31/12/2012Download - Crédit Agricole Brasil SA

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31/12/2012Download - Crédit Agricole Brasil SA
Banco Crédit Agricole Brasil S.A.
CNPJ nº 75.647.891/0001-71
Relatório da Administração
Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à vossa apreciação os Balanços Patrimoniais, as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e dos Fluxos de Caixa, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, acompanhados das Notas Explicativas,
do Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria e do Relatório dos Auditores Independentes.
A Diretoria
Demonstrações do Resultado
Balanços Patrimoniais
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011
e Semestre findo em 31 de dezembro de 2012
(Em milhares de reais, exceto lucro líquido por ação)
31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais)
Ativo
Circulante
Disponibilidades
Aplicações interfinanceiras de liquidez
Aplicações no mercado aberto
Aplicações em depósitos interfinanceiros
Títulos e valores mobiliários e instrumentos
financeiros derivativos
Carteira própria
Vinculados à prestação de garantias
Instrumentos financeiros derivativos
Relações interfinanceiras
Depósitos no Banco Central
Correspondentes
Operações de crédito
Operações de crédito - setor privado
(–) Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Outros créditos
Carteira de câmbio
Rendas a receber
Negociação e intermediação de valores
Diversos
Outros valores e bens
Despesas antecipadas
Realizável a longo prazo
Títulos e valores mobiliários e instrumentos
financeiros derivativos
Carteira própria
Instrumentos financeiros derivativos
Operações de crédito
Operações de crédito - setor privado
Outros créditos
Carteira de câmbio
Diversos
Outros valores e bens
Despesas antecipadas
Permanente
Investimentos
Participações em coligadas e controladas
No país
Outros investimentos
Imobilizado de uso
Imobilizações de uso
(–) Depreciações acumuladas
Diferido
Gastos de organização e expansão
(–) Amortizações acumuladas
Total do ativo
2012
2.550.328
62.526
1.100.140
995.314
104.826
2011
1.737.834
2.033
659.657
659.657
–
172.730
104.861
44.295
23.574
3.057
3.030
27
50.850
51.332
(482)
1.160.774
987.838
56
1.869
171.011
251
251
284.857
169.009
100.078
31.130
37.801
2.841
2.841
–
67.938
68.569
(631)
836.164
704.362
595
1.357
129.850
192
192
164.788
269.378
267.702
1.676
351
351
15.128
2.693
12.435
–
–
18.708
17.508
17.378
17.378
130
1.194
4.331
(3.137)
6
3.099
(3.093)
2.853.893
56.131
54.987
1.144
17.343
17.343
91.294
–
91.294
20
20
7.410
6.027
5.897
5.897
130
1.357
4.202
(2.845)
26
3.099
(3.073)
1.910.032
Passivo
Circulante
Depósitos
Depósitos à vista
Depósitos interfinanceiros
Depósitos a prazo
Recursos de aceites e emissão de títulos
Recursos de letras de crédito agrícola
Relações interdependências
Recursos em trânsito de terceiros
Obrigações por empréstimos
Empréstimos no exterior
Instrumentos financeiros derivativos
Instrumentos financeiros derivativos
Outras obrigações
Cobrança e arrecadação de tributos e
assemelhados
Carteira de câmbio
Sociais e estatutárias
Fiscais e previdenciárias
Negociação e intermediação de valores
Dívidas subordinadas
Diversas
Exigível a longo prazo
Depósitos
Depósitos a prazo
Recursos de aceites e emissão de títulos
Recursos de letras financeiras
Instrumentos financeiros derivativos
Instrumentos financeiros derivativos
Outras obrigações
Carteira de câmbio
Fiscais e previdenciárias
Dívidas subordinadas
Diversas
Resultados de exercícios futuros
Patrimônio líquido
Capital
De domiciliados no exterior
Reservas de lucros
2012
1.786.300
404.384
2.706
131.770
269.908
335.837
335.837
546
546
442.526
442.526
18.442
18.442
584.565
2011
1.096.260
113.636
3.373
3.032
107.231
113.229
113.229
1.835
1.835
424.223
424.223
8.902
8.902
434.435
213
538.719
20.666
7.253
1.521
66
16.127
335.604
140.821
140.821
162.407
162.407
5.424
5.424
26.952
2.678
3.537
20.429
308
97
731.892
684.495
684.495
47.397
57
367.756
33.921
15.862
930
66
15.843
81.072
58.139
58.139
–
–
1.266
1.266
21.667
–
2.916
18.751
–
808
731.892
684.495
684.495
47.397
Total do passivo
2.853.893
1.910.032
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 e Semestre findo em 31 de dezembro de 2012 (Em milhares de reais)
Reservas de lucros
Saldos em 31 de dezembro de 2010
Ajustes de avaliação patrimonial
Lucro líquido do exercício
Constituição de reservas
Juros sobre capital próprio
Dividendos
Saldos em 31 de dezembro de 2011
Lucro líquido do exercício
Constituição de reservas
Reversão de reservas
Juros sobre capital próprio
Saldos em 31 de dezembro de 2012
Saldos em 30 de junho de 2012
Lucro líquido do semestre
Constituição de reservas
Reversão de reservas
Juros sobre capital próprio
Saldos em 31 de dezembro de 2012
Capital
social
684.495
–
–
–
–
–
684.495
–
–
–
–
684.495
684.495
–
–
–
–
684.495
Reserva
de capital
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Reserva
legal
6.884
–
–
1.904
–
–
8.788
–
1.147
–
–
9.935
8.788
–
1.147
–
–
9.935
Reserva
estatutária
38.609
–
–
–
–
–
38.609
–
–
(1.147)
–
37.462
38.609
–
–
(1.147)
–
37.462
Ajuste de
avaliação
patrimonial
(16)
16
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Lucros
acumulados
–
–
38.093
(1.904)
(22.746)
(13.443)
–
22.922
(1.147)
1.147
(22.922)
–
9.506
13.416
(1.147)
1.147
(22.922)
–
Total
729.972
16
38.093
–
(22.746)
(13.443)
731.892
22.922
–
–
(22.922)
731.892
741.398
13.416
–
–
(22.922)
731.892
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais)
1. Contexto operacional
O Banco Crédit Agricole Brasil S.A., é um banco múltiplo, autorizado a operar nas carteiras comercial, de
investimento, de crédito, financiamento e investimento e em operações de câmbio, subsidiária direta do
Crédit Agricole Corporate and Investment Bank - France (75,5%) e do Crédit Agricole Corporate and
Investment Bank Global Banking (24,5%), com sede na França.
As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no
mercado financeiro nacional e internacional. Certas operações têm a co-participação ou a intermediação de
instituições ligadas ao Grupo Crédit Agricole. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições
e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos, segundo a praticabilidade e a
razoabilidade de lhes serem atribuídos em conjunto ou individualmente.
2. Apresentação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil
que incluem as diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações Lei 6.404/76, alterações
introduzidas pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09 e normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF.
As estimativas contábeis são determinadas pela Administração, considerando fatores e premissas
estabelecidas com base em julgamento. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem
as provisões para ajuste dos ativos ao valor provável de realização ou recuperação, as provisões para perdas,
as provisões para contingências, marcação a mercado de instrumentos financeiros, os impostos diferidos,
entre outros. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores
divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração revisa as
estimativas e premissas pelo menos semestralmente.
3. Sumário das principais práticas contábeis
a) Apuração do resultado
As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência, observando-se o critério pro rata dia
para as de natureza financeira.
As receitas e despesas de natureza financeira são calculadas com base no método exponencial, exceto
aquelas relativas a títulos descontados ou relacionados com operações com o exterior, as quais são
calculadas com base no método linear.
