Verão 2012
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Verão 2012
Informativo Agrária Março 2012 “É um apoio institucional ao time que está destacando o nome de Guarapuava no Paraná” Paul Illich, vice presidente da Agrária, comentando o patrocínio da Agrária ao futsal de Guarapuava, pelo segundo ano consecutivo Dia de Campo de Verão 2012 ESPORTE: Pelo segundo ano, Agrária apoia time de futsal de Guarapuava MEIO AMBIENTE: Unidades terão pontos para coleta de óleo de cozinha já utilizado ENTRE RIOS: Durante giro no Brasil, autoridades e empresários alemães visitam a Agrária Mensagem Conheça a Agrária! O início do ano, em Entre Rios, foi marcado por uma festa da comunidade, com o apoio da Agrária e da Fundação Cultural Suábio-Brasileira. De 4 a 8 de janeiro, a Praça Nova Pátria foi palco de diversas apresentações Museu Histórico de Entre Rios culturais, que levaram alegria a todos os participantes. Tivemos a presença de autoridades, do Brasil e do exterior, desfiles de máquinas agrícolas antigas e a inauguração de um novo prédio para o Museu Histórico. Justo reconhecimento a todos aqueles que, desde 1951, vêm colaborando para o desenvolvimento de Entre Rios. É natural que os festejos de jubileus como este chamem a atenção de todos. É natural pensarmos na festa, antes, durante e depois. Mas nossa história continua. Isto significa que, para construirmos muitos outros anos de uma história bem sucedida, temos de pensar o agora e o futuro. E agir. Decidir. Ter a coragem de inovar, de conhecer mais o que já pensamos conhecer, de rever conceitos, ousar implementar novos projetos, espelharmo-nos nas organizações de atuação global, principalmente em termos de qualidade. O sucesso não é um fenômeno natural. É construído. E ao mesmo tempo está sempre por construir. Muita gente nem imagina que a Cooperativa estabeleceu um Museu Histórico, nos anos 90, para preservar a memória da imigração suábia no distrito de Entre Rios. Até novembro de 2011, o museu funcionou naquele que foi o segundo prédio da Agrária. No dia 5 de janeiro deste ano, durante a Festa dos 60 Anos da Imigração Suábia, a Cooperativa inaugurou o novo prédio que construiu para o museu. Pertencente à Fundação Cultural Suábio-Brasileira, uma organização coligada à Agrária, o museu tem por objetivo coletar, organizar e expor fotos e objetos de época. Uma das atividades mais interessantes e importantes, realizada há vários anos, são as entrevistas com pioneiros suábios, para registrar, em imagem e som, depoimentos vivos de uma história até hoje presente no dia a dia de suábios e brasileiros de Entre Rios. O museu fica na Colônia Vitoria e funciona de segunda a sexta e também no primeiro sábado de cada mês. Informações: (42) 3625 8316. Adam Stemmer Superintendente 2 Informativo Agrária DIA DE CAMPO Evento Milho e soja, sob diversos aspectos O Dia de Campo de Verão 2012, da contro até os temas abordados, tanto norama de culturas como soja e milho, Agrária, realizado dias 7 e 8 de março, nas palestras da Fundação Agrária de desde o lado técnico até as tendências confirmou-se como uma das melhores Pesquisa Agropecuária (FAPA), quan- de mercado. Feijão e tomate foram ino- edições do evento em seus cerca de to nas apresentações de especialistas vações no dia de campo. O Informativo 30 anos de história. Os participantes convidados. Quem participou de toda Agrária traz nas próximas páginas um elogiaram desde a organização do en- a programação pode conferir um pa- pouco do que foi o evento. Informativo Agrária 3 DIA DE CAMPO Mesa redonda Milho: quais os fatores para uma alta produtividade? Todos os cooperados da Agrária de Campo de Verão 2012 promoveu de produtividade e desvio padrão utilizam tecnologia e informações uma mesa redonda, para que eles entre os produtores rurais associa- de pesquisa na produção de grãos. pudessem contar sua experiência. dos à Agrária. A pesquisadora abriu No milho, são elevadas as produ- Foram cooperados o debate, explicando seu