Revista On-line - Paróquia Santuário São Judas Tadeu

Transcrição

Revista On-line - Paróquia Santuário São Judas Tadeu
foto: Marcelo Alves
foto: Cidinha Panhoca
foto: Marcelo Alves
foto: Cidinha Panhoca
foto: Priscila Nunes
foto: Cidinha Panhoca
foto: Priscila Thomé Nuzzi
foto: Carolina Ferrari Nishiguchi
foto: Priscila Thomé Nuzzi
foto: Priscila Thomé Nuzzi
foto: Priscila T. Nuzzi
Com São Judas Tadeu e o testemunho da
Juventude, celebramos a Fé!
Amados devotos de São
Judas Tadeu, estamos iniciando
um mês muito especial para todos nós: mês do nosso Padroeiro,
São Judas Tadeu. É com alegria
que venho até você, neste mês de
Outubro, mês das Missões e mês
dedicado ao nosso Santo Padroeiro, mês da sua grande Festa, no
dia 28 de Outubro, o 28 Maior!
Teremos aqui no Santuário,
de 18 a 26 de Outubro, a Novena
a São Judas Tadeu nos seguintes
horários: às 15h e 20h de segunda a sexta-feira e às 15h e 19h30
no sábado e domingo, e no dia 27,
na Véspera, Ladainha e Procissão às 15h, nos preparando para
o Dia de São Judas. O tema deste ano proposto pelo Santuário é
refletir o grande evento que tivemos em Julho deste ano, a Jorna-
da Mundial da Juventude com o
nosso querido Papa Francisco,
com o tema da Campanha da
Fraternidade, a Juventude, no encerramento do “Ano da Fé”. Vamos celebrar, portanto, com o
tema: “Com São Judas Tadeu e
o testemunho da Juventude,
celebramos o Ano da Fé!
E você, Devoto colaborador
do nosso Santuário que reside em
outros municípios e Estados do
Brasil, participe deste grande
momento da Paróquia/Santuário,
que é nossa Novena e Festa, através do site: www.saojudas.org.br.
Reze conosco, pelo seu computador, já que transmitiremos tudo
– Novena e Festa de São Judas –
pela WebTV São Judas!
Nossos Padres, Pastorais,
Movimentos e Serviços já estão
se organizando, preparando tudo,
para acolher você, para rezar
conosco! Está tudo sendo planejado com muito carinho, para que
você devoto e devota de São
Judas Tadeu, em oração conosco,
agradeça e peça com muita fé, a
intercessão de São Judas Tadeu
para suas intenções e necessidades, e tantas outras intenções que
confiamos, pela fé, ao Coração de
nosso Deus!
Neste ano, o Santuário, mais
uma vez, trará para você devoto
e devota, a oportunidade para
vivenciar um dos mais importantes eventos do nosso Santuário: a
Novena e a Festa de São Judas
Tadeu, através da WebTV São
Judas.
E você devoto de São
Judas, que reside próximo ao
Santuário, na cidade de São
Paulo, venha participar
conosco da Novena e Festa de
São Judas. Venha com a sua família, com os seus filhos, seu esposo, sua esposa, seus vizinhos,
seus amigos. Convide as pessoas
para participar deste belíssimo
momento, a preparação espiritual
e a Festa do nosso amigo e
intercessor, São Judas Tadeu!
Este será um momento
maravilhoso de encontro, com os
irmãos de comunidade, Família de
Deus, e com o nosso Deus, Pai
de todos nós, que tanto nos ama e
nos congrega, consola e direciona
para o Amor, em Cristo Jesus, junto à nossa Juventude.
A fé em Deus e a confiança humilde na intercessão de São
Judas Tadeu tem valido a muitíssimas pessoas. As formas de
ação de graças são as mais variadas, incluindo as que se expressam em atos de caridade para o
irmão mais necessitado. E temos
muito a agradecer...temos muito
a comemorar...
Estaremos juntos em oração, unidos pela mesma fé, especialmente neste mês de Outubro,
e dentro do encerramento do Ano
da Fé. Agradeça ao Senhor todo
o bem e toda a graça que a intercessão do Apóstolo e Mártir São
Judas Tadeu tem trazido para você
e para a sua família, através de
sua fervorosa oração. Celebremos
com alegria e fé, a grande Festa
de São Judas Tadeu!
Pe. Luiz Fernando Pereira,scj –
Pároco e Reitor da Paróquia/
Santuário São Judas Tadeu
EXPEDIENTE : A Revista São Judas é uma publicação mensal do Santuário São Judas Tadeu. Av. Jabaquara, 2.682 – Jabaquara – CEP 04046-500 – São Paulo/
SP - Tel: (11) 3504-5700 / 5072-9928 - Pároco e Reitor: Pe. Luiz Fernando Pereira, scj. Diretor: Pe. João Carlos Paschoalim de Castro, scj.
Realização: PASCOM/Santuário São Judas Tadeu (Marli Amaro, Marcos, Érika Takahashi, Hélio Nagamine, Frater Hans Mendonça, Marcelo Alves e Anderson
Guedes). Jornalista Responsável: Priscila Thomé Nuzzi – MTb nº 29753 L. 131 F. 26. Colaboração Revisão: Angélica Cunha e Fernanda Buniotto.
Diagramação: Sidnei da Cunha – www.sidneicunha.com.br . Contato: [email protected]
Pecadores
“Estou querendo me
arrepender e não estou
conseguindo...”: milhões de
pessoas já disseram isso.