As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas
correspondentes ao período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos.
As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data
do balanço.
b) Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa são representados por disponibilidades em moeda nacional e moeda
estrangeira e, quando aplicável, operações que são utilizadas pela instituição para gerenciamento de seus
compromissos de curto prazo - com prazo igual ou inferior a 90 dias entre a data de aquisição e a data de
vencimento. O caixa e equivalentes de caixa do Banco são representados por: saldos em poder de bancos
e aplicações.
Em 30 de junho de 2012, 31 de dezembro de 2012 e 2011, o caixa e equivalentes de caixa estavam assim
compostos:
30/06/2012 31/12/2012 31/12/2011
Caixa e saldos em bancos-moeda nacional
320
1.237
898
Caixa e saldos em bancos-moeda estrangeira
53.259
61.289
1.135
Aplicações financeiras de curto prazo (nota 4)
556.735
995.314
659.657
Caixa e equivalentes de caixa
610.314
1.057.840
661.690
c) Aplicações interfinanceiras de liquidez
São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço,
deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável.
d) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos
De acordo com o estabelecido pela Circular nº 3.068 de 8 de novembro de 2001, do Banco Central do
Brasil, os títulos e valores mobiliários integrantes da carteira são classificados em três categorias distintas,
conforme a intenção da Administração, quais sejam:
• Títulos para negociação;
• Títulos disponíveis para venda; e
• Títulos mantidos até o vencimento.
Os títulos para negociação são apresentados no ativo circulante, independentemente dos respectivos
vencimentos. Compreende os títulos adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente
negociados. São avaliados pelo valor de mercado, sendo o resultado da valorização ou desvalorização
computado ao resultado.
Os títulos disponíveis para a venda representam os títulos que não foram adquiridos para frequente
negociação. São utilizados, dentre outros fins, para reserva de liquidez, garantias e proteção contra riscos.
Os rendimentos auferidos segundo as taxas de aquisição, bem como as possíveis perdas permanentes são
computados ao resultado. Estes títulos são avaliados a mercado, sendo o resultado da valorização ou
desvalorização contabilizado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido (deduzidos os
efeitos tributários), o qual será transferido para o resultado no momento da sua realização.
Os títulos mantidos até o vencimento referem-se aos títulos adquiridos para os quais o Banco tem a
intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento. São avaliados pelo custo de
aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos. Caso apresentem perdas permanentes, estas são
imediatamente computadas no resultado.
Os instrumentos financeiros derivativos compostos por operações de futuros, operações a termo e
operações de swap são contabilizados de acordo com os seguintes critérios:
• operações de futuros - o valor dos ajustes diários são contabilizados em conta de ativo ou passivo e
apropriados diariamente como receita ou despesa;
• operações a termo - pelo valor final do contrato deduzido da diferença entre esse valor e o preço à vista
do bem ou direito, reconhecendo as receitas e despesas em razão da fluência dos contratos até a data do
balanço;
• operações de swap - o diferencial a receber ou a pagar é contabilizado em conta de ativo ou passivo,
respectivamente, apropriados como receita ou despesa pro rata até a data do balanço.
As operações com instrumentos financeiros derivativos são avaliadas, na data do balanço, a valor de
mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização conforme segue:
• instrumentos financeiros derivativos não considerados como hedge - em conta de receita ou despesa, no
resultado do período;
• instrumentos financeiros considerados como hedge - são classificados como hedge de risco de mercado
ou hedge de fluxo de caixa.
Os instrumentos financeiros derivativos destinados a hedge e os respectivos itens objeto de hedge devem
ser ajustados ao valor de mercado, no mínimo, por ocasião dos balancetes mensais e balanços.
Os hedges de risco de mercado são destinados a compensar os riscos decorrentes da exposição à variação
no valor de mercado do item objeto de hedge. Sua valorização ou desvalorização deve ser registrada à
adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período.
Os hedges de fluxo de caixa são destinados a compensar a variação no fluxo de caixa futuro estimado.
A valorização ou desvalorização da parcela efetiva deve ser registrada em contrapartida à conta destacada
do patrimônio líquido, deduzidos dos efeitos tributários. A parcela não efetiva do hedge, quando aplicável,
é reconhecida diretamente ao resultado do período.
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 o Banco não possui instrumentos financeiros derivativos destinados a
hedge de fluxo de caixa.
e) Operações de crédito e provisão para crédito de liquidação duvidosa
As operações de crédito, nas suas diversas modalidades estão registradas ao valor principal, incorporando
os rendimentos auferidos até a data do balanço em razão da fluência dos prazos das operações.
As operações de crédito são classificadas de acordo com o julgamento da Administração quanto ao nível
de risco, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos
em relação à operação, aos devedores e garantias, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução
nº 2.682, do Banco Central do Brasil, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove
níveis distintos, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo - perda).
As operações classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por 6 meses, quando então são
baixadas contra a provisão existente e controladas em contas de compensação, não mais figurando no
balanço patrimonial.
As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas.
As renegociações de operações de arrendamento mercantil que já haviam sido baixadas contra a provisão
e que estavam em contas de compensação são classificadas como nível “H”.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa, considerada suficiente pela Administração, atende aos
critérios estabelecidos pelo Banco Central do Brasil.
f) Redução do valor recuperável de ativos não financeiros - (Impairment)
É reconhecida uma perda por impairment se o valor de contabilização de um ativo excede seu valor
recuperável. Perdas por impairment são reconhecidas no resultado do período.
Os valores dos ativos não financeiros são revistos anualmente, exceto créditos tributários, que são revistos
semestralmente.
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 não foram identificados ativos não financeiros com indicação de perda
por impairment.
g) Investimentos
Os investimentos em empresas controladas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial.
Os demais investimentos são avaliados ao custo e ajustados por provisão para perdas, quando aplicável.
h) Imobilizado e diferido
Correspondem aos direitos que tenham como objeto bens corpóreos e incorpóreos destinados à
manutenção das atividades da Instituição ou exercido com essa finalidade.
O ativo imobilizado (bens corpóreos) e o diferido (bens incorpóreos) estão registrados pelo valor de custo.
A depreciação do ativo imobilizado é calculada pelo método linear às taxas de 20% a.a. para veículos e
sistemas de processamento de dados e 10% a.a. para os demais itens. A amortização do ativo diferido é
calculada pelo método linear à taxa de 20% a.a..
O saldo do ativo diferido foi constituído de custos e despesas de aquisição e desenvolvimento logiciais
utilizados em processamento de dados e gastos com benfeitorias em imóveis alugados de terceiros
incorridos até 30 de setembro de 2008.
(i) Depósitos e captações no mercado aberto
Os depósitos a prazo e as captações no mercado aberto estão registrados pelos seus respectivos valores,
acrescidos dos encargos contratados proporcionais ao período decorrido da contratação da operação até a
data do balanço.
j) Obrigações em moedas estrangeiras
As obrigações em moedas estrangeiras estão atualizadas às taxas oficiais de câmbio, vigentes nas datas dos
balanços.
k) Imposto de renda e contribuição social
A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15% sobre os rendimentos tributáveis,
acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 240 no exercício. A contribuição
social é calculada sobre o lucro líquido ajustado conforme legislação em vigor à alíquota de 15%.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos (ativo e passivo) são calculados sobre as adições e
exclusões temporárias, prejuízo fiscal e base negativa acumulados. Os créditos tributários sobre as adições
e exclusões temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões pelas
quais foram constituídas. Os créditos tributários são baseados nas expectativas atuais de realização e
considerando os estudos técnicos e análises da administração.
l) Operações de câmbio
As operações são demonstradas pelos valores de realização, incluindo os rendimentos e as variações
cambiais (em base pro rata dia) auferidas e provisão para perdas nos termos da Resolução nº 2.682, do
Banco Central do Brasil.
m) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais, fiscais e previdenciárias
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes e obrigações legais são
efetuados de acordo com os critérios definidos na Resolução nº 3.823 de 16 de dezembro de 2009 e Carta
Circular nº 3.429 de 11 de fevereiro de 2011 do BACEN, obedecendo aos seguintes critérios:
• Contingências ativas - não são reconhecidas nas demonstrações financeiras, exceto quando da existência
de evidências que propiciem a garantia de sua realização; sobre as quais não cabem mais recursos.
