programa de revestmentos poliédrico - DAER

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programa de revestmentos poliédrico - DAER
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM – DAER/RS
PROGRAMA DE REVESTMENTOS
POLIÉDRICO
DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
JUNHO – 1993
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM – DAER/RS
PROGRAMA DE REVESTMENTOS
POLIÉDRICO
DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
JUNHO - 1993
PREFÁCIO
PREFÁCIO
Com a criação do Programa de Revestimento Poliédrico, o Governo do Estado do
Rio Grande do Sul, através da Secretaria dos Transportes e do Departamento
Autônomo de Estradas de Rodagem - DAER/RS, apresenta aos Senhores
Prefeitos Municipais um desafio.
Trata-se de, com parcos recursos, dar condições permanentes de trafegabilidade a
rodovias municipais de baixo volume de trafego.
Nessa idéia, unem-se as potencialidades criadoras das comunidades,
representadas pelo Srs. Prefeitos Municipais, os recursos financeiros do Estado e
a capacidade técnica do DAER, em beneficio de uma maior e melhor garantia de
escoamento da produção.
As rodovias assim revestidas poderão, no futuro, serem capeadas por misturas
asfálticas.
Instado a conceber o Programa, o Corpo Técnico do DAER superou-se.
Preocupado com complexos conceitos matemáticos, dedicado à Teoria da
Elasticidade, a ensaios tecnológicos sofisticados, a métodos de dimensionamento
de pavimentos, teve que dar a luz a um Programa de extrema simplicidade. Para
isso, buscou subsídios na experiência do Departamento de Estradas de Rodagem
do estado do Paraná/DER-PR, onde programa similar vem sendo desenvolvido, há
já alguns anos, com excelentes resultados. Este apoio foi fundamental, e a
oportunidade de ver o desempenho de trechos já revestidos levou nossos técnicos
a convicção de que, neste momento histórico, o REVESTIMENTO POLIÉDRICO
constitui, de fato, uma solução adequada e capaz de melhorar os padrões de
conforto das redes rodoviárias municipais.
A Direção do DAER registra o fato com satisfação, uma vez que, sob seu ponto de
vista, lidera uma equipe que responde aos desafios, não importando a maior ou
menor complexidade técnica do problema. O que realmente importa é produzir o
máximo, com os recursos disponíveis. Deseja também agradecer ao DER-PR pela
inestimável colaboração.
Este é o sentido do nosso Programa de Revestimento Poliédrico. Seu sucesso
dependera da receptividade que os Senhores Prefeitos Municipais derem ao
chamamento do DAER.
A DIREÇÃO
Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem
Conselho Executivo
* D E C I S Ã O Nº 21.194 *
Sessão Ordinária nº 2.965, dia 05 de julho de 1993.
O CONSELHO EXECUTIVO DO DAER, regularmente reunido em Sessão desta
data e no uso de suas atribuições legais, tendo presente o proces-so
CE-19.735(02.760/92-3) no qual a Diretoria-Geral encaminha ao
Conselho, para fins de apreciação, o PROGRAMA DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO e ESPECIFICAÇÕES, elaborado pelo DAER/RS/DP — SPR — UNP,'
CONSIDERANDO os elementos constantes do processo; CONSIDERANDO O
relato expendido em Plenário pelo Conselheiro Relator José Francisco
Duarte Néto, cujos fundamentos acolhe, por unanimidade,
D E C I D E:
- aprovar o PROGRAMA DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO E ESPECIFICAÇÕES,
elaborado pelo DAER/RS/DP – SPR – UNP, incluso no processo n°
02.760/92-3. CONSELHO EXECUTIVO DO DAER, em 05 de julho de 1993. -
Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem
Diretoria Geral
GDG/582/93
Porto Alegre, 06 de julho de 1993.
Senhor Presidente:
Pelo presente, estamos agradecendo a es-sa
prestigiada Associação, pela sua contribuição na elabora- ção do
Programa
de
Revestimento
Poliédrico
e
Especificações,
especialmente na indicação e participação do Eng° Flavio
Maestri, que muito contribuiu para que o referido programa
chegasse a bom termo e fosse aprovado por unanimidade em réunião do Conselho Executivo deste Departamento.
