem os grandes capitais colonizarem a região e modificarem a legislação favoravelmente sem oposição do povo, mais ocupado em sobreviver. Assim passou com Haiti, recentemente, e já antes com a América do Sul e com a Europa do antigo bloco socialista. Alimentar as crises regionais e aproveitar o shock para ocupar novos territórios são dous lados da mesma moeda, que é a moeda da dívida odiosa, da dependência, e do fim de qualquer soberania efetiva. Se a ajuda for contra organizações terroristas —existam ou não—, nada mais singelo do que anunciar a presença de células jihadistas onde for necessário. À velocidade que esse relato se propala, a simples suspeita de que determinado povo possa estar a sofrer ou a alimentar aparatos terroristas resulta já imparável. Imediatamente a opinião pública «compreende» que o país deve ser intervindo e a ordem restaurada. Se, durante o processo, o capitalismo transnacional coloniza o país, subtraindo maciçamente os seus recursos, é algo que não aparecerá no relato fabricado ao efeito para consumo da satisfeita opinião pública. Em todos os casos, a propaganda imperialista tem um papel teleológico: o objetivo é sempre a intervenção, o império; e o conjunto do argumentário está desenhado de forma tal que derive necessariamente nesse fim. Ao mesmo tempo, todos estes princípios partem de definições do que o outro é e do que deseja na sua mais oculta intimidade. E, evidentemente, são as potências do capital as que decidem estas questões e escrevem o relato em cada caso, reconfigurando a velha partição do mundo sobre a base de quem são os bons / civilizados e quem os maus / incapazes. Em função disto, poderão variar as fórmulas da propaganda e a forma de exercer o império. Mas, sob este sistema, seja como for, a dominação não se discute: sempre estará presente. Óscar Valadares é traballador do 112 e sindicalista da CIG. Na loita social temos que ser todos solidarios: traballadores en activo, pensionistas, desempregados ARTURO MOUCO Sempre traballaches no naval e neste momento estás no desemprego. Estamos perante un dos sectores mais arrasados pola crise, non é así? “ Así é. Eu traballaba en Barreras, nun sector onde ser da CIG está penalizado á hora de traballar porque somos combativos. Teño visto como o desemprego pasaba de pouco mais de 500 persoas no sector a estar todo o sector practicamente desmantelado, con milleiros de persoas no desemprego. Cada venres era moi duro ver marchar 20, 15 ou 10 compañeiros de cada empresa despedidos para casa. Nestes momentos só existe algo de carga de traballo en Metalships, e ademais nunhas condicións laborais de extrema explotación. 20 Cales son as responsabilidades da Xunta, Estado e UE nesta situación? Arturo Mouco é traballador do sector naval vigués. Desenvolveu o seu traballo en varias empresas do sector, onde foi delegado da Confederación Intersindical Galega e nestes momentos atópase no desemprego. Posteriormente foi un dos portavoces da Asemblea de Desempregados do Naval. As responsabilidades son variadas. As institucións governadas polo PP estánnos encima, afogándonos, e mesmo no seu momento o PP mentía descaradamente dicindo que as denuncias do BNG eran falsas, que se baixase a comprobar como se traballaba nos estaleiros. Ademais todas as “reformas” como esta última para os maiores de 55 anos fan cada vez máis complicada a vida da xente. Ademais, grande parte de responsabilidade racae tamén nos sindicatos españois CCOO e UGT, que abandonaron a loita e nen sequera se ativeron ás cousas que dixeron que ian defender. Desde a CIG o naval continúa coas mobilizacións. No naval continuamos na loita, ainda que resulta complicado motivar os compañeiros para participaren, mais é absolutamente preciso. Estamos tendo diversas asembleas para preparar mobilizacións, A feira de "Empregalia" é un exemplo, mais tamén con concentracións diante do