BOA NOVA: O CONTEXTO DO EVANGELHO DE MATEUS
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BOA NOVA: O CONTEXTO DO EVANGELHO DE MATEUS
MENSAGEM À COMUNIDADE BOA NOVA: O CONTEXTO DO EVANGELHO DE MATEUS A comunidade de Mateus, formada predominantemente por judeuscristãos empobrecidos, faz constantes referências a textos do Antigo Testamento para mostrar que a vida e a missão de Jesus têm profundas raízes no povo eleito. As elites da época imaginavam um Messias que reunisse traços de nacionalismo, legalismo, dominação sobre os outros povos e triunfalismo. Propagavam uma divindade, portanto, violenta e castigadora. A “justiça” ensinada por essas lideranças, entre as quais se incluíam os fariseus, consistia em uma observância mecânica da Lei. Isso implicava no rigoroso pagamento de taxas e impostos ao Templo; práticas ritualistas que se resumiam às aparências; a lei do puro e do impuro; a “teologia da retribuição”, à luz da qual as pessoas ricas e saudáveis eram vistas como justas e recompensadas por Deus e as pessoas pobres eram consideradas como culpadas por suas desgraças. Muitos pobres não tinham condições para estar de acordo com as exigências religiosas. Jesus faz uma interpretação da Lei bem diferente e acusa escribas e fariseus de transformá-la em mandamentos humanos a serviço dos grupos dirigentes. Ele afirma que não veio mudar a Lei, mas dar-lhe pleno cumprimento, e que a justiça a ser praticada precisaria superar a noção de justiça dos doutores da Lei (Mt 5,17-20). Ele não enfatiza os detalhes, o legalismo e as aparências, mas diz que é necessária a misericórdia (23,23); seu critério fundamental para a justiça é a solidariedade com os pobres, como mostra a cena do Juízo Final (25,31-46). Ele fez uma inversão no que os escribas pregavam e proclamou os pobres, então considerados “malditos”, como bemaventurados. Jesus também ultrapassa as expectativas messiânicas reféns da forma distorcida de interpretação das promessas do Antigo Testamento. Por essas razões, Jesus foi condenado à cruz. As pessoas que compunham a comunidade de Mateus – em contraposição às lideranças religiosas de então, que se consideravam o autêntico Israel – compreendiam-se como os verdadeiros continuadores das esperanças da Antiga Aliança. Por isso, entre outras coisas, a genealogia de Jesus que apresentam remonta a Abraão e Moisés, mas contém pessoas excluídas. Elas insistem com firmeza que o Jesus morto na cruz, escândalo para os judeus fariseus, é o legítimo Messias, Emanuel – Deus conosco –, e o Mestre da Lei, baseada na justiça e na misericórdia. Ele é apresentado como o Messias dos excluídos. Por meio da palavra e da ação de Jesus, criticam a sociedade do Império Romano e dos judeus fariseus, fundamentada na opressão. A “lição de ontem” nos auxilia a refletir o hoje. Atualmente persiste o problema da pobreza e da miséria em nosso país e no mundo, bem como persistem compreensões da pobreza como culpa (dos pobres), como fruto de preguiça (comodismo), e não de um sistema injusto e excludente. Também entre os que professam a fé cristã há muitos que pensam assim. Que a leitura e a compreensão do Evangelho de Mateus nos ajudem a nos solidarizar com os pobres e a ser firmes e coerentes na colaboração concreta, como cristãos, para superação das injustiças sociais e o testemunho de uma autêntica vida evangélica. Fonte: Adaptado da Revista Vida Pastoral, nº 298 (Setembro/Outubro 2014) PG 2 NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL PENSANDO NA VIDA DE FÉ A SAGRADA ESCRITURA Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração. (Hb 4,12) E stamos no mês da Bíblia (= Biblioteca), nosso livro sagrado, contendo mensagens e ensinamentos inspirados por Deus, grafados em línguas antigas (aramaico, hebraico e grego) pelos hagiógrafos ao longo de mais de 1200 anos. Os originais se perderam, porém o fruto paciente da vida