• Contingências passivas - são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião
de assessores jurídicos e da administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial
ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os
montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. As contingências passivas classificadas
como perda possível são apenas divulgadas em notas explicativas, enquanto aquelas classificadas como
perda remota não requerem provisão, nem divulgação.
• Obrigações legais, fiscais e previdenciárias - referem-se a demandas judiciais onde estão sendo contestadas
a legalidade ou a inconstitucionalidade de alguns tributos (ou impostos e contribuições).
O montante discutido é quantificado e registrado contabilmente.
n) Demais ativos e passivos
São apresentados pelos seus valores de realização ou liquidação na data do balanço.
4. Aplicações interfinanceiras de liquidez
a) Aplicações no mercado aberto - Operações compromissadas
2012
2011
Posição bancada
Letras Financeiras do Tesouro - LFT
435.999
281.952
Letras do Tesouro Nacional - LTN
559.315
27.513
Notas do Tesouro Nacional - NTN
–
350.192
995.314
659.657
Total
995.314
659.657
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, o resultado com operações compromissadas foi de
R$ 59.840 (R$ 93.931 em 2011). O resultado com aplicações financeiras no exterior foi de R$ 4
(R$ 22 em 2011).
b) Aplicações em depósitos interfinanceiros
2012
2011
Vencimento até 360 dias
Aplicações em depósitos interfinanceiros
104.826
–
Total
104.826
–
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, o resultado com aplicações em depósitos interfinanceiros
de liquidez foi de R$ 10.056 (R$ 34 em 2011).
5. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a carteira de títulos e valores mobiliários classificada de acordo com
as categorias estabelecidas na regulamentação vigente estava assim composta:
Contratos de swap designados como Hedge de risco de mercado
(Pré vs CDI)
Total contratos de swap a pagar
Contratos de swap
(EUR vs CDI)
(USD vs CDI)
(CDI vs EUR)
(CDI vs USD)
Total contratos de swap a receber
Contratos de swap
(USD vs LIBUSD)
(LIBUSD vs USD)
(CDI vs LIBUSD)
Total contratos de swap a pagar
Contratos a termo
Compra a termo de moeda - NDF
Venda a termo de moeda - NDF
Total de contratos a termo
Valor nominal
dos contratos
Receitas de intermediação financeira
Operações de crédito
Resultado de operações com títulos e valores mobiliários
Resultado com instrumentos financeiros derivativos
Resultado de operações com câmbio
Despesas de intermediação financeira
Operações de captações no mercado aberto
Operações de empréstimos, cessões e repasses
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Resultado bruto de intermediação financeira
Outras receitas (despesas) operacionais
Receitas de prestação de serviços
Despesas de pessoal
Outras despesas administrativas
Despesas tributárias
Resultado de participações em coligadas e controladas
Outras receitas operacionais
Outras despesas operacionais
Resultado operacional
Resultado não operacional
Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações
Imposto de renda e contribuição social
Provisão para imposto de renda
Provisão para contribuição social
Ativo fiscal diferido
Participações dos empregados
Lucro líquido do semestre/exercícios
Lucro líquido por ação - R$
2º semestre
Exercício
2012
2012
2011
64.899 162.121 182.111
10.431
25.487
43.041
43.335
84.736 106.015
(8.144)
(2.039) (12.340)
19.277
53.937
45.395
(29.680) (82.758) (78.089)
(22.772) (37.334) (35.372)
(6.850) (45.573) (42.574)
(58)
149
(143)
35.219
79.363 104.022
(25.014) (49.095) (48.897)
4.718
8.259
8.608
(18.911) (43.837) (40.201)
(7.601) (14.045) (10.971)
(1.974)
(4.716)
(5.942)
(1.206)
(3.519)
(6.184)
935
9.919
7.631
(975)
(1.156)
(1.838)
10.205
30.268
55.125
(7)
(9)
120
10.198
30.259
55.245
3.816
(6.152) (16.006)
6.721
(4.946) (11.152)
4.007
(3.000)
(6.730)
(6.912)
1.794
1.876
(598)
(1.185)
(1.146)
13.416
22.922
38.093
0,001452 0,002481 0,004123
Demonstrações dos Fluxos de Caixa - Método Indireto
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011
e Semestre findo em 31 de dezembro de 2012
(Em milhares de reais)
2º Semestre
Exercício
2012
2012
2011
Lucro líquido do semestre/exercício
13.416
22.922
38.093
Ajustes para reconciliar o lucro líquido ao caixa líquido
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
58
(149)
143
Participações nos lucros
598
1.185
1.146
Provisão para gratificação
(119)
3.489
6.075
Reversão de participações nos lucros e gratificações
–
(8.243)
(2.385)
Provisões para IR e CS diferidos
6.912
(1.794)
(1.876)
Reversão de provisão outras
(211)
(323)
(1.698)
Marcação a mercado de TVM e derivativos
(16.826)
2.265
3.522
Depreciação e amortização
220
424
454
1.206
3.519
6.184
Resultado de participações
Lucro ajustado do semestre/exercício
5.254
23.295
49.658
Variação de ativos e passivos
(Aumento) redução em aplicações interfinanceiras de liquidez
(4.162) (104.826)
3.035
(Aumento) redução em TVM e instrumentos financeiros
derivativos (ativos/passivos)
(177.200) (205.535) (132.613)
(Aumento) redução em relações interfinanceiras (ativos/passivos)
(206)
(216)
(1.499)
(Aumento) redução em operações de créditos
7.244
34.229 103.280
(Aumento) redução em outros créditos
(155.810) (246.650) (228.571)
(Aumento) redução em outros valores e bens
96
(39)
(30)
(Redução) aumento em relações interdependências
(ativos e passivos)
(3.210)
(1.289)
753
(Redução) aumento em depósitos
391.337 373.430
23.137
(Redução) aumento em captação no mercado aberto
–
– (100.040)
(Redução) aumento em obrigaçõespor empréstimos e repasses
(27.742)
18.303 (126.370)
(Redução) aumento em outras obrigações
154.283 172.574 223.672
(Redução) aumento em recursos de aceites e emissão de
títulos (LCA)
95.845 222.608
60.411
(Redução) aumento em recursos de aceites e emissão de títulos
(Letras financeiras)
162.407 162.407
–
(434)
(711)
85
(Redução) aumento em resultado de exercícios futuros
442.448 424.285 174.750
Caixa líquido proveniente (aplicado)
447.702 447.580 125.092
nas atividades operacionais
Atividades de Investimento
Dividendos recebidos de coligadas
–
–
488
Aquisição de imobilizado de uso
(182)
(250)
(513)
Aumento de capital em controlada
– (15.000)
–
6
9
188
Alienação de imobilizado de uso
Caixa líquido proveniente (aplicado) nas atividades
(176) (15.241)
163
de investimento
Atividades de financiamento
– (36.189) (46.413)
Dividendos e juros sobre o capital próprio
Caixa líquido proveniente (aplicado) nas atividades de
– (36.189) (46.413)
financiamento
447.526 396.150 (171.342)
Aumento/(redução) líquido em caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa no início do período
610.314 661.690 833.032
1.057.840 1.057.840 661.690
Caixa e equivalentes de caixa no final do período
447.526 396.150 (171.342)
Aumento/(redução) líquido em caixa e equivalentes de caixa
a) Títulos e valores mobiliários
a.1) Composição por classificação
2012
Custo (i) Mercado
372.555
372.563
104.853
104.861
104.853
104.861
267.702
267.702
259.462
259.462
8.240
8.240
44.261
44.295
44.261
44.295
44.261
44.295
416.816
416.858
Carteira própria
Títulos para negociação
Letras do Tesouro Nacional - LTN
Títulos disponíveis para venda
Cotas de Fundos FIDC - Sr.
