PRESS RELEASE - Carpe Diem Arte e Pesquisa

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PRESS RELEASE - Carpe Diem Arte e Pesquisa
Press Release
Programação Março – Maio 2013
Carpe Diem Arte e Pesquisa
Apresenta novo ciclo de exposições
9 Março – 25 Maio 2013
Carpe Diem Arte e Pesquisa | Rua de O Século 79, Bairro Alto 1200-433, Lisboa, Portugal
+ 351 211 977 102 | [email protected] | www.carpediemartepesquisa.com
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Programação Março – Maio 2013
FINGIDOS, Gabriela Albergaria
Interior (antigo Palácio Pombal), 2012
“Durante muito tempo esta arte foi mal entendida. Dizia-se: «fingia-se porque não havia dinheiro para usar
materiais nobres (a pedra ou a madeira)»; esquecendo que os gregos fingiam mármore para recobrir o mármore
de muitos dos seus templos, e que os romanos fingiam tijolo para recobrir o imolo burro de alvejarias. Porquê?
Certamente que não por tolice ou ignorância, mas sim porque se conseguia proteger, deste modo esses
monumentos, cobrindo-os com um revestimento que assegurava duas importantes funções: a estética, e a de
uma «camada sacrificial» que sofria os principais embates atmosféricos, sendo por isso ciclicamente reparada ou
renovada, garantindo a continuidade futura do edifício.”
Excerto de Fingidos de madeira e de pedra. Breve historial, técnicas de execução, de restauro e de execução. De José Aguiar,
Martha Tavares e Isabel Mendonça
Trata-se de um projecto composto por dois desenhos. Os desenhos desconstroem uma receita antiga de como
imitar madeira de pinho numa técnica associada à decoração chamada escaiola ou fingidos. Uma das peças é
um texto desenhado retirado da receita, com as cores e percentagens usadas para imitar a cor da madeira de
pinho. O outro desenho representa a forma de uma lâmina de madeira de pinho, feito a lápis verde sobre papel
colocado sobre uma porta de interior vulgar (com folha de madeira natural de Pinho com o interior em estrutura
alveolar cartonado, com as dimensões de 204 x 73 cm). A execução dos desenhos aproxima-se das regras de
execução presentes na receita dos fingidos, no entanto altera detalhes que lhe conferem uma aparência
diferente.
Gabriela Albergaria, Fevereiro 2013
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Programação Março – Maio 2013
Gabriela Albergaria nasceu em 1965, em Vale de Cambra, Portugal. Vive e trabalha em Nova Iorque. Em 1985
concluiu a licenciatura em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Expõe regularmente desde 1999.
Fez parte de vários programas de residências artísticas, entre as quais: Kunstlerhaus Bethanien, Berlim
(2000/2001); Cité Internationale des Arts, Paris (2004): Villa Arson, Centre National d'Art Contemporain, Nice,
France (2008); Museu de Arte Moderna da Bahía, São Salvador da Bahía, Brasil (2008); The University of Oxford
Botanic Garden in collaboration with The Ruskin School of Drawing and Fine Art, Oxford, UK (2009/2010). Em
2002/2003 foi nomeada para o prémio Ars Viva – Landschaft na Alemanha. Em 2008 foi nomeada para o Prix
Pictet 2008 – The World's Premier Photographic Award in Sustainability.
O seu trabalho integra várias colecções privadas e públicas. É representada pela Vera Cortês – Agência de Arte
Contemporânea e pela Galeria Vermelho, Brasil.
www.gabrielaalbergaria.com
www.veracortes.com
www.galeriavermelho.com.br
Apoio: Vera Cortês – Agência de Arte Contemporânea
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Programação Março – Maio 2013
WARNING PALACE & THE YELLOW LINE, Irit Batsry
Warning Palace,
Instalações site-specific, fitas de seguranca com legendas “caution” e “danger”, telas, videoloop,
Dimensões variáveis, 2013.
The Yellow Line (in the white gallery),
Vídeo instalação multi-canal, mixed media, dimensões variáveis, 2007/2013.
Tests for Warning Palace, Caution/Danger Canvas, 2013. Foto: Carlos Gomes.