Queriam, sinceramente,
deixar de pecar, mas não
conseguiram. Não deu de
abandonar a bebida, o cigarro,
as outras drogas, a ira, a gula,
a maledicência, a cobiça, a
inveja, a preguiça, o sexo sem
amor, a prostituição.
Uma força mais forte do que
eles que os arrasta de novo e de
novo e de novo para aquele hábito,
aquele vício, aquele pecado.
Oraram, pediram e depois se
cansaram; voltaram ao erro, tornaram a prometer que não errariam
mais e erraram de novo. Pecadores!
Não conseguiram controlar seus
impulsos nem seu pecado.
Alguns mudaram de religião e
nos primeiros tempos parecia que
tinham finalmente encontrado o seu
refúgio. Mas voltaram a errar. A força mais forte vencera de novo. Corpo cheio de desejos, vontade fraca,
natureza rebelde, seu riacho voltava a sair do leito e encher-se de
lama. Então, entenderam que conversão é um esforço próprio, mas
também é graça grande, tão grande
como a graça de nascer de novo. E
pediram : “- Senhor, gera-me de
novo; faz-me renascer! Quero começar uma vida nova, dessa vez toda
tua, quero viver voltado para o sol
e não para a lama, para ti e não para
mim. E eu não sei fazer isso. Se não
me converteres, não pegar minha
cabeça e meu coração e os voltares
para ti, eu voltarei a errar. Deram a
Deus o direito de interferir neles e
mudar, frear e controlar aquele carro desgovernado.
E Deus fez isso! São os santos
penitentes...Se eles conseguiram,
porque não eu? Por que não você?
Religião que não leva à contribuição e ao perdão, não é religião!
foto: reprodução
Pe. Zezinho,scj
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foto: reprodução
Passado o momento pontual da JMJ, que suscitou intensa
mobilização e preparação da Igreja no Brasil através do Bote Fé,
fica-nos uma certeza de Fé, pertinente ao fato de que, efetivamente, a semeadura promovida pelo
grande evento fundado pelo Papa
João Paulo II, irá, a seu tempo, produzir frutos – me atrevo a dizer –
de qualificado testemunho da
bimilenar Fé Apostólica.
Sim, Fé Apostólica. Autenticamente Apostólica. E com letras maiúsculas. Afinal, Fé, é Dom
Divino e transcende, portanto, à
convicção humana para simplesmente se crer em algo. A Fé, Dom
do Espírito de Deus, é o crer corretamente, ou seja, é o crer no
Sagrado como Ele é em si mesmo, e não como nós o apreendemos segundo nossas expectativas
e voluntariedades.
Essa crença correta, provinda de uma Fé com letra maiúscula, possui elementos de
imutabilidade, que a religião chama dogmas. Ao contrário do que
supõe uma rala teologia – cheia
de pretensões hermenêuticas – a
Reta (ORTO) Fé (DOXA) não
dogmatiza elementos por conveniência da convicção coletiva da
assembleia de crentes (Igreja).
O construtor desta Reta Fé,
alicerçada no núcleo testemunhal
da Divina Revelação pela comunidade apostólica, que fora eleita
pessoalmente pelo Verbo de
Deus que veio na carne, inclui,
necessariamente, todos os aspectos relativos ao fato revelado. E
pertence ao fato revelado: a
encarnação do Unigênito de
Deus, gerado, não CRIADO...
CONSUBSTANCIAL ao Pai.
O que percebera a primeira comunidade cristã que mereceu ser venerada pela Tradição
como genuinamente Apostólica,
com letra maiúscula? Percebeu
não apenas o fato salvífico de
que Deus entrou na história, na
carne, para nos salvar, na história. Percebeu também o modo
salvífico: quis Deus adquirir carne no ventre de uma Virgem.
Portanto, a Comunidade Apostólica, reconheceu ser venerável este
fato por se tratar da vontade de
Deus. Sim, foi vontade de Deus
honrar mais que a qualquer outro Aquela que Ele mesmo escolheu para ser Mãe de Seu
Divino Filho...
Assim,
permanece
indissoluvelmente em comunhão
legítima com a Fé Apostólica, todo
aquele que professa ao longo da
história a mesma veneração, tanto
ao fato salvífico (Deus veio na
carne!) quanto ao modo
salvífico (como veio na carne?).
Venerando a Virgem Maria
como o Apóstolo João que a tomou por Mãe ao pé da Cruz, a
pedido de Nosso Senhor (cf. Jo
19, 27), a comunidade cristã presta
um culto lúcido e lícito à vontade
de Deus, pois, são igualmente dignos de culto: o fato salvífico e o
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modo salvífico.
A Palavra de Deus é um
conjunto resultante da vontade intrínseca de Deus e de Sua ação
extrínseca na história. Portanto,
se Deus mesmo concedeu à Virgem de Nazaré a honra de ser
Mãe - quanto à carne - de Seu
Herdeiro, o Rei do Universo,
quem poderá destituí-la do Trono
de Glória que lhe concedeu o próprio Deus?
Fé verdadeira e autenticamente Apostólica professam
aqueles que atravessam a história honrando tudo àquilo que Deus
mesmo decidiu e escolheu. Esta
foi a Fé do Papa, agora também
venerável, Beato João Paulo II,
que fez um inominável bem à saúde do povo cristão ao presentear
a juventude católica com o Ícone
da Virgem Maria Salus Populi
Romani (Salvação do Povo Romano), o mais antigo que se tem
notícia em Roma.
No livro recém-publicado
pela parceria entre EDIÇÕES
CNBB e PEQUENO MONGE (Salus Populi
Romani – História
do Ícone de muitas
jornadas...), tenho a
honra de esclarecer
uma série de questões
pertinentes a este Mistério Divino. Boa leitura!
Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN Obra dos Pequenos
Monges do Pater Noster
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cessitamos que cada comunidade cristã se transforme num
poderoso centro de irradiação
da vida em Cristo. Esperamos
em novo Pentecostes que nos
livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente, esperamos uma vinda
do Espírito que renove nossa
alegria e nossa esperança”.
Desta inspiração, nasceu a
“Expo São Judas”, que buscou
realizar uma grande comunhão
entre nossas Pastorais, Movimentos e Serviços com os seguintes objetivos:
Promover nossas Pastorais, Movimentos e Serviços,
com uma verdadeira integração
.
fotos: Priscila T. Nuzzi
Caríssimos devotos e amigos, vivemos tempos fortes em
nossa Igreja, ainda sobre o sopro da JMJ e o Ano da Fé, que
ainda meditamos e rezamos.
Inspirados pelos anseios de nossa Igreja, e inspirados pelas luzes do Espirito Santo, também
nosso Santuário busca estar em
comunhão com aquilo que
permeia nossa Igreja, isto é, uma
Igreja do anúncio, comunhão e
partilha, seguindo os caminhos
das primeiras comunidades cristãs encontradas no Livro de Atos
dos Apóstolos 2,42.
Desta forma, baseado naquilo que o Documento de
Aparecida nº 362 nos diz: “Ne-
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de serviço à Igreja, realizando
assim, entre as mesmas bem
com o nosso povo, uma realidade
de
inclusão
e
autoconhecimento do verdadeiro sentido de Pastoral de Conjunto e vida de comunidade.
Levar a Paróquia/Santuário São Judas Tadeu a viver
um tempo forte de interação e
partilha do serviço à Igreja, isto
é, o sentindo de dependência uns
dos outros e de Jesus Cristo para
inspirar-nos em nossas ações e
decisões.
Queridos irmãos e irmãs,
é grande a nossa alegria em dizer que foi um sucesso a nossa
1º Expo São Judas, que no dia
.
25 de Agosto contou com a
participação de 43 Pastorais, Movimentos e Serviços reunidos num
clima de grande fraternidade e
alegria, tornando possível
visualizar a dinâmica da Pastoral
de Conjunto que nossa Igreja tanto
anseia alcançar. Houve a apresentação de nosso Coral e ministérios de música, dando um clima
todo festivo. Tal evento aconteceu das 8h às 15h e teve a
visitação de um público de quase
900 pessoas, visitando os diversos estandes. Lembrando que o
Frei Flavio Henrique, pmPN também esteve na Expo São Judas,
lançando o seu livro “Salus
Populi Romani – História do
ícone de muitas Jornadas” pela
editora CNBB.
De todo o coração, agradeço e parabenizo todos os padres, funcionários e de forma
muito especial, a vocês agentes
de pastorais e voluntários, pelo
belo testemunho de Igreja viva e
atuante. Vivemos neste dia verdadeiramente o que a Palavra de
Deus nos expressa em At 4,3234: “A multidão dos fiéis era um
só coração e um só alma. Ninguém dizia que eram suas as
coisas que possuía, mas tudo
era entre eles comum”. Até a
Expo São Judas 2014!
Pe. João Carlos
Paschoalim de Castro,scj
Obrigada
São Judas
por restaurar
a minha
neta!
Quero contar uma grande graça recebida no dia 28 de
Janeiro de 2013. Eu fui à igreja e pedi a São Judas Tadeu
que tivesse misericórdia da
minha neta. Ela estava fazendo tudo errado, andando com
pessoas estranhas e não queria ir estudar. Já tinha abandonado o colégio há 4 anos. Nós
pedíamos que parasse com
certas “amizades”, mas ela não
ouvia e cada dia ia se perdendo mais, fumando, bebendo e
andando com más companhias. Era muito triste ver aquela
criança com 15 anos fazendo
tudo errado... Isso dói na alma
da família!
Hoje eu quero agradecer
a intercessão de São Judas Tadeu. Minha neta voltou à escola, não sai mais com aquelas
pessoas... Mudou da água para
o vinho! Está tão bem que nem
parece aquela criatura. É uma
nova mocinha. Tenho certeza
de que foi São Judas Tadeu
quem a restaurou, em nome de
Jesus Cristo. Obrigada São
Judas Tadeu! Agradeço a todos os padres da igreja de São
Judas que tanto rezaram por
mim e pela minha família. Graça recebida e testemunhada.
Muito obrigada, São Judas
Tadeu!
Cleuza Ap. Silva- Barueri/SP
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fissão todos os dias, das 8 horas
da manhã às 20 horas da noite. A
cada 28 Maior – 28 de Outubro –
dia do Padroeiro – passam por
aqui quase 300 mil pessoas e temos hoje oito comunidades atuantes! Tudo isso é possível por que
no dia 25 de janeiro de 1940, Dom
José Gaspar de Afonseca e Silva,
arcebispo de São Paulo na época
decretou: “Damos por erguida
e constituída, em nossa
Arquidiocese, a nova Paróquia
de São Judas Tadeu Apóstolo,
cuja festa se há de celebrar
anualmente com pompa e religioso esplendor”.
Esta nova Paróquia foi confiada à Congregação dos Padres
do Sagrado Coração de Jesus, os
Dehonianos. Padre João Büscher
foi o primeiro Pároco. A localização era à Av. Felício Fagundes nº
2, atualmente Avenida Fagundes
Filho. As memórias do primeiro
Pároco comentam no livro Tombo a realidade da comunidade São
Judas na época:
“Esta nova Paróquia de
São Judas Tadeu é paupérrima, não possuindo absolutamente nada. Nem terreno para
a futura matriz, nem mesmo uma
capela, nem modesta casa paroquial. Está ainda tudo por
fazer e os habitantes do bairro
são, na sua maioria, pobres.
