IL CAPPELLO DI PAGLIA DI FIRENZE (NINO ROTA)

Transcrição

IL CAPPELLO DI PAGLIA DI FIRENZE (NINO ROTA)
 IL CAPPELLO DI PAGLIA DI FIRENZE
(NINO ROTA)
9, 10 E 14 DE OUTUBRO ÀS 20H
13 DE OUTUBRO ÀS 16H
Il Cappello di Paglia di Firenze, ópera buffa do compositor
italiano Nino Rota é resposta no palco do Teatro Nacional
de São Carlos a partir de dia 9 de outubro, às 20h,
retomando o sucesso verificado na estreia, na Temporada
de 2010/2011.
O conhecido compositor italiano, que trabalhou com 68
realizadores e foi responsável pela banda sonora de uma
extensa filmografia, assina a música desta farsa em quatro
atos, composta em 1955.
A ópera remete-nos para Paris, num episódio
aparentemente inócuo vem perturbar o dia do casamento
entre Fadinard e Elena: o cavalo do noivo acaba de comer
o chapéu de palha de uma senhora que o pousara por
momentos no ramo de uma árvore. O chapéu, apesar de
não se lhe adivinhar grande valor, deverá ser por alguma
razão importante, uma vez que a sua dona, Anaide (na
verdade, Madame Beaupertuis), vem reclamá-lo com
veemência à residência de Fadinard, onde se prepara a
boda, secundada pelo seu amante armado de uma pistola.
Dada a natureza da invetiva, Fadinard não tem como não
partir em busca de um chapéu idêntico. Na sua
missão, é seguido pelos convidados do seu casamento –
ensejo para os mais variados episódios cómicos, no
espírito da tradição da opera buffa italiana – e acaba por
descobrir, na casa dos Beaupertuis, que o bendito chapéu
havia sido oferecido a Anaide (Madame Beaupertuis)
pela sua tia, a baronesa de Champigny. As circunstâncias
duvidosas em que Madame Beaupertuis teria usado
chapéu – num encontro com um amante – impediam-na
de explicar como o perdera, o que provoca a desconfiança
de Beaupertuis e lança a confusão geral. A complexidade
do enredo contrasta com a simplicidade do seu desenlace:
in extremis, tudo se resolve visto que um dos presentes
recebidos pelos noivos, logo na primeira cena, é um
chapéu de palha muito idêntico ao comido pelo cavalo.
A encenação é novamente de Fernando Gomes, a
cenografia de João Mendes Ribeiro, os figurinos de Rafaela
Mapril e o desenho de luz de Paulo Sabino.
O Maestro João Paulo Santos dirige a Orquestra Sinfónica
Portuguesa, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e o
elenco integralmente português, composto por Mário João
Alves, José Fardilha, João Merino, Lara Martins, Dora
Rodrigues, Maria Luísa de Freitas, Ana Franco, Carlos
Guilherme, Marco Alves dos Santos, João Sebastião, José
Lourenço e André Baleiro.
As restantes récitas são apresentadas nos dias 10 e 14, às
20h, e no dia 13, às 16h.
Nino Rota
O nome de Nino Rota está associado à composição
musical para cinema na Itália do pós-guerra, sobretudo
com as parcerias efetuadas com Federico Fellini.
A sua produção musical abarcou, no entanto, vários
géneros musicais apresentados desde a sala de concertos
ao teatro de ópera, marcada por uma estética e processos
de composição ecléticos.
Nino Rota iniciou a composição da fará em quatro atos, Il
Cappello di Paglia di Firenze, em 1945, terminando apenas
em 1955 devido à pressão exercida por Simone Cuccia,
diretor do Teatro Massimo em Palermo. A estreia da ópera
foi um sucesso estrondoso e imediato, tendo circulado por
toda a Itália e estrangeiro, recebendo sempre boas críticas.
