porto de suape
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GEIPOT Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES ESTUDOS ESPECíFICOS PARA ANÁLISE DE MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA PORTO DE SUAPE FEVEREIRO-1994 MINISTRO DOS TRANSPORTES Rubens Bayma Denys SECRETÁRIO EXECUTIVO Clovis Fontes de Aragão DIRETOR-PRESIDENTE Rilson Carneiro Raposo DIRETORES Roberto Vaz da Silva Francisco Rocha Neto - Substituto José Eudes Vital Rangel - Substituto CHEFE DO GABINETE Adérito Guedes da Cruz GEIPOT Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES ESTUDOS ESPECíFICOS PARA ANÁLISE DE MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA PORTO DE SUAPE FEVEREIRO-1994 EMPRESA BRASILEIRA DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES - GEIPOT. Estudos específicos para análise de movimentação portuária - Porto de Suape. Brasília. 1994. p. 48 il. 387.1 E551 1 - Porto de Suape. 2 - Operação Portuária. 3. Porto Manuseio de Carga. 4. Manuseio de Carga. %. Estatística Portuária. I - TItulo. APRESENTAÇÃO Este documento dá continuidade às publicações da Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes (GEIPOT), denominadas "Série Documentoffrabalho sob Análise", que se caracterizam pela' publicação de relatórios parciais de estudos de longa duração e de estudos sucintos. Com essa prática pretende-se ampliar o debate de propostas preliminares em desenvolvimento na Empresa, buscando intensificar a comunicação do GEIPOT com a comunidade dos transportes e a sociedade. Assim, o GEIPOT, nos termos do convênio de cooperação técnica com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), desenvolveu uma série de estudos sobre o subsistema de transportes no País, como um dos componentes do planejamento de nível estratégico coordenado pela Secretaria. Dentre eles, foram elaborados estudos específicos que procuram analisar as condições portuárias para movimentação de volumes de cargas preestabelecidos. Nesses estudos foram observados, fundamentalmente, os aspectos físicos e operacionais dos portos e terminais, visando o atendimento de uma movimentação anual de até 20 milhões de toneladas, com navios de grande porte. Este volume, referente ao PORTO DE SUAPE, aborda os aspectos relacionados à caracterização do porto, com levantamento de dados cadastrais e estatísticos, além de análises específicas a respeito de localização, condições climáticas e meteorológicas reinantes na região, acessos marítimos e terrestres existentes, instalações fixas e equipamentos portuários disponíveis, condições de operação portuária, principais produtos e quantidades movimentadas, além da frota que freqüenta o porto. Como abordagem principal do trabalho, foram analisadas as condições do porto para atender a uma demanda de 4 milhões Vano, na exportação de grãos, e 4 milhões Vano e 2 milhões Vano, na importação de grãos e de fertilizantes, respectivamente, quando se opera com navios de grande porte, tipo cape size. Para elaboração deste trabalho foi contratado o consultor Rubens M. M. Martins, que desenvolveu seus estudos com acompanhamento e supervisão do GEIPOT. RILSON CARNEIRO RAPOSO Diretor-Presidente LISTA DE FIGURAS CAPíTULO 2 - SITUAÇÃO ATUAL Figura 1 - PORTO DE SUAPE - "Layout" Geral CAPíTULO 4 - CONFIGURAÇÃO 9 FUTURA Figura 2 - PORTO DE SUAPE - Configuração Futura - Porto Interno 23 Figura 3 - PORTO DE SUAPE - Configuração Futura - Porto Externo 27 LISTA DE QUADROS CAPíTULO 3 - UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS Quadro 3.1 - Movimentação no Porto de Suape - 1991 CAPíTULO 4 - CONFIGURAÇÃO 13 FUTURA Quadro 4.1 - Estimativa de Investimento - Alternativa 1 - Porto Interno 29 Quadro 4.2 - Estimativa de Investimento - Alternativa 2 - Porto Externo 30 Quadro 4.3 - Estimativa de Custos de Operação - Exportação de Grãos Alte rnativa 1 - Po rto Inte rno 32 Quadro 4.4 - Estimativa de Custos de Operação - Importação de Grãos Alternativa 1 - Porto Interno 33 Quadro 4.5 - Estimativa de Custos de Operação -Importação Alternativa 1 - Porto Interno 34 de Fertilizantes - Quadro 4.6 - Estimativa de Custos de Operação - Exportação de Grãos Alternativa 2 - Porto Externo 35 Quadro 4.7 - Estimativa de Custos de Operação - Importação Alternativa 2 - Porto Externo 36 de Grãos - Quadro 4.8 - Estimativa de Custos de Operação - Importação de Fertilizantes Alternativa 2 - Porto Externo 37 SUMÁRIO AP R ESENTAÇÃO III LISTA DE FIGURAS V LISTA DE QUADROS VII CAPíTULO 1 - INTRODUÇÃO 1.1 - CONSIDERAÇÕES 1 GERAIS 1 1.2 - SITUAÇÃO ATUAL. 2 1.3 - CON FIGU RAÇÃO FUTURA 3 CAPíTULO 2 - SITUAÇÃO ATUAL 5 2.1 - lOCALIZAÇÃO 5 2.2 - CONDiÇÕES CLlMATOlÓG ICAS 5 2.3 - CONDiÇÕES MARíTIMAS 5 2.4 - CONDiÇÕES 6 DE ACESSO MARíTIMO, ABRIGO E FUNDEIO 2.5 - ACESSOS TERRESTRES E PÁTIOS DE ESTACIONAMENTO E TRIAGEM 6 2.6 -INSTALAÇÕES DO PORTO E TERMINAIS 8 2,7 -INSTALAÇÕES E SERViÇOS COMPLEMENTARES 11 CAPíTULO 3 - UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS 13 3.1 - REGIME DE TRABALHO 13 3.2 - MOVIMENTAÇÃO 13 NO PORTO 3.3 - ASPECTOS OPERACIONAIS CAPíTULO 4 - CONFIGURAÇÃO FUTURA 4.1 - DIMENSIONAMENTO 4.1.1 - Berços e Equipamentos Portuários 14 17 17 18 4.1.2 - Recepção/Expedição Ferroviária 4.1.3 - Capacidade de Estocagem 20 4.1.4 - Resumo do Dimensionamento 21 4.2 - EXPANSÃO, MELHORAMENTOS 4.3 - CUSTOS ESTI MADOS x 19 OU ADAPTAÇÕES 21 25 4.3.1 - Investimentos 25 4.3.2 - Custos de Operação 30 CAPíTULO 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS o objetivo deste estudo é verificar a viabilidade técnica e estimar os custos para que o porto de Suape possa movimentar grandes volumes de cargas, cujos quantitativos foram preestabelecidos em: - exportação de 4.000.000Vano de grãos; importação de 4.000.000Vano de grãos; importação de 2.000.000Vano de fertilizantes. o estudo deveria ser elaborado em nível preliminar, considerando-se os aspectos físicos e operacionais atuais do porto; a configuração futura para as movimentações anuais, a serem transportadas em navios de grande porte; e a possibilidade de transporte com carga combinada (minérios, grãos/farelos e contêineres). A execução do trabalho partiu, portanto, da coleta de dados relacionados com a situação atual do porto e com a utilização das instalações e equipamentos portuários. Com base nesses dados e em visita e contato direto com a Administração do Porto, foi concebida a configuração futura para atender às movimentações estabelecidas. Foram, em seguida, estimados os investimentos necessários e os custos anuais de operação. o transporte combinado grãos/minérios em navios de grande porte foi considerado ao se dimensionar a configuração futura do porto, mediante a adoção de consignações médias inferiores à capacidade de carga dos navios, as quais refletem, inclusive, a realidade do mercado mundial de grãos. Os dois maiores mercados para grãos no mundo são a Europa Ocidental e o Japão. Os portos com grande profundidade nessas duas áreas são, na sua maioria, portos para movimentação de granéis líquidos. Os portos de maior profundidade no Japão (por exemplo, os portos de Oita, Kure e Heianza) são portos petroleiros. Os portos para grãos (como, por exemplo, Yokohama, Kobe e Yokkaichi) são portos com profundidade de 9m a 14m. O mesmo acontece com o porto de Rotterdam, onde as maiores profundidades (em torno de 20m) são utilizadas para as operações com granéis líquidos. Esse fato não reflete somente diferenças de tecnologias de transporte, mas, também, diferenças na organização do trading. O comércio de produtos de l1etróleo é feito por um pequeno número de empresas que operam em escala mundial, fruto inclusive dos baixos custos de estocagem desses produtos. Já para os grãos a situação é diferente. Os lotes comercializados são menores, o que se traduz por menores capacidades das instalações de armazenagem. Para que fosse possível adotar-se um trading do tipo dos produtos de petróleo, seria necessário haver a concentração dos agentes de comercialização dos grãos e a montagem de uma rede de distribuição de segundo nível, que seria servida por portos distribuidores especializados em operações de transhipment. O transporte combinado grãos/minérios/contêineres recomendaram sua adoção no contexto do presente estudo: apresenta problemas que não - as