Joel Barbosa Júnior

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Joel Barbosa Júnior
Joel Barbosa Júnior
PROFT em Revista
TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA
ISBN 978-85-65097-00-0
BRASILEIRA DE SINAIS: MÉTODO ANALÍTICO –
Anais do Simpósio Profissão Tradutor 2013
Vol. 1, Nº 3 março de 2014
CLASSIFICANDO DE MANEIRA SUBJETIVA, O UTENTE.
RESUMO
Joel Barbosa Júnior
Tradutor e intérprete de Língua Brasileira de
Sinais < > Língua Portuguesa nas Faculdades
Integradas Rio Branco.
Bacharel em Letras Libras (2008-2012), pela
Universidade Federal de Santa Catarina, polo
Unicamp.
Certificado pelo Ministério da Educação
(MEC/Brasil), no Exame Nacional de
Este artigo, tem o objetivo de apresentar elementos de identificação e classificação do
cliente utente em sua forma de comunicação, para atendê-lo em todos os âmbitos
sociais, e a partir da assertiva de melhor atender ao cliente, o Enquadramento Subjetivo,
produzido por uma análise simultânea, pré e pós-contato, é a proposta mais adequada,
que após o resultado o profissional deve adequar o avultamento, que é a ação de
adicionar elementos à prática da tradução, interpretação e guiainterpretação, assim
ficando mais específica e especializada a atuação do profissional frente ao surdo e
surdocego. Entre os colegas de tradução e interpretação em Libras, temos um novo
membro, o profissional surdo, com sua especificidade e determinadas áreas em que são
mais indicados pela fluência em sua língua.
Palavras-Chave: Tradução, Interpretação, Libras, Surdo, Surdocego, Âmbitos
Sociais.
Proficiência em Libras (ProLIBRAS) em 2006.
Aprovado pela Banca Examinadora da
Prefeitura de São Paulo/DOT/2009 e como
profissional de Prioridade da Federação
Nacional de Educação e Integração de Surdos
(FENEIS) em 2004.
Joel Barbosa Junior
Contato:
[email protected]
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INTRODUÇÃO
O TILSP é a sigla para tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais (Libras) e língua portuguesa, que atua como
tradutor, intérprete e guiaintérprete1, e essa forma de apresentação vêm seguindo a mesma convenção das siglas que
representam as línguas de sinais pelo mundo, contendo a letra “L” de língua, a letra “S” de sinais e a primeira letra
do país de origem, como exemplo a língua de sinais francesa (LSF), a língua de sinais britânica (LSB), língua de
sinais espanhola (LSE), diferente da Libras, sigla mais usada, entretanto usa-se ainda, as siglas LSB e LBS, para
língua brasileira de sinais, que estão dentro da convenção.
No Brasil temos também a língua de sinais Kaapor brasileira (LSKB), sendo a língua de sinais dos índios Ka'apor ou
Urubu Kaapor.
Esse profissional atende à brasileiros surdos e surdocegos, e teve sua regulamentação pela Lei 10.319/10, que
apresenta suas funções como sendo a tradução, a interpretação e a guiainterpretação. A primeira graduação na área
iniciou-se em 2008, o bacharelado em letras, habilitação em Libras.
Sua atuação se dá em diferentes âmbitos sociais, pela necessidade social de incluir o sujeito surdo e surdocego, para
que participem ativamente e produzam como os demais cidadãos.
Devido à diversos fatores, como por exemplo sociais, existem diferentes formas de comunicação com as quais o
TILSP poderá de deparar. Sendo assim, frente a essa realidade, é necessário um método analítico, que propõe dar
condições de fazer o enquadramento subjetivo, do cliente utente. Promovendo assim a escolha da forma de
comunicação e o avultamento necessário.
Nos últimos dez anos, foi conquistado, diversos direitos dos TILSP e consequentemente dos surdos e surdocegos,
essa conquista deu-se pela pressão do movimento surdo, da comunidade surda brasileira. E dentre os direitos está a
graduação em bacharelado em letras Libras, sendo que hoje temos profissionais melhor preparados, e abriu-se, por
definitivo, o espaço para a atuação do intérprete surdo.