estudo. Da tividades médias: 11.345 kg/ha em que, num período de dez anos, su- área de milho da FAPA, Celso Wo- 2010/2011, Relatório peraram, por quatro vezes, a média beto lembrou aos participantes de- Anual da Agrária (2011). Alguns, no de produtividade da Agrária. Seus talhes a se observar no uso da bio- entanto, conseguem produzir ainda nomes surgiram num estudo de Gre- tecnologia naquela cultura de verão. mais. Para difundir estas boas práti- en Belt da pesquisadora Sandra Fon- Confira alguns dos pontos de vista cas de condução da lavoura, o Dia toura (FAPA), que analisou médias mencionados na mesa redonda: 4 segundo Informativo Agrária o selecionados DIA DE CAMPO Nutrição, manejo e genética das cionadas foram aveia branca ou preta, plantas além de nabo e ervilhaca. Para alguns cooperados, este tripé se vêm dando mais resultado. Qualidade de plantio mostra muito importante para se alcan- Época de plantio A qualidade do plantio surgiu também çar elevadas produtividades no milho. Entre as épocas citadas nesta etapa na mesa redonda sobre a produtivida- do dia de campo, a segunda quinzena de do milho como um fator importan- O híbrido certo de setembro surgiu como uma opção te. Mas para isso, deve-se pensar em A escolha, para quem dá ênfase a adotada por vários produtores. equipamentos bem regulados. tal para que se obtenha no milho um Solo Locais privilegiados? alto desempenho. Mas além de saber Para alguns, foi necessário elevar o Ao abrir a mesa redonda, explicando o escolher, pensando por exemplo na teor de fósforo no solo. Outros apon- trabalho de Green Belts sobre produti- época de plantio, é necessário que tam uma calagem periódica como vidade do milho, que levou à escolha o produtor rural acompanhe dia a fator que vem contribuindo para a dos participantes da mesa redonda, a dia a lavoura. Há produtores que já elevada produtividade – mas sempre pesquisadora Sandra Mara Vieira Fon- perceberam o que os pesquisadores com o acompanhamento de uma aná- toura (FAPA), abordou uma questão vêm lembrando: se a biotecnologia lise de solos. Entre as várias opiniões, que, à primeira vista, poderia explicar ajuda, é preciso considerar que ela houve ainda quem ressaltasse que o porque alguns cooperados conse- não elimina a necessidade do famo- solo tem de estar corrigido em três guem produtividades acima da média so capricho para com a lavoura. Mas aspectos: fisicamente, quimicamente da Cooperativa: a localização, na cha- para outros, diluir riscos é uma ne- e biologicamente. mada “região das colônias”, em Entre este importante detalhe, é fundamen- cessidade há muitos anos e aí o mais Rios. A pesquisadora revelou que a importante é cultivar vários híbridos A “memória” da produção realidade é diferente da impressão. numa mesma safra. Sem medo de “Cabeça não é computador”, afirma Segundo ela, se as condições de Entre fazer experiências. o dito popular. Por isso, anotar o que Rios são favoráveis, por outro lado há aconteceu em safras anteriores, na produtores que não alcançam produti- Pré-culturas opinião de alguns cooperados, seria vidades tão elevadas, e outros que, tra- Os participantes da mesa redonda outro ponto a se levar em conside- balhando em propriedades em lugares contaram que realizam a rotação de ração. Para quem afirma este ponto menos favoráveis, registram excelente culturas conforme a maioria de seus de vista, é preciso registrar o que desempenho. Para ela, os números colegas, ou seja, segundo as reco- aconteceu. Ter uma “memória” da demonstram que, em última análise, o mendações da FAPA: um terço de produção ao longo dos anos para que conta mesmo é a forma de utilizar milho e dois de soja a cada safra de que se possa verificar as formas de a tecnologia e de realizar a condução verão. Algumas das pré-culturas men- condução e as técnicas que de fato das lavouras. Informativo Agrária 5 DIA DE CAMPO Futuro Do GPS à robótica na agricultura As mais modernas tecnologias que durante as oito horas de seu turno de