Uma pequenina casa que servia de depósito e armazém foi
fotos: arquivo JSJ
Estimados sócios colaboradores, devotos de São Judas Tadeu, peço licença para neste artigo falar um pouco de nosso Santuário São Judas Tadeu, já que nos
aproximamos de nossa grande
festa ao Patrono o Apóstolo de
Cristo, São Judas Tadeu ,no próximo 28 de Outubro. Santuário
onde, com certeza, você se sente
família, e não poderia ser diferente, já que, devido ao seu amor e
colaboração, permite-nos fazer
tanto bem ao Povo de Deus.
A cidade de São Paulo possui a grande graça de ter este
Santuário em sua cidade, realizando uma obra de serviço e doação
para que o Reino Deus se torne
visível aos olhos humanos. Aqui
demostro a importância deste Santuário com um breve histórico de
nossa realidade nos dias de hoje.
Os relatos que aqui apresento
conta com a colaboração de membros de nossa equipe de pastorais
Ricardo e Aparecida Simões,
Celso e Kátia Balestra. Por isto
este Santuário era uma semente
e hoje é uma árvore frondosa!
Nossa missão no dia a dia:
160 missas por mês, quase 70
pastorais, uma Obra Social onde
realizamos os mais diversos atendimentos para os pequeninos de
Deus, com ajuda de nossos dedicados voluntários, uma Creche
onde atendemos por volta de 80
crianças, atendimento para con-
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reformada para servir de capela. Os galhos de uma árvore
funcionam como campanário
rústico, onde um velho sino fica
pendurado, que no bairro
abandonado, conclamava os
fiéis ao encontro com Deus.
Pessoas que passam de fronte
estacam admiradas, diante da
igreja tão primitiva, e exclamam: ‘Que igreja! Nem torre
tem!... Será católica?...’”
A característica predominante da Paróquia, nos primeiros
anos, foi a pobreza, e por vezes a
miséria. Talvez por isso, o movimento religioso cresceu prodigiosamente. Fazia-se sentir palpável
a ação de São Judas Tadeu através da colaboração das pessoas.
Padre João acumulava as
funções de Pároco e Capelão do
Hospital Clemente Ferreira, para
tuberculosos, na Avenida
Jabaquara. O que ganhava do seu
salário era suficiente para ir pagando as prestações do terreno
que comprou para a construção
da Paróquia. A rotina, ele descreve no Livro do Tombo:
“Durante a semana, depois da missa no Hospital, eu
me punha a pedir esmolas nos
bairros mais ricos da cidade, de
porta em porta, convidando as
pessoas a visitar a igreja. Foi
muito cansativo, desagradável
e humilhante. Nem sempre me
atendiam bem. Uns ofereciam
café. Às vezes esperava muito
tempo para ser atendido. Mas
fui persistente de ver bons resultados. Consegui construir,
pagar as dívidas e inaugurar
a Capela e o Salão, no primeiro aniversário da Paróquia, em
25 de janeiro de 1941!” (Fonte: Devocionário São Judas Tadeu – Pe. Augusto César
Pereira,scj).
Do bairro abandonado, do
depósito/armazém transformado,
do sino pendurado, no meio de
gente paupérrima, surge novamente um local escolhido por
Deus, para a sua manifestação.
Do improvável, o impossível
acontece. Pobreza, pessoas e misericórdia: matéria-prima básica
para que o Espírito Santo se manifestasse através da ação embutida no coração de cada filho e
filha de Deus, que nos gestos simples da caridade, faz nascer no
nada uma nova morada do Filho
amado de Deus. Paróquia, comunidade de comunidades. Daqui
surgiram 5 Comunidades, que hoje
desmembradas florescem em 5
Paróquias, que em ordem cronológica são elas: Nossa Senhora da
Conceição, em Diadema; Nossa
Senhora das Graças, na Cidade
Vargas; Nossa Senhora de
Lourdes, no Planalto Paulista;
Santo Afonso de Ligório, na Água
Funda e São João Batista, na Vila
Guarani. Todas frutos do serviço
e trabalho das pessoas simples
como eu e você, movidas pelo
calor e ação do Espírito Santo.
É interessante perceber que
uma Paróquia só se torna Santuário devido a um grande número
de pessoas que para lá se dirigem,
para agradecer e pedir as bênçãos de Deus, e geralmente isto
acontece devido a algum fato extraordinário. No Santuário São
Judas Tadeu o fato extraordinário é a pessoa que busca aqui um
lugar onde se sinta mais perto de
Deus e, unida pela fé aos irmãos
e em comunidade, encontra consolo, esperança e paz.
Para uma igreja que não tinha torre no seu início, hoje, sua
torre ilumina a cidade de São Paulo, e mesmo fora deste município,
e em nosso imenso Brasil e exterior, tantos que nos acompanham
pelas nossas missas diárias pela
Rádio, pelo nosso Site e pela nossa grande conquista, a Web TV
São Judas, que em breve será
reativada. Este Santuário tornouse um centro de irradiação de
nossa fé em Jesus Cristo e de sua
Igreja, fundada no seu Sangue,
oferecido por nós.