.
La Ligne jaune (suite), vista parcial, le Parvis centre d’art contemporaine, Ibos, 2007. Foto: Alain
Alquier.
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Programação Março – Maio 2013
Warning Palace, de Irit Batsry é um conjunto de instalações site-specific feitas com fitas de seguranca de cor
amarelo e vermelho impressas com as palavras Caution (Cuidado) e Danger (Perigo). Este conjunto de obras
inclui uma instalação no jardim e várias unidades de tela, montadas nalgumas das janelas de sacada do Carpe
Diem Arte e Pesquisa, que se tornam assim parte da arquitectura. O sol actua como “projector” e activa uma
imagem subtil na superfície de cada tela, transformando-a num híbrido entre pintura, escultura e um “filme”. Um
videoloop de uma intervenção da artista no Carpe Diem Arte e Pesquisa completa esta obra que aborda as
noções de tempo, de luz, de espaço interior e exterior, de limites e fronteiras.
Fronteiras e transgressão encontram-se também no centro de The Yellow Line (in the white gallery), uma
instalação de grande dimensão na qual os espectadores são rodeados por projecções de vídeo de pessoas a
observarem atrás de fitas de segurança. A instalação justapõe a arquitectura sumptuosa do palácio com a
urgência da vida nas ruas do Sertão do Nordeste Brasileiro, onde as pessoas (que parecem olhar os
espectadores) foram filmadas observando o local de rodagem do filme O Céu de Suely, de Karim Ainouz. A obra
subverte ideias de exclusão e inclusão, centro e periferia. As margens tornam-se o centro de atenção.
Impedidos de entrar no local de rodagem, os espectadores tornam-se o assunto da obra, bem como os seus
“actores”. A linha amarela, uma separação entre o quotidiano e o artifício cinematográfico, torna-se uma
protagonista.
Ambas as instalações foram desenvolvidas durante a residência de Irit Batsry no Carpe Diem Arte e Pesquisa,
bem como uma terceira (ainda em desenvolvimento) na qual a artista juntou pedaços de filme (celulóide) aos
ramos das duas árvores Celtis Australis que se encontram no jardim do CDAP, de forma a criar uma projecção
exterior activada pelo sol e pelo vento, que esbate as fronteiras entre uma obra temporal e uma outra espacial.
A obra de Irit Batsry, que habitualmente trabalha nos suportes vídeo e instalação, foi já mostrada em 35 países
diferentes. Em 2002 recebeu o prémio Whitney Biennial Bucksbaum. Recebeu também o Grand Prix Video de
Création da Societé Civile des Auteurs Multimedia (1996 e 2001) e o Guggenheim Foundation Fellowship (1992),
além do Grand Prix – Locarno (1990 e 1995), o First Prize – Vigo 94 e o 01 First Prize – no Australian Video
Festival (1989). Irit já expôs o seu trabalho em contextos prestigiados como sejam: National Gallery em
Washington, National Film Theater e ICA em Londres, Museu Reina Sofia em Madrid, Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro, Ludwig Museum em Koln, Tel Aviv Museum e no Artists Space, Whitney Museum e Museum
of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque. O Jeu de Paume em Paris organizou, em 2006, uma retrospectiva dos
seus vídeos (1981-2006).
www.iritbatsry.com
www.iritbatsryrecent.blogspot
Co-produção: Duplacena e Irit Batsry Studio
O trabalho de Irit Batsry é representado: por Shoshana Wayne Gallery, Santa Monica; Bendana Pinel l Art
Contemporain, Paris; Aut Aut Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; e Heure Exquise! (distribuição vídeo).
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Programação Março – Maio 2013
EFEITO WERTHER, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira
Video HD, 16:9, cor, som, 85 min, de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira. Com: Alexander David, John
Romão, Mariana Sampaio, Mariana Tegner Barros e participação de Vitor D. Rosário e Violeta Lisboa. Música:
Nicolai Sarbib (Tema “Werther Effect” de Nicolai Sarbib + Techno Widow). Direcção de Fotografia: Daniel Neves.
