XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina e II

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XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina e II
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NESTA EDIÇÃO
Veja a opinião de nossos
colunistas:
Dr. Paulo Cesar Naoum
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia
de São José do Rio Preto-SP
“Cerco ao câncer Humano”, pág. 16
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM-1º Região
Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP
Presidente do XIV CBB e II CIB
“XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina e II Congresso
Internacional - Um Evento Memorável” , pág. 04
Dr. Irineu Grinberg
Presidente da SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
“Sempre existe o que comemorar”, pág. 14
www.labornews.com.br [email protected]
16 3629-2119 | 99793-9304
Dr.Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato dos
Hospitais,Clínicas e Laboratórios do Estado de
São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão. “Saúde parece não ser prioridade”,
pág. 22
Pedro Silvano Gunther
Diretor da Hotsoft
“Cidadão Saúde, o alívio que vem pela internet”, pág. 28
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digital, encaminhe seu email para [email protected]
Artigo
XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina e
II Congresso Internacional de Biomedicina Um evento memorável
A
pós meses de trabalho duro para organizar nosso congresso pudemos desfrutar de nossa obra e gozar da felicidade do trabalho bem feito. Este congresso foi um
desafio para a biomedicina. Buscamos inovação e tecnologia e conseguimos implementar novos conceitos na elaboração de congressos
de biomedicina.
Na solenidade de abertura do evento recebemos nosso Deputado Federal Dr. Lobbe Neto representando o Governo do Estado de São Paulo, o Prefeito da Cidade de Araras Dr. Nelson
Dimas Brambilla, o Presidente do Colégio de Tecnologia Médica
do Chile Professor Dr. Victor Silva, a Dra. Luz Veronica Rosales
do Chile, O Reitor da UNIARARAS Professor Dr. José Antônio
Mendes, os pró-reitores e coordenadores da UNIARARAS, O
Presidente do CFBM e ABBM Dr. Silvio José Cecchi, os Presidentes dos CRBMs 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Região, o Presidente do Sindicato dos Biomédicos Profissionais do Estado de São Paulo Dr. Luiz
Guedes dentre outros. Concedemos a Honraria de Biomédico do
Ano 2014 para o biomédico Silvio José Cecchi pela sua atuação
e desempenho das funções à frente do Conselho Federal de Biomedicina.
Investimos muito na qualidade das palestras, na disposição e
avaliação dos trabalhos científicos que neste primeiro momento
foram digitais para consulta e nos próximos eventos serão digitais e interativos, contamos com a presença de profissionais
ilustres em nossas palestras como o Professor Paulo Barone da
Comissão Nacional de Educação que nos trouxe o que há de
melhor na nanotecnologia, os biomédicos do diagnóstico por
imagem e terapia do Hospital Israelita Albert Einstein ocuparam
duas salas para palestrar sobre as inovações tecnológicas da área
da imagem, a perita criminal Dra. Rejane da Silva Sena Barcelos,
Dr. João Paulo Tessari Corrêa, médico cirurgião plástico e Dr.
Valéria Lafuente, médica dermatologista e biomédica, da clínica
Corpo & Arte que trouxe as inovações da biomedicina estéti-
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Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM - 1ª Região
Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP
Presidente do XIV CBB e II CIB
ca entre tantos outros que abrilhantaram nosso congresso. Foram
quase mil congressistas que tinham a sua disposição 171 palestras
nos três dias de congresso.
Com a condução do Dr. Marcus Vinicius Pimenta Rodrigues
houve o Fórum de Docentes e Coordenadores de Cursos de Biomedicina onde se discutiu os novos rumos da graduação em biomedicina. Ocorreu também durante o congresso as reuniões do
Conselho Federal de Biomedicina e das associações e sindicatos
dos biomédicos. Nosso objetivo foi alcançado, visamos proporcionar palestras de qualidade, rediscutir o ensino superior em
biomedicina, aproximar nossos profissionais das instituições biomédicas e mostrar o valor desta tão nobre profissão da saúde que
é a Biomedicina.
Agradeço a todo o grupo de acadêmicos da UNIARARAS que
colaboraram na organização da rotina diária durante o congresso,
aos palestrantes que dispenderam tempo para nos agraciar com
brilhantes palestras, aos colaboradores das instituições biomédicas
que se empenharam na organização deste evento. Nosso próximo
Congresso Brasileiro de Biomedicina acontecerá em 2016 na Cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, esperamos os profissionais da saúde neste próximo grande evento.
Reportagem: Ana Lúcia Moraes
Fotos: FHO/Uniararas/CETEC/Rodrigo Paiva
Evento/Araras (SP)
XIV Congresso Brasileiro e II Congresso
Internacional de Biomedicina
F
Encontro de conhecimento e integração dos biomédicos
oram quatro dias de muitas atividades no campus
da Fundação Hermínio Ometto – Uniararas, em
Araras, interior de São Paulo. O XIV Congresso
Brasileiro e II Internacional de Biomedicina aconteceu entre
os dias 18 e 21 de novembro e contou com cerca de 1000 congressistas, que participaram de mais de 170 palestras, cursos e
mesas redondas. O evento foi organizado pelo Conselho Regional de Biomedicina – 1ª Região (CRBM-1), pelo Conselho
Federal de Biomedicina (CFBM) e pela Associação Brasileira
de Biomedicina (ABBM).
A solenidade de abertura do Congresso foi no Sayão Futebol Clube, que recebeu cerca de 500 convidados, entre autoridades locais e nacionais, membros do Conselho Federal e dos
Conselhos Regionais de Biomedicina, membros da reitoria da
Fundação Hermínio Ometto – Uniararas, profissionais biomédicos, professores e acadêmicos de várias partes do Brasil.
Abertura
A mesa do cerimonial foi formada pelo Dr. Dácio Campos – Presidente do Congresso e Presidente do CRBM-1, Dr.
Silvio José Cecchi – Presidente do CFBM, Dr. Nelson Dimas
Brambilla – Prefeito de Araras, Dr. Carlos Alberto Jaconetti –
Vice-Prefeito de Araras, Dr. Antonio Lobbe Neto – Deputado
Federal e Biomédico, Prof. Dr. José Antonio Mendes – Reitor
da FHO-Uniararas, Prof. Dr. Olavo Raimundo Jr. – Pró-Reitor
de Graduação da FHO-Uniararas, Prof. Dr. Marcelo Augusto
Marretto Esquisatto – Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, Profa. Ms. Cristina da Cruz Franchini – Coordenadora
da Comunidade e Extensão da FHO –Uniararas, Prof. Ms.
Carlos Roberto E. Grignoli – Coordenador do Curso de Biomedicina da FHO-Uniararas e Delegado Regional, Dra. Luz
Veronica Rosales Neira – Presidente do Colégio Tecnológico
do Chile, Dr. Victor Silva – Diretor da Universidade Maior
do Chile, Dr. Marcelo Abssamra Issas – Tesoureiro do Congresso e conselheiro do CRBM-1, Dr. Luís de França Ribeiro
Neto – Presidente do CRBM – 2ª Região, Dr. Rony Marques
de Castilho – Presidente do CRBM – 3ª Região, Dr. Sérgio
Antonio Machado – Presidente do CRBM – 4ª Região, Dr. Renato Minozzo – Presidente do CRBM – 5ª Região, Dr. Paulo
Barone – Representante do Conselho Nacional de Educação,
Dr. Luiz Guedes – Presidente da Fenabio, Dr. Roberto Martins
Figueiredo – o “Dr. Bactéria” e Dr. Marco Antonio Faccioli –
Biomédico homenageado.
O presidente do XIV Congresso Brasileiro e II Congresso Internacional de Biomedicina, Dr. Dácio Campos fez a
abertura oficial do evento discursando sobre a importância
da Fundação Hermínio Ometto – Uniararas para a profissão
e sua escolha como sede do Congresso. “Trouxemos o XIV
Congresso Brasileiro e II Internacional de Biomedicina para
homenagear a Fundação Hermínio Ometto – Uniararas, que
desde a implantação do curso de Biomedicina, há 40 anos, foi
uma das instituições que mais colaboraram pela regulamentação de nossa profissão. Professores, coordenadores e estudantes daqui, junto com colegas de outras faculdades, seguiam
em caravana para Brasília visitar cada um dos deputados e
senadores, mostrando que a Biomedicina era um curso ativo
e com muitos adeptos”.
Alguns membros da mesa também fizeram discursos saudando os convidados e dando as boas vindas a todos os participantes do evento. O prefeito de Araras, Dr. Nelson Dimas
Brambilla tinha mais de um motivo para comemorar a realização do Congresso na cidade. Além de receber profissionais
de todas as partes do Brasil, ele é casado com uma biomédica.
Mesa do cerimonial de abertura do evento
Execução do Hino Nacional Brasileiro, durante a abertura
Discurso de abertura do Dr. Dácio Campos, com Dr. Silvio Cecchi (esq)
pres. do CFBM e o Dr. Nelson Dimas Brambillas (dir) prefeito de Araras
“É uma alegria e um orgulho muito grande para nossa cidade receber os biomédicos de todo o Brasil. Sou médico e
casado com uma biomédica ( Dra. Elaine Brambilla), formada
pela primeira turma da FHO. Acompanhei a difícil luta dela e
dos colegas pela regulamentação. E hoje fico muito contente
em ver o avanço da biomedicina. E espero que os mais novos
estejam engajados para conquistar cada vez mais melhorias
para sua carreira e para todos da profissão”.
O Reitor da Fundação Hermínio Ometto – Uniararas,
Prof. Dr. José Antonio Mendes também destacou a importância de sediar um evento desse porte para a instituição.
“O Congresso é muito especial para nós! Aliás, é um grande presente que recebemos no ano em que a instituição
completa 41 anos e o curso de Biomedicina chega aos 40
anos. O Dr. Hermínio Ometto e um grupo de sonhadores queriam um curso para melhorar a vida das pessoas da
nossa região e era a Biomedicina. Os primeiros alunos e
professores batalharam muito e foram em fila, com outras
instituições, lutar arduamente para a regulamentação da
profissão”.
