Julho - Gazeta Valeparaibana

Transcrição

Julho - Gazeta Valeparaibana
Ano I
Edição 07
Educação, Cultura e Meio Ambiente
JULHO 2008
1985
2008
01 - Dia da vacina BCG
(Tuberculose)
04 - Aniv. Morte de Monteiro
Lobato
06 - Aniv. Nasc. de Dalai Lama
07 - Aniv. “
de Rodrigues
Alves
Dia da Cultura e da Ciência
08- Aniv. Nasc. de
Procópio Ferreira
09 - Dia da Revolução Constitucionalista Paulista
Aniv. da Morte
de Vinícius de Morais
10 - Aniversário de
Pindamonhangaba
Aniversário de
Bananal
11- Aniv. de Nasc. de Sérgio Buarque de Holanda
14 - Dia da Liberdade de
pensamento
17 - Dia da Proteção das
Florestas
18 - Aniv. da
Coroação de
D. Pedro II
(1841)
Aniv. Morte de Padre
António Vieira
Aniv. Morte de Bento
Gonçalves
23 - Aniv. Morte de Alberto
Santos Dumont
26 - Dia dos vovós
Aniv. Nasc. de Cassiano Ricardo
27 - Aniv. de São José dos
Campos
29 - Aniv. Nasc. da Princesa Isabel
31 - Dia da Libertação dos
Povos Indígenas
Aniv. Nasc. Inácio de
Loyola Brandão
Educação - Cultura - Cidadania - Meio-Ambiente - Comportamento - 3ª Idade - Saúde
JULHO
2008
Gazeta Valeparaibana
www.gazetavaleparaibana.com
Editor Responsável:
João Filipe Frade de Sousa
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A doação do Joãozinho...
No parque, Joãozinho pede dinheiro a sua mãe para dar
a um velhinho. A mãe, sensibilizada, dá o dinheiro, mas pergunta ao filho:
- Para qual velhinho você vai
dar o dinheiro, meu anjo ?
- Para aquele ali que está gritando: “Olha a
pipoca quentinha!!! “.
Por: Francisco Viana
Olhe em torno e você verá que os ícones estão caindo. Parafraseando velho Marx, toda reputação que é sólida está se
desmanchando no ar. A experiência da liberdade de imprensa,
num país de tradição autoritária está mostrando a verdadeira
face de políticos, principalmente políticos, que se fazem passar por cordeiros, gente de bem, mas que na verdade são abutres ou aves de rapina a atacar o erário público.
Pergunta: O que você faria se de repente o seu nome aparecesse em meio a uma reportagem exibindo o seio da corrupção?
Você é uma personagem de prestígio, uma carreira sem nódoas ou mesmo com alguns percalços. A primeira reação é
negar tudo, indignado. A segunda, conseqüência da primeira é
processar a mídea. A terceira... é dizer que a reportagem tem
muitos furos, montar uma versão para consumo de amigos,
correligionários, etc... E, depois, apostar que tudo vai cair no
esquecimento. Delete. E pense num gesto nobre ou, no mínimo inteligente. Reconheça a culpa. Confesse o erro.
Acredite. É o melhor caminho. A questão, na essência, e hamletiana: ser ou não ser ?
Lembre-se dos filmes de júri americano. Há um momento em
que o promotor pergunta, por exemplo: você roubou ou não
roubou? É sim ou não. Ou, lembre-se dos antigos combates
medievais. Uma cidade sitiada procura manter os sitiantes à
distância de seus muros. Caso contrário, era inevitável. Seriam tomadas de assalto e destruídas. No caso das denúncias
da mídea, há momentos em que o combate pode ser comparado ao antigo cerco das cidades. Se a denúncia é objetiva do
gênero - recebeu propina, desviou verbas, articulou-se com
máfias, etc... é sinal de que os muros estão sendo invadidos.
Você procura um advogado de renome. Ele diz: “Negue. Negue
tudo. Vamos discutir o assunto na justiça.”. Sim é uma saída.
Mas em casos de denúncias de corrupção o público a prestar
contas não é só a justiça. O principal público é a sociedade. E
o julgamento desta é sumário, implacável. Começa pelos amigos, os parceiros, os eleitores, aqueles com que você faz negócios normais, legais. Depois vem a rejeição. O silêncio. Todos fogem. Todos lhe viram as costas. É como se você não
vivesse mais no mundo contemporâneo. O celular não toca. O
telefone não toca. O e-mail parece que foi desativado. Você se
torna um fantasma. É como se vivesse na Grécia de Péricles e
tivesse sido condenado ao ostracismo.
