Bloco quer respostas de emergência imediatas para o distrito de

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Bloco quer respostas de emergência imediatas para o distrito de
Site Distrital de Aveiro - Bloco de Esquerda
Bloco quer respostas de emergência imediatas para o distrito de Aveiro
25-Jun-2008
Despedimentos na Rohde e no grupo da marca Aerosoles agudizam a crise no distrito de Aveiro
No mesmo dia em que Manuel Pinho esteve em Ílhavo dizendo aos empresários do distrito de Aveiro «Podem contar
comigo no que estiver ao meu alcance», na imprensa relançava-se a hipótese de despedimentos massivos na Rohde e na
Aerosoles, do grupo Investvar (grupo com 28 empresas a si associadas). O Bloco de Esquerda exige também que o
Governo Sócrates trace um plano de emergência para estancar o desemprego e as consequências do desemprego no
distrito de Aveiro.
Nesse mesmo dia em que Manuel Pinho - ministro da Economia e cabeça de lista do PS pelo distrito de Aveiro, em 2005
– se prometeu em noivado com os empresários do distrito de Aveiro, anunciava-se que a Rohde poderia
despedir 500 trabalhadores, ao mesmo tempo que o grupo Investvar (da marca Aerosoles) admitia poderem proceder a
despedimentos.
Na verdade, Manuel Pinho já tinha sido alertado para a situação na Rohde e para a situação no grupo Investvar há muito
tempo por parte de requerimentos entregues pelo Bloco de Esquerda. O que é certo é que até agora nada se viu de
políticas activas para impedir que, sob a justificação de reestrutração empresarial, estas empresas despeçam muitas
centenas de trabalhadores que engrossarão os já muitos desempregados no distrito de Aveiro.
Num país em que 350 mil pessoas são obrigadas a ter mais do que um emprego para suportar o custo de vida; num país
em que 20% da população vive já abaixo daquilo que é o limiar da pobreza; num país em que quase meio milhão de
portugueses estão desempregados (e desses, mais de 40% não recebem subsídio de desemprego ou qualquer outro tipo
de apoio social); num país em que 1,8 milhões de portugueses vivem sob regimes laborais de precariedade... dizer que
os empresários podem contar com o Ministro da Economia parece muito pouco, intoleravelmente pouco... E demonstra
que o sr. Ministro coloca-se sempre do lado errado da emergência social.
O Bloco de Esquerda exige que Manuel Pinho venha a público comentar os casos da Rohde e da Aerosoles. O Bloco
de Esquerda exige também que o Governo Sócrates trace um plano de emergência para estancar o desemprego e as
consequências do desemprego no distrito de Aveiro.
É preciso mais fiscalização sobre as falências e insolvências (verificando-se da sua fraudulência ou não), mais
fiscalização a este tipo de reestruturações empresariais que acabam sempre em despedimentos; é preciso criar
impedimentos para as deslocalizações das multinacionais. Ao mesmo tempo que é preciso criar novas formas e regimes
de apoio social extraordinários para os milhares de desempregados que se vão multiplicando.
Para o Bloco de Esquerda, nem o IAPMEI nem o Governo devem aceitar planos de reestruturação que são realizados por
empresas de consultadoria que protagonizam modelos de desenvolvimento que atentam os direitos dos trabalhadores.
Como exemplo temos o caso da Rohde, que tem como empresa de consultadoria a Roland Berger, com um historial
particular sobre despedimentos de trabalhadores quando privatizou uma séria de empresas públicas na Alemanha, e
cujo Presidente afirmou recentemente que é uma ninharia um gestor de uma empresa receber 75.000 euros como
salário mensal. Este tipo de empresas de consultadoria não aufere qualquer tipo de viabilidade social e de protecção aos
direitos dos trabalhadores. É intolerável que o Governo aceite um plano de reestruturação que castiga os trabalhadores de
uma empresa quando esta se tornou insolvente por má gestão administrativa.
Sócrates e o Governo PS fizeram uma lei restritiva de acesso ao Subsídio de Desemprego e hoje, o que vemos, são mais
desempregados sem subsídio, empobrecendo porque o Estado lhes retirou a assistência social. O Governo tem que
reverter esta situação e garantir que nenhuma pessoa em Portugal viva abaixo do limiar da pobreza pelo simples facto de
ter perdido o seu emprego, situação que é, na esmagadora maioria dos casos, alheia ao trabalhador.
http://antigo.aveiro.bloco.org
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