mudaram a mecanização da agricul- trabalho. Se no início se tinha a im- tura, em anos recentes, foram deter- pressão de que o uso do dispositivo minadas a partir do surgimento do não ia “pegar”, atualmente “o Brasil se GPS, nos anos 90 – de lá para cá, tornou um dos grandes compradores aquele sistema contribuiria para des- de pilotos automáticos (para máqui- dobramentos até então impensados, nas agrícolas) do mundo”. passando-se da máquina para o robô O GPS – acrescentou ele – também no campo. Neste panorama, que em passou a ser instalado em aviões alguns países europeus já é realidade, agrícolas para orientar as aplicações caberá ao agricultor conhecer as no- em linhas paralelas, o que dispensou vidades e avaliar a viabilidade de sua o “bandeirinha” (auxiliar em solo, que utilização, já que plantar e colher apre- marcava a direção na qual a aeronave senta condições tão diferentes quanto deveria seguir). Aqui também, segun- a diversidade de paisagens do plane- do Molin, o avanço foi mais rápido do ta. E mais: a própria relação operador- que se pensa: “Entre 1997 e 2001, a -máquina deverá se modificar. Esta é frota inteira de aviões (agrícolas) do em resumo a perspectiva apresenta- Brasil foi equipada com GPS”. da no Dia de Campo de Verão 2012, Ainda de acordo com Molin, a automa- de se trabalhar sem o operador. Em da Agrária, por José Carlos Molin, da ção plena das máquinas, com a cria- sua opinião, a tecnologia “pode não USP/ESALQ, que no dia 7/3 proferiu ção de robôs, também ganha espaço bater tão rápido em nosso quintal” a palestra “Rumos e tendências da em países como Holanda e Alemanha. como está acontecendo em outros lu- agricultura moderna”. Exemplificando, A razão é o interesse na agricultura or- gares, mas poderá vir a ser adotada no Molin disse que já hoje, no Brasil, de- gânica em alta escala. “O jeito de fazer Brasil. Ao mesmo tempo, surgem e se pois que inventaram o piloto automá- isso é usar um capinador automático, popularizam equipamentos para análi- tico na colhedora de cana-de-açúcar, já que não se pode usar agroquímico”, se de características de plantas como há usinas em São Paulo que utilizam explicou. “Tem muita robótica já sendo soja e trigo: “Em vez de levar as amos- aquela alternativa tecnológica, consi- posicionada no mercado”, comple- tras para o laboratório, levamos o labo- derando que o operador não precisa mentou, observando que, para o setor, ratório para o campo”. Os dispositivos, entender do equipamento, mas ape- a necessidade de reduzir custos tam- acoplados a um trator, “escaneiam” a nas manter a máquina em movimento bém está contribuindo para a opção lavoura, avaliando, por exemplo, o PH. 6 Informativo Agrária José Carlos Molin, da USP/ESALQ: robótica no campo já é realidade em alguns países europeus DIA DE CAMPO Palestra Novas pragas no milho Na principal palestra do segundo e grau de relação entre a ausência de último dia do Dia de Campo de Ve- lagarta e a chegada de insetos. Atu- rão 2012, um tema chamou a aten- almente, “a safrinha tem um proble- ção dos participantes: “A biotecnolo- ma sério com o manejo de pragas”, gia e o surgimento de novas pragas exemplificou. na cultura do milho”. O assunto foi O especialista acrescentou que tam- abordado em palestra, por Ivan Cruz, bém as mudanças climáticas, como da Embrapa Milho, que deixou uma o aquecimento global, estão contri- mensagem de alerta: apesar das buindo para uma maior incidência vantagens da biotecnologia no milho, de pragas na cultura do milho. “Todo é necessário o produtor rural prestar mundo sabe que quanto maior a atenção aos insetos que, com o fim temperatura, mais rápido os insetos das pragas eliminadas pela tecnolo- crescem”, declarou, apontando que gia Bt, passaram a infestar as lavou- o fenômeno resulta em mais gera- ras. “Alguns percevejos da soja, hoje, ções de pragas num mesmo ano – “A são muito mais importantes no milho capacidade de multiplicação de pul- do que na soja”, afirmou, enfatizan- gões é