PRÉ-ESCOLAR

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PRÉ-ESCOLAR
ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO E APOIO À FAMÍLIA NOS JI
PRÉ-ESCOLAR
PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DAS
ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO E APOIO À FAMÍLIA NOS JI
Ano lectivo 2009/2010
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ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO E APOIO À FAMÍLIA NOS JI
Princípios Orientadores de acordo com o Projecto Educativo
A Lei – Quadro da Educação Pré-Escolar (Lei nº 5/97) preconiza três funções para a
Educação de Infância: educativa, social e preventiva. Reforça assim a sua função
educativa, ao considerar este nível de educação como a primeira etapa da educação
básica no processo de educação ao longo da vida, e reconhece a sua função social, ao
estabelecer que as instituições de educação pré-escolar proporcionem actividades
educativas e de apoio à família. Igualmente, ao determinar como uma das finalidades da
educação pré-escolar, contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola
e para o sucesso das aprendizagens, salienta a função preventiva.
Tendo em conta o atrás referido, e como todo o tempo de permanência das crianças
no Jardim de Infância (JI) tem de ser educativo, há que distinguir as actividades
educativas de carácter curricular das actividades de animação e apoio à família. Para
isso, concentremo-nos no “porquê” e “para quê” de cada um destes momentos. Por um
lado, o tempo curricular implica uma educação estruturada; por outro, o tempo de
animação e apoio à família, será marcado por um processo educativo informal, já que a
criança tem inteira liberdade de escolha quanto ao que deseja fazer. Embora o contexto
e as actividades escolhidas pelas crianças devam proporcionar aprendizagens, não há a
mesma preocupação com a sua necessidade e pertinência, ao contrário do que
acontece no tempo curricular.
As actividades de animação e apoio à família têm como objectivo primordial a
brincadeira espontânea da criança, o prazer de estar e conviver, assim como a sua
segurança, bem-estar e, também, a necessidade de quebrar a rotina das actividades
curriculares. Para tal deverá existir uma sala própria com materiais e equipamentos
específicos. Dever-se-á facilitar visitas ao meio envolvente, incentivando o contacto com
diferentes saberes e a cooperação com a comunidade local. A mudança do espaço
físico e dos materiais é extremamente importante e necessária, pois
permite aos
profissionais e às crianças estarem mais aptos a recriar uma dinâmica diferente.
Possibilita-se deste modo o desenvolvimento de experiências não contempladas no
currículo, mas igualmente estimulantes, experiências essas sem carácter de
obrigatoriedade, mas que permitem à criança envolver-se em actividades livremente
escolhidas e de maior satisfação imediata: brincadeiras autónomas na sala e/ou recreio,
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construções, jogos, leituras, conversa com os amigos ou apenas um tempo para estar
consigo própria.
O recurso a outros equipamentos e materiais, assim como a mudança do espaço
físico, permitem aos profissionais e às crianças recriar, com maior facilidade, uma
dinâmica algo diferente. Ao espaço da sala própria associa-se o do recreio que, com
triciclos, bolas e outros materiais, se torna um espaço privilegiado do tempo das
actividades de animação.
De acordo com as orientações e calendarização definidas pelo Departamento e de
acordo com os princípios enunciados, as actividades devem concretizar-se em:
 Projectos simples tais como: preparar uma sessão de cinema, receber um
convidado especial, preparar um lanche, organizar um Karaoke, fazer a leitura de
um conto.
 Actividades de culinária, jardinagem, dança/cantares, dramatizações, jogos em
pequeno ou grande grupo, actividades livres nas áreas dentro da sala,
actividades livres de recreio.
 Actividades noutros espaços da comunidade local como, visitas ao meio local,
actividades nos centros culturais, associações recreativas e culturais do concelho.
Rotinas:
As actividades de animação e apoio à família destinam-se às crianças inscritas nos
Jardins de Infância e integram todos os períodos para além das 25 horas
lectivas/curriculares, ou seja, a entrada das crianças antes do horário lectivo, o período
de almoço, os tempos após as actividades curriculares e os períodos das interrupções
lectivas.
Das 8h20 às 9h:
As crianças permanecem com as Assistentes Operacionais dos Jardins-de-infância
em actividades livres: acolhimento, conversas informais e jogos.
No período de almoço:
As crianças permanecem com as Assistentes Operacionais do prolongamento e das
salas dos Jardins-de-infância, na cantina e, de seguida, no recreio, em actividades
livres.
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Durante os períodos lectivos:
As actividades de animação e apoio à família funcionam das 15h30m às 19h. As
crianças permanecem nas salas, sob a responsabilidade das Assistentes Operacionais
do Prolongamento, lancham e brincam em actividades livres ou jogos/actividades
propostos.
O lanche é fornecido pelo Prolongamento.
No mês de Setembro, antes do início do ano lectivo, nas interrupções lectivas (Natal,
Carnaval e Páscoa) e no mês de Julho, as actividades de animação e apoio à família
funcionam das 8h30m às 19h.
As crianças, nestes períodos, permanecem nas salas sob a responsabilidade das
Assistentes Operacionais do Prolongamento e das salas dos Jardins-de-infância, de
acordo com uma distribuição de serviço específica. Nestes períodos, as actividades são
desenvolvidas segundo uma planificação própria – actividades nas salas e recreio das
escolas, visitas a locais da freguesia e/ou outros.
Supervisão Pedagógica:
As actividades de animação e apoio à família – vertente prolongamento de horário –
estão organizadas numa co-responsabilização e cooperação entre a Direcção do
Agrupamento, a autarquia e as famílias. Estas actividades são dinamizadas por
Assistentes Operacionais da Câmara Municipal, tendo em cada pólo uma Assistente
responsável pelas crianças inscritas e por todo o seu funcionamento.
Assim, as decisões relativas à componente de apoio à família, implicam todos os
educadores, a autarquia e o Agrupamento, não dizendo apenas respeito a cada
educador e/ou ao seu grupo.
É função de todos os educadores de infância a supervisão das actividades de
animação e apoio à família, no que diz respeito à articulação entre o Jardim e o
prolongamento, e ao desenvolvimento e bem-estar das crianças. Em cada Jardim existe
um educador responsável que deverá ouvir e ter em conta as opiniões dos outros
educadores e do pessoal auxiliar que trabalha no prolongamento.
Em articulação com a Direcção, cabe-lhe decidir sobre as formas de organização do
grupo, sobre os espaços a utilizar, propor a aquisição dos materiais necessários e,
ainda, dar orientações e sugestões sobre as actividades a realizar. A supervisão
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pedagógica efectua-se do seguinte modo: mensalmente, nas horas de supervisão
(30m), o corpo docente do Jardim reúne com a Assistente Operacional responsável pelo
prolongamento. Estas reuniões, numa perspectiva de enriquecimento mútuo, propõemse adequar as actividades às características específicas das crianças e famílias a que
se destinam e incentivar o aperfeiçoamento da integração entre as actividades de
animação e as actividades curriculares. Serão ainda elaboradas, uma planificação
mensal de actividades e uma avaliação das dinâmicas implementadas (definição de
espaços, rotinas, aquisição de materiais, etc…).
Periodicamente, a educadora responsável e a Assistente Operacional responsável
do Prolongamento avaliam informalmente, a implementação das decisões tomadas pelo
grupo de educadoras de cada Jardim, em sintonia com as orientações do Departamento
Curricular da Educação Pré-escolar.
No Agrupamento existem quatro Pólos de Prolongamento:

JI de Susão: Responsável – Educadora Helena Guedes – Assistente Operacional
responsável – Elsa

JI do Calvário: Responsável – Educadora Erminda Magalhães – Assistente
Operacional responsável – Lúcia

JI da Ilha: Responsável –: Educadora Fátima Oliveira - Assistente Operacional
responsável- Sónia

JI Nova de Valongo: Responsável – Educadora Maria dos Anjos - Assistente
Operacional responsável - Sidónia
Monitorização:
No processo de monitorização das actividades de animação e apoio à família são
fixados, para este ano lectivo, vários momentos com objectivos diversos:
1º Periodo:

Definição, no Departamento Curricular, das orientações gerais e envio ao
Conselho Pedagógico;

Divulgação das orientações gerais aos Pais/Encarregados de Educação.
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Mensalmente deverá ser feita a aferição, por parte das educadoras e da Assistente
Operacional responsável, da implementação das orientações e desenvolvimento das
actividades.
No final de cada período lectivo, far-se-á:
- Um registo escrito, avaliativo da dinâmica desenvolvida em cada pólo de
prolongamento, que estará a cargo da Educadora responsável em articulação com a
Assistente operacional respectiva.
Também é importante haver uma partilha desses registos avaliativos, periódicos, no
Departamento Curricular.
Em Maio – Em cada Pólo será distribuído, um questionário aos pais, elaborado no
Departamento Curricular, de modo a aferir opiniões quanto à qualidade do serviço
prestado.
Em Julho – A avaliação das actividades de animação e apoio à família, no
Departamento Curricular e um relatório de síntese anual.
Nota: A autarquia, de acordo com as suas responsabilidades, monitoriza, também, as
actividades de animação e apoio à família, em momentos que considere oportunos,
comunicando as visitas, antecipadamente, à Direcção do Agrupamento, devendo o
responsável de cada Jardim ser informado.
O Departamento Curricular da Educação Pré-Escolar
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