ARARAS
18 A 21 DE NOVEMBRO
2014
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Salão do Sayão Futebol Clube que recebeu cerca de 500 convidados
(esq. p/ dir.) Prof. Dr. Olavo Raimundo Jr. - Pró-Reitor de Graduação da FHO-Uniararas, Prof. Dr. José Antonio Mendes – Reitor da
FHO-Uniararas, Dr. Renato Minozzo – Presidente do CRBM –
5ª Região e Profa. Ms. Cristina da Cruz Franchini – Coordenadora
da Comunidade e Extensão da FHO –Uniararas
(esq. p/ dir.) Dr. Sérgio Antonio Machado - Presidente Interventor
do CRBM-4ª Região, Dr. Antonio Lobbe Neto - Deputado Federal,
Dr. Nelson Dimas Brambilla – Prefeito de Araras, Dra. Elaine
Brambilla - 1ª Dama de Araras e biomédica da 1ª turma da FHO e
Dr. Renato Minozzo – Presidente do CRBM – 5ª Região
Cont. na pág. 6
Reportagem: Ana Lúcia Moraes
Fotos: FHO/Uniararas/CETEC/Rodrigo Paiva
Evento/Araras (SP)
Homenagem ao Dia do Biomédico
Dr. Marco Antônio Faccioli e Dr. Dr. Silvio Cecchi foram os profissionais homenageados
Após os discursos oficiais, Dr. Dácio Campos anunciou
a entrega do título de Biomédico do Ano para o Dr. Silvio
José Cecchi, presidente do Conselho Federal de Biomedicina
(CFBM). Dr. Silvio recebeu a placa e a medalha com grande
surpresa, pois não sabia da homenagem. “O sonho da regulamentação não era só meu. Era um sonho coletivo, por isso,
chegamos onde estamos hoje”, disse emocionado Dr. Silvio.
Discurso do Reitor da FHO-Uniararas, Prof. Dr. José
Antonio Mendes
Dr. Antonio Lobbe Neto, deputado federal e biomédico, no
discurso de abertura dos Congressos
E para terminar a parte solene da abertura, o Dr. Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria, deu uma curta
palestra sobre os microrganismos presentes no nosso dia a
dia e que podem fazer muito mal a nossa saúde. A atenção
era toda voltada para ele, principalmente dos acadêmicos,
que depois da apresentação fizeram fila para tirar foto com
o Dr. Bactéria.
Palestra do Dr. Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria
Após os discursos e abertura oficial do Congresso, aconteceu o coquetel, com direito a dois shows
ao vivo da Banda Magia Tropical e do cantor Leo
Moraes, além do DJ que tocou nos intervalos. Foi a
oportunidade de confraternização entre professores,
profissionais e estudantes que aproveitaram a pista
de dança.
Biomédico Homenageado
No dia 20 de novembro comemora-se o Dia do Biomédico e para marcar a data foi realizada uma homenagem ao
Dr. Marco Antonio Faccioli, durante a cerimônia de abertura.
Desde a infância, Dr. Marcos tem ‘sangue biomédico’ nas veias
e artérias. Muito jovem adorava brincar com seu ‘kit de química’, por isso o pai resolveu levá-lo ao laboratório da Santa
Casa de Leme.
E assim começou a sua carreira, primeiro como faxineiro, depois como auxiliar de escritório e assistente do
laboratório com apenas 16 anos. Em 1976, ingressou na
Biomedicina na Fundação Hermínio Ometto e, como tantos na época, dedicou-se de corpo e alma pela regulamentação da profissão.
“A vida nos reserva surpresas e receber essa homenagem muito me honra e alegra a minha alma. Desejo
parabenizar todos aqueles que não mediram esforços
para conseguir nosso objetivo, a regulamentação da
Biomedicina”, disse Dr. Marcos. E ainda deixou um
recado para os jovens estudantes. “O saber não se dá
por osmose. É preciso estudar sempre e nunca se esquecer da ética, pois o conhecimento sem a ética é
assustador”.
Palestras
No dia seguinte a abertura do Congresso, os participantes começaram os trabalhos. No dia 19 aconteceu mais de 40
palestras, mini-cursos e mesas redondas, com os nomes mais
renomados da Biomedicina brasileira e internacional. Os congressistas se inscreveram nas atividades antes do início do
evento, mas também tiveram a oportunidade de tomar parte
de algumas apresentações, quando havia disponibilidade de
vaga.
No total dos três dias do evento foram mais de 170 palestras e demais atividades relacionadas a Biomedicina. Profissionais de várias partes do Brasil tiveram a chance de conhecer novas técnicas e inovações de suas áreas de atuação. Já
os estudantes aproveitaram a oportunidade para se interarem
sobre as diversas habilitações, o campo de atuação e área de
trabalho.
Dr. Dácio Campos entrega diploma ao biomédico homenageado do Congresso, Dr. Marco Antonio Faccioli.
Uma das
palestras com
sala lotada
Mesa redonda sobre
acupuntura
- palestrante
Dra. Tatiana
Miranda
Fotos: Ana Lúcia Moraes
Dr. Dácio Campos entregou diploma e medalha a Dr. Silvio Cecchi
homenageado como o Biomédico do Ano
Apresentação digital
dos trabalhos científicos
Dr. Paulo Barone, membro do Conselho Nacional de Educação,
deu a palestra Nanotecnologia e suas aplicações
Cont. na pág. 7
ARARAS
18 A 21 DE NOVEMBRO
2014
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Reportagem: Ana Lúcia Moraes
Fotos: FHO/Uniararas/CETEC/Rodrigo Paiva
Evento/Araras (SP)
Apresentação dos trabalhos científicos
Uma importante parte dos congressos é a apresentação
dos trabalhos científicos, que estavam expostos em bancadas digitais no saguão superior do prédio do Congresso. Para
ver e ler os interessados escolhiam os trabalhos por assunto
ou autor. No último dia do evento, os selecionados fizeram a
apresentação oral de seu trabalho e a banca julgadora, composta pelo Dr. Marcus Vinícius Pimenta Rodrigues, Profª Ms.
Cristina da Cruz Franchini, Dra. Adriana de Brito e Dra. Maria Isabel Pereira escolheram os três melhores.
Em primeiro lugar ficou Gabriela Queila Carvalho, que
recebeu o prêmio das mãos do Dr. Dácio Campos, presidente
do Congresso. A segunda colocada foi Caroline Torricelli, que
foi premiada pela Profa. Ms. Cristina da Cruz Franchini e o
terceiro lugar ficou para Paula Assis Queiroz, premiada pelo
Dr. Renato Minozzo, presidente do CRBM-5.
O presidente do Congresso, Dr. Dácio Campos, fez questão de parabenizar todos que apresentaram seus trabalhos
científicos: Laiane da Cruz Pena, Felipe Almeida, Aline Marubayashi Rocha, Carolina Yumi Gushiken, Francisca Nathália
de Luna Vitorino, Josiellen Damasceno de Souza, Aline Costa
de Lúcio, Joyce Marinho de Souza, Luciane Rosa Feksa e Olivaneide da Silva Frazão.
O próximo Congresso Brasileiro de Biomedicina acontecerá em 2016, na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do
Sul. Até lá!
Dr. Marcelo
Abissamra
Issas, secretário
do CRBM-1 e
as Conselheiras
do CRBM-1
Dra. Silvia
Zucchi Bailão e
Dra. Alessandra Franco na
sala de estar
do estande do
Congresso
Comissão
Julgadora, as
vencedoras
dos trabalhos
científicos,
Dr. Dácio e
Dr. Renato
Minozzo
Dr. Dácio Campos, entregou o primeiro lugar
para Gabriela Queila Carvalho
Profa. Ms. Cristina da Cruz
Franchini entregou 2º lugar
Caroline Torricelli
Dr. Renato Minozzo entregou para a 3ª colocada
Paula Assis Queiroz
Fórum de
Docentes e
Coordenadores
de Cursos de
Biomedicina
Dr. Renato Minozzo, Dr. Dácio Dr. Marcus Vinícius, Profa. Ms. Cristina da C Franchini,
Dra. Adriana de Brito, Dra. Ma. Isabel
Dra. Luz Veronica Rosales Neira Presidente do Colégio Tecnológico do Chile
Sala VIP para
os palestrantes
Estandes do Congresso
Loja da ABBM
ARARAS
18 A 21 DE NOVEMBRO
2014
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Enquete
O que esperar de 2015
para o setor da Medicina
Diagnóstica?
Quais suas expectativas?
Quais suas preocupações?
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Laboratório Dr. Pacca
Posse
Nova diretoria da SBAC 2015/2016
T
omou posse no último dia 28 a nova
diretoria da Sociedade Brasileira
de Análises Clínicas - SBAC, para o
biênio 2015/2016. A nova diretoria está assim
composta: Dr Jerolino Lopes Aquino (MT) Presidente; Dra Maria Elizabeth Menezes (SC)
- Vice-Presidente; Dr Jairo Epaminondas Breder
Rocha (RJ) - Secretário Geral; Dr Luiz Roberto
dos Santos Carvalho (BA) - Secretário; Dr Estevão José Colnago (RJ) - Tesoureiro; Dr Marcos
Kneip Fleury (RJ) - Tesoureiro Adjunto”.
(esq. p/ dir.)
Dr. Jairo Epaminondas Breder Rocha (RJ),
Dr Jerolino Lopes Aquino, Dr Irineu Keiserman Grinberg (RS), Dra Maria Elizabeth
Menezes (SC), Dr Luiz Roberto dos Santos
Carvalho (BA) e Dr Estevão José Colnago (RJ)
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SBPC/ML
Nota da Sociedade Brasileira de
Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
R
ecentemente tem sido divulgada em diferentes veículos de imprensa uma nova tecnologia de realização de exames laboratoriais disponível nos EUA, de propriedade da empresa Theranos.
A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Sociedade de Especialidade Médica reconhecida pelo Conselho Federal
de Medicina e afiliada à Associação Médica Brasileira
que representa o profissional médico de laboratório –
o Patologista Clínico – vê com satisfação as inovações
tecnológicas que resultam em maior segurança aos pacientes e que auxiliam o diagnóstico clínico. Neste caso,
no entanto, ressaltamos que não foram publicados, até
o momento, informações em veículos científicos que
apresentem uma avaliação criteriosa dessa tecnologia e
que nos permitam endossá-la ou desaprová-la.
A habilitação dos laboratórios clínicos no Brasil
segue normativas definidas por agências reguladoras,
tais como a Resolução RDC 302/2005 da ANVISA,
que define as normas de funcionamento dos exames
de laboratórios no país. Ela pontua as questões de
qualidade e segurança necessárias nas unidades de
coleta e nas áreas de processamento de exames.
A SBPC/ML entende que as farmácias brasileiras
não atendem às normas vigentes para a coleta de materiais biológicos, não estando, portanto, no momento, habilitadas a realizar coletas e exames laboratoriais
e oferecer serviços relacionados a esses exames.
As normativas das agências reguladoras destacam, entre
outros aspectos, a necessidade de uma Responsabilidade Técnica assumida por profissional habilitado e a necessidade do
gerenciamento da garantia da qualidade dos Testes Laboratoriais Remotos (TLR) por um laboratório clínico, incluindo
validação e controles internos e externos da qualidade. São
considerados Testes Laboratoriais Remotos os exames realizados fora do ambiente do laboratório clínico (à beira do
leito do paciente, por exemplo) e que utilizam equipamentos
portáteis e/ou semiportáteis para essa finalidade.
Nos veículos de imprensa também foram veiculadas notícias comparando preços dessa nova tecnologia
com os exames feitos em laboratórios clínicos atualmente. Destacamos que os preços médios divulgados
nessas reportagens referem-se aos valores praticados
nos Estados Unidos para compra direta pelo consumidor. Além disso, esses preços são superiores aos praticados no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no
pagamento dos mesmos exames, o que elimina uma
das supostas vantagens apresentadas no noticiário.