É terrível. Com o passar do tempo os processos se acumulam,
o ministério público bloqueia seus bens. De repente, você acorda e descobre que vive num inferno. Que a impunidade é
um mito como é um mito a história de que o brasileiro tem memória curta, que o brasileiro não sabe votar, que o tempo tudo
apaga. Não apaga não. A toda a hora o seu erro será lembrado.
Na escola dos seus filhos, no trabalho da sua mulher. A denúncia não contestada com provas que não possam ser questionadas ou que não suscite uma confissão de erro é como
uma mosca. Estará sempre zumbindo ao seu redor. Ou, uma
imagem um tanto mais refinada, lembra aqueles sacerdotes
que na Roma antiga acompanhavam os generais vitoriosos
nos desfiles pelas avenidas a dizer, enquanto eram ovacionados pelas multidões: “Você é mortal, você é mortal, você...”. A
mosca , se pudesse falar, diria a mesma coisa: “Você é mortal...” Ou, ninguém está acima do bem e do mal.
Ninguém no Brasil dos dias atuais, uma vez acusado de corrupção, nunca foi a público dizer: Errei. Por que ninguém reage assim? Certamente, porque o erro se banalizou. Passou a
fazer parte dos usos e costumes da política. Certamente, porque se aposta muito mais na absolvição pela justiça do que
pela opinião pública. Certamente, porque esqueceu-se de que
a reputação é uma soma de imagem com a identidade. E que
esta se dissolve quando discurso e prática se revelam dissonantes. O dado novo é que a liberdade de expressão está exigindo dos políticos uma nova postura. Sob o autoritarismo, a
sociedade vivia como quem caminha numa avenida à noite
onde não se pode ver a paisagem por falta de luz. Hoje, não é
mais assim. Seja noite ou seja dia, tudo está ficando claro,
bastante claro. Por isso as reputações estão se desmanchando no ar. No caso de admissão da culpa, você poderia ter o
consolo de ouvir as pessoas dizerem:
“Parabéns pela coragem”.
Página 2
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Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
Página 3
Grandes Nomes - Grandes Obras
O último dos grandes estadistas, Winston Churchill, gênio de múltiplas facetas, há de ser perpetuamente lembrado
como um dos mais exasperantes vultos da História. Acertou no vaticínio de
tantas crises que a sua capacidade de
previsão do futuro se tornou lendária
entre seus compatriotas. Foi, também a
voz da consciência Britânica, o tribunal
de última instância nos momentos de
perigo. Até à hora da morte, permaneceu irônico e de espírito singularmente
jovem; mesmo o seu aspecto pouco se
alterou no decurso de muitos anos.
Churchill deve ser considerado o mais
notável espírito de independência dos
tempos modernos. E não se imortalizou somente como homem de estado,
orador, historiador, biógrafo, humoristas, correspondente de guerra; estabeleceu, também, invejáveis recordes
como bebedor de brandy, artista, romancista, aviador, jogador de pólo,
soldado e proprietário de cavalos de
corrida.
Que fatores levam um homem a elevarse de simples posse de talento, ou talentos, à genialidade? Aqueles que
melhor conheceram Churchill afirmam
que a sua força provinha de uma combinação de virtude, tais como a energia, a inteligência e a memória... e uma
ambição como nunca terá havido outra
depois de Alexandre da Macedônia.
Winston Leonard Spencer Churchill
nasceu em 30 de Novembro de 1874,
num cenário de majestosa grandeza: O
Palácio de Blenheim, então propriedade de seu avô, o sétimo duque de Mal-
borough. Sua mãe, norte-americana,
era uma senhora de deslumbrante beleza, espírito ágil e invulgar sentido de
humor. “Eu adorava-a”, escrevia Churchill, “mas à distância. Encarei-a sempre como uma princesa de contos de
fada”. Quanto a seu pai, Lorde Randolph, era um homem talentoso que fez
uma brilhante, embora curta, carreira
no Parlamento Britânico.
