o milagre da missa - Juventude Alegria de Maria

Transcrição

o milagre da missa - Juventude Alegria de Maria
Juventude Alegria de Maria
O MILAGRE DA MISSA
(Entrevista com o presidente do Instituto PontifÃ-cio Litúrgico de Roma)
Os católicos estão tão acostumados a viver o milagre da missa q podem deixar de se surpreender.
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O que é a Missa? - A Missa é a Ceia do Senhor. A Missa é a celebração do Mistério Pascal de Jesus Cristo. Cristo
instituiu a Eucaristia na Quinta-Feira Santa no Cenáculo no marco da Páscoa hebreia, para deixar a todos os cristãos a
nova Páscoa com a sua presença salvadora, até ao fim dos tempos.
A Ceia de Cristo vai unida à Cruz redentora, por isso a Ceia é a antecipação ritual do sacrifÃ-cio da Cruz que chega a
nós em forma de banquete e desta forma temos os três elementos que são fundamentais em toda a Missa ou
Eucaristia: o sacrifÃ-cio de Cristo, o memorial da sua morte e ressurreição e o banquete festivo onde comemos o Corpo
de Cristo e bebemos o seu Sangue.
Deste modo manifesta-se com clareza como a Missa ou Ceia do Senhor é por sua vez inseparavelmente:
- SacrifÃ-cio no qual se perpetua o sacrifÃ-cio da cruz
- Memorial da morte e ressurreição do Senhor
- Banquete sagrado no qual, pela comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor, comemos o Corpo e bebemos o
Sangue de Cristo.
Alguma destas dimensões (sacrifÃ-cio, memorial, banquete) é mais importante do que outra?
Estas três dimensões da Eucaristia são inseparáveis. O sacrifÃ-cio perpetua a morte sacrificial de Cristo na cruz.
O memorial transmite-nos e actualiza a morte de Cristo através dos séculos e o banquete transporta-nos ao cenáculo
onde Cristo instituiu a Eucaristia antecipando ritual e sacramentalmente o sacrifÃ-cio da cruz.
É necessário que o mistério eucarÃ-stico seja considerado na sua totalidade sob os seus diversos aspectos, de modo
que brilhe perante os fiéis com o esplendor devido e se consiga aquela compreensão que o ConcÃ-lio Vaticano II
propôs à Igreja.
A constituição de liturgia, no número 47, diz com clareza e precisão: «O Nosso Salvador, na última Ceia, na noite em
que ia ser entregue, instituiu o sacrifÃ-cio eucarÃ-stico do seu Corpo e do seu Sangue, com o qual ia perpetuar pelos
séculos, até à sua volta, o sacrifÃ-cio da cruz e a confiar assim à sua Esposa, a Igreja, o memorial da sua morte e
ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vÃ-nculo de caridade, banquete pascal, no qual Cristo é nosso
alimento, a alma enche-se de graça e nos é dada a prenda da glória futura».
Trata-se de um texto denso e sintético, uma magnÃ-fica sÃ-ntese da fé eclesial no santÃ-ssimo Sacramento da Eucaristia.
Certamente é digno de sublinhar a vontade especÃ-fica que tem o citado texto de acentuar o carácter objectivo e
concreto das palavras de Cristo: «fazei isto em memória de mim».
Trata-se de um memorial, ou seja, de um facto salvÃ-fico que se actualiza cada vez que se repete. Também a Eucaristia
é confiada à Igreja, esposa de Cristo e perene depositária do memorial do Senhor. A Eucaristia é a garantia entregue Ã
Igreja pelo seu Senhor.
A Eucaristia é o memorial da morte e ressurreição de Jesus. Nela se faz memória da “bem aventurada paixão, da
ressurreição de entre os mortos e da gloriosa ascensão aos céus» de Cristo Jesus.
Que relação tem com a Páscoa judaica?
De tudo isto se deduz que a Eucaristia é o centro e a sÃ-ntese do Mistério Pascal de Cristo e por isso o centro e o cume
de toda vida cristã.
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Criado em: 2 October, 2016, 14:41
Juventude Alegria de Maria
O texto do Vaticano II é herdeiro de outros textos do ConcÃ-lio de Trento. Já Trento, seguindo a tradição apostólica e
patrÃ-stica, havia visto na morte de Cristo o cumprimento do facto pascal antigo e havia distinguido o rito pascal hebreu
do facto memorial celebrativo de Jesus.
Mas, por sua vez, esta relação entre a Páscoa judaica e a morte de Cristo está presente nos mesmos relatos
evangélicos, assim, em Mateus 26, 2: «já sabeis que dentro de dois dias se celebra a festa da Páscoa, e o Filho do
homem será entregue para que O crucifiquem». E em João 13, 1: «Era a véspera da festa da Páscoa. Jesus sabia
que havia chegado a hora de deixar este mundo para ir ao Pai».
Toda a força libertadora, salvÃ-fica e espiritual da antiga Páscoa judaica passou à Páscoa cristã que na Eucaristia
encontra a sua plena reconciliação, mas com a novidade fundamental e o componente básico que dá o próprio
Cristo, o qual lhe deu um novo significado, assumindo e continuando o anterior.
O rito pascal judeu prolongava no tempo a Páscoa do Êxodo que era a libertação de Israel e a sua eleição para povo
santo. Agora Cristo vê no seu sacrifÃ-cio pascal a plena e total libertação do homem, a sua redenção da escravidão,
a sua elevação à santidade.
A Igreja, perpetuando no tempo esta Páscoa, antiga e nova, recolheu todo o seu potencial libertador, oferecendo-o a
todo o homem. E como a Páscoa judaica havia passado a um rito, ou seja, havia-se ritualizado e cada ano se faz
memorial dela, assim ocorrerá com a Páscoa-morte de Cristo, ritualizada sacramentalmente na nossa Eucaristia.
Para Cristo, a sua morte é a verdadeira Páscoa, a sua passagem do mundo ao Pai, uma passagem na qual vai incluÃ-da
a redenção plena dos homens. Para os cristãos, esta Páscoa é a origem da sua existência, porque é a origem da
Igreja, nascida do lado de Cristo.
A Eucaristia é a continuação do mistério de Cristo; o momento no qual o mesmo culto que Cristo deu ao Pai passa a
ser nosso culto, participado agora por nós.
A Eucaristia como sacrifÃ-cio pascal de Cristo, da sua morte e ressurreição, reflecte em si toda a realidade da Igreja,
sintetiza-a, concretiza-a, representa-a, é a sua fonte e cume.
- «S. Francisco de Assis entendeu muito bem que ao redor da Eucaristia o homem se faz mais homem e o frei mais frei,
e mais, diria que o homem se faz mais irmão. Ou seja, a Eucaristia ajuda-nos a ser mais homens e mais irmãos».
Ao convidar a discernir perante a Eucaristia, é como se São Francisco nos dissesse a cada um de nós: quando há
momentos significativos da tua vida e tens de tomar decisões, detém-te perante a Eucaristia, e tenta raciocinar com a fé,
pois a fé leva-nos a discernir e a ver no pedaço de pão e no vinho a presença de Cristo.
«Sublime humildade e sublimidade humilde! Que o Senhor do Universo, Deus, e o Filho de Deus Se humilhe a ponto de
Se esconder por nossa salvação num pedaço de pão».
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