No Brasil, os laboratórios clínicos respondem
por apenas 5% dos gastos
com saúde mas são responsáveis por 70% das
informações para decisão
médica. Em sua maioria,
os laboratórios clínicos privados possuem relação comercial com as operadoras
de saúde, que atuam como
intermediárias, e cujas tabelas de preços são bastante
defasadas e não sofrem reajustes há mais de dez anos.
Outra suposta vantagem divulgada nas notícias
sobre o método da empresa Theranos — o uso de
poucas gotas de sangue para obter o resultado — não
tem fundamento porque a quantidade de sangue colhida nos exames laboratoriais realizados atualmente em todo o mundo é pequena e não prejudica de
modo algum a saúde do paciente.
O crescimento da utilização dos exames laboratoriais, desde que baseado em evidências científicas, é desejável e tem como causa principal as mudanças demográficas e tecnológicas que estamos vivendo, tais como
o envelhecimento populacional, maior acesso à saúde
suplementar pelo maior poder de compra da população,
novas tecnologias com metodologias cientificamente
comprovadas e a medicina preventiva.
A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) representa 1.148 médicos especialistas em exercício, distribuídos em parte das cerca de
15 mil unidades laboratoriais existentes no país. É de grande importância que, ao publicar matérias sobre nossa especialidade, sejamos convidados a participar e contribuir.
Criamos e mantemos, desde 1998, o Programa de
Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), que avalia sistematicamente os fluxos de exames e a qualidade
dos laboratórios participantes, o que resulta em maior
segurança ao paciente e garantia de confiabilidade nos
resultados dos exames solicitados pelos médicos.
A SBPC/ML também realiza diversos eventos e
cursos de educação continuada para os profissionais
de saúde relacionados ao laboratório clínico, com o
objetivo de mantê-los atualizados em relação às novas técnicas e conhecimentos científicos.
Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2014
Paula Távora
Presidente da SBPC/ML - Biênio 2014/2015
Entrevista
Novidades no diagnóstico do
câncer de próstata
Entrevista para o Labornews com o Dr Adagmar Andriolo:
Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Professor Adjunto Livre Docente do Departamento de Medicina da Escola Paulista
de Medicina da UNIFESP. Presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial no biênio 2000-2001. Editor Chefe do Jornal Brasileiro
de Patologia e Medicina Laboratorial. Foi assessor médico do Fleury Medicina e
Saúde na área de Bioquímica Clínica.
1 - Quais as novidades no diagnóstico do câncer de próstata, a partir dos laboratórios clínicos?
O laboratório clínico auxilia no diagnóstico do câncer da próstata pela realização de exames de sangue e/ou de urina, nos quais são
observadas alterações na concentração de algumas substâncias. O
exame mais conhecido é o Antígeno Prostático Específico - PSA, na
sigla em inglês. A concentração desta substância se eleva no sangue
de pacientes com câncer de próstata e é utilizado como um marcador
tumoral. É um exame bastante sensível, mas não é muito específico
para câncer, pois sua concentração pode se elevar em outras doenças da próstata, como infecções e inflamações. Outro teste, ainda
não muito comum em nosso meio é o PCA3, que detecta, na urina, fragmentos específicos de RNA (substância presente no núcleo
das células). Os fragmentos detectados são específicos para indicar
a existência de células cancerosas. É importante lembrar que o PCA3 não substitui o PSA. São exames
complementares.
2 - Como os marcadores e outros exames podem auxiliar o oncologista durante o tratamento de câncer de próstata?
Depois de feito o diagnóstico e realizado algum tipo de tratamento, o paciente pode ser monitorado
para se avaliar a eficácia do tratamento e identificar, precocemente, os casos nos quais há recorrência
da doença.Em geral, esta monitorização é feita pela dosagem do PSA, pois sua concentração no sangue
varia de acordo com a resposta ao tratamento.
3 - Há uma polêmica em torno da eficaácia do teste de PSA. Qual a sua real importância no
diagnóstico?
Na verdade, a polêmica não é exatamente sobre a eficácia do teste. Considerando as limitações
conhecidas de falta de especificidade do PSA em relação ao câncer, até que ele é um bom marcador. A
polêmica maior é sobre o que fazer ao se descobrir que o paciente é portador de um câncer na próstata.
Está provado que a simples remoção cirúrgica da próstata, que na grande maioria das vezes elimina o
câncer, pode trazer consequências graves ao paciente, às vezes, piores do que a permanência do câncer.
O que se tem discutido, com base em grandes estudos epidemiológicos, é que, para alguns pacientes, o
melhor é realizar uma monitorização cuidadosa, uma vez que muitos dos cânceres são indolentes e não
irão se desenvolver, permanecendo localizados por muitos anos. Outros cânceres, no entanto, são insolentes, ou seja, em poucos anos se desenvolvem, geram metástases e comprometem seriamente a vida do
paciente. Infelizmente, ainda não temos bons marcadores para diferenciar estes dois tipos de tumores.
9
SBPC/ML
Geneticista alerta profissionais de
saúde de Ribeirão Preto (SP) para
doenças raras
N
o dia 11 de novembro, a médica geneticista
Carolina Fischinger, da Sociedade Brasileira de
Genética Médica (SBGM), proferiu uma palestra para orientar os profissionais de saúde de Ribeirão Preto
sobre uma das 7 mil doenças raras existentes no país que, somadas, afetam 13 milhões de brasileiros. Durante a apresentação, foram abordadas as principais questões que envolvem
a mucopolissacaridose (MPS), uma das enfermidades raras,
crônica e progressiva causada pela ausência ou deficiência de
uma enzima no corpo.
“A mucopolissacaridose (ou MPS) é uma doença genética grave e de difícil diagnóstico. Trata-se de um erro inato
do metabolismo, que leva a ausência ou deficiência de enzimas no corpo. A descoberta precoce da enfermidade e o tratamento adequado e contínuo, ininterrupto, são essenciais
para que o paciente não só retarde a progressão da doença,
mas também consiga ter qualidade de vida”, explica a médica
geneticista Carolina Fischinger.
Os principais sinais da MPS, que no Brasil registra cerca de 600 casos diagnosticados, são: alteração na face; rigidez articular, volume da cabeça aumentado (macrocefalia),
acúmulo de secreções, déficit de crescimento, abdômen
aumentado, perda auditiva, comprometimento das válvulas do coração levando a um declínio da função cardíaca,
obstrução das vias respiratórias, apneia do sono e infecções
de repetição. Por acometer vários órgãos e sistemas, quadro
clínico pode remeter a inúmeras especialidades. O diagnóstico pode ser realizado pelo pediatra, oftalmologista, otorrinolaringologista, neurologista, geneticista, reumatologista,
endocrinologista. O diagnóstico pré-natal é possível, mas
somente indicado quando há casos na família.
Tratamento da MPS
O tratamento da MPS exige uma abordagem multiprofissional com fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, terapia ocupacional e outros profissionais que serão fundamentais para manter e/ou melhorar a qualidade de vida
do paciente e seus familiares. Para alguns tipos de MPS, o
tratamento pode incluir a reposição da enzima que está em
falta. A enzima quando reposta resgata a atividade de metabolizar os mucopolissacárides, hoje chamados glicosaminoglicanos ou GAGs, impedindo ou diminuindo, assim, seu
depósito no organismo. Atualmente, existem seis centros de
triagem para o diagnóstico de MPS no Brasil, sendo dois específicos para o diagnóstico enzimático.
Tipos de MPS
Mais informações sobre doenças raras
www.muitossomosraros.com.br
10
Especialistas
Sociedade alerta
sobre falta de
patologistas no Brasil
Patologias alertam sobre a necessidade de
valorização dos profissionais e possível falta
da especialidade no País, devido ao aumento
de demanda de exames imprescindíveis para a
saúde, como a biópsia
R
esponsáveis por identificar os tratamentos mais
adequados para os pacientes, os patologistas têm
entre suas funções o diagnóstico do câncer, ao definir se o tumor é maligno ou benigno. São também os profissionais que decidem se um órgão é adequado ou não para
transplante, além de terem papel protagonista no tratamento
dos pacientes transplantados e em doenças inflamatórias e
infecciosas.
Para o médico patologista e secretário geral da SBP, Ricardo Artigiani, não faltam patologistas no Brasil neste momento,
porém com o aumento do número de alunos nas faculdades
de medicina, a preocupação é que os patologistas não acompanhem a demanda. “Sem este profissional, os diagnósticos de
diversas doenças não podem ser realizados. O número de patologistas precisa seguir o crescimento de outras especialidades
para que não faltem profissionais no futuro. Com o aumento de
médicos de outras disciplinas a demanda para os patologistas
cresce e a preocupação é que não existam especialistas suficientes, principalmente em lugares longe dos grandes centros urbanos com oferta de exames e médicos”, diz.
Segundo pesquisa do Conselho Federal de Medicina
(CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo (Cremesp), há 2.006 patologistas no Brasil, o que corresponde a 0,75% do total de médicos. A pediatria, por exemplo, é a especialidade mais numerosa, com 30.112 titulados.
Ainda, para Artigiani, os números demonstram que a
adesão à especialidade ainda está longe do ideal. “Falta divulgação da patologia principalmente nas universidades. Os
alunos não têm conhecimento profundo sobre o que faz o médico patologista e falta de incentivos na graduação”, comenta.
Sobre o perfil do patologista, a pesquisa aponta discreto predomínio de mulheres (54,54%) e idade média é
de 47,69 anos.
11
o mercado atual
Pesquisa
Faça você mesmo as
avaliações para as
melhorias
V
ocê já pode começar a avaliar e
comparar seu laboratório. A nova
ferramenta de apoio à qualidade laboratorial foi lançada em novembro e veio para
auxiliar os gestores nos levantamentos para melhorias de estrutura, processos e qualidade. Tratase do programa LiVer – Lista de Verificação, que
propicia ao laboratório trabalhar seus processos
organizacionais para as Melhoria Contínuas, de
maneira prática e produtiva, tendo como referência os padrões de excelência dos organismos de
acreditação laboratorial no Brasil.
O LiVer é agora um programa em nuvem,
de acesso a partir de qualquer dispositivo conectado, computador, tablet ou celular, disponível para uso imediato. Após conquistar mais
de 320 laboratórios na versão instalada, oferece na sua 3ª geração diversas rotinas fáceis de
utilizar e tem como objetivos gerais:
• Avaliar seu laboratório periodicamente,
por partes, ou setores definidos por você.
• Comparar o que você tem internamente,
com as referências de elevado padrão, das listas
de verificação de entidades.
• Convidar no momento certo um consultor para auxiliá-lo na elucidação de problemas
organizacionais.
É uma ferramenta para realização de auditorias internas no seu laboratório, que podem ser
feitas enfocando por setores, ou conjunto de processos. Visa identificar as oportunidades de melhorias, tendo como referência as listas de verificação. Estão disponíveis as listas dos programas
de acreditação do PALC da SBPC/ML, do DICQ
da SBAC e também as exigências do Regulamento Técnico da RDC 302/2005 da Anvisa.