Era Winston Churchill criança e já o
seu aspeto não deixava dúvidas quanto à intensidade do seu fogo interior;
baixo, tinha cabelos ruivos e a face
polvilhada de sardas, nariz arrebitado e
boca de talhe duro, voluntariosa, agressiva mesmo. Tinha, ainda, uns olhos azuis que se pousavam como um
misto de calma e de impaciência quer
sobre as crianças como ele, quer sobre
os adultos.
Os primeiros anos escolares de Churchill não apresentam qualquer semelhança com os da maioria dos grandes
homens. Desde muito cedo se revelou
tenaz inimigo dos livros de estudo, e o
seu internamento no caríssimo Colégio
de Ascot, como medida tendente a
transformá-lo, não foi coroado do menor êxito. Era frequentemente enviado,
pelos professores, à sala de castigos,
onde o diretor do colégio o açoitava.
Tinha horror ao latim e, durante todo o
tempo que esteve em “Ascot”, recusou-se, com inabalável firmeza, a
aprendê-lo. (Anos mais tarde. ao dar
pela utilidade de se intercalarem, nos
discursos políticos, algumas sonoras
frases em latim, fincou os cotovelos na
secretária (mesa) e, muito à sua maneira, decorou um dicionário inteiro de
citações latinas).
Em 1888, quando o futuro primeiro-ministro ingressou na escola de Harrow, meteram-no na classe dos alunos
mais atrasados. “Não era um rapaz
fácil de manejar”, diria, mais tarde, um
de seus professores. “Claro que toda a
gente lhe reconhecia uma inteligência
muito acima da média, mas só estudava quando queria e para os professores que apreciava”.
Dotado de uma superior energia e rebelde à disciplina, sofreu uma série de
castigos e provocou a hostilidade de
alguns dos próprios colegas, os quais,
todavia, guardaram uma profunda impressão do “Cabeça de cenoura”, como era conhecido em Harrow.
São do próprio Churchill
estas palavras: “Por ter
ficado tanto tempo nas
classes atrasadas, ganhei
uma imensa vantagem
sobre os melhores estudantes. Enquanto eles
aprendiam latim e grego e outra magníficas coisas do gênero, eu aprendia
Inglês. Um professor chamado Somervell (um homem encantador, a quem
muito devo) estava encarregado de
ensinar aos rapazes mais estúpidos a
matéria entre todos mais desconsiderada - escrever em Inglês. E ele sabia,
de fato ensinar. Como repeti três vezes
o terceiro ano,
não me faltou
tempo
para
aproveitar
as
suas aulas. E,
assim, comecei
a dominar a
estrutura
essencial da frase inglesa”.
Churchill ficou
reprovado duas vezes consecutivas
no
exame de Admissão à Academia Militar
de Sandhurst. Um tal capitão James,
que foi seu professor quando da terceira - e, finalmente, bem sucedida - tentativa, teria dito: “É impossível que este
rapaz tenha passado por Harrow. Deve
ter passado por baixo”. Uma vez na
Academia, porém, operou-se em Churchill uma transformação radical. A antiga teimosia, o caráter resoluto, denodado e indomável, nada disso o abandonou; mas foi perdendo, sim, o hábito
de desdenhar de tudo, bem como o
que havia de caprichoso no seu feitio
(caráter). Pôs-se a trabalhar com empenho, assistindo, com seriedade e atenção, às aulas e passando longas horas,
à noite, agarrado aos livros. Numa
classe de cento e cinqüenta alunos,
classificou-se em oitavo lugar.
Ao deixar Sandhurst, Churchill incorporou-se no quadro de Hussardos,
regimento de escola de cavalaria. Com
ele, seguiu para a Índia.
Houveram épocas em que ser culto, mestre ou mesmo nobre, não era, na verdade objetivos com os quais os homens de negócios se relacionavam ou mantinham afinidades. Hoje, por interesse ou necessidade de atender aos clamores da sociedade para o assunto, sociedade essa que são seus clientes, cada vez um maior numero de Empresários está
associando à sua marca ou ao seu negócio, slogans dirigidos aos temas mais divulgados pela mídia escrita e falada.
Assim, associando a sua marca a Educação, Ecologia, Cidadania e ás Artes, o consumidor, lhes traz a resposta
imediata ás suas necessidades mercadológicas. Regionalmente é positivo e comprovado o efeito positivo da divulgação
de atos e eventos, do patrocínio de ações culturais, conquistando com isso a simpatia e a admiração de seus clientes.
