editorial - Paróquia da Maia

Transcrição

editorial - Paróquia da Maia
ANO XXVI ▪ Nº 286 ▪ NOVEMBRO 2015 ▪ PREÇO AVULSO 0,50€
EDITORIAL
Por vezes,ouvimos esta expressão: "Estamos noutros
tempos. A Igreja é diferente."
E cada um dá-lhe o significado que lhe apetece
ou o verdadeiro significado que, o Concílio Vaticano
II propôs. Agora é diferente porque é de participação.
Tempos passados parece que tudo estava estruturado
e, em cada dia e ano, fazia-se igual, mantinha-se uma
"tradição" que pouco tinha de novidade. Exigia-se mais
obediència do que participação. A Igreja passou a ser
chamada Povo de Deus, a grande e extradordinária
definição do Concílio.
Pensar que se é Povo de Deus leva a avançar e a
sentir--se responsável em tudo. O cristão não pode ter
a veleidade em dizer: "Isso não é comigo, pois tenho
mais que fazer" mas dizer: "O que é que posso fazer?
Jesus disponha de mim...Eis-me aqui, Senhor" Assim
fez S. Paulo depois da sua descoberta de Cristo, que
ele perseguia nos seus seguidores. E Jesus aponta o
que devemos ser e fazer. O verdadeiro crente procura
escutar o Senhor e escutar os que Ele põe à frente da
Sua Igreja.
Convertidos a Cristo, daremos as mãos na
descoberta da Sua vontade e na fidelidade ao que Ele
nos pede.
Estamos num tempo em que se propagandeia a falta
de emprego, o número de desempregados aumenta, ...e
se tenta colocar núvens espessas diante dos jovens e
adultos... e aparece um grupo que diz resolver todos os
problema que nos afetam, como se de novos messisas se
tratassem...percebe-se tudo isto, e muito mais, quando
parámos para refletir.
Na Igreja, na Paróquia, ninguém pode colocarse à margem e dizer que nunca é chamado ou, para
se desculpar por nada fazer afirmar : "São sempre os
mesmos que são convidados".
Todos somos chamados à conversão ao projecto
do Senhor Jesus a que o Papa Francisco traduz "por
ir até às periferias anunciar a mensagem recebida" e a
sua vivência como Povo de Deus, feliz na Fé. Pelo que
fizermos daremos a conhecer a Fé que nos anima.
Que este ano pastoral renove a nossa paróquia. Que
todos digamos a uma só voz. com a alegria que nos vem
da fé: A Alegria do Evangelho é nossa missão - Felizes os
PDJ
misericordiosos."
s . miguel da maia
▪ 1
CONSULTANDO A HISTÓRIA
Continuamos a leitura das orientações dadas em agosto
de 1744 pelos representantes do Balio de Leça, em visitação a
esta freguesia de S. Miguel de Barreiros, recomendando desta
vez que não se sigam as ordens da diocese do Porto sem antes passarem pela Baliagem de Leça (Ordem de Malta):
“E refletindo nós que esta Igreja e freguezia he unida in
solidum à Baliagem de Leça e pertença do mesmo couto, e se
conserva livre e izenta da jurisdição dos ordinarios por ser
nulius diosesis e estar em tudo sogeita a jurisdição da Sagrada Relligião de Malta e seus Menistros. Em que a concervação
desta izenpção pende muito de a observarem e cumprirem
os Parochos e subditos da mesma Sagrada Relligião mandamos ao Reverendo Parocho e mais pessoas ecleziasticas e
seculares desta freguezia de qualquer qualidade e condição
que sejão não cumprão nem dem a execussão ordens algumas nem mandados dos ordinarios nem de outros quaisquer
Menistros ecleziasticos sem primeiro serem cumpridas pelo
Reverendo Doutor Provisor e Vigario geral deste couto sob
pena de excomunhão mayor ipso facto (…)”
1 Elementos da hierarquia diocesana
2 Nullius diocesis-não dependente de nenhuma diocese
Maria Artur
Um plano para todos
Procurando dar continuidade
ao artigo escrito na edição anterior deste Boletim, e consequência
aos planos e objetivos traçados para
este Ano Pastoral, a Catequese da
Maia procurou levar a cabo, durante o mês de Outubro, duas atividades diferentes, ambas com objetivos
bem específicos. Desta forma, no passado dia 24/Outubro,
o tema da Catequese para todos os catequizandos dos 4º
a 11º anos foi a Eucaristia. Com um guião para os 4º a 6º
anos, e outro para os 7º a 11º anos, com dinâmicas devidamente adaptadas às faixas etárias envolvidas, assim, em sintonia, dedicamos as nossas sessões de Catequese deste dia a
procurar aprofundar este tema.Questionamos muitas vezes
sobre o porquê de as nossas assembleias nas celebrações da
Eucaristia parecerem “envelhecidas”, com falta de crianças,
adolescentes e jovens. Urge fazer algo para procurar combateresta tendência, que se vem provavelmente acentuando
nos últimos anos. Por isso, enquanto catequistas, sentimos
essa necessidade. Essa necessidade de, com as nossas limitações, e muitas vezes apenas com o testemunho da nossa Fé,
lhes transmitirmos a beleza da Festa da Eucaristia. A Festa
da Eucaristia, como sabemos, trata-se de uma celebração, de
uma Festa, “recheada” de rituais e simbologias, todos eles
CALENDÁRIO DAS FESTAS DA CATEQUESE
com uma razão de ser e de existirem específica. Começar
por procurar compreendê-los e aprofundá-los, passo a passo, é provavelmente fundamental para este caminho de conversão. Para que os mesmos possam ser realizados, não por
rotina mas por convicção.
Por outro lado, neste mesmo dia, realizou-se um pequeno Encontro Geral de Catequistas, onde dominaram, essencialmente, a comunhão e a partilha. De tal forma que, provavelmente, se tivéssemos oportunidade, ali nos manteríamos
"agarrados" por mais um bom período de tempo.Congregar
o grupo de Catequistas, proporcionar a criação de laços entre
todos, é outro objetivo muito importante para o qual nos
queremos empenhar. Sem isso, que exemplo de comunhão
transmitimos aos nossos catequizandos? Neste encontro,
onde foi possível reunir 37 dos 48 catequistas do nosso Grupo atual, dedicamo-nos a aprofundar alguns excertos da recente entrevista do Papa Francisco à Rádio Renascença, mediada pela locutora Aura Miguel, tendo sido a primeira vez
que um Papa falou em exclusivo a um meio de comunicação
social português. De entre as várias ideias partilhadas, numa
entrevista muita rica, destacaria os 3 “idiomas” referidos pelo
Papa para um Encontro verdadeiro com Jesus:
Pensar o que se sente e o que se faz.
Sentir o que se pensa e o que se faz.
Fazer o que se sente e o que se pensa.
Sermos coerentes entre aquilo que pensamos,
sentimos e executamos
torna-se portanto fundamental para um bom
testemunho na Missão
que
desempenhamos.
Não só catequistas, mas
todos os cristãos. Contribuir para um Mundo
melhor, mais verdadeiro,
mais justo, mais harmonioso, depende de todos
nós. Mesmo que o nosso
empenho não se traduza
em mais que uma gota
num oceano. Mas o oceano será menor se lhe
faltar essa gota
João Bessa
2
▪
s . miguel da maia
BOM DIA!
Bom dia, mas, a sério, já que os ventos que sopram e o ar que se respira neste momento em
Portugal, fazem-nos recear o pior e o escuro.
O Bem Comum constitui a base e o objetivo dos comportamentos dos que mandam – dos que
querem mandar! – na nossa terra. Só a maior, repito a maior parte deles nunca soube o que era isso de
Bem Comum. E a prova, está mais que à vista. É ver o que se passa: projetos estruturais das forças em
terreno que se esboroam em bonitas intensões quando a areia do Poder começa a perder-se.
Não estamos bem. Não vamos bem. Precisamos de gente nova competente e generosa. Apresentei
há dias um rico livro com o título: “Ode ou Requiem?”. É tempo de escorraçar medos e cantar futuro,
logo com medos e cantar futuro, logo com melhor presente. Só assim, poderemos fazer de cada dia um
BOM DIA!
Movimento Demográfico
Mês de Outubro
BAPTIZADOS
04 - Bruno sales Teixeira
- Guilherme Gomes Simões
- Maria Inês Marques da Silva
17 - Matilde Mendes Azevedo
18 - Beatriz Sofia Cortez Peixoto
24 - Tomás Quirós Dias
25 - Carolina da Silva Fernades
Pró - VOCAÇÃO, por vocação
“Olhou-os com Misericórdia”
A Semana dos Seminários decorre de 8 a 15 de Novembro, à luz do
tema “Olhou-os com Misericórdia”, que devemos entender em sintonia
com a dinâmica do Ano da Misericórdia proposto pelo Papa e também
com o lema do Plano Diocesano de Pastoral para este ano: “Felizes os
misericordiosos”.
Como recordámos no último jornal, o Plano pretende “consciencializar as pessoas, as famílias e as comunidades para o valor da vocação e
para a responsabilidade de serem promotoras das diferentes formas de
MATRIMÓNIOS
chamamento, nomeadamente as de especial consagração” e recomenda
03 - André Augusto Gomes Bento e
“Valorizar a dimensão vocacional de toda a pastoral, a partir da família
Mafalda da Silva Ribeiro
como «Igreja doméstica», sujeito ativo e protagonista da evangelização.”
24 - José Pedro Moreira Dias e
A mensagem do presidente da Comissão Episcopal Vocações e MinisMarta Sofia Pereira Queirós
térios para a Semana recorda que “O sacerdote, homem chamado e escoAntónio José da Mota Torres Rebocho e
lhido de entre os outros homens, é fruto do olhar misericordioso de Jesus,
Ana Isabel Pereira Martins
que quer salvar a todos. Não se trata de alguém perfeito, irrepreensível e
25 - José António Alves Fernandes e
santo, mas de alguém para quem o Senhor olhou com misericórdia, sem
Filipa Andreia Ferreira da Silva
explicação nem motivação compreensíveis”.
