plano de ensino NL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ARTES VISUAIS
Disciplina: Cultura Visual e Construções de Gênero
Curso: Artes Visuais - Licenciatura
Ano: 02/2015
CHA: 64
Professora: Carla de Abreu
Código: 6T2345
Ementa
Introdução aos estudos da cultura visual com foco nas questões de gênero. A disciplina
discute as formas como as instâncias socioculturais constroem e reproduzem as
representações visuais e simbólicas, explorando as relações estabelecidas entre poder,
visibilidade e produção de sentido por meio das visualidades.
Objetivos
- Explorar as representações (visuais e discursivas) nos contextos da história da arte e
das visualidades cotidianas com a intenção de favorecer a compreensão crítica
sobre as visualidades.
- Relacionar as problemáticas de gênero nas visualidades com outros marcadores
sociais, com o auxílio da interseccionalidade.
- Experimentar possibilidades de práticas de ressignificação e de resistência aos
discursos hegemônicos.
- Explorar as produções artísticas contemporâneas, por meio do viés das construções
de gênero.
Conteúdo
Unidade 1: INTRODUÇÃO À PERSPECTIVA DE GÉNERO, AOS ESTUDOS DE CULTURA
Programático VISUAL E AS TEORIAS FEMINISTAS
- Introdução à perspectiva de gênero e aos estudos da cultura visual.
- Entendendo os conceitos: gêneros, sexualidades e dispositivos da sexualidade
- A proposta de Butler: descontruindo gêneros.
- A noção de performatividade desde J. Butler
Leituras:
- BUTLER, J. Inscrições corporais, subversões performativas. In Problemas de gênero:
Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 185-201.
- BUTLER, Judith. Actos performativos e constituição de género – Um ensaio sobre
fenomenologia e teoria feminista. In: MACEDO, Ana Gabriela; RAYNER, Francesca. Género,
Cultura Visual e Performance. Antologia crítica. Centro de Estudos Humanístcos da
Universidade do Minho (CEHUM): Húmus: 2011, p. 69-88.
- BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do "sexo". In LOURO, Guacira
Lopes. (org.). O corpo educado: Pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autentica, 1999, pp.
151-174.
- Entrevista: JUDITH BUTLER. A performatividade de gênero e do político. Revista CULT, ano 18,
n. 205, setembro 2015, p. 20-26.
- FOUCAULT, Michel. A hipótese repressiva. In História da sexualidade I: A vontade do saber. 13
ed., 1988, pp. 19-49. Rio de Janeiro: Edições Graal.
- FOUCAULT, Michel. Nós os vitorianos. In História da sexualidade I: A vontade do saber. 13 ed.,
1988, pp. 9-18. Rio de Janeiro: Edições Graal.
- LOURO, G. L. Uma sequência de atos. Revista CULT, ano 16, n. 185, novembro 2013, p. 31-34.
Faculdade de Artes Visuais – Campus Samambaia -Caixa Postal 131 – CEP 74001-970 – Goiânia-GO – Brasil
Fone: 0 xx 62 521-1241; 521-1159; Fax: 0 xx 62 521-1361 – E-mail: [email protected]
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- PINTO, Joana Plaza. Os percursos da performatividade. Revista CULT, ano 16, n. 185,
novembro 2013, p. 35-37.
As contribuições da teoria feminista ao estudo da representação visual
- Teorias feministas das imagens e estudos visuais: debates e aproximações
- Representações visuais/culturais do corpo ao longo da história.
- Onde estão as artistas mulheres na história da arte?
- Grandes mulheres artistas séculos 19 e 20
Leituras:
- MAYAYO, P. Historias de mujeres, historias del arte. 4. ed. Madrid: Cátedra, 2011.
- NOCHLIN, L. Why Have There Been No Great Women Artists? In Women, Art and Power. New
York: 1988, p. 145-178. [Por que no ha habido grandes mujeres artistas? p. 283-289]
- POLLOCK, Griselda. A modernidade e os espaços da feminilidade. In: MACEDO, Ana Gabriela;
RAYNER, Francesca. Género, Cultura Visual e Performance. Antologia crítica. Centro de Estudos
Humanístcos da Universidade do Minho (CEHUM). Húmus: 2011, p. 53-68.
