inteligência - Centro Internacional de Negócios do Rio Grande do Sul

Transcrição

inteligência - Centro Internacional de Negócios do Rio Grande do Sul
Inteligência :
Prospectando oportunidades
Fernando Fernandes
Algumas experiências
• CGEE – Projeto Brasil 3 Tempos (2005)
• FGV, Funiversa, FAAP (aulas – pós-graduação)
• SEBRAE (2007/09)
• IEL – Inteligência Competitiva (Rede CIN – 2007)
• IEL (ODI – 2008/09) – RS, SC, PR, MG, BA e PE
BRASÍLIA
PORTO ALEGRE
• ABIN – aulas de prospectiva (2008)
• Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo – Cenários
Ambientais 2020 (2008/09)
• Ministério Público de Goiás – Unidade de Inteligência
Estratégica (2009/10)
• Governo do Estado de Goiás (Plano Goiás 2030)
25 especialistas
10 áreas
público/privado
DIFERENCIAL
Planejamento
e
Gestão Estratégica
Inteligência
Prospectiva
Inteligência :
Prospectando oportunidades
Fernando Fernandes
Fernando C. Fernandes
INTELIGÊNCIA
Fernando C. Fernandes
ETIMOLOGIA
• Inteligência
Intelligence
• ligere ou legere: saber discernir elementos, fazer
escolhas, eleger entre estes elementos e os recolher ou
coletá-los;
• Intel ligere: saber estabelecer ligações entre os elementos
para formar um conteúdo significativo (relevante).
Fernando C. Fernandes
A NECESSIDADE DE CONHECER
Fernando C. Fernandes
A EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DE
INTELIGÊNCIA
Tempos Bíblicos
Moisés
Sec. VI a. C.
Sec. XII e XIII
Sun Tzu
Gêngis-Khan
Fernando C. Fernandes
A EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DE
INTELIGÊNCIA
Sec. XVI e XVII
Sir Francis Walsinghan
Sec. XVII
Cardeal Richelieu.
Sec. XVIII e XIX
Napoleão Bonaparte
Fernando C. Fernandes
A EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DE
INTELIGÊNCIA
REPÚBLICA DE VENEZA
Veneza (Sec IX a XVII) se tornou muito rica mediante
o controle do comércio entre a Europa
São famosos os relatórios que diplomatas e enviados
especiais venezianos apresentavam quando do término
de suas missões a outros países.
Neles são registradas detalhadas informações, não só
sobre a diplomacia veneziana, como sobre os países em
que aqueles estavam colocados.
Fernando C. Fernandes
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
Relatos apontam que a primeira aplicação potencial
comercial da Inteligência ocorreu durante os séculos
XV e XVI quando o House of Fugger Bank coletava e
disseminava informações para os executivos de suas
espalhadas representações.
Os Fugger - poderosa família de comerciantes e
banqueiros alemães que dominaram os negócios na
Europa neste período.
Jacob Fugger
As correspondências dos Fugger do século XVI trazem
informações sobre atividades de empresas locais,
seus resultados econômicos, e tendências
econômicas e políticas locais, observadas e coletadas
por correspondentes.
Fernando C. Fernandes
HISTÓRIA DA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
No final do século XVII, poucos comerciantes de Londres tinham seu
próprio escritório ou banco. Assim, eles faziam seus negócios em casas
de câmbio. No entanto, notícias e informações sobre os negócios eram
coletadas na atmosfera social das Casas de Café (Coffee Houses), que
se transformaram em locais de assuntos especializados.
As casas de café se tornaram centros de
Inteligência, onde se podia ler jornais e cartas
de outros portos e ouvir “fofocas”, políticas,
econômicas e comerciais, trazidas do outro
lado do mundo.
Edward Lloyd deu grande importância às
conversas dos clientes nas casas de café de
Londres.