1. ÂMBITOS SOCIAIS.
Os surdos e surdocegos são cidadãos brasileiros e têm direito ao acesso em todo o espaço em que necessite se
comunicar ou ser comunicado.
A tradução e interpretação em Libras é utilizada em todos os âmbitos sociais, como na educação (em diversos cursos
ou em sala de aula do sistema de educação, por exemplo), no trabalho (reuniões, cursos de reciclagem, entrevista de
emprego, etc.), na justiça (em audiências), na segurança pública (em delegacias, em abordagens policiais, autuações
e em interrogatórios), na religião (cerimônias, rituais religiosos e cultos), no lazer (turismo, eventos culturais, teatros,
museus, etc.), na mídia (comunicação de massa e interesse público, por meio da imprensa, do teatro, cinema, dança,
do rádio, telefone, televisão, dentre outros), nos ritos sociais (valores representados pela tradição e religião, como
aniversários, colação de grau, enterros, casamentos e etc.), na política (em partidos políticos, reuniões, passeatas,
candidato surdo, estratégias, ou pronunciamentos do Presidente e autoridades do país) e em pequenas ações com
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resolução de situações do dia a dia que dizem respeito ao indivíduo, (ida em instituições financeiras, órgãos
públicos, lojas comerciais, na compra de ingresso para um teatro, compra de passagem em rodoviária, aeroportos,
em farmácia, reuniões de família, festas de família, no processo de solicitação de isenção nos transportes públicos, e
até mesmo em concursos, vestibulares e outras avaliações para vaga de emprego) tratando-se do intérprete
direcional. E assim como na interpretação das línguas orais, é necessária em conferências internacionais, em
reuniões de grandes corporações, em seminários e congressos de diferentes áreas, em eventos e feiras, sendo estes
alguns exemplos do campo de atuação do TILSP, todavia o profissional deve se fazer presente em todo e qualquer
lugar em que a pessoa surda ou surdocega necessite comunicar-se ou ser comunicado. Quando a contratação tem a
finalidade de acompanhar autoridades, empresários ou artistas, em viagens, eventos/feiras internacionais, passeios, o
intérprete serve também como cicerone.
Ser intérprete de Libras é estar em uma profissão que é necessária para atender à brasileiros, surdos, logo tem sua
ação requerida para todos os âmbitos sociais.
A grande diversidade de formas de comunicação, pede uma análise do cliente enquanto o conhece, por meio da
própria comunicação ou antes desse primeiro contato, para assim o TILSP se adaptar à necessidade do cliente.
2. ENQUADRAMENTO SUBJETIVO.
O TILSP com certa experiência, percebe a necessidade de conviver com o cliente utente, ou seja, o surdo e
surdocego, para ter em sua atuação um atendimento próximo ao perfeito, por que irá conhecer o seu, atendendo-o
corretamente, pois a convivência faz com que conheçamos a realidade comunicacional desse cliente.
Para um bom atendimento é necessária essa análise, aprimorando a percepção e classificando o utente para esse fim.
Esse é um anseio do TILSP, uma situação em que controle a forma de comunicação envolvida e ter certeza de que
está sendo entendido pelo cliente. Sendo assim a convivência é imprescindível e ideal pra trabalhar as técnicas de
interpretação.
Como não é possível ter essa convivência com todos os clientes, devido ao grande número deles e à escassez do
tempo, surge a possibilidade de esse Método Analítico ser adotado, por meio da Análise Simultânea, Análise Précontato e/ou Análise Pós-contato.
1
Guiainterpretação é uma das três funções do TILSP, e a escrevo sem o hífen por se tratar de uma única função, e não duas funções,
assim como surdocego se escreve sem hífen por se tratar de uma única deficiência.
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3. ANÁLISE SIMULTÂNEA, PRÉ-CONTATO E PÓS-CONTATO.