31 - Daniel Filipe Alves Martins e
Mais adiante, convida os jovens a entrar na contemplação do rosto miJoana Alexandra Nunes Correia
sericordioso de Deus que “os escolhe e os chama” e a aceitarem “humilÓBITOS
demente a sua condição de pecadores e necessitados” da misericórdia de
07 - Joaquina Conceição Teixeira Magalhães (79 anos) Deus que vai manifestar-se como “fonte de perdão e de salvação”. “Muitos
25 - Eurico António Teixeira (78 anos)
sentirão o apelo a andar com o Senhor e a aprender d’Ele, conhecerão a
29 - Felisbina da Silva Marques (90 anos)
vocação a que os chama e terão alegria e coragem para a seguir fielmente”,
da mesma forma que aconteceu com os convites de Jesus: “Sem explicações que satisfaçam a sua admiração e sem argumentos que respondam às suas interrogações, mas somente porque se
sentiram tocados pelo seu amor misericordioso, deixaram tudo e seguiram-n’O”, como Mateus, “um homem considerado
por todos como pecador”.
Combinando esta mensagem com os aspectos do Plano Diocesano atrás referidos, compreendemos então que, embora seja Deus a chamar, Ele fá-lo através de nós – pessoas, famílias, comunidade paroquial – pela forma como vivemos,
testemunhamos e fazemos presente o rosto misericordioso de Deus. Sermos a voz de Deus, que chama porque ama, é
responsabilidade que não podemos recusar ou esquecer e que assumimos sempre que exercemos a missão de ser “a alegria do Evangelho” no meio dos irmãos.
Que ninguém, e em especial os nossos jovens, possa dizer como os trabalhadores da vinha “Ninguém nos contratou”
ou, o que é o mesmo, ninguém nos “olhou com misericórdia”.
Equipa Paroquial Vocacional
Oração da Semana dos Seminários
Senhor Jesus,
Ao passares junto a nós,
Olhas-nos com misericórdia,
Chamas-nos e escolhes-nos.
Concede-nos a graça de, seduzidos,
Nos erguermos para Te seguir.
Que o Teu olhar misericordioso
Dê, aos sacerdotes, a fidelidade,
Aos seminaristas, amor à vocação,
Aos jovens, alegria para o caminho.
Senhor Jesus,
Concede a toda a Igreja,
Felizes e santas vocações sacerdotais.
Ámen
s . miguel da maia
▪ 3
CENTRO SOCIAL
S. Martinho
DIAS DE TODOS OS SANTOS E DOS FIÉIS DEFUNTOS
Montado em seu belo cavalo,
Capa vermelha, linda espada…
Assim seguia Martinho,
Leal soldado romano,
Serenamente pela estrada.
Triste manhã de novembro:
O frio gelava os corpos,
A chuva neles caía...
Um pobre abordou Martinho
E ao ver como ele tremia,
A própria capa tirou…
Dividindo-a em duas partes,
Uma ao pobre entregou.
Eo milagre aconteceu:
Em vez da chuva e do frio
O sol no céu raiou…
Martinho sentiuJesus
Que em seu coração tocou.
E o mês de Todos os Santos
Com mais um Santo contou.
Entre nós é hábito,
Com muita alegria, bom vinho,
Novas e doces castanhas,
Festejar o S. Martinho.
Ninguém pode ignorar a influência que os Santos tiveram e têm na sociedade onde
estamos inseridos e, principalmente, nas gerações ulteriores.
Os Santos são personagens históricas de ontem, de hoje e de sempre. Fazem parte
integrante da história da Igreja e não se podem dissociar da História Universal.
Oriundos das mais diversas origens, possuindo os mais variados graus de instrução e
cultura, vivendo e agindo em todas as épocas e circunstâncias, tiveram contudo uma característica fundamental segundo os talentos que a Divina Providência lhes confiou e nas
vicissitudes que preencheram a sua vida terrena e souberam, de um modo sublime, imitar
Jesus Cristo e orientar-se exemplarmente à luz dos critérios apontados pelo Evangelho.
Temos vindo a celebrar, no dia 1 de Novembro de cada ano, o Dia de todos os Santos, onde estão incluídos aqueles Santos de que a história não fala, mas que terão sido
tanto ou mais Santos que aqueles que constam nos registos da Igreja.
Quem sabe se de entre nós, muitos que viveram ou vivem uma vida anónima, escondidos das luzes da ribalta, não serão um daqueles eleitos?
Quem de nós não terá sido tocado pelo despertar de comportamentos de gente
simples que nos deixaram estupefactos?
Quanta gente tenho encontrado que sofre na doença ou nos maus tratos familiares e aguenta
serenamente, sem o mínimo de queixume, para não afligir ou comprometer as pessoas que ama?
Veja-se nos hospitais gente que sofre silenciosamente escondendo o seu sofrimento
aos visitantes com cara de bem dispostos, apenas com o único sentimento de que é na
dor que estão a atingir a sua santificação, à imagem de Cristo.
Nestes Santos de que vimos escrevendo poderão estar muitos daqueles que a Igreja
recorda no Dia dos Fiéis Defuntos, certamente muitos dos que foram utentes do nosso
Centro Social que o Senhor chamou à nossa frente e aqui recordo pela ordem de faleciAna Maria Ramos
mento: José Lages, António Soares, Joaquim "Pataco", Ermelinda Freitas, Rita "de Custió",
Eulálio Silva, Maria Correia, Augusto Pereira, Lídia Silva, Eduardo Teixeira, Manuel Fernandes, Margarida Rosa, Margarida "Ceguinha", Abel Rodrigues, Gracinda Borges, Ermelinda Catrina, Alzira "do Moleiro", Laurinda Maciel, Matilde Magalhães, António
Rodrigues, Mário José, António Júnior, Alice "Azenha", Vitalina Martins, Maria Roberta, Amélia Freitas, Maria "do Silva", Jacinta
Pereira, Maria de Lurdes, Deolinda Guedes, Palmira de Jesus, Maria "do Francisco", Idalina Santos, Albina de Sousa, Júlia Vieira,
Deolinda Lagoa,António Ferreira,António Silva, Joaquim Soares, Maria Luísa, Carolina Gomes, Fernando Mota, Maria da Glória,
Manuel Braga, Francisco Sequeira, Isaura Cândida, Brilhantina Moutinho, Belosinda Gonçalves,Aurora Pinto, Maria Rosa, Prazeres da Conceição, Luís Paulo, Maria Amélia, Maria do Carmo, Argentina Marques, Maria Cândida, Acidália Dias,Virgínia Augusta,
Manuel Lessa, Francisco Torres, José Oliveira, Armindo Sousa, Alípio Silva, Felisbina Sousa, Arminda Mendonça, Emília "Reca",
Adelina Silva, Glória "da Cidade Jardim", Laurentino Alves, Jorge Gouveia, José Augusto, Joaquim "Ferrinho", Maria Carolina,
Carlinda Rosa, Maria Carmelita, Fernando Pereira, Manuel Mota, e ainda os nossos saudosos amigos e colaboradores, Padre
José Pinheiro Duarte, Ilda "do Ourives", Adriano Campos e José Augusto Bragança.
Manuel Machado
Para todos paz à sua alma e a certeza de que para nós não morreram.
Continuam as inscrições para a frequência do Lar de Nazaré:
Valências :
Centro de Dia / Apoio Domiciliar
Pode inscrever-se nos Cartórios Paroquiais.
Tel.: 229 414 272, 229 418 052, 229 448 177
e-mail: [email protected]
LIVRO A LIVRO - Jesus é fantástico
A maior parte de nós conhece o Padre Dâmaso a partir das reflexões por ele apresentadas na Rádio
Renascença, onde colabora desde 1976. Sabemos que ainda mantem no ar dois programas diários onde
continua a confessar a sua felicidade, a sua paixão por Jesus e pela sua Igreja. São palavras suas: «Jesus é
fantástico, e estou convencido de que Ele gosta de mim!... Eu sou a pessoa mais feliz do mundo!»
Este ano comemora os 60 anos da sua ordenação sacerdotal e vê este livro, que lhe pediram que
escrevesse, como uma Ação de Graças. «Sim, tenho feito o possível para crescer na graça de Deus e para
corresponder à minha vocação de consagrado aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria e ao sacerdócio a que Jesus me chamou», afirma o autor na Introdução da obra.
Filho de pais holandeses mas com ascendência Alemã, foi em Portugal que Pe. Dâmaso realizou o seu
sonho de ser missionário. Em 1957 a sua Congregação envia-o para o nosso país para pregar em missões
populares no Patriarcado de Lisboa.Entre 1959 e 1960 prega em Lisboa, acompanhando a visita da imagem peregrina de
Nossa Senhora de Fátima a todas as paróquias. Nessa altura esteve ligado à JOC e à JUC, orientando várias vezes retiros
diocesanos da Ação Católica. Ainda em 1959, é convidado para fazer algumas conferências na cadeia de Tires, iniciativa
alargada depois a outros estabelecimentos de reclusão. Foi assim que «mergulhou» na Pastoral Prisional.
Pela sua mão e pela mão do Pe.João Gonçalves, chega ao nosso país em finais de 1960 o Movimento dos Cursilhos
de Cristandade, movimento que Pe. Dâmaso afirma ter sido uma experiência fundamental na sua vida. Ao longo do livro,
ficamos a saber que apesar das suas várias missões, aquela onde mais se deu - e continua a dar - é sem dúvida a assistência
religiosa aos presos, nomeadamente aos jovens do Estabelecimento Prisional do Linhó.
Foi condecorado pelo Presidente da República com o Grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito em 2010 e, hoje,
aos 85 anos de idade continua a inspirar todos aqueles com quem se cruza ou que o ouvem na rádio. E testemunhos
concretos, assinados, ultimam o conteúdo deste livro, realçando aspetos da personalidade do homem fantástico que foi e
Maria Fernanda e Maria Teresa
continua a ser o Sr Padre Dâmaso!
4 ▪ s . miguel da maia
Equipa Paroquial de Pastoral Familiar
Sabe a Equipa de Pastoral Familiar que o âmbito do seun trabalho para a Paróquia e na Paróquia
é muito extenso, pois é abrangente de todos os grupos.
Ao longo do ano há momentos celebrativos, que a Equipa assumiu e que são sinais de novidade
que se pretende incutir em toda a acção na família e com as famílias da Paróquia. Caminhando faz-se
caminho, como escreveu o poeta da galiza.
Contactos:
E.P.P.F
Maria Luísa e José Carlos Teixeira; Jorge Lopes;
Lídia Mendes; Fernando Jorge; Regina; Júlia Sousa;
José Sousa; P. Domingos Jorge
917373873 - 229482390 229448287 - 229486634
- 969037943 966427043 - 229416209 - 965450809
962384918 - 938086881 229482390 - 914621341 914874641 - 229411492 - 910839619
www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue
A promessa: alicerce da família
Pensai bem nisto: a identidade familiar está fundada na promessa. Pode dizer-se que a família vive da promessa de amor e
de fidelidade que o homem e a mulher se fazem mutuamente.
