Resumo, resenha, fichamento e artigo

Transcrição

Resumo, resenha, fichamento e artigo
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
DICAS PARA SE FAZER RESUMOS, FICHAMENTOS,
SEMINÁRIOS, RESENHAS E PAPERS.
Francisco Queiroz
RESUMO (NBR 6028)
1 OBJETIVO
Esta Norma estabelece os requisitos para redação e apresentação de resumos.
2 DEFINIÇÕES
2.1. Palavra-chave: Palavra representativa do conteúdo do documento,
escolhida, preferentemente, em Vocabulário controlado.
2.2. Resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento.
2.3. Resumo crítico: Resumo redigido por especialistas com análise crítica de
um documento. Também chamado de RESENHA. Quando analisa apenas
uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão. VER
DETALHES NA CAPÍTULO RESENHA CRÍTICA
2.4. Resumo indicativo: Indica apenas os pontos principais do documento, não
apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não
dispensa a consulta ao original.
2.5. Resumo informativo: Informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados
e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive,
dispensar a consulta ao original.
3 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO
3.1. O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões
do documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de
resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no
documento original.
3.2. O resumo deve ser precedido da referência do documento, com exceção do
resumo inserido no próprio documento.
3.3. O resumo deve ser composto de uma seqüência de frases concisas,
afirmativas e não de enumeração de tópicos.Recomenda-se o uso de
parágrafo único.
3.3.1. A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do
documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do
tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.).
3.3.2. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.
3.3.3. As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas
da expressão Palavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas
também por ponto.
3.3.4. Devem-se evitar:
 símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente
necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na
primeira vez que aparecerem.
3.3.5. Quanto a sua extensão os resumos devem ter:
 de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e
outros) e relatórios técnico-cientifícos;
 de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos;
 de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.
 Os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos
a limite de palavras.

4 NORMATIZAÇÃO:
4.1 Resumo Avulso:
 Título Tamanho 14 Caixa Alta, negrito; Sub título (se houver) em caixa
baixa.
 Dois espaços simples abaixo do título e alinhado a esquerda em fonte 12,
Nome dos autores referenciado com nota de explicação ao rodapé de
pagina;
 Dois espaços simples e a palavra resumo;
 Em caso de resumo de texto/trabalho de autoria de outro autor ao invés de
colocar o nome do autor coloca-se a referência bibliográfica e abaixo da
palavra resumo coloca-se o nome do estudante, referenciado em nota de
rodapé o curso a faculdade.
 O texto do resumo deve ser em fonte
4.2 RESUMO EM TRABALHO ACADÊMICO
Ver Manual para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos pág. 21.
VEJA MODELO DE RESUMOS EM ANEXO 1 e ANEXO 2
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
FICHAMENTO
O fichamento é o ato de registrar os estudos de um livro e/ou um texto. O trabalho
de fichamento possibilita ao estudante, além da facilidade na execução dos
trabalhos acadêmicos, a assimilação do conhecimento. De acordo com diversos
autores, o fichamento deve conter a seguinte estrutura: cabeçalho indicando o
assunto e a referência da obra, isto é, a autoria, o título, o local de publicação, a
editora e o ano da publicação. Existem vários tipos básicos de fichamentos entre
esses destaco o resumo e o de citações ou transcrição.
FICHA DE RESUMO: redução de um texto a suas idéias principais, parafraseando o
autor com o intuito de compreender o texto a fim de elaborar um novo, apresentando
uma síntese das idéias do autor. Expor abreviadamente as idéias do autor. Não se
faz uso de citações.
CONCEITO: Apresentação sintética e seletiva das idéias de um texto,
ressaltando suas progressões e articulações (MEDEIROS, 2002).
OBJETIVO: Apresentar idéias ou fatos essenciais de um texto, mantendo
fidelidade ao pensamento do autor.
FICHA DE CITAÇÃO: A transcrição direta exige a colocação de aspas no início e no
final do texto. Consiste na reprodução fiel de textos do autor citado. Se já houver no
texto transcrito expressão aspeada, tais aspas devem ser transformadas em aspas
simples.
Indica-se o número da página de onde foi transcrito o texto. Se houver erros de
grafia ou gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre parênteses.
A supressão de palavras é indicada com três pontos entre parênteses. Supressões
iniciais ou finais não precisam ser indicadas ; A supressão de um ou mais parágrafos
intermediários é indicada por uma linha pontilhada ; Ao transcrever um texto é
preciso rigor, observando aspas, itálicos, maiúsculas, pontuação, etc. Não se deve
alterar o texto de nenhuma forma.
Elementos Básicos
de uma ficha:
1 – Cabeçalho;
2 – Referência;
3 – Texto Fichado;
4 – Local onde se encontra a
obra;
5 – Espaço destinado a
esquema ou plano de idéias de
quem vai redigir;
6 – Para ser usado quando for
necessário mais de uma ficha.
utiliza-se letras maiúsculas: A,
B, C... e assim
sucessivamente.