Usando o LiVer, você escolhe a lista original
da entidade de sua referência e realiza auditorias
com a verificação de cada requisito, assinalando
o que seu laboratório atende, o que não atende
e o que não se aplica a seu caso. Os requisitos da
lista que não são atendidos transformam-se em
oportunidades de melhorias e devem ser trabalhados por você e por seu pessoal, para que
sejam sanadas as não conformidades. Isso será
feito por meio do Plano de Ação Corretiva do
programa, que é um gerenciador de projetos, no
modelo 4W1H (O Que, Quem, Onde, Quando,
Como). Os responsáveis recebem as atribuições
e trabalham para as soluções. Ao final você terá
seu laboratório evoluído e organizado, atendendo à legislação da Anvisa e preparado para
buscar o reconhecimento por parte de uma das
entidades de acreditação, a Sociedade Brasileira
de Análises Clínicas, ou a Sociedade Brasileira
de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial.
O programa foi desenvolvido para que seja
usado por você e seu pessoal, mas também
permite que você inclua um consultor organizacional, que pode participar nas orientações
em diferentes níveis de complexidade, conforme o porte do laboratório. Esta é uma notável
característica do novo LiVer: desde o “faça
você mesmo”, até um programa de consultoria
externa pleno e de grande resolutividade.
Tel: (31)3273-7478
www.biosoft.com.br
A SBPC/ML quer
saber sua opinião
sobre a implantação
da TISS 3.02
A
Responda a pesquisa.
Bastam alguns minutos.
Não é preciso se identificar.
SBPC/ML está realizando uma pesquisa junto aos laboratórios clínicos
que atuam na prestação de serviços no sistema de saúde suplementar
para verificar qual é a situação real após a implantação da versão 3.02
do padrão TISS (Troca de Informações em Saúde Suplementar), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
As suas respostas são muito importantes. A SBPC/ML vem atuando junto à ANS
para defender as necessidades dos prestadores de serviços laboratoriais e pretende
apresentar a situação atual da implantação da nova versão do padrão TISS.
A pesquisa é anônima — não é preciso se identificar nem informar o nome do
laboratório para responder — e requer apenas alguns minutos.
A TISS 3.02 está em vigor desde o dia 1º de setembro deste ano, depois de sofrer
adiamentos, e é de uso obrigatório pelas operadoras de planos de saúde para a troca
eletrônica de informações com os prestadores de serviços e com a ANS.
Esta nova versão da TISS apresenta conquistas e benefícios para os prestadores
de serviços de saúde, como o recebimento de demonstrativo de pagamento (com os
registros e justificativas de glosas) e a possibilidade de realizar recurso para glosas
por meio eletrônico.
Para responder a pesquisa entre em https://pt.surveymonkey.com/s/F5F35MX.
12
13
o mercado atual
USA DIAGNÓSTICA:
QUIMIOLUMINESCÊNCIA
PARA TODOS
A
USA Diagnóstica tem uma linha completa de kits com
a metodologia Quimioluninescência (CLIA) e é a única
empresa no mercado nacional com a exclusividade da
marca MONOBIND.
A quimioluminescência é uma metodologia de alta sensibilidade e especificidade. Ideal para rotinas de pequeno e médio porte,
pois permite testes manuais, de curto tempo de incubação.
Além dos kits, a USA Diagnóstica possui um equipamento específico para CLIA, com a marca Monobind, que além da excelente
qualidade, possui baixo custo.
Para maior confiabilidade nos resultados, a USA Diagnóstica
oferece o MULTI-LIGAND, um soro controle específico para as
metodologias de quimioluminescência e ELISA.
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- Anti-TG
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- T3 Livre
- T3 Total
- T4 Livre
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- PSA Livre
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- TSH
- CEA
- AFP
- FSH
- LH
- PRL
- HCG
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- IgE Total
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produtos e equipamentos.
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Artigo
A
Sempre existe o que
comemorar
vontade de todos, ante a expectativa do encerramento de mais um ano e o início de um novo, sempre é
a de fartas comemorações, efusivos cumprimentos,
troca de lembranças, mimos e carinhos afetuosos.
Nada mais saudável do que festejarmos certas datas que existem em todas as religiões, seitas e até nos mais profundos ateísmos.
Os diversos calendários religiosos marcam uma data em que o motivo é a confraternização e, fundamentalmente, o querer bem.
É um componente emocional de todos, o extravasamento
afetivo procurando desejar tudo de bom e do melhor, pensando
bem, até para os desafetos.
O desarmamento, mesmo que momentâneo.
Transpondo estas reflexões para o setor laboratorial lamentavelmente não se pode pensar da mesma forma. As expectativas de um futuro melhor que o presente, ou pelo menos parecido com anos remotos se esvaem a todo o momento.
Nada deve mudar, não obstante o trabalho quase insano da
SBAC, sempre irmanada às demais entidades do setor, quer societárias, sindicais ou representativas de todos os segmentos que
orbitam na área da saúde.
Novos nomes poderão surgir. As idéias e os conceitos seguirão iguais.
Portanto, mais uma vez, as esperanças de dias melhores tendem a se esvair. O pensamento central dos dirigentes maiores
de todos os Sistemas e Secretarias que regulam a assistência em
saúde no país orientam-se pelo desprezo permanente ao setor
privado, afirmando sempre que o lucro em saúde é uma palavra
proibida, execrável e portanto e banível em todas as situações.
Privilegiam os serviços públicos, mesmo aqueles que não
possuem a mínima resolutividade.
Chegamos a um momento impar da nossa economia, quando a Presidenta, legitimamente reeleita, convida para Ministro
da Fazenda um profissional que, em todos os sentidos, acredita,
professa e executa teorias econômicas totalmente conflitantes
com os conceitos atuais, inclusive com os da Sra. Presidenta.
Certamente os privilégios às medidas de austeridade para a contenção da inflação abalarão vários segmentos.
14
IRINEU GRINBERG,
Presidente da SBAC
[email protected]
Restarão perguntas.
Como ficará o setor Saúde, atingido por uma crise sem
precedentes ? Como resistirão os Laboratórios Clínicos com a
tabela do SUS congelada há vinte anos e pressionados permanentemente pelas operadoras de planos de saúde por preços
mais baixos ?
Como ante as novas Resoluções Normativas, a ANS enxergará este fato ?
De que forma os laboratórios poderão continuar aplicando
todos os preceitos, conceitos e inovações de qualidade e segurança do paciente legislados pela ANVISA e com a colaboração
voluntária de todas as nossas entidades ?
De que forma poderão ser pagos os tributos extorsivos impostos ao setor, ante um anúncio de aumento de carga tributária?
Quantos Laboratórios de Análises Clínicas continuarão encerrando as suas atividades ao cabo dos próximos quatro anos ?
Quem teria a resposta certa para todas estas indagações ?
De qualquer forma, as festas devem ser comemoradas, de
modo efusivo, porém com austeridade, antevendo o que se
aproxima.
15
Artigo
Cerco ao câncer humano
O câncer é uma doença milenar. Há mais de 200 tipos diferentes de câncer e dentro de cada tipos existem variações
conhecidas como subtipos. Essa informação justifica a impossibilidade de obter uma “vacina” contra a doença, conforme
o sonho e o desejo das pessoas. É importante destacar que
o câncer é uma tentativa biológica da evolução das espécies,
quer seja animal ou vegetal, para fazer com que as células se
tornem imortais. Nesse contexto, com inúmeros erros biológicos que acometem as células escolhidas para essas tentativas
de imortalidades, ou atacadas por substâncias tóxicas, surgem
os tumores. Felizmente, o organismo humano tem capacidade de eliminar, na maioria das vezes, esses focos de rebeliões
celulares, evitando o prosseguimento da vida das células tumorais. Portanto, o câncer é produto da própria evolução humana, onde o ambiente em que vivemos e os nossos hábitos
pessoais tem importâncias fundamentais. São por essas razões
que 95% de todos os tipos de câncer são adquiridos por meio
das agressões ambientais (poluições químicas e radioativas) e
hábitos pessoais (excessos de: gorduras trans e saturadas, nitrosaminas, fumo, álcool, obesidade, stress e contaminações
por alguns tipos de vírus e bactérias). Os outros 5% de câncer
são hereditários. A incidência aumenta na relação direta com
a pouca cultura das pessoas e do baixo interesse político de
resolução. No Brasil, cerca de 2,5 milhões de pessoas padecem
de câncer, ou seja uma entre cada 80 pessoas tem a doença.
Embora o câncer tenha sido uma doença assustadora
ao longo dos tempos, sua repercussão tem aumentado quer
seja pelos diagnósticos precoces, pelas informações da mídia e
pelas possibilidades de tratamentos com sucessos, fatos antes
inimagináveis. No Brasil, a oncologia tornou-se especialidade
há pouco mais de 30 anos. Nesse período o surgimento do vírus HIV induziu as indústrias farmacêuticas a produzirem remédios inteligentes. Nas várias tentativas de se obter esses remédios, surgiram ramificações que beneficiaram o tratamento
de alguns tipos de câncer e que se tornaram efetivos contra
a progressão dos tumores. Além disso, o progresso da informática foi acoplada aos equipamentos de diagnósticos por
imagens permitindo diagnósticos precoces e sensíveis. Nesse
mesmo período surgiram técnicas laboratórios de diagnósticos de DNA que permitiram qualificar com mais sensibilidade
os tipos e subtipos de câncer e direcionar a eles tratamentos
cada vez mais específicos.
Recentemente, início de setembro, estive em Cambridge, Inglaterra, para conhecer um programa científico muito
bem elaborado e que certamente nos fará conhecer de fato os
segredos biológicos do câncer. Trata-se do Genomics England,
que ao custo de 300 milhões de libras esterlinas - valor equivalente ao que o governo brasileiro dispendeu para construir a
arena Manaus para os jogos da copa do mundo de 2014 – analisará o DNA de 25 mil pessoas com câncer. Esse estudo é um
dos mais objetivos e estratégicos pois verificará, por exemplo,
para tumores instalados em um determinado órgão, as diferenças entre as células daqueles tumores e as células sadias nos
órgãos em que apareceram aqueles tumores. Ou seja, numa
Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum
Professor Titular pela UNESP
Diretor da Academia de
Ciência e Tecnologia
Acadêmico da ARLC
mesma pessoa, analisa-se um órgão, por exemplo, o fígado,
na região em que está instalado o tumor e na região sadia. Verificam-se as transformações que ocorreram nas células normais que se transformaram em células tumorais, por meio de
análises de seus DNAs, proteínas, enzimas e hormônios. Com
o auxílio de programas de informática, os resultados serão investigados e certamente se extrairá informações que auxiliam
evitar a origem de tumores ou as sequências de suas progressões, bloqueando sua transformação em câncer. O término do
programa está previsto para 2017. Drogas inteligentes serão
produzidas para atacar apenas as células tumorais, decretando
gradualmente o fim da quimioterapia, conforme prevê a equipe de pesquisadores britânicos.
o mercado atual
EASYstrainer™ peneira celular simplifica o trabalho asséptico
A
Greiner Bio-One, parceira em tecnologia para
indústrias farmacêuticas e de diagnóstico, desenvolveu o EASYstrainer™, uma peneira de células
para a filtração de suspensões celulares. A peneira é ideal para
preparação de células para citometria de fluxo e para separar
células após a dissociação celular de tecidos, como parte do
processo de extracção de células primárias.