Fernando C. Fernandes
HISTÓRIA DA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
A Dinastia Rothschilds aparece também como utilizando Inteligência de
negócios, no crescimento de seu império bancário durante a primeira
metade do século XIX.
Mayer Amschel Rothschild e seus cinco filhos estabeleceram uma rede de
bancos e de Inteligência, em apoio à sua atividade.
Mayer Amschel Rothschild
House of Rothschilds
Fernando C. Fernandes
A EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DE
INTELIGÊNCIA
Sec. XX
I GM
II GM
Fernando C. Fernandes
A sistematização da Atividade
de Inteligência
Sherman Kent, 1949.
A Inteligência encerra um
tríplice significado: um
tipo de organização, uma
atividade e um tipo de
conhecimento.
Fernando C. Fernandes
A sistematização da Atividade
de Inteligência
Washington Platt
Em 1957, Washington
Platt publica o livro
Strategic
Intelligence
Production,
onde
estabelece os princípios
básicos da produção de
Inteligência.
Publicação brasileira, 1974
“É um termo específico e significativo, derivado da
informação, informe, fato ou dado que foi selecionado,
avaliado, interpretado e, finalmente, expresso de forma
tal que evidencie sua importância para determinado
problema de política nacional corrente.”
Fernando C. Fernandes
INFORMAÇÕES X INTELIGÊNCIA
1990
Informação é a matéria prima para a produção de
Inteligência. Relaciona-se com fatos presentes ou passados
e deve expressar o estado de certeza. É utilizada em apoio
ao processo de tomada de decisão, particularmente em
decisões pontuais ou de nível tático-operacional.
“Inteligência é um conhecimento que prescinde da
oportunidade... É uma síntese de conhecimentos que se
utiliza, inclusive, do julgamento e da intuição. Visa à
antecipação e à previsão ” (Sianes, 2005).
Fernando C. Fernandes
INTELIGÊNCIA
“Descrever o que aconteceu é história. A análise de
Inteligência de alto nível (estratégica) – o produto desejado
por decisores políticos e executivos - requer uma forma
estruturada de pensamento que resulte em previsão
daquilo que é provável acontecer.”
CLARK, Robert M. Intelligence analysis: estimation and prediction. Baltimore:
American Literary Press, 1996.
Fernando C. Fernandes
INTELIGÊNCIA
“A Inteligência que não é acionável ou não proporciona o
potencial para ações futuras é inútil.
A boa Inteligência não repete simplesmente informações
reveladas por fontes. Ao contrário, ela desenvolve uma gama
de material que nos diz o que aquela informação significa e
identifica suas implicações para os tomadores de decisão".
ESTADOS UNIDOS. Departament of the Navy. Heardquarters United States Marine
Corps . The Nature of Intelligence. Washington, DC, 1997. (Marine Corps Doctrinal
Publication (MCDP) ; 2).
Fernando C. Fernandes
ESTRUTURA
INTELIGÊNCIA
INTELIGÊNCIA
(Produção de conhecimentos)
CONTRA-INTELIGÊNCIA
(Proteção dos ativos da organização)
É uma atividade especializada, permanentemente exercida,
com o objetivo de produzir informação acionável –
Inteligência - de interesse de determinada organização, além
da salvaguarda da organização contra ações adversas de
qualquer natureza.
Fernando C. Fernandes
IDADE CONTEMPORÂNEA
• O surgimento da IC, como a conhecemos hoje em dia, teria
origem na Europa e no Japão, após a II Guerra Mundial.
• Em 1968, o BNB foi transformado em uma força de
Inteligência Competitiva na Alemanha.
• Com o fim da Guerra Fria, analistas de
Inteligência dos principais serviços secretos
do mundo passaram a ser contratados por
grandes organizações empresarias para
realizarem
trabalhos
de
análises
estratégicas voltados para a nova realidade.
ALEMANHA
Fernando C. Fernandes
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
“Se você não quer obedecer as regras militares
e políticas, a única forma de se manter
independente é ter sucesso economicamente.