de monges medievais, dedicada à cópia manual dos antigos textos bíblicos, possibilitou a fiel restauração de expressiva parcela da Escritura original. A Igreja analisou cuidadosamente numerosos fragmentos que se conservaram dessas cópias, classificou-os e apartou dezenas de livros (considerados apócrifos). Resultou desse trabalho o cânon da Bíblia católica, com 46 livros do Antigo Testamento (em hebraico e aramaico) e 27 do Novo (em grego). No século IV, São Jerônimo elaborou a Vulgata, tradução latina primorosa dos manuscritos originais e referência para pesquisas bíblicas posteriores. A variedade existente de versões da Bíblia, às vezes dificulta sua escolha. Embora a recomendação do imprimatur (= imprima-se), concessão de publicação dada por autoridade competente do Magistério da Igreja, o importante é que todos acessem a Palavra de Deus. É complexo interpretar a Bíblia, pela sua origem numa cultura antiga, distante e diferente da nossa, e por se exprimir usando formas literárias diversas: histórias, biografias, poemas, provérbios, frases, cartas, leis, instruções, etc. A Bíblia não é ficção literária, nem obra científica ou filosófica, nem relato jornalístico, mas testemunho da obra e ação de Deus. A Reforma Protestante adotou a sola scriptura (a Bíblia como fonte única da fé) e o livre exame (aceitando interpretações múltiplas). Nós, cristãos católicos, aceitamos três fontes: a Escritura, a Tradição Apostólica e o Magistério da Igreja. Cumpre ao Magistério, assistido pelo Espírito Santo, realizar de modo responsável (cf. Lc 10,16) a interpretação dos textos sagrados (cf. Jo 16,13) e incentivar a leitura orante da Palavra de Deus. A Bíblia é toda centrada em Jesus: o Antigo Testamento anuncia a Sua vinda, e o Novo apresenta e revela Sua pessoa e os mistérios da Salvação, entremeado por respostas a questões instigantes, como o sentido da vida, a busca da felicidade, os obstáculos à bondade, a presença do mal no mundo. A Boa Nova – Caminho, Verdade e Vida – é também o melhor modo de lutar contra o Mal e o melhor instrumento que existe para educar, catequizar e evangelizar. Manusear a Bíblia permanece um desafio para os cristãos católicos. Uma recomendação é iniciar pelos Evangelhos e cartas, que formam o núcleo essencial da Bíblia, uma vez que se referem diretamente a Jesus. Prossegue-se pelos livros mais acessíveis do Antigo Testamento: os Salmos, inspiração para orações; e os livros sapienciais, plenos de conselhos práticos; termina-se estudando, com orientação, os livros mais complexos, como alguns Profetas e o Apocalipse. Adquire-se intimidade com a Escritura praticando sua Leitura Orante: após pedir iluminação ao Espírito Santo, percorrem-se 5 etapas: (a) leitura – deixamos Deus nos falar; (b) meditação – pensamos no que Deus quis dizer; (c) oração – respondemos àquilo que Deus falou; (d) contemplação – descobrimos qual conversão Deus deseja de nós; (e) ação – colocamo-nos a serviço dos irmãos, deixando a Palavra agir. Neste mês da Bíblia, de preferência diariamente e em família, exercitemos a Leitura Orante da Palavra de Deus. Leituras complementares: Verbum Domini – exortação apostólica sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja (Bento XVI) http://goo.gl/UMLVvI A interpretação da Bíblia na Igreja – documento da Pontifícia Comissão Bíblica http://goo.gl/YWg9yX NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL A PASTORAL PAROQUIAL ASSEMBLEIA PAROQUIAL N o dia 17 de Agosto, os agentes de pastoral estiveram reunidos para realização da Assembleia de Pastoral da Paróquia. Após abertura orante, o padre Ney de Souza fez uma motivação a partir da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, cujos focos eram os desafios da cultura atual à missão evangelizadora e as tentações dos agentes de pastoral no exercício de seu ministério. Em seguida o padre Edson Donizete retomou as