VEJA MODELO DE FICHAMENTOS EM ANEXOS 3
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
SEMINÁRIO (APRESENTAÇÃO ORAL)
Preciamos preparar os alunos para a exposição oral e definição de um roteiro
organizado e metodologicamente correta contribuirá para tanto. Dentre algumas
recomendações é necessário que o aluno tenha tempo para exposição, ou seja, se
for em equipe e o tempo limitado, não podemos mais permitir que um aluno fale 30
ou 60 segundos, que o trabalho seja apresentado por um ou dois, ou se dê pelo
menos 5 minutos para que o aluno tenha condições de superar qualquer dificuldade
expor sua aprendizagem.
ESTRUTURA DE SLIDES:
1. Capa: titulo do trabalho, autores e instituição.
2. Apresentação: Tema e objetivos
3. Justificativa: Importância do Trabalho (social, acadêmica e pessoal)
4. Metodologia: como a pesquisa foi feita – recursos, mecanismos, roteiro de
atividades.
5. Referencial: Principais autores e conceitos.
6. Resultados (2, 3 ou quantos slides forem necessários para apresentar os
resultados da pesquisa, usar fotos, gráficos ou tabelas)
7. Considerações (um ou dois slides)
OBSERVAÇÕES:
 Referência Bibliográfica não precisa, vai no trabalho escrito;
 O tempo médio de fala por slide é 1,5 minuto;
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
RESENHA
Francisco Alves de Queiroz.
Há diversas formas de se construir uma resenha crítica, em síntese o objetivo é
apresentar de maneira resumida o conteúdo de uma obra, (livros, textos, filmes,
apresentações teatrais, exposições), sua estrutura, partes, como foi feito e seus
resultados, tecendo análises críticas sobre cada etapa. As críticas podem ser feitas
ao medida que se vai expondo cada etapa ou primeiro apresenta-se a obra de
maneira resumida e depois realiza-se o posicionamento do resenhista, fica a gosto
do aluno, eu prefiro apresentar a obra e depois criticar.
Eu deixo algumas recomendações saudáveis para a construção de uma boa
resenha: primeiro o aluno deve fazer uma leitura sem compromisso do texto, verificar
os conceitos e objetivos do texto, conhecer o autor, sua formação e atentar pata o
período que foi escrito a obra; segundo, aprender os conceitos tratados pelo autor e
se possível fazer um paralelo com as definições clássicas destes conceitos; terceiro
verificar os métodos e as provas cientificas utilizado pelo autor para construir o
trabalho; quarto, verificar se o autor é claro quanto as especificações dos objetivos
do trabalho e se dá resposta a esses objetivos; quinto e por fim, verificar a
importância da obra para a vida prática e acadêmica.
Veja agora um rápido esquema de resenha que deve ser seguida nas nossas
disciplinas.
1. Ao topo da página o aluno coloca a referência bibliográfica do material a ser
resenhado usando as normas da NBR 6023,
2. Dá dois espaços e coloca o título “RESENHA” referenciado em nota de
rodapé o objetivo do trabalho, exemplo: Trabalho solicitado pelo Professor Dr.
Zé Dias, Disciplina Economia da Faculdade Capim Grosso.
3. Dá dois espaços em seguida o a palavra “por” mais um espaço e o nome
aluno seguido de referencia de nota de rodapé apresentando-o.
4. Dá dois Espaço e apresenta o autor: atuação, formação, principais obras,
locais de trabalho e informações importantes, isto é o primeiro parágrafo da
resenha.
5. A segunda etapa é apresentar a obra em forma de Resumo Informativo:
finalidades, metodologia, partes do texto, resultados e conclusões do autor,
de forma clara, objetiva e direta. Está etapa é em média 500 palavras, dois,
três parágrafos. Mas isto não é regra.
6. A terceira etapa é realizar uma crítica dos objetivos do texto, da metodologia,
da clareza, da objetividade, da importância social e acadêmica e da
atualidade dos conteúdos, é juízo de valor, mas este atente-se, não julgar por
julgar o julgamento deve ser embasando em pressupostos científicos e
verificáveis.
7. Para Fechar a resenha com chave de ouro recomende ou não a leitura da
obra e indique outros conteúdos e autores a serem consultados para melhor
compreensão dos conhecimentos tratados na resenha.
OBSERVAÇÃO: Uma boa resenha geralmente se faz em duas páginas e como o
resumo e o fichamento, NÃO usa-se capa e contracapa e nem cabeçalho e em folha
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
direta como citado acima, com os alunos, professores e entidades referenciados em
notas de rodapé.
VEJA EXEMPLO DE RESENHA:
CASTRO, A.B. e SOUZA, F.E.P. A Economia Brasileira em Marcha Forçada. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1985. p. 190.
