Controle integrado das principais parasitoses de bovinos

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Controle integrado das principais parasitoses de bovinos
XIII Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária & I Simpósio Latino-Americano de Ricketisioses, Ouro Preto, MG, 2004.
CONTROLE INTEGRADO DAS PRINCIPAIS PARASITOSES DE BOVINOS
Antonio Pereira de Souza1
1
Professor – Universidade do Estado de Santa Catarina-UDESC – Centro de Ciências Agroveterinárias-CAV – Av. Luiz de Camões, 2090 –
CX.P. 281 – CEP 88520-000 – Lages-SC – E-mail: [email protected]
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
O Brasil com toda sua dimensão, naturalmente possui uma
diversidade muito grande de clima, sistemas de criação de bovinos, raças,
manejo, tipos de pastagens e por estas razões, distintos modelos epidemiológicos dos parasitos. No presente trabalho será dado ênfase à experiência Catarinense em controle integrado das principais parasitoses dos
bovinos.
Segundo dados do Instituto CEPA/SC (2000) a produção
nacional de carne bovina em 1998 foi de 6,16 milhões de toneladas,
destas, 2% foram atribuídas ao estado de Santa Catarina (SC), quantidade insuficiente para o consumo interno. O rebanho bovino neste
Estado se estabilizou há vários anos entre 2,7 e 3,1 milhões de cabeças. A produtividade foi baixa (desfrute de 12% no rebanho geral e
18% a 20% no efetivo especializado).
Os fatores mais importantes na redução dos índices de
produção do rebanho bovino do Estado são a flutuação estacional na
produção de pastagens e as enfermidades parasitárias, entre elas
destacam-se as causadas pelo Boophilus microplus, pelas larvas de
Dermatobia hominis, pela Haematobia irritans e pelos helmintos
gastrintestinais. Estes dois fatores combinados proporcionam baixa
conversão alimentar, crescimento retardado e menor ganho de peso.
Durante o inverno, as perdas podem atingir de 15 a 20% do peso
corporal, com freqüente mortalidade de animais jovens e índice de
fertilidade em torno de 50% (ACARESC, 1977). Apesar dos avanços
tecnológicos em melhoria de campo nativo, cultivo de pastagens,
com introdução de novas cultivares e de formas de controle das parasitoses, em muitas regiões brasileiras não houve a devida adoção
dessas tecnologias, por parte de muitos produtores, continuando com
baixa produtividade.
Esquemas de controle das parasitoses, com base em estudos
epidemiológicos, visando à redução da contaminação das pastagens e
como objetivo secundário o tratamento terapêutico, têm sido amplamente estudados em todo o mundo. Entre os estudos sobre a epidemiologia do B. microplus, realizados no Brasil estão os de Brum et
al. (1987); Arteche e Laranja, (1979); Magalhães (1989); Furlong
(1998); Kasai et al. (2000); Santarém e Sartor (2003). No Planalto
Catarinense em 1979 foram iniciados trabalhos que possibilitaram
uma série de conhecimentos sobre a biologia do B. microplus. Os
estudos da fase de vida livre demonstraram que os ovos provenientes
de teleóginas expostas no meio ambiente, de abril até agosto, foram
sempre inférteis. Todavia, Paloschi e Beck (1989a) verificaram postura fértil durante todo ano no Vale do Itajaí, SC. Outro fator epidemiologicamente importante foi à constatação de que em janeiro e
fevereiro ocorreu uma concentração de eclosão de larvas, na região
do Planalto Catarinense, aumentado a possibilidade de infestação nos
bovinos nessa época (SOUZA et al. 1988a). Fato comprovado quando Souza et al. (1988b) estudaram a variação sazonal.
O desenvolvimento do B. microplus no meio ambiente,
assim como a maioria dos parasitos, depende principalmente das
condições climáticas. De uma maneira geral as temperaturas baixas
prolongam esses períodos, enquanto que em torno de 27oC os favorecem, todavia, temperaturas altas determinam uma menor longevidade.
