2012_12_25_FolhaSJosé
Transcrição
2012_12_25_FolhaSJosé
P FAZ NATAL AO REDOR DE TI Se dás prendas de Natal, Dá-as com o teu coração E não porque és obrigado… E se as recebes Que o teu sorriso venha do mais profundo de ti E não apenas dos teus lábios… aróquia de S. José Coimbra NATAL 2012 “ANUNCIO-VOS” Se visitas os doentes, As pessoas de idade ou que vivem sós Durante as festas, Não as visites só formalmente, Mas por causa do sorriso que lhes levas E do sorriso que delas recebes… UMA GRANDE ALEGRIA: HOJE NASCEU O Se vais à Igreja para a missa do galo, Não vás simplesmente porque é Natal, Mas porque Jesus veio à terra Para ti e para todo o mundo, E que queres dizer-lhe obrigado Por se ter tornado um dos nossos… NOSSO SALVADOR, JESUS CRISTO, Se rezas ao Senhor com toda a sinceridade No mais profundo do teu coração E do mais profundo do teu ser, Se prestas um serviço àquele que é mais pequeno do que tu, Se cuidas de alguém que sofre mais do que tu, Numa palavra, se amas de mil maneiras os mendigos do teu coração… Tu fazes Natal ao redor de ti… E Jesus não veio em vão a tua casa. Jules Beaulac (in Prier – Dez 2012) www.igrejasaojose.com.pt e-mail: [email protected] Tlf: 239 712 451 SENHOR! (Lc 2,11) Que todas as crianças tenham direito a nascer, a ser recebidas e educadas na ternura de um pai e no carinho de uma mãe, a crescer no seio de uma família onde reine o mesmo amor que Jesus sentiu na família de Nazaré, são os votos natalícios do vosso P. João Folha Paroquial - n.º 15308 ANO XXXVI 25 de Dezembro de 2012 MENSAGEM DE NATAL 2012 D. VIRGÍLIO DO NASCIMENTO ANTUNES BISPO DE COIMBRA 1. Ocorre este ano o Natal enquanto vivemos o Ano da Fé. Temos, por isso, uma ocasião privilegiada para celebrar o natal da fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, “que foi concebido pelo poder do Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria” (Símbolo dos Apóstolos). A profissão da fé na incarnação do Verbo de Deus, parte integrante do Credo da Igreja, concentra em si a riqueza do natal e a sua razão de ser. O natal dos cristãos consiste, em primeiro lugar, na renovação da profissão de fé, segundo a qual, o Menino Jesus do presépio é o único “Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos” (Credo de Niceia-Constantinopla). Face a todas as tradições nascidas à volta da quadra natalícia alheias ao seu sentido original, convido os filhos da Igreja a um natal de fé professada, que oferece fundamentos sólidos para a alegria e a festa de Deus e dos homens. 2. A celebração da liturgia do natal, sobretudo na missa, constitui o ponto mais alto do natal cristão, porque nos oferece a possibilidade de reconhecer, na fé, a razão de ser da incarnação do Verbo de Deus e de agradecer a Sua vinda ao nosso encontro. Como diz o Credo, “por nós homens e para nossa salvação desceu dos céus”. Eis a grande motivação que suporta toda a alegria reinante nos corações e transbordante em muitos sinais de alegria e salvação presentes nas famílias, na Igreja e na sociedade em geral. Numa atitude de gratidão a Deus pelo amor que nos tem e pela salvação trazida ao mundo por Jesus Cristo, o Verbo Incarnado, celebremos todos a liturgia do natal com espírito festivo. Que nenhum cristão, mesmo que se considere pouco praticante, deixe de participar na missa do natal. Convido especialmente os que andam distantes da vida da Igreja ou os que vivem situações económicas, familiares e humanas difíceis a reencontrarem de novo a alegria e a paz de coração, em Deus, que é amor feito homem em Jesus. Ouso mesmo incentivar os não crentes, a entrar numa igreja nesta quadra, a contemplar o presépio, a ouvir a voz do silêncio ou a permanecer durante a Missa, pois pode ali revelar-se-lhes o espírito do natal e abrir-se-lhes a porta da fé. 3. O natal da fé professada e celebrada constitui o maior apelo à fé vivida enquanto fonte de uma cultura de comunhão, partilha e dom. No contexto da crise económica em que nos encontramos, esta