características do trading dos produtos transportados em contêineres e dos granéis agrícolas são distintas. O alto valor específico dos produtos transportados em contêineres exige linhas regulares, com alta freqüência, enquanto o transporte de granéis agrícolas apresenta características tipo spot, com rotas e freqüências determinadas pelas condições de mercado; - os navios fuli-container apresentam, por isso mesmo, características técnicas distintas das dos navios graneleiros. No caso do transporte de contêineres, os navios são menores, com baixo coeficiente de bloco e alta velocidade (acima de 25 nós), enquanto os graneleiros são navios de grande porte bruto, alto coeficiente de bloco e velocidades mais baixas (15 a 16 nós); - o transporte de contêineres no convés de graneleiros altera a área vélica do navio, modificando as condições de manobrabilidade, tendo em vista a alteração da relação entre a área vélica e a área do leme. Grandes adaptações teriam que ser feitas, tanto na estrutura quanto nas demais características do projeto, para permitir esse transporte, com sérios reflexos nos custos das embarcações; - as características dos portos graneleiros são distintas das características dos portos de contêineres. No primeiro caso, as instalações constam geralmente de pontes de acesso e dolfins de atracação, cujas estruturas são dimensionadas para suportar os equipamentos de carga/descarga e os sistemas transportadores de granéis; no segundo caso, utiliza-se geralmente um cais, com grandes áreas de manobra para a operação de portêineres, carretas e empilhadeiras e para a estocagem dos contêineres. O porte dos navios graneleiros não permite sua atracação nos terminais de contêineres, e os píeres e demais instalações dos terminais de granéis não suportariam as cargas da movimentação de contêineres. Em ambos os casos, os custos das adaptações necessárias seriam excessivos; _ finalmente, esse transporte combinado acarretaria sérios problemas operacionais, com reflexos nos custos de transporte. Onde fosse tecnicamente possível, os contêineres teriam que ser descarregados primeiro, para em seguida os granéis serem carregados/descarregados e finalmente os contêineres serem carregados. Isso ocorreria possivelmente com o deslocamento do navio do terminal de contêineres para o de granéis e, em seguida, para o de contêineres. Ainda que todos esses problemas pudessem ser contornados no Brasil, é duvidoso que os principais portos do mundo também se adequassem a esse tipo de transporte combinado. 1.2 SITUAÇÃO ATUAL O porto é parte integrante do Complexo Industrial Portuário de Suape, contando com acesso rodoviário pela PE-060/BR-l 01, e acesso ferroviário através de um ramal de 23km em bitola métrica, com conexão à malha da Superintendência Regional Recife - SR-l (RFFSA), a cerca de 5km ao norte da cidade de Cabo. 2 Em 1991, o porto movimentou um total de 1,35 milhões de toneladas, sendo 1,30 milhões de granéis líquidos e 0,05 milhões de carga geral. Trata-se, portanto, de um porto que opera basicamente com granéis líquidos da Petrobrás, em regime de 24 horas diárias. O movimento de carga geral consiste na sua quase totalidade em carga conteinerizada (5.089 TEUs em 1991). O porto de Suape é administrado pelo Governo do Estado de Pernambuco, através da Empresa Suape - Complexo Industrial Portuário. 1.3 CONFIGURAÇÃO FUTURA Concluiu-se que a movimentação dos quantitativos preestabelecidos é tecnicamente viável. A proposta é construir um terminal de grãos e um terminal de fertilizantes no chamado porto interno, cujas obras de abertura do primeiro trecho do canal, com 1.200m de extensão. estão em licitação. No caso de grãos, a construção do terminal envolverá um cais com 600m de extensão (2 berços), equipamentos portuários (2 shiploaders e 2 sugadores), sistemas de transportadores de correia, 60.000m2 de área de armazenagem e um pátio de recepção/expedição com 5km de linhas ferroviárias, 3 moegas duplas e 2 tulhas duplas. O investimento necessano foi estimado em US$ 82,365,000.00, US$ 39,636,000.00 para a exportação e US$ 42,729,000.00 para a importação. sendo O custo anual de operação será de US$ 11,721,316.00 para a exportação de grãos, correspondendo à média de US$ 2.93/t; e de US$ 12.069,201.00 para a importação de grãos, correspondendo à média de US$ 3.02/1. No caso de fertilizantes, serão necessários um cais com 300m de extensão (1 berço). equipamentos portuários (2 grabs), sistema de transportadores de correias, 15.000m2 de área de armazenagem e 1km de linhas ferroviárias, com a instalação de 1 tulha dupla. O investimento necessário foi estimado em US$ 29,190,000.00. O custo anual de operação será de US$ 8,493,662.00, correspondendo à média de US$ 4.25/1. 3 CAPíTULO 2 SITUAÇÃO ATUAL 2.1 LOCALIZAÇÃO o porto de Suape situa-se no litoral sul do estado de Pernambuco, 2km ao sul do cabo de Santo Agostinho, na foz do rio Ipojuca. Situado a 35km ao sul de Recife, em área desabitada, não há qualquer conflito entre a expansão urbana e o tráfego rodoviário de centros próximos com a futura expansão do Complexo, nem com a movimentação de entrada e saída de cargas. As instalações de acostagem compreendem o píer de granéis líquidos, em cujo lado interno há um pequeno cais para rebocadores, e o Cais de Múltiplos Usos, que possui inclusive uma rampa de concreto armado para a operação de navios ro-ro. 2.2 CONDiÇÕES CLIMATOLÓGICAS No que se refere às condições clímatológicas, os ventos desenvolvem-se predominantemente na direção SE, com velocidades máximas da ordem de 20m/s, não havendo interferência do regime de ventos com a atracação de navios no porto de Suape. No tocante à pluviosidade,.a precipitação anual média é da ordem de 1.800mm, correspondendo à média anual de 200 dias de chuva, que, porém, não causam paralisações nas operações de movimentação de granéis líquidos. As condições de visibilídade são boas, não ocorrendo dificuldades às operações de atracação e desatracação. 2.3 nebulosidade que cause CONDiÇÕES MARíTIMAS o zero hidrográfico de Suape, ao qual se referem todos os estudos e projetos portuários, está a O,253m acima do zero do marégrafo M1 e a 4,792m da RN-21 da Estação Maregráfica em questão. o zero hidrográfico de Suape está a O,203m acima do zero hidrográfico da OHN, em relação ao qual estão referidas as batimetrias da Capitania dos Portos. o nível de coroamento do cais industrial está na cota +4,53m (Suape) ou +4,733m (DHN); o nível do píer de granéis líquidos e o do cais ro-ro estão na cota +4,95m (Suape) ou +5, 153m (DHN). Conforme os registros do marégrafo Ml (Baía Norte), o regime das marés apresenta valores máximo e mínimo, em relação ao nível de redução da DHN, iguais a 2,670m e -0,13m e médias das preamares e das baixa-mares iguais a 2,483m e 0,039m. Não há corrente de maré de valor significativo. Nas proximidades do porto de Suape existem dois climas ondulatórios: o clima de inverno, com predominância de ondas de direção sul/sudeste, e o clima de verão, que apresenta agitação com as características próprias das vagas, de direção leste. A altura máxima é da ordem de 4m, e a altura significativa média, da ordem de 2m. As correntes na região do porto de Suape apresentam velocidades máximas da ordem de 0,50m/s nos pontos de medição externos aos arrecifes, com direção dominante NE. 2.4 CONDiÇÕES DE ACESSO MARíTIMO, ABRIGO E FUNDEIO o porto de Suape é um porto artificial, protegido por um molhe em forma de L, com 2.950m de extensão, que parte dos arrecifes que acompanham o litoral da região onde se localiza o Complexo e se deflexiona na direção N/NE, não se definindo a presença de barra. O canal de acesso apresenta uma orientação para navegação na direção NE-SO, com duas bóias de sinalização, e profundidades variando de 11,3m a 16m. A bacia de evolução situa-se entre a extremidade norte do molhe de proteção e o Cais de Múltiplos Usos e apresenta profundidades que variam de 9m a 15m (sendo a profundidade mínima de projeto de 15m). Não há registro de assoreamento, e o solo é formado por areia e argila. O fundeadouro dos navios que aguardam atracação fica a leste do alinhamento ponta do quebra-mar/ponta do cabo de Santo Agostinho, em um semicírculo com raio de 1km e centro no farolete Suape, com profundidades de 15m a 17m. O fundo é de areia e lama. O fundeadouro é desabrigado de ventos e vagas. 