Edição e Pós Produção Vídeo e Áudio: Pedro Diniz Reis. Mistura de Som: Tiago de Sousa. Figurino Violeta Lisboa:
Aleksandar Protic.
“Efeito Werther / Werther Effect” consiste num projecto realizado a partir do livro “Os Sofrimentos do Jovem
Werther”, de Goethe, desenvolvido em duas partes: um filme e um conjunto de objectos utilizados para a sua
realização. Desenvolve-se não só em torno do enredo do livro, mas também de um conjunto de pressupostos
enunciados por Goethe, como a sua teoria da cor e a sua relação com a cidade de Weimar, também conhecida
por ter sido aí fundada a escola Bauhaus.
A ideia de “Efeito Werther” está associada ao suicídio, o tema fundamental do projecto, e foi o nome dado ao
fenómeno de imitação de suicídios de pessoas famosas, devido ao facto de, após a publicação do livro, ter
existido uma vaga de suicídios encenados a partir da morte do protagonista.
O filme descreve o processo de um grupo de actores, artistas, artesãos ou membros de uma seita/ comunidade
utópica que são levados a cometer um suicídio colectivo como consequência do processo criativo. Partindo
duma estrutura tripartida, numa referência ao ballet triádico de Oskar Schlemmer, assiste-se a diversas
situações que remetem para dimensões temporais distintas, sempre numa lógica de representação de uma
época que não se pretende verídica ou fidedigna.
Deste modo, o tempo actual é representado como uma época new age que tem tanto de futuro como de visão
retro psicadélica, tal como o futuro era projectado no apogeu dos filmes de ficção científica.
No Carpe Diem Arte e Pesquisa o filme será mostrado em conjunto com uma série de peças e objectos
construídos propositadamente para a realização do mesmo. Durante a exposição realizar-se-ão também
workshops onde as temáticas do filme serão exploradas.
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Programação Março – Maio 2013
João Pedro Vale nasceu em 1976 em Lisboa, onde vive e trabalha. Licenciou-se em Escultura na Faculdade de
Belas Artes da Universidade de Lisboa e estudou na Escola Maumaus. Tem realizado, desde 1999, diversas
exposições individuais e colectivas tanto em Portugal como no estrangeiro.
Das suas exposições individuais destacam-se: Galeria Leme, São Paulo (Brasil); NurtureArt, Nova Iorque (EUA);
Fundação PLMJ, Lisboa; Museu do Chiado, Lisboa; Wuestenhagen Contemporary, Viena (Áustria); Museo Union
Fenosa, Corunha (Espanha). Das suas exposições colectivas destacam-se: Fundação EDP; Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura; Museu do Chiado; Museu de Serralves; Museu Berardo; Elipse Foundation; CAM Gulbenkian; Museo Patio Herreriano de Valladolid (Espanha); Centre PasquArt (Suiça); Estação Pinacoteca e
Centro Helio Oiticica (Brasil); Gasworks, Londres (R.U.); Smithsonian Museum, Washington (EUA).
As suas obras fazem parte de colecções particulares e públicas, entre as quais, Tate (Londres), Fundação de
Serralves, Museu do Chiado e Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 2002 foi nomeado para o Prémio União Latina e em 2004 ganhou o prémio City Desk de Escultura. Tem
desenvolvido o seu trabalho em meios que vão desde a escultura à fotografia, performances e filmes.
Tem produzido e realizado um conjunto de longas-metragens experimentais em parceria com Nuno Alexandre
Ferreira, onde tem colaborado com actores como John Romão ou André Teodósio, apresentadas tanto em
Portugal (Museu Colecção Berardo, Festival Temps d'Image, Queer Lisboa, Cine Clube de Ponta Delgada) como
em Nova Iorque (SVA Theater). Desenvolve ainda o projecto editorial “P-Town”, um queerzine de cruzamento de
temáticas LGBT e a ideia de portugalidade.