Embora a longevidade das larvas no Planalto Catarinense
seja considerada alta, ela não está diretamente relacionada com a
capacidade infestante. Souza et al. (1993) demonstraram que nas
épocas mais quentes a descontaminação dos pastos por larvas de B.
microplus é mais rápida, como pode ser observado na Figura 1.
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O u tu b ro
D e z e m b ro
F e ve re iro
M eses
Figura 1. Período para descontaminação das pastagens por larvas de Boophilus microplus com início da avaliação em outubro, dezembro e
fevereiro, no Planalto Catarinense.
Pode-se afirmar que nesta região, durante as épocas de
esse período seja menor, pois as larvas infestantes no ambiente, não
maior calor, são necessários em média 70 dias de descanso das pas-
se alimentam e a velocidade com que ocorrem suas eações metabóli-
tagens para provocar uma diminuição substancial da população das
cas, com diminuição das reservas nuricionais, está diretamente rela-
larvas no meio ambiente e auxiliar no controle do B. microplus. Pro-
cionada às temperaturas.
vavelmente em regiões com temperaturas médias mensais mais altas,
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Figura 2. Variação sazonal do Boophilus microplus no Planalto Catarinense e no Vale do Itajaí, SC Adaptado de Souza et al. (1988b) e Paloschi e Beck (1989b).
Observa-se no Vale do Itajaí uma maior população de B. microplus durante praticamente todo o ano, quando comparado com a do
Planalto Catarinense (Figura 2), o que confirma a simulação feita por
Honer et al. (1993) que aferiu o índice de favorabilidade para o desenvolvimento deste carrapato de 28 para Lages e 56 para Itajaí, SC.
A Dermatobia hominis é um ectoparasito encontrado no Continente Americano, desde o Sul do México ao Norte da Argentina,
ocorrendo com maior intensidade em regiões de matas e bosques e em altitudes entre 300m e 1500m. O período parasitário em bovinos é normalmente
de 40 dias, todavia, pode se prolongar por até 120 dias. O período pupal é de
aproximadamente um mês, podendo se prolongar dependendo das condições
climáticas, antes de emergirem as moscas adultas.
A flutuação populacional deste ectoparasito em bovinos nos
municípios de Lages e Itajaí pode ser observada na Figura 3.
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Figura 3. Flutuação populacional da Dermatobia hominis em bovinos no município de Lages e Itajaí, SC.
Adaptado de Bellato et al. (1986) e Paloschi e Beck (1989c).
Pode-se verificar que no município de Lages e Itajaí,
mesma época. As diferenças na intensidade de parasitismo verifi-
durante todo o ano, foram detectadas larvas de D. hominis no
cada pelos autores pode estar relacionado com as populações de
corpo dos animais, todavia, em Lages as infestações foram maio-
D. hominis e de vetores, condições climáticas, altitude, raça e
res que no município de Itajaí. Verifica-se uma maior infestação
pelagem dos animais.
no mês de dezembro no município de Lages. Maior parasitismo de
Com relação a H. irritans, as maiores infestações no Planalto
bovinos pelo berne também foi observado por Maia e Guimarães
Catarinense, ocorreram de novembro a abril, sendo que o número médio
(1985), Oliveira (1985) durante o verão e Brito e Moya Borja
de moscas não ultrapassou a 115,25. A flutuação sazonal pode ser ob-
(2000) observaram um maior percentual de peles lesionadas nessa
servada na Figura 4.
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Da ta
F ig u ra 4 . N ú m ero m éd io d e H . irrita n s, tem p eratu ra, u m id ad e re lat iva d o ar,
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Figura4. número médio de H. irritans,
relativa
fevereiro
no planalto CatariC atarine n se
Resultados semelhantes foram observados por Alves-Branco et
al. (1997) e Martins (2002), no Rio Grande do Sul. Todavia, Barros
(2001) observou que na região do Pantanal, Mato Grosso do Sul, a população de H. irritans, geralmente aumenta na primavera. Lima et al. (2003)
demostraram que em Araçatuba, São Paulo, a presença de H. irritans
ocorre em todas as estações do ano, com dois picos, na primavera e outono. Essas diferenças podem ser explicadas principalmente pelas diferentes
condições climáticas, raça dos animais e quantidade de predadores existente nas regiões.