2.5 ACESSOS TRIAGEM TERRESTRES E PÁTIOS DE ESTACIONAMENTO E O acesso terrestre ao porto de Suape é feito principalmente por rodovia, através da PE-060, até o trevo rodoviário existente na entrada da cidade de Cabo, e a seguir pela rodovia federal BR.l0l. Na área do Complexo Industrial Portuário, a partir de outro trevo existente no Km 10 da PE-060, chega-se à sede administrativa e às instalações de acostagem, que distam cerca de 13km do trevo. As vias são asfaltadas, de mão dupla. Não há restrições ao tráfego de caminhões para o porto, nem conflitos com as áreas urbanas das cidades de Cabo, a 10km ao norte, nem com a de Ipojuca, a 7km ao sul, ambas pela PE-060. Entretanto, como se verificam altos volumes de tráfego, estão presentemente com obras de duplicação em andamento a BR-l 01, de Recife até Cabo, com recursos federais; e a PE-060, do entroncamento com a BR-l 01 até o Complexo de Suape, com recursos estaduais e financiamento do BIRD. 6 As principais cargas transportadas são álcool, GLP e butadieno, em caminhões-tanque de 25t a 30t de capacidade. As características técnicas das rodovias de interesse são: - BR-101: rodovia federal que atravessa Pernambuco de norte a sul, na região leste do Estado, e que liga as capitais litorâneas, desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte; pavimentação: asfáltica; conexões rodoviárias: com a PE-060, em Cabo, com a PE-090 e a BR-232, em Recife, e com a PE-177, em Palmares; - BR-232: rodovia federal que atravessa Pernambuco de leste a oeste, de Recife até Parnamirim; é a principal via de ligação da capital com o interior do Estado; pavimentação: asfáltica; conexões rodoviárias: com a BR-1 01, na entrada de Recife, com a BR-104, em Caruaru; PE-050, 060, 090, 177 e 180: rodovias estaduais que compõem uma malha rodoviária importante na região, com destaque para a PE-060, que dá acesso ao Complexo; conexões rodoviárias: com a BR-101, as PE-090, 060 e 177, respectivamente em Recife, Cabo e Palmares; com a BR-232, a PE-180, em Belo Jardim, e a PE-050, em Vitória de Santo Antão. o porto é servido pela Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), com um ramal de 23km, em bitola métrica, através de conexão com a malha da SR-1 em uma bifurcação existente a cerca de 5km ao norte da cidade de Cabo. Dessa conexão, o tráfego ferroviário pode dirigir-se para o norte, alcançando Recife a pouco mais de 20km de distância, assim como João Pessoa, Natal e interior dos respectivos Estados, ou, para o sul, passando por Cabo em direção a Maceió e Aracaju. Apenas o parque de tancagem da Petrobrás é servido por esse ramal, em via singela, sendo utilizado na movimentação de álcool para exportação através do píer de granéis líquidos. Entretanto, está sendo construído um ramal para atender o píer industrial (Cais de Múltiplos Usos) e o futuro terminal de granéis sólidos. Os principais entroncamentos ferroviários são: - Cabo: onde se bifurcam as linhas para o norte (Recife) e para o sul (Maceió e Aracaju); Boa Viagem: onde se bifurcam as linhas para Recife e para o oeste (Salgueiro); Coqueiral: onde se bifurcam as linhas para o oeste (Salgueiro) e para o norte (João Pessoa, Natal, Macau e Mossoró). Com a construção da Ferrovia Transnordestina, Salgueiro, às linhas de Fortaleza-SR-11 e Salvador-SR-7. será possível o acesso, a partir de 7 2.6 INSTALAÇÕES DO PORTO E TERMINAIS Conforme apresentado na Figura 1, a seguir, o molhe de proteção (quebra-mar) se inicia no lado interno do cordão de arrecifes, consistindo de uma estrutura tipo enrocamento, que possui duas inflexões e um cabeço, executado com blocos de granito cujos pesos variam de 1,5t a 81. É alinhado na direção 66°30'00" NE e, mais adiante, em seguida a uma segunda curva, para o rumo 23°30'00" NE, totalizando 2.950m de comprimento. Até a linha dos arrecifes, a largura da base é de 35m e a de coroamento é de 18,80m, sendo que 16m são destinados a uma plataforma rodoviária, com cota de 4m; e 2,80m, para a estrutura de proteção, na cota de 4,50m. Externamente aos arrecifes, o molhe tem suas larguras de base e coroamento aumentadas para, respectivamente, 75m e 28,50m, incluindo-se a pista de rolamento de 16m na cota 4m, no lado interno (continente), e a largura de coroamento de 4,30m, na estrutura de proteção do lado externo (mar aberto), na cota de 8,50m. O cabeço, cujas pedras de armadura são de 8t, tem seu coroamento na cota de 9m. O seu enraizamento está situado no ponto de coordenadas, no sistema de UTM, de: N: 9.071.373,062 e E: 283.244,205. As obras de contenção existentes são aquelas de proteção aos aterros hidráulicos de areia, através de enrocamento de pedra e gabião, em áreas anteriormente ocupadas por mangues e mar. O porto de Suape dispõe de dois pieres de atracação: _ píer para granéis Iiquidos, com 84m de extensão e 25m de largura, além de dolfins laterais, com dois berços, para navios de até 30.000 TPB; nele operam 6 braços mecânicos para carga e descarga de granéis líquidos (álcool e derivados de petróleo). O píer está ligado ao molhe por uma ponte de acesso, onde se assentam as tubulações destinadas ao transporte de granéis líquidos até o parque de tancagem. No lado interno do pier há um pequeno cais para atracação de rebocadores. No berço externo podem atracar navios com calado máximo de 11,89m na preamar e 10,97m na baixa-mar; e no berço interno, com 10,97m e 10,06m; _ píer industrial (Cais de Múltiplos Usos), situado entre o píer para granéis líquidos e os arrecifes, com dois berços. O berço externo tem uma rampa para atracação de navios roll-onlroll-off, com capacidade de até 80.000TPB e calado máximo de 12,19m na preamar e de 1O,67m na baixa-mar. O berço interno apresenta profundidade de atracação da ordem de 5,8m. O Cais de Múltiplos Usos possui 343m de comprimento e 39m de largura, sendo construído em superestrutura de concreto e apoiado sobre estacas protendidas circulares, inclinadas e perpendiculares. Na extremidade sul do píer, em seu lado externo, há uma rampa de concreto armado destinada às operações de navios roll-onlroll-off. A ligação com a área de retroporto, localizada no continente, é feita por uma plataforma de acesso, para tráfego rodoviário, com cerca de 200m de comprimento e de traçado paralelo ao lado interno do molhe. O acesso está pavimentado em concreto asfáltico. Não existem atualmente equipamentos portuários no cais, mas há prevlsao de instalação de trilhos para guindastes de pórtico, com bitola de 10m e 15m ao longo dos berços, do lado externo, e bitola de 10m, do lado interno. A operação de navios ful/-container é realizada com equipamento de bordo, sendo o transporte cais/pátio/cais feito com equipamentos pertencentes a empresas particulares. 8 p "'" r' "'C r= O III ::ti '< o -I c O = C - C> m .f ~ ~ ~ .•.. ~~ '" CII D, III @ cn •• c: » "'C e~,. 'u>- J 9 \.:~ \I""'~'" "I ~ ,.. • I • .",0,0 """ .d ,. ..• "í< d"' '" y ". ". ". (j) ". 'jI m ", 1:'..1 ""O --, l~. I "o ". I :\... -o ". ! -,". ", i 1&, ! -o ", m ~ t~ I ", i ,r..i ! ", ho.Vob 11: •• , !~. 8" , in. i "o 15, CAI, 18. :1.'il;;:~i.Go-..•.•lP{')8.SISM ,8, \P£ 'I1.'J.) Cobo,o '''''':' ••.... ". ", "o "o " " --", ". , "o ", , " ", " .••...-. 110,1(+ ", , " >.... ". ", .,...... .!.~~l -," ", ". ". ". ", ". 'o., ", ". C.'\ 1(110)'-, ". ". ". "o /) \ +, • • \ , ", ", ". dispõe de um pátio para contêineres, descoberto, com 19.000m2 de área, assentado em aterro hidráulico de areia, formado por placas de concreto de 2m x 2m, duplamente armados. A capacidade estática é de 1.238 TEUs, contando com 32 tomadas para refrigeração de carga conteinerizada. o porto o Complexo de Suape dispõe ainda de um parque de tancagem para armazenamento de derivados de petróleo e álcool, com tanques pertencentes à Petrobrás, às companhias distribuidoras e ao Terminal Químico de Aratu SoA: (TEQUIMAR). 