Nuno Alexandre Ferreira nasceu em Torres Vedras, em 1973. Vive e trabalha em Lisboa. Estudou Sociologia na
Universidade Nova de Lisboa. Desde 2004 que colabora com João Pedro Vale em projectos em onde proliferam,
desde 2008, meios que vão desde a escultura à fotografia, passando pela produção de exposições,
performances e filmes. Em 2009 apresentaram "Hero, Captain and Stranger" (Cine Paraíso, Museu Colecção
Berardo e SVA Theater em Nova Iorque). Em 2010, “English As She Is Spoke" (Cine Clube de Ponta Delgada,
Cinema Nimas/Festival Temps d'Image e Fundação PLMJ) e em 2012 "O Rei dos Gnomos" (Paço dos
Duques/Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, Galeria Leme – Brasil – e Teatro do Bairro/QueerLisboa).
Desde 2011 que desenvolve, em parceria com João Pedro Vale, o projecto “P-Town” resultante de uma
residência que ambos realizaram em Provincetown, Massachusets (EUA) com a realização de exposições
(NurtureArt, em Nova Iorque e Galeria Boavista em Lisboa) e publicação de um queerzine de cruzamento de
temáticas LGBT e a ideia de portugalidade.
www.joaopedrovale.com
www.galerialeme.com
Apoios: Fundação Calouste Gulbenkian e Diamantino Filmes
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Programação Março – Maio 2013
SEM TÍTULO, Nelson Leirner
Sem título, 2009, Carrinho de Supermercado, caravelas feitas com latas de coca-cola e bandeiras
Relembrando as palavras de Agnaldo Farias*, há uma evidente relação entre a obra de Nelson Leirner e a obra
de Marcel Duchamp, especialmente com a família dos readymades, inaugurada em 1913 com a “Roda de
Bicicleta” (obra que o artista revisita em várias ocasiões), mas são visíveis também as similitudes e
proximidades com as obras de Andy Warhol, Joseph Beuys ou Ilya Kabakov.
É autor de uma obra multifacetada, mesmo polimórfica: desenhos, objectos, múltiplos, carimbos, outdoors,
performances e happenings, que, em nenhuma das suas facetas, perde densidade crítica.
A partir de aspectos e elementos da vida quotidiana, das relações e crenças interpessoais ou de questões de
ordem económica ou geopolítica, Nelson Leirner faz uma crítica contundente da(s) sociedade(s)
contemporânea(s) e do “sistema de arte” vigente.
A sua obra, tantas vezes transgressora e quase sempre bem-humorada, faz recurso da apropriação, exploração
e reutilização de elementos iconográficos.
As caravelas, alegoria da ocupação (territorial e económica), simbolicamente construídas com latas de cocacola, são executadas por um artesão de Maricá, pequena cidade do litoral fluminense. O artista clama não a
graça e inventividade desse tipo de artesanato mas a perversidade do princípio da exploração do trabalho
alheio e da produção calculada de pobreza e violência. Defeitos de que não estão isentas também as relações
estabelecidas entre Portugal e o Brasil, sejam elas comerciais, políticas ou sociais, nos seus mútuos
“descobrimentos”.
Andreia Poças, Fevereiro 2013
* No seu texto do catálogo da exposição N.Leirner1994+10 - Do Desenho à Instalação, que teve lugar entre 13 de Maio e 11
de Julho de 2004, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
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Programação Março – Maio 2013
Nelson Leirner nasceu em São Paulo, em 1932. Estudou engenharia têxtil no Lowell Technological Institute, em
Massachusetts, EUA, entre 1947 e 1952. A sua primeira exposição individual realizou-se em 1961. Em 1963,
1965 e 1967 participou, respectivamente, na VII, VIII e IX edições da Bienal de São Paulo. Formou o grupo Rex,
com outros cinco artistas, em 1965, um colectivo que questionava, através de exposições, acções e debates, o
excesso de institucionalização da arte. Foi convidado em 1969 e em 1971 para fazer parte da Bienal de São
Paulo, mas recusou ambas as vezes. Em 1975 começou a leccionar na Faculdade Armando Álvares Penteado,
em São Paulo. Fez parte da mostra colectiva "Modernidade: arte brasileira do século XX", no Museu de Arte
Moderna de Paris, em 1987.