Entre os gêneros de helmintos de bovinos do Planalto Catarinense, destacam-se os de localização gastrintestinal: Ostertagia, Trichostrongylus, Haemonchus, Cooperia e Oesophagostomum e pulmonar:
Dictyocaulus.
Estudos sobre o desenvolvimento da fase de vida livre dos
helmintos gastrintestinais na região dos Campos de Lages, SC foram
realizados por Ramos et al. (1993) quando observaram o desenvolvi-
mento da fase de vida livre de nematóides, parasitos de bovinos em pastagens naturais. Constataram que a sobrevivência de larvas no pasto na
maioria das coletas foi de 100 a 210 dias e que a falta de umidade condicionou a migração das larvas para o solo. Verificaram ainda que geralmente na primavera, a sobrevivência foi abaixo de 60 dias.
Considerando que na longevidade das larvas não está incluído
o período para o desenvolvimento embrionário e das larvas até LIII, e que
larvas envelhecidas perdem a capacidade de infectar os hospedeiros,
Souza et al. (2000) utilizando como modelo, ovinos, estudaram o período
para descontaminação das pastagens, por larvas de helmintos gastrintestinais. Verificaram que o período mínimo e máximo para evolução dos
ovos foram de 2,5 dias no verão e de 22 dias no inverno. Para ocorrer
uma redução apreciável do número de larvas nas pastagens para a maioria
dos gêneros, foram necessários 42 a 56 dias na primavera, 70 a 84 dias no
verão, 112 a 126 dias no outono e 98 a 112 dias no inverno, como pode
ser observado na Figura 5.
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Dias
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P rim a v e ra
Ve rã o
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In v e rn o
E s ta ç õ e s
Figura 5. Período para descontaminação dos pastos por larvas de nematóides gastrintestinais de ovinos, nas quatro estações do ano no Planalto
Catarinense.
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Trichost.
Oestertagia
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Formas Imaturas
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Figura 6. Flutuação estacional de Trichostrongylus, Ostertagia e formas imaturas em bovinos de corte no Planalto Catarinense.
Adaptado de Ramos e Paloschi (1986)
A epidemiologia dos helmintos gastrintestinais e pulmonares em bovinos no Planalto Catarinense foi estudada por
Ramos e Paloschi (1986) e os resultados podem ser observados nas
Figuras 6 a 8.
8000
Haemonchus
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Cooperia
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Figura 7. Flutuação estacional de Haemonchus e Cooperia em bovinos de corte no Planalto Catarinense.
Adaptado de Ramos e Paloschi (1986)
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Oesophagost.
Dictyocaulus
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Figura 8. Flutuação estacional de Oesophagostomum e Dictyocaulus em bovinos de corte no Planalto Catarinense.
Adaptado de Ramos e Paloschi (1986)
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Os autores observaram a predominância do parasitismo por Trichostrongylus e Ostertagia no inverno e início de primavera, por Haemonchus e
Cooperia em meados da primavera a meados do verão, por Oesophagostomum e
Dictyocaulus no outono e inverno.
Entre aos anos de 1970 ao final dos anos 80 vários trabalhos foram realizados com vista à estudos epidemiológicos das helmintoses dos bovinos com resultados extremamente importantes para se estabelecer programas de controle. Entre eles
estão os de Guimarães (1972); Melo e Bianchin (1977); Catto (1981); Furlong et al.
(1985); Lima (1989).
Mais recentemente, Pimentel Neto e Fonseca (2002) verificaram que
no Rio de Janeiro as populações de H. placei, Cooperia spp e O. radiatum tiveram as maiores prevalências durante as estações de outono e primavera. Os animais em regime de pastoreio permanente tiveram cargas cumulativas de H. placei, obtidas em março/abril, atingiram seu ápice em maio, com decréscimo da
população no período seco e novo ápice em outubro/dezembro.