Esta comporta o compromisso de acolher e educar os filhos; mas
também se concretiza no cuidar dos pais idosos, em proteger e
acudir aos membros mais débeis da família, em ajudar-se reciprocamente para realizar as qualidades e aceitar os limites de cada
um. E a promessa conjugal alarga-se para partilhar as alegrias e os
sofrimen-tos de todos – pais, mães, filhos – com generosa abertura à convivência humana e ao bem comum. Uma família que se
fecha em si mesma é como uma contradição, uma mortificação da
promessa que a fez nascer e a faz viver. Não esqueçais nunca: a
identidade da família é sempre uma promessa que se alarga: alarga-se a toda a família e, mesmo, a toda a humanidade.
Nos nossos dias, a honra da fidelidade à promessa da vida familiar está muito debilita-da. […] O amor, como também a amizade,
devem a sua força e a sua beleza precisamente a este facto: geram
um vínculo sem suprimir a liberdade. O amor é livre, a promessa
da família é livre e é belo assim. Sem liberdade não há amizade, sem
liberdade não há amor, sem liberdade não há matrimónio.
Portanto, liberdade e fidelidade não se opõem uma à outra,
aliás, sustentam-se mutua-mente, quer nas relações interpessoais,
quer nas sociais. Com efeito, pensemos nos danos que produzem,
na civilização da comunicação global, a inflação de promessas não
respei-tadas, nos vários campos, e a indulgência para com a infidelidade à palavra dada e às obrigações assumidas! […]
A fidelidade às promessas é uma verdadeira obra-prima de
humanidade! Se olharmos à sua audaz beleza, sentimo-nos atemorizados; mas se desprezarmos a sua corajosa tenaci-dade, estamos
perdidos. Nenhuma relação de amor – nenhuma amizade, nenhuma forma de bem-querer, nenhuma felicidade do bem comum –
atinge a altura do nosso desejo e da nossa esperança, se aí não
habitar este milagre da alma. E digo “milagre”, porque a força e a
persuasão da fidelidade, apesar de tudo, não deixam nunca de nos
encantar e surpreender. A honra à palavra dada, a fidelidade à promessa, não se podem comprar nem vender. Não se podem impor
à força, mas tampouco guardar sem sacrifício.
Nenhuma outra escola pode ensinar a verdade do amor, se a
família o não fizer. Nenhuma lei pode impor a beleza e a herança
deste tesouro da dignidade humana, se o vínculo pessoal entre
amor e geração a não escreve na nossa carne.
Irmãos e irmãs, é necessário restituir a honra social à fidelidade do amor! É necessário retirar da clandestinidade o milagre
quotidiano de milhões de homens e mulheres que regeneram o
seu próprio alicerce familiar, do qual vive toda a sociedade, sem
estar em condições de o garantir de nenhum outro modo. Não
é por acaso que este princípio da fidelidade à promessa de amor
e da geração está inscrito na criação de Deus como uma bênção
perene, à qual o mundo está confiado.
FRANCISCO, Audiência Geral, 21/10/2015
A VOZ DO PAPA FRANCISCO !
PAPA CRITICA «INFLAÇÃO» DE PROMESSAS POR CUMPRIR NAS FAMÍLIAS E NA SOCIEDADE !
O Papa alertou hoje no Vaticano para as consequências da
perda do valor da “fidelidade” às promessas, sublinhando a importância da indissolubilidade matrimo-nial, a poucos dias do fim do
Sínodo sobre a família.
“Pensemos nos danos que a inflação de promessas por cumprir, em vários campos, produz na civilização da comunicação global, bem como a indulgência pela infidelidade à palavra dada e aos
compromis-sos assumidos”, advertiu, perante milhares de pessoas
reunidas na Praça de São Pedro, para a audiência pública semanal.
Francisco defendeu a restituição da “honra social” à “fidelidade do amor”, valorizando os “milhões” de homens e mulheres que
dão vida ao “fundamento familiar”.
“Não é por acaso que este princípio da fidelidade à promessa
do amor e da geração está escrito na criação de Deus como uma
bênção pere-ne”, acrescentou.
Neste contexto, o Papa disse que a Igreja vê nesta fidelidade
para “toda a vida” uma “bênção” com a qual procura aprender,
antes de a “ensinar e disciplinar”, tendo como referência a “mise-
ricórdia” divi-na.
“O amor pela família humana, na boa e na má sorte, é sempre
uma questão de honra para a Igreja. Que Deus nos permita estar
à altura desta promessa”, assinalou.
Um dia antes da memória litúrgica de São João Paulo II (19202005), “o Papa da família”, Francisco pediu que o santo polaco
interceda pe-lo Sínodo que se conclui este domingo, a fim de que
a assembleia “renove em toda a Igreja o sentido do valor inegável
do matrimónio indissolúvel e da família saudável, baseada no amor
recíproco do ho-mem e da mulher e na graça divina”.
O Papa pediu orações pelos participantes no Sínodo, para
que Deus “abençoe o seu trabalho, desenvolvido com fidelidade
criativo”.
De improviso, Francisco elogiou os tempos em que bastava
um “aperto de mão” para garantir a “fidelidade” às promessas e
afirmou que, nas famílias, essa promessa inclui o cuidado com os
filhos e com os pais idosos.
Cidade do Vaticano, 21 Out. 2015 (Ecclesia)
s . miguel da maia
▪ 5
A PORTA DA MISERICÓRDIA DO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHO
sabilidade quanto à tarefa que nos espera, atravessaremos a
Porta Santa com plena confiança de ser acompanhados pela
força do Senhor Ressuscitado, que continua a sustentar a
nossa peregrinação. O Espírito Santo, que conduz os passos
dos crentes de forma a cooperarem para a obra de salvação
realizada por Cristo, seja guia e apoio do povo de Deus a fim
de o ajudar a contemplar o rosto da misericórdia. .
Teremos, pois, o privilégio, segundo o desejo do Papa
Francisco, de entrar por uma Porta da Misericórdia durante o Ano Santo, no nosso Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho, animados, antes de tudo, de sentimentos de gratidão e agradecimento à Santíssima Trindade
por nos conceder este tempo extraordinário de graça.
Maria Luisa C. M.Teixeira
Na Cidade do Vaticano, a 13 março deste ano, o Papa
Francisco anunciou que decidiu proclamar um “jubileu extraordinário”, com início a 8 de dezembro, centrado na
“misericórdia de Deus”.
O Papa explicou que a iniciativa nasceu da sua intenção
de tornar “mais evidente” a missão da Igreja de ser “testemunha da misericórdia”. E, defendeu que “ninguém pode ser
excluído da misericórdia de Deus” e que a Igreja “é a casa
que acolhe todos e não recusa ninguém”.
“As suas portas estão escancaradas para que todos os
que são tocados pela graça possam encontrar a certeza do ORAÇÃO PARA O JUBILEU DA MISERICÓRDIA
perdão. Quanto maior é o pecado, maior deve ser o amor
Papa Francisco
que a Igreja manifesta aos que se convertem”, realçou.
Senhor Jesus Cristo,
O 29.º jubileu na história da Igreja Católica, um Ano
Santo extraordinário, vai começar na solenidade da
Imaculada Conceição e terminar a 20 de novembro Vós que nos ensinastes a ser misericordiosos como o Pai
celeste,
de 2016, domingo de Jesus Cristo Rei do Universo,
e nos dissestes que quem Vos vê, o vê a Ele.
“rosto vivo da misericórdia do Pai”, explicou o Papa.
Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos.
“É um caminho que começa com uma conversão espiriO Vosso olhar amoroso libertou Zaqueu
tual e temos de seguir por este caminho”, prosseguiu.
Este é o primeiro jubileu desde o que foi convoe Mateus da escravidão do dinheiro;
cado pelo João Paulo II no ano 2000, para assinalar o a adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura;
início do terceiro milénio.
fez Pedro chorar depois da negação,
No dia em que decorreu o 2.º aniversário da sua eleição
e assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido.
pontifícia, Francisco deixou votos de que o próximo jubileu Fazei que cada um de nós considere como dirigida a si mesmo
ajude a Igreja a “redescobrir e tornar fecunda a misericórdia
a palavra que dissestes à mulher samaritana:
de Deus” junto dos homens e mulheres dos dias de hoje
Se conhecesses o dom de Deus!
“Na festa da Imaculada Conceição, terei a alegria de
Vós
sois o rosto visível do Pai invisível,
abrir a Porta Santa. Será então uma Porta da Misericórdo Deus que manifesta sua omnipotência
dia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar
sobretudo com o perdão e a misericórdia:
o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança”.
fazei que a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós,
“No domingo seguinte, o Terceiro Domingo de Advento, abrir-se-á a Porta Santa na Catedral de Roma, a Basílica
seu Senhor, ressuscitado e na glória.
de São João de Latrão. E em seguida será aberta a Porta
Vós quisestes que os Vossos ministros
Santa nas outras Basílicas Papais. Estabeleço que no mesfossem também eles revestidos de fraqueza
mo domingo, em cada Igreja particular – na Catedral, que
para sentirem justa compaixão
é a Igreja-Mãe para todos os fiéis, ou na Concatedral ou
por aqueles que estão na ignorância e no erro:
então numa Igreja de significado especial – se abra igualmente, durante todo o Ano Santo, uma Porta da Misericórdia. fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles
se sintam esperados, amados e perdoados por Deus.
Por opção do Ordinário, a mesma poderá ser aberta
Enviai
o Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com a sua unção
também nos Santuários, meta de muitos peregrinos
que frequentemente, nestes lugares sagrados, se sentem to- para que o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor
e a Vossa Igreja possa, com renovado entusiasmo,
cados no coração pela graça e encontram o caminho da
levar a Boa Nova aos pobres,
conversão. Assim, cada Igreja particular estará diretamente
envolvida na vivência deste Ano Santo como um momento
proclamar a liberdade aos prisioneiros e oprimidos
extraordinário de graça e renovação espiritual. Portanto o
e restituir a vista aos cegos.
Jubileu será celebrado, quer em Roma quer nas Igrejas par- Nós Vo-lo pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Miticulares, como sinal visível da comunhão da Igreja inteira”.
sericórdia,
Diz-nos, ainda, o Papa Francisco que, com estes sentia Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo,
mentos de gratidão pelo que a Igreja recebeu e de responpelos séculos dos séculos. Ámen
6 ▪ s . miguel da maia
40º ANIVERSÁRIO DA ORDENAÇÃO EPISCOPAL DE D. MANUEL MARTINS BISPO EMÉRITO DE SETÚBAL
O bispo emérito de Setúbal D. Manuel Martins presidiu
no dia 26, na Igreja de Santa Maria, sé da cidade, a uma missa
evocativa do 40.º aniversário da sua ordenação episcopal e
tomada de posse.