intensa, o inseto chega a al- do que a pesquisa vem analisando o guns milhões em poucos dias”. Ivan Cruz e Leandro Bren, coordenador do evento Ivan Cruz observou que, simultaneamente, as empresas de híbridos de milho vêm colocando e retirando do mercado várias alternativas de sementes e que, neste cenário, não bastaria o produtor rural investir no híbrido mais caro, imaginando que a opção, por si, resolveria todos os problemas da lavoura. “Basta investir numa cultivar cara? Não, ele (o agricultor) tem de colocar o fertilizante, manejar o cultivo”, indicou. Referindo-se à falta de atenção a outras pragas, o especialista sublinhou que há produtores rurais que “confiam tanto na tecnologia que passam a não verificar o que está acontecendo ali ao redor”. Entre outros pontos ele ressaltou também a necessidade de o produtor rural respeitar o percentual de 10% de refúgio, para prolongar a vida da tecnologia que, no milho, vem evitando Milho: tecnologia Bt não dispensa o capricho para com a lavoura as perdas por presença de lagarta. Alguns percevejos da soja, hoje, são muito mais importantes no milho do que na soja Informativo Agrária 7 Cooperados DIA DE CAMPO Milho e Soja Visão de mercado: cenário positivo Ricardo Fernando Thomas Fernandes, da RF, Assessoria e Consultoria em Commodities Agrícolas Complexo soja: estimativa de mercado firme O agricultor sempre se pergunta so- força, em função da safra americana também para a indústria, Fernandes bre a tendência de preço dos produ- e da super safra que vai ter aqui no afirmou que, “com certeza”, esta seria tos que cultiva. Mas em sua palestra, Brasil”, estimou. Fernandes opinou uma alternativa. O consultor relem- proferida dia 7/3 no Dia de Campo de que o produtor de milho “pode vender brou que no Brasil a oleaginosa tem Verão 2012, Ricardo Fernando Tho- em pequenos lotes, fazendo uma mé- dois caminhos: a exportação e o es- mas Fernandes, da RF, Assessoria e dia, e realizar agora, que tem preços magamento. “A formação dos preços Consultoria em Commodities Agríco- muito bons”. se equivale”, detalhou. Para a indús- las, relembrou uma questão que vem Para a soja em 2012, ele considerou tria, o cenário também se mostra po- sendo destacada por especialistas no que as perspectivas do produtor alcan- sitivo em sua avaliação: “A tendência assunto: a “relação forte” entre mer- çar bons preços são muito positivas: “A do complexo (soja) é uma tendência cado de commodities e mercados fi- quebra que ocorreu aqui na América positiva, porém, como se tem uma nanceiros. “Hoje, não podemos mais do Sul foi relevante”. De acordo com o soja com custo muito elevado, as falar de cenários de grãos, de mer- consultor, “a demanda parece que está margens das indústrias são um pou- cado de commodities agrícolas, sem voltando e os fundos de investimento co menores, mais apertadas. Aí nosso falar de macroeconomia”, destacou. estão comprando soja e então me pa- pensamento se volta para a economia O palestrante analisou que o milho rece um mercado extremamente firme mundial: o que vai acontecer com a apresentará bons preços (ao produ- para os próximos meses”. Europa, com os Estados Unidos?” – tor) no primeiro semestre deste ano. Comentando se acha que será bom Mas a princípio, finalizou, “devemos “No segundo, achamos que perde negócio o agricultor vender sua soja ter um mercado bom”. Hoje, não podemos mais falar de mercado de commodities agrícolas, sem falar de macroeconomia 8 Informativo Agrária DIA Meio DE ambiente CAMPO FAPA Informação para safras de elevado desempenho As estações dos pesquisadores da FAPA são, todos os anos, a principal atração do Dia de Campo de Verão 2012. Cooperados e produtores rurais em geral puderam mais uma vez conferir palestras com importantes informações sobre as melhores formas de lidar com questões como doenças da lavoura, adubação e biotecnologia. Estação Adubação em cultivares de soja Sandra M. V. Fontoura – FAPA Estação Estabilidade e adaptabilidade dos híbridos de