Cotas de Fundos FIDC - Jr.
Vinculados à prestação de garantias
Títulos para negociação
Letras do Tesouro Nacional - LTN
Total
(i) Inclui rendimentos.
a.2) Composição por prazo de vencimento
2011
Custo (i) Mercado
153.956
155.065
98.969
100.078
98.969
100.078
54.987
54.987
46.771
46.771
8.216
8.216
31.097
31.130
31.097
31.130
31.097
31.130
185.053
186.195
2012
99.972
49.184
17.562
250.140
416.858
Até 3 meses
De 3 a 12 meses
De 1 a 3 anos
De 3 a 5 anos
Total
a.3) Composição por emissor
2011
–
131.208
54.987
–
186.195
2012
2011
Títulos de Renda Fixa
Títulos públicos
Letras do Tesouro Nacional
149.156
131.208
Títulos Privados
Cotas de Fundos de Investimentos FIDC
267.702
54.987
Total
416.858
186.195
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, o resultado de operações com títulos e valores mobiliários
compostos por rendas de títulos de renda fixa e variável foi de R$ 14.836 (R$ 12.028 em 2011).
O valor de mercado dos títulos públicos é apurado segundo divulgações nos boletins diários informados
pela ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
b) Instrumentos financeiros derivativos
Os principais instrumentos financeiros derivativos utilizados são: swaps, termos e futuros. A partir da
vigência da Circular nº 3.082, pode-se optar pela aplicação da contabilização particular nos casos em que
os instrumentos financeiros derivativos são utilizados para proteção das variações no valor de mercado ou
no fluxo de caixa da instituição (hedge accounting).
Os instrumentos derivativos são utilizados prioritariamente para compensar variações de posições comerciais
assumidas, para proteção em estruturas de hedge, bem como para oferecer aos clientes a possibilidade de
proteção a variações econômicas indesejadas oriundas de sua natureza operacional.
Hedge contábil
A política de utilização de hedge é alinhada aos limites de exposição à riscos do Grupo Crédit Agricole.
Sempre que operações gerarem exposições que poderão resultar em flutuações relevantes no resultado
contábil da instituição, o que poderia comprometer os limites operacionais. A cobertura do risco é efetuada
por instrumentos financeiros derivativos, observadas as regras legais estabelecidas para a qualificação de
hedge contábil, de acordo com a Circular nº 3.082 do Banco Central do Brasil.
Para proteger o risco de mercado contra a exposição à taxa de juros pré-fixada, em 10/03/2009 o Banco
negociou contratos de swap a vencer em 2013 com valor nominal dos contratos no total de R$ 5.289 (R$ 12.031
em 2011) e valor de mercado na ponta pré-fixada de R$ 8.165 (R$ 16.471 em 2011). O item objeto de hedge
representado por uma operação de crédito com valor ajustado à mercado de R$ 8.125 (R$ 16.233 em
2011) (nota 7) que também possui vencimentos em 2013, garantindo a efetividade desejada da cobertura
do risco. O monitoramento da efetividade do hedge, que mensura a neutralização pelos instrumentos
derivativos dos efeitos das flutuações de mercado sobre os itens protegidos, é efetuado mensalmente.
A efetividade apurada para cada unidade de hedge está dentro do intervalo estabelecido pela Circular
nº 3.082 do Banco Central.
O diferencial a liquidar das operações de swap contratadas, no montante de R$ 616 (R$ 634 em 2011),
está registrado no passivo pelo valor de mercado.
As operações com instrumentos financeiros derivativos em aberto, em 31 de dezembro de 2012 e 2011,
estavam assim distribuídas:
2012
Custo valor a
receber/(pagar)
Valor contábil a
receber/(pagar)
Valor nominal
dos contratos
2011
Custo valor a
receber/(pagar)
Valor contábil a
receber/(pagar)
5.289
5.289
(529)
(529)
(616)
(616)
12.031
12.031
(466)
(466)
(634)
(634)
–
26.486
167.613
252.033
446.132
–
3.152
(3.076)
5.649
5.725
–
3.237
(3.040)
5.431
5.628
124.427
33.678
–
–
158.105
18
(1.599)
–
–
(1.581)
308
(1.430)
–
–
(1.122)
620.318
780.607
160.288
1.561.213
410
(587)
1.575
1.398
2.169
(2.156)
(3.375)
(3.362)
237.450
237.450
–
474.900
17
1
–
18
(855)
1.144
–
289
830.148
171.229
1.001.377
(1.720)
1.104
(616)
(1.380)
1.114
(266)
107.502
441.559
549.061
(5.330)
38.464
33.134
2011
Valor nominal dos contratos
(4.670)
34.914
30.244
2012
Valor nominal dos contratos
Valor contábil
Valor contábil
Contratos de futuros (i)
Ajuste diários - posição comprada
2.066.586
(1.557)
1.116.851
(606)
DI1
1.700.160
(4)
934.562
9
USD
191.877
(634)
89.192
(201)
DDI
174.549
(919)
93.097
(414)
Ajuste diários - posição vendida
525.405
1.905
334.070
1.033
DI1
47.835
(7)
45.992
(7)
USD
–
64
81.853
381
DDI
477.570
1.848
206.225
659
(i) Os ajustes diários, de contratos futuros, a receber no valor de R$ 620 (R$ 1.049 em 2011) e a pagar no valor de R$ 354 (R$ 622 em 2011), encontram-se registrados na rubrica de Negociação e Intermediação
de Valores.
As operações são custodiadas na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros ou na CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos.
A determinação dos valores de mercado de tais instrumentos financeiros derivativos é baseada nas cotações divulgadas pelas bolsas especializadas, e em alguns casos, quando da inexistência de liquidez ou mesmo de
cotações, são utilizadas estimativas de valores presentes e outras técnicas de precificação.
Foram adotadas as seguintes bases para determinação dos preços de mercado:
- Futuros e termos: cotações de mercado divulgadas pelas Bolsas;
- Swaps: o fluxo de caixa de cada uma de suas partes foi descontado a valor presente, conforme as correspondentes curvas de juros, obtidas com base nas taxas de juros da BM&FBOVESPA.
Banco Crédit Agricole Brasil S.A.