A eucaristia contou com a presença da presidente da
Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, que, à
noite, num jantar celebrativo na tenda panorâmica do Santuário do Cristo Rei, em Almada, elogiou a “singular coragem de D. Manuel Martins” durante o bispado que conduziu
na Diocese de Setúbal.
D. Manuel Martins foi o primeiro bispo de Setúbal, com
um ministério episcopal que decorreu entre 26 de outubro de
1975 e 23 de abril de 1998, sobre o qual Maria das Dores Meira sublinhou que “a Diocese de Setúbal viria, então, a tornar-se modelar quando se tentava perspetivar a Igreja, quando se
recomeçava a ousar esperar dela que fosse a guia e condutora
nos caminhos e tempos outros e perante as novas e gritantes
necessidades humanas, das famílias e dos indivíduos”.
A missa que assinalou o 40.º aniversário da ordenação
episcopal e tomada de posse de D. Manuel Martins foi concelebrada pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e por vários bispos, entre os quais os sucessores em
Setúbal, D. Gilberto Canavarro dos Reis e D. José Ornelas,
atual bispo da diocese sadina.
Setúbal: Diocese lança livro inédito com homilias de D.
Manuel Martins
D. Manuel da Silva Martins Bispo Emérito de Setúbal
Nascimento: 20/Jan/27, em Leça do Balio, Matosinhos
Ordenação Presbiteral: 12/Ago/51, na Igreja Matriz de
Santo Tirso
Nomeação Episcopal: 16/Jul/75, para 1º Bispo de Setúbal
Ordenação Episcopal: 26/Out/75, na Sé de Setúbal (Igreja de Santa Maria da Graça)
Resignação: Abril de 1998
Curriculum:
16/Jul./75: foi nomeado 1º Bispo de Setúbal
Resignou em 23 de Abril de 1998
D. Manuel da Silva Martins nasceu em Leça do Balio,
concelho de Matosinhos, em 20 de Janeiro de 1927. Fez
os seus estudos nos Seminários do Porto e na Universidade Gregoriana, em Roma. Começou a sua actividade como
professor de Direito Canónico no Seminário maior do Porto, de que foi Vice-reitor.
De 1960 a 1969 (durante o exílio de D.António Ferreira
Gomes, Bispo do Porto) foi pároco de Cedofeita. Para além
de uma actividade pastoral intensa, aí promoveu a construção de nova igreja (completada pelo seu sucessor) e a "Arca
de Noé", para fins sociais e culturais. Recuperou ainda para
o património paroquial a Creche de Cedofeita.
Em 1969, quando D. António regressou do exílio, foi nomeado Vigário-Geral da diocese. Em 1975, foi nomeado o 1º
Bispo da diocese de Setúbal.
Tem sido notável, como reconhecem crentes e não
crentes, a sua acção dinâmica em todas as vertentes, mas
sobretudo na defesa aberta e persistente dos mais carecidos, quer em Portugal, quer em África.
Várias autarquias o nomearam "cidadão honorário",
condecorando-o com medalhas de mérito e dando o seu
nome, em Setúbal, a uma Escola Secundária e ao Pólo-Sul
da Universidade Moderna. É Doutor "honoris causa", pela
Universidade Lusíada.
Foi Presidente da Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa durante dois mandatos e é o Presidente da Comissão
Episcopal das Migrações e Turismo, também por dois mandatos,
cargos que o levaram em missão pastoral a muitos países.
Foi também Presidente da Secção Portuguesa da Pax
Christi e é actualmente Presidente da Fundação SPES. Tem
prestigiado extraordinariamente a Igreja, como referência
atenta e arejada em relação aos problemas deste novo mundo, intervindo com desassombro em conferências, entrevistas
e comentários na Televisão, na Rádio e na Imprensa Escrita.
Foi dispensado da Diocese de Setúbal a seu instante pedido, em Abril de 1998. Continuando a percorrer o País em
intervenções na área do social.
Todo o episcopado do Bispo de Setúbal tem sido um
clamor profético e ousado, quer nas suas homilias e conferências, quer pela Radio, Televisão e Imprensa Escrita.
Denunciou intrepidamente a fome, quando o desemprego angustiou dramaticamente muito povo da sua diocese.
Denunciou erros, incoerências, hipocrisias e injustiças. Denunciou a humilhação desumana de ciganos e migrantes, de
pobres e sem abrigo.
Livros:
1) História de uma Crise - Grito do Bispo de Setúbal,
por Alcídio Torres
2) Um Modo de Estar (Bispo de Setúbal) - Edição da
Caritas Diocesana de Setúbal
3) Pregões de Esperança - Edição da Caritas de Setúbal)
4) Bispo de Setúbal - Um Homem Plural (Biografia - Editorial Notícias), por António Sousa Duarte
5) D. Manuel Martins, um Bispo Resignatário, mas não
resignado - (Edição da Caritas de Setúbal)
In: diversos internete
A Paróquia da Maia congratula-se com
D. Manuel Martins que vive aqui connosco.
AD MULTOS ANNOS
s . miguel da maia
▪ 7
A minha experiência
Eu, Ana Rita, tenho o gosto de ser membro do GAM (Grupo
de Acólitos da Maia).Tudo começou quando a minha avó, um dia,
numa conversa, me incentivou a ser acólita. Mas o que seria ser
um dos acólitos, aqueles meninos vestidos de branco que via todas as semanas na Eucaristia? As dúvidas persistiam, mas, mesmo
assim, arrisquei perguntar aos meus catequistas o que era necessário para poder pertencer a esse grupo. Estes, muito prestáveis,
integraram-me, de imediato, na Eucaristia desse mesmo dia.A ansiedade quase me dominava, o que não me impediu de disfrutar
devidamente desse momento inesquecível. No final, encontrava-me orgulhosa, alimentada pela alegria de missão cumprida. Tinha
mesmo conseguido ser, pelo menos por
um dia, uma acólita!
Mas esta participação não parou
por aí! A partir desse dia, comecei a
participar todas as semanas na Eucaristia, até hoje, o que me faz sentir reconfortada por servir o Senhor.Gostei
muito e tenho, através deste grupo, melhorado a vários níveis:
adquiri novos conhecimento, fortaleci a minha fé,…Esta vivência
tem trazido benefícios e aprendizagens que continuarão, espero
eu, por muito mais tempo.
Ana Rita
RÚBRICA “OBJETOS LITÚRGICOS”: CALDEIRINHA E ASPERSÓRIO
Desta vez, nesta rúbrica, decidimos trazer dois objetos muito ligados e que se complementam: a caldeirinha e o aspersório, ambos feitos de metal.A caldeirinha, como sabemos, é um recipiente litúrgico em forma de vaso, próprio para guardar a água benta.O
aspersório é também conhecido por asperge, aspergil ou mesmo hissope, este último,
devido a uma planta com o mesmo nome usada, na Antiguidade, para um fim idêntico. É
uma espécie de pequeno bastão com uma esfera numa das extremidades, cujo objetivo
é o de aspergir a água benta sobre um povo ou objeto. É importante referir que existem
vários modelos, não obstante a utilidade e o significado, equivalentes. Estes objetos litúrgicos são, principalmente utilizados
na Tempo Pascal, até Domingo de Pentecostes.
GAM - Grupo de Acólitos da MAia
Conferência Vicentina
Porquê ser vicentino
Ser vicentino é viver o ensinamento de Cristo: "Bem aventurados os pobres de espírito porque deles é
o reino dos Céus".
Pobres em espírito são aqueles que estão sempre prontos a abrir o seu coração a Deus, prontos a ajudar os semelhantes e com eles partilhar um pouco daquilo que têm.
Ao dirigir-se aos grupos dedicados a avaliar o sofrimento dos pobres, Frederico Ozanam dizia:
"Servi os pobres com respeito e delicadeza, sem os humilhar".
Tudo o que fazemos aos nossos irmãos pobres ou doentes, é a Deus que o fazemos.
Ser vicentino é antes de tudo uma graça. É a resposta positiva ao chamamento da consciência iluminada pelo Espírito de Amor.
A nossa vocação surge em função da angústia sentida ante o espetáculo de miséria do outro ser humano.É reação
espontânea de simpatia pelos que sofrem.
Vivemos num mundo mergulhado numa crise sem precedentes.
A Sociedade de S.Vicente de Paulo precisa de jovens, de sangue novo para levar por diante esta rede de caridade.
Jovens
Lanço-vos um desafio:
Sois jovens dinâmicos, entusiastas e quereis viver um mundo melhor.
Juntem-se á Sociedade de S.Vicente de Paulo.
Descubram a espiritualidade vicentina, uma espiritualidade de ação vivenciada na caridade e na partilha com os pobres.
M.P.
Festa de S. Daniel Comboni
A festa de S. Daniel Comboni, que segundo o calendário
litúrgico se celebra a 10 de outubro, este ano realizou-se na
comunidade comboniana da Maia a 12 de outubro, segunda-feira,
por razões de conveniência. Deste modo, pudemos contar com
a presença de alguns párocos e diáconos permanentes da vigararia da Maia e de outras pessoas amigas que assim puderam estar
presentes. Participaram também neste encontro o P. José Vieira,
provincial de Portugal, o P. José Luis, comboniano mexicano e
provincial de Moçambique, o P. Zoli, missionário comboniano do Congo a trabalhar em Moçambique, as comunidades combonianas da Maia e de Famalicão, as
Irmãs Combonianas do Porto, as Seculares Combonianas, o P. Francisco Machado
e sua mãe, os noviços que estão a fazer experiência nas comunidades e alguns
familiares e amigos dos combonianos. O P. José Vieira falou da experiência do
Capítulo, a assembleia geral dos Missionários Combonianos que se realizou em
Roma durante o mês de setembro, e mostrou um diaporama muito interessante
sobre as atividades do Capítulo. O P. José Luis, provincial de Moçambique, presidiu
à Eucaristia em honra de S. Daniel Comboni. Seguiu-se um almoço de confraternização que decorreu num ambiente de muita alegria e de família.
8
▪
s . miguel da maia
P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano
LEIGA MISSIONÁRIA PARTE PARA A ÁFRICA
No domingo, 25 de outubro, realizou-se uma linda Festa de Envio para
a Missão da Maria Augusta Pires, na
paróquia de Janeiro de Baixo, concelho de Pampilhosa da Serra. A Maria
Augusta é membro dos Leigos Missionários Combonianos (LMC) e já
trabalhou como leiga voluntária nove
anos em Moçambique e três anos na
República Central Africana (RCA).