Com os votos de uma feliz
reção da AGEC, subscrevemo-nos, atenciosamente.
Ilustríssimo Senhor
Eng° Athos Roberto Cordeiro
Muito Digno Presidente da Associação
Gaucha de Empresas de Consultoria
CANOAS - RS
NT/MV
gestão
na
di-
ELABORADO PELO DAER I RS DP-SPR - UNP
COLABORAÇÃO DO ENG° FLAVIO MAESTRI
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1 - DESCRIÇÃO DO PROGRAMA......................................................................... 1
1.1 - Introdução ..................................................................................................... 2
1.2 - Bases Gerais do Programa ........................................................................... 3
1.3 - Execução e Fiscalização das Obras .............................................................. 3
1.4 - Roteiro para Assinatura do Termo de Cooperação Técnica e Financeira ..... .4
2 – ESPEClFlCAÇÕES TÉCNICAS PARA OBRAS DE REVESTIMENTO
POLIÉDRICOS ....................................................................................................... 6
2.1 - Generalidades ............................................................................................... 7
2.2 - Materiais ........................................................................................................ 7
2.3 - Equipamentos ............................................................................................... 8
2.4 - Execução ....................................................................................................... 9
2.5 - Controle ......................................................................................................... 20
2.6 - Medição e Pagamento .................................................................................. 21
1 - DESCRIÇÃO DO PROGRAMA
1
I - DESCRIÇÃO DO PROGRAMA
1.1 - Introdução
O GOVEMO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, através da
SECRETARIA DOS TRANSPORTES E DEPARTAMENTO AUTONOMO DE
ESTRADAS DE RODAGEM - DAER/RS, está implantando no RS o
PROGRAMA DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO de rodovias municipais.
Este revestimento consiste na aplicação das tradicionais técnicas de
calçamento com pedras irregulares, aperfeiçoadas e com padrões de
execução definidos através das especificações técnicas que compõe este
volume.
O programa será implementado sob a forma de CONVÊNIO DE
COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA firmado entre as PREFEITURAS
MUNICIPAIS e o DAER-RS. Os serviços serão executados ou empreitados
pelas prefeituras, sendo fiscalizados e medidos mensalmente pelo DAER que
repassará aos municípios os valores correspondentes aos segmentos
concluídos.
Esta modalidade apresenta inquestionáveis vantagens para o Estado e para os
Municípios:
- redução dos custos de execução com a utilização dos equipamentos e
estrutura das próprias prefeituras;
- redução dos custos de conservação dos trechos
comprometendo orçamento futuros das municipalidades;
revestidos
não
- garantia de condições permanentes de trafego com velocidade de operação
satisfatória;
- vida útil bastante grande;
- geração de grande numero de empregos pela utilização de mão-de-obra local
(em média 70 empregos diretos por frente de serviço para a execução de 1
Km/mês).
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É, portanto, uma solução inovadora para estradas vicinais com pequena
estimativa de trafego, garantindo condições permanentes e melhores de
circulação de veículos e produtos no interior dos municípios.
1.2 - Bases Gerais do Programa
As
rodovias
abrangidas
pelo
PROGRAMA
obrigatoriamente as seguintes características:
deverão
apresentar
a) ser municipais e não ter possibilidades de integrar o SRE num horizonte de
10 anos;
b) ter um VDM menor do que 200 veículos/dia;
c) ter extensão máxima de 10 km e ligar a sede a distritos ou comunidades do
município;
d) localizar-se em zona de minifúndios ou médias propriedades;
e) obedecer aos padrões exigidos pelas ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
quanto à geologia da região, propriedades do sub-leito, topografia e condições
de drenagem, quando isto não ocorrer em algum aspecto corrigível (ex.
drenagem) as correções deverão ser feitas pelas Prefeituras Municipais; os
serviços correspondentes a essas etapas não farão parte do TERMO DE
COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA que engloba apenas os aspectos
relativos a execução do REVESTIMENTO POLIÉDRICO;
f) os custos de cada rodovia incluída no programa serão apresentados pelas
Prefeituras Municipais ao DAER/DP-SPR para aprovação e serão orçados por
km de rodovia, com pista de 6m de largura (L= 6,00m), considerada entre as
faces interna dos cordões (tentos).