A Análise Simultânea é a ação de analisar o provável enquadramento do cliente utente na emergência do primeiro
contato, já a Análise Pré-contato é o ato de sondar com colegas, em qual enquadramento o cliente utente estaria, e
existe ainda outra opção que é a Análise Pós-contato, em que o profissional procura manter contato, com seu cliente
utente, por meio de encontros esporádicos, a fim de conhecer a realidade comunicacional deste.
É necessário conhecer o cliente para quem irá trabalhar, a fim de atendê-lo dentro de suas necessidades, estas
impostas pela complexidade social.
O Enquadramento Subjetivo tem o objetivo de obter o resultado dessa análise a fim de localizar qual a situação do
utente e a melhor Abordagem Comunicacional.
Sendo assim, o que se espera é conseguir identificar, ainda que de maneira superficial, o Enquadramento Subjetivo
do utente, podendo o profissional, escolher um dos sistemas de comunicação, na Forma de Comunicação.
Além disso, o profissional deve saber qual é a temática que re realizará em seu local de trabalho, por exemplo um
evento de medicina e a rede dos conselhos de medicina. Deve então, fazer uma análise da temática, do trabalho para
o qual pretendem contratar-lhe, a fim de constatar sua Competência Referencial para tal atuação.
A Competência Referencial e a Especialização são elementos que se complementam, sendo justo refletir sobre o
desempenho do TILSP frente a uma determinada temática. Via de regra caso tenha maior competência referencial
terá melhor performance durante sua atuação, caso tenha menor competência referencial, terá menor desempenho, e
caso não tenha nenhuma competência referencial, terá que deduzir muito do discurso do texto ali apresentado.
Esse último quadro, em que não se tem a competência referencial, acontece muito e continuará a acontecer, pois é
impossível dominar todos os temas das diversas áreas existentes. Por isso é importante ser consciente e responsável
ao aceitar um trabalho, analisando-o antes de firmar o contrato de prestação de serviços.
Se em um congresso internacional sobre biologia, e o TILSP tem, além da graduação exigida em bacharelado em
Letras Libras, a graduação em Biologia, ou uma pós-graduação na área, terá o melhor desempenho do que um outro
profissional com Letras Libras e uma pós-graduação em educação, mesmo com noções de Biologia. Entretanto
temos também o terceiro profissional, que tem uma pós-graduação em tradução interpretação na Libras, e não tem
um conhecimento mínimo necessário sobre o tema do dito congresso internacional.
Vejam que nessa realidade, recorrente no nosso dia a dia, provavelmente o primeiro profissional terá uma primorosa
atuação, o segundo terá uma atuação razoável e o terceiro tem chances de perder muito dos conteúdos dos conceitos
da área ao traduzir. Ocorre ainda que se um dos três profissionais acima não conseguir utilizar a Libras na qualidade
de língua formal, requerida em um evento desse, e ainda desconhecer o público presente e sua forma de
comunicação, terá uma atuação inferior ao esperado.
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Sendo assim o ideal é que o TILSP tenha, além da graduação exigida, uma especialização na determinada área que
contém a temática desse nosso exemplo e o conhecimento da Libras formal e do público utente, ou seja, estaríamos
diante de uma atuação ideal, onde o profissional transforma o conteúdo, por meio da interpretação, em uma Libras
formal de acordo com os utentes.
Sendo o TILSP especialista na área da saúde, terá melhor desempenho nessa área específica, (Freeman, Carbin &
Boese 1999: 314), sendo assim “É exigido também um profundo conhecimento teórico sobre a área.” (Pires & Nobre
2005: 186).