Unidade 2: REPRESENTAÇÕES E VISUALIDADES: NOVAS NARRATIAVAS
- A representação contemporânea do corpo desnudo: o objeto sexual na virada
do século 20 ao 21
- Masculinidades: diferenças e hegemonias
- A teoria queer entra em campo
- A identidade sexual na arte contemporânea: do gênero ao transgênero
- A pós-pornografia como aposta política e artística. Uma aproximação às
representações das sexualidades e das dissidentes.
Leituras:
Masculinidades:
- MACHADO, Vanderlei. As várias dimensões do masculino: traçando itinerários possíveis.
Revista Estudos Feministas, vol. 13, n.1. Florianópolis, janeiro-abril, 2005, p.179-199. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/ref/v13n1/a17v13n1.pdf
- WILM, M. G. .A representação masculina em Anúncios: Uma observação sobre as diferenças na
abordagem do gênero. INTERCOM – Sociedade Brasileira de estudos interdisciplinares de
comunicação. XXV Congresso Brasileiro de ciências da Comunicação – Salvador BA 1 a 5
setembro. Disponível em:
http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/156065523103940585957749250403420126383.pdf
Teoria Queer
- PRECIADO, B. (2002). Prefacio de Marie-Heléne Bourcier. ¿Qué es la contra-sexualidad? In
Manifiesto contra-sexual: Prácticas subversivas de identidad sexual 2002, pp. 9-28. Madrid:
Editorial Opera Prima.
- PRECIADO, B. Manifesto contrassexual - práticas subversivas de identidade sexual. São Paulo:
N-1 Edições, Helsinki, 2014. ISBN: 978-85-66943-13-9.
- PRECIADO, Beatriz (Paul). Multidões queer: notas para uma política dos anormais. Revista
Estudos Feministas. Florianópolis, 19(1): 312, janeiro-abril/2011, p. 11-20
- FERREIRA, Vinicius Kauê; GROSSI, Miriam Pillar. Teoria queer, políticas pós-pornô e
privatização da sexualidade: uma conversa com Marie-Hélène Bourcier. Estudos Feministas,
Florianópolis, 22(3): 320, setembro-dezembro/2014. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ref/v22n3/11.pdf
Unidade 3: TÓPICOS CONTEMPORÂNEOS SOBRE CULTURA VISUAL, SEXUALIDADES E
GÊNEROS
Faculdade de Artes Visuais – Campus Samambaia -Caixa Postal 131 – CEP 74001-970 – Goiânia-GO – Brasil
Fone: 0 xx 62 521-1241; 521-1159; Fax: 0 xx 62 521-1361 – E-mail: [email protected]
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Tecnologias e políticas de resistência e intervenção sobre os corpos
Estereótipos, sexismo, exclusões e violência simbólica nos produtos culturais e
midiáticos.
Políticas da representação de gênero e do corpo nas plataformas digitais.
Projetos fotográficos para repensar o corpo feminino
Homossexualidade e homoerotismo na arte contemporânea
Transpeopple: transexualidades, transgêneros, intersexualidades
Desobediência criativa. Autobiografias Visuais: corpo, gênero e subjetividade
O corpo como lugar de luta desde as práticas artísticas
Leitura: PLATERO, R. L. Intersecciones: cuerpos y sexualidades en la encrucijada. Barcelona:
Bellaterra, 2012.
Obs.: Os textos a serem trabalhados serão disponibilizados aos estudantes.
Metodologia
A disciplina está baseada em aulas teóricas, seminários e oficinas, onde o método
habitual será aula expositiva dialogada, produção de narrativas textuais e audiovisuais.
Também será empregado propostas participativas e criativas centradas nos interesses
dos/as estudantes.
Recursos: data show, câmeras, internet, filmes, documentários, artigos e livros.