Agora, depois de alguns anos em Portugal para cuidar da sua mãe e para
fazer atividade missionária, parte de
novo para a RCA, para continuar o
trabalho missionário no campo da
educação especialmente entre os pigmeus, uma raça escravizada e muito
descriminada pelas outras tribos na
quele país. Ela está consciente das
dificuldades que vai encontrar, pois a
República Central Africana (RCA) é
um país muito pobre e que está em
guerra civil, com muitas mortes de
parte a parte, e com muitos deslocados que fogem das zonas de guerra
e procuram abrigo noutras paragens.
É uma situação verdadeiramente dramática que a Maria Augusta encara
com muita serenidade. Diz ela: “Não
tenho receio porque confio em Deus
e sei que Ele cuida de mim. Se me
acontecer alguma coisa, não importa, pois eu estou pronta para dar a
minha vida pela Missão ao serviço de
Deus e dos mais pobres”.
A Eucaristia do domingo foi uma
celebração muito bonita e presidida
pelo Bispo de Coimbra, D. Virgílio,
em que participaram muitos cristãos
vindos também de outras paróquias
e alguns membros dos Leigos Missionários Combonianos.
Gostei muito de passar uns dias
a fazer encontros nas comunidades
paroquiais, lares e escolas em várias
localidades do concelho, em preparação para a festa de envio para a Missão. Fui acolhido com muita amizade
pelo P. Orlando Henriques, um jovem
sacerdote de 31 anos, e pelo P. João,
já perto dos seus 80 anos, mas que
continua sempre jovem de espírito.
Os dois prestam serviço pastoral às
paróquias desta região, percorrendo
montes e vales, entre curvas e contra-curvas, com um zelo apostólico
sem limites.
Pampilhosa da Serra é uma região montanhosa de grande beleza
natural, cheia de gente boa e amiga
e com muitos cristãos empenhados
que amam a Igreja e as suas tradições cristãs. Só me resta agradecer a
todos pela amabilidade com que me
receberam e pelo bom exemplo que
me deram durante os dias que lá passei. Muito obrigado.
P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano
Festa Missionária na Maia
No domingo, dia 11 de outubro,
realizou-se a Festa Missionária na casa
dos Missionários Combonianos na Maia,
como é costume fazer todos os anos
em outubro. Desta vez, a festa estava
programada para o dia 4 de outubro,
mas a data teve de ser alterada à última hora devido às eleicões que foram
marcadas também para esse dia. Talvez
também por isso e pelo tempo chuvoso
que se previa para o dia 11 de outubro,
alguns pensavam que poucas pessoas
viriam participar na festa. Mas pelo contrário, os amigos e colaboradores dos
Missionários Combonianos vieram em
grande número de muitas paróquias e
localidades da diocese do Porto. Até o
tempo se assustou e decidiu colaborar
com a nossa festa. De facto, contrariamente às previsões metereológicas, depois de uns chuviscos iniciais, a chuva
foi-se embora e esteve um dia bonito e
agradável para toda a gente.
A festa decorreu num ambiente de
alegria e de família. Da parte da manhã,
o P. Alberto Vieira, da comunidade de
Famalicão, deu o seu testemunho missionário e falou da situação da Igreja em
Moçambique, apresentando imagens das
situações em que trabalham os missionários e contando histórias da sua experiência missionária naquele país. Como o
salão, em que o P. Alberto falou, estava à
cunha, outras pessoas aproveitaram esse
tempo para receber o sacramento da
confissão ou para participar na tômbola
missionária, comprando alguns bilhetes e
recebendo bonitos prémios.
Seguiu-se a Eucaristia ao ar livre,
presidida pelo P. Francisco Machado que
estava de passagem em Portugal para
celebrar 25 anos de sacerdócio e que
já regressou às missões do Gana para
continuar o seu trabalho missionário.
Depois do almoço de farnel partilhado por todos, houve uma tarde
recreativa que foi animada pelo Diogo
Moreira, um jovem cantor de freguesia
de Gueifães, e pelo rancho Fontineiros
da Maia de Águas Santas. E todos participaram com muita alegria. Ao fim da
tarde recreativa, houve um momento
de oração missionária, orientado pelo
P. Jorge Domingues, e foram sorteados
os prémios finais da tômbola.
Só nos resta agradecer de todo o
coração a todos os amigos e colaboradores missionários que vieram das
várias localidades da diocese do Porto, desafiando a chuva e o mau tempo,
para participar na festa missionária.
Agradecemos também aos jovens, ao
coro e a outros amigos que generosamente deram o seu tempo e serviço
para prepararem a festa. Vamos continuar a animar com espírito missionário as nossas paróquias e comunidades ao longo deste ano de atividades
pastorais. E pronto, já ficamos todos
convidados para a próxima festa missionária que terá lugar aqui na Maia a
15 de maio de 2016.
P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano
s . miguel da maia
▪ 9
PASSAGEM PARA A OUTRA MARGEM
Há momentos na vida que nos deixam completamente
prostrados, tristes, abatidos, sem sabermos o que fazer à
vida. O meu amigo partiu silenciosamente sem se despedir
de nós. Quando parte alguém de quem gostamos: um familiar, um amigo, ficamos como que desorientados, tristes e,
até, de certo modo, desanimados com a vida.
Há dias descobri, cá em casa, no meio de muitos papéis,
um texto de Santo Agostinho sobre a morte. Não sei como
esta beleza me veio parar às mãos. Vale a pena partilhar,
com os leitores, esta pequena maravilha.
A morte não é nada, apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu, tu és tu. O que fomos um para o outro, ainda
o somos. Dá-me o nome que sempre me deste. Fala-me
como sempre me falaste. Não mudes o tom a um triste ou
solene. Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri. Pensa em mim. Reza comigo. Que o meu nome
se pronuncie em casa como sempre se pronunciou sem nenhum ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou: continua
sendo o que era. O cordão de união não se quebrou. Porque eu estaria fora de teus pensamentos, apenas porque
estou fora da tua vida?
Não estou longe, somente estou do outro lado do caminho.
Já verás: tudo está bem. Redescobrirás o meu coração e
nele redescobrirás a ternura mais pura. Seca tuas lágrimas
e se me amas, não chores mais!
Santo Agostinho
Mário Oliveira
GAM, grupo grande – grande grupo!
É com atraso que registo o assunto, até porque o assunto já foi falado. Mas, é minha opinião que o que é bom é para
ser falado vezes sem conta.
Foi em outubro que o GAM, o grupo de acólitos desta
paróquia se reuniu para momentos de formação, de convívio e de oração. Foram momentos de partilha, de alegria e
de aprendizagem também.
Houve momentos vividos em grupo e momentos de
partilha com os pais. E isso ajuda a que o grupo cresça enquanto grupo e também enquanto pertencente a uma comunidade. Dá sentido de responsabilidade e de realização
ao grupo e a cada um. Faz brilhar o que cada um tem de
melhor para dar ao grupo e torna-o mais unido e coeso.
Como mãe de acólita não pude estar presente, mas foi
bom descobrir as novidades pelo feedback recebido em
casa. Foi bom ver a minha acólita chegar a casa contente
e satisfeita com o encontro. Foi bom saber que o grupo
cresce ao jeito de Jesus. Que tem vontade de fazer mais e
melhor. Que tem vontade de dar mais, de ser pertença desta comunidade e servi-la cada vez melhor. Será bom ler, cada
mês, o jornal da paróquia e conhecer melhor os objetos
litúrgicos na respetiva rúbrica escrita pela mão do grupo.
Vamos apoiar este grupo jovem e com jovens - Força
GAM, continua a crescer!
Conceição Dores de Castro
O sentido da vida
Gosto de pensar nas realidades que amo, gosto de falar
dos sentidos que o diálogo, a reflexão, o sofrimento e a vida
me foram revelando, é por esta razão que falo de Deus, da
vida, da humanidade e dos amigos. São fundamentalmente
estas as realidades que eu amo. Na humanidade encontrei a
imagem de Deus, percebi a distorção dos que beijam imagens feitas pelo homem e não estão dispostos a amar, estimar e possibilitar a única imagem que Deus fez de Si; o
homem. Percebi que o amor é criador, por ser criador não
se esgota na interpersonalidade amorosa, por ser criador, o
amor é sempre gerador de possíveis, o amor é plenitude de
vida e comunhão.
O Filho entrega ao Pai a criação possibilitada por este,
esta entrega é realizada no Espirito Santo, por esta razão
o Espirito Santo é difundido para a humanidade. A criação
ajudou-me a compreender a comunhão trinitária de Deus,
a comunhão trinitária de Deus ajudou-me a compreender
como o amor é criador. No homem percebi a cúpula da vida
e o encontro amoroso do criador com a criação, descobri
Deus como relações, percebi ainda que o criador inscreve
na obra criada características que são suas, por isso as obras
criadas pelos homens se distinguem umas das outras. Tudo
está marcado com as relações, no ser humano a vida personaliza-se, por isso somos imagem e semelhança de Deus.
Aprendi que Deus é amor por ser comunhão, não é
um sujeito absoluto que se ama narcisistamente, isto fez-me
compreender que a plenitude da pessoa não está em si, mas
na comunhão amorosa, aprendi que a calda onde a pessoa
emerge são as relações, só o amor gera o definitivo.
Compreendi então que os anos da nossa vida se destinam a construir uma pessoa que será para sempre, a vida
vale na medida em que se vai gastando de modo amoroso. A humanidade precisa de defensores de Deus e da sua
imagem, amar a Deus é também amar a humanidade. Eis o
sentido máximo da vida.
José Carlos Noval
manuel machado
Ao longo de 26 anos serviu a Igreja da Maia. Foi Sacristão, secretário, alma do Centro Social,
Vicentino de alma e coração, Ministro Extraordinário da Comunhão., colaborador do S. Miguel...
SERVIU a sua e nossa comunidade.
É bem conhecido de todos. Como Padre e Pároco presto-lhe homenagem. Ele merece.Teve
que de deixar os seus trabalhos, mercê da falta de
saúde da sua esposa, D. Glória.
Creio que, após algum temo ocupado na recuperação da saúde da sua esposa, voltarão a integrar
plenamente a comunidade como cristãos empenhados no trabalho pastoral.
Aguardamos boas novas. Aceite a gratidão de
todos os que nesta Paróquia vivem a começar pelo
Pároco.