indicações pastorais propostas para o ano pastoral e a Assembleia definiu os seguintes passos: 1 2 Reorganização da vida litúrgica; Sensibilização e inovação para os ministérios (ad intra e ad extra); 3 Formação com estudo aprofundado da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium e do Documento 100 da CNBB, Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. O primeiro encontro para o estudo sistemático dos documentos citados será no dia 06 de Setembro, às 17h, no salão superior da paróquia. PASTORAL DO DÍZIMO O Dízimo expressa gratidão a Deus e partilha com a comunidade. Só Deus é o Senhor de todas as coisas e fonte de toda a criação. Tudo que temos, dele recebemos. Todo bem que chega a nós, vem pela Providência Divina. Assim, demonstrações de amor sem limite como as que o Pai nos manifesta, nos fazem entender que, de nossa parte, precisamos conferir às nossas iniciativas sentidos que tentem corresponder à beleza de seus atos. Portanto, não façamos da prática do Dízimo um simples ato de pagamento, como de uma taxa ou de um imposto. O Dízimo precisa ser algo que prazerosamente se oferece, envolvido por sentimentos de gratidão a Deus, sabendo-se que permitirá promover a partilha dentro da comunidade. O Dízimo nos faz crescer em espiritualidade. Com alegria comunicamos a adesão dos novos dizimistas: Talita Maria Defaro Bertolani e Deise Gottardo de Oliveira. Que Nossa Senhora da Esperança lhes proteja sempre! PRESENÇA DO NOVO BISPO FORMAÇÃO LITÚRGICA D ando continuidade à Formação Litúrgica para as equipes da comunidade, nosso próximo encontro ocorrerá no dia 20 de Setembro, às 17h. A participação é aberta a todos e visa renovar e reorganizar a liturgia paroquial, que nos ajuda a celebrar o mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo, além de outros sacramentos e sacramentais. SOLIDARIEDADE A N o dia 24 de Agosto, na missa das 11h, a comunidade recebeu a visita de Dom José Roberto, bispo auxiliar para a Região Episcopal Ipiranga. Celebrando os 75 Anos do Amparo Maternal, a partilha na Ceia Eucarística foi um momento singular para a comunidade paroquial ter um contato mais próximo com a simpatia, a simplicidade, a pregação e o jeito de pastorear de Dom José Roberto. Torcedor do São José Esporte Clube, de São José dos Campos, não deixou de acenar para uma missão que é de todos nós: evangelizar como discípulos missionários de Cristo! tendendo às dimensões social e missionária do Dízimo, a paróquia vem ajudando desde longa data inúmeras necessidades de instituições, obras sociais, comunidades de periferia, etc. É conhecido de todos da comunidade paroquial o auxílio oferecido às comunidades de Itaquaquecetuba, Cocaia, Amparo Maternal, Creche e Povo de Rua no Glicério, entre outras. Ultimamente, com o aval do Conselho Administrativo Paroquial, a paróquia está ajudando outra comunidade paroquial, a Paróquia São Bernardo de Claraval (fundada em 13 de Dezembro de 2007), que fica na Vila Liviero, Rua Aratimbó, 98, e cujo pároco é o Padre Antônio Luciano de Lima, a adquirir um imóvel que sirva como casa paroquial. O espaço onde hoje os padres que trabalham naquela comunidade são acolhidos, que não é apropriado para ser uma moradia, será usado pela comunidade para o trabalho pastoral e evangelizador. CALENDÁRIO PASTORAL PAROQUIAL Semana Dia Atividade Local Horário Terça-feira 02 Conselho Administrativo Paroquial Salão Superior 18h30 Sábado 06 Estudo: Evangelii Gaudium Salão Superior 17h Terça-feira 09 Missa da Catequese Igreja 20h15 Terça-feira 16 Conselho Pastoral Paroquial Salão Superior 20h30 Sábado 20 Formação Litúrgica Salão Superior 17h Sexta-feira 26 Pastoral do Dízimo Sábado 27 Preparação para Batismo Salão Paroquial 8h30 às 12h Domingo 28 Encontro Pastoral da Amizade Igreja/Salão 11h às 17h Celebração do Batismo Igreja 9h30 Padres do Setor Santa Rita de Cássia 9h Conselho Pastoral Setor