35) Gymnotus cf. carapo Linnaeus, 1758
Transcrição
222 Ovos e larvas de peixes de água doce... 35) Gymnotus cf. carapo Linnaeus, 1758 Nomes comuns: Morenita, tuvira, ituí e sarapó. Distribuição geográfica: Do leste da Guatemala até o Paraguai na região cisandina (Planquette; Keith; Le Bail, 1996). Auto-ecologia: A primeira maturação sexual ocorre com aproximadamente 141mm CT. O período reprodutivo estende-se de outubro a dezembro, a desova é parcelada, sazonal prolongada para a enchente. A fecundação é externa, não realizam migrações e cuidam da prole. O diâmetro médio dos ovócitos maduros é de 2,79mm (Vazzoler, 1996). Caracterização ontogênica: Ovos: sem informações. Eclosão: sem informações. Larvas: A pigmentação (cromatóforos dendríticos) inicialmente é escassa e distribuída irregularmente no corpo e cabeça. Ao longo do desenvolvimento, os indivíduos tornam-se densamente pigmentados, apresentando faixas transversais ao longo do corpo. Pigmentos são verificados entre os raios das nadadeiras. A boca passa de subinferior a prognata. O intestino é curto, abrindo-se logo após a nadadeira peitoral. A absorção da membrana embrionária ocorre com cerca 16,46mm CP. A seqüência de aparecimento dos raios das nadadeiras é: anal e peitorais. O olho é pequeno, a cabeça é moderada e o corpo é longo (Quadro XXXV; Fig. 64). Ordem Gymnotiformes - G. cf. carapo 223 Juvenis: Atingem esse período com aproximadamente 28,31mm CP. A pigmentação é intensamente distribuída ao longo de todo o corpo e cabeça, formando faixas transversais nos flancos. Pigmentos são verificados entre os raios das nadadeiras. A boca é prognata e as escamas são visíveis. O olho e a cabeça são pequenos e o corpo é longo (Quadro XXXV; Fig. 64). Adultos: O corpo varia entre cilíndrico e subcilíndrico. A cabeça é deprimida e o focinho curto e truncado anteriormente. Os olhos são pequenos e cobertos por pele. A abertura bucal é ampla e dorsal, sendo a mandíbula projetada anteriormente. As nadadeiras peitorais são arredondadas distalmente. O número total de raios das nadadeiras é: P. 16-18 e A. 197-223. O corpo apresenta muitas faixas transversais claras e escuras alternadas (Campos-da-Paz, 1997). Gymnotus inaequilablatis (Valenciennes, 1839) e G. sylvius Albert, Fernandes-Matioli e AlmeidaToledo, 1999 são espécies também citadas para a bacia do alto rio Paraná. No entanto, Campos-da-Paz (1997) e Albert, Fernandes-Matioli e Almeida-Toledo (1999) mencionam que a utilização de métodos tradicionais (morfometria e contagem) são insuficientes na separação destas. Caracteres como cariótipos e descargas elétricas, que são mais eficientes na caracterização destas espécies, não foram analisados neste estudo. Obs.: Devido à ausência de nadadeira caudal, essa espécie apresenta seu desenvolvimento inicial dividido somente nos períodos larval e juvenil. 224 Ovos e larvas de peixes de água doce... Figura 64 - Desenvolvimento inicial de Gymnotus cf. carapo. a) larva (9,00mm CP; b) larva (10,28mm CP); c) larva (14,29mm CP); d) larva (22,86mm CP) e e) juvenil (34,00mm CP) (Escala = 1mm). Quadro XXXV - Dados morfométricos e merísticos obtidos em larvas e juvenis de Gymnotus cf. carapo, provenientes de amostras coletadas no plâncton pelo Nupélia na bacia do alto rio Paraná. Períodos Número de indivíduos Medidas (mm) Comprimento total Comprimento padrão Comprimento do focinho Diâmetro do olho Comprimento da cabeça Altura da cabeça Altura do corpo Focinho-nadadeira peitoral Focinho-nadadeira pélvica Focinho-nadadeira dorsal Focinho-nadadeira anal Número de miômeros Pré-anal Pós-anal Total Relações corporais (%) Diâm. do olho/comp. da cabeça Comp. da cabeça/comp. padrão Alt. do corpo/Comp. padrão Larval Juvenil 66 6 x ± sd nd amp amp nd x ± sd nd 11,00 ± 3,52 0,62 ± 0,18 6,80 - 26,77 0,40 - 1,38 33,93 ± 3,82 1,62 ± 0,40 28,31 - 38,00 1,08 - 2,31 0,34 ± 0,09 2,50 ± 0,79 0,20 - 0,62 1,60 - 6,00 0,57 ± 0,14 6,44 ± 0,80 0,46 - 0,80 5,38 - 7,54 1,67 ± 0,47 1,00 - 3,38 3,85 ± 0,43 3,08 - 4,31 1,82 ± 0,53 2,50 ± 0,77 na na 1,20 - 3,85 1,60 - 6,00 3,85 - 4,92 5,38 - 7,54 na na 4,54 ± 0,44 6,47 ± 0,78 na na nd nd nd nd dv dv dv dv nv nv nv nv dv dv nv nv 8,88 ± 1,99 18,98 ± 0,92 13,41 ± 0,81 6,95 - 11,52 17,33 - 19,92 12,11 - 14,53 13,73 ± 1,97 8,40 - 19,05 22,83 ± 2,00 18,64 - 30,14 16,74 ± 1,57 12,94 - 21,16 x ± sd = média e desvio padrão amp = amplitude de variação dos valores na = nadadeira ausente nd = não disponíveis nv = não visíveis; dv = difícil visualização nd na na
Documentos relacionados
42) Pseudocetopsis gobioides (Kner, 1857)
vitelino ocorre com 5,17mm CP (pré-flexão) e da membrana embrionária aos 10,43mm CP. O número total de miômeros varia de 39 a 42. A seqüência de aparecimento dos raios das nadadeiras é: caudal, dor...
Leia maisS. spilopleura
16,15mm CP (pós-flexão). O número total de miômeros varia de 37 a 41. A nadadeira adiposa está presente no estágio de pós-flexão. A seqüência de aparecimento dos raios das nadadeiras é: caudal, dor...
Leia maisA. vittatus
vitelino ocorre com cerca de 6,07mm (pré-flexão). O número total de miômeros varia de 38 a 41. A nadadeira adiposa está presente no estágio de pós-flexão. A seqüência de aparecimento dos raios das ...
Leia maisPyrrhulina australis
Quadro XXXIV - Dados morfométricos e merísticos obtidos em larvas e juvenis de Pyrrhulina australis, provenientes de amostras coletadas no plâncton pelo Nupélia na bacia do alto rio Paraná. Períod...
Leia mais54) Hypophthalmus edentatus Spix, 1829
da nadadeira peitoral ocorre com cerca de 8,20mm CP. O número total de miômeros varia de 52 a 58. A seqüência de aparecimento dos raios das nadadeiras é: caudal, dorsal, anal, pélvicas e peitorais....
Leia mais