CONTROLE INTEGRADO DAS PRINCIPAIS PARASITOSES
O controle integrado das parasitoses consiste em utilizar associação
de medidas tais como:
• Uso de medicamentos.
• Tratamentos curativos.
• Tratamentos táticos.
• Contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e percentagem larval.
• Manejo.
• Controle biológico.
• Tratamentos estratégicos.
USO DE MEDICAMENTOS
Os medicamentos recomendados para o controle das parasitoses, além de eficazes, devem ser econômicos e de baixa toxicidade para os animais.
Deve-se conhecer o mecanismo de ação, o efeito residual e o grupo químico a
que pertence, uma vez que o parasito quando se torna resistente a um medicamento de um determinado grupo, será resistente em maior ou menor grau a outro
do mesmo grupo.
Todos os medicamentos devem ser utilizados na dose correta e é indispensável à realização de testes periódicos para verificação da eficácia na
redução da eliminação de OPG, sete a dez dias após o tratamento ou testes “in
vitro” para avaliar a eficácia de carrapaticidas.
Deve-se salientar que o controle baseado exclusivamente no uso de
produtos químicos não é sustentável em médio e longo prazo, devido o desenvolvimento de resistência aos compostos por parte dos parasitos e de custos diretos e
indiretos para sínteses de novas moléculas.
Freqüentemente, os critérios utilizados pelos proprietários para o uso
de medicamentos são baseados nas propagandas e nos preços, com isso o rodízio
de princípios ativos é aleatório e as vezes são utilizados com intervalos muito
curtos, o que tem contribuído para o aparecimento de resistência.
TRATAMENTOS CURATIVOS
São práticas utilizadas por alguns criadores, que consistem em tratar
somente os animais que apresentam sintomas, ou seja, os mais susceptíveis às
parasitoses. Considerando que “a maioria dos parasitos está em uma minoria
dos animais”, esta prática antes combatida, hoje está sendo bem aceita, pois
apresenta a vantagem de que os parasitos que não tiveram contato com o medicamento servem como população de refugio, para cruzamentos com as que tiveram contato e sobreviveram, retardando o aparecimento de resistência. Todavia,
deve-se considerar que nos animais com endoparasitos existe a dificuldade do
diagnóstico preciso, clínico ou laboratorial, para determinar o limite econômico
para o tratamento. Possivelmente, poucos animais com helmintoses crônicas
poderão apresentar uma pequena redução no ganho de peso, no entanto, dado ao
grande aumento do número de casos de resistência aos parasiticidas, muitas vezes
múltipla, e a dificuldade de sintetizar novas moléculas, torna-se necessário uma mudança radical de conceitos e adoção de medidas que possibilitem prolongar a vida útil
dos medicamentos parasiticidas que ainda apresentam eficácia.
Souza et al. (2003) verificaram que o “Tratamento Dirigido” para apenas 30% dos animais mais parasitados, que apresentaram média superior a
200 H. irritans, apresentou uma eficácia de 89,35%. Este resultado somou-se ao
fato de que algumas moscas que estavam nos animais menos parasitados terem
passado para os mais susceptíveis, quando o inseticida ainda estava ativo. Este método apresenta a vantagem de que o percentual que não teve contato com o inseticida
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servirá como população de refugio, para cruzamentos entre si e com as que tiveram
contato e sobreviveram, retardando o aparecimento de resistência. Provavelmente
este método possa ser utilizado também contra B. microplus.
O entendimento da dinâmica populacional, tanto de endo como de ectoparasitos ressalta o fato de que os animais mais suscetíveis são os responsáveis
pelo aumento da contaminação do ambiente pelos parasitos. Por esta razão qualquer estratégia ou combinação destas, deve levar em consideração a seleção de
animais resistentes ou tolerantes, para diminuir a dependência do uso de antiparasitários.