milho na região de atuação da Cooperativa Agrária Celso Wobeto – FAPA Estação Principais erros na aplicação de agroquímicos zadas na Agrária, classificando, entre Em sua estação, o pesquisador Cel- Étore Francisco Reynaldo – FAPA vários aspectos, o grau de respon- so Wobeto enumerou os principais sividade à adubação. Ela chamou a híbridos de milho utilizados na região “A Agrária tem um programa de inspe- atenção para a diferença entre os ma- de atuação da Agrária. Wobeto res- ção de pulverizadores. Já temos uma teriais neste quesito, mostrando que o saltou a necessidade de se cumprir lista de 45 pulverizadores, nos quais produtor deve considerar as informa- rigorosamente as recomendações pretendemos fazer a inspeção até o ções de pesquisa, capazes de apon- técnicas, mesmo quando se utiliza hí- início do plantio (da safra de inverno). tar a necessidade específica de cada bridos Bt (com os quais se elimina o Às vezes, a gente pensa que o nosso material. Mas destacou que atualmen- risco de algumas pragas), com o pro- equipamento está bom, mas vemos a te as sojas são mais responsivas: “O dutor monitorando constantemente necessidade de regulagens, principal- percentual de cultivares com acrés- as plantações. Wobeto resumiu sua mente no que tange a manômetro e cimo de rendimento pela adubação, mensagem aos participantes do dia bicos. O cooperado que tiver interes- de todos os que foram avaliados em de campo: “A gente não pode dormir se pode entrar em contato com seu 2007, era só de 35%. Hoje, isto está se no ponto. A palavra monitoramento é agrônomo, que a gente agenda uma invertendo, passando para 65%”. importante”. visita (à propriedade)”. A pesquisadora Sandra M. V. Fontoura listou as cultivares de soja hoje utili- Informativo Agrária 9 DIA DE CAMPO Estação Manejo de cultivares de feijão Estação Evolução do manejo do complexo de doenças na cultura da soja Estação Controle de plantas voluntárias de milho RR e de soja RR Heraldo R. Feksa – FAPA Vitor Spader – FAPA dutividade e alta qualidade de grãos Ao conversar com os participantes do “A gente bate de novo na mesma te- – Estes fatores são fundamentais para Dia de Campo de Verão 2012, o pes- cla: não é porque estou plantando um o sucesso de uma lavoura de feijão. quisador Heraldo R. Feksa, enfocou, milho transgênico, ou uma soja trans- Uma lavoura de feijão com sucesso é entre outros tópicos, fatores que alte- gênica, que toleram glifosato, que vou uma lavoura que traz alta rentabilida- ram a susceptibilidade da soja a do- poder deixar o mato crescer, porque de. E a escolha de uma variedade é enças como a ferrugem, apontando o glifosato mata a erva daninha em um dos principais fatores que deter- diferenças entre locais de acordo com qualquer tamanho. Tenho que respei- minam o sucesso de uma lavoura. Va- o estádio da planta e o índice de chu- tar princípio de manejo de planta dani- mos fazer uso de semente de qualida- vas registrado. Feksa explicou que a nha como se fosse cultura convencio- de: não vamos usar grão, que a gente Agrária monitora, no verão, a incidên- nal. Essas cultivares mais modernas compra no mercado, para estabelecer cia da ferrugem, por meio do Projeto de soja, e híbridos de milho, eles são a lavoura”. Radar (parceria com a Syngenta). Um muito mais produtivos, mas são muito técnico percorre áreas sentinelas, es- mais sensíveis. Doze, quinze dias (de palhadas em toda a região, e repassa presença de ervas daninhas), é o limi- os dados à Agrária. Agrônomos e co- te (para o início da perda de produti- operados podem, então, decidir a me- vidade). E vale a mesma coisa se eu lhor forma de manejo da doença. Mas tiver uma cultura crescendo no meio o pesquisador ressaltou: “Este não é da outra, por exemplo, um trigo infes- um trabalho de uma pessoa só, é de tando uma soja”. Vânia M. Cirino – IAPAR (feijão) “Baixo custo de produção, alta pro- toda uma equipe”. 