2.7 INSTALAÇÕES E SERViÇOS COMPLEMENTARES A praticagem é obrigatória entre o alinhamento ponta de quebra-mar/ponta do cabo de Santo Agostinho e os píeres de atracação. A solicitação de prático deve ser feita à Associação dos Práticos dos Portos do Estado de Pernambuco, em Recife. Há dois rebocadores para manobras de porto, sendo obrigatório o uso de pelo menos um rebocador no caso de navios com mais de 150m de comprimento ou com calado superior a 8,53m. o porto dispõe de iluminação e de tomadas para suprimento de água aos navios, no Cais de Múltiplos Usos e no píer de granéis líquidos. Não há disponibilidade de energia elétrica, telefone ou combustíveis e lubrificantes para os navios. o píer de granéis líquidos possui 5 canhões-d'água para combate a incêndio e 5 colunas de hidrantes, com 4 tomadas em cada uma; a rede de incêndio opera com 233m3/h. Há também um sistema portátil de pó químico e extintores C02. A drenagem das instalações de acostagem é superficial; não há sistema de esgotos nas instalações de acostagem. 11 CAPíTULO 3 UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PORTUARIOS REGIME DE TRABALHO 3.1 o porto de Suape é administrado pelo Governo do Estado de Pernambuco, através da Empresa Suape - Complexo Industrial Portuário. A área administrativa de Suape funciona das 7h às 13h; o pessoal de apoio operacional ao porto cumpre o horário de 7h às 17h, de segunda a sexta-feira. Na área operacional o porto funciona 24 horas por dia. MOVIMENTAÇÃO NO PORTO 3.2 Em 1991, o porto movimentou um total de 1,35 milhão de toneladas, sendo 1,30 milhão de granéis líquidos e 0,05 milhão de carga geral, conforme é apresentado no Quadro 3.1, a seguir. Quadro 3.1 MOVIMENTAÇÃO NO PORTO DE SUAPE 1991 (Em Il Embarque Desembarque Total Granéis líquidos Carga geral 299.363 19.235 1.004.783 31.786 1.304.146 51.021 TOTAL 318.598 1.036.569 1.355.167 Tipo de Carga Fonte: SUAPE. Trata-se, portanto, de um porto voltado basicamente para granéis líquidos, em particular derivados de petróleo e álcool, movimentados pela Petrobrás no píer para granéis líquidos. As 51 mil toneladas de carga geral movimentadas compreenderam 19,2 mil de exportação e 31,2 mil de importação, sendo na sua quase totalidade cargas conteinerizadas de longo curso. Essa carga foi movimentada no Cais de Múltiplos Usos, que também movimentou 54 mil toneladas de granéis líquidos. Assim, em 1991, o Cais de Múltiplos Usos (CMU) recebeu 53 embarcações, sendo 35 tipo fu/l-container, 17 graneleiros líquidos e 1 cargueiro convencional. Nesse ano, foram movimentados 5.095 TEUs, sendo 3.038 cheios (1.538 de exportação e 1.500 de importação) e 2.057 vazios. Os principais produtos movimentados no CMU na linha de importação foram óleo de soja, recebido por cabotagem, e carga conteinerizada, consistindo de sucata de bateria (destinada ao grupo Moura e procedente da Costa Leste Americana e de Porto Rico), gêneros alimentícios (arroz, peixe, manteiga - procedentes do Uruguai e da Argentina) e bacalhau (procedente da Europa). No sentido da exportação, a movimentação consistiu quase que totalmente de carga conteinerizada, principalmente frutas (melão, manga e uva do Vale do São Francisco, destinadas a Europa), filmes de poliéster (Rhodia) e inhame. O porto prevê um sensível aumento na movimentação de contêineres, cujo número atingiu 4.078 TEUs até 12/9/92 e deverá chegar a cerca de 10.000 TEUs nos próximos dois anos. 3.3 ASPECTOS OPERACIONAIS Inicialmente, cabe observar que o porto de Suape não é um porto na estrita acepção do termo, mas antes um elemento componente do Complexo Industrial Portuário de Suape. Esse Complexo foi concebido pelo Governo do Estado de Pernambuco corno um instrumento de desenvolvimento regional, no qual o porto, como também a rodovia, a ferrovia, o abastecimento de água, de energia elétrica, por exemplo, nada mais são do que elementos da infra-estrutura fornecida pelo Estado para propiciar condições adequadas ao desenvolvimento da atividade industrial. Nessas condições, a Administração do Complexo deixa a operação portuária com os usuários, ou com empresas prestadoras de serviços, restringindo sua atuação ao fornecimento de infra-estrutura (dragagem, instalações de acostagem, acessos internos), ao estabelecimento das normas indispensáveis à operação do Complexo e à cobrança de tarifas pelos serviços prestados. No caso do Cais de Múltiplos Usos (CMU), por exemplo, a estrutura tarifária do porto é bastante simplificada, contendo apenas cinco itens: - utilização das vias de acesso marítimo ao porto; acostagem de navios; armazenagem no pátio de contêineres; movimentação de carga; fornecimento de água aos navios. Essa estrutura torna o CMU altamente competitivo para contêineres, o que explica o aumento verificado no volume movimentado. Como o CMU não possui equipamentos portuários, a movimentação é feita exclusivamente com os equipamentos de bordo dos navios. 14 No caso de granéis líquidos (óleos vegetais), o produto é bombeado diretamente para caminhões-tanque e levado para as indústrias instaladas no Complexo, ou escoado por rodovia. Os contêineres são descarregados no cais e conduzidos por carretas ao pátio de contêineres ou às instalações dos destinatários. Na exportação, os contêineres chegam por rodovia e são armazenados no pátio até o embarque. A movimentação interna é feita por empilhadeiras de propriedade das empresas prestadoras de serviços. A capacidade anual de movimentação de carga no berço externo (navios de até 80.000 TPB) é estimada pelo porto em 55.000 TEU/ano, corresponrlendo a cerca de 600.000t a 1.000.000t, ou 400.000Vano de óleo de soja a granel. Dado o fato de as operações no CMU terem sido implementadas praticamente a partir de abril de 1991, não são relevantes os dados de taxa de ocupação e outros indicadores, mesmo porque a inexistência de equipamentos portuários constitui um sério limitador à produtividade. 15 CAPíTULO 4 CONFIGURAÇÃO FUTURA 4.1 DIMENSIONAMENTO Os quantitativos estabelecidos para movimentação anual no porto de Suape foram de 4 milhões de toneladas de grãos na exportação, 4 milhões de toneladas de grãos na importação e 2 milhões de toneladas de fertilizantes na importação. Para dimensionar os diversos elementos necessários a essa movimentação na área portuária foram adotados os princípios descritos a seguir. Admitiu-se que a exportação de grãos seria composta de 30% de soja em grão e 70% de farelo ou pellels de soja. A distribuição mensal ao longo do ano foi considerada constante para o farelo de soja e concentrada em cinco meses para a soja em grão. Com esses princípios, a movimentação média nos meses de maior volume de exportação de grãos situa-se em torno de 473.333 toneladas. Considerando-se um acréscimo de 15% para obtenção do mês de pico, tem-se uma movimentação máxima, para fins de dimensionamento, de 544.333 toneladas por mês. Cabe observar que o mercado mundial para a soja em grãos produzida no Brasil exige a comercialização no período de 5 meses, correspondentes à entressafra da produção americana. Dessa forma, a capacidade anual de movimentação será efetivamente superior ao quantitativo estabelecido, porém o dimensionamento pela média simples não permitiria o escoamento da produção no tempo imposto pelo mercado. No caso da importação de grãos, considerou-se o trigo como produto representativo, com distribuição mensal constante ao longo do ano e acréscimo de 15% para obtenção do mês de pico. Com esses princípios, tem-se uma movimentação máxima, para fins de dimensionamento, de 383.333 toneladas por mês. No tocante à importação de fertilizantes, também considerou-se distribuição mensal constante e um pico de 15% acima da média, resultando uma movimentação mensal de 191.667 toneladas para fins de dimensionamento. Resumidamente, de acordo com os dados da demanda anual e os princípios estabelecidos, o porto de Suape deverá estar dimensionado para atender aos seguintes quantitativos: - exportação de grãos: 544.333t1mês; importação de grãos: 383.333t1mês; importação de fertilizantes: 191.667t1mês. A consignação média considerada por navio foi de 50.000 toneladas, tanto para grãos quanto para fertilizantes. Essa consignação reflete a realidade do mercado e atende à possibilidade do transporte combinado com o de minérios. Com base nas demandas mensais por produto, foram dimensionados os principais elementos do sistema de movimentação no porto, que são: - 4.1.1 número de berços; número e capacidade de carregadores/descarregadores; capacidade estática de estocagem; número e capacidade de tulhas/moegas para