Santa Rita de Cássia 20h30 Terça-feira 30 20h30 PG 3 PG 4 NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL A PASTORAL PAROQUIAL 43 ANOS EVANGELIZANDO DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA! PASTORAL DO BATISMO PARA QUE PEDIR ALGO A DEUS? “S omos membros uns dos outros” (Ef 4,25). O fruto do Batismo é uma realidade rica que comporta o nascimento para uma vida nova, nos tornando membros do Corpo de Cristo e templos do Espírito Santo. Nas celebrações de Julho e Agosto foram batizados na comunidade 4 adultos (Edvilma, Paula Regina, Rodrigo e Chang Ya) e 43 crianças (Carlos Henrique, Matheus, Alicy, Jamily, Joaquim, Manoela, Alice, Laura, Caroline, Mayra, Julia, Cecília, Maria Clara, Henrique, Gabriela O., Gabriela K., Theo, Enrico, Davi e Pedro Tonizzo, Sofia Cavalcanti, Nicholas Sosa, Enzo José, Maria Clara, Alice, Clara, Bernardo, Pedro Vaz, Manuela, Eduardo, Pedro Henrique, Bárbara, Miguel Atra, Miguel Pereira, Bento, Maria Luisa, Pedro Davi, Maria Fernanda, Davi Alonso, Fellype, Bianca, Davi Volpi e José Lucas). VOLUNTARIADO O trabalho voluntário é um bem que faz bem! Confira as ações da ONG A Gente Ajuda (www.agenteajuda.org.br). ATENDIMENTO DOS PADRES E CONFISSÕES LIGAR PARA A SECRETARIA (11) 5531-9519 Terça-feira À tarde Pe. Boim Quarta-feira À tarde Pe. Boim Quinta-feira À tarde Pe. Edson Sexta-feira À tarde Pe. Boim Sábado À tarde Pe. Edson A frustração é uma situação existencial que rodeia a trajetória de qualquer ser humano. Cada pessoa lida com fragilidades cotidianas às quais nem sempre consegue fazer frente. Estamos acostumados a dirigir nossos pedidos a Deus de maneira tão superficial e interessada que, provavelmente, temos de aprender de novo o sentido e a grandeza da súplica cristã. Para alguns, parece-lhes indigno rebaixar-se para pedir alguma coisa. O ser humano é responsável por si mesmo e por sua história. Mas, mesmo sendo isto verdade, também é verdade que nós humanos vivemos do amor de Deus. E reconhecer isto significa arraigar-nos em nossa própria verdade. Para outros, Deus é algo demasiado irreal. Um ser longínquo que não se preocupa com o mundo. De um lado, estamos nós, submersos no “labirinto das coisas terrenas”, e, de outro lado, Deus em seu mundo eterno. E, não obstante, rezar a Deus é descobrir que Ele está do nos- so lado contra o mal que nos ameaça. Suplicar é invocar a Deus como graça, libertação e força para viver. Mas é precisamente nesse caso que Deus nos parece muito fraco e impotente, pois não atua nem intervém. E é certo que Deus não pode tudo. Ele criou o mundo e o respeita tal como é, sem entrar em conflito com ele. Fez-nos livres e não anula nossas decisões. Os acontecimentos do mundo e a nossa própria vida não são algo fechado. E a súplica já é fecunda em si mesmo, porque nos abre a esse Deus que está trabalhando nossa salvação acima de todo mal. Se rezamos a Deus, não é para que Ele nos ame mais e se preocupe conosco com mais atenção. Deus não pode amar-nos mais do que nos ama. Somos nós que, ao rezar, descobrimos a vida a partir do horizonte de seu amor e nos abrimos à sua vontade salvadora. Não é Deus que deve mudar, somos nós. Fonte: PAGOLA, Jose Antonio. O caminho aberto por Jesus. Petrópolis: Vozes, 2013. ATENDIMENTO DA SECRETARIA: Segunda, das 13h30 às 17h30. Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Sábado, das 13h30 às 17h30. E-mail da Secretaria: [email protected] Acesse o site www.paroquiansesperanca.org.br NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL Ano XVII – Edição 190 – Setembro/2014 Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Paulo (11) 7733 6247 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA Endereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema São Paulo, SP • CEP 04517-050 Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]
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