10 Informativo Agrária MEIO AMBIENTE Óleo de cozinha: o correto é reciclar Colaboradores e cooperados da Agrária encontrarão em breve, na Cooperativa, locais para a correta destinação do óleo de cozinha já utilizado. O material, que será coletado em sete “Ecopontos” (tambores apropriados para este serviço), abrangendo todas as unidades, será encaminhado pela Agrária à SOS Óleo Vegetal – uma empresa de Guarapuava que recolhe e encaminha o óleo para reciclagem. Ao comentar a novidade, Edson Weissbock, do setor de Gestão Ambiental da Agrária, opinou que a iniciativa se torna também uma forma de a Cooperativa contribuir para a conscientização de toda a comunidade de Entre Rios sobre a importância da correta destinação do óleo de cozinha utilizado. Ressaltando que a iniciativa começa a ganhar forma neste momento, ele disse ser possível no entanto prever que os tambores para recolhimento do óleo deverão estar disponíveis na Cooperativa já a partir de abril, nas unidades Vitória, Guarapuava e Pinhão, assim como no Colégio Imperatriz. Weissbock lembrou que a Associação de Catadores de Entre Rios também contará um Ecoponto e que, por isso, os moradores de Entre Rios poderão entregar o óleo usado aos catadores locais (todos os integrantes da associação trabalham com uniformes e carinhos identificados). Técnico ambiental da SOS Óleo Vegetal, Luiz Cláudio Cunha sublinhou que grande parte da população não vê o óleo usado como um resíduo potencialmente poluidor, o que torna o descarte incorreto do material um problema grave: “As pessoas acabam jogando esse óleo na pia da cozinha ou até enterrando”. Ele alertou que, se for destinado a um rio, dependendo de fatores como a profundidade, “um único litro de óleo usado pode poluir até 20 mil litros de água” – Dimensionando o potencial do dano em nível nacional, Luiz Cláudio Cunha comentou que atualmente “o Brasil consome cerca de 9 milhões de litros de óleo de Edson Weissbock, do setor de Gestão Ambiental da Agrária cozinha por ano, mas só 2,5% são reciclados”. Além das águas, o ar também é afetado: “A decomposição do óleo gera gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa”. O material, ainda segundo detalhou, não pode nem mesmo ser descartado em aterros sanitários. O momento de enviar o óleo de cozinha à reciclagem, observou, “é quando faz muita fumaça na fritura, muita espuma ou ainda quando começa a se tornar pastoso”. Ressaltando que a SOS Óleo Vegetal não faz reciclagem, Luiz Cláudio Cunha informou que a empresa, entretanto, dá a correta destinação ao material. Desta forma, aquilo que para a natureza seria um risco pode ser utilizado, de acordo com ele, para produtos de limpeza, biodiesel, rações animais, tintas, massas de vidro e cosméticos. Informativo Agrária 11 COOPERATIVA Diálogo Agrária-Baviera Uma delegação liderada pelo secretário da Alimentação, Agropecuária e Silvicultura do estado alemão da Baviera, Helmut Brunner, visitou Guarapuava no último dia 9 de março. De acordo com o site da representação daquele estado alemão no Brasil, o Paraná foi uma das escalas de um giro que o grupo realizou entre os dias 5 e 10, abrangendo também São Paulo e Rio Grande do Sul. Ainda segundo o Presidente da Agrária, Jorge Karl, e ministro Brunner: visita e protocolo 12 Informativo Agrária site, o objetivo da comitiva foi promover no Brasil produtos daquela região da Alemanha e discutir o fornecimento de soja não-transgênica. Em Guarapuava, a delegação visitou a propriedade rural de um dos cooperados da Agrária e, em seguida, conheceu a Unidade Guarapuava, à margem da BR 277. No final da tarde, os alemães seguiram para o distrito de Entre Rios, onde conheceram Comitiva da Baviera foi recepcionada em jantar, no Parque Recreativo Jordãzinho o prédio administrativo da Agrária, a fábrica de malte da Cooperativa e visitaram o Museu Histórico. À noite, a comitiva foi recepcionada num jantar no Parque Recreativo Jordãozinho. Na ocasião, o presidente da Agrária, Jorge Karl, e o secretário Brunner assinaram protocolo. Há vários anos, a Agrária mantém relacionamento com