Ao filtrar suspensões celulares, é muito importante que o
filtro estéril não se contamine por meio de um contato acidental. É por isso que a Greiner Bio-One projetou o EASYstrainer™ com capa na borda montada diretamente sobre a peneira.
O manuseio também foi facilitado pela superfície estruturada da peneira. Além disso, a embalagem “bolha” assegura uma
remoção asséptica confiável das peneiras. O design especial do
EASYstrainer™ se caracteriza por uma fresta de ventilação entre
o tubo de coleta e a peneira celular.
O ar no tubo pode escapar através desta fresta durante a filtração. Assim, a filtração é rápida e evita o transbordamento. O
EASYstrainer™ não necessita de material de filtração na parte
lateral. Esta propriedade especial evita o acúmulo do líquida entre a peneira e o tubo, dimunindo o risco de contaminação. O
EASYstrainer™ é adequado para todos os tubos padrão (50ml) e
16
está disponível em malhas nos tamanhos 40µm (na cor verde),
70 µm (na cor azul) e 100 µm (na cor amarela).
Para mais informações, entre em contato: Greiner Bio-One Brasil Av. Affonso Pansan, nº 1.967 - Vila Bertini Americana/SP – 13.473-620 Telefone: +55 (19) 3468-9600 Fax: +55
(19) 3468-9601 E-mail: [email protected]
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o mercado atual
A
Ebola vírus
doença por vírus Ebola é uma doença
que atinge seres humanos e outros mamíferos, é grave e muitas vezes fatal, com
uma taxa de letalidade que pode chegar até 90%.
O Ebola foi identificado pela primeira vez em
1976, em dois surtos simultâneos, um em uma aldeia
perto do rio Ebola, na República Democrática do
Congo, e outro em uma área remota do Sudão.
O Ebola vírus é da família Filoviridae (cujos membros são chamados de Filovírus). O vírus é classificado em
subtipos: Ebola Zaire; Ebola Sudão; Ebola Costa do Marfim; Ebola Bundibugyo; Ebola Reston. Todos estes subtipos são encontrados na África, exceto o Ebola Reston que
é encontrado nas Filipinas, mas que não causa doenças em
seres humanos, há relatos somente em animais.
Os hospedeiros prováveis do vírus Ebola são os
primatas não humanos como morcegos frugívoros,
macacos, porcos, dentre outros animais. Provavelmente na África, os surtos originaram devido ao contato das
pessoas com carnes cruas dos animais infectados.
A transmissão entre humanos pode ocorrer através de contato direto com sangue, fluidos corporais,
secreções como (saliva, urina, fezes, sêmen) de seres
humanos infectados, durante funerais e rituais de sepultamento. As pessoas que morrem contaminadas
com o vírus devem ser manuseadas com vestuário de
proteção, luvas e devem ser enterrados imediatamente.
O vírus não é transmitido pelo ar, água ou alimentos.
Não há transmissão durante o período de incubação,
somente após o aparecimento dos sinais e sintomas.
O período de incubação ou intervalo de infecção
e início dos sintomas varia entre 1 a 21 dias. Os sinais
típicos do quadro clínico caracterizam-se por febre,
dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta. Os
sintomas incluem vômitos, diarréia, fraqueza intensa,
disfunção hepática, erupção cutânea, insuficiência renal, em determinados casos hemorragia. A infecção
da doença vírus Ebola só pode ser confirmado através
de testes laboratoriais.
Para diagnóstico laboratorial da infecção, se faz
necessário realizar coleta da amostra do paciente
possivelmente infectado. A orientação para proceder a coleta, é que o profissional da saúde esteja devidamente paramentado com os equipamentos de
proteção individual necessários para evitar possível
contaminação.
Os achados laboratoriais incluem glóbulos bran-
cos e plaquetas baixas, enzimas hepáticas elevadas
(TGO e TGP), hiperproteinemia, proteinúria e aumento dos tempos de coagulação (TP e TTPA).
O tratamento que cure o Ebola ainda é inexistente. Alguns tratamentos experimentais já têm sido
testados, mas não estão disponíveis para uso geral.
Os pacientes de Ebola requerem tratamento intensivo em hospitais de referência, fazendo uso de fluidos
intravenosos ou de reidratação oral com soluções que
contenham eletrólitos.
Atualmente não há medicamento ou vacina, está
sendo estudado e desenvolvido medidas de combate
na propagação do vírus. Só que nenhuma delas está
disponível para uso clínico no momento.
A Biotécnica disponibiliza em sua linha de produtos
os reagentes de ALT-TGP; AST-TGO; Proteína Urinária,
Protrombina (TP), Tromboplastina (TTPa), sendo aplicáveis para testes manuais e automatizados. Conforme
mencionados esses testes são realizados em pacientes
com suspeita de contaminação pelo vírus Ebola.
Referências
1. Ministério da Saúde. Ebola. Informe técnico e orientações para
as ações de vigilância e serviços de saúde de referência. Acessado em:
03/11/2014.
2. World Health Organization. Frequently asked questions on
Ebola vírus disease. Acessado em: 03/11/2014.
Lidiane Pimenta
www.biotecnica.ind.br
[email protected]
+55 (35) 3214-4646
Diálogos da ultra modernidade
Saúde no Brasil: o
desafio de empreender
na área
N
Por Hugo Rosin*
unca se falou tanto em saturação no mercado de saúde. Todos os anos, muitos profissionais são lançados ao mercado, mas acabam não tendo opções de investir e empreender dentro da profissão. Recentemente, o Ministério da Educação divulgou uma
pesquisa que aponta redução de 13% dos profissionais de saúde no Brasil, quadro que se repete pelo
segundo ano seguido. Caso essa tendência permaneça, ficaremos cada vez mais distantes de um país
com sistema de saúde compatível ao nível que almejamos ter.
Sem dúvida, os programas sociais implantados pelos governos, nos últimos anos, tem facilitado
a entrada de muitos alunos em cursos de nível superior, que outrora eram inatingíveis para esse público. Porém, se manter na profissão escolhida, depois de formado, tem sido um desafio gigantesco
para muitos profissionais de saúde.
Parte dessa dificuldade se deve à falta de qualificação dos estudantes para um assunto delicado:
a formação específica e orientada para o mercado. Historicamente, as disciplinas de economia profissional e afins têm ensinado algo muito próximo da realidade dos anos 80 e 90 para os seus alunos.
Modelos de negócio, que foram muito válidos e verdadeiros no século passado, tem sido replicados
por gerações dentro de diversas faculdades de ensino superior em saúde, sem provocar interesse e
os devidos questionamentos corretos dos alunos para um assunto tão importante em sua carreira.
Além de necessitarem de um preparo técnico, no que tange a administração e gestão do negócio
saúde, esses profissionais precisam conhecer as opções disponíveis no mercado e suas respectivas
estruturas. Por exemplo, o que é necessário para investir no próprio negócio, além de executar a
prestação do serviço final? Há modelos de negócios já prontos no mercado, que complementem
essa deficiência? As graduações não preparam o aluno para esse aspecto e, ao chegar nesta etapa da
vida profissional, se vê perdido, não sabendo como e onde investir.
Novos modelos de negócios estão surgindo e as franquias, muitas vezes, se mostram como
opções viáveis para os profissionais, hábeis tecnicamente, mas pouco preparados para manejar o
monstro chamado “mercado”. Em linhas gerais, os profissionais de saúde precisam reconhecer que,
assim como o conhecimento e os estudos para atuar na área da saúde são vitais para a população que
dela depende, a educação em gestão também é vital para a sobrevivência dos consultórios e clínicas.
Investir em ambos os conhecimentos é primordial para conseguir oferecer serviços de excelência, que envolvem não só a realização da consulta e exames, mas todos os aspectos gerenciais de uma
empresa, passando pela qualificação do atendimento, gestão comercial, logística, serviços agregados, pós-venda e uma série de outras ferramentas capazes de tornar toda a operação bem sucedida.
Pacientes serão sempre pacientes, mas qualquer paciência tem um limite. A saúde, no Brasil,
necessita de cuidados profissionais. Aqueles que souberem reconhecer as novas necessidades do
mercado e se dispuserem a aprender, além das fronteiras acadêmicas, conseguirão traçar novos
rumos, propiciando saltos gigantescos nessa área tão importante e, ao mesmo tempo, tão carente
da humanidade.
Hugo Rosin é diretor executivo da DVI Radiologia, cirurgião-dentista formado pela FORP-USP,
especialista em radiologia pela FOP-UNICAMP e especialista em ortodontia pela FOAR-UNESP.
18
Cadri Massuda - presidente da Abramge PR/SC –
Associação Brasileira de Medicina de Grupo Regional
Paraná e Santa Catarina.
19
Tecnologia
Exames respiratórios e de hematologia são
entregues em 15 minutos
Nova tecnologia identifica os 10 principais exames solicitados por médicos e apresenta tempo de coleta por meios convencionais x laudos imediatos
A
Nagis Health, empresa que atua com
pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para a área de saúde, concluiu
um estudo por meio do BDS – Banco de Dados
Nacional de Sinistralidade, que monitora dados
epidemiológicos e de sinistros de milhões de beneficiários de operadoras de saúde. Trata-se de
uma pesquisa realizada junto a um novo modelo de atendimento para a medicina diagnóstica
preventiva, feita através das Unidades de Exames
Rápidos, tecnologia recém-lançada pela empresa
no Brasil. Resultados de exames como os de hematologia e respiratórios podem ser entregues em 15
minutos, se comparados a métodos convencionais
que podem demorar entre 24 horas e 30 dias.
O novo dispositivo é capaz de realizar cerca
de 70% dos exames solicitados pela maioria dos
médicos e apresentar resultados imediatos. O estudo identificou os 10 principais exames solicitados por médicos e comparou o tempo de emissão
de resultados entre o setor privado, público e das
UER’s. Veja comparativo no quadro ao lado.
Outro diferencial das UERs está na forma
de laudagem. “Exames que exigem emissão de
laudo médico, como o exame de ECG, acionam
automaticamente uma central de telemedicina,
que conta com o apoio de médicos especialistas para emissão de laudo imediato (15 minutos) via Internet. Este serviço funciona 7 dias
por semana, 24 horas por dia”, explica Marques.