O enredo assenta num episódio cómico, centrado na
personagem Fadinard, um jovem nubente que, no dia da
sua boda com a amada Elena, se vê aflito porque o seu
cavalo comeu o chapéu de palha de Anaide enquanto esta
se encontrava com seu amante Emílio. Receosa de que seu
marido, Sr. Beaupertuis desconfiasse, exigiu um chapéu
igual. Fadinard inicia a busca, que o leva à casa da
baronesa de Champigny, onde vários mal entendidos o
conduzem à residência da Sra. Beaupertuis, que descobre
ser Anaide, colocando em risco a sua boda. Tudo termina
bem quando o tio surdo do protagonista lhe oferece como
prensa de casamento um Chapéu de palha, salvando a
boda.
Destaca-se desta farsa a habilidade no tratamento da
instrumentação e o sentido dramatúrgico do compositor e
co-autor do libreto, conseguindo um equilíbrio entre o
dinamismo e unidade que se apoia numa estrutura que
evoca o veaudeville, a ópera buffa e opereta.
João Paulo Santos
Direção musical
Nascido em Lisboa em 1959, concluiu o curso superior de
Piano no Conservatório Nacional desta cidade na classe de
Adriano Jordão. Trabalhou ainda com Helena Costa, Joana
Silva, Constança Capdeville, Lola Aragón e Elizabeth
Grümmer. Na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste
Gulbenkian aperfeiçoou-se em Paris com Aldo Ciccolini
(1979-84).
A sua carreira atravessa os últimos 36 anos da biografia do
Teatro Nacional de São Carlos onde principiou como
correpetidor (1976), função que manteve durante a
permanência em Paris. Seguiu-se o cargo de Maestro
Titular do Coro (1990-2004); desempenha atualmente as
funções de Diretor de Estudos Musicais e Diretor Musical
de Cena.
O seu percurso artístico distingue-se em três áreas. Estreouse na direção musical em 1990 com The Bear (W. Walton),
encenada por Luís Miguel Cintra, para a RTP. Tem dirigido
obras tão diversas quanto óperas para crianças (Menotti,
Britten, Henze e Respighi), musicais (Sondheim), concertos
e óperas nas principais salas nacionais. Estreou em
Portugal, entre outras, as óperas Renard (Stravinski), Hanjo
(Hosokawa), Pollicino (Henze), Albert Herring (Britten),
Neues vom Tage (Hindemith), Le Vin Herbé (Martin) e The
English Cat (Henze) cuja direção musical foi reconhecida
com o Prémio Acarte 2000. Destacam-se ainda as estreias
absolutas que fez de obras de Chagas Rosa, Pinho Vargas,
Eurico Carrapatoso e Clotilde Rosa.
Como pianista apresenta-se a solo, em grupos de câmara e
em duo, nomeadamente, com Irene Lima e Bruno
Monteiro. Concertos e recitais por todo o país com
praticamente todos os cantores portugueses preenchem
regularmente o seu calendário. A recuperação e reposição
do património musical nacional ocupam um lugar
significativo na sua carreira sendo responsável pelas áreas
de investigação, edição e interpretação de obras dos
séculos XIX e XX. São exemplos as óperas Serrana, Dona
Branca, Lauriane e O espadachim do outeiro, que já foram
encenadas no Teatro Nacional de São Carlos e no Centro
Cultural Olga Cadaval. Fez inúmeras gravações para a RTP
e gravou discos com um repertório diverso desde canções
do Chat Noir aos clássicos (Saint-Saëns e Liszt), passando
por Satie, Martinů, Poulenc, Freitas Branco e Jorge
Peixinho. Colabora como consultor ou na direção musical
em espetáculos de prosa encenados por João Lourenço e
Luís Miguel Cintra.