Tragicamente essa realidade não é possível em grande parte dos trabalhos efetuados pelos TILSP, pelo simples fato
de que a situação ideal, acima descrita, não se concretiza com facilidade, pois além de o profissional não dominar ou
ter noções, sobre todas as áreas e suas temáticas, o que seria sobre-humano, os organizadores dos eventos
desconhecem a necessidade de informar ao TILSP elementos referentes ao evento, por meio de resumos das falas
dos palestrantes e de uma explicação sobre o objetivo do evento e sua temática, e o público utente que comparece ao
evento é o mais diverso possível, com formas de comunicação diferenciada (Libras, oralização ou bimodalização,
entre outros). Desta forma o TILSP procura se preparar da melhor forma possível, faz uma interpretação que possa
englobar todas as formas de comunicação presente (desde que isso não incite discussões entre os surdos utentes) e
tem uma atuação dentro de sua habilidade de driblar essas questões.
Apresenta-se assim um cenário propício à cursos de especialização em diversas áreas. Desta forma poderemos
reservar o mercado mais específico aos profissionais que melhor se encaixarem ao tipo de trabalho proposto, sendo
registrado em um futuro Conselho Regional/Federal de Tradução e Interpretação em Libras, desta forma os clientes
terão uma proteção por meio de fiscalização desse órgão, objetivando, sempre que possível, manter o melhor
profissional para determinado evento.
Os cursos de especialização para TILSP podem trazer a opção de uma multiformação, ou seja, várias áreas
contempladas, por exemplo ensinando a Introdução ao Direito Civil, introdução à Psicopedagogia, Introdução à
Biologia, ou outras áreas as quais o TILSP mais atua cotidianamente, tudo em uma única pós-graduação, obtendo
assim a competência referencial mínima necessária2. Enquanto que se especializando em apenas uma área, diminuirá
seu espectro de opções, porém aprofundará seu conhecimento referencial obtendo melhor desempenho em um
trabalho na área cursada. Ainda temos a possibilidade da formação continuada, que segundo Sander (2002: 132) é
uma maneira do aprimoramento profissional, por meio de grupos de estudo.
2
Segundo Barbosa-Júnior (2009: 13) as áreas mais comuns de atuação são: a educacional, a do trabalho, a do lazer, a religiosa, a de
conferência e a jurídica.
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É a partir de ações como essas, e ainda por meio do Método Analítico que o TILSP se posiciona como profissional,
tendo clareza da sua situação frente a um trabalho (conferencia etc.) e da situação de seu cliente, podendo mapear a
forma de comunicação provável dele, onde todas as formas de comunicação são possíveis. Sendo assim temos
clientes com (a) múltiplas deficiências, sendo bi-sensorial ou fisíco-sensorial, e ainda os (b) surdos que utilizam
Libras (alfabetizados em Libras e língua portuguesa ou apenas fluente em Libras – desconhecemos a existência de
uma proposta de alfabetização somente em Libras) e os que não utilizam Libras (alfabetizados em língua portuguesa
ou não alfabetizados).
No primeiro caso temos como exemplo os surdocegos, cegosurdos3, surdo com deficiência motora nos membros
superiores, com deficiência física (atrofia ou amputação – braço, ante braço ou dedos, etc.) nos membros superiores,
e no segundo caso temos surdos com doutorado, surdos universitários, surdos com instrução apenas nos primeiros
anos escolares, outros que, por diversos motivos4, não sabem a Libras e nem sabem a língua portuguesa.
Como a nossa intenção é verificar as formas de comunicação, não incluímos surdos com deficiência motora/física
nos membros inferiores, pois essa situação provavelmente não influencia no aprendizado de língua e na comunicação
e nem os surdos com deficiência intelectual, que supõem uma comunicação diferenciada, dentro do grau de
deficiência apresentado, e que terá outra forma de abordagem frente a uma interpretação.
Na tabela 1., exponho um apanhado geral do apresentado no texto, em um formato diferenciado:
TAB.1 – Analise Comunicacional
Cliente utente
Surdo (que fale Libras, seja oralizado ou use sinais caseiros/gestos)
Surdocego
Cegosurdo
Surdo com deficiência física/motora nos membros superiores.