As despesas ficarão divididas entre o DAER e as Prefeituras Municipais na
proporção de 65% para o primeiro e 35% para as Prefeituras, sendo os valores
correspondentes ao DAER cobertos pelo projeto 3186 CONSTRUÇÃO DE
TRECHOS ESPECIAIS.
1.3 - Execução e Fiscalização das Obras
a) As obras deverão ser executadas de acordo com as ESPECIFICAÇÕES
TÉCNICAS DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO/DAER-RS diretamente pelas
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Prefeituras Municipais ou por empreitada, mediante licitações realizadas por
estas;
b) A fiscalização das obras será feita pelo DAER através das Unidades de
Conservação.
c) O Engenheiro Fiscal aprovará previamente:
- a jazida de basalto e a forma das pedras;
- a jazida de argila para o colchão de assentamento;
- o subleito da rodovia, inclusive o sistema de drenagem;
- os equipamentos a serem utilizados na execução dos serviços.
d) O pagamento dos serviços executados será feito pelo repasse às
Prefeituras, dos valores correspondente aos segmentos totalmente concluídos,
medidos pelo DAER, sendo a unidade “km DE RODOVIA REVESTIDA”.
1.4 - Roteiro para Assinatura do Termo de Cooperação Técnica e
Financeira
a) Solicitação pelo Senhor Prefeito Municipal, ao Secretário dos Transportes
da inclusão de determinada rodovia no PROGRAMA DE REVESTIMENTO
POLIÉDRICO. Deverá ser indicado o trecho, a extensão, uma justificativa, o
orçamento da obra com a discriminação dos serviços e apresentado mapa com
a localização da rodovia.
b) O processo será encaminhado ao DAER-DP/SPR para elaboração de
parecer técnico/econômico sobre o trecho solicitado.
c) O parecer da SPR será enviado a Diretoria de Planejamento e
posteriormente à Diretoria Geral. Se for negativo, a Prefeitura Municipal será
comunicada. Se for favorável, a DG decidirá sobre a sua execução.
d) Decidida à execução, deverá ser anexada ao processo cópia do TERMO DE
COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA e o mesmo encaminhado ao
Conselho Executivo do DAER para aprovação.
e) Aprovado pelo Conselho Executivo deverá ser feito empenho pela SCM e
após remetido o processo a Comissão de Controle.
f) Com o parecer favorável da Comissão de Controle será assinado o TERMO
DE COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA.
g) Este será enviado a Secretaria dos Transportes, que o encaminhará a Casa
Civil, e finalmente a Assembléia Legislativa para aprovação.
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h) Com a aprovação da Assembléia Legislativa, retomará ao DAER, sendo
então enviado à Unidade de Conservação responsável para serem iniciadas as
obras.
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2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA OBRAS
DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO
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2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA OBRAS DE REVESTIMENTO
POLIÉDRICO
2.1 - Generalidades
A presente Especificação trata dos procedimentos a serem aplicados na
execução de obras de revestimento com pedras irregulares (REVESTIMENTO
POLIEDRICO).
Este tipo de revestimento pode ser executado com a dispensa de projetos
individualizados, sem comprometimento de sua performance, quando
atendidas as seguintes condições:
a) GEOTÉCNICAS: Subleito em argila com poder suporte (CBR) > 7 e
expansão < 2%.
b) TOPOGRAFICAS: A topografia deve permitir a drenagem das águas
superficiais do leito estradal. Essa condição, via de regra, é facilmente
atendida nas estradas vicinais do tipo “ROLLING GRADE”, construídas no ou
próximas ao divisor de águas.
c) DE DRENAGEM: O lençol freático não deve estar próximo da superfície do
subleito, devendo ficar, pelo menos, 1,50m abaixo deste.