Representou o Brasil na 48ª Bienal de Veneza, em 1999. Em 2007, a ABCA – Associação Brasileira dos Críticos
de Arte, atribui-lhe o prémio “Trajectória de um artista”. Em 2011, foi homenageado pelos seus 80 anos com a
retrospectiva "Nelson Leirner 2011-1961 = 50 anos", na Fiesp/Sesi-SP. Recebeu o prémio "Governador do
Estado de São Paulo" em artes plásticas.
Apoio: Galeria Graça Brandão
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Programação Março – Maio 2013
COMPÊNDIO DO NADA, Valter Ventura
Cartas do Vazio, 2013. Série «Compêndio do Nada», Impressão a jacto de tinta.
100x63 cm (aprox.) edição: 3+1P
Quando era pequeno tinha a cabeça cheia de John Waynes e Errol Flynnes. Percebi que a dimensão das suas
aventuras era proporcional à dos desertos e mares que atravessavam. Deitava-me sobre as cartas do «Gran
Atlas Aguilar», que tendo 80cm eram quase da minha altura, para procurar esses territórios vazios.
Voltei aos mapas do «Atlas» para explorar uma incerteza científica: territórios concretos, delimitados e definidos
por uma retícula de paralelos e meridianos, que entre as suas malhas não apanharam qualquer matéria utilizável
para cumprir o seu propósito: achar-nos.
Respeitando as divisões que a cartografia impõe, fui verificando uma quadrícula cheia de espaços sem
referências, de não-lugares (utopos) que não sendo nada, podem vir a ser tudo.
Valter Ventura, Fevereiro de 2013
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Programação Março – Maio 2013
Valter Ventura nasceu em Lisboa, em 1979. Licenciou-se em História da Arte pela Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa, tendo terminado em 2005, como bolseiro do Banco Espírito Santo, o Curso Avançado
de Fotografia no Ar.Co. É professor no Curso Superior de Fotografia do Instituto Politécnico de Tomar,
colaborando também com o Ar.Co. e o Atelier de Lisboa. Iniciou, em 2005, uma colaboração com José Nuno
Lamas, com o qual tem desenvolvido vários trabalhos em dupla. Juntos participaram no 2º Curso de Fotografia
do Programa de Criatividade e Formação Artística na Fundação Calouste Gulbenkian, no MobileHome - Curso
Experimental de Arte Contemporânea e na Plat(t)form 10 pelo Fotomuseum de Winterthur (Suíça). Estão
representados nas colecções do Centro de Arte Moderna Azeredo Perdigão (Fundação Calouste Gulbenkian) e
da Fundação PMLJ.
Apoio: Gamut
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Programação Março – Maio 2013
CERTAS DÚVIDAS DE WILLIAM KENTRIDGE,
Alex Gabassi / Videobrasil Colecção de Autores
William Kentridge com Alex Gabassi
51'18” Brasil, 2000, Realização de Alex Gabassi
William Kentridge é um dos nomes mais importantes da arte contemporânea sul-africana, tendo realizado
trabalhos em filme, desenho, instalações, teatro e ópera, transitando com a mesma fluidez por diferentes meios,
numa mistura de referências e técnicas.
Neste documentário, o realizador Alex Gabassi segue Kentridge por Joanesburgo e pelo Brasil, comentando a
vida de personagens, entre as quais Felix Teitlebaum, o seu alter-ego, explorando o impacto da paisagem e das
contradições sociais na sua obra. Realizado em vídeo digital e super-8 ultragranulado, numa referência aos
desenhos a carvão de Kentridge, o filme mostra ainda a montagem de uma instalação inédita de peixes virtuais
e um carro real, encomendada em 2000 pela Associação Cultural Videobrasil para a Mostra Africana de Arte
Contemporânea, em São Paulo.
Alex Gabassi é produtor e realizador independente. Trabalhou durante quatro anos como assistente de
realização de Simon McBurney e stage manager na companhia de teatro inglesa Theâtre de Complicité, em
Londres. Em 1992, produziu instalações e uma mostra do artista Bill Viola para o Festival de Arte Electrónica
Videobrasil. Gabassi realizou também séries e especiais para a MTV Brasil, bem como videoclips para Marisa
Monte, Caetano Veloso e David Byrne e Gilberto Gil.