RESENHA
1
Por:
2
Fernando Dantas Carvalho
1 – Apresentação do Autor
Barros de Castro, doutor em economia pela Universidade de Campinas. Professor Titular de
Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro tem vasta experiência acadêmica, tendo atuado
como professor visitante em universidades do Chile, Inglaterra e Estados Unidos. Foi consultor do
IBGE, Eletrobrás, Petrobras, BNDES, sempre na área do desenvolvimento de política industrial, sua
especialidade. Principais obras publicadas: Introdução à Economia, Uma Abordagem Estruturalista,
em Co-autoria com Carlos Lessa, 1967. , Sete Ensaios sobre a Economia Brasileira, 1971, A
Economia Brasileira em Marcha Forçada, em co-autoria com Francisco Eduardo Pires de
Souza.1985.
2 O Resumo Informativo em 2, 3 parágrafos (em média 300 a 500 palavras);
3 A crítica em 1, 2 parágrafos (em média 150 a 300 palavras).
4 Recomendações e conclusão em 1 parágrafo.
______
1
2
Trabalho solicitado Trabalho solicitado pelo Professor Dr. Zé Dias, Disciplina Economia da Faculdade Capim Grosso.
Graduando de Administração, 5 semestre. [email protected]
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
NORMAS PARA APRESENTAÇÕES DE PAPERS E
ARTIGOS
O trabalho não deve conter capas, contracapas, sumário, dedicatórias e nem folha rosto. Não
há quebra de paginas, é em texto corrido mas pode apresentar divisões capitualar.
Deve
apresentar extensão de 8 a 20 páginas e estar de acordo com as NBR (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) 6022, 6023, 6024, 6028 e 10520.
De acordo com a NBR 6022 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS), a publicação deve ser constituída por:
1 Elementos pré-textuais
a)
Título e subtítulo (se houver): devem figurar na página de abertura do texto,
separados por dois-pontos e na língua do texto.
b)
Nome(s) do(s) autor(es): acompanhado de titulação, Instituição que
representa e e-mail; essas informações devem aparecer em nota de rodapé.
c)
Resumo na língua do texto: deve ser em um único parágrafo, com extensão
de 100 a 250 palavras, de forma objetiva.
d)
Palavras-chave na língua do texto: palavras que representam os principais
assuntos tratados no texto (entre 3 a 5 palavras); devem figurar logo abaixo
do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:, separadas entre si
por ponto e finalizadas também por ponto.
2 Elementos textuais
a)
b)
Introdução: apresenta as idéias gerais sobre o tema explanado.
Desenvolvimento: parte principal do texto, que apresenta de forma
ordenada o assunto tratado. Pode ser dividido em seções e subseções, de
acordo com o tema abordado.
c)
Conclusão ou Considerações finais: aborda os pontos principais, de forma
a fechar o texto.
3 Elementos pós-textuais
a)
Resumo em língua estrangeira: versão do resumo na língua do texto para o
idioma de divulgação internacional, utilizando as mesmas características.
b)
Palavras-chave em língua estrangeira: versão na língua do texto para a
mesma língua estrangeira do resumo.
c)
Nota(s) explicativa(s): deve(m) ser utilizada(s) apenas para comentários
e/ou explicações que não possam ser incluídas no texto, não para
referências. Devendo ser colocadas no rodapé da página em destaque.
d)
Referências: devem ser colocadas ao final do trabalho, classificadas em
ordem alfabética pelo sobrenome do autor, com alinhamento à margem
esquerda, entrelinhas simples e espaçamento duplo entre elas.
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
Paper – O que é e como fazer
Sergio Enrique Faria
1. Conceito de paper
O paper, position paper ou posicionamento pessoal é um pequeno artigo
científico a respeito de um tema predeterminado. Sua elaboração consiste na
discussão e divulgação de idéias, fatos, situações, métodos, técnicas, processos ou
resultados de pesquisas científicas (bibliográfica, documental, experimental ou de
campo), relacionadas a assuntos pertinentes a uma área de estudo.
Na elaboração de um paper, o autor irá desenvolver análises e
argumentações, com objetividade e clareza, podendo considerar, também, opiniões
de especialistas. Por sua reduzida dimensão e conteúdo, o paper difere de trabalhos
científicos, como monografias, dissertações ou teses.
O paper deve ser redigido com estrita observância das regras da norma culta,
objetividade, precisão e coerência. Devem ser evitadas as gírias, expressões
coloquiais e que contenham juízos de valor ou adjetivos desnecessários. Também
é preciso evitar explicações repetitivas ou supérfluas, ao mesmo tempo em que se
deve cuidar para que o texto não seja compacto em demasia, o que pode prejudicar
a sua compreensão. A definição do título do artigo deve corresponder, de forma
adequada, ao conteúdo desenvolvido.