10
▪
s . miguel da maia
As Crises Alimentares e o Alarmismo
A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou recentemente um
relatório que incluía as carnes processadas, tais como o bacon, as salsichas,
os enchidos e o presunto, na lista dos
produtos cancerígenos. A tónica geral
não destoava muito daquilo que é nossa percepção comum quando aos riscos para a saúde que certos alimentos
têm mais do que outros. E alertava, especialmente, para a moderação no seu
consumo.
Ora, daí a os jornais e os noticiários ficarem inundados de notícias que
punham no mesmo saco os enchidos e
outras carnes transformadas e as carnes vermelhas naturais, foi um ápice.
Assim como o sensacionalismo disparatado decolocar os riscos do consumo destes produtos ao nível dos riscos
inerentes ao consumo do tabaco.
Alarmados com tais notícias, os
consumidores retraem-se, muitos ficam mesmo em pânico, e o consumo
ressente-se fortemente, pelo menos
durante algum tempo, com os ineren-
tes impactos negativos na economia.
Sabemos que vivemos numa sociedade dominada pela tecnologia. Essa
tecnologia faz parte inerente da vida
das sociedades actuais, tornando mais
confortável as nossas vidas. Mas todos
sabemos, naturalmente, que a sofisticação tecnológica é inseparável do risco.
Vários exemplos: a poluição causada
pelas emissões de gases com efeito estufa dos carros ou dos aviões ; certas
tecnologias de conservação dos alimentos; efeitos secundários de certos
medicamentos; os pesticidas utilizados
para controlar as inúmeras pragas que
hoje em dia ameaçam as produções
agrícolas; os riscos da produção de
certas formas de energia, como a energia nuclear; etc.
A lista poderia continuar com dezenas ou mesmo centenas de exemplos. O que importa é que estejamos
todos conscientes desses riscos. E,
sobretudo, do bom uso a dar a esses
produtos ou a essas tecnologias.
Ora, o que acontece, é que a nossa
imprensa não é capaz de dar uma notícia desta natureza sem ser de forma
sensacionalista, ameaçadora, catastrófica mesmo. Quem não se lembra da
famosa doença das vacas loucas de há
15 ou 20 anos atrás? Correrem rios
de tintas, lincharam-se políticos e dirigentes na praça pública, anunciou-se
Arlindo Cunha
a contaminação e morte de centenas
ou milhares de pessoas por transmissão da doença aos humanos… E afinal
o que aconteceu? Aconteceu o que os
cientistas e as pessoas informadas já sabiam. Que a possibilidade dessa transmissão existe, já era, aliás, conhecida há
décadas, mas ocorre muito raramente.
E que dizer dos nitrofuranos, ou das
gripes aviárias que volta e meia aparecem na imprensa como sendo capazes
de dizimar uns milhões de nós?
Como não vivemos em tempos de
censura prévia, temos a obrigação de
exigir dos nossos profissionais da informação competência e rigor. Compreende-se que quanto mais sensacionalismo
houver, mais jornais e noticiários esses
órgãos de comunicação social vendem!
Mas esta não é uma postura séria na
nobilíssima missão de informar. De
contrária, as entidades públicas reguladoras devem estar atentas para intervir em casos que sejam manifestamente
desproporcionados, criando angústia e
sofrimento em muitos cidadãos.
Noticias dos Escuteiros
Ao iniciar mais um ano Escutista, quatro dos nossos Caminheiros fizeram a sua Partida, isto é,
chegados ao final do seu percurso pessoal como Caminheiros, deixam o Clã onde permaneceram
sob a divisa “SERVIR”, dos 18 aos 22 anos de idade. A Rita, o Ari, o Ricardo e o Cajó foram merecedores da Cerimónia da Partida, presidida pelo nosso Assistente, Sr. Padre Domingos, e na qual
reconheceram ter os Valores, os conhecimentos e aptidões para serem mais activos na sociedade
e capazes de contribuir para um mundo melhor a mais justo. Continuarão no Agrupamento, agora
com outras responsabilidades, integrando as Equipas de Animação e dando aos mais novos o que
eles próprios aqui receberam. Serão um dia Dirigentes do CNE, ao aceitarem o desafio de serem
educadores de crianças e jovens. E assim se vai passando de “mão em mão” este testemunho e
sentido do Escutismo.
Oração do “Caminheiro que parte”
Senhor, ajudai-me a ser:
Bastante homem, para saber temer;
Bastante corajoso, para vencer;
Bastante sincero, para a Deus conhecer;
Bastante humilde, para en Deus acreditar;
Bastante rico, para sempre dar;
Bastante pobre e bom, para sempre pedir;
Bastante enérgico, para sempre exigir;
Bastante generoso, para sempre perdoar;
Bastante forte, para sempre ajudar;
Bastante recto, para sempre guiar;
Bastante humano, para sempre amar;
Bastante Escuteiro e cristão, para saber viver
e saber morrer.
Ámen.
Por uma Juventude Melhor - Palmira Santos
s . miguel da maia ▪ 11
O apelo a uma espiritualidade ecológica em “Laudate Si”
Prosseguindo uma análise atenta da mais recente encíclica do Papa Francisco, e depois de na edição anterior do
S. Miguel, ter afastado as tentativas de amarrar o seu lúcido
entendimento apostólico, a posições políticas de organizações ambientalistas marcadas por um certo extremismo.
Tentativas que como bem compreendemos, são iniciativasmal-intencionadas, para tentar desacreditar a palavra do
Santo Padre e descredibilizar a sua intervenção pública.
Nós, católicos, temos a obrigação moral de aportar a
mensagem que o Papa afirmou, com um esclarecido desassombro, diante a Assembleia Geral das Nações Unidas, que
na sua essência, teve por base precisamente a encíclica “Laudate Si”.
A compreensão sensível da sua mensagem está ao alcance de todos, pois como é seu apanágio, o Papa Francisco,
escolhe sempre as palavras mais simples e o modo mais
próximo de as exprimir.
Inspiradono modelo de S. Francisco de Assis, o Papa propõe que aprendamos com ele – “…como são inseparáveis a
preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o
empenhamento na sociedade e a paz interior”.
Chamando-nos à razão, para nos ajudar a olhar o Planeta como a nossa Casa Comum, chama-nos também à atenção, para uma preocupante realidade, referindo-se a uma
casa poluída.
Enfrentando corajosamente o problema, e digo corajosamente porque tem-no feito em grandes fóruns internacionais, mesmo diante interesses poderosos que não olham
a meios para alcançar os seus fins, o Papa, com a autoridade que lhe assiste, não só por ser o Sumo Pontífice, mas
também por estar suportado por uma verdade com fundamentos que advêm da realidade que está diante os nossos
olhos, e igualmente pelas conclusões de inúmeros estudos
científicos, vai, sem rodeios, directo ao gravíssimo problema
dos - “…poluentes atmosféricos que provocam milhões de
mortes prematuras, em particular entre os mais pobres; e
também a poluição causada pelos fumos da indústria, pelas descargas, pelos pesticidas, pelos resíduos. A terra, nossa
casa, parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo…”.
Deitando mão de um consistente consenso científico,
o Santo Padre explica: - “…que estamos perante um pre-
ocupante aquecimento do sistema climático, devido, na sua
maioria, à grande concentração de gases com efeito de estufa. A humanidade deve tomar consciência da necessidade
de mudanças de estilos de vida, de produção e de consumo,
para combater este aquecimento…”.
A este respeito acrescenta ainda o preocupante – “…
desgelo das calotes polares e dos glaciares, a par da perda das florestas tropicais. Os impactos mais sérios recairão,
nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. Por isso tornou-se urgente e imperioso o desenvolvimento de políticas capazes de fazer com que, nos
próximos anos, a emissão de Co2 e outros gases altamente
poluentes se reduza drasticamente…”.
Depois deste significativo, mas também muito simbólico
alerta do Papa francisco, é importante meditarmos na responsabilidade que cabe a cada um de nós, no que respeita à
alteração do nosso modo de vida, e a uma adopção de hábitos, atitudes e comportamentos coerentes e consequentes
com este verdadeiro apelo a uma espiritualidade ecológica,
no que isso implica de consciência da Casa Comum que é o
nosso Planeta.
Se é certo que a missão dos líderes das nações e das
instituições internacionais é porventura a mais determinante, para que se operem as mudanças imprescindíveis, não é
menos certo que a missão de cada um de nós, na família, no
local de trabalho, e na nossa comunidade, também assume
um papel essencial na difusão dos valores a que alude o Santo Padre na sua carta “Laudate Si”.
Victor Dias
A IGREJA PERANTE A CREMAÇÃO
Cada vez é maior o número dos portugueses que op-tam pela cremação do próprio cadáver e que decidem a
cremação do cadáver dos seus entes-queridos. Será esta
preferência compatível com a fé e a doutrina católica?
A resposta é breve e clara:
1. A Igreja não proíbe que os seus fiéis escolham a incineração do corpo dos defuntos a não ser que essa opção se
faça por motivos contrários à fé cristã.
2. A Igreja prefere e recomenda a prática tradicional da
sepultura dos cadáveres dos defuntos.
O Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia explica
esta preferência:
«Afastando-se do sentido da mumificação, do embal-samamento ou, mesmo, da cremação – nas quais se oculta, por
vezes, a conceção de que a morte marca a destruição total
do homem –, a piedade cristã assumiu a inumação como
modelo de sepultura para o fiel. De facto, por um lado, recorda a terra de onde o homem foi tirado (cf. Gn 2, 6) e à
12
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s . miguel da maia
qual re-torna (cf. Gn 3, 19; Sir 17, 1); por outro lado, evoca
a sepultura de Jesus, grão de trigo que, lançado à terra, produziu muito fruto (cf. Jo 12, 24)» (n. 254).
Em resumo, são dois os motivos principais da preferência da Igreja pela inumação:
a) O exemplo de Cristo, que foi sepultado, e que interpretou o sentido da sua própria morte com a metáfora do
grão de trigo lançado à terra; lê-se no Ritual das Exéquias:
“o costume tradicional de sepultar os corpos dos cristãos
imita melhor a sepultura do Senhor” (n. 149).
b) O apreço pelo corpo humano dos fiéis: santificado
pela água do Batismo, ungido com o óleo santo, alimentado
com o Sacramento do Corpo e Sangue do Senhor. Por isso,
na Liturgia da Igreja presta-se homenagem ao corpo humano, mesmo já cadáver. Pense--se, por exemplo, nos ritos de
aspersão e de incensação com que se honra o corpo do
defunto que foi templo do Espírito Santo (cf. 1 Cor 3, 1617; 6, 16).
