Vôlei - Blogs
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26 Vôlei LANCE! l Segunda-feira, 14 de outubro de 2002 Nervosismo em família IRMÃOS JÁ PENSAM NO BICAMPEONATO MUNDIAL Na casa de Gustavo, o irmão Murilo e a esposa Raquel não escondiam a inquietação durante a final do Mundial O REGINALDO CASTRO Bruno Doro. SÃO PAULO nervosismo deve ter sido comum nas pessoas que assistiram ontem ao jogo entre Brasil e Rússia. Mas ninguém deve ter ficado tão agitado quanto Murilo Endres, ponta do Banespa e irmão do meiode-rede Gustavo, da Seleção. Destaque na conquista dos Campeonatos Paulistas de 2001 e 2002, ele esperava estar ao lado do irmão ontem. – Eu tinha esperança de ser convocado. Me lembro de quando conquistei o Mundial juvenil na Polônia, também contra a Rússia. Foi a melhor coisa que eu já vivi– lembra. Assistindo ao jogo na casa do irmão, ao lado do pai, da cunhada e de amigos, Murilo não conseguia esconder o nervosismo. Roía as unhas, lamentava a cada erro brasileiro. – É o segundo jogo que eu assisto do Mundial. Nos outros, era horário de treino, não dava para ver. Pelo Murilo espera estar na Seleção daqui a quatro anos, no próximo Mundial menos eu sofria menos. E ontem o sofrimento foi grande. Ainda mais depois da derrota no primeiro set. Mas nem mesmo isso abalou sua confiança. – Não tem problema. Nós vamos vencer. Vai ser 3 a 1 – disse, errando por um set o placar da final. Raquel, casada com Gustavo, também estava inquieta. Para dar sorte, antes do jogo ela vestiu a camisa número 13 da Seleção. – Foi a mesma que usei no jogo contra a Iugoslávia – conta. Superstições como esta, aliás, Raquel tentou esconder. Mas o nervosismo acabou prevalecendo. – Não era para falar, mas coloquei o nome do adversário no congelador. Me ensinaram a fazer isso – diz. Além da roupa e da “mandinga”, ela também acendeu, há dois dias, uma vela para que os anjos protejam a Seleção e ainda perfumou a sala com a televisão com um incenso após a derrota no primeiro set. – A gente tenta de tudo já que não pode estar lá – fala, sem esconder a saudade do marido. – Hoje ele deve ligar assim que acabar a partida. Assim, posso consolá-lo se ele perder ou comemorar com ele. Sorte que o Brasil ganhou. TORCIDA ESPECIAL Murilo, irmão de Gustavo, acompanhou o Mundial da Argentina pela TV. Ontem, viu a final na casa do irmão. Por causa dos treinos no Banespa, só conseguiu assistir a duas partidas do Brasil: “Nos outros, os treinos não deixaram. Era difícil agüentar a ansiedade de saber o resultado”, conta França termina no pódio n A França ficou com a medalha de bronze do Mundial. Anteontem, o time dirigido por Philippe Blain surpreendeu a favorita Iugoslávia, vencendo por 3 sets a 0, parciais de 25-23, 25-23, 25-16, em 1h20min. Grande surpresa do Mundial, os franceses não deram a mínima chance para os atuais campeões olímpicos. No primeiro set, a França abriu rapidamente 8 a 3, contando com cinco pontos causados por erros dos iugoslavos. Desanimados após a derrota para o Brasil na semifinal, os jogadores do Leste euro- peu só acordaram após uma boa seqüência de ataques de Miljkovic. Porém, sozinho, o melhor atacante do time não conseguiu evitar a vitória francesa no primeiro set. Na segunda parcial, o bloqueio da França fez a diferença. Com quatro pontos, o fundamento foi vital para a vitória por 25 a 23. Com desvantagem de 2 a 0, a Iugoslávia praticamente entregou o 3 o- set. Com uma atuação quase perfeita do atacante Capet, maior pontuador do jogo com 23 pontos, a França fechou em 25 a 16. AP Argentina dá adeus com derrota Para a seleção argentina, 0 conquistar o quinto lugar era uma questão de honra. Porém, a torcida de Buenos Aires foi obrigada a engolir uma festa italiana no ginásio Luna Park, num dos jogos mais equilibrados do Mundial. Na preliminar da decisão, a Itália derrotou os donos da casa por 3 a 2 (27-29, 25-17, 2522, 22-25 e 24-22). Com o resultado, os italianos, campeões mundiais em 90, 94 e 98, terminaram em quinto lugar. Os argentinos ficaram em sexto. Antes do início do torneio, o objetivo da Argentina era, ao menos, repetir seu melhor desempenho em Mundiais. Em 82, também jogado na Argentina, os “hermanos“ conquistaram o bronze. CORTADAS A MELHOR Franceses comemoram a vitória sobre a Iugoslávia. Posição alcançada na Argentina é a melhor da história da França em Mundiais MUNDIAL 2002 POSIÇÃO 1 o2 o3 o4 o5 o6 o7 o8 o9 o- 13 o- 17 o19 o- PAÍS Brasil Rússia França Iugoslávia Itália Argentina Grécia Portugal Japão Holanda Polônia Estados Unidos Bulgária China República Tcheca Espanha Canadá Venezuela Austrália Croácia Cuba Egito Tunísia Cazaquistão PHILIPPE BLAIN Técnico francês NIKOLA GRBIC Levantador iugoslavo “Passamos cinco meses treinando e chegamos ao nosso objetivo” “Acho que a França venceu pois colocou o coração em quadra” Analisando a campanha que valeu o bronze Explicando a derrota da Iugoslávia por 3 sets a 0