TRATAMENTOS TÁTICOS
Tratamentos táticos, recomendados em épocas bem definidas como
na compra de animais e antes de colocar os animais em pastagens descontaminadas, devem ser repensados, uma vez que os animais levariam para essas propriedades ou para as invernadas apenas os parasitos que sobreviveram ao tratamento e portanto, resistentes. Recomenda-se tratamento tático antes de colocar
os animais em pastagens cultivadas anualmente em rodízio com agricultura; no
dia do parto, no caso das helmintoses, pois durante o período periparto ocorre
um aumento do número de ovos eliminados nas fezes, aumentando a contaminação das pastagens; quando se utiliza de sistema de rodízio de pastagens, desde
que os tratamentos não coincidam com a chegada dos animais no mesmo piquete.
CONTAGEM DE OVOS POR GRAMA DE FEZES (OPG) E
PERCENTAGEM LARVAL
O diagnóstico das helmintoses pela técnica Mc Master é o mais utilizado, todavia, apresenta uma variação dos resultados do OPG relativamente alta,
principalmente em fezes de bovinos, o que torna necessário uma interpretação
associada ao estado clínico do rebanho. Nicolau et al. (2002) demonstraram que
em machos inteiros da raça Nelore as contagens de OPG ajustaram-se ao modelo
de distribuição binomial negativa e não evidenciaram associação entre o ganho
de peso e a contagem de OPG.
O cultivo de larvas para a identificação genérica dos parasitos, permite um melhor diagnóstico para a detecção de eficácia ou resistência aos antihelmínticos e a indicação do anti-helmíntico mais eficaz para cada situação. No
entanto tem que ser considerado o fato de que alguns gêneros requerem diferentes temperaturas para expressar o seu melhor desenvolvimento. Assim por exemplo, o Haemonchus spp., requer como temperatura ideal 27 ºC enquanto que
para o da Ostertagia spp. é 23 ºC. Apesar disso são excelentes alternativas para
a melhoria do diagnóstico e consequentemente dos métodos de controle. Lamentavelmente nem todos os veterinários ou produtores rurais podem contar com
apoio laboratorial em virtude da inexistência de laboratórios próximos das propriedades.
MANEJO
O manejo como medida auxiliar no controle das parasitoses, inclui o pastejo
alternado de espécies animais diferentes. Todavia, nem todas as propriedades
trabalham com número de espécies suficientes para um manejo econômico nesse
sentido.
Diferimento de pastagens e rotação de piquetes por um período de 70
dias, em épocas de maior calor, provoca importante descontaminação dos pastos.
A lotação interfere na intensidade de parasitos, pois, quanto mais alta, maior é a probabilidade do parasito encontrar o hospedeiro. Em situações
com lotação alta, que ocorre normalmente em áreas de melhoramento de campo
nativo e pastagens cultivadas, com boa oferta de alimentos, recomenda-se aumentar o monitoramento das parasitoses através de um diagnóstico efetivo.
CONTROLE BIOLÓGICO
É um método utilizado para diminuir a população de uma determinada espécie de parasito, através de antagonistas naturais. Sabe-se que na natureza
existem muitas espécies de aves, artrópodes, fungos e bactérias, que de uma
forma direta ou indireta podem interferir em uma ou algumas populações de
parasitos. Algumas dessas espécies não têm sofrido interferência do homem para
maximizar o efeito do controle biológico. Outras, no entanto, podem ser reproduzidas em laboratório e distribuídas na natureza ou administradas aos animais,
com o propósito de melhorar o controle.
Recentemente Araujo et al. (2004) avaliaram o efeito da administração
oral duas vezes por semana, de “pellets” do fungo Monacrosporium thaumasium
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para o controle de nematóides de bovinos e concluíram que esta prática tornou os
tratamentos anti-helmínticos desnecessários.
TRATAMENTOS ESTRATÉGICOS
Consistem na recomendação de tratamentos, antes do aparecimento do
pico do parasitismo, provocando descontaminação das pastagens pelas larvas e como
conseqüência, os animais não receberão altas cargas parasitárias nas épocas de maior
favorabilidade para o desenvolvimento do parasito. Quando o objetivo é o controle
das helmintoses, na região Sul do País, é necessário eleger um ou dois gêneros para a
realização de tratamentos estratégicos, pois, geralmente as infecções são mistas.