Avaliações
A avaliação será contínua, ao longo de todo o semestre e serão considerados os
seguintes parâmetros: a) Pontualidade, assiduidade e participação ativa em discussões
e dinâmicas propostas em sala de aula e, b) Leitura em profundidade dos textos
indicados.
Avaliação 1: em construção
Avaliação 2: em construção
Possibilidade: A identidade de gênero através de uma produção áudio/visual
Bibliografia
COMPLEMENTAR
DIAS, B. O I/MUNDO da Educação em Cultura Visual. Brasília: Editora da pós-graduação da
Universidade de Brasília, 2011.
GROSZ, Elizabeth. Corpos-cidades. In: MACEDO, Ana Gabriela; RAYNER, Francesca. Género,
Cultura Visual e Performance. Antologia crítica. Centro de Estudos Humanístcos da
Universidade do Minho (CEHUM). Húmus: 2011, p. 89-100.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
HARAWAY, D.J. (1995): Ciencia, cyborg y mujeres. La reinvención de la naturaleza. Madrid,
Cátedra.
HERNÁNDEZ, F. ¿De qué hablamos cuando hablamos de cultura visual? Educação e Realidade,
30, n. 2, jul/dez 2005. p. 9-34.
LOPONTE, Luciana Gruppelli. Sexualidades, artes visuais e poder: pedagogias visuais do
feminino. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v.10, n. 2, p. 283-301, 2002. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2002000200002&script=sci_arttext&tlng=pt
MIRZOEFF,. Una introducción a la cultura visual. Barcelona: Paidós, 2003. 384 p. ISBN:
9788449313905.
MITCHELL, W. J. T. What do Pictures Want? Essays on the Lives and Loves of Images. Chicago:
University of Chicago Press, 2005. ISBN 0-226-53245-3.
MULVEY, Laura. Prazer visual e cinema narrativo. In: MACEDO, Ana Gabriela; RAYNER,
Francesca. Género, Cultura Visual e Performance. Antologia crítica. Centro de Estudos
Humanístcos da Universidade do Minho (CEHUM). Húmus: 2011, p. 121-132.
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NOCHLIN, Linda. Bathers, bodies, beauty: the visceral eye. Harvard: Cambridge, 2006.
RICHARD, N. Feminismo, Género y Diferencia(s). Santiago: Palinodia, 2008.
WOODWARD, K. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: TADEU DA
SILVA, T (org.). Identidade e diferença. A perspectiva dos Estudos Culturais. Tradução de Tomaz
Tadeu da Silva. 12. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2012. p. 7-72.
ALGUNS AVISOS
- LEITURA DOS TEXTOS
Leiam! Investigar significa, também, revirar, vasculhar por livros e artigos acadêmicos de autores
que já estudaram sua temática. Por isso, é essencial preparar as leituras, trazer para a aula as
tarefas propostas e participar ativa e criticamente nas discussões que possam surgir. Quando
indicado a leitura em sala de aula, trazer o texto impresso ou em formato digital.
- DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA
Não acumulem atividades. A estrutura da disciplina é processual, isto significa que se perder uma
etapa vai comprometer o processo das demais. Não esqueçam o foco! Não encham linguiça!
Lembre-se da frase: o menos é mais! Por último, um conselho: salve seus trabalhos e textos de
estudo em várias mídias (email, pendrive, disco externo, cd...), prevenir é melhor que se lamentar,
não?
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Aula
Data
OUTUBRO/15
1
16/10
2
23/10
3
30/10
NOVEMBRO/15
4
06/11
5
13/11
Descrição da atividade
Apresentações e socialização do plano de ensino.
O que é Cultura Visual e o que significa “construções de gênero”?
Recesso
O que propõe os Estudos da Cultura Visual e contribuições para os Estudos de
Gênero. (slides) // Discussões sobre o texto: HERNÁNDEZ, Fernando. Catadores
da Cultura Visual, 2007 - p. 21-25 e p. 27-35 // Discussões sobre os exemplos
trazidos pelos/as estudantes que caracterizem uma “narrativa dominante”
- Entendendo conceitos, categorias e terminologias dos estudos de gênero. //
Foucault e os dispositivos de sexualidade // - As propostas de Judith Butler:
matriz heterossexual e performatividade. // Leituras (disponíveis no site
carladeabreu.com):
**** PINTO, Joana Plaza. Performatividade. Revista CULT, n. 185, ano 16, nov. 2013.
**** LOURO, Guacira L. Uma sequência de atos. Revista CULT, 185, ano 16, nov. 2013.
**** BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In LOURO, G. L.
(org.). O corpo educado: Pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autentica, 1999, p. 151-174.