In Paróquia Viva Ermezinde
Sínodo sobre a Família: caminhar juntos para discernir
O Sínodo dos Bispos concluiu no passado fim-de-semana, nos
dias 24 e 25 de outubro, os seus trabalhos sobre “a vocação e a
missão da Família na Igreja e no mundo contemporâneo”. Recordamos neste “Sal da Terra, Luz do Mundo” o essencial da informação produzida e publicada nesses dias.
Esta foi a última semana do Sínodo sobre a Família. Os derradeiros momentos desta importante reunião dos bispos foram
vividos no Vaticano em busca de caminhos pastorais para afirmar
a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo....
Relatório Final: consenso e discernimento espiritual
Luz na escuridão do mundo – é assim que o Relatório Final
do Sínodo define a família, num texto que se apresenta com uma
atitude positiva e acolhedora, onde é reafirmada a doutrina da indissolubilidade matrimonial. Contudo, para as situações de maior
complexidade familiar é recomendado o discernimentos dos Pastores e uma análise em que a ‘misericórdia’ não seja negada a
ninguém.
Valorização da mulher, acolhimento de pessoas homossexuais,
tutela das crianças, defesa da vida, idosos, pessoas com necessidade especiais, preparação para o matrimónio e acompanhamento
dos casais e famílias são alguns dos temas abordados pelo Relatório Final do Sínodo dos Bispos sobre a Família.
....
O caminho a percorrer com o Povo de Deus no âmbito da
família tem agora um impulso maior para a procura de caminhos
de reconciliação, exame de consciência e, como nos propõe a linguagem sinodal: caminhos de “discernimento espiritual”.
Em declarações à Agência Ecclesia o Cardeal Raymundo Damasceno de Assis, arcebispo da Aparecida no Brasil e presidente-delegado deste Sínodo sobre a Família, falou sobre a importância
do “discernimento espiritual” afirmando mesmo que esse “cami-
nho de discernimento” proposto aos divorciados recasados poderá levar, em casos pontuais, à admissão dos mesmos à Confissão
e à Comunhão.
Mensagem do Papa: para continuar a “caminhar juntos”
Entretanto, importante momento deste final de Sínodo foi a
intervenção do Papa Francisco com uma mensagem em que realçou a importância de defender o homem e não as ideias, defender
o espírito e não a letra da doutrina....Muitas as respostas encontradas pelo Santo Padre para completar o significado do Sínodo:
a importância do matrimónio, escutar as vozes das famílias e dos
pastores, olhar e ler a realidade, testemunhar o Evangelho como
fonte viva de novidade eterna, afirmar a Igreja como sendo dos
pobres e dos pecadores e abrir horizontes para difundir a liberdade dos Filhos de Deus.
Em particular, o Papa Francisco considerou que a experiência
do Sínodo fez compreender melhor que defender a doutrina é
defender o seu espírito e o homem em vez de ideias:
“A experiência do Sínodo fez-nos compreender melhor também que os verdadeiros defensores da doutrina não são os que
defendem a letra, mas o espírito; não as ideias, mas o homem; não
as fórmulas, mas a gratuidade do amor de Deus e do seu perdão.”
Francisco recordou Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI e no
final do seu intenso discurso afirmou que “para a Igreja, encerrar
o Sínodo significa voltar realmente a «caminhar juntos» para levar
a toda a parte do mundo, a cada diocese, a cada comunidade e a
cada situação a luz do Evangelho, o abraço da Igreja e o apoio da
misericórdia Deus!”
Caminhar juntos para discernir é a fase seguinte de um processo pós-sinodal que procura lançar uma nova abordagem pastoral para as famílias,
In Eclesia -Sal da Terra, Luz do Mundo na Rádio Vaticano em língua portuguesa
40º Aniversário da Cooperativa Agrícola da Maia
A Cooperativa Agrícola da Maia celebrou, no passado dia 25 os quarenta anos de vida. Porque os que
a ela presidem e dela são membros, quiseram celebrar,
na Paróquia da Maia, a Eucaristia de acção de graças
às 11h00 e na Igreja de Nossa Senhora da Maia. Bonitos arranjos florais emolduraram a Igreja. À entrada
da Igreja os arranjos, com frutos agrícolas, faziam a
todos olhar para os campos que os produziram. Houve
solenidade e gratidão, pois tudo vem Deus. O lavrador
cuida os campos, semeia, mas não faz germinar, quer
durma quer esteja desperto.
O Ofertório foi de muito significado. Os produtos
das terras da Maia, os utensílios agrícolas (em miniatura) e um pequeno porquinho de raça bísara, foram
levados ao altar. Os lavradores foram generosos.
Após a Eucaristia o grupo encaminhou-se para
Gemunde para o Almoço. Lá foi homenageado o sr.
José Torres que ao longo de todos os anos tem sido a
verdadeira alavanca de tudo quanto à Cooperativa diz
respeito. A Direção da Cooperativa soube fazer esta
justa homenagem e a dos sócios fundadores.
O S. Miguel da Maia louva a Cooperativa, na pessoa
do seu Director Américo Soares.
s . miguel da maia
▪ 13
O caminho e o destino
A SANTIDADE
Ao celebrarmos o Dia de Todos os
Santos, penso que a mensagem da Igreja
não poderia ser outra que não o convite
à santidade. Cada um de nós é convidado
a ser santo. A viver a vida com amor,
usando-a como um bem que contagia
os que nos rodeiam e dissemina amor,
alegria, confiança, sem esquecer que os
limites impostos pela humanidade de
cada um, torna-nos permeável ao medo,
à preguiça, ao egoísmo e à indiferença.
Saber contornar ou ultrapassar esses
limites é, com toda a certeza, uma ação
manifestamente corajosa.
Dado que a Igreja tem um acervo
enorme de santos, assim considerados por tão diferentes e variados
motivos, decidi ler um pouquinho mais sobre isso e procurar um santo
venerado, em novembro, mas, menos “conhecido”.
Os primeiros santos cristãos foram aqueles que diretamente estiveram
envolvidos com a vida e ministério de Cristo, como os elementos da Sua
família e os primeiros discípulos.
Com a disseminação do cristianismo e a consequente perseguição
imperial, muitos dos santos são-no em resultado do seu martírio.
A declaração do cristianismo a religião oficial do Império romano
trouxe uma nova categoria e o destaque vai para aqueles que tiveram um
papel relevante no desenvolvimento, expansão e consolidação da Igreja.
Assim, muitos destes santos são teólogos, bispos ou arcebispos.
Paula Isabel
O Papa da esperança
O Papa Francisco quer visitar a
República Centro-Africana nos dias
vinte e nove e trinta deste mês de
novembro. Esta notícia é aguardada
por este país como um sinal de esperança. Tal como o Papa Francisco quer que aconteça quando “dá
prioridade às periferias da existência” como destino das suas viagens
apostólicas.
Este país encontra-se no meio
de vários conflitos. Em duas semanas, quarenta mil pessoas foram
obrigadas a sair das suas próprias
casas e procurar refúgio em igrejas,
conventos e campos de desalojados.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre,- cuja missão é “procurar que a Igreja em
geral esteja informada sobre a Igreja perseguida e que esta última tenha condições para realizar a sua missão de evangelização e esforça-se por responder
aos apelos numerosos e urgentes que lhe chegam a todo o momento” e de
todo o mundo onde houver cristãos perseguidos e em sofrimento, - já comunicou que vários centros de ajuda humanitária sofrem saques, o que agrava a
crise que se vive. É com expectativa que todos aguardamos esta viagem.
Assim, o Papa Francisco é um sinal de esperança no mundo, para crentes
e não crentes.
Maria Lúcia
O S. Miguel da Maia saúda o
senhor Bispo D. João Lavrador
que, tendo sido Bispo Auxiliar
do Porto, foi nomeado Bispo
Coadjutor de Angra do Heroísmo, Açores. Que Nossa Senhora do Bom Despacho e da Maia
o abençoem na sua bela, extraordinária e exigente Missão.
14
▪
s . miguel da maia
Quantas vezes a nossa vida
Tem passagens por portas estreitas
Será porque assim tinha de ser
Ou por fazermos coisas mal feitas?
-É porque só se faz o caminho
De acordo com nosso destino!
Mas a vida é feita de projetos
E programas a longa distância
Fazemos planos para a vida
Desde os tempos da nossa infância.
-Mas atenção. Só se faz o caminho
De acordo com o nosso destino!
Faço um plano para o meu dia
Depois sinto quanto é alterado
Há sempre interferências externas
Que alteram o que está programado.
-E aí sinto que o meu caminho…
…Foi de acordo com o meu destino!
Nunca esperamos coisas más
E às vezes surge uma queda
Não programamos o pior
E somos envolvidos numa perda
-De íntimos, cujos o seu caminho
Chegou ao fim do seu destino!
Ninguém espera um sofrimento
E de repente, surge uma dor
Quantas vezes por um mal físico
Ó! Quantas vezes por amor!
-Escolhos que estão no caminho
Atravessados no nosso destino!
Nascemos, sem saber se a vida
Vai ser curta. Ou prolongada
Crescemos, esperando tudo
Ao partirmos… Levamos nada.
-Feliz de quem fez seu caminho
Em direção a um bom destino!
Estamos no mês da saudade
Por aqueles que já partiram
Destinos que todos tiveram
Caminhos que todos seguiram
-A paz esteja nos seus destinos
E a Luz nos nossos caminhos
S. Martinho pegou na capa
E deu metade a um pedinte
Ficaram os dois protegidos
Na caminhada seguinte!?
-Do belo gesto de S. Martinho
Ser Santo foi seu destino!
(Memória.)
Numa celebração de beleza eloquente
No passado domingo homenageamos
Os agricultores e a cooperativa da Maia
Pela comemoração dos quarenta anos.
(Homenagem.)
Parabéns Senhor D. Manuel Martins
Homenageado há dias em Setúbal
Primeiro prelado daquela diocese
E reconhecido em todo o Portugal.
Henrique António Carvalho
IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE
Nª Sª DA MAIA
E OBRAS PAROQUIAIS
Em Outubro recebeu-se
Setembro -3º Domingo 560,94; Ofertório para as Missões 709,73; Vários
557,81; Sagrada Família (Cartório) 42,46;
Cofre Santuário: S. Gonçalo e S. Francisco 0,20; Anjo da Guarda 6,90;
S. Miguel e S. João 6,20; SS. Sacramento 21,20;Obras 0,10; S.José e Menino
Jesus de Praga 0,10; S.Lourençoe S.Sebastião 1,00; S. Roque,5,00; Sagrado
Coração de Jesus 6,90;NªSª do Bom Despacho (Sacristia)72,10; Santuário
53,80;SantaTeresinha e Santa Bárbara 3,60;Acção Social-0,50;SantoAntónio
24,60;Almas;13,80;Nossa Senhora de Fátima- 22,70; NªSenhora da
Assunção17,10 Cofre da Capela dos Passos: Senhor dos Passos
15,80; Senhor dos Amarrados 16,80; Nossa Senhora das Dores 5,10; Santa
Eufémia e S. Frutuoso 3,90;Acção Social 2,80; Obras 1,90;
em par. Já muito se andou. Embreve dar-se-ão notícias
de muito agrado de todos e para todos.