Quando tais condições não se verificarem, deverão ser buscadas soluções que
permitam o atendimento das mesmas. Se isto não for possível, o trecho não
poderá ser incluído no programa.
2.2 - Materiais
2.2.1 - Pedras
As pedras irregulares devem ser de basalto, mostrar uma distribuição uniforme
dos materiais constituintes e não apresentar sinais de desagregação ou
decomposição.
Devem ter a forma de poliedros de quatro a oito faces com a superior plana. A
maior dimensão dessa face deve ser menor do que a altura da pedra quando
assentada e suas medidas estar compreendidas dentro dos seguintes limites:
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a) deve ficar retida em um anel de 8cm de diâmetro;
b) deve passar em um anel de 18cm de diâmetro.
2.2.2 - Cordões ou Tentos
Os cordões ou tentos são elementos de contenção e proteção das bordas do
calçamento constituídos por peças de pedra (basalto) com formato
aproximadamente retangular e com as seguintes dimensões:
piso: 0,12 m;
altura: 0,35 m;
comprimento: 0,45 m.
Também poderão ser usadas para esse fim pedras irregulares com peso
mínimo de 20Kg e que apresentem duas faces planas formando esquadro.
2.2.3 - Argilas.
O material argiloso deve apresentar coloração vermelha, vermelha escura ou
marrom, cores características das argilas lateríticas encontradas em
abundancia no Planalto do RS.
Devem atender um CBR mínimo de 7% e expansão < 2% Recomenda-se
como limites físicos Índice de Plasticidade T < IP < 15 e Limite de Liquidez LL
50% o que caracteriza argilas de média plasticidade e baixa compressibilidade.
2.3 - Equipamentos
1) Motoniveladora ou tratores de esteiras leve e médio, com lâminas frontais.
2) Rolo liso, vibratório ou estático, de 10 t.
3) Caminhão basculante.
4) Caminhão pipa.
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5) Ferramentas manuais.
6) Rolo vibratório com patas curtas.
7) Trator de lâmina com carregadeira frontal ou equivalente.
2.4 - Execução
2.4.1 - Terraplenagem e Obras de Obras de Arte Correntes (Anexo 1, 2)
Para efeito desta Especificação, consideram-se concluídas essas fases.
2.4.2 - Preparo do Subleito: (Anexos 1, 2, 3, 4, 5, 6)
a) quando necessária a conformação do subleito, dentro dos perfis
transversais, greides e alinhamentos previstos no projeto (vide Anexos), esta
deverá ser feita, preferencialmente, pelo aporte de material, ou pela
escarificação, patrolagem e compactação do subleito existente, evitando-se
cortes;
b) onde o subleito não apresentar condições favoráveis à compactação como:
baixo suporte, material saturado, etc., este deverá ser removido e substituído
por material selecionado de modo a se obter um bom suporte;
c) o perfil transversal do subleito deverá conformar rampas de 4% para greide
(perfil de projeto longitudinal) de até 3%;
Para greide acima de 3% essa inclinação transversal poderá ser reduzida para
3%; (Anexos 3, 4);
d) deverá ser executada superelevação da plataforma em curvas horizontais,
utilizando-se a taxa máxima de 4% e comprimento fictício de transição, antes
do inicio da curva, de 30 m para distribuição da superelevação (Anexos 5, 6);
e) nos bordos da terraplenagem, deverão ser executadas valetas de pé de
corte de modo a dar escoamento as águas superficiais;
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f) a compactação, quando o material for granular, poderá ser feita com rolo liso
estático ou vibratório; quando o material for argila, a compactação deverá ser
feita com rolo pé de carneiro;
g) eventuais manobras do equipamento de compactação que impliquem
variações direcionais prejudiciais deverão se processar fora da área de
compactação;
h) em lugares inacessíveis ao equipamento de compactação, ou onde seu
emprego não for recomendável, a compactação requerida será feita com
compactadores portáteis, manuais ou mecânicos.