Fernando Gomes
Encenação
Nascido no Porto, em
1944, Fernando Gomes
iniciou a sua atividade
como ator em 1974. Fez
parte dos elencos do Teatro
Experimental de Cascais, Casa da Comédia, Bando,
Comuna, Teatro da Graça, Teatro Aberto, Escola de
Mulheres, Teatro da Garagem e Teatro Nacional D. Maria
II. A partir de 1980 começou a escrever, encenar e
produzir os seus próprios espetáculos. Em 1984 recebeu o
Troféu Nova Gente para o Melhor Ator de Teatro Musical,
em 1989 o Prémio Prestígio, da Imprensa Nacional, e em
1991 o Prémio Especial de Humor, do V Salão Nacional
de Caricatura.
Colabora como autor e encenador no Teatro de Animação
de Setúbal, Grupo Persona, Novo Grupo, Chapitô,
Teatroesfera, Seiva Trupe, Teatro da Malaposta e Teatro do
Noroeste. É autor das versões em português de três óperas
de Jacques Offenbach, que também encenou: Ba-ta-clan,
O principado de Tulipatan e As madames do Bolhão. Em
2007 encenou A vingança da cigana, e em 2011, no Teatro
Nacional de São Carlos, a ópera de Nino Rota O chapéu
de palha de Itália.
Foi diretor artístico do TIL e autor das versões musicais que
encenou nessa companhia. Por esse trabalho desenvolvido
para a infância e juventude foi nomeado para os Globos de
Ouro 96, como Personalidade do Ano.
Em 2007 encenou uma versão da ópera Il barbiere di
Siviglia, que recebeu do Guia dos Teatros o Prémio de
Teatro 2007 para o melhor espetáculo infantil. Em 2004 foi
convidado pela Escola Superior de Teatro e Cinema para
encenar UBU, com os alunos do 3.º ano do Curso de
Teatro. Em 2013 encenou Du bocage in love, com os
alunos da Escola Técnica de Imagem e Comunicação.
Cofundador e diretor artístico da KlássiKus, a partir de
2006 e em estreita colaboração com o Centro Cultural da
Malaposta tem desenvolvido duas vertentes fundamentais:
uma que se encontra dedicada ao seu interesse pelo teatro
para crianças e outra que dentro de um teatro com laivos
de farsa e de comédia pretende dar a conhecer, sempre de
uma forma lúdica, alguns dos grandes autores de clássicos
da literatura e do teatro.
Rua Sésamo, Visita inoportuna, Por alma de Negreiros,
Paris Hotel, A maluquinha de Arroios e A minha família é
uma animação, são alguns dos inúmeros trabalhos que fez
para a televisão. Pela sua interpretação na novela Todo o
tempo do mundo, recebeu o Prémio Pateota 2000.
Direção musical
João Paulo Santos
Encenação
Fernando Gomes
Cenografia
João Mendes Ribeiro
Figurinos
Rafaela Mapril
Desenho de luz
Paulo Sabino
Fadinard, jovem abastado
Mário João Alves
Nonancourt, agricultor
José Fardilha
Beaupertuis
Luís Rodrigues
Elena, filha de Nonancourt
Lara Martins
Anaide, mulher de Beaupertuis
Dora Rodrigues
A Baronesa de Champigny
Maria Luísa de Freitas
Vézinet, o tio surdo
Carlos Guilherme
Emilio, o oficial
João Merino
Felice, mordomo de Fadinard
Marco Alves dos Santos
A modista
Ana Franco
Achille di Rosalba
João Sebastião
Um guarda
José Lourenço
Um cabo da guarda
André Baleiro
Minardi, o violinista famoso
Alberto Lobo da Silva
No próximo dia 7 de outubro, pelas 15 horas realiza-se o ensaio geral desta ópera, aberto à
imprensa. Gostaríamos de contar com a sua presença.
Caso necessitem de fotografias poderão descarregá-las no site www.saocarlos.pt na área
reservada à imprensa, com a palavra-chave: tnsc_2013 .
Para qualquer informação adicional ou marcação de entrevistas poderão contactar-me.
Agradeço desde já o Vosso apoio na divulgação desta ópera.
Obrigada,
Joana Camacho
[email protected]
Tel: 213253092
Telm: 967864250