concello, facendo repartos na rúa... O exemplo de “Empregalia” móstranos ademais como as empresas, a Xunta e co Concello de Vigo de cómplice xogan coa necesidade da xente, que facía cola por milleiros. Sabemos que moitas das empresas alí presentes non contratan a ninguén e dispoñen de moitísimos demandantes de emprego. Temos o exemplo de Linorsa, onde despois de traballar gratis para eles durante 80 horas coa excusa da "formación", depois non collían a ninguén. O mesmo poderíamos dicir de Citröen, que xa dispón de moitísimos currículums, Cardama... É unha burla publicitaria aos traballadores. Paréceche necesario seguir mobilizados? Absolutamente. Vemos como a situación de desemprego fai mesmo que alunos/as do ensino vaian sen almorzar á escola. Non podemos permitir iso e temos que rebelarnos. Na loita social temos que ser todos solidarios: traballadores en activo, pensionistas, desempregados... Sería interesante mobilizacións nacionais, a todos nos pode tocar ainda que non o pareza ás veces. Para sairmos desta situación temos que estar xuntos, é a única maneira, e temos que evitar o derrotismo e enviar mensaxes de loita aos compañeiros: se loitamos, hai esperanzas de vencer. Pertences ao sector da Artes Gráficas e neste momento estás no desemprego. Como é a situación laboral do sector? Estamos nunha situación de desmantelamento absoluto. As empresas que non pecharon fixeron EREs con despedimentos, redución de xornada,... Tiran os prezos facéndose competencia entre elas e aumentando a presión nuns cadros de persoal axustados ao máximo con cargas de traballo desmesuradas para tempos imposíbeis. Aprobeitanse de que a xente sabe que a alternativa é o desemprego polo que está pasando ao seu redor. Pola túa idade imaxino que moitas persoas do teu entorno padecen a mesma situación, ou están na precariedade ou na emigración. Cada situación que escoitas é peor. Rompéronse moitas espectativas: de quen estudou e séntese impotente por non poñer en práctica o aprendido e de quen decidiu traballar buscando un futuro e agora vese coa auga ao pescozo, enganados polo sistema que tanto lles prometera, e do que agora só teñen débedas. As persoas que emigraron só mandan unha mensaxe pouco alentadora de apenas sobrevivir. Se a situación laboral me forza a marchar pregúntome como poderei axudar o país se non puiden construir o meu futuro nel. Estás a participar da Asemblea de Desempregad@s da CIG en Compostela. Ves estas estruturas necesarias? Xa escoitei máis dunha vez que as desempregadas e desempregados estamos na empresa máis grande do país, o noso obxectivo é levar esta em- presa ao fracaso. Con retranca ou sen ela, o que teño claro é que nós tamén temos dereitos e se non existían as ferramentas específicas e necesarias para defendelos, creámolas. “ YURENA CANO A Asemblea de Desempregad@s é un instrumento para volver a formar parte do corpo productivo do país O dereito ao traballo é o principal pero hai que coidar as condicións, os salarios baixaron, as horas aumentaron, que nos agarda no futuro: pagar por traballar?. Non pedimos caridade cando reclamamos vivenda ou servizos sanitarios, cotizamos ao Estado directa ou indirectamente así que o xusto é que se ocupe de nós. Cóntanos un pouco das accións que estades a desenvolver. Cales cres que deben ser as prioridades de actuación? O noso primeiro acto foi ocupar a oficina do INEM de Compostela: tentamos poñer á vista ue as actuacións do Servizo Público do Emprego Estatal (SEPE) están moi lonxe de cumprir as súas funcións: falan de orientación profesional e sénteste afortunada se te chaman algunha vez -eu levo 5 meses e nada-, falan de políticas de emprego e bótante directamente á carnizaria das ETTs, falan de estudos e só producen estatísticas que non axudan a mudar a realidade, só a maquillala. Penso que hai que rachar coa visión de isolamento e inutilidade que se nos dá ás desempregadas, hai moitas cousas que denunciar como a política de cambiar postos de traballo por máquinas (peaxes, caixas nos supermercados e cines, ...); e moitas por facer, como poñer en funcionamento a caixa de solidariedade alimentar, e afondar nas cooperativas como unha alternativa real a este sistema económico como o coñecemos. 