2.4.3 - Abertura das Valas para colocação dos Cordões Laterais (Anexo 7)
Concluída a regularização e estando o leito conformado, com a seção e o perfil
de projeto, serão assentados os cordões laterais:
a) para o assentamento dos cordões serão abertas manualmente, valas
longitudinais localizadas nos bordos da plataforma, com profundidade
compatível com a dimensão das peças;
b) a marcação da vala será feita topograficamente, obedecendo alinhamento,
perfil e dimensões estabelecidas no projeto (Anexo 7);
c) o material resultante da escavação deverá ser depositado na lateral, fora da
plataforma.
2.4.4 - Assentamento dos Cordões Laterais (Anexo 8)
a) Os cordões laterais de contenção serão assentados no fundo das valas e
suas arestas superiores rigorosamente alinhadas.
b) Os topos dos cordões deverão ficar 0,15m acima do subleito preparado e
coincidentes com a superfície do revestimento. O fundo das valas deverá ser
regularizado e apiloado. Para corrigir o recalque produzido pelo apiloamento
poderá ser utilizado o material da própria vala que será, por sua vez, apiloado.
A operação deverá ser repetida até atingir o nível desejado.
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c) O enchimento lateral das valas, para firmar as peças, deverá ser feito com o
mesmo material da escavação, fortemente apiloado com soquetes não muito
pesados para não desalinhar as peças.
2.4.5 - Contenção Lateral (Anexo 9)
Após a colocação dos cordões, será executada na parte externa,
correspondente aos acostamentos, a contenção lateral, de acordo com os
seguintes padrões:
a) colocação de solo do próprio local, formando um triangulo de altura: 0,15m e
base: 1,00m, colocado atrás dos cordões que deverá ser compactado com
soquetes manuais ou pela passagem do rolo compressor, quando da fase final
da compactação da pedra;
b) a contenção, apos concluída, deve coincidir com a superfície do
revestimento.
2.4.6 - Colocação do Colchão de Argila (Anexo 10)
Concluída a contenção lateral, será espalhada sobre o subleito compactado,
uma camada de solo argiloso que atenda o especificado do item 2.3, devendo
ser executada como segue:
a) a camada será espalhada manualmente e deve atingir uma espessura
mínima de 0,15m, coincidente com a superfície de projeto do calçamento;
b) o colchão de solo argiloso terá espessura variável entre 0,15m e 0,20m, com
a finalidade de corrigir pequenos defeitos do sub-leito.
2.4.7 - Assentamento da Pedra Irregular (Anexos 11 e 12)
a) Sobre o colchão de argila o encarregado fará o piqueteamento dos panos,
com espaçamento de 1 metro no sentido transversal e de 4 a 5 metros no
sentido longitudinal, de modo a conformar o perfil projetado. Assim, as linhas
mestras formam um reticulado facilitando o trabalho de assentamento e
evitando desvios em relação aos elementos do projeto. Nessa marcação o
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encarregado verifica a declividade transversal e longitudinal e, no caso das
curvas, a superelevação.
b) Concluída a marcação segue-se o assentamento das pedras que é feito por
cravação, com as faces de rolamento planas, cuidadosamente escolhidas.
Na cravação, feita com auxilio de martelo, as pedras deverão ficar bem
entrelaçadas e unidas, de modo que não coincidam as juntas vizinhas e se
garanta um perfeito travamento. Não são admissíveis pedras soltas, sem
contato direto com as adjacentes, nem travamento feito com lascas, que terão
apenas a função de preencher os vazios entre pedras já travadas.
2.4.8 - Rejuntamento
Concluído o assentamento das pedras, processa-se o rejuntamento.
Para isso, espalha-se manualmente sobre a superfície do calçamento uma
camada de solo (o mesmo utilizado no colchão) de cerca de 3cm. Após, com o
auxílio de rodos e vassouras, movimenta-se o material, de forma a facilitar a
penetração entre os vazios, removendo-se o excesso.