CNPJ nº 75.647.891/0001-71
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
31 de dezembro de 2012 e 2011 (Em milhares de reais)
Os instrumentos financeiros derivativos referentes às operações de swaps, termos e futuros por vencimento
têm a seguinte composição com base no valor nominal dos contratos:
2012
Até 3
De 3 a
De 1 a
De 3
De 5 a
meses 12 meses 3 anos a 5 anos 15 anos
Total
Compensação
Contratos de swap c/garantia
2.727
2.562
–
–
–
5.289
Contratos de swap s/garantia
183.476
737.555
–
– 1.086.313 2.007.344
Contratos de termo
484.431
494.239 22.707
–
– 1.001.377
Contratos de futuros
1.081.442 1.281.476 109.451 55.225
64.397 2.591.991
Total
1.752.076 2.515.832 132.158 55.225 1.150.710 5.606.001
Patrimonial - mercado
Contratos de swap
- Diferencial a receber
5.888
3.866
–
–
1.676
11.430
- Diferencial a pagar
(2.371)
(2.234)
–
–
(5.175)
(9.780)
Contratos de termo
- Diferencial a receber
7.597
6.223
–
–
–
13.820
- Diferencial a pagar
(7.213)
(6.624)
(249)
–
– (14.086)
Contratos de futuros
- Diferencial a receber
887
960
18
4
–
1.869
- Diferencial a pagar
(726)
(21)
(265)
(237)
(272)
(1.521)
Total
4.062
2.170
(496)
(233)
(3.771)
1.732
2011
Compensação
Até 3 meses De 3 a 12 meses De 1 a 3 anos
Total
Contratos de swap c/garantia
3.290
3.452
5.289
12.031
Contratos de swap s/garantia
80.334
77.770
474.900 633.004
Contratos de termo
247.001
302.060
– 549.061
Contratos de futuros
1.187.545
244.052
19.324 1.450.921
Total
1.518.170
627.334
499.513 2.645.017
Patrimonial - mercado
Contratos de swap
- Diferencial a pagar
(2.163)
(147)
(1.266)
(3.576)
- Diferencial a receber
–
965
1.144
2.109
Contratos de termo
- Diferencial a receber
4.831
32.005
–
36.836
- Diferencial a pagar
(4.615)
(1.977)
–
(6.592)
Contratos de futuros
- Diferencial a receber
516
533
–
1.049
- Diferencial a pagar
(616)
(2)
(4)
(622)
Total
(2.047)
31.377
(126)
29.204
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o resultado de operações com instrumentos
financeiros derivativos foi de:
2012
2011
Futuros
(6.674)
(25.317)
Swap
(3.430)
(6.600)
Termo
8.065
19.577
Total
(2.039)
(12.340)
6. Gerenciamento de riscos
Risco de crédito
Em uma operação financeira, o Risco de Crédito está relacionado com o risco da contraparte não ter
capacidade de cumprir suas obrigações contratuais, em especial pagamento de principal e juros nos prazos
predeterminados, ou ainda as garantias prestadas por esta contraparte não forem suficientes para cumprir
tais obrigações, gerando assim alguma perda para o Banco.
O Banco possui políticas de avaliação e gerenciamento de risco de crédito que estão em conformidade com
as normas internacionais do grupo Crédit Agricole e com a regulamentação vigente do Banco Central do
Brasil.
As políticas observam riscos relativos à concentração, concessão, exigência de garantias e prazos que não
comprometam a qualidade esperada da carteira, a qual é periodicamente avaliada pela alta administração.
O processo decisório é fundamentado através de Comitês e a estrutura de Análise e Gerenciamento de
Risco de Crédito é composta por Diretoria específica, sendo que o Banco possui sistemas e ferramentas
próprias de análise, mensuração e classificação dos riscos por qualidade (rating), submissão e aprovação
que, em conjunto com normas e procedimentos internos, minimizam os riscos operacionais inerentes à
atividade.
A política com a descrição da estrutura de gerenciamento de risco de crédito encontra-se disponível no site
www.ca-cib.com.br.
Risco de mercado
As perdas potenciais advindas de variações em preços de ativos financeiros, taxas de juros, moedas e índices
são monitoradas diariamente em relação aos limites operacionais atribuídos para a sensibilidade aos fatores
de risco, Valor em Risco (VaR) e testes de estresse. Adicionalmente, são realizadas simulações e projeções
de fluxos futuros para avaliação da mudança relativa à exposição ao risco.
A metodologia adotada para o cálculo do Valor em Risco utiliza simulação histórica, considerando 252 dias
de dados de retornos dos fatores de risco e grau de confiança de 99%, com um dia de holding period.
O teste de estresse é efetuado levando-se em consideração as variações severas de mercado. O teste de
aderência (back-testing) do modelo de Valor em Risco é efetuado através da comparação aos resultados
efetivamente auferidos.
Além das ferramentas tradicionais de risco de mercado, o Banco usa o instrumental de ALM (gerenciamento
de ativos e passivos). Essa ferramenta possibilita ter-se uma visão do impacto de variações de taxas de juros
no balanço do Banco e avaliar as interdependências entre as variações de taxa de juros e o volume dos
ativos e passivos do Banco.
Os limites aprovados pelo Comitê de Risco de Mercado são revisados, no mínimo, anualmente.
A política com a descrição da estrutura de gerenciamento de risco de mercado encontra-se disponível no
site www.ca-cib.com.br.
Fatores de risco de mercado
Os principais fatores de risco de mercado presentes no balanço são: taxa de juros prefixada, taxa de juros
vinculada aos índices SELIC, DI, exposição à variação cambial de moedas, libor, eulibor e cupom cambial.
O cálculo do valor de mercado segue critérios estritos de independência da área de Market Risk com relação
à coleta de preços referenciais de mercado e construção da estrutura a termo das diversas taxas de juros.
De modo genérico, o valor de mercado é a melhor estimativa do valor presente de um fluxo de caixa. Uma
vez possuindo os fluxos de caixa de toda a Instituição e os vários preços/estruturas de taxa de juros, efetuase o cálculo do valor de mercado.
Risco de liquidez
Risco de liquidez é relacionado ao descasamento da estrutura de ativos e passivos com relação aos fluxos
efetivos de pagamento destes. O controle de risco de liquidez é efetuado por meio da análise estática da
estrutura de descasamentos do Banco, especialmente no curto prazo. São efetuadas simulações desta
estrutura com estimativas de renovação de carteiras. Em paralelo, são analisados mensalmente indicadores
de liquidez oriundos dos saldos de contas do balanço. Por último são também efetuadas análises de cenário
de estresse voltado especificamente para liquidez.
Risco operacional
Definido pela Resolução 3.380 do Banco Central do Brasil de 29 de junho de 2006, como o risco de perda
resultante de falha ou inadequação de processos internos, sistemas, comportamento humano, ou ainda,
proveniente de eventos externos, que podem ocorrer em qualquer etapa de um processo operacional de
uma instituição financeira.
A área de Controles Permanentes e Risco Operacional do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. integra a
Diretoria de Risco e Controles Permanentes, sendo responsável pelas atividades de mapeamento dos
processos operacionais, identificação, avaliação e mitigação dos riscos identificados, além de exercer
controles permanentes sobre as demais áreas.
Através de reuniões regulares, a alta administração do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. discute os riscos
operacionais assim como as consequentes ações a serem implementadas, quando necessário.
A política com a descrição detalhada da estrutura de gerenciamento do risco operacional encontra-se
disponível no site www.ca-cib.com.br.