21 Yurena Cano ten 29 anos e é veciña de Ames. Estudou un ciclo superior de artes gráficas e desde 2003 traballou de xeito ininterrompido en diferentes imprentas. Desde o decembro pasado está desempregada e agardando aínda por cantidades que lle adebeda unha das últimas empresas. Fai parte do grupo impulsor da Asemblea de Desempregad@s da CIG de Compostela. 22 Neste livro Losurdo fai balanço do que supuxo a Revolución Soviética, alén de deitar unha ollada profunda sobre a orixe e evolución da China desde o colonialismo europeo á Revolución que agromou en 1949. Losurdo alértanos frente a análises simplistas que non teñen base na historia real que sofreron na URSS e na China e que obvian os condicionantes onde se desenvolven as experiencias históricas soviética e chinesa. Desde os grandes avanzos soviéticos até o aspecto de liberación nacional frente ao colonialismo que liderou Mao desfilan por unhas interesantes páginas. VIAGEM AO CURDISTÁM Para apanhar estrelas Séchu Sende 2012 O novo livro de Sechu Sende é un diario de viaxe do autor a unha nación dividida entre catro Estados, un Curdistán onde o seu "Made in Galiza" foi un éxito de vendas debido ás conexións entre os dous conflitos lingüísticos. Un conflito político de longas décadas que é reflectido de forma persoal a través de pequenos textos e debuxos do propio autor. O libro, autoeditado coa capa en tres cores diferentes, recadará fondos para un intercambio cultural entre escolas galega e curda. RECOMENDAMOS FUGA DA HISTÓRIA? A revolução rusa e a revoluçção chinesa vistas de hoje Doménico Losurdo Editora Revan, 2004 LE CAPITAL Director: Constantin Costa-Gavras Franza 2012 O comprometido realizador de orixe grega Constantin Costa-Gavras, autor de Z, Missing ou A caixa de música, segue no seu último filme o percorrido dun individuo na sua escalada cara posicións de mando na banca transnacional. Un filme explicitamente adherido á actualidade que mergulla nos mecanismos da crise capitalista global e que ten recibido diversos premios a nivel internacional. CONTRAPODER.INFO Aparecida no 6 de Decembro do pasado ano, esta web de reflexión marxista e soberanista galega pretende, nas súas palabras, servir "como máis un instrumento ao dispor do pobo autoorganizado", unha web "pensada e escrita na Galiza; centrada na Galiza, mais coa atención posta noutros lugares en que outros procesos de emancipación social e nacional estean acontecendo". A página conta con diversas seccións,destacando a análise política e internacional. Dona Urraca 86-88 baixo LUGO Tel. 982 240 400 Fax 982 231 009 www.deseno.net [email protected] Rúa de San Pedro,16 Teléfonos 981 56 48 80 · 981 57 76 33 15703 Compostela Xan Carlos Sar Oliveira, KUKA Praza da Constitución, 7 15155 FISTERRA (Galiza) Teléfono 685 557 708 Rúa Sarmiento, 38 Pontevedra Vía Sacra, 3 - 15704 Compostela Telf. 981 57 61 08 www.casadascrechas.com Praza de Cervantes · Compostela Raiña, 19 - Tlf. 981 56 01 37 SANTIAGO de COMPOSTELA “ En calqueira circunstancia debemos garantir a marcha da Revolución Bolivariana, a marcha vitoriosa desta Revolución, construíndo a democracia nova, que aquí está ordenada polo pobo en Constituínte; construíndo a vía venezolana ao socialismo, con ampla participación, en amplas liberdades Hugo Chávez
Documentos relacionados
Imprimir arraianos
os olhos torvos de sono ainda. A penumbra do meu quarto (últimos vestigios da noite) vai-se escapando, pelas fiestras de oiro. Em volta de mim, os móveis familiares reconquistam suavemente a perdid...
Leia mais