carregamento/descarregamento vagões; número e extensão de desvios para carregamento/descarregamento. Berços e Equipamentos de Portuários Para o dimensionamento dos berços e os equipamentos portuários adotou-se o modelo de fila E2IE2IM, em que as chegadas seguem uma distribuição de Erlang, com parâmetro 2, o mesmo ocorrendo com a distribuição do tempo de serviço. Esse modelo caracteriza-se por uma maior regularidade de chegadas e de duração de serviço (menores dispersões em torno das médias), sendo portanto mais representativo do que efetivamente ocorre em terminais marítimos especializados. As taxas de utilização máximas dos berços foram determinadas estabelecendo-se a relação tempo médio de espera sobre tempo médio de serviço igual a 0,50, que é considerado um valor aceitável pela maioria dos armadores. Segundo esse modelo, no caso de um berço obtém-se uma taxa de utilização máxima de 55%; no caso de dois berços, de 73%; no caso de três berços, de 81%; e no caso de quatro berços, de 84%. Na aplicação do modelo, consideraram-se 25 dias de operação por mês com 20 horas de operação por dia, bem como uma eficiência de 70% para os equipamentos portuários. Nessas condições obtiveram-se as horas efetivas de operação por berço, que são 275 horas por mês no caso de um berço, 730 no caso de dois berços, 1.215 no caso de três berços, 1.680 no caso de quatro berços. A capacidade efetiva dos equipamentos portuários foi dimensionada com base nesses valores e no número médio de navios por mês, para cada tipo de produto, com a demanda média mensal e a consignação estabelecidas. Dessa forma, para a exportação de grãos em Suape, com movimentação mensal de 544.333 toneladas e consignação média de 50.000 toneladas, o porto deverá atender em média 10,89 navios por mês. Disto decorre uma capacidade efetiva necessária de 1.979t1h, com um berço. Considerou-se, portanto, que um berço seria suficiente para esta movimentação. Este berço deveria ser dotado de dois shiploaders, com capacidade nominal de 1.500tlh cada um. A prancha diária de carregamento seria da ordem de 42.000 toneladas. Para a importação de grãos, que apresenta movimentação mensal de 383.333 toneladas e consignação média de 50.000 toneladas, o número médio de navios é de cerca de 7,67 navios/mês. A capacidade efetiva de descarregamento deverá ser de 1.394t1h, com um berço. 18 Considerou-se, portanto, que um berço seria suficiente para essa movimentação. Esse berço deveria ser dotado de dois sugadores, com capacidade nominal de 1.000Vh cada um. A prancha diária de descarregamento seria da ordem de 28.000 toneladas. Para a importação de fertilizantes, que apresenta movimentação mensal de 191.667 toneladas e consignação média de 50.000 toneladas, o número médio de navios é de cerca de 3,83 navios/mês. A capacidade efetiva de descarregamento deverá ser de 697Vh, com um berço. Considerou-se, portanto, que um berço seria suficiente para essa movimentação. Esse berço deveria ser dotado de dois grabs, com capacidade nominal de 500Vh cada um. A prancha diária seria da ordem de 14.000 toneladas. 4.1.2 Recepção/Expedição Ferroviária Tendo presentes os quantitativos a serem movimentados no porto, o sistema de transporte terrestre básico tem que ser necessariamente o transporte ferroviário. Isto não significa, entretanto, que, marginalmente, não possa ser utilizado o transporte rodoviário. Para fins de dimensionamento, portanto, adotou-se o transporte ferroviário, que é inclusive mais condizente com a estratégia geral de transporte de granéis que se pretende definir para o País. Na fase de detalhamento dos projetos, entretanto, poderá ser definida uma pequena porcentagem de cargas a serem recebidas/expedidas por rodovia, especificando-se algumas moegas/tulhas como rodoferroviárias. As diferenças de investimento e custo de operação do porto não serão significativas. Considerou-se, portanto, que o transporte terrestre seria efetuado por ferrovia, em bitola métrica, em vagões com capacidade nominal de 501 para grãos e 75t para fertilizantes. Seriam utilizados trens com 30 vagões, cuja capacidade de carga seria de 1.500Vtrem para grãos e 2.250Vtrem para fertilizantes. Para fins de dimensionamento das instalações, considerou-se que o sistema ferroviário deveria ser capaz de receber/expedir a tonelagem destinada a uma consignação na metade do tempo correspondente ao intervalo médio de chegada dos navios, ou seja, o sistema ferroviário deveria ser capaz de escoar o dobro da movimentação média do porto. Esse critério visou assegurar que a movimentação portuária não fosse prejudicada por eventuais problemas com o transporte terrestre que, caso sofresse alguma interrupção temporária, teria alta capacidade de recuperação. Assim, o número médio de trens por dia corresponderia ao dobro da movimentação portuária diária dividido pela consignação do trem. o dimensionamento da instalação de carga/descarga dos trens partir da taxa de chegada dos trens, com base no modelo de fila E2IE2IM, com ordem de 50%. Nesse processo, fixou-se a capacidade das moegas/tulhas em o uso de equipamentos simples, duplos e, nos casos de movimentações quádruplos. foi então efetuado a taxa de utilização da 600Vh, admitindo-se elevadas, triplos e Para o dimensionamento dos desvios de carregamento/descarregamento, consideraram-se 2 locomotivas por trem, cada uma com 25m de comprimento, e 30 vagões com 15m de comprimento, do que resulta um trem com 500m de comprimento. Nessas condições, no caso de exportação de grãos pelo porto de Suape, no total de 544.333Vmês, a aplicação desses critérios conduziu aos resultados apresentados a seguir. 19 A capacidade de recebimento de grãos por ferrovia deveria ser de 36.289t1dia, correspondendo a 24,19 trens/dia, o que equivale a 1.512t1hora (trens de 1.500t -24 horas/dia). A aplicação do modelo indicou o emprego de três moegas duplas, em paralelo, com capacidade de descarga total de 3.600tlhora, resultando uma taxa de utilização do sistema de 42%. Há necessidade de serem utilizados três desvios de descarregamento, com extensão de 1.000m cada um e extensão total de 3.000m. No caso da importação de grãos, no total de 383.333t1mês, a capacidade de escoamento por ferrovia deveria ser de 25.556t1dia, correspondendo a 17,04 trem/dia ou 1.065t1hora. Foram necessárias, portanto, duas tulhas duplas, em paralelo, com capacidade total de 2.400tlhora, com uma taxa de utilização de 44% no sistema. Deverão ser utilizados dois desvios de carregamento, com extensão de 1.000m cada um e extensão total de 2.000m. Na importação de fertilizantes, no total de 191.667t1mês, a capacidade de escoamento deveria ser de 12.778t1dia, correspondendo a 5,68 trem/dia ou 532t1hora. Foi, portanto, indicado o emprego de uma tulha dupla, com capacidade de 1.200tlhora, com uma taxa de utilização do sistema de 44%. o desvio de carregamento deverá ter 1.000m de extensão. Finalmente, cabe salientar que os pátios de recepção, classificação e formação de trens são partes do sistema de transporte ferroviário cuja concepção depende das características da operação ferroviária. Não seria, portanto, adequado projetar a concepção de instalações para a operação ferroviária a partir da concepção de instalações portuárias. Entretanto, houve o cuidado de verificar a existência de instalações adequadas ou de áreas suficientes para a construção de instalações ferroviárias adicionais, que normalmente representam uma parcela significativa dos investimentos no sistema de transporte ferroviário. 4.1.3 Capacidade de Estocagem A capacidade de estocagem foi dimensionada admitindo-se as chegadas de navios segundo uma distribuição de Poisson e calculando-se o nível de estoque capaz de atender, em 99% dos casos, à chegada simultãnea de navios. Para ficar a favor da segurança, admitiu-se que no período de descarga/carga dos navios não haveria expedição/recepção do produto por ferrovia e concedeu-se, ainda, um acréscimo de 50% ao nível de estoque assim determinado. 