Para a série Coleção de Autores da Associação Videobrasil, realizou o documentário Certas Dúvidas de William
Kentridge (2000) e Um Olhar Sobre os Olhares de Akram Zaatari (2004) e co-realizou Rafael França: Obra como
Testamento (2001), com Marco Del Fiol.
Organizado em parceria com a Associação Cultural Videobrasil.
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OUTROS EVENTOS
WHAT SHE DOES, Performance de Cristina Maldonado, 17 Maio
Na vídeo performance intitulada What She Does, Cristina Maldonado* desenvolve o seu trabalho a partir da
deterioração de cenas de um filme thriller. A artista passa de um plano abstracto de acções não narrativas
(imagens, formas e ritmos, característicos da dança) para um plano narrativo (característico do cinema) onde os
sujeitos e as situações se deterioram gradualmente até se dissolverem na acção abstracta.
Cristina Maldonado utiliza a tecnologia para agir entre os planos da realidade e da ficção, remetendo para a
reinvenção da percepção do público, ao mesmo tempo que elabora um discurso sobre a construção do medo
dentro da percepção corporal.
Cristina Maldonado* é uma artista cénica mexicana que trabalha a relação entre o corpo e a tecnologia,
explorando a ideia de uma arte personalizada, capaz de alargar a experiência de arte actual. A sua técnica
consiste na utilização da tecnologia como uma extensão do movimento corporal, intervindo sobre os materiais
mediante a presença física e a manipulação táctil.
Desde 2003 dirige co-produções na Europa de Leste, sobretudo na República Checa. Entre as suas mais
recentes produções encontram-se a vídeo-performance What She Does (Cine Kino Bio OKO, 2012), Experiment
in Terror (Galeria DOX Centro de Arte Contemporâneo, 2011) e Honestly Old (Galeria Meet Factory, 2010).
Foi reconhecida pelo Fondo Nacional de la Cultura y las Artes do México com uma bolsa de estudo para
Creadores Escénicos con Trayectoria, devido às suas conquistas no meios internacional e aos seus méritos
artísticos.
*Creadores Escénicos con Trayectoria (2012-2014) FONCA.
Trailer: http://vimeo.com/50358426 / Blog da Artista: http://www.whatcristinadoes.wordpress.com
Patrocínio: Embaixada do México (Secretaria de Relações Exteriores), Fundo Nacional para a Cultura e as Artes
do México
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Programação Março – Maio 2013
IndieMovingImage, 9 Março
Exposição de filme e vídeo de artistas e cinema experimental do IndieLisboa
Coupé/Décalé, de Camille Henrot, 2010. Filme 35 mm transferido para Betanum, 5'20''
IndieMovingImage é uma nova proposta do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa. A
iniciativa tem como objectivo a apresentação de trabalhos de imagem em movimento: filmes e vídeos de artistas
e realizadores produzidos para um contexto expositivo de instalação. Com esta proposta pretende-se incluir no
festival este modelo de produção cinemático, complexificando a sua programação, mas também participar no
debate internacional sobre o futuro do cinema, nomeadamente no seu relacionamento com a arte
contemporânea. Outro dos objectivos é fortalecer o diálogo do festival e do cinema em geral com o circuito de
arte contemporânea, tanto com galerias comerciais como com espaços não comerciais, institucionais e
independentes. O formato proposto para 2013 celebra o décimo aniversário do Festival com apresentações de
diversos artistas que participaram em edições anteriores do Indie. A exposição colectiva tem o título de Leituras
do Real, com o qual se pretende indicar a utilização da imagem em movimento como ferramenta para pensar a
situação contemporânea em Portugal e internacionalmente.
Comissariado por João Laia.
No Carpe Diem Arte e Pesquisa vai ser apresentado o filme de Camille Henrot, “Coupé/Decalé”.
Camille Henrot, Coupé/Décalé, 2010
Filme 35mm transferido para Betadigital, 5'20''
Cortesia da artista e Kamel Mennour, Paris.