Aprendizagem de língua
Pré-linguístico
Pós-linguístico
Resíduo auditivo/visual
Com resíduos (Porcentagem de resíduo)
Sem resíduos
Grau de instrução
Nulo (com ou sem socialização)
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Ensino Superior
Prováveis Formas de Comunicação
3
Com a denominação Surdocego separamos os que eram surdos e ficaram cegos dos Cegosurdos, que eram cegos e adquiriram a
surdez posteriormente, essa diferenciação se faz necessária para classificar a forma de comunicação.
4
Comumente ouvimos relatos de isolamento total da comunidade surda ou da própria sociedade, alguns deles utilizam gestos caseiros.
Tal situação é tida como crime contra o ser humano, entretanto advindo do desconhecimento e desinformação por parte da sociedade.
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(a) Libras.
(b) Oralização.
(c) Bimodalização (Libras aportuguesada ou Português sinalizado).
(d) Libras-Tátil.
(e) Alfabeto Manual-Tátil.
(f) Escrita na palma da mão.
(g) Por digitação em máquina de escrever em Braille.
(h) Fala Ampliada.
(i) Gestos ou Sinais caseiros.
(j) Loop.
(k) Placas de comunicação.
(l) Sistema Malossi, Moon e Lorm.
(m) Código Morse.
(n) Braille manual.
(o) Tadoma.
(p) Aparelho de áudio acoplado a um implante coclear.
(q) Forma personalizada ou única de comunicação.
Abordagem Comunicacional na Atuação do TILSP
Tradução Interpretação interlingual (a, d)
Transliteração (b, j, m, n, o, p)
Tradução Interpretação por Pidgin (c)
Tradução Interpretação intralingual (e, f, g, h, k, l)
Tradução Interpretação Personalizada (i, q)
Associar as letras, entre parênteses, do quadro “Prováveis Formas de Comunicação” com as do “Abordagem
Comunicacional na Atuação do TILSP”
(Elementos relevantes para o levantamento subjetivo, da abordagem a ser empregada pelo TILSP)
Assim sendo temos que o TILSP faz a análise de seu utente, sendo esta simultânea, pré ou pós-contato, e assim
obtendo um conhecimento subjetivo de qual seria a abordagem correta para atender ao seu cliente surdo. Para chegar
a essa Análise Comunicacional completa, muitas vezes é preciso mais de um encontro. Entretanto o mínimo possível
de análise é sempre muito importante. O ideal não é fazer um questionário e abordar seu cliente com perguntas a fim
da resolução de suas dúvidas, isso não seria educado, então as questões e a resolução deve se dar com a observação,
e é subjetivo.
Então podemos ter um cliente que é surdocego, pré-linguístico, sem resíduos e cursando o ensino médio, então
podemos supor que ele utilize Libras-Tátil, ou Alfabeto Manual-Tátil, ou talvez Escrita na palma da mão ou por
último Forma personalizada ou única de comunicação. Deduzimos que por estar esse cliente no ensino médio, deva
estar incluído em uma escola com um intérprete, então a opção mais latente seria Libras-Tátil.
Durante o contato com o cliente utente é que perceberemos qual sua forma de comunicação. Entretanto antes do
contato é possível supor algumas informações por meio de uma sondagem e da observação. Um outro exemplo
suposto seria um surdo, pré-linguístico, sem resíduos e sem socialização, logo, deduziríamos que ele usaria sinais
caseiros, gestos ou uma forma personalizada ou única de comunicação. Vamos para outro exemplo, um cegosurdo,
pós-linguístico, com resíduos no ensino superior, teríamos uma provável forma de comunicação como Fala
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Ampliada. Então agora um último exemplo: surdo, pós-linguístico, sem resíduos no ensino fundamental,
provavelmente utilizaria a Libras ou a Bimodalização.
