promo - Teatro Art`Imagem
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BemMarMeQuer BASEADO NA OBRA mar me quer DE MIA COUTO TEATRO ART’IMAGEM 3 CRIAÇÃO 6 TEATRO ART’IMAGEM O Teatro Art’Imagem é uma estrutura financiada pela Secretaria de Estado da Cultura DGArtes/SECultura foi fundada em 1981, tem a sua sede no Porto, e através de um protocolo com a Câmara Municipal da Maia é responsável pela programação do Auditório da Quinta da Caverneira, em Águas Santas. Estreia em média, dois espectáculos por ano. Um novo autor contemporâneo, a revisitação de um clássico e/ou adaptação de um grande autor da literatura universal para jovens, constituem o vértice da criação artística. O recurso a diversas disciplinas teatrais e o diálogo com as novas linguagens são também caminhos para a captação e diversificação de públicos. Nos últimos anos os autores contemporâneos representados têm sido maioritariamente de língua portuguesa. 3 Os espectáculos têm estreias e temporadas no Porto e na Maia e são levados a todo o território nacional, com uma média de 120 representações anuais e participações em vários festivais de teatro. Nos anos 80 foram realizadas 15 digressões internacionais (várias vezes por Espanha, Bélgica, Checoslováquia, França, Áustria e Alemanha). Nos anos 90, 16 digressões (por França, Espanha, Bélgica, Inglaterra e Dinamarca). Desde o ano 2000, mais de duas dezenas de digressões a Espanha, Brasil, Cabo Verde e França. Desde 1982 organiza o terceiro festival mais antigo do país, o “Fazer a Festa - Festival Internacional de Teatro”, por onde já passaram as mais representativas companhias nacionais e galegas, várias companhias brasileiras e muitas outras de países europeus. Desde 1994, em colaboração com a Câmara Municipal da Maia, organizamos anualmente o “Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia”, onde programa os melhores espectáculos deste género, de Portugal e de Espanha, e por onde passaram já também companhias do resto da Europa, América, África e Oceânia. Além do “Maia ao Palco - Mostra de Teatro de Amadores da Maia/Primavera do Teatro” que a companhia organiza desde 2008, tem actividades regulares de formação teatral para crianças, jovens e seniores e é responsáveis pela Programação Regular de Teatro do Auditório da Quinta da Caverneira, em protocolo com a Câmara Municipal da Maia. De 2009 a 2012 organizou a “MAD - Mostra Anual de Dramaturgia” onde se deram a conhecer, através da leitura encenada mais de duas dezenas de textos de novos dramaturgos portugueses. 4 A ENCENAÇÃO 105ª CRIAÇÃO · 2015 BemMarMeQuer · O coração é uma praia Uma adaptação dramatúrgica do texto de Mia Couto “mar me quer” numa encenação em que os protagonistas Luarmina e Zeca num exercício entre a oralidade, bem à maneira africana, e a interpretação actoral, vão reviver factos e vidas dos seus antepassados, trazendo à memória e convocando os seus sonhos numa viagem pelas águas do Fantástico Literário Miacoutiano. 5 Lançamos o barco, sonhamos a viagem: quem viaja é sempre o mar 6 “Lançamos o barco, sonhamos a viagem: quem viaja é sempre o mar” Luarmina e Zeca Perpétuo, vivem junto ao mar… Zeca, reformado das pescas sonha “simetricar” se “combinar” com a gorda mulata. - Somos tão vizinhos Dona, faz conta somos verbo e sujeito… Luarmina vai aprendendo mil defesas para as insistências namoradeiras de Zeca… - Me larga Zeca, não vê que eu já não desengomo o lençol… o que eu quero mesmo é que me conte as suas memórias, me fale do seu passado, quero as coisas que foram e como foram. Essas que nos deixam saudade. E Zeca vai desfiando as suas memórias, convoca o seu avô Celestiano e os seus provérbios da ancestral nação Macúa. Fala das memórias de infância e de seu pai Alberto Salvo-Erro, conta a história de Maria Bailarinha. “Essa ajunta brasas” e desvenda o seu segredo ao falar do grito da gaivota… - Me persegue essa aguda piação, me rasga as cicatrizes de uma ferida que nunca senti. Diz o avô Celestiano: - Quando não somos nós a inventar o sonho, é ele que nos inventa a nós.” 7 Quando não somos nós a inventar o sonho, é ele nos inventa a nós Pedro Carvalho 8 INTERPRETAÇÃO 10 UMA HISTÓRIA DE ÁFRICA, TODO O MUNDO NO PALCO 12 INTERPRETAÇÃO “Mar me quer. Meu coração em tua praia. (Lançámos o barco; a viagem são pétalas dadas ao vento.) A tua voz de concha desenrolando segredos de areia a quem te souber escutar. Bem te quero, mar. Trazes silêncios e vozes nocturnas carregadas de