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Cultura/Lazer
Caleidoscópio Midiático
LÚCIO VILAR
[email protected]
“Tancredo – A Travessia”
Sílvio Tendler se lançou nas vastas estradas montanhosas de Minas para reconstituir a trajetória política de
Tancredo Neves, empreitada cinematográfica que teve
exibição no 16º Festival É tudo Verdade! no mês passado.
Assisti ao filme “Tancredo - A Travessia” com a mais
legítima expectativa de quem aprecia a filmografia deste
que é um dos melhores na seara do cinema de não-ficção.
“Jango” e “Utopia e Barbárie” são expressões incontestes
de um cineasta refinado que rebusca a história para elucidar passado e presente, iluminando zonas cinzentas para
desmontar verdades até então cristalizadas.
Assisti e fiquei com o pé atrás. Dia seguinte, a Folha
de São Paulo estampa crítica da articulista política Eliane
Castanhêde (na Ilustrada!...), e aí consolidei o sentimento
experimentado na sessão da noite anterior em que não
reconheci o velho Tendler. Ou seria mais adequado falar
do dia em que o mestre errou a mão?
Ora, se a articulista citada tem lá suas assumidas
simpatias pela ‘alta plumagem do tucunato paulistano’,
e teceu loas ao filme com direito a todos os confetes – e
nenhuma crítica, diga-se! – cai a ficha de todo sentido que
fez não ter gostado tanto assim. Dou-me conta para o que
torci o nariz na obra e das razões em questão.
O recurso da narração em off remete à estética do jornalismo televisivo, e essa opção demasiadamente convencional provoca o primeiro estranhamento. Apesar do peso
da pesquisa e do rico material de arquivo, o filme peca
pelo tom excessivamente reverencial. Eis o segundo e mais
grave estranhamento.
Aprendi com outro mestre, Vladimir Carvalho, ser
inerente à natureza do documentário a condição do contraditório. Na travessia ‘tancrediana’ pelas lentes do diretor,
não há voz dissonante, não há contraponto.
Mais um dia depois, a mesma Folha revela terem sido
cortadas cenas de doação financeira de Maluf à campanha
de Tancredo. Tendler se defende dizendo que a cena suprimida não era informação.
Era “ruído”. Será?!...
A PEDIDO DE BONO
Pixies pode gravar
disco após 20 anos
São Paulo, SP
(Folhapress) - A banda
norte-americana Pixies
está pensando em gravar um novo álbum,
após muitos pedidos
de fãs. Entre eles, um
ilustre - o vocalista do
U2, Bono.
Separada
desde 1993, a banda se
reuniu novamente em
2004 e tem feito turnê
desde então. No ano
passado, a banda veio
ao Brasil e se apresentou no festival SWU,
em Itu.
No entanto, O último álbum da banda,
Trompe le Monde, foi
lançado há 20 anos.
“Até mesmo o
Bono pediu... Ele disse: ‘por favor, façam
um novo disco’”, disse
o guitarrista da banda,
Joey Santiago. “Nós
não podemos deixar de
fazer algo. Isso seria
frustrante. Acho que
deveríamos gravar um
novo álbum. Mas ainda não está decidido”.
DIVULGAÇÃO
Pixies: a banda voltou, mas ainda nada de discos
Em Cartaz
Paraíba
DIVULGAÇÃO
Quarta-feira, 04 de maio de 2011
Tony anuncia indicados
O Tony Awards, maior prêmio do teatro dos
EUA, teve a lista de indicados deste ano anunciada. O musical The Scottsboro Boys, dos
mesmos criadores de South Park, obteve 12
indicações. Al Pacino concorre como melhor
ator pela peça The Merchant of Venice.
HUMOR
Pastoril em formato pocket
Peça cômica será apresentada hoje em uma choperia
DIVULGAÇÃO
ANTÔNIO VICENTE FILHO
Durante todo este
mês, às quartas-feiras, a
turma da Companhia Paraibana de Comédia vai
mostrar a arte do Pastoril Profano, com o projeto
Quarta Gozada. Será no
Chopp Time, às 20h.
Edilson Alves, diretor
e ator da companhia, disse que a idéia é o espaço
e o cenário acontecerem
como se estivessem num
programa de televisão tendo o público participando
na platéia. “A proposta é
fazer uma interatividade
dos atores com a platéia”,
afirma.