7. Operações de crédito e provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, as operações de crédito estão compostas como segue:
2012
2011
Empréstimos
43.558
69.680
Empréstimos-objeto de Hedge (nota 5b)
8.038
16.064
Títulos e créditos a receber (nota 9) (i)
160.353
202.044
Rendas a receber sobre adiantamentos concedidos (nota 8)
6.825
3.094
Adiantamentos sobre contratos de câmbio (nota 8)
410.702
300.713
Total
629.476
591.595
Marcação a mercado do objeto de hedge
87
168
Total
629.563
591.763
Circulante
629.212
500.250
Realizável a longo prazo
351
91.513
(i) Corresponde a nota de crédito de exportação (NCE) e a cédulas de crédito bancário.
a) Operações de crédito por setor de atividade
2012
2011
Setor privado
Rural
6.132
23.354
Indústria
287.559
248.277
Comércio
323.510
231.373
Serviços
12.200
87.959
Pessoas físicas
162
800
Total
629.563
591.763
b) Operações de crédito por faixa de vencimento
2012
2011
Até 3 meses
340.269
253.732
De 3 meses a 1 ano
288.943
247.871
De 1 ano a 3 anos
351
90.160
Total
629.563
591.763
c) Concentração dos principais devedores
2012
%
2011
%
10 maiores devedores
493.048
78,32%
412.259
69,67%
50 seguintes maiores devedores
136.515
21,68%
179.504
30,33%
Total
629.563
100,00%
591.763
100,00%
d) Composição da carteira por nível de risco
2012
Nível de
Valor da
provisão %
provisão
A vencer
Total
Nível
AA
562.051
562.051
–
A
38.715
38.715
0,5%
194
B
28.797
28.797
1%
288
Total
629.563
629.563
482
2011
Nível de
Valor da
provisão %
provisão
A vencer
Total
Nível
AA
489.762
489.762
–
A
77.702
77.702
0,5%
388
B
24.299
24.299
1%
243
Total
591.763
591.763
631
e) Movimentação da provisão para devedores duvidosos
2012
2011
Saldo no início do exercício
(631)
(488)
Constituições
–
(720)
Reversões
149
577
Saldo no final do exercício
(482)
(631)
8. Carteira de câmbio
2012
2011
Ativo
Direitos sobre vendas de câmbio
296.996
182.351
(–) Adiantamento em M.N. recebidos
(138)
–
(–) Adiantamento em M.E. recebidos
(4.860)
–
Câmbio comprado a liquidar
691.708
518.917
Rendas a receber s/adiantamentos de contratos de câmbio (nota 7)
6.825
3.094
Total
990.531
704.362
Passivo
Câmbio vendido a liquidar
296.941
193.880
Obrigações por compras de câmbio
655.158
474.589
(–) Adiantamentos sobre contratos de câmbio (nota 7)
(410.702)
(300.713)
Total
541.397
367.756
9. Outros créditos - Diversos
2012
2011
Circulante
Impostos e contribuições a compensar
76
28
Créditos tributários (nota 24b)
7.439
–
Adiantamentos e antecipações salariais
780
456
Valores a receber de sociedades ligadas (nota 11a)
1.248
856
Títulos e créditos a receber (nota 7)
160.353
127.874
Outros
1.115
636
Total
171.011
129.850
Realizável a longo prazo
Créditos tributários (nota 24b)
412
6.057
Impostos e contribuições a compensar
6.505
6.590
Devedores por depósito em garantia (i)
5.518
4.477
Títulos e créditos a receber (nota 7)
–
74.170
Total
12.435
91.924
(i) Os devedores por depósitos em garantia correspondem, substancialmente, a depósitos judiciais
referentes à defesa de processos judiciais envolvendo o Banco (nota 20).
10. Investimentos em controladas e coligadas
Crédit Agricole
Corporate
Crédit
Finance Brasil
Agricole
Consultoria
Brasil S.A.
DTVM (i) Financeira Ltda. (ii) Total
Capital social em 31 de dezembro de 2012
163.173
23.750
Ações/quotas possuídas (quantidades)
5
1.899.981
Patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2012
34.608
17.378
(Prejuízo) líquido
Exercício de 2012
(21.181)
(3.519)
Participação em 31 de dezembro de 2012
0,000003%
99,999%
Resultado de equivalência Exercício 2012
–
(3.519) (3.519)
Valor do investimento baseado na equivalência
patrimonial em 31 de dezembro de 2012
–
17.378 17.378
(i) Coligada
(ii) Controladas
11. Transações com partes relacionadas
a) Empresas controladas e ligadas
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os saldos das transações entre partes relacionadas,
são os seguintes:
2012
2011
Ativo/
Receitas/
Ativo/
Receitas/
Disponibilidades
(Passivo) (Despesas) (*) (Passivo) (Despesas) (*)
Crédit Agricole CIB - Paris
1.818
–
613
–
Valores a receber sociedades ligadas
CA Corporate Finance Brasil
58
673
126
1.414
Crédit Agricole CIB - New York
676
–
–
(11)
Crédit Agricole Brasil S/A DTVM
514
3.601
500
3.659
Crédit Agricole CIB - Paris
–
2.057
–
1.057
Newedge
–
546
230
1.195
Outros créditos
Crédit Agricole CIB - London
247.696
5.533 171.777
4.346
Depósitos à vista
CA Corporate Finance Brasil
(327)
–
(153)
–
Crédit Agricole Brasil S/A DTVM
(20)
–
(70)
–
Indosuez W. I. C. S. (Brazil) DTVM
(106)
–
(72)
–
Depósitos interfinanceiros
Indosuez W. I. C. S. (Brazil) DTVM
–
(92)
(3.032)
(323)
Depósitos a prazo
CA Corporate Finance Brasil
–
(49)
(2.611)
(422)
Operações compromissadas
Crédit Agricole Brasil S/A DTVM
–
(2.114)
–
(11.575)
Obrigações por emissão LCA
Indosuez W. I. C. S. (Brazil) DTVM
(2.861)
(405)
–
–
CA Corporate Finance Brasil
(14.052)
(630)
–
–
Valores a pagar sociedades ligadas
Crédit Agricole CIB - Paris
(3.731)
(3.828)
(2.415)
(2.415)
Dívida subordinada
Crédit Agricole CIB - Paris
(20.495)
(2.383) (18.817)
(2.670)
Empréstimos no exterior
Crédit Agricole CIB - New York
(442.526)
(258.644) (424.223)
(474.563)
Outras obrigações
Crédit Agricole CIB - London
(239.602)
11.581 (180.753)
(14.988)
(*) O resultado das operações realizadas em moeda estrangeira inclui a variação cambial do exercício.
As transações entre partes relacionadas foram realizadas de acordo com os prazos e condições usuais de
mercado, considerando a redução de risco nas mesmas.
b) Remuneração do pessoal-chave da administração
A remuneração total do pessoal-chave da administração para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012
foi de R$ 5.776 (R$ 8.005 em 2011), a qual é considerada benefício de curto prazo.
12. Depósitos e captações no mercado aberto
À vista e outros
Interfinanceiros
A prazo
2012
2011
2012
2011
2012
2011
Sem vencimento
2.706
3.373
–
–
–
Até 3 meses
–
–
131.770
3.032
199.493
14.324
De 3 a 12 meses
–
–
–
–
70.415
92.907
De 1 a 3 anos
–
–
–
–
140.821
58.139
Total
2.706
3.373
131.770
3.032
410.729 165.370
13. Obrigações por empréstimos
2012
2011
Até 3 meses
438.948
231.871
De 3 a 12 meses
3.578
192.352
Total
442.526
424.223
As obrigações por empréstimos no exterior referem-se à captação de linhas para financiamento às
exportações junto ao Grupo Crédit Agricole (nota 11a), remuneradas por taxas e condições de mercado.
14. Recursos de aceites e emissão de títulos
Letras
Financeiras
Letras de Crédito Agrícola
2012
2011
2012
Até 3 meses
273.428
109.117
–
De 3 a 12 meses
62.409
4.112
–
De 1 a 3 anos
–
–
162.407
Total
335.837
113.229
162.407
15. Outras obrigações
a) Fiscais e previdenciárias
2012
2011
Circulante
7.253
15.862
Impostos e contribuições a recolher
5.140
10.752
Impostos e contribuições sobre os lucros
2.113
5.110
Exigível a longo prazo
3.537
2.916
Impostos e contribuições a recolher
2.401
1.962
Provisão para riscos fiscais (nota 23b)
1.136
954
10.790
18.778
b) Sociais e estatutárias
Em 31 de dezembro de 2012, o montante de R$ 20.666 (R$ 33.921 em 2011) está composto por 1.182
(R$ 1.144 em 2011) referente a provisão para participação dos empregados nos lucros e resultados e R$
19.484 (R$ 32.777 em 2011) referente a provisão de dividendos e juros sobre o capital próprio a distribuir.
