Fazendo ajustes em padrões de passe
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HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE 22 de fevereiro de 2016 APRESENTAÇÃO DO AUTOR Coach LaVell Edwards é um treinador veteraníssimo e de larga história no College Football. Ele escreveu esse texto em 1985, quando era head coach da Brigham Young University, conhecida popularmente como BYU. Com 257 vitórias na carreira, o coach Edwards figura como um dos treinadores mais bem-sucedidos da história do futebol americano. Hoje, com 85 anos, aposentado, ele continua como uma importante figura na comunidade da universidade, palestrando frequentemente na Igreja LDS, que é proprietária da própria BYU. Coach Edwards esteve como treinador na universidade de 1962 a 1971 (como assistente) e de 1972 a 2000 (como head coach). Ele ganhou 1 título nacional e 18 títulos de conferencia. Entrou no Hall da Fama do College Football em 2004, apenas 4 anos após encerrar sua fantástica carreira. Ele teve convites de times da NFL por diversas vezes, mas jamais aceitou deixar sua amada universidade. Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com 1 HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE 22 de fevereiro de 2016 “Fazendo ajustes em padrões de passe” LaVell Edwards Nós estamos comprometidos com o passe como nosso significado para futebol americano ofensivo. Nosso ataque aéreo é baseado em 5 fundamentos básicos: • Nós tentamos proteger o passador o tempo todo. Nossos esforços são para inventar esquemas que irão proteger o passador, dando menos margem ao erro. • Nós queremos controlar a bola através do passe. Nós enfatizamos lançar a bola verticalmente, mas também enfatizamos o jogo aéreo intermediário e curto. • Nós corremos para setar os passes e passamos para setar as corridas. Nós usamos a Draw para aliviar a pressão do pass rush adversário e corremos aberto para tirar vantagem dos cornerbacks postados longe da linha de scrimmage, que estão mais preocupados com passes do que com suporte a corridas. • Nós procuramos tirar vantagem do que a defesa nos dá. Nós tomamos cuidado para não sermos afoitos e lançar passes longos quando a oportunidade não está lá ou forçar bolas contra uma boa cobertura. Nós tentamos executar, ser pacientes e atacar as fraquezas inerentes de cada esquema defensivo. • Nós simplificamos. Mostramos para a defesa tantos diferentes looks quanto for possível, ao mesmo tempo em que nós podemos ainda estar correndo as mesmas rotas e mesmas jogadas de novo e de novo e de novo... Meu foco aqui é sobre os ajustes específicos que nós fazemos em determinados padrões de rotas. Por uma questão de clareza, deixe-me definir dois termos para você. Uma “pass route” (rota de passe) é uma rota corrida por um indivíduo. Um “pass pattern” (padrão de passe) é um pacote de rotas corridas por vários receivers. O halfback (HB) em nosso ataque precisa ser um atleta versátil que consegue bloquear, correr e receber passes. Ele precisa também ser um atleta inteligente e muito atento, pois lhe será dado um número de ajustes de padrão de passe. Por exemplo, a figura 1 mostra nosso “HB Read Option” da nossa formação base. Note que ele alinha tão aberto quanto possível, geralmente direto atrás do nosso offensive tackle (OT) ou pelo menos na direção da Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com 2 HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE 22 de fevereiro de 2016 perna de dentro do OT. Nós também damos a ele uma two-point stance, assim como damos a nossos receivers. Seu alinhamento aberto lhe permite sair mais facilmente para rotas de passe e sua stance o permite ver os linebackers e coberturas um pouco melhor. A figura 1 ilustra como nós tentamos esticar verticalmente uma defesa. O único receiver da esquerda da formação faz uma rota Fly usando um outside release1. O receiver de dentro corre de 6 a 8 jardas verticalmente, fazendo um inside release2, e então planta o pé de fora e corta para dentro do campo e mira um ponto a 15 ou 17 jardas, numa área em que, se tudo der certo, já terá sido “limpa” pelo receiver da esquerda que corre a Fly. O outro receiver da direita corre uma rota In de 20 jardas, uma rota que é crucial para nós contra marcação individual. Há uma larga área vazia porque a maior parte dessa cobertura é para o lado fraco da formação, e essa rota, se corrida corretamente, pode ser ótima para ganhar 20 jardas de vantagem contra marcação individual. O fullback corre uma rota Arrow para facilitar a rota In do receiver. A progressão do quarterback deve ser: 1. Half-back 2. Rota cruzada do receiver de dentro 3. Fly do receiver da esquerda 1 2 Saída de rota para fora por parte do receiver. Saída de rota para dentro por parte do receiver Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com 3 HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE 22 de fevereiro de 2016 Sendo o recebedor primário, o running back precisa estar apto a fazer as leituras apropriadas. Se a defesa está em um alinhamento 3-4 e tanto Inside Linebacker (ILB) quanto Weakside Linebackers (WLB) droparem em uma cobertura inversa3, então o HB encontra uma área aberta nas primeiras seis jardas de distância. Ao splitar (entrar no meio) os linebackers, ele vira-se para o QB e fica pronto para receber o passe (veja a figura 2) Se a defesa estiver em algum tipo de marcação individual, então o HB sai para a rota e utiliza pressão para chegar tão perto quanto possível do defensor. Ele pode cortar tanto para dentro quanto para fora, dependendo da posição do defensor. A figura 3 mostra a rota do HB contra uma marcação individual com ajuda do free safety (FS), tendo o WLB entrando em blitz. Se o ILB pressiona, a única coisa que muda é que o HB precisa agora correr sua rota enfrentando o WLB e cortando para dentro, aproveitando o espaço deixado pelo homem em blitz. Este mesmo ajuste se aplica a qualquer marcação individual, não importando se há um ou dois safeties marcando zonas profundas. Como a figura ilustra, há bastante campo para trabalhar contra marcação individual, pois todo mundo já teria limpado sua área (com as rotas). 3 Cobertura para o lado fraco da formação Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com 4 HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE 22 de fevereiro de 2016 Marcação individual com blitz representa um problema da proteção de passe, se a defesa decidir rushar tanto WLB quanto ILB na jogada e escolher cobrir o HB com o FS (ver figura 4). Nessa situação, o HB quebra a rota numa flat curta, justo na linha de scrimmage e, se tudo correr bem, o FS vai ter um caminho mais difícil até chegar nele. Se ele errar o tackle, temos uma big play, provavelmente. Nós iremos lançar a bola imediatamente usando o princípio “hot”; assim que o QB perceber que haverá um defensor vindo “desbloqueado”, ele vai buscar o HB, que deve olhar imediatamente. Ele precisa lançar a bola antes do defensor chegar no alcance do HB. Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com 5 HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE 22 de fevereiro de 2016 Pode ser que a defesa escolha “comprimir” a rota do HB atacando ele com os linebackers. Nesse caso, a leitura passa a ser do recebedor de dentro (o tight end, no caso da figura 5), que deve encontrar um espaço na sua rota intermediária. Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com 6 HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE 22 de fevereiro de 2016 Nós apresentamos várias coberturas para dar a você uma amostra de como funciona nossa filosofia de ajuste. Esse padrão de passe tem sido bom para nós e nos permitido um bom padrão, independente de que tipo de defesa nós esperamos enfrentar ou enfrentamos. Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com 7
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