SBB comemora o Dia Internacional da Língua Materna Movida pela

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SBB comemora o Dia Internacional da Língua Materna Movida pela
SBB comemora o Dia Internacional da Língua Materna
Movida pela missão de levar a Palavra de Deus a todas as pessoas, a Sociedade Bíblica
do Brasil (SBB) une-se a povos de todo o mundo para comemorar o Dia Internacional
da Língua Materna, neste 21 de fevereiro. Celebrada por iniciativa da Unesco –
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, a data reforça a
importância do trabalho de tradução para línguas minoritárias desempenhado pela
SBB, no Brasil, e pelas Sociedades Bíblicas Unidas (SBU), em nível mundial.
Os projetos desenvolvidos pela SBB contemplam línguas indígenas e de imigração. “Em
nosso País são faladas, além do português, cerca de 200 línguas: 180 indígenas ou
autóctones e por volta de 20 línguas de imigração”, destaca Paulo Teixeira, secretário
de Tradução e Publicações da SBB.
A comunidade indígena não chega a um milhão de pessoas, ou seja, corresponde a
menos de um por cento de toda a população brasileira. Poucas etnias reúnem mais de
20 mil pessoas. A média de falantes por língua fica em torno de 200 indivíduos. “Em
termos de tradução bíblica, já existem no Brasil, hoje, quatro Bíblias completas em
línguas indígenas. A primeira foi a Bíblia em Waiwai (2002), projeto liderado pela Meva
(Missão Evangélica da Amazônia), e a mais recente é a Bíblia em Kaingang (2012). Além
disso, o Novo Testamento já está traduzido em cerca de 40 línguas indígenas”,
acrescenta Teixeira.
Entre as línguas de imigração, a SBB participa de projetos de tradução da Bíblia para
Hunsrik e Pomerano, de origem germânica. Como particularidades, essas línguas são
do baixo-alemão, cujos falantes têm dificuldade de entender o alto-alemão, e ambas
são ágrafas, ou seja, nunca foram escritas.
Outro projeto contempla o idioma Calon Chibi, falado pelos ciganos no Brasil, que já
conta como a tradução do livro de Rute. “Esse livro tem história, aventura e fala
também sobre a mulher, família, tradição, nomadismo e migração. Tem tudo a ver
com a história do povo cigano”, destaca o secretário.
De acordo com Teixeira, também na escolha de publicações a SBB revela sua
disposição em apresentar temas voltados aos que tiveram que deixar seus países e
foram afastados de sua língua materna. Ele cita, como exemplo, o livro Historias de
Migrantes da Bíblia, uma coletânea de mais de 50 narrativas que retratam tema da
migração sob diversos aspectos. “Essas histórias trazem similaridade às vivenciadas
pelos migrantes de hoje: seus protagonistas jamais se esquecem de sua terra natal e
nunca deixam para trás sua experiência com Deus, porque é ele quem os fortalece”.
União de esforços
Desde 2001, a Sociedade Bíblica do Brasil vem intensificando seu programa de
cooperação com instituições que se propõem a traduzir a Bíblia para línguas
minoritárias, entre elas, a Sociedade Internacional de Linguística e a Associação
Linguística Evangélica Missionária. Dessa forma, quer contribuir para a preservação da
cultura desses povos e reforçar mais uma vez a sua missão de levar a Palavra de Deus
para todos os brasileiros.
O trabalho de tradução de toda a Bíblia para uma língua minoritária pode levar
décadas. No caso do waiwai, a tradução do Novo Testamento durou 28 anos. Para a
Bíblia completa, foram necessários 53 anos.
O processo de tradução do texto bíblico para essas línguas é bastante complexo. Em
geral, as línguas indígenas são ágrafas, ou seja, não têm representação gráfica ou
alfabeto. São línguas apenas faladas. Com isso, as equipes que se envolvem nesse
trabalho têm de conviver, durante décadas, diretamente com essa população a fim de
aprender e normatizar a língua para a qual pretendem traduzir as Escrituras Sagradas.
Além disso, têm de conhecer a realidade cultural em que está inserida a população,
para buscar dentro da língua formas de traduzir o conteúdo das Escrituras.
“Para quem fala waiwai, kaingang ou pomerano, o português não será nunca a língua
materna. Por isso, a missão de disponibilizar a Bíblia para todos inclui o compromisso
de traduzir ou apoiar a tradução da Bíblia, ou de partes dela, para essas diferentes
línguas”, resume o secretário da SBB.
A SBB – A Sociedade Bíblica do Brasil é uma entidade beneficente de assistência social,
de finalidade filantrópica, educativa e cultural. Sua finalidade é traduzir, produzir e
distribuir a Bíblia Sagrada, um verdadeiro manual para a vida, que promove o
desenvolvimento espiritual, cultural e social do ser humano, provocando, assim, a
transformação daquele que com ela entra em contato. Para cumprir a missão de
distribuir, de forma relevante, a Bíblia a todas as pessoas desenvolve programas de
assistência social em todo o País. Fundada em 1948, construiu sua trajetória com base
na missão de "promover a difusão da Bíblia e sua mensagem como instrumento de
transformação e desenvolvimento integral do ser humano”.
A SBB faz parte das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU), uma aliança mundial fundada em
1946 com o objetivo de facilitar o processo de tradução, produção e distribuição das
Escrituras Sagradas por meio de estratégias de cooperação mútua. As SBU reúnem 146
Sociedades Bíblicas, atuantes em mais de 200 países e territórios. Essas entidades são
orientadas pela missão de promover a maior distribuição possível de Bíblias, numa
linguagem que as pessoas possam compreender e a um preço que possam pagar.
Informações para a imprensa:
Oficina da Palavra: (11) 3289-2139
Contatos:
Denise Lima: (11) 9611-7381
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