Assim vejam, na tabela 2., o Enquadramento Subjetivo que surge:
TAB.2 - Enquadramento
Surdocego Pré-linguístico Sem resíduos
Ensino médio Libras-Tátil
Alfabeto Manual-Tátil
Placas de comunicação
Escrita na palma da mão
Forma personalizada ou única de comunicação
Surdo
Sem
socialização
Gestos ou Sinais Caseiros
Forma personalizada ou única de comunicação
Ensino
Superior
Fala Ampliada
Pré-linguístico Sem resíduos
Cegosurdo Pós-linguístico Com resíduos
Surdo
Pós-linguístico Sem resíduos
Ensino
Libras
Fundamental Bimodalização
(Quatro exemplos supostos no texto acima, a fim de avaliar a forma de comunicação do cliente utente)
O profissional deve conhecer todas essas formas de comunicação, a fim de poder analisar a situação antes de aceitar
determinado trabalho, conhecer ou sondar sobre o cliente é o ideal, ou então, numa situação calamitosa, ao constatar
no ato da interpretação, que tal forma de comunicação não é dominada pelo intérprete, este deve informar ao surdo e
pedir para trocar com o intérprete em apoio, ou ainda caso esteja sozinho (o que não é uma situação ideal), explicar
ao surdo que pela impossibilidade de não ter conhecimento prévio sobre tal forma de comunicação, estará ali e
tentará fazer da melhor forma possível essa interpretação.
4. AVULTAMENTOS.
A necessidade trouxe a questão do avultamento da tradução, interpretação e guiainterpretação. As três funções são
avultadas por adaptações necessárias frente aos clientes utentes, pois cada grupo tem especificidades na
comunicação, os que foram educados em escolas que ensinavam a oralização, por exemplo, o intérprete pode utilizar
uma interpretação avultada em personalizada específica.
Sendo assim temos a divisão em transliterada e personalizada, em seguida vem as subdivisões, sendo específica,
adequada e bimodalizada: Libras aportuguesada e português sinalizado.
Veja a apresentação na tabela 3.:
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TAB.3 – Funções e os Avultamentos
FUNÇÕES: Tradução – Interpretação – Guiainterpretação.
Estas estão dentro de uma tradução interlingual, comumente utilizada em línguas de sinais e em línguas orais.
Nesse caso da Libras para a língua portuguesa e vice-versa.
AVULTAMENTOS: Transliterada e Personalizada: Específica, Adequada e Bimodalizada.
Dentro do contexto social, múltiplas deficiências associadas à surdez e histórico-político-educacional, é que
surge a necessidade dos avultamentos.
DIVISÃO:
Transliterada é: Passar a fala do emissor para a língua portuguesa, sem interpretá-la, falando exatamente o
que foi dito, com os mesmos termos e palavras, e a mesma entonação.
Forma de comunicação é a repetição do português falado para o português oralizado, a fala ampliada ….
Público alvo provável: surdo com aparelho de áudio acoplado a um implante coclear, surdo oralizado puro ou
com deficiência auditiva leve, usuários do Tadoma como forma de comunicação e o cegosurdo
Tradução Intralingual
Personalizada é: A forma de adaptar a atuação do TILSP de forma a atender a um maior número de
surdos/surdocegos de maneira satisfatória, tendo em vista as diferentes formas de comunicação.
SUBDIVISÃO:
Personalizada Específica:
Forma de comunicação: Libras-Tátil, Alfabeto Manual-Tátil, Escrita na palma da mão, Por digitação em
máquina de Braille, Fala Ampliada, Loop, Placas de comunicação, Sistema Malossi, Moon e Lorm, Código
Morse, Braille manual, Forma personalizada ou única de comunicação.
Público Alvo provável: surdocego
Tradução Intralingual, Interligual e Gestual
Personalizada Adequada:
Forma de comunicação: gestualidade, sinais caseiros e Forma personalizada ou única de comunicação.
Público Alvo provável: surdos/surdocegos que não tiveram uma devida socialização, não tendo domínio da
Libras nem da língua portuguesa.
Personalizada Bimodalizada:
Forma de comunicação: Português Sinalizado ou Libras aportuguesada.