2 Para determinação da área dos armazéns, adotou-se o índice médio de 5t1m . No caso do porto de Suape, obtiveram-se os resultados a seguir apresentados. Para a exportação de 4.000.000tlano de grãos, em navios com a consignação média de 50.0001 e com uma média de 10,89 navios/mês, a capacidade de estocagem deverá ser suficiente para atender à chegada simultânea de dois navios. Assim, com a margem de segurança de 50%, a 2 capacidade estática foi dimensionada em 150.0001. A área de armazéns necessária é de 30.000m . Na importação de 4.000.000tlano de grãos, em navios com a consignação média de 50.000t e com uma média de 7,67 navios/mês, a capacidade de estocagem deveria atender dois 20 navios, com a margem de 50%. Dimensionou-se, portanto, a capacidade estática em 150.0001. Serão necessários 30.000m2 de área de armazéns. No caso da importação de 2.0001/ano de fertilizantes, com consignação média de 50.000t e 3,83 navios/mês, concluiu-se que a capacidade de estocagem deveria atender um navio, mais a margem de segurança. Dimensionou-se, portanto, a capacidade estática em 75.0001. Neste caso, serão necessários 15.000m2 de armazéns. 4.1.4 Resumo do Dimensionamento Resumidamente, os diversos elementos necessários à movimentação portuária estabelecida são os seguintes: 4.2 - Exportação de grãos: 1 berço; 2 shiploaders de 1.5001/h cada um; 3 moegas duplas de 1.200l/h cada uma; 150.0001 de capacidade estática de armazenagem; 3.000m de desvios ferroviários para as moegas. - Importação de grãos: . 1 berço; • 2 sugadores de 1.0001/h cada um; 2 tulhas duplas de 1.2001/h cada uma; . 150.000t de capacidade estática de armazenagem; . 2.000m de desvios ferroviários para as tulhas. - Importação de fertilizantes: . 1 berço; . 2 grabs de 500l/h cada um; _ 1 tulha dupla de 1.200I/h; • 75.0001 de capacidade estática de armazenagem; . 1.000m de desvios ferroviários para a tulha. EXPANSÃO, MELHORAMENTOS OU ADAPTAÇÕES o desenvolvimento do porto de Suape foi concebido em duas fases. A primeira, que está concluída, consistiu da construção do molhe de proteção, do Cais de Múltiplos Usos (CMU) e do píer de granéis líquidos (o chamado porto externo). A segunda, que ora se inicia, consiste na abertura da Iínha de arrecifes e na construção, mediante dragagem e aterro hidráulíco, da rede de canais que constituirão o porto interno. Presentemente está em fase de Iícitação o início da segunda fase, compreendendo as obras de abertura do primeiro trecho de canal, com cerca de 1.200m de extensão, e incluindo a bacia de evolução - 250m de largura e profundidade de 15,5m -, a fim de permitir a entrada de navios de até 150.000 TPB (em planta) com carga de até 80.0001. Essa fase também inclui, segundo as metas de Suape, a construção de um cais interno com 330m e de um pátio de 30.000m2 na retaguarda, a drenagem superficial da ZIP (Zona Industrial Portuária), a otimização das instalações do Cais de Múltiplos Usos e a construção do acesso ferroviário (8km) ao pátio de contêineres. 21 A intenção é construir um porto coletivo de uso público, para navios de grande porte, no canal a ser aberto, que seria utilizado para a movimentação de contêineres e de cereais, bem como assegurar ao berço leste do CMU condições para receber navios de 80.000 TPB e melhorar as condições de atracação no berço oeste, hoje limitada a navios de 20.000 TPB. Esse plano envolve investimentos da ordem de US$ 148 milhões, dos quais cerca de US$ 81 milhões correspondem à abertura dos arrecifes e à dragagem da área interna; o total inclui ainda cerca de US$ g milhões para dragagem do canal de acesso e da área de atracação do CMU, US$ 52 milhões para construção de cais e pátio, US$ 2 milhões para a drenagem superficial da ZIP, US$ 1 milhão para o CMU e US$ 3 milhões para o acesso ferroviário. Tendo em vista esse plano, considerou-se que o atendimento aos quantitativos estabelecidos (exportação de 4.000.0001 de grãos, importação de 4.000.0001 de grãos e importação de 2.000.000t de fertilizantes) deveria ser feito preferencialmente segundo uma concepão futura que mantivesse, na medida do possível, a concepção geral do Complexo Portuário de Suape. Por outro lado, em face do estágio em que o plano se encontra, com recursos definidos no Orçamento da União e com obras em licitação, decidiu-se considerar como realizada a etapa de abertura do canal interno. A concepção que segue, portanto, parte do pressuposto que o canal será aberto, independentemente do que venha a ser proposto neste estudo. Nessas condições, optou-se, como primeira alternativa, por localizar o terminal de grãos e o terminal de fertilizantes no porto interno, que deverá dispor de cerca de 1.1OOm para a 2 construção de instalações de acostagem, bem como de cerca de 660.000m de área para atividades de apoio, armazenagem, recepção e expedição ferroviária, entre outros. Entretanto, também se verificou a alternativa de construção de um novo píer [10 porto externo, com a utilização da área de 660.000m2 supramencionada, para a localização dos armazéns e dos desvios ferroviários. A alternativa do porto interno, conforme esquematizada na Figura 2, a seguir, compreende a construção de um cais de gOOm,com 3 berços, respectivamente para exportação de grãos, importação de grãos e importação de fertilizantes. Nesse cais seriam instalados os equipamentos portuários. Como o terreno adjacente aos arrecifes já está arrendado à empresa S.A. Suape Granéis do Nordeste, que já iniciou a construção de armazéns, seriam utilizados os lotes seguintes para a localização dos armazéns de grãos (60.000m2) e, um pouco mais afastado, o de fertilizantes (15.000m2). Eventualmente, a armazenagem de grãos poderia vir a ser negociada com a referida empresa, porém, para fins de estimativa de custos, esse fato não foi considerado. O transporte dos produtos entre o armazém e o cais - inclusive de fertilizantes - seria feito por transportadores de correias cobertos. Na exportação de grãos seriam utilizados cerca de 500m de correias transportadoras, em 2 lances. Na importação de grãos, a extensão seria de 500m, também em 2 lances. Para a importação de fertilizantes, estimou-se um sistema de transportadores de 500m de extensão. 22 GEIPOT --@t> '. FIGURA 2 PORTO DE SUAPE Configuração Futura - Porto Interno Os desvios de carregamento/descarregamento seriam localizados do lado oposto dos armazéns, acompanhando o arruamento existente. As correias transportadoras entre os armazéns e as tulhas/moegas teriam cerca de 100m de extensão para grãos e de 350m para fertilizantes. Dependendo da possibilidade de ser utilizada parte da área arrendada à S.A. Suape para os desvios, os trens teriam que ser desmembrados no pátio de manobra do Complexo de Suape. Esse fato deverá ser levado em consideração por ocasião do projeto operacional. O acesso ferroviário, cuja obra está em andamento, terá extensão aproximada de 8km. Seu custo não foi considerado no total estimado. A segunda alternativa, conforme está esquematizada na Figura 3, compreende a construção de um píer no porto externo, com cerca de 600m de extensão (3 berços). Esse píer deveria ser localizado próximo à extremidade do molhe, onde as profundidades naturais são da ordem de 15m. Os produtos seriam transportados entre o píer e os armazéns por um sistema de correias transportadoras cobertas, acompanhando o traçado do molhe e do arruamento existente. Seriam 4 lances de correias, com cerca de 600m no píer, 1.300m sobre o molhe, 900m sobre a rua existente, no caso de grãos, e 1.1OOm,no caso de fertilizantes, e 200m para transpor os desvios de carregamento/descarregamento. A fim de não interferir com o tráfego e os dutos existentes no molhe, o sistema seria suportado por uma estrutura elevada comum. O restante da concepção seria equivalente ao que foi apresentado para o porto interno. 4.3 CUSTOS ESTIMADOS 4.3.1 Investimentos A estimativa de custos foi feita com base no dimensionamento, nos aspectos abordados na concepção da configuração futura e nos custos unitários dos diversos itens necessários à implantação da configuração futura. Tendo em vista os equipamentos existentes no mercado e a conveniência de padronização, as capacidades foram arredondadas para cima sempre que necessário. Na alternativa de se utilizar o porto interno, o custo total para atender aos quantitativos estabelecidos para o porto de Suape, conforme detalhado no Quadro 4.1, a seguir, é de US$ 111,555,000.00. Esse custo compreende: - Grãos: exportação de 4.000.0001: US$ 39,636,000.00; importação de 4.000.0001: US$ 42,729,000.00; Fertilizantes: importação de 2.000.0001: US$ 29,190,000.00. 