Com duração de 80
minutos, o espetáculo é
dividido em duas partes,
cada de 40 minutos, com
um intervalo de cinco minutos do primeiro para o
segundo ato. Com essa
proposta, Edilson Alves
acha que “vamos fazer
todo mundo rir muito”.
Pastoril Profano: abrindo um novo espaço para a comédia
Ele espera que os empresários e produtores culturais passem a abrir mais
espaços para o humor. “A
comédia paraíbana precisa
de apoio e este é um bom
caminho”, avisa.
A ideia é que outros
comediantes também sejam a atração de futuras
apresentações.
QUARTA GOZADA - PASTORIL PROFANO. No Chopp Time
(Av. Argemiro de Figueiredo,
Bessa, João Pessoa), hoje, às 20h.
‘One Tree
Hill’ recomeça
nesta quarta
CLARICE CARDOSO
São Paulo (Folhapress) - É do outro lado da
vida, ou quase, que Clay
(Rob Buckley) e Quinn
(Shantel VanSanten) retornam na oitava temporada de One Tree Hill, que
estreia amanhã na Fox
(21h).
Clay acha que não
passou de um sonho o
tiro que Quinn levou de
Katie (Amanda Schull). E,
assim, os dois passam os
dias juntos, no que se revelará como uma curiosa
experiência extracorpórea,
que eles vivenciam à beira
da morte.
A reviravolta é parte da estratégia que a série, que aborda a vida de
jovens na faixa dos 20
anos, bolou no ano passado para superar a perda
de um protagonista (Chad
Michael Murray).
Esta temporada terá
outra atração: a aguardada participação do roqueiro Dave Navarro.
CONTINUAÇÃO DA CAPA
Cartas foram parar em antiquário francês
KUBITSCHEK PINHEIRO
Em sua cartas para
Domitila, no livro Titília e
o Demonão, Dom Pedro I
tentava reafirmar sua fidelidade: “Eu já não namoro
a ninguém depois que lhe
dei minha palavra de honra, e assim não lhe mereço
teus ataques”.
Mas os ciúmes dele
por Domitila não são menos intensos, a ponto de
o Libertador reclamar do
número de carruagens na
casa da marquesa, que lhe
parece suspeito.
Essas cartas não estão no Brasil, segundo o
autor, por que uma senhora, provavelmente uma
parenta da Marquesa de
Santos, vendeu esses documentos amorosos para
o Charles Chadenat, um
antiquário parisiense que
as revendeu para um antiquário alemão.
“Algumas cartas do d.
Pedro I para a Marquesa
de Santos foram utilizadas
como material panfletário
no início da república, para
falar mal do antigo regime.
Provavelmente a família
resolveu comercializar essas 94 cartas no exterior
para evitar que elas tivessem o mesmo propósito
das demais. Isso aconteceu 1890 e 1916, quando
o milionário norte-americano, que fundou a Hispanic Society, comprou esse
lote de cartas em um leilão
na Alemanha”, disse.
O autor está em campo pesquisando material
para a biografia sobre a
Marquesa de Santos, que
deverá se lançada até o
ano que vem. O livro foi
já lançado na Livraria da
Vila, em São Paulo. “Por
enquanto está previsto
uma noite de autógrafos
no Rio de Janeiro e quero
lançar aí em João Pessoa
que também é uma cidade
maravilhosa”, informa.
Não só a transcrição
DIVULGAÇÃO
Rezzutti agora se debruça em uma biografia da Marquesa
das cartas pelo Paulo Rezzutti é impecável, como
também o são os comentários com que ele as explica e lhes dá contexto,
proporcionando ao leitor
uma aula enriquecedora e
muitíssimo agradável sobre um dos períodos — e
sobre alguns dos personagens — mais fascinantes
da nossa História. É ler
Passatempo
Sudoku
C3
Palavras Cruzadas
Jogo dos Oito Erros
Soluções
para crer!
“Todas as cartas inéditas foram transcritas.
O que ficou de fora desse livro é o material que
irá entrar na biografia da
Marquesa de Santos, entre elas uma parte bastante picante que descobri
recentemente de como ela
‘prendeu’ o D. Pedro por
sete longos anos”, fecha.