Caso exista pó de pedra e seu custo não seja superior a utilização da argila, o
mesmo poderá ser utilizado para este rejuntamento.
2.4.9 - Compactação
Após a conclusão do rejuntamento, inicia-se a compactação com rolo
compressor liso de 3 rodas ou do tipo tandem, de porte médio, com peso
mínimo de 10 t. ou ainda rolo vibratório.
a) O revestimento deve ser executado em pista inteira, sendo vedado executálo em meia pista. Não deve haver qualquer circulação de veículos sobre o
mesmo durante a obra, sendo imprescindível à existência de desvios que
permitam a passagem fora das pistas. Somente após a rolagem final ele estará
apto a receber tráfego, tanto de animais como de veículos automotores.
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b) A rolagem deverá ser feita no sentido longitudinal, progredindo dos bordos
para o eixo nos trechos em tangente, e do bordo interno para o externo nos
trechos em curva.
c) A rolagem deverá ser uniforme, progredindo de modo que cada passada
sobreponha metade da faixa já rolada até a completa fixação do calçamento,
ou seja, que não se observe nenhuma movimentação das pedras pela
passagem do rolo.
d) Quaisquer irregularidades ou depressões que venham a surgir durante a
compactação, deverão ser corrigidas renovando ou recolocando as pedras,
com maior ou menor adição de material no colchão e em quantidades
adequadas a completa correção do defeito verificado.
e) Na ocorrência individualizada de pedras soltas, essas deverão ser
substituídas por peças maiores, cravadas com auxilio de soquete manual.
f) Para a conclusão da compactação deverá ser espalhada sobre a superfície
de rolamento, nova camada de material de rejuntamento de aproximadamente
3cm para a rolagem final. O material que ficar por excesso será retirado pela
ação do trafego e das chuvas.
2.4.10 - Proteção Vegetal (Anexos 5 e 6)
De modo a prever possíveis erosões deverá ser realizada proteção vegetal nos
bordos laterais com capim cidreira (erva), transformado em pequenas mudas e
plantado a 0,30m do cordão de pedra com espaçamento de 0,25m no sentido
longitudinal.
2.5 - Controle
a) Todo o material a ser empregado deverá ser previamente aprovado e
verificadas as condições de aplicabilidade.
b) O calçamento não deverá ser executado quando o material do colchão
estiver excessivamente molhado (saturado).
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c) O revestimento pronto deverá ter a forma definida pelos alinhamentos,
perfis, dimensões e seção transversal típica, estabelecidas pelo projeto (VER
Anexos).
d) No inicio de cada obra, sob a supervisão direta do Engenheiro Fiscal, ser
executado um TRECHO PADRÃO com área mínima de 20m², que servira de
padrão para o recebimento da obra.
2.6 - Medição e Pagamento
a) O Eng° Fiscal emitirá, mensalmente, medições dos serviços concluídos em
quilômetros.
b) O pagamento será feito pelo repasse às Prefeituras de parcelas mensais
correspondentes às serviços medidos.
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QUADRO DE QUANTIDADES E CUSTOS
ITEM
DESCRIÇÃO
UNID.
QUANT.
PREÇO
UNITÁRIO
TOTAL
1 - ASSENTAMENTO DE CORDÕES E CONTENÇÃO LATERAL
Extração, corte, carga, transporte, descarga
dos cordões.
m
Assentamento dos cordões
m
Contenção lateral c/solo local
m³
2 - COLCHÃO E ASSENTAMENTO DA PEDRA
Escavação, carga, transporte, descarga e
espalhamento de argila.
m³
Extração, corte, carga, transporte e descarga
da pedra.
m²
Assentamento da pedra
m²
3 - PREENCHIMENTO E COMPACTAÇÃO
Escavação, carga, transporte, descarga e
espalhamento da argila.
m³
Compactação
m²
4 - FORNECIMENTO E PLANTIO DE ERVA CIDREIRA
un
VALOR GLOBAL
VALOR /Km
22

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