Os juros sobre capital próprio foram calculados com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), nos
termos do artigo 9º da Lei 9.249/95. O valor total bruto é de R$ 22.922 (R$ 22.746 em 2011), tendo sido
retido IR no montante de R$ 3.438 (R$ 3.412 em 2011).
c) Dívida subordinada
A dívida subordinada no valor de R$ 20.495 (R$ 18.817 em 2011), firmada com Crédit Agricole Corporate
and Investment Bank - France em 25 de maio de 2005, cujo vencimento é junho de 2015, está sujeita a
encargos financeiros de taxa Libor mais juros, que são pagos trimestralmente.
d) Diversas
2012
2011
Valores a pagar - ligadas (Nota 11a)
3.731
2.415
Despesas com pessoal
9.482
11.101
Despesas administrativas
2.271
1.735
Outros valores a pagar
643
592
Provisão para passivos contingentes (Nota 23b)
308
–
Total
16.435
15.843
Circulante
16.127
15.843
Realizável a longo prazo
308
–
16. Capital social e dividendos
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 o capital social de R$ 684.495 está representado por 9.238.140.142
ações sem valor nominal, sendo 8.667.807.956 ações ordinárias e 570.332.186 ações preferenciais, sem
direito de voto.
A destinação dos lucros é de no mínimo 10% para dividendos e/ou remuneração de juros sobre capital
próprio limitado à variação da TJLP ou 50% do lucro disponível, o que for menor.
Foi deliberado através de Assembleia Geral Extraordinária realizada em 20 de dezembro de 2012, o pagamento
de Juros sobre o Capital Próprio no montante de R$ 22.922 (R$ 22.746 em 2011) R$ 19.484 líquido de Imposto
de Renda (R$ 19.334 em 2011), calculados com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), nos termos do
artigo 9º da Lei 9.249/95. O benefício fiscal decorrente da distribuição de juros sobre o capital próprio reduziu os
encargos de imposto de renda e contribuição social do exercício no montante de R$ 9.169.
a) Reserva legal
Constituída ao final de cada exercício social na forma prevista na legislação societária brasileira, podendo
ser utilizada para compensação de prejuízos ou para aumento de capital social.
b) Reserva estatutária
Destinada a futuro aumento do capital social e constituída do resultado do período após a destinação da
reserva legal e dividendos ou juros sobre o capital próprio, quando distribuídos.
17. Receita de prestação de serviços
2012
2011
Prestação de serviços - ligadas (nota 11a)
4.538
4.446
Fianças prestadas
1.017
1.300
Serviços de custódia
92
289
Rendas de garantias prestadas
719
1.229
Comissão de colocação de títulos
–
891
Comissão assessoria financeira
1.155
32
Comissão de agente administrativo
119
–
Rendas de outros serviços
619
421
Total
8.259
8.608
18. Outras receitas operacionais
2012
2011
Recuperação de encargos e despesas
35
373
Reversão de provisão - PLR
–
2.385
Variações monetárias
660
2.785
Variações monetárias (nota 11)
217
26
Reversão de provisão
8.566
2.033
Outras rendas operacionais
441
29
Total
9.919
7.631
19. Outras despesas operacionais
2012
2011
Despesas com atualizações de provisões
–
(372)
Variações monetárias serviços
(363)
(116)
Juros/multas s/impostos
(59)
(1.313)
Outras despesas operacionais
(734)
(37)
Total
(1.156)
(1.838)
20. Outras despesas administrativas
Prestação de serviços - ligadas (nota 11a)
Reembolso por despesas administrativas - ligadas (nota 11a)
Serviços técnicos
Processamento de dados
Aluguéis
Serviços do sistema financeiro
Viagens
Comunicação
Depreciação e amortização
Manutenção
Transportes
Material
Água, energia e gás
Publicações
Serviços de terceiros
Outras despesas administrativas
Total
21. Despesas de pessoal
Proventos
Encargos
Honorários
Benefícios
Outras
Total
22. Despesas tributárias
2012
(3.570)
2.349
(3.919)
(2.027)
(739)
(1.249)
(966)
(854)
(424)
(334)
(148)
(135)
(134)
(89)
–
(1.806)
(14.045)
2011
(4.879)
5.415
(2.984)
(2.040)
(656)
(1.180)
(859)
(862)
(454)
(491)
(143)
(161)
(133)
(291)
(85)
(1.168)
(10.971)
2012
(24.771)
(10.684)
(3.854)
(3.828)
(700)
(43.837)
2011
(20.966)
(9.439)
(5.428)
(3.532)
(836)
(40.201)
2012
2011
COFINS
(3.336)
(4.588)
PIS
(542)
(745)
ISS
(181)
(221)
Outras despesas tributárias
(657)
(388)
Total
(4.716)
(5.942)
23. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais, fiscais e previdenciárias
a) Ativos contingentes
O Banco possui registrado em seu ativo o montante de R$ 2.564 (R$ 2.505 em 2011), referente ao PIS
recolhido a maior no exercício de 1995, cuja decisão foi favorável ao Banco no Supremo Tribunal de Justiça
e R$ 3.942 (R$ 4.081 em 2011) referente à compensação de créditos decorrentes do recolhimento indevido
da alíquota excedente de 0,5% do Finsocial, no período de setembro 1989 a março 1993, com os valores
devidos a título de CSSL.
b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais
As provisões para processos fiscais e previdenciários são representadas por processos judiciais e
administrativos de tributos federais e são compostos por obrigações legais e passivos contingentes.
Em 31 de dezembro de 2012, o Banco mantém o montante de R$ 1.444 (R$ 954 em 2011) registrado
como provisão para contingência; montante este que julgado suficiente pela Administração para cobrir
eventuais perdas, sendo R$ 1.029 referente à discussão da constitucionalidade sobre o percentual utilizado
para cálculo do SAT - Seguro de Acidente de Trabalho sobre a folha de pagamento, R$ 107 referente outros
tributos federais, R$ 2 referente a contingências trabalhistas e R$ 306 referente a outros passivos
contingentes.
A movimentação das provisões para contingências no exercício está abaixo apresentada:
2012
2011
Saldo no início do exercício
954
643
Constituições
593
366
Pagamentos
–
(25)
Reversões/realizações
(103)
(30)
Saldo no final do exercício
1.444
954
c) Passivos contingentes classificados como perdas possíveis
Não há passivos contingentes classificados como perdas possíveis em 31 de dezembro de 2012 e 2011.
d) Órgãos reguladores
Não existem processos administrativos em curso por parte do Sistema Financeiro Nacional que possam
impactar representativamente o resultado e as operações do Banco.