2. Propósitos do paper
De um modo geral, o paper é produzido para divulgar resultados de
pesquisas científicas. Entretanto, esse tipo de trabalho também pode ser elaborado
com os seguintes propósitos:
 Discutir aspectos de assuntos ainda pouco estudados ou não
estudados (inovadores);
 Aprofundar discussões sobre assuntos já estudados e que pressupõem
o alcance de novos resultados;
 Estudar temáticas clássicas sob enfoques contemporâneos;
 Aprofundar ou dar continuidade à análise dos resultados de pesquisas,
a partir de novos enfoques ou perspectivas;
 Resgatar ou refutar resultados controversos ou que caracterizaram
erros em processos de pesquisa, buscando a resolução satisfatória ou
a explicação à controvérsia gerada.
Além desses objetivos, o paper pode abordar conceitos, idéias, teorias ou
mesmo hipóteses de forma a discutílos ou pormenorizar aspectos. Ao produzir o
artigo, o aluno inicia uma aproximação aos conceitos e à linguagem científica que
necessitará desenvolver no momento da elaboração do trabalho de conclusão de
curso.
A elaboração de artigos estimula, ainda, a análise e a crítica de conteúdos
teóricos e de idéias de diferentes autores, contribuindo para que o aluno aprenda a
sintetizar conceitos, fazer comparações, formular críticas sobre um determinado
tema à luz de pressupostos teóricos ou de evidências empíricas já sistematizadas.
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
3. Elaboração dopaper
Para que o conteúdo do paper seja bem trabalhado e fundamentado sugerese que o mesmo tenha entre 10 e 15 páginas. Como o paper deve ser sempre
fundamentado cientificamente, deve-se utilizar no mínimo 3 autores na pesquisa.
Antes de começar a escrever o artigo,é preciso que o autor primeiro reúna as
informações e conhecimentos necessários por meio de livros, revistas, artigos e
outros documentos de valor científico. Em seguida, deve-se organizar um esqueleto
ou roteiro básico das idéias, iniciando com a apresentação geral do assunto e dos
propósitos do artigo, seguidos da indicação das partes principais do tema e suas
subdivisões e, por fim, destacando os aspectos a serem enfatizados no trabalho.
A elaboração deste plano é útil, em primeiro lugar, para sistematizar a
comunicação a ser feita, evitando que o autor se perca durante a elaboração. Por
outro lado, também auxilia como recurso pedagógico para reflexão e organização
lógica das idéias a serem abordadas;
Em termos de procedimentos para a escrita de um artigo científico, é
necessário observar os propósitos do trabalho a ser elaborado. Todavia,
independente de ter propósitos distintos, o artigo científico deve apresentar a
estrutura básica que caracteriza todos os tipos de trabalhos científicos ou
acadêmicos: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.
Introdução
É o primeiro contato do leitor com a obra. Deve-se, nela, fazer o leitor
entender com clareza o contexto da pesquisa, de forma didática. A introdução do
paper tem, geralmente, uma ou duas páginas e deve abordar os seguintes
elementos:
 Assunto/tema do artigo e seus objetivos;
 Justificativa do trabalho e sua importância teórica ou prática;
 Síntese da metodologia utilizada na pesquisa;
 Limitações quanto à extensão e profundidade do trabalho;
 Como o artigo está organizado.
Desenvolvimento (corpo do artigo)
O desenvolvimento é o elemento essencial da pesquisa, isto é, o seu
coração, e no geral concentra de 80 a 90 por cento do total de páginas do relatório.
Nesta etapa o aluno deverá dividir o tema em discussão para uma maior clareza e
compreensão por parte do leitor. É preciso evitar, porém, o excesso de subdivisões,
cujos títulos devem ser curtos e adequados aos aspectos mais relevantes do
conteúdo, motivando para a leitura. Vale ressaltar que as divisões, subdivisões e
títulos do artigo não garantem a sua consistência ou importância. É preciso que as
referidas partes e respectivas idéias estejam articuladas de forma lógica, conferindo
ao conjunto a indispensável unidade e homogeneidade.
No desenvolvimento são apresentados os dados do estudo, incluindo a
exposição e explicação das idéias e do material pesquisado, referencial teórico
(apresentação de conceitos sistematizados com base na literatura), discussão e
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
análise das informações colhidas e avaliação dos resultados, confrontando se os
dados obtidos na pesquisa e o conteúdo abordado nos referenciais teóricos.
Conclusão
A conclusão apresenta as informações que vão finalizar o trabalho buscandose integrar todas as partes discutidas. É a dedução lógica do estudo, na qual
destacam-se os seus resultados, relacionando-os aos objetivos propostos na
introdução. Podem ser incluídas as limitações do trabalho, sugestões ou
recomendações para outras pesquisas, porém de forma breve e sintética.