Um dia, a respeito duma obra para os outros, ouvi um
dos responsáveis diqer que a comparava como uma barragem que iria permitir o funcionamento de turbinas que
iriam produzir a energia que a todas as casas iria chegar.
Ao olhar para o Lar, vem-me muitas vezes ao pensamento o que li, e leio, no livro "O Principezinho": "Só se
vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos".
Quem nada fez ou até tentou fazer com nada se
fizesse, não pode sentir este olhar novo que o coração
,onde está Deus, faz ver.
OFERTAS - SETEMBRO
Transporte.............................................................420.225,49
CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL da MAIA - LAR DE NAZARÉ
3517 - Por Maria Joaquiina Barros................................................15,00
3518 - Elisa Azevedo........................................................................10,00
3519 - Maria Rosa Soares...............................................................10,00
3520 - ManuelVale.............................................................................10,00
3521 - Guido Ferreira da Silva...................................................... 10,00
3522- Por Maria Joaquina Barros..................................................10,00
A Transportar .............................................................65,00
O LAR DE NAZARÉ
A bela construção que a Paróquia construiu para
ser espaço de todas as actividades Paroquiais vai sendo espaço de muitas realizações.: catequese, formação,
encontros de jovens e adultos, comissão de festas, reuniões vicariais de leigos e Padres... Sabemos que os
espaços ainda vão ser poucos paran o muito que se
sonha e se quer. No Lar há também espaço para ser
Centro de Dia dos "reformados"; O nome de Lar de
Nazaré é um desejo, que em todos está presente, de
ser um pequeno espaço onde se espelha o que apredemos da Sagrada Família de Nazaré.
Os responsáveis da Direcção do Lar estão a fazer
todos os esforços para que as portas e as janelas do
Lar, propriedade da Paróquia da Maia, se abram de par
Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR
DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo
usando o Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia),
NIB 0045 1441 40240799373 19 ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .
Após a transferência indique-nos o NIC para lhe
passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS.
OFERTAS - ESTÁTUA DE SÃO JOÃO PAULO II
Rita + António Santos (Bodas de Prata) .................................. 30,00
A Transportar ..............................................................20.310,00
Como é que se conseguiu erguer este epaço que marca a cidade onde estamos, pois é uma obra emblemática
que não se consegue explicar e sentir só vendo-a por fora.
Foram muitos os que acompanharam desde o sonho
, até á relaidade bem visível. É uma lição viva que os pais
dão aos filhos dizendo: "Ajudei", colaborei, incentivei".
A quem a quiser ver, por dentro, pode "bater á
porta" e ficará entusiasmado.
É um legado que também vai ficar para os vindouros como fruto do trabalho de muitos. É fruto que dirá
muito da fé que nos uniu ao Senhor Jesus e a Nossa
Senhora da maia e do Bom Despacho.
Côngrua Paroquial
Designa-se côngrua paroquial a tradição cristã
paroquial e dever moral e religioso do crente
contribuir financeiramente para a honesta e
digna sustentação do seu pároco. O Pároco não
tem ordenado. Há na Maia quem nunca cumpriu
este dever.
Pode entregá-la nos Cartórios Paroquiais ou
entregar ao Pároco. Tudo fica registado na ficha
pessoal (família).
ARTIGOS RELIGIOSOS DAS NOSSAS IGREJAS
Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da
Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas:
PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo.
MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho
Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces);
PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia; S. Miguel (2 faces)
TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia
e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia.
CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃ
BÍBLIA SAGRADA
Medalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da
Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D.Armindo e pela Igreja.
Estes artigos religiosos estão á venda nos cartórios das nossas Igrejas.
s . miguel da maia
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Pela Cidade...
ÉPOCA DE BALANÇO
A situação política que vivemos por estes dias é singular:
estamos num parêntesis, um
momento de suspensão entre
uma realidade apenas virtual e
outra que ainda não é, e que
em boa verdade ninguém sabe
como vai ser. Navegamos em
piloto automático, esperando
que não surjam imprevistos no
percurso a exigirem decisões
prontas e determinadas. A vida
política vai seguindo o seu
curso, aparentemente alheia a
necessidades e urgências imediatas, como se não houvesse
ontem nem amanhã, apenas este hoje longamente arrastado e sem limite. Começa a instaurar-se a sensação de
que estamos a viver um tempo fora do tempo, alienado e
vagamente ameaçador.
Neste intervalo entre dois tempos,talvez seja adequado
pensarmos um pouco sobre o lugar a que chegámos depois
dos últimos quatro anos, tão atribulados e condicionados
por circunstâncias que, pelo menos em parte, nos foram
impostas do exterior. Ninguém ignora que a situação
financeira do país teve um fortíssimo impacto no modo
como os diferentes sectores da nossa sociedade foram
geridos. O caso da Educação e Ciência é disso um exemplo
flagrante. Só nos dois últimos anos (2014 e 2015), o orçamento do Ministério respectivo acumulou uma redução
do orçamento disponível superior a mil milhões de euros:
ultrapassou os 300 milhões em 2014 e ficou acima dos
700 milhões em 2015.
Por outro lado, a constante baixa da natalidade registada
ao longo dos últimos cinquenta anos (em 1960 nasciam
24,1 crianças por cada 1000 habitantes, enquanto em
2014 nasceram apenas 7,9 crianças por mil habitantes)
confrontou o país com a necessidade de ajustar a rede
nacional de ensino a esta forte diminuição da população
em idade escolar. Há menos crianças, e esta situação não
vai inverter-se nos tempos mais próximos. O processo
de encerramento de escolas do 1º ciclo do ensino básico
atingiu todos os municípios e tornou-se a face mais visível
de uma reordenação da rede escolar que passou ainda
pela concentração dos estabelecimentos de ensino em
agrupamentos e outras medidas de gestão que fizeram
sentir o seu impacto mais forte ao nível local.
Embora com uma visibilidade menor, o ensino superior
também foi atingido pelas novas realidades apontadas nos
parágrafos anteriores. Entre 2005 e 2013 as universidades
públicas viram as transferências do Orçamento do Estado
director e chefe de redacção
P. Domingos Jorge
colaboradores
Ana Maria Ramos
Ângelo Soares
s. miguel da maia
António Matos
Arlindo Cunha
Carlos Costa
Conceição Dores de Castro
D. Manuel da Silva Martins
Henrique Carvalho
2015
ano xxvi
n º 286
▪
José Manuel Dias Cardoso
Luís Sá Fardilha
Manuel Machado
Mª Artur C. Araújo Barros
Mª Fernanda Ol. Ramos
Maria Lúcia Dores de Castro
Mª Luísa C.M. Teixeira
Maria Teresa Almeida
Mário Oliveira
P. Francisco José Machado
Palmira Santos
Paula Isabel Garcia Santos
correspondentes
Vários (eventuais)
composição
José Tomé
▪ boletim de informação paroquial publicação mensal ▪ propriedade da fábrica da igreja paroquial da maia
NOVEMBRO
16
Higino Costa
Idalina Meireles
João Aido
João Bessa
José Carlos Novais
José Carlos Teixeira
diminuídas em 200 milhões de euros, enquanto o número
de estudantes matriculados neste nível de ensino passou
de 400831 no ano de 2003, para 349658 em 2015, ou seja,
verificou-se uma redução superior a 50000 alunos, a qual
irá previsivelmente aumentar nos próximos anos.
Aqui chegados, podemos perguntar-nos como foi possível que até hoje ainda não tivesse havido uma tentativa
de acordo entre as diversas forças políticas e sociais para
preparar uma reforma do nosso sistema de ensino que
atingisse todos os níveis e sub-sectores. Parece incompreensível que os responsáveis políticos e as restantes
forças sociais com intervenção neste domínio se tenham
ocupado na última década com pequenas lutas de interesses particulares, partidários ou sindicais, ignorando que a
fase de expansão que caracterizou o sector do ensino em
Portugal a partir da década de 70 do século passado já
lá vai e é indispensável repensar as estratégias que foram
estabelecidas nessas circunstâncias.
Em vez de fazerem do sector educativo um campo
privilegiado da luta partidária e sindical, seria de esperar
que se criassem consensos e estabelecessem princípios
orientadores para as próximas décadas, tendo em conta
a realidade actual da sociedade portuguesa. Deixando de
tomar as medidas avulsas com que se tem vindo a tentar
responder a cada dificuldade que surge, acrescentando
remendos novos num tecido que já tinha sido muito remendado pelos governos precedentes, seria de esperar
que se pusesse em marcha uma iniciativa conjunta para
repensar na sua globalidade o ensino em Portugal, desde
o pré-escolar ao superior, com a elaboração de uma nova
Lei de Bases ou um instrumento orientador equivalente,
a vigorar sem alterações nos próximos 20 ou 30 anos,
independentemente da cor partidária que venha a ter o
ministro do sector.
Esta tem de ser a hora – e já é tarde – para fazer um
balanço de tudo o que aconteceu ao longo dos últimos
40 anos no ensino em Portugal, com o muito de bom que
foi conseguido, mas também com as experiências fracassadas ou as soluções ultrapassadas que foram entretanto
ensaiadas. Com base nessa experiência, tendo em conta
a realidade actual e a que é previsível para as próximas
décadas, o país tem de se pôr de acordo para instaurar
um sistema de ensino que possa pagar e que se ajuste à
nova realidade demográfica, mas que esteja também em
condições de responder positivamente aos desafios que a
nossa sociedade vai enfrentar no futuro próximo.
Será possível consegui-lo, mesmo na situação de bi-polarização política radicalizada que se vive? É uma missão
que, infelizmente para todos, se augura quase impossível…
Luís Fardilha
s . miguel da maia
t: 229448287/229414272 /229418052 ▪ fax: 229442383 ▪ e-mail: [email protected]
Director: Padre Domingos Jorge ▪ Registo na D.G.C.S. nº 116260 ▪ Empr. Jorn./Editorial nº 216259
tiragem: 1.500 exemplares Impresso na Tipografia Lessa
▪
Largo Mogos, 157 - 4470 MAIA
▪
t: 229441603
www.paroquiadamaia.net