Público alvo provável: surdos e surdocegos
(As funções do TILSP e os avultamentos necessários à realidade comunicacional dos clientes utentes)
A tabela 3 (Funções e os Avultamentos) traduz uma realidade escolar, a das abordagens educacionais utilizadas no
processo histórico, segundo FERREIRA-BRITO (1993: 45) o Oralismo e a Comunicação Total, que pelas quais
surgiram diferentes modos de comunicação entre alunos e professores dentro das escolas, traduzindo-se em na
multiplicidade de formas de comunicação (Marchesi 1987 apud Góes 1996: 41). Esse fato influenciou a forma de
comunicação dos hoje adultos surdos.
Ocorre que os surdos, mesmo de escolas e de abordagens educacionais diferentes, quando se encontra se entendem e
tomam para si a Libras como forma única de se comunicar, uma comunicação natural, o que não ocorre quando da
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tradução, pois os surdos vêm a língua portuguesa e seus conteúdos com maior atenção e preocupação em entendêlos, o que não acontece em encontros entre surdos, onde apenas a língua de sinais é reinante.
Entretanto, independentemente da forma de comunicação utilizada, o surdo e o surdocego não pode sofrer
discriminação não sendo atendido por um TILSP. Todos devem ser atendidos, segundo o art. 10º do capítulo III do
Código de Ética, o intérprete deve observar e identificar o nível de comunicação (Sander 2002: 132).
Outra diferença é que o TILSP interpreta sons que interfiram no ambiente, sons que façam parte do discurso,
ruídos/barulhos (celular tocando, algo que caiu, gritos, etc.) e sons onomatopeicos, ou seja, traz ao relevo todos esses
sons/ruídos, a fim de contextualizar o cliente, enquanto o intérprete de língua oral não usa essa estratégia, pois seus
clientes escutam esses ruídos.
5. TILSP SURDO.
Há alguns anos tem-se visto a participação de surdos em cursos para formação de tradutores, intérpretes e
guiaintérpretes, e também a atuação de surdos como intérpretes de língua de sinais para língua de sinais e como
guiaintérpretes. E mais recentemente a participação de muitos surdos em cursos de língua de sinais estrangeira.
Assim se prepara para atuar interpretando da Libras para uma língua de sinais de outro país.
A atuação do surdo com a interpretação da língua de sinais é necessária em eventos internacionais de
surdos/surdocegos, quando interpretam da língua de sinais nacional para a língua de sinais do surdo estrangeiro. Em
São Paulo houve diversos eventos em que estiveram presentes surdos da Suécia, França e outros países, e ali surdos
intérpretes fizeram a interpretação da Libras para a LSS (língua de sinais da sueca), LSF (língua de sinais francesa) e
sucessivamente, e no palco ficaram presentes o TILSP ouvinte, para surdos brasileiros, quatro TILSP surdos para os
convidados suecos, franceses e outros, sentado na plateia, posicionado frente a cada um dos surdos intérpretes,
estava o intérprete ouvinte, do qual os surdos recebiam a mensagem do orador e a interpretavam para seus clientes
estrangeiros.
Vejamos o processo de interpretação, na tabela 4.:
TAB.45 - Profissional Surdo
TILSP
Intérprete ouvinte
5
Língua < > Língua
LO < > LS
TILSP
---------------
Língua<
>Língua
---------------
Público
Surdos brasileiros
A sigla LO refere-se à línguas orais, LS línguas de sinais e LStátil, língua de sinais tátil.
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Guiaintérprete
ouvinte
Intérprete
ou surdo
LO < > LStátil ou outra --------------forma de comunicação
ouvinte LO < > LS
---------------
Surdocegos brasileiros
Guiaintérprete LS < > LStátil ou Surdocegos brasileiros
surdo
outra forma de
comunicação
Intérprete ouvinte LO < > LS
Intérprete
LS nacional < > Surdo estrangeiro
ou pessoa fluente
surdo
LS estrangeira
em LS
(Representação do processo de atuação do profissional surdo)
O processo para atuação do profissional surdo se dá a partir do trabalho de um profissional intérprete, ou alguma
pessoa fluente em língua de sinais, assim o profissional surdo interpreta a partir da atuação do profissional intérprete,
transmitindo a mensagem para o surdocego, quando atuando como guiaintérprete ou transmitindo a mensagem para o
surdo estrangeiro, quando atuando como intérprete.