6
7
20/11
27/11
OFICINA com Juan Ospina
As contribuições da teoria feminista ao estudo da representação visual. // A
representação da mulher na sociedade, na arte e na cultura visual. // Onde estão
as artistas mulheres na história da arte? // Mulheres artistas dos séculos 19 e 20. //
Leituras (disponíveis no site carladeabreu.com):
**** NOCHLIN, Linda. Por que no ha habido grandes mujeres artistas? [Why Have There Been No
Great Women Artists?] In Women, Art and Power. New York: 1988, p. 145-178.
Faculdade de Artes Visuais – Campus Samambaia -Caixa Postal 131 – CEP 74001-970 – Goiânia-GO – Brasil
Fone: 0 xx 62 521-1241; 521-1159; Fax: 0 xx 62 521-1361 – E-mail: [email protected]
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**** POLLOCK, Griselda. A modernidade e os espaços da feminilidade. In: MACEDO; RAYNER.
Género, Cultura Visual e Performance. Centro de Estudos Humanístcos da Universidade do Minho
(CEHUM). Húmus: 2011, p. 53-68.
DEZEMBRO/15
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04/12
Masculinidades: diferenças e hegemonias. // A identidade sexual na arte
contemporânea: do gênero ao transgênero //
Leitura:
**** MACHADO, Vanderlei. As várias dimensões do masculino: traçando itinerários possíveis.
Revista Estudos Feministas, vol. 13, n.1. Florianópolis, janeiro-abril, 2005, p.179-199. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/ref/v13n1/a17v13n1.pdf
9
11/12
Introdução à Teoria Queer: Política e Práticas Sociais. //
https://youtu.be/UpyZmd5QMIU. // Leituras (disponíveis no site
carladeabreu.com):
**** PRECIADO, Paul Beatriz. Multidões queer: notas para uma política dos anormais. Revista
Estudos Feministas. Florianópolis, 19(1): 312, janeiro-abril/2011, p. 11-20.
**** PRECIADO, Paul Beatriz. Manifesto contrassexual - práticas subversivas de identidade
sexual. São Paulo: N-1 Edições, Helsinki, 2014.
10
18/12
20/12/15 a
17/01/16
JANEIRO/16
11
22/01
12
29/01
OFICINA Masculinidades e Feminidades inversas
Recesso
Cine Queer e outras dissidências. Exibição e discussões sobre filmes selecionados.
O pós-pornô como aposta política e artística. // Leituras:
**** Conheça o pós-pornô, movimento que une arte, pornografia e ativismo com viés feminista.
Por June Fernández, em El Diario, Barcelona, 17/07/2015. Disponível em: http://migre.me/rZnPS //
**** FERREIRA; GROSSI. Teoria queer, políticas pós-pornô e privativação da sexualidade: uma
conversa com Marie-Hélène Bourcier. Estudos Feministas, Florianópolis, 22(3): 320, setembrodezembro/2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ref/v22n3/11.pdf
FEVEREIRO/16
13
05/02
14
12/02
15
19/02
16
26/02
MARÇO/16
17
04/03
Tópicos contemporâneos sobre Cultura Visual, Sexualidades e Gêneros
Tópicos contemporâneos sobre Cultura Visual, Sexualidades e Gêneros
Tópicos contemporâneos sobre Cultura Visual, Sexualidades e Gêneros
Tópicos contemporâneos sobre Cultura Visual, Sexualidades e Gêneros
ÚLTIMO DIA DE AULA. Confraternização. Avaliação da disciplina. Autoavaliação
Carimbo e assinatura do Coordenador de Curso
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