Em termo formais, a conclusão é uma exposição factual sobre o que foi
investigado, analisado, interpretado; é uma síntese comentada das idéias essenciais
e dos principais resultados obtidos, explicitados com precisão e clareza. Assim, a
leitura da conclusão deve permitir ao leitor o entendimento de todo o trabalho
desenvolvido, das particularidades da empresa aos resultados esperados na
implantação do projeto proposto.
4. Quanto à forma de apresentação
O paper é apresentado, usualmente, seguindo se as normas prescritas para
apresentação de trabalhos acadêmicos, ressalvando se os trabalhos preparados
para eventos ou com fins de publicação em periódicos científicos, que devem
atender aos critérios e modelos estabelecidos por seus organizadores e/ou editores.
Como trabalho acadêmico, especificamente, o paper deve estar orientado pelas
normas constantes no manual da própria faculdade, as quais são certamente
baseadas nas normas da ABNT. Na apresentação do paper, é preciso realmente
observar as orientações prescritas nos manuais, pois, caso isso não aconteça,
correse o risco de comprometer a aprovação do artigo.
5. Avaliação
O paper pode ser avaliado segundo inúmeros critérios, decorrentes dos
objetivos propostos pelo professor. Normalmente, os artigos científicos são
elaborados por alunos que se encontram em fase final do curso de graduação, muito
embora nada impeça que o professor os solicite em etapas anteriores, adequando-o
às possibilidades e recursos já desenvolvidos por seus alunos.
Para a avaliação de artigos científicos, então, podem ser descritos vários
critérios, tais como:
a) Quanto ao conteúdo:
a. Clareza na apresentação dos objetivos, justificativa e importância
do artigo; Identificação dos limites do artigo (definição do foco do
artigo e dos aspectos que não serão abordados);
b. Clareza na especificação das unidades de análise (como por
exemplo: indivíduo, organização, sociedade);
c. Demonstração de conhecimento suficiente sobre o assunto;
d. Referencial teórico claramente identificado, coerente e adequado
aos propósitos do artigo;
e. Ausência
de
dispersão
ou
de
redundância
das
informações/conteúdos;
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
f. Apresentação de suposições (hipóteses) sustentadas em teorias e
crençasconsideradas verdadeiras a partir do paradigma do qual se
originam; as suposições devem serclaras e justificadas;
g. Coerência entre as informações e no encadeamento do raciocínio
lógico;
h. Ausência de saltos de raciocínio na passagem de um parágrafo
para outro, ou de um conceito para outro;
i. Elaboração de análise e síntese diante de conceitos teóricos
semelhantes e/ou divergentes;
j. Uso adequado de exemplos complementares para clarificar o
significado do texto;
k. Demonstração de argumentos ou provas suficientes para apoiar as
conclusões;
l. Articulação entre sugestões ou recomendações e as discussões
apresentadas no texto;
m. Originalidade e inovação do assunto abordado;
n. Postura ética no trato do tema e desenvolvimento da análise
(imparcialidade e equilíbrio).
b) Quantoà forma:
a. Atendimento aos objetivos propostos;
b. Objetividade, precisão e coerência na escrita do texto;
c. Uso fiel das fontes mencionadas no artigo, com a correta relação
com os fatos analisados;
d. Uso/seleção
de
literatura
pertinenteà análise;
Linguagem acessível;
e. Unidade e articulação do texto (encadeamento lógico);
f. Elementos de transição entre parágrafos adequados ao sentido e
à lógica dos conteúdos;
g. Afirmativas
unívocas,
sem
duplo
sentido;
Coerência
e
padronização
dos
termos
técnicos;
Observância
das
regras
da
norma
culta;
Uso correto de citações devidamente referenciadas;
h. Adequação do título ao conteúdo;
i. Resumo claro e informativo;
j. As normas técnicas de apresentação de trabalhos acadêmicocientíficos determinadas são respeitadas?
O artigo pode ser rejeitado tanto pelo acúmulo de pequenas falhas em
diversos critérios quanto pelo número excessivo de falhas em um mesmo critério
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
ANEXO I: MODELO DE RESUMO AVULSO DE AUTORIA PRÓPRIA
POLÍTICAS PÚBLICAS E A INFORMALIDADE: o caso do micro-empreendedor
individual na feira livre de Cruz das Almas.