24. Imposto de renda e contribuição social
a) Composição das despesas com impostos e contribuições
a.1) Demonstrativo de imposto de renda e contribuição social
2012
2011
Despesa de imposto de renda - corrente
(4.946)
(11.152)
Despesa de contribuição social - corrente
(3.000)
(6.730)
Ativo fiscal diferido de imposto de renda
1.121
1.173
Ativo fiscal diferido de contribuição social
673
703
(6.152)
(16.006)
a.2) Reconciliação do imposto de renda e contribuição social
2012
2011
Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações
30.259
55.245
Imposto de renda - Alíquotas de 15% e 10% (i)
(7.541)
(13.787)
Contribuição social - Alíquota de 15%
(4.539)
(8.287)
Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos:
5.928
6.068
Provisão juros sobre capital próprio
9.169
9.098
Participação nos lucros
(474)
2.284
Provisão para gratificações
(1.396)
(2.430)
Equivalência patrimonial
(1.408)
(2.474)
Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis
(1.596)
–
Outras adições
1.633
(410)
Imposto de renda e contribuição Social do exercício
(6.152)
(16.006)
(i) Aplica-se a alíquota adicional de 10% sobre o lucro excedente a R$ 240 no exercício.
b) Créditos tributários
Os créditos tributários de impostos e contribuições foram constituídos sobre e diferenças temporariamente
indedutíveis.
Em atendimento ao requerido pela Resolução nº 3.059 de 20 de dezembro de 2002, alterada pela
Resolução nº 3.355 de 31 de março de 2006, ambas do Banco Central do Brasil, o incremento, reversão ou
a manutenção dos créditos tributários deverá ser avaliada periodicamente, tendo como parâmetro a
apuração de lucro tributável para fins de imposto de renda e contribuição social em montante que justifique
os valores registrados.
Os créditos tributários apresentaram a seguinte movimentação:
Saldo ConstiReali- Saldo
2011 tuições zações
2012
Descrição
Imposto de renda - Diferenças temporárias
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
158
–
(37)
121
Marcação a mercado TVM e derivativos
507
1.275
– 1.782
Participações no lucro
286
296
(286)
296
Gratificação
2.046
1.573 (2.046) 1.573
Outras adições e exclusões
789
346
– 1.135
Total
3.786
3.490 (2.369) 4.907
Contribuição social - Diferenças temporárias
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
95
–
(23)
72
Marcação a mercado TVM e derivativos
304
765
– 1.069
Participações no lucro
172
178
(172)
178
Gratificação
1.227
944 (1.227)
944
Outras adições e exclusões
473
208
–
681
Total
2.271
2.095 (1.422) 2.944
A realização dos créditos tributários está estimada da seguinte forma:
2012
2013
2014
Total
Imposto de renda
4.649
258
4.907
Diferenças temporárias
4.332
221
4.553
Valor presente
Contribuição social
2.790
154
2.944
Diferenças temporárias
2.599
132
2.731
Valor presente
7.439
412
7.851
Total diferenças temporárias
6.931
353
7.284
Total valor presente
2011
2012
2013
Total
Imposto de renda
Diferenças temporárias
3.563
223
3.786
Valor presente
3.206
180
3.386
Contribuição social
Diferenças temporárias
2.137
134
2.271
Valor presente
1.923
108
2.031
Total diferenças temporárias
5.700
357
6.057
Total valor presente
5.129
288
5.417
Em 31 de dezembro de 2012 os créditos tributários apresentados, segundo as projeções da administração,
deverão ser realizados nos seguintes períodos:
Até 1 ano
Até 2 anos
95,15%
4,85%
A Administração, com base nas suas projeções de resultados, entende que irá auferir resultados tributáveis
em até dois anos para absorver os créditos tributários registrados nas demonstrações financeiras. Essa
estimativa é periodicamente revisada, de modo que eventuais alterações na perspectiva de recuperação
desses créditos sejam tempestivamente consideradas nas demonstrações financeiras. O valor presente do
crédito tributário é estimado em R$ 7.284 (R$ 5.417 em 2011) utilizando a taxa média de custo de
captação estipulada para os respectivos períodos.
As obrigações fiscais diferidas terão sua realização com base nos resultados futuros de marcação a mercado
pelo vencimento dos instrumentos financeiros derivativos. A administração acredita que as obrigações
fiscais diferidas registradas em 31 de dezembro de 2012, tenham sua realização futura até o ano de 2013.
25. Avais, fianças e garantias concedidas a terceiros
A responsabilidade por avais, fianças e garantias concedidas a terceiros, em 31 de dezembro de 2012,
montam a R$ 222.196 (R$ 263.013 em 2011).
26. Gerenciamento de capital e limites operacionais
O gerenciamento de capital compreende:
a) Monitoramento e controle de capital mantido pela instituição face aos limites mínimos de capital;
b) Plano de capital para fazer face aos riscos a que a instituição está sujeita, considerando os objetivos
estratégicos nos próximos 3 anos; e
c) Testes de estresse e avaliação dos seus impactos sobre o capital.
A estrutura de gerenciamento de capital auxilia a Administração quanto à gestão da instituição por meio
de informações tempestivas e suficientes, fornecendo prospectivamente uma visão do capital necessário
para suportar os riscos incorridos pela instituição, utilizando simulações de cenários que levam em conta as
mudanças nas condições de mercado e as estratégias de negócio. As políticas e estratégias para o
gerenciamento de capital são revisadas no mínimo anualmente pela Administração.
O índice da Basiléia para 31 de dezembro de 2012, é de 23,47% (27,04% em 2011) e o quadro abaixo
demonstra a apuração do Patrimônio de Referência Exigido - PRE pela nova fórmula de cálculo:
2012
2011
Risco de crédito
298.399
282.382
Risco de taxas de juros
47.917
4.649
18.163
17.154
Risco operacional
Patrimônio de referência exigido (PRE)
364.479
304.185
Patrimônio de referência
777.557
747.789
1.976
1.792
Risco da carteira Banking
Margem de patrimônio
411.102
441.812
Em atendimento à Circular nº 3.477/2009 do Banco Central do Brasil, as informações relativas à Gestão de
Riscos, ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE), e à adequação do Patrimônio de Referência (PR) do
conglomerado Crédit Agricole, estão disponíveis no site www.ca-cib.com.br.
A Diretoria
José Luiz Gonzaga - CRC 1SP 132371/O-5
Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria
Os membros efetivos do Comitê de Auditoria do Banco Crédit Agricole Brasil S.A., instituído por
dispositivo estatutário, em conformidade com a Resolução 3.198 de 27 de Maio de 2004 do Banco Central
do Brasil, tem na designação de suas atividades a supervisão e avaliação do desempenho da auditoria
interna, do desempenho e independência dos Auditores Independentes, de auxiliar na estruturação,
desenvolvimento e eficácia dos Controles Internos, além da análise e avaliação das demonstrações
contábeis incluindo-se notas explicativas.
O Comitê de Auditoria pôde verificar que os trabalhos desenvolvidos pelas Auditorias Internas e Externas
possuem transparência e qualidade, constataram a exatidão de todos os elementos apreciados e que as
demonstrações financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, refletem,
adequadamente, a situação patrimonial, a posição financeira e as atividades desenvolvidas no período,
onde não foram identificados descumprimentos das práticas contábeis adotadas no Brasil.
São Paulo, 25 de março de 2013
Comitê de Auditoria
Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras
Aos
Administradores e Acionistas do
Banco Crédit Agricole Brasil S.A.
São Paulo - SP
Examinamos as demonstrações financeiras do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. (“Banco”), que
compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as respectivas demonstrações do
resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data,
assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras
A Administração do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações
financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN e pelos controles internos que ela determinou como
necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante,
independente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos Auditores Independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em
nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas
requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada
com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção
relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito
dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados
dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas
demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos,
o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das
demonstrações financeiras do Banco para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas
circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos do Banco.
Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade
das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das
demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. em
31 de dezembro de 2012, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo
naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
São Paulo, 20 de março de 2013
ERNST & YOUNG TERCO
Auditores Independentes S.S.
CRC-2SP015199/O-6
Eduardo Braga Perdigão
Contador
CRC-1CE013803/O-8 “S”-SP

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