Normalmente, a única forma de você ter
sucesso economicamente é possuir informações
melhores que seu concorrente.”
(Anônimo)
http://www.mqcinc.com/Countries.htm
Fernando C. Fernandes
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
“É a atividade de gestão estratégica da informação que tem
como objetivo permitir que os tomadores de decisão se
antecipem às tendências dos mercados e à evolução da
concorrência, detectem e avaliem ameaças e
oportunidades que se apresentem em seu ambiente de
negócio para definirem as ações ofensivas e defensivas
mais adaptadas às estratégias de desenvolvimento da
organização.”
JACOBIAK, François. Pratique de la veille technologique. Paris: Éditions
d’Organisation, 1996
Fernando C. Fernandes
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
INTELIGÊNCIA
CONTRA-INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
Atividade de Inteligência Competitiva tem
por objetivo de aumentar ou manter a
competitividade das organizações.
Fernando C. Fernandes
CICLO DA PRODUÇÃO DE
INTELIGÊNCIA
Identificar as necessidades
informacionais
Tomar uma decisão
Planejamento
Macroambiente
Ambiente
da empresa
Difusão
Cultura
Ciclo da
produção
de Inteligência
Coleta
Ambiente
negocial
Modelos mentais
Integrar
Análise
Filtrar
Informação transformada em ação
Fernando C. Fernandes
PRODUÇÃO DE INTELIGÊNCIA
DADO
AVALIADO
DADO
AVALIADO
INFORMAÇÃO
Mídia
Órgãos de
RELATORIO DE
INTELIGÊNCIA
INTERNET
Governo
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. INFORMAÇÃO
AVALIADO
Colaborador
Base de dados
da UI
AASDSA
DADO
AVALIADO
Provedor de
Informação
INFORMAÇÃO ACIONÁVEL
Fernando C. Fernandes
ESTRUTURA DA CI
CONTRA-INTELIGÊNCIA
SEGURANÇA CORPORATIVA
CONTRA-INTELIGÊNCIA
AMEAÇAS ENDÓGENAS
AMEAÇAS EXÓGENAS
Pol Seg Corp
Mon Amb
Fernando C. Fernandes
SI – Sistema de Inteligência
Organização
Bases
GI
Decisores
Analistas
Núcleo de Inteligência
Correspondentes
Coletores
TIC
Provedores de Informação
Especialistas
O SI é um
ambiente informacional
Ambiente
SI
Fernando C. Fernandes
AMBIENTE DE NEGÓCIOS
Meio
Ambiente
Economia
Concorrentes
Legislação
Fornecedores
Clientes
Inovação
Tecnológica
Substitutos
Parceiros
Político
Novos
entrantes
Distribuidores
Sócio
Demográfico
Cultural
Fernando C. Fernandes
AMBIENTE DE NEGÓCIOS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Conectividade, interatividade e convergência
TIC e a hiperinformação
Inovação
Aceleração da taxa de absorção de tecnologia
Hipercompetitividade
Empresas globais
Coopetição
Redução do ciclo de vida dos produtos
Aumento da incerteza
Fernando C. Fernandes
DESAFIOS PARA AS ORGANIZAÇÕES
•
Antecipar movimentos em ambiente
turbulento – se movimentar antes dos
demais atores
•
Adaptar-se rapidamente
•
Inovar
•
Ter agilidade
•
Manter-se competitiva
Fernando C. Fernandes
Sociedade da Informação
A INFORMAÇÃO é a base de tudo
Fernando C. Fernandes
GESTÃO ESTRATÉGICA E
INTELIGÊNCIA
O modelo organizacional que deverá fazer face à sociedade
da informação será baseado na coleta, tratamento e difusão
da informação que terá maior impacto no processo
decisório.
As diferentes tarefas que se desenvolverão, dentro da nova
moldura
organizacional,
exigirão
informações
especializadas e seletivas. Os dados deverão ser escolhidos
com relevância e propósito.