Coupé / Décalé é um filme experimental que alude a um estilo etnológico. O filme analógico foi cortado
manualmente - literal e figurativamente - a fim de criar uma ligeira distância. Esta manipulação cria uma linha
contínua, que separa a imagem em duas partes, que se encontram um segundo fora de sincronização. A
rodagem do filme levou a artista à ilha de Pentecostes no arquipélago de Vanuatu para testemunhar em primeira
mão um ritual que se presume ser um rito de passagem para a idade adulta, que é organizado para os turistas.
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Programação Março – Maio 2013
A encenação do ritual revela o movimento de ideias e a mimesis inerente a qualquer cultura; a manipulação do
filme pela artista tenta, por sua vez, sublinhar a modificação da tradição original e a sua reconstrução
contemporânea. Coupé / Décalé reflecte sobre o funcionamento da dinâmica mimética, onde o que é copiado
não é a própria forma cultural, mas a concepção externa dela mesma - neste caso, o facto que a cultura
ocidental imitou uma tradição oriental que desde essa altura foi modificada para corresponder com a percepção
ocidental da mesma.
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Programação Março – Maio 2013
SERVIÇO EDUCATIVO
Visitas Guiadas à Exposição
13 Abril – 15h30
Público em geral
Por marcação para grupos organizados
Nelson Leirner
11 Maio – 17h / 11th of May – 5 pm
Oportunidade de aprofundar e discutir possibilidades interpretativas de uma das obras
apresentadas. Uma dinâmica assente no diálogo reflexivo e discussão entre os participantes que
procura explorar a capacidade associativa e metafórica a partir dos indícios revelados na obra.
Valter Ventura – Cartas do Vazio | Conversas com o artista
Dois encontros com o artista e a obra
Num primeiro momento o artista discute o processo conceptual e visual percorrido na realização do
projeto – Cartas do Vazio – revelando relações de trabalho e experimentações visuais paralelas à
criação das obras apresentadas. Num segundo encontro, o processo de elaboração e criação é
ampliado com a introdução de interpretações complementares que permitem aprofundar detalhes
interpretativos e a sua recontextualização em campos do conhecimento mais amplos.
1. Processo conceptual e mapa de referências | 10 de Abril; 18h
2. Cartografia aberta | 17 de Abril; 18h; convidado a definir
João Pedro Vale – O Efeito Werther
- Workshops subordinados ao tema do Suicídio
Com Daniel Martins, Tânia Maria, João Louro e Lynx Tungur
22 e 23 Março, 13h-19h
Na sua forma de libertação, o suicídio distingue-nos dos restantes animais. Tolerável, condenável e
até criminalizável, digno ou indigno, é sempre causa e consequência do processo de humanização.
Este workshop em formato de terapia experimental ajuda o participante a cuidar-se.
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Programação Março – Maio 2013
- Conversa com o artista | 13 Abril; 17h / Talk with the artist 13th of April, 5pm
- Festa de Encerramento: Live Act - CVLT + Techno Widow | 25 de Maio; 15h-20h; 5 Euros
Performance palace-specific | Escola Superior de Dança
No âmbito de uma parceria entre o CDAP e a Escola Superior de Dança, os alunos de Projeto da
ESD desenvolvem um conjunto de performances a partir da vivência do espaço – Palácio Pombal - e
da exploração das obras em exposição. Uma vertente que pretende privilegiar a articulação formal e
conceptual entre linguagens, visuais e performativas, potenciando os aspetos interpretativos dos
objetos artísticos apresentados.
1. Exercícios performativos | 15, 16, 17 Maio; 15h
2. Performances | 22, 23, 24 Maio; 17h30
Carpe Diem Arte e Pesquisa | Rua de O Século 79, Bairro Alto 1200-433, Lisboa, Portugal
+ 351 211 977 102 | [email protected] | www.carpediemartepesquisa.com
Press Release
Programação Março – Maio 2013
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Morada
Rua de O Século, 79, Bairro Alto
1200-433, Lisboa, Portugal
Horário de abertura ao público
Quarta a sábado, das 13h às 19h
A visita às exposições é gratuita / Visitas guiadas por marcação prévia
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