antepassados. Mar, paisagem muda de gaivotas em eterna dança com a espuma. Mar de há mar e marés em noites luar. Menina luar, teus olhos de tempêro marinho hão-de me levar para lá do fundo do mar. Mar me quer, bem me quer... Mar me quer. Bem mar me quer.” Flávio Hamilton 10 “BemMarMeQuer, lenga-lenga de ordem desta mulher que vive uma história de amor. Um amor partilhado, não só em caricias e palavras bonitas, mas numa troca de memórias desse outro, seu vizinho. Regressa em atitudes à sua juventude porque se enamora. Não será a Luarmina, um símbolo de todas as mulheres do mundo?” Neusa Fangueiro 11 UMA HISTÓRIA DE ÁFRICA, TODO O MUNDO NO PALCO "Meu passado me pesa" diz o Zeca, neste nosso retorno a Mia Couto, depois de há quinze termos apresentado "Minha Conto", uma adaptação do seu livro "A Varanda de Frangipani". Também a nós "o passado pesa" e porque o lugar do teatro e da arte "não se dispensa de pensar" mesmo que isso traga "muitas pedras e pouco caminho" não subscrevemos as outras falas da personagem acima referida"... Eu me suficiente do actual presente... porque o futuro é uma coisa que existindo nunca chega a haver". É que nós não queremos ser só uma boa companhia de teatro "levezinhos... Apanhando boleia nas ondas do tempo" e ouvir a réplica de Luarmina "Você é mas é um aldrabom"! Em 1998 fizemos a nossa primeira incursão artística a África e à sua história, à nossa história comum, com o espectáculo "Água Negra - Ministros da Noite", com textos reco- 12 lhidos por Ana Barradas da historiografia portuguesa a partir do século XV problematizando a relação entre os conquistadores e as populações locais e suas consequências e, desde então, e também porque connosco têm vindo a trabalhar muitos artistas africanos, nunca mais deixamos de contar histórias desse continente na voz e no corpo dos seus habitantes ou de autores de outros proveniências. Para a nossa pequena história, recordo "A Acácia Vermelha" (2011) de Manuel Pope, "Ptolomeu e a sua viagem de Circum-Navegação" (2008) de Tchalé Figueira e mais recentemente e ainda em reportório "Um Punhado de Terra" (2011) de Pedro Eiras e ainda o espectáculo comum "O Autocarro do Amor em Cabo Verde"(2002), de Ricardo Alves e Alfredo Teixeira. Esta, "BemMarMeQuer" é mais uma história do mundo, é todo o mundo num palco! Agradecimento à " Fértil - Associação Cultural", uma nóvel e promissora estrutura teatral que surge do encontro entre o teatro e a antropologia e que aceitou colaborar com os "velhinhos" do Art´Imagem, esperando continuar. Aos que pela primeira vez trabalham com a companhia, Pedro e Rui Lima e Sérgio Martins, muito bem-vindos e desejos de futuros comuns. Ao Pedro Carvalho, meu "compagnon de route" há mais de trinta anos, sem esquecer os "outros do costume", o meu muito obrigado por este espectáculo. José Leitão · Director Artístico do Teatro Art´Imagem 13 EQUIPA ARTÍSTICA E TÉCNICA Autor a partir da obra: “mar me quer” de Mia Couto Dramaturgia e Encenação Pedro Carvalho Interpretação Flávio Hamilton Pedro Carvalho Neusa Fangueiro Ilustração, Cenografia, Figurinos e Adereços Sandra Neves Desenho de Luz Wilma Moutinho Sonoplastia e Desenho de Som Pedro Lima Música Rui Lima e Sérgio Martins Assistente de Ensaios Rui Leitão Operação de Luz e Som Daniela Pêgo e José Lopes Vídeo e Fotografia de Cena Leonel Ranção Design Gráfico Moodystudio Coordenação de Produção Sofia Leal Produção Executiva Daniela Pêgo Assistente de Produção Ana Teixeira Dir. Artística Teatro Art’Imagem José Leitão Construção de Cenários Sandra Neves e José Lopes [ M/12 - 60M ] 14 AUTOR Mia Couto é largamente traduzido e galardoado: Prémio Vergílio Ferreira 1999; Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007. Ainda em 2007 Mia foi distinguido com o Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo seu romance O Outro Pé da Sereia. Jesusalém foi considerado um dos 20 livros de ficção mais importantes da rentrée literária francesa por um júri da estação radiofónica France Culture e da revista Télérama. Em 2011 venceu o Prémio Eduardo Lourenço, Em 2013 foi galardoado com o Prémio Camões e com o prémio norte-americano Neustadt. MIA COUTO Biólogo e Escritor Moçambicano 15 TEATRO ART’IMAGEM www.teatroartimagem.org · /teatroartimagem 222 084 014 (+351) 935 309 952 (+351) 910 818 719 [email protected] (+351) Quinta da Caverneira Avenida Pastor Joaquim Eduardo Machado Águas Santas · 4425-253 Maia, Portugal
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