cultura manifesta-se visivelmente em gestos concretos de solidariedade e em atitudes reais de amor, pois o natal potencia a capacidade de as pessoas saírem ao encontro dos outros e torna-se a maior força impulsionadora da fraternidade humana. Nascido do amor de Deus, que é único, total e nada reserva para si, o natal revela-nos que o amor humano pode ultrapassar muitos dos seus limites. A justiça e a solidariedade nas relações sociais, laborais e familiares, juntamente com o amor e a caridade são, por um lado, as exigências que brotam do natal, e, por outro, as razões superiores para que o celebremos. A toda a comunidade diocesana formulo os melhores votos de santo e feliz natal. PAPA NO «FINANCIAL TIMES»: O NATAL EM TEMPOS DE AUSTERIDADE (Ecclesia) – Bento XVI assina hoje um artigo de opinião no jornal ‘Financial Times’ (FT) sobre a celebração do Natal em tempos de austeridade, apelando ao compromisso dos cristãos na transformação do mundo. “O nascimento de Cristo desafia-nos a reformular as nossas prioridades, os nossos valores, o nosso modo de vida: sendo, sem dúvida, um tempo de grande alegria, o Natal é também ocasião para uma profunda reflexão, mesmo um exame de consciência”. O texto fala num ano que trouxe “privações económicas para muitos”, no qual a cena do presépio pode surgir como lição de “humildade, pobreza, simplicidade”. “Os cristãos combatem a pobreza pelo reconhecimento da suprema dignidade de todo o ser humano, criado à imagem de Deus e destinado à vida eterna”, o que dá um sentido de “urgência à tarefa de promover a paz e a justiça para todos”, refere o artigo, intitulado:Um tempo de compromisso no mundo para os cristãos. Neste sentido, o Papa diz que os mesmos não podem “fugir ao mundo”, mas devem comprometer-se nele, numa ação que tem de “transcender qualquer forma de ideologia”. “Os cristãos trabalham para uma partilha mais equitativa dos recursos da terra a partir da convicção de que, como guardiões da criação de Deus, temos o dever de cuidar dos pobres e mais vulneráveis”. Bento XVI condena a “ganância e exploração” a partir da certeza de que “a generosidade e o amor desinteressado, ensinados e vividos por Jesus de Nazaré, são o caminho que leva à plenitude da vida”. O Papa apresenta uma reflexão sobre a relação dos cristãos com a política a partir da expressão ‘Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’, que Jesus proferiu ao ser interrogado sobre a necessidade do pagamento de impostos aos romanos, segundo os evangelhos, fugindo assim a uma “armadilha” em relação à questão da ocupação do território de Israel. “Quando os cristãos se recusam a inclinar-se perante os falsos deuses hoje propostos, não é por causa de uma visão do mundo antiquada, mas porque estão livres de constrangimentos ideológicos e inspirados por uma tão nobre visão do destino humano que não podem ceder perante algo que a mine”. O artigo adverte contra os perigos da “politização da religião” e da “deificação do poder temporal”, bem como da “insaciável busca de riqueza”. O nascimento de Jesus, prossegue Bento XVI, marca o fim de uma era, dominada pelo César, e o reinado de quem “não confia na força das armas, mas no poder do amor”. “Ele traz esperança aos que estão vulneráveis à fortuna em mudança do mundo precário”. Segundo o Papa, os relatos do Novo Testamento sobre o nascimento de Jesus mostram que “este menino, nascido num canto obscuro e distante” do Império Romano, veio oferecer ao mundo “uma paz muito maior, verdadeiramente universal nos seus objetivos e transcendente”. O Vaticano explica, em comunicado, que o artigo foi pedido pelo FT após a publicação da nova obra de Bento XVI sobre a infância de Jesus. “Apesar da natureza invulgar do pedido, o Santo Padre aceitou de bom grado”, acrescenta a nota da sala de imprensa da Santa Sé, que recorda as entrevistas concedidas pelo Papa à BBC e à RAI como momentos em que o líder da Igreja Católica quis “passar a sua mensagem a um auditório maior”.