organizações da Bavária, em especial no âmbito da pesquisa de cevada. Cooperativa mostrou um pouco da cultura gaúcha: danças típicas, apresentadas por grupos da Fundação Cultural Suábio-Brasileira COMUNIDADE CAD (com uniforme preto) iniciou o Campeonato Paranaense com vitória de 5 a 0 sobre o Campo Mourão Esporte Apoio renovado para o futsal! A Agrária vai apoiar novamente o time de futsal de Guarapuava, o Clube Atlético Deportivo (CAD), no Campeonato Paranaense. Numa entrevista no final de fevereiro, o vice-presidente da Cooperativa, Paul Illich, disse esperar que o patrocínio contribua para o CAD realizar uma boa campanha, a exemplo do ano passado (em 2011, com a denominação de Agrária Guarainvest Guarapuava, o CAD obteve a 4ª colocação na classificação final, situando-se entre os melhores do Paraná). Sobre a decisão de patrocinar pela primeira vez o futsal de Guarapuava, tomada pela Agrária no ano passado, Paul Illich recordou que a ideia surgiu no contexto das comemorações de mais um jubileu de fundação da Cooperativa: “Ano passado, a Agrária Paul Illich: “O CAD leva o nome de Guarapuava para o Paraná e para o Brasil” Torcida: alegria no ritmo da batucada completou 60 anos, achamos que deveríamos participar de alguma forma do futsal local, que é o esporte que mais está em evidência, trazendo bastante alegria para a torcida, levando o nome de Guarapuava para o Estado e o Brasil”. Assim como em 2011, a Cooperativa promoverá sorteio de ingressos para os jogos do CAD entre seus cooperados e colaboradores. Informativo Agrária 13 TRADIÇÃO Festa dos 60 anos da imigração suábia Durante quatro dias, Entre Rios viveu clima de festa, no recinto de eventos, montado na Praça Nova Pátria Dia 4, à noite: Culto Ecumênico abriu a programação: agradecimento ao Brasil, país que acolheu os suábios na década de 50 Sangria do barril abriu a festa: pres. da Agrária, Jorge Karl (1º da esq. p/ dir.) e prefeito de Guarapuava, Ribas Carli (3º da dir. p/ a esq.) participaram Dia 5: autoridades municipais, estaduais, federais e diplomatas da Croácia, Alemanha, Áustria e Suíça, ao lado do governador Beto Richa: pronunciamentos lembrando a imigração Dia 7: um momento marcante na homenagem aos pioneiros suábios Dia 5: após ato solene com autoridades, Agrária inaugurou novo prédio do Museu Histórico de Entre Rios TRADIÇÃO Ao lado do recinto da festa, Exposição Histórica apresentou várias fases da trajetória dos suábios, desde o séc. 18, na Alemanha Grupo de danças folclóricas veio do Paraguai para a festa: delicadeza e simplicidade nas coreografias e figurinos De São Paulo, veio o grupo de danças do Colégio Benjamin Constant: tradição alemã apresentada de modo descontraído Dança e música: um programa cultural variado brindou os participantes do evento Dia 7: a banda austríaca Schürzenjäger empolgou o público Resgate da história: cooperados e produtores rurais promoveram exposição e desfile de máquinas agrícolas antigas, agora restauradas para lembrar do começo da colonização suábia em Entre Rios Expediente Tratores radicais: do outro lado da Colônia Vitória, teve lugar durante a festa a competição Trekker Trek, na qual tratores arrastam pesos - vence o mais forte Informativo Agrária é uma publicação mensal e tem como objetivo divulgar fatos relevantes da Cooperativa Agrária Agroindustrial. Opinião: os pontos de vista expressos por pessoas entrevistadas e/ou em artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Agrária. Jornalista responsável: Manoel Alexandre de Jesus Godoy – (42) 3625 8008 ([email protected]) – Cooperativa Agrária Agroindustrial – Fundação: 5 de maio de 1951. Endereço: Pça. Nova Pátria s/nº, Colônia Vitória / distrito de Entre Rios / Guarapuava Informativo (PR) / CEP 85.139-400. Telefone geral: (42) 3625 8000. Site: www.agraria.com.br. Diagramação: Prêmio|Arkétipo Comunicação Agrária www.arketipo.com.br - Direção de Arte: Roberto Niczay - Tiragem: 800 exemplares. Impressão: Midiograf Gráfica e Editora - Londrina - PR 15