Edilma Tenório1
Francisco Alves de Queiroz2
RESUMO
Este trabalho analisa a efetividade da política pública, o Simples Nacional, em atingir
aos seus objetivos de reduzir a informalidade e melhorar o ambiente de negócios
dos micro-empreendedores e empreendedores individuais. É um estudo caso numa
abordagem descritiva no mercado da feira livre de Cruz das Almas (BA). Discuti os
conceitos de trabalho informal e produz dados sistemáticos do objeto contribuindo
para a análise do programa Simples Nacional. A pesquisa descreve a realidade de
como se apresenta a atividade informal e as relações e percepções que este
trabalhadores tem com as políticas publicas. O delineamento da pesquisa será um
estudo de caso desejando proporcionar uma visão global do problema, estudar as
características da população e identificar possíveis fatores que influenciam e são
influenciados na população alvo quanto a informalidade e o Simples Nacional. O
objeto será exposto em uma natureza empírico-teórica em um tipo abordagem qualiquantitativa com o uso de recursos estatísticos, realizar-se-a um estudo amostral
estratificado e aleatório. Por meio de pesquisa bibliográfica foram realizados estudos
conceituais da informalidade com base nas correntes de cientistas sociais,
sociólogos e economistas em livros e artigos contemporâneos sobre as temáticas; e
concluiu-se a construção teórica com uma pesquisa documental da legislação sobre
as políticas de inclusão social do trabalho publicado nos diários oficiais. A primeira
constatação da pesquisa é que a informalidade é algo inerente, integrado e
necessário ao sistema capitalista, que os governos precisam encontrar instrumentos
de desenvolvimento e convivência ao invés de procurar a erradicação, pois isto não
é possível. Essa pesquisa apresentará 3 capítulos: Primeiro foi feito uma análise
histórica e contextualizada do conceito de informalidade procurando as origens mais
profundas do conceito. Segundo procurou-se compreender a informalidade na feira
livre, suas relações, opções e caracterizou-se um perfil sócio econômico da
população. Por fim apresenta os dados coletados nos formulários de forma
sistematizada e as análises que mensuram a efetividade do Simples Nacional na
feira livre de Cruz das Almas.
Palavras-chave: Trabalho; informalidade; política pública;
1
Graduando em administração pela Faculdade Maria Milza (FAMAM), [email protected].
Mestrando em Políticas Públicas (UNEB), Especialista em Políticas Públicas e Economista (UEFS). Professor
de Economia Brasileira da Faculdade Maria Milza. [email protected].
2
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
ANEXO 2: MODELO DE RESUMO AVULSO DE AUTORIA DE OUTREM.
POLÍTICAS PÚBLICAS E A INFORMALIDADE: o caso do micro-empreendedor
individual na feira livre de Cruz das Almas.
QUEIROZ, Francisco Alves de. A Economia Informal e o Sistema Produtivo
Capitalista. Feira de Santana: UEFS. Set. 2006. p. 50-95.
RESUMO
Por:
Edilma Tenório3
Este trabalho analisa a efetividade da política pública, o Simples Nacional, em atingir
aos seus objetivos de reduzir a informalidade e melhorar o ambiente de negócios
dos micro-empreendedores e empreendedores individuais. É um estudo caso numa
abordagem descritiva no mercado da feira livre de Cruz das Almas (BA). Discuti os
conceitos de trabalho informal e produz dados sistemáticos do objeto contribuindo
para a análise do programa Simples Nacional. A pesquisa descreve a realidade de
como se apresenta a atividade informal e as relações e percepções que este
trabalhadores tem com as políticas publicas. O delineamento da pesquisa será um
estudo de caso desejando proporcionar uma visão global do problema, estudar as
características da população e identificar possíveis fatores que influenciam e são
influenciados na população alvo quanto a informalidade e o Simples Nacional. O
objeto será exposto em uma natureza empírico-teórica em um tipo abordagem qualiquantitativa com o uso de recursos estatísticos, realizar-se-a um estudo amostral
estratificado e aleatório. Por meio de pesquisa bibliográfica foram realizados estudos
conceituais da informalidade com base nas correntes de cientistas sociais,
sociólogos e economistas em livros e artigos contemporâneos sobre as temáticas; e
concluiu-se a construção teórica com uma pesquisa documental da legislação sobre
as políticas de inclusão social do trabalho publicado nos diários oficiais. A primeira
constatação da pesquisa é que a informalidade é algo inerente, integrado e
necessário ao sistema capitalista, que os governos precisam encontrar instrumentos
de desenvolvimento e convivência ao invés de procurar a erradicação, pois isto não
é possível. Essa pesquisa apresentará 3 capítulos: Primeiro foi feito uma análise
histórica e contextualizada do conceito de informalidade procurando as origens mais
profundas do conceito. Segundo procurou-se compreender a informalidade na feira
livre, suas relações, opções e caracterizou-se um perfil sócio econômico da
população. Por fim apresenta os dados coletados nos formulários de forma
sistematizada e as análises que mensuram a efetividade do Simples Nacional na
feira livre de Cruz das Almas.
Palavras-chave: Trabalho; informalidade; política pública;
3
Graduando em administração pela Faculdade Maria Milza (FAMAM), [email protected].
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
ANEXOS 3 – MODELO DE FICHAMENTOS
FICHAMENTO RESUMO
Direito:Poder Jurisdicional
1
A
KHENAIFES, Wahib Ibrahim. O Monopólio do Poder Jurisdicional. Monografia, Rio
de Janeiro, 2003. 25 p.