Por estes motivos Souza et al. (1999) desenvolveram pesquisa sobre
o controle estratégico do B. microplus com uso de doramectina e o efeito sobre a
dinâmica populacional de D. hominis e de helmintos gastrintestinais, tendo como princípio, evitar a contaminação do meio ambiente por larvas de helmintos e
carrapato, durante 70 dias,
a partir de 15 de janeiro.
Neste experimento foram utilizados 30 novilhos mestiços
para corte, com aproximadamente um ano de idade e distribuídos eqüitativamente em três invernadas, sendo substituídos anualmente. Os animais da invernada “A” receberam tratamento carrapaticida/bernicida quando em um lado do
corpo, a infestação média por B. microplus, encontrava-se igual ou acima de 20
fêmeas com tamanho superior a quatro milímetros e em torno de 10 nódulos de
D. hominis. Foram tratados com anti-helmínticos quando a contagem média de
ovos por grama de fezes (OPG) estava igual ou acima de 250. Os animais da
invernada “B” foram tratados duas vezes com doramectina, 0,2mg/kg de peso
vivo por via subcutânea, em meados de janeiro e 35 dias após. Os bovinos da
invernada “A” necessitaram em torno de quatro tratamentos carrapaticidas/bernicidas por ano para controlar o B. microplus e D. hominis e de três aplicações de anti-helmínticos para controlar as helmintoses nos níveis técnicos
estabelecidos. Nos bovinos da invernada “B” as medicações controlaram parcialmente a população de B. microplus principalmente durante o segundo e terceiro ano do experimento, ocorrendo apenas quatro picos de infestação acima dos
índices técnicos. O número de nódulos de D. hominis manteve-se durante os três
anos abaixo dos índices técnicos por aproximadamente 10 meses em cada ano. O
OPG apresentou um contínuo declínio do início até o último ano, apresentando
apenas um pico acima de 250, no início do terceiro ano do experimento.
Nas Figuras 9 a 11 está registrado o efeito do tratamento estratégico
no controle de B. microplus, D. hominis e helmintos gastrintestinais, comparadas
ao controle técnico.
Nº de teleóginas
180
Técnico
160
Estratégico
140
120
100
80
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40
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J F M A M J J J A S O N D J F M A M J J J A S O N D J F M A M M J J A S O N D
95
94
96
M ês/ano
Figura 9. Efeito do tratamento estratégico com doramectina e técnico com flumetrina e triclorfon, sobre o Boophilus microplus, realizados
quando a média de teleóginas em um lado do corpo dos bovinos estava igual ou superior a 20, nos Campos de Lages, SC.
30
Nº de nódulos
Técnico
Estratégico
25
20
15
10
5
0
J F MA M J J J A S O N D J F MA M J J J A S O N D J F M A M M J J A S O N D
Mês/ano
Figura 10. Efeito do controle estratégico com uso de doramectina eotécnico com flumetrina mais triclorfon sobre o número de nódulos de dermatobia hominis em bovinos, nod Campos de Lages, SC.
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450
Técnico
Estratégico
400
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300
Nº OPG
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200
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50
0
J F M A M J J
J A S O N D J F M A M J J
J A S O N D J F M A M M J
J A S O N D
Mês/ ano
Figura 11. Efeito do Controle estratégico de Boophilus microplus com o uso de doramectina e técnico com levamisole sobre o número de ovos
de helmintos por grama de fezes de bovinos, nos Campos de Lages, SC.
Este método pode ser adaptado com o uso de outros endectocidas ou mesmo outro anti-helmíntico mais carrapaticida/bernicida, bastando para isto modificar os intervalos das medicações de acordo com o efeito residual de cada medicamento, de maneira a não permitir recontaminação do ambiente pelos parasitos por
um período mínimo de 70 dias, de janeiro à abril. Acredita-se que
este esquema de tratamento possa ser usado em todas as regiões e é
muito provável que naquelas com clima mais quente o período de
descontaminação das pastagens seja menor.
Esta tecnologia não invalida as recomendações estratégicas, nas regiões onde foram realizados estudos de epidemiologia e
controle.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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