Nossa evangelização ganha
eco por esta ciade e pelos mais
longínquos lugares, por meio de
você, que é nosso amigo e devoto
de São Judas, e que ao crescer
conosco na vida cristã, transmite
a mensagem de nossa fé. Por isto
Outubro 2013
a importância deste santuário que
procura na fidelidade do anúncio
e vivência da palavra de Deus
cada vez mais quer chegar aos
corações humanos nesta grande
selva de pedra em que vivemos,
trazendo um pouco de humanidade, paz e alegria ao coração dos
filhos de Deus.
Todos gostam de sombra,
mas são poucos os que plantam
árvores! Da semente lançada pelo
padre João, a frágil muda nasceu,
e, cuidada com zelo pela comunidade se desenvolveu; com a intercessão do santo dos aflitos e
as graças do Deus do impossível
permaneceu. Hoje essa árvore se
tornou frondosa, onde em sua bela
sombra sentimos a brisa leve, tão
suave, do Espírito Santo de Deus,
e aqui, somos felizes.
Somos importantes não pelo
que realizamos somente, mas pelo
que somos, e somos por que fomos presenteados por Deus com
o grande dom e a graça de nos
permitir estarmos nesta cidade,
vivendo e servindo aquele que
amamos - Jesus Cristo. Pela intercessão de São Judas Tadeu
que esta arvore frondosa no seio
desta cidade nunca deixe de oferecer uma sombra ao nosso povo
que busca consolo, apoio e encontro com Deus. São Judas Tadeu Rogai por nós!
Pe. João Carlos
Paschoalim de Castro,scj
Revista São Judas
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foto: reprodução
Olá amigos e amigas sempre muito queridos, devotos e
devotas colaboradores do Santuário São Judas Tadeu! E o tão
aguardado mês de Outubro mais
uma vez chegou! Redobrada é
minha alegria, nestas páginas de
nossa Revista dos Devotos de
São Judas Tadeu, por manter
com vocês o nosso sempre gostoso dedinho de prosa...
Outubro tem um sentido
muito especial para todos que
somos devotos e devotas de São
Judas Tadeu, pois é o mês em
que festejamos o nosso Padroeiro. Este, também, é um tempo muito especial, para nossa
Igreja Católica, pois estamos
vivenciando o Mês das Missões
e não podemos nos esquecer
que São Judas Tadeu – discípulo escolhido e enviado por Jesus
Cristo – foi um dos maiores missionários da nossa Igreja.
A palavra “missão” vem do
latim “mittere”, que significa “enviar” e de “missus” que designa
o “enviado”. Missão é o mesmo
que incumbência, tarefa, obrigação, encargo, que deve ser desempenhado, especialmente, por
todo cristão, vocacionado a anunciar a Boa Nova trazida por Jesus Cristo. Assim, a origem de
nossa “missão cristã”, está no próprio Deus que nos enviou seu Filho único para a Salvação do mundo e de toda a humanidade, através do restabelecimento da paz e
comunhão com Ele (o próprio
Deus), tendo a Igreja a função
precípua de nos ajudar a realizar
a missão redentora de Jesus.
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Revista São Judas
Neste
sentido, é
interessante
notar que,
depois da
Conferência de Aparecida,
ocorrida em 2007, nossa Igreja
vem experimentando uma mudança expressiva em sua ação
evangelizadora. Com Aparecida,
descobrimos que precisamos começar uma nova evangelização,
saindo de dentro de nós mesmos,
das nossas Paróquias, Santuários, Capelas, Escolas para “ir ao
encontro do outro”, onde quer
que ele esteja. É o que chamamos “estado permanente de missão”, no qual devem estar não
só padres e religiosos, mas todos os leigos e leigas batizados
e corajosamente empenhados na
grande tarefa missionária.
Devemos nos esforçar
para sermos os “novos missionários” a exemplo de nosso Padroeiro São Judas Tadeu e seu
companheiro São Simão, os
quais celebramos no 28 Maior,
28 de Outubro. Sobre eles, diz a
história que, com sua pregação
veemente, conseguiram converter inúmeros pagãos na Pérsia,
em uma atuação tal que não
deixava dúvidas de que aqueles
dois Apóstolos realmente eram
homens de Deus. Milhares de
pessoas pediam para ser por
eles batizadas e abraçavam a
doutrina cristã. Com tal atuação
missionária, São Judas Tadeu e
São Simão provocaram a inveja
dos sacerdotes pagãos que os
perseguiram, aprisionaram e os
Outubro 2013
martirizaram barbaramente a
golpes de machado.
Atualmente, como observa o Papa Francisco, em sua
mensagem para o Dia das Missões (20 de outubro): “Os obstáculos à obra de evangelização
encontram-se não no exterior,
mas dentro da própria comunidade eclesial”, quando muitas
vezes estamos “relaxados no
fervor” e nos falta “a alegria, a
coragem, a esperança de anunciar a todos a Mensagem de
Cristo” ou quando, erroneamente, pensamos que “levar a verdade do Evangelho seja uma violência à liberdade” do outro.
“Não podemos permitir que isto
aconteça”, continua o Sumo
Pontífice, pois o “anúncio do
Evangelho é um dever que brota do próprio ser discípulo de
Cristo”; é “um compromisso
constante que anima toda a vida
da Igreja”. E citando seu
antecessor, proclama que “o ardor missionário é um sinal claro
da maturidade de uma comunidade eclesial” (Bento XVI, Exort.
Ap. “Verbum Domini”, 95).
Que São Judas Tadeu nos
ajude a amadurecermos na fé e
na participação missionária e
evangelizadora da nossa Igreja
no Brasil e no mundo! Amém!