“A conclusão do estudo aponta que, com a utilização das UER’s o paciente tem o diagnóstico
no mesmo dia, considerado imediato, permitindo que o médico possa oferecer o tratamento
adequado na hora, o que não exige retorno de
consulta, apenas para a definição dos cuidados
dias depois do primeiro atendimento”, explica o
diretor da Nagis Health e idealizador do projeto,
Wagner Marques.
Atualmente, uma das Unidades de Exames
Rápidos está disponível para conhecimento da população, principalmente autoridades médicas, na
Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 53 – 12º
andar – Paraíso, São Paulo. O agendamento e as
visitas ocorrem das 9h00h às 18h00, em dias úteis
pelo telefone: (41) 3014-2345. Mais informações:
www.nagis.com.br
Sobre as Unidades de Exames Rápidos
As Unidades de Exames Rápidos são um projeto inédito e inovador para exames laboratoriais
e de imagens, destinados aos sistemas públicos e
privados de saúde do Brasil, possuindo duas finalidades: diagnósticos e prevenção (checkup).
As UERs podem funcionar dentro de policlínicas, clínicas médicas, hospitais e unidades
de saúde públicas, como unidades básicas e unidades 24h. Além disso, alguns projetos estão sendo montados para atender Secretarias de Justiça,
Secretaria de Esportes e Secretarias de Educação
de todo o país. As Unidades são concretizadas de
duas formas, com instalações fixas ou móveis e são
operadas por profissionais de saúde, como biomédicos e enfermeiros. São oferecidos para diagnóstico, além dos exames convencionais de sangue
e imagem, outros exames como os de urgência,
emergência e infecto contagiosos.
“A expectativa é que as Unidades de Exames
Rápidos também sejam amplamente utilizadas na
iniciativa privada para atender a medicina ocupacional. Já iniciamos também as negociações em
países de três continentes”, afirma Wagner Marques, diretor da NAGIS Health.
A primeira unidade franqueada foi a Policlínica Capão Raso, localizada na cidade de
Curitiba. A policlínica realiza, em média, 240
mil atendimentos por ano. Mais informações em
www.nagis.com.br.
20
21
Artigo
Saúde parece não ser prioridade
No último dia 12 de novembro, o Senado rejeitou, em
sessão de votação, o fim dos impostos sobre medicamentos
de uso humano. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
115/2011 proibia a cobrança de qualquer imposto sobre este
tipo de medicamento, por meio de isenção gradual, na medida de 20% por ano, o que determinaria a isenção total em
5 anos.
A justificativa da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi
de que a redução da carga tributária prevista na PEC resultaria em impacto negativo sobre os orçamentos estaduais
e municipais, seja pela redução de IPI nas localidades que
sediam indústrias farmacêuticas ou por queda nos repasses
dos FPE (Fundos de Participação dos Estados) e FPM (dos
municípios).
Há cerca de 20 projetos de lei tramitando no Congres-
so que tratam desse assunto. Mostra de que o tema é caro à
sociedade, e precisaria ser tratado com celeridade. No Brasil, a tributação de remédios alcança o patamar de 34%. No
Reino Unido, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, México
e Venezuela, o tributo é zero. Na França, Suíça, Espanha,
Portugal, Holanda, Bélgica e Itália, o máximo cobrado é
10%.
Além de não considerar o cenário mundial no que diz
respeito à tributação de medicamentos, a senadora Gleise
Hoffmann ainda utiliza um argumento nada convincente ao dizer que haveria redução drástica na arrecadação
de IPI. Isso porque, segundo a Tabela de Incidência do
IPI, da própria Presidência da República, em seu capítulo 30, já consta que os medicamentos de uso humano possuem alíquota zero na incidência deste imposto
Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios
do Estado de São Paulo (FEHOESP e
SINDHOSP) e do SINDRibeirão
(vide o link http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/2011/Decreto/Anexo/And7660.pdf). Os maiores vilões
são, na verdade, o imposto estadual ICMS e os federais PIS/
Cofins. E embora haja uma lista de 174 substâncias utilizadas
em medicamentos que estejam livres do PIS/Cofins desde julho deste ano, a Frente Parlamentar para Desoneração dos
Medicamentos defende que os remédios estejam no patamar
da cesta básica, zerada de impostos federais. Além disso, o
governo controla o preço dos remédios e, por isso, seria o
responsável por garantir que a isenção de impostos fosse repassada ao consumidor.
Não parece lógico que o governo, o maior cliente do mercado farmacêutico, mantenha a tributação que ele próprio
paga. E já existem experiências, como São Paulo, que pratica
a desoneração do seu imposto, o ICMS, nas compras de medicamentos que ele mesmo faz. Ora, se São Paulo, o maior
estado arrecadador do Brasil, consegue abrir mão deste quinhão, por que não o Governo Federal?
É só uma questão de prioridades...
Nova Geração
Alimentação
dos acompanhantes de
pacientes internados é um
direito ainda
desconhecido
A
alimentação dos acompanhantes de pacientes internados em
hospitais ainda é um direito desconhecido. Segundo a advogada
Danielle Bitetti, toda pessoa que
estiver acompanhando um menor de idade ou um
idoso no hospital tem direito a receber alimentação - seja no Sistema Público de Saúde (SUS) ou
em hospitais particulares.
Segundo Danielle, diversas leis garantem que
as despesas de alimentação, acomodação e deslocamento dos acompanhantes dos pacientes não
devem ser arcadas por eles próprios, a fim de que
o idoso, a criança e o adolescente possam ter sempre uma pessoa ao seu lado.
Para isso, os usuários devem se informar na
unidade de saúde acerca dos documentos que devem ser apresentados e das exigências que devem
ser cumpridas. Ainda de acordo com Danielle
Bitetti, caso tenha seu direito negado por algum
motivo, o consumidor pode e deve fazer uma reclamação no Ministério da Saúde - e reunir os
comprovantes de gastos para cobrar do poder público ou das operadoras, nos casos de planos particulares de saúde.
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23
24
25
Resolução 2110/2014
F
CFM define fluxos e responsabilidades do SAMU e
outros serviços móveis de urgência e emergência
oi publicada no Diário Oficial da União (DOU), no dia 19
de novembro, a Resolução CFM nº 2.110/2014, que normatiza fluxos e responsabilidades dos serviços pré-hospitalares móveis de urgência e emergência, dentre eles os SAMUs que
atendem os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A norma
estabelece critérios que buscam trazer melhorias na assistência oferecida, beneficiando, sobretudo, os pacientes.
A nova norma do CFM dialoga com outras duas resoluções da
autarquia, publicadas em setembro, que definiram fluxos e responsabilidades para o atendimento em urgências e emergências (UPAs e
prontos-socorros). As Resoluções CFM 2.077
e 2.079 exigem dos gestores a garantia de leitos
para receber pacientes que precisam de internação, regulamentam o funcionamento dos
sistemas de classificação de risco e orientam
os médicos ao um acompanhamento mais intenso da evolução dos pacientes graves dentro
da rede pública.
Transporte de pacientes - Entre outros pontos, a Resolução
2.110/2014 destaca que os serviços pré-hospitalares móveis de urgência e emergência ligados ao SUS devem, obrigatoriamente, priorizar
os atendimentos primários (em domicílio, ambiente público ou via
pública) por ordem de complexidade e não a transferência de pacientes dentro da própria rede.
“O que vemos hoje são grande parte das ambulâncias realizando
transporte de pacientes para hospitais. Não é atribuição das SAMUs
levarem pacientes para realizarem exames complementares”, explicou o 1º vice-presidente do CFM e relator da Resolução, Mauro Britto Ribeiro. A tarefa de providenciar este tipo de transporte cabe aos
gestores locais, sem, contudo, impedir o fluxo ou reter ambulâncias
do SAMU, que devem, prioritariamente, se ocupar do atendimento
de casos graves e de acidentados.
Retenção de macas – Outra questão que a Resolução CFM
2.110/2014 aborda é quanto as liberação de macas das ambulâncias
do SAMU. As retenções desses equipamentos se repetem em vários
hospitais pelo país, pois há uma grande quantidade de pacientes que
não conseguem leitos ao chegar nas unidades de saúde. Com isso, os
veículos ficam parados, na entrada das unidades aguardando a liberação, e ficam impedidos de atender outros chamados de urgência.
Segundo a nova norma do CFM, no caso de falta de macas - ou
qualquer outra condição que impossibilite a liberação da equipe, dos
equipamentos e da ambulância -, o médico plantonista responsável
pelo setor de urgência deverá comunicar imediatamente o fato ao
coordenador de fluxo ou diretor técnico do hospital. Para a autarquia, este profissional deverá tomar as providências imediatas para a
liberação da equipe com a ambulância.
Vaga zero - A Resolução do CFM 2.110/2014 determina ainda
que a chamada “vaga zero” seja prerrogativa e responsabilidade exclusiva do médico regulador de urgências. Para O CFM, o recurso
é essencial para garantir acesso imediato aos pacientes com risco
de morte ou sofrimento intenso, mas deve
ser considerada como situação de exceção
e não uma prática cotidiana na atenção às
urgências.
Pela regra do CFM, o médico regulador
no caso de utilizar o recurso vaga zero, deverá, obrigatoriamente, fazer contato telefônico com o médico que receberá o paciente no
hospital de referência, detalhando o quadro
clínico e justificando o encaminhamento.
Por sua vez, se a unidade enfrentar o problema de superlotação, o seu responsável deverá comunicar o fato
aos responsáveis pela gestão para que seja encontrada uma solução,
conforme previsto nas Resoluções CFM nº 2.077 e nº 2.079.
Serviço médico - A norma afirma também que o sistema de
atendimento pré-hospitalar móvel de urgência e emergência é um
serviço médico e, portanto, sua coordenação, regulação e supervisão
direta e a distância deve ser efetuada por um médico, com ações
que possibilitem a realização de diagnóstico imediato nos agravos
ocorridos, com a consequente terapêutica.
Assim, de acordo com a Resolução 2.110, todo o serviço de atendimento pré-hospitalar móvel passa a ter a obrigatoriedade de um
diretor clínico e diretor técnico, ambos com registro no Conselho
Regional de Medicina (CRM) da Jurisdição onde se localiza o serviço, os quais responderão pelas ocorrências de acordo com as normas
legais vigentes.
Crise perversa - Na opinião do relator Mauro Britto Ribeiro, o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgència “é um dos programas
mais importantes e relevantes para a saúde pública já criados no
Brasil”. Segundo o conselheiro, após sua entrada em funcionamento
“´pacientes que antes morriam em suas residências ou vias públicas
passaram a chegar aos hospitais e prontos-socorros com vida”.
Contudo, Mauro Ribeiro salienta que o “SAMU se encontra precarizado, com falta de condições estruturais, de equipamentos e de
recursos humanos que permitam que cumpra seu papel de forma
26
efetiva. É responsabilidade dos gestores tomarem providências para
que este projeto continue a salvar vidas”. Com a Resolução nº 2.110,
o CFM quer contribuir apontando possíveis soluções para o aperfeiçoamento do atual modelo.