TAVARES, Mauro C. Gestão Estratégica. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
Fernando C. Fernandes
GESTÃO ESTRATÉGICA
É um modelo de gestão onde se trabalha estratégias com
vista ao futuro - a partir do presente -, e com a
identificação de ameaças e oportunidades, objetivando a
adoção de medias proativas.
COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão estratégica: da empresa que temos para a
empresa que queremos. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
Fernando C. Fernandes
PROSPECTANDO OPORTUNIDADES
Consolidação de mercados
existentes
Conquista de novos mercados
Identificação e formalização de
novas parcerias
Identificação de novos
fornecedores
Aproveitamento de mão de obra
local
Customização de produtos
Desenvolvimento e aquisição de
novas tecnologias
Vantagens concorrencionais
Concretização de melhores acordos
Fortalecimento da marca
Fernando C. Fernandes
Inteligência Competitiva e a Ética
• Não se pode falar em Inteligência Competitiva sem
considerar a conduta ética e a legislação existente.
• Na etapa de coleta de informações, o
analista de Inteligência deve ser capaz
de encontrar 90% das informações
que a empresa necessita, a partir de
fontes públicas ou informais, com o
uso de métodos éticos e legais.
Fernando C. Fernandes
MDIC DIVULGA BALANÇA
COMERCIAL DE ABRIL
Em abril de 2010, as exportações
somaram US$ 15,161 bilhões
brasileiras
A Região Sul exportou US$ 3,280 bilhões, ficando
atrás somente da Região Sudeste, que exportou no
período US$ 8,107 bilhões.
Entre as unidades da federação, o Rio Grande do Sul,
com US$ 1,352 bilhão, ficou atrás de São Paulo (US$
3,749 bilhões), Minas Gerais (US$ 1,707 bilhão) e Rio de
Janeiro (US$ 1,703 bilhão).
Fernando C. Fernandes
MDIC DIVULGA BALANÇA
COMERCIAL DE ABRIL
Janeiro
838.307.073
---
Fevereiro
Jan / Fev
Março
Jan / Mar
Abril
Jan / Abr
875.005.393
1.713.312.466
1.013.269.772
2.726.582.238
1.352.477.969
4.079.060.207
Fernando C. Fernandes
Fernando C. Fernandes
CONCLUSÃO
Planejar, estabelecer ações e alinhar estratégias,
orientadas por uma visão de futuro é condição básica
para o sucesso de um processo de Gestão Estratégica.
A gestão estratégica de uma organização deverá contar com
um processo formal de observar, perscrutar, acompanhar,
questionar e vasculhar o horizonte, no tempo e no espaço, à
procura de possíveis riscos e oportunidades que possam
exigir, oportunamente, ações antecipadas e respostas
estratégicas ou contramedidas da organização. Esse sistema é
chamado de Inteligência Estratégica.
Fernando C. Fernandes
A Inteligência, por meio de um trabalho calcado na
ética e na produção de informações acionáveis, alertas,
sugestões e análise de cenários, entre outros, ajudará a
organização, não só antecipar-se às mudanças, mas a
construir o futuro desejável.
ATORES
OPORTUNIDADES
EVENTOS
AMEAÇAS
Desta forma, pode-se dizer que a Inteligência Estratégica
funciona como o radar da Gestão Estratégica.
Fernando C. Fernandes
NO MUNDO DOS NEGÓCIOS GLOBAIS,
A PERGUNTA QUE DEVEMOS RESPONDER
NÃO É “QUANTO CUSTA A INFORMAÇÃO”,
MAS “QUANTO ESTAMOS DISPOSTO A
PAGAR POR NÃO TÊ-LA”.
Fernando C. Fernandes
Fernando C. Fernandes
OBRIGADO!
Fernando do Carmo Fernandes
e-mail: [email protected]
Telefone: (61) 99834303

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