Marli Amaro, Coordenadora da
PASCOM - Pastoral da
Comunicação da Paróquia/
Santuário São Judas Tadeu
nha os registros de batizados e
todos os trabalhos que surgiam.
Eu trabalhei sozinha na Secretaria da Paróquia por mais de 20
anos! As fichas dos benfeitores
usadas até hoje fui eu que fiz junto com o Pe. Mauro. Trabalhei
muito com o Pe. Vandelino, na
sessão de casamentos, pois também era na Secretaria que se fazia o atendimento aos noivos.
Depois, quando um irmão
meu faleceu, eu sofri um acidente e fiquei 2 anos sem andar.
Quando melhorei, os padres me
chamaram de volta e eu trabalhava onde precisava: na Secretaria na maior parte do tempo,
aos domingos na Loja de artigos religiosos.
Como membro da Associação das Filhas de Maria, eu ajudava como voluntária na preparação das missas. Havia muitas
moças e nós limpávamos a igreja enquanto um senhor preparava o altar. Fazíamos com amor,
mas também era uma obrigação
do grupo. A formação daquela
época era a de que os leigos tinham que ajudar. Depois do
Concílio Vaticano 2º, as Associações foram retiradas da Igreja. Até hoje eu tenho amizade
com senhoras que eram Filhas
de Maria em nossa juventude.
O Santuário progrediu
muito com a modernidade. A
comunicação é mais fácil... Eu
mexo com tanta coisa aqui no
dia a dia, mas o que eu mais gosto
é de trabalhar nas coisas de
Deus, direcionadas a Deus. Gosto muito de preparar a Capela
de Bênçãos. Esse trabalho lembra a minha Primeira EucarisOutubro 2013
tia, a época que meu pai era
catequista no interior de São
Paulo, na Capela da cidade de
Palestina. Aqui no Santuário,
desde que a Capela de Bênçãos
foi construída, pelo Pe. Sérgio
Hemkemeier,scj, sou eu que cuido. Eu preparo a água benta, as
orações a São Judas, os
santinhos, a estola do padre, a
vela, a flor. É minha vida!
Neste ano, na missa de
Páscoa dos funcionários, o Pároco e Reitor, Pe. Luiz Fernando
disse que “a fé é que me faz viver, que me faz estar de pé”. E
acho que isso é uma verdade.
Eu gosto é de estar sempre trabalhando, em movimento, mesmo com a idade que tenho. É a
fé me sustenta!
Regina Zorzi,
funcionária da
Paróquia/Santuário
São Judas Tadeu,
por Priscila Nuzzi
foto: reprodução
Lembro-me que, na década de 1950 foi construída a linha do bonde e aumentou o
acesso das pessoas para este
bairro. Aqui haviam chácaras e
as ruas eram de terra. Eu havia
me mudado há pouco tempo do
Tatuapé, por causa da bronquite da minha mãe. Por aqui haviam muitos eucaliptos e o ar mais
puro. Com a construção da igreja, a Paróquia São Judas Tadeu,
o bairro foi crescendo. Os padres trabalhavam muito para
conquistar os fiéis. Sempre tiveram muita amizade com o povo!
Em Dezembro de 1952 eu
comecei a trabalhar na Paróquia
São Judas Tadeu. O Pároco da
época, o Pe. Henrique, um alemão, foi a uma reunião das Filhas de Maria, na qual eu participava, e perguntou quem ali
sabia algo sobre correspondência. Logo fui apontada pela coordenadora do grupo, que era
amiga de meu irmão. Ela sabia
que eu tinha feito um curso de
agente postal. No segundo dia
de experiência, fui contratada
pelo padre. Havia uma máquina
de escrever velha e uma máquina de chapa para reproduzir as
cartas que a gente enviava aos
paroquianos. Eu também tinha
feito curso de datilografia.
Era tudo muito diferente
naquela época. Aqui ainda não
tinha uma Secretaria Paroquial
montada, então a gente improvisava. No começo não havia
uma mesa para atender as pessoas. Era um só telefone para o
bairro inteiro usar. Formavam
filas no pátio da Paróquia para
usar o telefone... Eu fazia sozi-
Revista São Judas
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Revista São Judas
Jesus não nos pede que
nos isolemos. Pelo contrário, Ele
nos deixou a Igreja porque nossa Salvação deve ser em Comunidade. Entretanto, ele nos pede
que não tentemos “livrar a nossa pele”; que não sejamos indolentes. O indolente é aquele que
não toma partido, que está sempre em cima do muro. Jesus quer
pessoas que assumam suas crenças e que vão ao encontro do próximo, sem medo, para servir.
Não sejamos indolentes!
Não é necessário parar cada um
na rua para professar sua fé
Católica; porém, quando questionado, não negue. Não tente
salvar a sua pele. Nesses momentos temos que ter a coragem de São Judas Tadeu, coragem que vem de Deus, e assumirmos aquilo que somos e acreditamos, e assim darmos nosso
verdadeiro testemunho de fé.
Para encerrar, gostaríamos
de relembrar as palavras que o
Papa Francisco nos deixou na
homilia da missa de envio da
JMJ, no domingo, dia 28 de
Julho de 2013 em
Copacabana: “Ide, sem
medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês
experimentarão que quem
evangeliza é evangelizado,
quem transmite a alegria da
fé, recebe alegria.
Queridos jovens, regressando às suas
casas, não tenham medo
de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu
Setembro
Outubro 2013
2013
Evangelho. Na primeira leitura,
quando Deus envia o profeta
Jeremias, lhe dá o poder de ‘extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar’ (Jr 1,10).
E assim é também para vocês.
Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do
egoísmo, da intolerância e do ódio;
para construir um mundo novo.
Jesus Cristo conta com vocês! A
Igreja conta com vocês! O Papa
conta com vocês! Que Maria,
Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes
acompanhe sempre com a sua
ternura: ‘Ide e fazei discípulos
entre todas as nações’. Amém.”
Erika e Marcos Takahashi
ilustração: Arquivo do Jornal São Judas
Caro jovem, em nosso coração a JMJ 2013 ainda ecoa.
Sob a luz do Espírito Santo,
relembramos a homilia de nosso Santo Padre na missa de envio da Jornada, quando ele nos
deixou a seguinte mensagem:
“Ide, sem medo, para servir”.
A juventude é sempre
lembrada pela ousadia, pela coragem de lutar por aquilo que
acredita. Quando o Papa Francisco nos pede para irmos sem
medo, é porque ele conta com a
nossa juventude para lutarmos
até o fim, sabendo que Deus
está ao nosso lado. Com essa
certeza, não há de fato o que
temer. E é essa certeza, essa
coragem, que moveu muitos santos em tempos passados, como
São Judas Tadeu. Pouco se sabe
sobre a vida de nosso Padroeiro, mas é certo que sua morte
se deu por se recusar a prestar
culto a uma deusa pagã.
Nos dias de hoje enfrentamos situações que a princípio
parecem bem diferentes da época de São Judas. Mas ao analisarmos com cuidado, perceberemos que muitas vezes o mundo nos pede que neguemos a
nossa fé para que não sejamos
rejeitados – ou, em outras palavras – martirizados.
Todos nós buscamos ser
aceitos pelo outro; a rejeição dói.
Mas é preciso parar para pensar
no que nos traz a verdadeira felicidade. Será que vale a pena negarmos a nós mesmos, negarmos
quem somos, apenas para nos
sentirmos aceitos no mundo?
Mundo esse que na verdade não
nos aceita, já que rejeitamos nossas crenças em primeiro lugar?
foto: Priscila T. Nuzzi
Em muitas situações nós padres,
nos deparamos com a seguinte
pergunta: “Padre, é obrigado ir à
missa aos domingos”?
Os cristãos católicos aprendem no Catecismo que à missa
do domingo é obrigatória. Os pais
obrigam seus filhos a irem à missa, os catequistas pedem aos seus
catequisandos a comprovação
que participaram da Missa aos
domingos. No entanto, nada mais
afastado do espírito da Igreja do
que considerá-la uma “obrigação”. A Santa missa não pode
tornar-se uma obrigação, ou
seja, vamos lá, cumprimos nossa obrigação e depois estamos
livres. Quem ama a Deus, não
vai por obrigação!
A Santa missa deve ser olhada como uma graça que nos insere
dentrodacomunidadedeirmãos,nos
faz viver o mistério de Cristo. Nossa presença na Eucaristia dominical enche a semana de sentido,
revigora nossa fé, entusiasma nosso viver, plenifica nosso coração
de felicidade.
Conforme o Catecismo da
Igreja Católica (nº 2178), a participação dos cristãos na celebração eucarística remonta aos inícios da era apostólica. Nos Atos
dos Apóstolos 2,42-46 e conforme (1Cor 11,17), foi registrado a
prática da assembleia cristã de
reunir-se no “Dia do Senhor”
(Dies Domini) para a celebração
do Mistério Pascal. “Como o dia
da ressurreição de Jesus (após o
sábado) deu a ideia de nova Criação, para os cristãos, o domingo
tornou-se o primeiro de todos os
dias, a primeira de todas as festas, o “Dia do Senhor” por excelência. Consequentemente, a celebração eucarística, como melhor
forma de reunir a comunidade
para louvar e agradecer, só poderia acontecer como principal demonstração de fé no seguimento
do Senhor, neste dia, recordando
e celebrando o seu memorial. É
desta tradição que a Igreja Católica colhe o sentido da
‘obrigatoriedade’ de todo cristão
participar da santa missa aos domingos”. (CIC nº 2175-2176).
O domingo, com efeito, recorda, no ritmo semanal do tempo, o dia da ressurreição de Cristo. É a Páscoa da semana, na qual
se celebra a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, o cumprimento nele da primeira Criação e o início da “Nova Criação”
(cf. 2Cor 5,17). É o dia da evocação adorante e grata do primeiro
dia do mundo e, ao mesmo tempo, da prefiguração vivida na esperança, do “último dia”, quando
Cristo vier na glória (cf. At 1,11:
1Ts 4,13-17) e renovar todas as
coisas (cf. Ap 21,5).
Quando Jesus diz ser “o pão
vivo descido do céu para dar vida
ao mundo” (cf Jo 6,47-51) certamente que se referia ao seu Corpo
que nos daria como alimento, a vida
divina que podia nos oferecer.
Ainda hoje muitos se afasOutubro 2013
tam da Santa Missa repetindo a
multidão que se afastou de Jesus quando fez o discurso do
“pão vivo descido do céu” (Capítulo 6 do Evangelho de São
João). Ainda, lembremos o
ensinamento de Paulo aos
Hebreus, “Não deixemos as
nossas assembleias, como alguns costumam fazer. Procuremos animar-nos sempre
mais” (Hb 10, 25).
O domingo também é dia de
descanso, de estar com a família.
Muitos praticam esportes, realizam
passeios, promovem festas familiares, visitam amigos: são atividades
boas, sadias, mas esquecem a oração, o rezar com a comunidade, o
participar do Banquete Eucarístico.