Obra que trata da questão do monopólio do poder jurisdicional no mundo jurídico, envolvendo
aspectos relevantes no que diz respeito à cidadania. Aborda os conceitos e as finalidades da
jurisdição, além de apresentar uma discussão acerca da justiça e igualdade.
Para o estudo sistemático das questões que envolvem o tema, o autor recorre à teoria da justiça
como equidade proposta por John Rawls em Uma Teoria da Justiça.
Em síntese, a obra envolve às precariedades que ocorrem no Estado, as crises sofridas pelo poder
judiciário, além de apresentar as alterações ocorridas nos diversos conceitos de direito civil e
comercial. Um outro enfoque dado se refere ao fenômeno da globalização aliado à tentativa de se
criar um Estado eficiente, visto que desta forma há possibilidade de ocorrer o surgimento de
alternativas mais econômicas e ágeis, objetivando auxiliar a sociedade na busca de soluções para os
seus conflitos.
www.monografiasonline.com.br/downloads/fichamento.doc
FICHAMENTO CITAÇÃO (MODELO)
GARIMPO
MARCONI, Marina de Andrade. Garimpos e garimpeiros em Patrocínio
Paulista. São Paulo: Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1978,
158 p.
“Entre os diversos tipos humanos característicos existentes no Brasil, o garimpeiro apresenta-se,
desde os tempos coloniais, como um elemento pioneiro, desbravador e, sob certa forma, como
agente de integração nacional.” ( p.7 ).
“Os trabalhos no garimpo são feito, em geral, por homens, aparecendo a mulher muito raramente e
apenas no serviço de lavação ou escolha de cascalho, por serem mais suaves do que o de
desmonte.” (p. 26 ).
“ ... Indivíduos ( os garimpeiros ) que reunidos mais ou menos acidentalmente continuavam a viver e
trabalhar juntos. Normalmente abrangem indivíduos de um só sexo (...) e sua organização é mais o u
menos influenciada pelos padrões que já existem em nossa cultura para agrupamentos dessa
natureza.” ( p. 47 ). (LINTON, Ralph. O homem: uma introdução à antropologia. 5ª ed. São Paulo:
Martins, 1965, p. 111 ).
“O garimpeiro (... ) é ainda um homem rural em processo lento de urbanização, com métodos de vida
pouco diferentes dos homens da cidade, deles não se distanciando notavelmente em nenhum
aspecto: vestuário, alimentação, vida familiar.” ( p. 48 ).
“A característica fundamental no comportamento do garimpeiro (... ) é a liberdade.” ( p. 130 ).
http://www.monografiasonline.com.br/fichamento.asp
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
ANEXO 4: MODELO DE RESUMO AVULSO DE AUTORIA DE OUTREM.
CASTRO, A.B. e SOUZA, F.E.P. A Economia Brasileira em Marcha Forçada. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1985
RESENHA:
Por:
Francisco Alves de Queiroz
1
1 – Apresentação do Autores
Barros de Castro, doutor em economia pela Universidade de Campinas. Professor Titular de
Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro tem vasta experiência acadêmica,
tendo atuado como professor visitante em universidades do Chile, Inglaterra e Estados
Unidos. Foi consultor do IBGE, Eletrobrás, Petrobras, BNDES, sempre na área do
desenvolvimento de política industrial, sua especialidade. Principais obras publicadas:
Introdução à Economia, Uma Abordagem Estruturalista, em Co-autoria com Carlos Lessa,
1967. , Sete Ensaios sobre a Economia Brasileira, 1971, A Economia Brasileira em Marcha
Forçada, em co-autoria com Francisco Eduardo Pires de Souza. 1985.
Francisco Eduardo Pires de Souza, Pós-Doutor. London School of Economics and Political
Science, LSE, Grã-Bretanha. Também tem vasta experiência acadêmica, Professor da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Principais obras publicadas: Economia Monetária e
Financeira: Teoria e Política, A Economia Brasileira Em Marcha Forcada.
2 – Capitulo I - Ajustamento X Transformação da Economia Brasileira. Barros de Castro.
Os autor apresenta a experiência brasileira de ajustamento: descreve, interpreta, questiona
e caracterizam as mudanças ocorridas na economia brasileira em meados da década de 80.
Nesta discussão descreve os fenômenos da economia, as intervenções e interpretações do
estado, o que julga confusas e falsas. Correlaciona os fatos ocorridos no início da década de
80 com os fatos econômicos ocorridos em 1974, o que vem a chamar de racionalidade
econômica de 1974 – Apresenta como se deu a deterioração dos termos de intercâmbio,
substituição das importações do período e as prioridades do governo – tendência a fomentar
acumulação de capital industrial. trata do tema desenvolvimentismo e sua relação com a
“fracassada estratégia social”.