“Mais do que uma norma ética, este documento do CFM, assim
como outros, é um instrumento de defesa da assistência e de proteção do médico. Com ele, o profissional se resguarda, ao apontar aos
gestores as dificuldades e os limites do atendimento”, disse o conselheiro Mauro Ribeiro, pois, segundo o texto da Resolução CFM
2.110/2014, as más condições de trabalho do médico no serviço
pré-hospitalar móvel de urgência podem comprometer a capacidade
dos médicos e das equipes de fazerem o melhor pelo paciente.
Conheça os destaques da Resolução CFM 2.110/2014
Atendimento primário - O serviço pré-hospitalar móvel de urgência e emergência deve, obrigatoriamente, priorizar os atendimentos primários em domicílio, ambiente público ou via pública, por
ordem de complexidade, e não a transferência de pacientes na rede.
Serviço privado - A responsabilidade da transferência de pacientes na rede privada é de competência das instituições ou operadoras dos planos de saúde, devendo as mesmas oferecer as condições
ideais para a remoção.
Jornada de trabalho - Recomenda-se que, para o médico regulador quando em jornada de 12 horas de plantão, deverá ser observada uma hora de descanso remunerado para cada cinco horas de
trabalho.
Prerrogativa médica - Vaga zero é prerrogativa e responsabilidade exclusiva do médico regulador de urgências, e este é um recurso essencial para garantir acesso imediato aos pacientes com risco de
morte ou sofrimento intenso, devendo ser considerada como situação de exceção e não uma prática cotidiana na atenção às urgências.
Atendimento - É de responsabilidade do médico receptor da unidade de saúde que faz o primeiro atendimento a paciente grave na sala
de reanimação liberar a ambulância e a equipe, juntamente com seus
equipamentos, que não poderão ficar retidos em nenhuma hipótese.
Óbito - O médico intervencionista, quando acionado em situação de óbito não assistido, deverá obrigatoriamente constatá-lo,
mas não atestá-lo. Neste caso, deverá comunicar o fato ao médico
regulador, que acionará as policias civil, militar ou o Serviço de Verificação de Óbito para que tomem as providências legais. Paciente
com morte natural assistida pelo médico intervencionista deverá ter
o atestado de óbito fornecido pelo mesmo, desde que tenha a causa
mortis definida.
27
Artigo
Cidadão Saúde, o alívio que
vem pela internet
J
á faz algum tempo que venho colecionando
indicações de sites de saúde para divulgar
para os leitores do Labornews. Um dos
que me chamou a atenção foi o iTriage, onde se
pode obter um diagnóstico preliminar em função
dos sintomas e conhecer detalhes das doenças,
em linguagem simples e objetiva. Lá também são
listadas as opções de prestadores de serviços que
podem lhe atender (médicos, pronto-socorros,
etc.). E a promessa de que ali seria um lugar para
gerenciar de maneira conveniente as informações
relacionadas à sua saúde, disponíveis onde e
quando você precisar. Tem também o WebMD,
com um avaliador de sintomas, um identificador
de pílulas, dicas de saúde, etc. Mas esses são sites
americanos.
Eis que me deparei esses dias com um artigo
do Istvan Camargo, intitulado “7 redes sociais de
saúde que você precisa conhecer!” Veio a calhar.
Acontece que o Istvan é o fundador do Cidadão
Saúde, um site brasileiro, criado para aproximar
pessoas com sintomas de saúde semelhantes. A ideia
é que através do compartilhamento de experiências
todos ganham. Neste momento, o site abriga duas
comunidades, uma para o Autismo e outra para
a Fibromialgia. Mas solicita o cadastramento
de interessados em outras doenças para formar
novas comunidades. Podem se inscrever tanto os
pacientes como os profissionais de saúde, ou ainda
os familiares/cuidadores.
Mas vamos aproveitar alguma das indicações do
Istvan, que, segundo ele, são as redes que usa como
Fator VIII
Hemobrás distribui medicamentos para
pessoas com
hemofilia sob
novo rótulo
A
Pedro Silvano Gunther
[email protected]
inspiração para os seus projetos. Começa pela
PatientsLikeMe, dos irmãos Jamie e Ben Heywood,
que nasceu como uma extensão do centro de
pesquisa que criaram em casa para tentar descobrir
uma cura para a doença do irmão mais novo, e hoje
presta serviços para laboratórios multinacionais
como Merck e Pfizer. Depois vem a CureTogheter,
que exibe o ranking de terapias seguidas por grupos
de pacientes das mais diversas doenças, para que
possam conhecer melhores alternativas de cura.
Tem também a Webtribes, criada para aproximar
pessoas que sofrem de depressão, ansiedade,
transtorno bipolar dentre outras e que querem
dividir seus sentimentos com quem enfrenta os
mesmos problemas.
Segundo Istvan “o próprio tempo se encarrega
de incluir em nossas vidas soluções baseadas no
avanço da tecnologia – e com elas novos desafios.
Estamos apenas começando a desvendar esse novo
horizonte.
28
partir deste mês de dezembro, a Empresa Brasileira
de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) iniciará a distribuição dos fatores de coagulação Hemo
-8r. O produto, utilizado para repor o fator VIII, responsável pela
coagulação do sangue em pessoas e crianças com hemofilia A,
já é distribuído pela Hemobrás, mas com outro nome e embalagem. A partir do mês que vem será distribuído sob o rótulo de
Hemo-8r.
O produto não terá o abastecimento alterado no mercado,
pois sua produção é realizada por engenharia genética e produzido em larga escala de acordo com a Federação Brasileira de Hemofilia (FBH). O processo de distribuição será o mesmo já feito
atualmente, somente haverá toca de embalagem e do nome do
produto, como parte do processo da transferência de tecnologia.
“As pessoas que dependem do fator VIII recombinante para
realizar a profilaxia e tratar sangramentos, desde os simples,
como um corte pequeno, até tratamentos dentários, quedas, traumas ortopédicos e sangramentos mais graves, sempre terão seu
medicamento disponível e devem continuar buscando junto aos
Centros de Tratamento de Hemofilia (CTH) os melhores tratamentos que estão disponíveis no Ministério da Saúde (MS) pelo
SUS desde 2011”, explica a presidente Tania Pietrobelli.
“A tecnologia do fator VIII recombinante que está sendo
transferida para o Brasil não tem nenhum material humano em
seu processo de produção, sendo portanto muito seguro em relação a qualquer tipo de contaminação viral mas, seu principal
diferencial em relação ao fator plasmático é a possibilidade de
fabricá-lo em larga escala, de acordo com a necessidade dos pacientes.” diz Mariana Battazza Freire, vice presidente da FBH.
Site: www.hemofiliabrasil.org.br
Facebook: www.facebook.com/Hemofilia
29
UFSCAR
2015
Hospitalar
Feira Internacional de Produtos, Equipamentos,
Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios, realizada em São Paulo,
é o maior evento especializado nesta área, em todo continente americano. Feira multisetorial e a mais completa
mostra de produtos para a área de saúde, a Hospitalar
apresenta milhares de itens em equipamentos médicos,
produtos e serviços, funcionando como palco de novos
lançamentos e ponto de encontro entre fornecedores e
seus clientes. São 1.250 expositores e 90.000 visitas profissionais, incluindo pesquisadores, os pensadores do
setor da saúde e milhares de dirigentes hospitalares, médicos, enfermeiros e profissionais que influenciam e/ou
decidem as compras de hospitais, clínicas, consultórios
e laboratórios.
De 19 a 22 de maio de 2015
42º Congresso Brasileiro de Análises
Clínicas
3º Núcleo de Gestão e Qualidade Laboratorial
De 21 a 24 de junho de 2015
Pavilhão 5 do Riocentro
Rio de Janeiro – RJ
49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica
Em Fortaleza (CE), de 29 de setembro a 2 de
outubro de 2015. O evento acontecerá no centro
de Eventos do Ceará.
O presidente do Congresso será Tadeu Sombreira, presidente da SBPC/ML do Ceará.
Aluno é premiado por
pesquisa inovadora sobre
cura de câncer
O
aluno do Programa de Pós Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Willian Shigeyosi, foi contemplado com o prêmio da revista ACS-Langmuir por sua pesquisa intitulada “Iron Oxide Nanoparticles Produced With Different Coatings and Their Cytotoxic
Effect Evaluation” (Nanopartículas de óxido de ferro produzidas com diferentes recobrimentos e avaliação do
seus efeitos citotóxicos). Willian cursa o doutorado na UFSCar sob a orientação do professor Sylvio Dionysio
de Souza e co-orientação do professor Mateus Borba Cardoso, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz
Síncroton (LNLS). O projeto possui ampla parceria com três laboratórios do Centro Nacional de Pesquisa
em Energia e Materiais (CNPEM), localizados em Campinas (SP): Laboratório de Biociências (LNBio), de
Nanotecnologia (LNNano) e o LNLS. A bolsa é proveniente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (Capes) e o material de pesquisa utilizado provém de projetos da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
De acordo com Sylvio, o principal objetivo da pesquisa é fornecer a cura de patologias como o câncer de
modo pontual e menos agressivo ao organismo humano. “A ideia inicial foi produzir um óxido de ferro que
pudesse ser ligado a um fármaco, que seria introduzido no organismo humano e endereçado para um determinado órgão doente – com câncer, por exemplo. Este composto de ferro, já no órgão desejado, seria submetido a um campo magnético oscilante para produzir calor e destruir as células doentes, com ação direta bem
localizada na região afetada”, explica o orientador. Willian explica que esses avanços no tratamento do câncer
são buscados através de magneto hipertermia com nanopartículas magnéticas de óxido de ferro. “A pesquisa
está intimamente relacionada aos laboratórios do CNPEM, local em que desenvolvo a síntese, grande parte da
caracterização e aplicações biológicas das minhas amostras”, relata Willian. Por ser um projeto multidisciplinar,
o professor Cardoso o viabilizou no campus do CNPEM.
Para o aluno, sua trajetória acadêmica na UFSCar foi essencial para a conquista do prêmio e para o avanço
de suas pesquisas. “O que me motiva é um sonho de fazer ciência não apenas para a universidade, mas também
para disseminar todo esse conhecimento à população. A UFSCar me ofereceu todo o suporte durante minha
jornada e o CNPEM me concedeu uma oportunidade valiosa”. Segundo o professor Sylvio, o objetivo do grupo
é fazer com que a pesquisa científica tenha um resultado importante. “A UFSCar está num processo contínuo
de construção acadêmica e mesmo um tijolo que possamos acrescentar nesta edificação institucional é motivo
de muita alegria a todos nós”, ressalta.