25 GEIPOT : ...• - ------- FIGURA 3 PORTO DE SUAPE Configuração Futura - Porto Externo QUADRO 4.1 ESTIMATIVA DE INVESTIMENTO ALTERNATIVA 1 - PORTO INTERNO QUANTIDADE ITEM Exportação de Grãos (Em US$) Cais Shiploader Correia transportadora Ponto de transferência Estrutura de suporte Cobertura da correia Armazém Correia transportadora Cobertura da correia Moega Desvio ferroviário 300m 2 2 x SOOm 2 200m 2 x SOOm diversos 3 x 100m 3 x 100m 3x2 3km CUSTO UNITÁRIO CAPACIDADE 1 berço 1.5OO1Ih 1.5oot1h . 150.0001 1.500tlh 1.200tlh - 30.000 2.200.000 3.500 200.000 1.500 220 120 3.500 220 100.000 700.000 Importação Cals Sugador Correia transportadora Ponto de transferência Estrutura de suporta Cobertura da correia Armazém Correia transportadora Estrutura Cobertura da correia Tulha Desvio ferroviário 300m 2 500 1 200m 500m diverso 2x 100m 100m 2x 100m 2x2 2km 1 berço 1.oootlh 2.oootlh - 150.0001 1.5oot1h 1.200tlh - 30.000 4.812.500 4.000 200.000 1.500 200 120 3.500 1.500 220 300.000 700.000 Importação Fertilizantes 9.000.000 9.625.000 2.000.000 200.000 300.000 110.000 18.000.000 700.000 150.000 44.000 1.200.000 1.400.000 42.729.000 TOTAL 2 d. 9.000.000 4.400.000 3.500.000 400.000 300.000 220.000 18.000.000 1.050.000 66.000 600.000 2.100.000 39.636.000 TOTAL 1 de Grãos CUSTO TOTAL Cais Grab Correia transportadora Ponto de transferência Estrutura de suporte Cobertura da correia Armazém Correia transportadora Ponto de transferência Estrutura de suporte Cobertura da correia Tulha Desvio ferroviário 300m 2 500 1 200m 500m diversos 350m 1 350m 350m 1x2 lkm 1 berço 5oot1h 1.000tih - 75.0001 1.5OO1Ih 1.200tlh - 30.000 2.876.500 3.000 200.000 1.500 220 120 3.500 200.000 1.500 220 300.000 700.000 9.000.000 5.753.000 1.500.000 200.000 300.000 110.000 9.000.000 1.225.000 200.000 525.000 n.ooo 600.000 700.000 29.190.000 TOTAL 3 111.555.000 TOTAL GERAL Entende-se que o custo da abertura dos arrecifes e da dragagem do canal do porto interno, orçado pela Suape em cerca de US$ 81 milhões, é um custo comum a todo o Complexo, não devendo, portanto, ser alocado a este projeto. Além disso, trata-se de um sunk cost, uma vez que sua realização já está decidida e em andamento. Na alternativa de se utilizar o porto externo, conforme detalhado no Quadro 4.2, a seguir, chegou-se a um custo total de US$ 168,591,000.00, do qual cerca de 30% correspondem ao custo do sistema de transportadores de correia entre o píer e os armazéns. Esse custo compreende: Grãos: exportação de 4.000.0001: US$ 63,160,000.00; importação de 4.000.0001: US$ 59,691,000.00; Fertilizantes: importação de 2.000.0001: US$ 45,740,000.00. 29 QUADRO 4.2 ESTIMATIVA DE INVESTIMENTO ALTERNATIVA 2 - PORTO EXTERNO ITEM Exportação de Grãos TOTAL (Em US$) OUANTIDADE Píer Shiploader Correia transportadora Ponto de transferência Estrutura de suporte Cobertura da correia Armazém Correia transportadora Cobertura da correia Moega Desvio ferroviário 300m 2 2 x 2.600m 3 2.000m 2 x 2.600m diversos 3 x 100m 3 x 100m 3x2 3km CAPACIDADE CUSTO 1 berço 1.5OOllh 1.5OOllh 150.000t 1.5OOlIh 1.2oollh - UNITÁRIO 50.000 2.200.000 3.500 200.000 1.000 220 120 3.500 220 100.000 700.000 1 Importação de Grãos TOTAL 15.000.000 4.400.000 18.200.000 600.000 2.000.000 1.144.000 18.000.000 1.050.000 66.000 600.000 2.100.000 63.160.000 Pier Sugador Correia transportadora Ponto de transferência Estrutura de suporte Cobertura da correia Annazém Correia transportadora Estrutura de suporte Cobertura da correia Tulha Desvio ferroviário 300m 2 2.600m 3 2 ..000m 2.600m diversos 2 x 100m 100m 2 x 100m 2x2 2km 1 berço 1.000lIh 2.000llh 150.000t 1.500l1h 1.200l1h 50.000 4.812.500 4.000 200.000 1.000 220 120 3.500 1.500 200 300.000 700.000 TOTAL 2 15.000.000 9.625.000 10.400.000 600.000 2.000.000 572.000 18.000.000 700.000 150.000 44.000 1.200.000 1.400.000 59.691.000 Importação Piar de Grab Correia transportadora Ponto de transferência Estrutura de suporte Cobertura de correia Armazém Correia transportadora Ponto de transferência Estrutura de suporte Cobertura da correia Tulha Desvio Fertilizantes CUSTO 300m 2 3.000m 3 2.4DOm 3.000m diversos 350m 1 350m 350m 1x2 1km 1 berço 500llh 1.000lh - - 75.000t 1.50OlIh -- 1.2oollh - 50.000 2.876.000 3.000 200.000 1.000 220 120 3.500 200.000 1.500 220. 300.000 700.000 15.000.000 5.753.000 9.000.000 600.000 2.400.000 660.000 9.000.000 1.225.000 200.000 525.000 77.000 600.000 700.000 45.740.000 TOTAL 3 168.591.000 TOTAL GERAL Nessas condições, observa-se que a alternativa de se investir na porto externa, além de não ser condizente com as planos atuais da administração da Complexo de Suape, apresentaria um custo direta cerca de 50% superior ao custo de aproveitamento do porto interno. Recomenda-se, portanto, a alternativa do porto interno. 4.3.2 Custos de Operação No tocante aos custos de operação, os itens considerados foram recuperação do capital (depreciação e juras), materiais de manutenção, pessoal e despesas de operação. 30 o custo anual de recuperação do capital foi calculado assumindo-se juros de 6% ao ano e vida útil de 50 anos para dragagem e berços, 20 anos para armazéns, linhas férreas e moegas/tulhas e 10 anos para equipamentos. Os custos anuais com materiais de manutenção foram estimados como um percentual do investimento, tendo sido adotadas as seguintes taxas: 5% para equipamentos, 2% para armazéns, moegas/tulhas e 1% para linhas ferroviárias. Os custos de pessoal compreendem pessoal de operação, pessoal de manutenção e pessoal administrativo. Esses custos foram estimados a partir dos quantitativos de pessoal necessários para operar cada posto (instalação ou equipamento), considerando-se três turnos acrescidos de um turno de reserva. O pessoal de manutenção foi estimado em 100% do pessoal de operação, e o pessoal administrativo foi estimado em 30% do pessoal de operação. Para obtenção do custo anual, considerou-se um salário mensal médio de US$ 600.00 e uma taxa de 100% para encargos sociais. As despesas de operação, compreendendo energia e outros itens, foram estimadas considerando-se uma tarifa de energia de US$ 50/1.000 kwh, um consumo específico de 5 kwh e os quantitativos anuais de movimentação de cada produto. Estimou-se que outras despesas de operação teriam custo equivalente a 10% do custo dos demais itens. Nessas condições, conforme detalhado nos Quadros 4.3, 4.4 e 4.5, a seguir, obtiveram-se os seguintes custos anuais de operação para a Alternativa 1 - Porto Interno: - Terminal de grãos: • exportação de 4.000.0001: US$11,721,316.00; • importação de 4.000.0001: US$12,069,201.00. - Terminal de fertilizantes: • importação de 2.000.0001: US$ 8,493,662.00. Custo Anual Total: US$ 32,284,179.00. Os custos médios por tonelada movimentada são: - Exportação de grãos: US$ 2.93t; Importação de grãos: US$ 3.02t; Importação de fertilizantes: US$ 4.251. Para a Alternativa 2 - Porto Externo, conforme apresentado nos Quadros 4.6, 4.7 e 4.8, a seguir, os custos de operação foram estimados em: - Terminal de grãos: • exportação de 4.000.0001: US$ 15,723,239.00; . importação de 4.000.0001: US$ 14,729,261.00. - Terminal de fertilizantes: . importação de 2.000.0001: US$11,069,472.oo. Custo Anual Total: US$ 41,521,972.00. Os custos médios por tonelada movimentada são: • exportação de grãos: US$ 3.93/t; importação de grãos: US$ 3.68/t; • importação de fertilizantes: US$ 5.53/1. 