Faz todo approach teórico demonstrando o funcionamento das relações comerciais, da
queda de ritmo de crescimento da economia e as influências das crises do petróleo. Define
como inconsistente a política econômica de Defim Netto em 1979. E, Conclui este ponto
com a convicção que o ocorrido no Brasil constitui um ajuste recessivo, e caracteriza a
interpretação feita do passado como um equívoco, que este, vem a prejudicar as
perspectivas no período que se abre.
Os fenômenos econômicos são definidos como mutantes, principalmente nos países de
desenvolvimento tardio. Traz relações destas economias com a de outros países, como
também explicita as políticas econômicas exercidas por cada governo brasileiro assim como
o referencial teórico de cada ministro da fazenda do período.
3 – capitulo II – Metamorfoses do Endividamento Externo – Pires de Souza.
1
Economista, professor de Metodologia Aplicada a Ciências Sociais da FAMAM e da FACE.
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
Dando seqüência a Barros de Castro, referenciando-se a Kaleck, Simonsen, Keynes, Idéias
cepalínas e outros autores, o autor utiliza ainda vários dados extraídos do Banco Central,
relatórios da SEPLAN, IBGE, e do Ministério de Governo. Contextualiza historicamente a
dívida, faz balanço comparativo, até meados da década de 80 e na segunda metade da
década de 80 e conclui caracterizando a transferência de recursos ao exterior.
Para completar os recursos domésticos e elevar a formação de capital os países
subdesenvolvidos justificam a absorção de capitais externos – teoria da dinâmica do
endividamento: gerar poupança a um nível superior ao investimento. Primeiro estágio da
dívida: insuficiência de poupança. O choque do petróleo e a crise internacional muda a
percepção deste fenômeno. Mutação dos fenômenos, a justificativa da dívida: de
insuficiência de poupança vai a, financiar o déficit no balanço de pagamentos e, em 80, com
Delfim Netto, o enfoque volta a ser a poupança. O autor apresenta as linhas da política
econômica brasileira até chegar ao exercício das altas taxas de juros reais, que, seria para
incentivar a poupança e acaba por desestimular o investimento: superávit no balanço de
pagamentos com recessão. A poupança cai e o investimento mais ainda. Trata também a
relação externa e suas influências internas.
Pires observar o crescimento acentuado da dívida 1974-1978 até se estabilizar em 1984.
Concordando com diversos autores, concluiu que a grande massa de dívida contraída para
financiar as importações, requeridas pelo desenvolvimento acelerado (crescimento a
qualquer custo) foi desnecessária. Identificando com clareza a mutação dos fenômenos, ano
a ano, deste período, ver a incapacidade administrativa dos governos perante a estagnação
que se dava, sempre com uma característica nova. A população, os efeitos: recessão,
estrangulamento, déficits, altas de juros, que se acentua ainda mais no colapso do mercado
de créditos internacionais.
A dívida e seu papel na segunda metade da década de 80 - a dívida externa não é mais um
obstáculo ao crescimento, identifica agora o cenário internacional. Apresenta de forma bem
evidente fatores macroeconômicos: PIB, Transações Correntes, PNB, Exportação,
importação, Política Cambial e Taxa Juros.
O autor chega a conclusão do seu trabalho, utilizando forte arcabouço gráfico, apresenta as
Transferências externas, pagamento da dívida. Identifica o quanto o bom momento externo
falseia a realidade interna do Brasil, discutindo o impacto macroeconômico pela ótica do
Balanço de Pagamentos. O esforço de pagamento da dívida recai sobre o trabalho reduzindo a competitividade com a produção externa.
4 – Comentário Crítico.
Os autores trazem de forma clara e numa nova perspectiva uma explicação da evolução
econômica do Brasil desde a crise do "milagre" até os momentos que antecederam a fase
dos pacotes de estabilização econômica. Nesta obra eles descrevem a recente história
econômica brasileira, que consegue, por vezes ludibriar os observadores mais atentos - o
processo inflacionário do pré e do pós-64, o "milagre" e sua crise, o retorno à estabilidade, a
recessão de 1983 e a retomada do crescimento.” È uma produção literária de fácil leitura,
bem ilustrada gráfica e matematicamente; recheada de análises e críticas conjunturais
distribuída numa lógica que evidencia approach teórico dos autores. É uma leitura
necessária aos estudiosos que pretendem compreender o funcionamento dos mercados e
das políticas públicas no âmbito da macroeconomia brasileira nos dias atuais.
Recomendo a leitura desta obra, pois ela contribui para a compreensão da história do
desenvolvimento econômico brasileiro, um importantíssimo recorte temático que se
completará com a leitura de Francisco Oliveira, com o livro uma Crítica e Econômica
Brasileira, no debate sobre o desastroso papel dos governos brasileiros das na construção
da miséria deste país.