A premiação ACS-Langmuir foi concedida aos dez melhores pôsteres da conferência e divulgada no
Quarto Encontro sobre Estruturas Auto-Organizadas em Soluções e Interfaces (AutoOrg 2014), que aconteceu
de 5 a 7 de novembro na cidade de São Pedro (SP). Além de Willian, Jéssica Oliveira, atualmente aluna de doutorado em Química da Unicamp, também conquistou o Prêmio ACS-Langmuir. Jéssica foi aluna do curso de
graduação de Química da UFSCar e apresentou o projeto intitulado “Ag@SiO2-Ampicillin: promising material
for bacteria resistance” (Ag@SiO2 – Ampicilina: material promissor para a resistência de bactérias), também
feito em parceria com o LNLS.
Como forma de reconhecimento, os premiados receberam um certificado emitido pela própria revista
ACS-Langmuir na edição “The top ten best posters of AutoOrg2014 Conference” (“Os 10 melhores pôsteres
da Conferência AutoOrg 2014), bem como a quantia de 100 dólares para cada ganhador. “Para mim, este
reconhecimento é uma motivação para saber que estou no caminho certo. Minha expectativa é dar continuidade ao trabalho da melhor maneira possível e ver que ele pode salvar vidas. Também pretendo realizar
pós-doutorado no exterior para me especializar ainda mais no tema e trazer grandes avanços da pesquisa em
nanopartículas ao Brasil”, finaliza Willian.
30
31
Artigo
ANS: um parto que indiscutivelmente não deu certo
É
unanimidade no campo da saúde
que o Brasil precisa mapear e buscar
reduzir o número de cesarianas realizadas atualmente. Nos hospitais privados, elas
chegam a 80% dos partos, o que denota exagero, particularmente se comparado com países
do primeiro mundo, como França, Inglaterra,
Estados Unidos.
É importante que seja levado em consideração, no entanto, que não temos a mesma
malha social que essas nações. Fatores como a
pobreza, falta de esclarecimento, entre outros,
também interferem – e muito - no desfecho de
uma gravidez.
Além do mais, o próprio progresso da medicina tornou a conduta relevante para a mãe
e o bebê, evitando, por exemplo, sofrimento
fetal, fórceps, melhorando a condição e diminuindo riscos de um parto.
Naturalmente há cesarianas desnecessárias e não podemos
negar. Marcar hora para o nascimento de uma criança é algo
fora de propósito tanto para a gestante quanto para seu médico.
Assim, quando a Agência Nacional de Saúde Suplementar
sai a público com o discurso de que trabalhará para incentivar
os partos normais, muitos pensam que a medida é 100% salutar.
Contudo, as consultas públicas das Resoluções Normativas 55
e 56, da ANS, são razoáveis até certo ponto. Se bem analisadas,
também trazem pontos condenáveis e perigosos.
Ao dispor sobre o direito de acesso à informação das pacientes de planos de saúde às taxas de cirurgias cesáreas e de
partos normais, por estabelecimento de saúde e por médico, a
Agência põe o profissional de medicina em posição vulnerável,
e praticamente o taxa de algoz.
Claro que a gestante tem todo o direito de opinar sobre
como quer dar à luz. Entretanto, é necessário ver se haverá mes-
mo condição mínima para o parto normal, ou se a conduta se
tornará um risco à vida de mãe e bebê, e à própria prática segura
da medicina.
É essencial que todos compreendam que qualquer hospital/médico tem como dever zelar pela segurança dos pacientes,
pelo melhor atendimento. No parto, por exemplo, o indivíduo
que acompanha a gestante durante nove meses, muitas vezes em
outras gestações, possui plena condição de saber qual é a melhor
conduta obstétrica para garantir o bem-estar materno e fetal.
O fato de normatizar condutas vai contra os princípios da
prática e da ética médicas. Aliás, existe um conselho de ética
e o profissional de medicina deve responder exclusivamente a
ele. Quando técnicos, políticos e burocratas se aventuram a ditar regras em uma seara que não conhecem, o resultado tende
a ser catastrófico.
Casos de descolamento da placenta, prolapso do cordão
32
umbilical, sofrimento fetal e outros tantos justificam o procedimento cesariano. Obviamente, não
há regra; e a necessidade de fato depende de situação para situação.
Tentar reduzir cesarianas com a demonização
do médico não é o caminho; isso é certeza. Muitas
vezes elas são indispensáveis e urgentes, mas os demagogos fingem não saber disso.
Hoje, a conduta obstétrica depende de uma relação médico-paciente forte e de uma interação do
parceiro com a gestante, porque vários aspectos estão em jogo, não apenas a viabilização do parto. Aliás, o parto é um fenômeno fisiológico, e a via ideal
para acontecer é a via vaginal, porém nem sempre
é possível por muitos outros fatores, é multifatorial,
como salientado.
Por isso qualquer tipo de proposta para normatizá-lo jamais será aceita por nós, os médicos,
que temos a obrigação de bem assistir as pacientes.
É afronta aos princípios básicos do humanismo e da relação
médico-paciente e desvirtua a construção de valores que, aliás,
pouco importa às instituições que visam exclusivamente o mercantilismo e propiciar o enriquecimento dos gestores.
A questão é que a ANS não tem coragem de enfrentar as poderosas operadoras de planos de saúde e estabelecer condições
adequadas, inclusive em termos de remuneração, para os partos
normais. No meio do caos, volta-se sempre contra o mais fraco,
o profissional de medicina.
Lamentável, só nos leva mesmo a confirmar a tese de que
a Agência Nacional de Saúde Suplementar é fruto de um parto
que não deu certo.
Antonio Carlos Lopes,
presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica
http://emailmarketing.locaweb.com.br/accounts/29875
/messages/1251/openings/2486
33
Entrevista
C
Sociedade Brasileira de Urologia
onsiderado um dos mais renomados urologistas e especialistas mundiais em cirurgia de implante peniano,
o Dr. Rafael Carrion, professor associado de Urologia
e diretor de Pesquisa do Departamento de Urologia da Universidade do Sul da Flórida, esteve no Brasil para participar do World
Meeting on Sexual Medicine, organizado pela International Society
for Sexual Medicine (ISSM) e pela Sociedad Latinoamericana de
Medicina Sexual (SLAMS). Na capital paulista, além de participar
do congresso, o especialista também realizou cirurgias no Hospital
São Paulo e concedeu entrevista exclusiva ao hotsite da Campanha
De Volta ao Controle. Carrion falou sobre a prevalência da doença
nos Estados Unidos, o risco das doenças associadas, como diabetes
e problemas cardiovasculares, e o tabu que cerca a disfunção erétil.
Confira!
Dr. Carrion, como os urologistas devem orientar seus pacientes a evitar a disfunção erétil?
RC: É muito importante diagnosticar esse tipo de doença no início, porque ela tem vários níveis de complexidade. O comprometimento da função erétil, ou seja, quando as reações mudam, pode ter
início com coisas triviais, como sinais de envelhecimento, aumento de
peso ou mesmo alteração dos níveis de colesterol. O problema pode estar relacionado também a sintomas mais sérios, como níveis de açúcares frequentemente acima do normal, a presença de arteriosclerose
severa e outras desordens que podem impactar a saúde. Então, é muito importante reconhecer os sinais de disfunção erétil no diagnóstico,
porque não se trata mais de condições triviais. Os sintomas podem
ser sinais ocultos de uma condição clínica muito mais séria. Por isso
é tão importante cuidar da saúde, com boa dieta, exercícios e controle de estresse. Todos esses fatores têm um
papel importante e afetam indiretamente
a função erétil.
Sabemos que a disfunção erétil
atinge pelo menos 100 milhões de homens em todo o mundo. No Brasil, segundo dados do ano 2000 (Urology), a
DE atinge pelo menos 48% da população masculina a partir dos 40 anos, o
que equivale a 25 milhões de brasileiros. Desse total, quase 12 milhões estão
no estágio moderado a completo da
doença. E nos Estados Unidos, qual é a
incidência da doença?
RC: Nos Estados Unidos, as estatísticas mais recentes mostram que, entre
os homens acima de vinte anos, a prevalência oscila entre 17% e 19%. Na faixa acima dos quarenta anos, a situação
norte-americana é bastante semelhante à
realidade brasileira, ou seja, prevalência
acima dos 40%. Mas sabemos que há diferenças em certas condições, como a maior
propensão à doença comparada às outras
faixas etárias.
A disfunção erétil está relacionada a outras doenças, como diabetes,
cardiopatias e problemas vasculares. A partir de sua experiência no
tratamento dos casos mais graves,
quais indicadores clínicos devem ser
observados com mais atenção tanto
pelos urologistas quanto por médicos de outras especialidades para se
fazer o diagnóstico precoce e correto
da DE?
RC: Isso é realmente importante. É
preciso muita atenção para reconhecer
as condições especiais que acarretam a
E
X
P
E
D
I
E
N
T
E
34
disfunção erétil em suas
maiores taxas de prevalência. Nessas situações,
todo o sistema tem problemas. Muita gente
pensa ainda que disfunção erétil está associada
a patologias que afetam
apenas o pênis. Pelo contrário. O metabolismo de
diabéticos, por exemplo,
tem grande influência
sobre a disfunção erétil.
O mesmo vale para os
problemas vasculares,
que têm relação direta
com a doença. Por isso
é tão importante associar o conhecimento de diferentes áreas médicas no diagnóstico da DE, como medicina familiar, endocrinologia,
clínica geral e, claro, urologia, todas trabalhando juntas, de forma
multidisciplinar.
No Brasil, a disfunção erétil ainda é um tema polêmico, pouco discutido na imprensa e pouco enfrentado pelo homem e pela
família, já que é considerada um tabu. Como é essa realidade
nos Estados Unidos? O que pode ser feito para diminuir esse
problema?
RC: A cada ano que passa, o tabu é menor. Hoje em dia, há um
trabalho muito mais amplo de conscientização sobre saúde masculina e saúde sexual que tem recebido mais atenção da mídia e impactado cada vez mais pessoas. Mesmo que esse trabalho ainda não seja
feito de forma ideal, em comparação com o que havia há trinta anos,
certamente houve uma grande evolução em termos de conscientização para médicos e pacientes. É preciso educar os dois lados.
Sobre a Campanha Nacional Contra a Disfunção Erétil - De
Volta ao Controle
A Campanha Nacional Contra a Disfunção Erétil - De Volta
ao controle é uma ação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
com objetivo de conscientizar a população brasileira sobre prevenção e tratamentos disponíveis para a doença, sobretudo nos estágios severo e completo. A ideia é desmistificar o assunto, garantir
o acesso à informação sobre todas as soluções disponíveis, fazendo
o homem procurar tratamento adequado para recuperação da atividade sexual.
Melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros com
indicação cirúrgica para o tratamento da disfunção erétil também
está entre os objetivos da ação. De Volta ao Controle quer esclarecer
os benefícios e as vantagens da utilização da prótese peniana inflável para a disfunção erétil irreversível. A finalidade dessa iniciativa
é conscientizar a população quanto à importância da ampliação do
acesso às alternativas terapêuticas mais modernas para a disfunção
erétil irreversível. Com a campanha, a SBU cumpre seu papel de
promoção à saúde urológica no país.
Para mais informações, acesse www.devoltaaocontrole.com.br
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