31 QUADRO 4.3 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE OPERAÇÃO Exportação de Grãos ALTERNATIVA 1 - PORTO INTERNO ITEM I ~Recuperação de Capital Dragagem Berços Equipamentos Annazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários ITEM 11 - Materiais de Manutenção Equipamentos Annazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários ITEMlPOSTO 11I- Pessoal (Em US$) INVESTIMENTO VIDA ÚTIL 50 50 10 20 20 20 O 9.000.000 9.936.000 18.000.000 600.000 2.100.000 9.936.000 18.000.000 600.000 2.100.000 5 2 2 1 PESSOALPI POSTO Annazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários Balanças Laboratório Centro de controle 2 - Pessoal de manutenção 3 - Pessoal administrativo unido 2 4 2 4 3 4 5 Subtotal Total 10.000 m2 unido Total Total Total Total 1 - Energia 2 3O.000m2 3 (1 turno) (4 tumos) 100% 30% 4 - Pessoal total Salário mensal médio + encargos US$ Tarifa Consumo Quantidade Custo Anual CUSTO ANUAL 496.800 360.000 12.000 21.000 TOTAL PARCIAL 3.725.942 TOTAL 889.800 TOTAL 10% V - Custo Anual Total US$ VI - Custo por Tonelada US$It Nota: Valores necessários à movimentação de 4.000.000t. 4 12 6 4 3 4 5 38 152 152 46 350 1.200 5.040.000 50 5 4.000.000 1.000.000 US$ll.ooo KWH KWHIt Ueno US$ 2 - Outras despesas 32 QUANTIDADE POSTO O 570.600 1.350.302 1.569.600 52.320 183.120 TOTAL 1 • Pessoal de operação Carregadoúdescarregador IV - Despesas de Operação 6,34 6,34 13.59 8.72 8,72 8,72 INVESTIMENTO (%) INVESTIMENTO BASE CUSTO ANUAL FRC (%) 1.065.574 2.065.574 11.721.316 2.93 QUADRO 4.4 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE OPERAÇÃO Importação de Grãos ALTERNATIVA 1 - PORTO INTERNO ITEM I - Recuperação de Capital INVESTIMENTO Dragagem Berços Equipamentos Armazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários Equipamentos Annazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários ITEMlPOSTO 11I- Pessoal VIDA úTil 50 50 10 20 20 20 O 9.000.000 13.129.000 18.000.000 1.200.000 1.400.000 INVESTIMENTO ITEM 11 • Materiais de Manutenção (Em US$) 1 - Pessoal de operação Carregado"descarregador Armazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários Balanças laboratório Centro de controle 2 - Pessoal de manutenção 3 - Pessoal administrativo 5 2 2 1 PESSOAL PI POSTO unido 2 4 2 4 3 4 5 Subtotal Total 10.000 m2 unido Total Total Total Total 1 . Energia (1Iumo) (4 turnos) US$ Tarifa Consumo Quantidade Custo Anual US$ll.000 KWH KWHA tisno US$ CUSTO ANUAL 656.450 350.000 24.000 14.000 TOTAL PARCIAL 4.151.151 TOTAL 1,054.450 TOTAL 4 12 4 4 3 4 5 36 144 144 43 US$ VI . Custo por Tonelada US$It 1.200 4.766.400 50 5 4.000.000 1.000.000 10% V - Custo Anual Total à movimentação 2 30.000 m2 2 O 570.600 1.784.231 1.569.600 104.840 122,080 TOTAL 331 2 • Outras despesas Nota: Valores necessários OUANTIDADE POSTO 100% 30% 4 - Pessoal lotai Salário mensal médio + encargos IV . Despesas de Operação 6,34 6,34 13,59 8,72 8,72 8,72 INVESTIMENTO (%) 13.129.000 18.000.000 1.200.000 1.400.000 BASE CUSTO ANUAL FRC(%) 1.097.200 2.097.200 12.069.201 3.02 de 4.000.00Ot. 33 QUADRO 4.5 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE OPERAÇÃO Importação de Fertilizantes ALTERNATIVA 1 - PORTO INTERNO ITEM I - Recuperação de Capital INVESTIMENTO Dragagem Berços Equipamentos Armazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários ITEM VIDA ÚTIL O 9.000.000 9.890.000 9.000.000 600.000 700.000 50 50 10 20 20 20 INVESTIMENTO 11 • Materiais de Equipamentos Manutenção Armazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários ITEMlPOSTO 11I- Pessoal (Em US$) 1 • Pessoal de operação Carregador/descarregador Armazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários Balanças Laboratório Centro de controle 2 - Pessoal de manutenção 3 - Pessoal administrativo 1 . Energia PESSOALPI POSTO unido 10.000 m2 2 4 2 4 3 4 5 Subtatal Total unido Total Total Total Tolal Tarifa Consumo Quantidade Custo Anual (1 turno) (4 turnos) 10% VI . Custo por Tonelada US$II de 2.000.0001. O 570.600 1.344.051 784.800 52.320 61.040 CUSTO ANUAL 494.500 180.000 12.000 7.000 TOTAL PARCIAL TOTAL 2.812.811 TOTAL 693.500 TOTAL 4 6 2 4 3 4 5 28 112 112 34 258 1.200 3.715.200 50 5 2.000.000 500.000 US$ll.ooo KWH KWHIt tlano US$ US$ 34 2 15.000 m2 1 US$ V • Custo Anual Total à movimentação QUANTIDADE POSTO 100% 30% 2 - Outras despesas Nota: Valores necessários 6,34 6,34 13,59 8.72 8,72 8,72 5 2 2 1 4 - Pessoal lotai Salário mensal médio + encargos IV - Despesas de Operação CUSTO ANUAL INVESTIMENTO (%) 9.890.000 9.000.000 600.000 700.000 BASE FRC(%) n2.151 1.272.151 8.493.662 4.25 QUADRO 4.6 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE OPERAÇÃO Exportação de Grãos ALTERNATIVA 2 - PORTO EXTERNO ITEM J - Recuperação de Capital INVESTIMENTO Dragagem (112) Berços Equipamentos Armazéns MoegasltuJhas Desvios ferroviários ITEM 11 - Materiais de Manutenção VIDA ÚTIL O 15.000.000 27.460.000 18.000.000 600.000 2.100.000 50 50 10 20 20 20 INVESTIMENTO Equipamentos Armazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários ITEMlPOSTO 11I. Pessoal (Em US$) 1 - Pessoal de operação Carregadoddescarregador Armazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários Balanças Laboratório Centro de controle 2 • Pessoal de manutenção 3 - Pessoal administrativo 1 - Energia 27.460.000 18.000.000 600.000 2.100.000 BASE unido 10.000 5 2 2 1 PESSOALPI POSTO 2 4 2 4 3 4 5 Subtotal Total m2 unido Total Total Total Total CUSTO ANUAL 1.373.000 360.000 12.000 21.000 TOTAL PARCIAL 2 30.000 O 951.000 3.731.814 1.569.600 52.320 183.120 m2 3 (1 turno) (4 turnos) TOTAL 6.487.854 TOTAL 1.766.000 TOTAL 4 12 6 4 3 4 5 38 152 152 46 350 (US$) Tarifa Consumo Quantidade Custo Anual US$/I.ooo KWHIt Vano US$ KWH US$ VI- Custo por Tonelada US$/t 1.200 5.040.000 50 5 4.000.000 1.000.000 10% V - Custo Anual Total à movimentação QUANTIDADE POSTO 100% 30% 2 . Outras despesas Nota: Valores necessários 6.34 6.34 13.59 8.72 8.72 8.72 INVESTIMENTO (%) 4 - Pessoal total Salário mensal médio + encargos IV - Despesas de Operação CUSTO ANUAL FAC (%) 1.429.385 2.429.385 15.723.239 3.93 de 4.000.0001. 35 QUADRO 4.7 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE OPERAÇÃO Importação de Grãos ALTERNATIVA 2 - PORTO EXTERNO ITEM I • Recuperação de Capital INVESTIMENTO Dragagem (112) Berços Equipamentos Armazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários ITEM 11 - Materiais de Manutenção VIDA ÚTIL O 50 50 10 20 20 20 15.000.000 24.091.000 18.000.000 1.200.000 1.400.000 INVESTIMENTO Equipamentos Armazéns Moegas/lulhas Desvios ferroviários BASE INVESTIMENTO (%1 5 2 2 1 PESSOALPI POSTO OUANTIDADE POSTO TOTAL O 951.000 3.273.967 1.569.600 104.640 122.08Q CUSTO ANUAL 6.021.287 TOTAL 1.204.550 360.000 24.000 14.000 TOTAL PARCIAL 1.602.550 TOTAL 1 - Pessoal de operação unido Annazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários Balanças Laboratório Centro de controle 10.000m2 2 4 2 4 3 4 5 Sublatal Tolal unido Tolal Tolal Total Total 1 . Energia 2 (1 turno) (4 turnos) 4 12 4 4 3 4 5 36 144 144 43 331 US$ Tarifa Consumo Quantidade CusloAnual US$/l.000 KWH KWH/I Vano US$ US$ VI • Custo por Tonelada US$/1 de 4.ooo.oo0t. 1.200 4.766.400 50 5 4.000.000 1.000.000 10% V - Custo Anual Total à movimentação m2 100% 2 . Outras despesas Nota: Valores necessários 2 30.000 30% 4 • Pessoal total Salário mensal médio + encargos 36 CUSTO ANUAL 6,34 6,34 13,59 8,72 8,72 8,72 1.400.000 Carregado~descarregador 2 - Pessoal de manutenção 3. Pessoal administrativo IV . Despesas de Operação FRC (%) 24.091.000 18.000.000 1.200.000 ITEMlPOSTO 111-Pessoal (Em US$) 1.339.024 2.339.024 14.729.261 3.68 QUADRO 4.8 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE OPERAÇÃO Importação de Fertilizantes ALTERNATIVA 2 - PORTO EXTERNO ITEM I-Recuperação de Capital Dragagem Berços Equipamentos Annazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários ITEM 11 - Materiais de Manutenção Equipamentos Armazéns Moegasltulhas Desvios ferroviários ITEMlPOSTO 111.Pessoal (Em US$) INVESTIMENTO VIDA ÚTil O 50 50 10 20 20 20 15.000.000 20.440.000 9.000.000 600.000 700.000 INVESTIMENTO 6,34 6,34 13,59 8,72 8,72 8,72 5 2 2 1 PESSOAlPI POSTO QUANTIDADE POSTO TOTAL O 951.000 2.777.796 784.800 52.320 61.040 CUSTO ANUAL 1.022.000 180.000 12.000 7.000 TOTAL PARCIAL 4.626.956 TOTAL '1.221.000 TOTAL 1 - Pessoal de operação Carregadoddescarregador unido Armazéns Moegasllulhas Desvios ferroviários Balanças 10.000 laboratório Centro de controle 2. Pessoal de manutenção 3. Pessoal administrativo 2 4 2 4 3 4 5 Subtotaf Total m2 unido Total Total ' Total Total 1 . Energia 2 15.000 m2 1 (1 turno) (4 turnos) 100% 30% 4. Pessoal total Salário mensal médio + encargos IV - Despesas d. Operação CUSTO ANUAL INVESTIMENTO (%) 20.440.000 9.000.000 600.000 700.000 BASE FRC(%) 4 6 2 4 3 4 5 28 112 112 34 258 US$ Tarifa Consumo Quantidade Custa Anus! US$ll.ooo KWH KWH/l Uano US$ 2 . Outras despesas USS VI • Custo por Tonelada US$It 3.715.200 50 5 2.000.000 500.000 10% V • Custo Anual Total 1.200 1.006.316 1.506.316 11.069.472 5.53 Nota: Valores necessários à movimentação de 2.000.0001. 37