É comum que após o evento, os convidados internacionais, surdos, saiam para passeios turísticos e o intérprete surdo
atua também como cicerone.
Ocorre também em casos em que o intérprete ouvinte não tem muita experiência com o trabalho e nem a fluência
necessária para a atuação, e ainda quando um ouvinte, sem a competência tradutória mas com alguma fluência em
língua de sinais, logo nesses dois casos também o surdo habilitado atua como intérprete ou guiaintérprete, sendo que
o ouvinte fica na posição em frente ao TILSP surdo, e vai passando a mensagem para ele, que interpreta essa
mensagem para a língua de sinais. Um entrave para esse tipo de atuação é que as vezes o ouvinte, pela falta de
fluência, retransmite a mensagem de maneira falha, levando o surdo intérprete ao erro. Sendo assim o ideal é que o
surdo intérprete atue em parceria com um TILSP e não com uma pessoa que saiba a Libras, porém sem muita
fluência e sem competência tradutória. Esse formato de interpretação não é o ideal, mas necessário em circunstâncias
emergenciais.
Os intérpretes surdos são os melhores intérpretes no casos em que a interpretação seja para uma criança surda, que
usa um vocábulo infantil em Libras, o que se constituí em um problema para muitos dos profissionais ouvintes.
Alguns intérpretes ouvintes também têm dificuldade em interpretar para surdos adultos que não tiveram uma
socialização adequada, e não sabem Libras nem língua portuguesa, e nesses casos o TILSP surdo é requisitado.
Como exemplo dessa atuação, trago casos reais, o primeiro ocorrido em uma audiência judicial, onde a menina surda
sofreu alguma forma de abuso e aceitou apenas uma profissional surda, pois além de entendê-la melhor ainda era do
mesmo gênero, trazendo maior tranquilidade. Outro caso comum é o de prisão de surdos adultos que utilizam gestos
ou sinais caseiros, e nesse meu caso, o juiz fazia o questionamento que era interpretado pelo intérprete ouvinte para
o intérprete surdo, que em seguida interpretava para o réu surdo, então o réu respondia para o intérprete surdo que
repassava em Libras para o intérprete ouvinte que por sua vez interpretava oralmente para a língua portuguesa para o
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meritíssimo juiz. Ou seja, o intérprete ouvinte lidou com o juiz e as partes com seus respectivos advogados, enquanto
que o intérprete surdo lidou com o cliente utente culminando em um trabalho de grande eficácia.
Em todos os casos o Fórum Judicial, Delegacia Policial ou outro órgão público, contrata dois intérpretes Libras, um
surdo e outro ouvinte, remunerando a ambos, sendo necessário fazer uma justificativa e protocolar na secretaria do
órgão, antes da audiência.
Os surdos oralizados, mesmo que não tenham a formação como tradutores intérpretes, tradicionalmente servem à
outros surdos, como tradutores intérprete, ou seja, eles fazem a leitura labial e retransmitem, de forma consecutiva, a
mensagem ao surdo, assim como de textos escritos para a Libras e vice-versa, nas mais diversas situações.
6. CONCLUSÃO.
Em suma, a tradução e interpretação de Libras e língua portuguesa, para atendimento ao surdo e surdocego, está
sempre crescendo, e ainda assim sempre abrem novas vagas no mercado de trabalho. Para tanto, os TILSP deve se
preparar, conforme a necessidade, e estar sempre buscando novas formas de identificar a forma de comunicação de
seu cliente.
Para suprir à grande demanda, o governo do Brasil, deve seguir com os cursos de bacharelado em letras,
habilitação em Libras. Os surdos, enquanto profissionais da área, têm também tanto espaço quanto o profissional
ouvinte, e a união trará bons resultados à ambos.
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