Sempre foi possível fazer ambas as
coisas. Quantos dizem: “eu rezo em
casa”.... pergunto: “e a vida com a
comunidade?”; “e a Eucaristia”?
A Eucaristia se faz alimento, sustento, força, ânimo para os
nossos trabalhos de toda a semana. Quem não necessita deste alimento? Quem não precisa da força vinda do Alto, da graça de
Deus? O preceito continua, mas
devemos considerá-lo um ato de
amor e carinho de Deus e da
Igreja por cada um de nós. “No
dia do Senhor, o Espírito tomou
conta de mim” (Ap 1, 10).
Pe. Mário Marcelo Coelho, scj
Revista São Judas
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Revista São Judas
Outubro 2013
de Cristo Rei, ligada ao Santuário, na década de 1980, quando
coloquei meus filhos na
Catequese. Quando fui me confessar, dias antes da Primeira Comunhão deles, o Pároco da época, o Pe. Nicolau Kohler,scj, me
chamou para ajudar como voluntária no dia 28 de cada mês. Ele
pediu que eu ajudasse na Secretaria Paroquial, pois sempre fui comunicativa. Eu comecei a vir no
horário em que meus filhos estavam na escola. Eu adorava atender as pessoas e ajudava na Secretaria com mais duas voluntárias, somente em dia 28. No ano
de 1988, fui convidada pelo padre
para ser funcionária. Lembro-me
que, de pronto, não aceitei. Depois de um tempo pensando, aceitei pois seria apenas meio período. Então, eu fazia o almoço e ia
trabalhar à tarde. E estou aqui até
hoje. A minha referência de Igreja é São Judas Tadeu; não tenho
outra.” Marília Noêmia Diz, Secretária de Pastoral
Colaborações de Marcelo Alves e Cidinha Panhoca
foto: arquivo pessoal
" O Santuário de São Judas Tadeu
representa para mim a
unção, a união, a fé e a
comunhão.
Assim também vale para o
Grupo Vivarte,
de
Teatro
Evangelizador,
que está aqui há 21
anos. Para mim, tudo vai além das paredes do Santuário. Pois, evangelizamos
através da Arte." Amanda Sol, Grupo Vivarte
" Para mim, o Santuário São
Judas Tadeu é uma 'Bênção de Deus'.
Através do chamado que eu tive
há 15 anos, recebi a bênção de
poder pertencer à Pastoral
da
Saúde,
servindo melhor
ao Senhor, que é
o objetivo de toda
a minha vida".
Marcos Theodoro
Rodrigues de Moraes Pastoral da Saúde
foto: Marcelo Alves
foto: Priscila Thomé Nuzzi
“Quando vim
morar
aqui
perto
do Santuário
S ã o
Judas Tadeu, com
13 anos, a
igreja nova
estava em construção, em
1963. Era essa a igreja que a minha família começou a frequentar. Eu participava da missa das
11h aos domingos, dos jovens, celebrada pelo Pe. Zezinho,scj. O
Pe. Rudy Mildner,scj foi quem
presidiu o meu casamento, em
1976; ele era o Pároco na época.
Meus dois filhos foram batizados
aqui. Meus filhos, aliás, nasceram
em dias 28: o Leonardo em Janeiro e a Daniela em Setembro.
Minha mãe nasceu em dia 28, no
mês de Agosto. Meu filho se casou também em dia 28. Eu comecei a frequentar a Comunida-
mentos de dúvida, tristeza,
decepções, mas a Comunidade e os queridos Padres de
São Judas sempre
nos ajudaram e incentivaram, procurando nos mostrar o reverso da situação e o proveito
que poderíamos tirar de nossas experiências. Enfim, a
Paróquia/Santuário São Judas Tadeu não fez só parte
de nossa vida, ela É nossa vida, principalmente, nos últimos onze anos, à frente do Curso de Aprofundamento
da Fé, de onde vimos sair muitos e muitos agentes de
pastoral, voluntários, enfim, servidores da Paróquia em
seus vários setores. Outra coisa que nos surpreendeu,
foi ver o crescimento e a organização da Paróquia, a
participação de tantas pessoas e o objetivo sendo sempre um só: servir a Deus, através dos irmãos, sendo
instrumentos do AMOR MAIOR. Podemos finalmente dizer que o Santuário e nós nos fundimos nas palavras: VIDA E MISSÃO”. José e Annéte Martos Garcia
Alves
arcelo
foto: M
Gente do Santuário
“Outro dia alguém nos perguntou como era fazer
parte do Santuário São Judas Tadeu. É óbvio que esta
não é uma pergunta simples, mas nos trouxe à lembrança um tempo já distante, nos idos de 1981. Amigos insistentemente nos convidavam para fazer parte do ECCEncontro de Casais com Cristo e nós relutávamos em
dar nossa resposta. Vencidos pelo cansaço e pelas ‘perseguições’ resolvemos aceitar, mas com o firme propósito de não nos prendermos a compromissos e outras
coisas. O caso é que ‘o homem põe e Deus dispõe’. A
partir do momento em que fizemos o ECC, nunca mais
nos separamos da comunidade. Nossa história de vida
está intimamente ligada ao Santuário. Começando por
uma equipe de Liturgia, fomos sendo chamados para
tantos outros serviços, movimentos e pastorais que acabamos virando ‘gente da casa’. Foi no Santuário que
conhecemos grandes amigos, acompanhamos lindas vocações, festejamos os 15 anos de nossa filha, nossas
bodas e para coroar a história, foi no Santuário que casamos nossa filha e batizamos nossa netinha. É claro
que nesses 32 anos junto ao Santuário, tivemos mo-

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