Não estamos mais no século XIX ou mesmo no século XX.
Estamos numa época em que a necessidade de preservar o meio ambiente e as tradições são um clamor da sociedade mundial ao qual a brasileira não é exceção.
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Caraguatatuba
(12) 3883-5277
DEFESA CIVIL
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Jacareí
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(12) 3625.5000
Guaratinguetá
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Caraguatatuba
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RODOVIÁRIAS
São José dos Campos
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Jacareí
(12) 3961.6640
Taubaté
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Guaratinguetá
(12) 3132.1380
Caraguatatuba
(12) 3882.1669
Tietê (São Paulo)
(11) 3135.0322
PRONTO-SOCORRO
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Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
Pedras Preciosas
Muitas religiões e doutrinas,
naturalmente perdidas, com o sucederse das grandes glaciações, que seguem
os grandes cataclismos naturais, onde
periodicamente a Natureza se recondiciona, e onde também os ciclos evolutivos, podem ser interrompidos, para separar “O trigo do Joio...” e, onde, depois,
no inicio, ressurgem as condições de
barbarismo, onde a revolução da Ciência
se integra com a religião da superstição,
o “Ciclo da Irmandade” se abre por certo
tempo.
Mas, pela obra de “Hanh-a-mar”, a preciosa bagagem cultural ligada às pedras
volta sempre, junto aos princípios da
doutrina que sempre se restabelece na
avaliação de um “Mestre Primordial”, de
sua esfera e de sua época.
“Mitologia - Lendas - Pedras Preciosas”
ma Verde e os homens ainda não conheciam a Gran Mágica para livrarem-se dos
Senhores.
Quando os Senhores estavam de bom
humor, o homem encontrava a caça, e
prosperava. Naqueles dias não fazia frio,
porque o Gran Olho Luminoso que estava no céu mandava o seu olhar de fogo
para aquecer os homens na Terra.
Mas quando os Senhores se iravam, não
havia lugar na Terra onde o homem pudesse abrigar-se do frio, e não encontrava caça para satisfazer a sua fome. As
hordas de animais ferozes, destruíam as
provisões dos homens que, lutavam,
entre si, para conseguir comida.
Naquele tempo vivia “Tah-Ai”. Também
ela com seu povo, tinha medo dos Senhores, mas a sua curiosidade era mais
forte que o temor; de tudo tinha medo e
curiosidade. Passava o tempo olhando
ao redor e se perguntava: Quem são estes Senhores ? Será que existem Senhores bons ?
Perguntava-se se era verdade o que se
dizia, que atrás do horizonte acabava o
mundo e os que lá se aventuravam, caíam num escuro abismo, sem fundo e
sem fim...
Perguntava-se por que o céu chorava
quando o Olho de Fogo ia embora, e por
que a água do rio corria sempre sem poder parar... Além de tudo se impressionava cada vez que o Mundo ficava escuro,
como se a escuridão encobrisse a sua
morada, e, sentia, que através da escuridão mil olhos luminosos a fitavam...
Há cento e vinte mil anos antes de Cris- Quando a Gran Luz desceu à Terra, Tahto, desaparece a civilização “Atlântida”, Ai pensou que os Senhores bons tinham
chegado, mas, cada vez que tentava se
por cataclismos naturais.
aproximar deles, a luz feria seus olhos e
tinha que voltar para trás... Ainda muitas
luas, deveriam passar antes que Tah-Ai
pudesse se aproximar.
Há cento e trinta mil anos antes de Cristo, nasce a civilização “Atlântica” que
vem substituir aquela Hiperbórea.
Há seiscentos mil anos antes de Cristo
inicia-se um outro período de grandes
glaciações.
Há quatro milhões de anos antes de cristo floresce a civilização tecnológica e
espiritualmente avançada de “RUL”, na
qual “Hanh-a-mar” organiza uma cultura
unificada em todo o planeta.
Antes... domina a ignorância e a superstição, mas raízes míticas da tradição
“SHAN”, onde se constitui o primeiro
“Hanh-a-mar” deste planeta. Tem inicio a
vida animal e comparecem sobre o planeta os míticos “Mestres Primordiais” e,
deles, “TAH-AI” recebe o ensino.
Existiu um tempo em que o Mundo era
possuído pelos Senhores da Escuridão.
A Gran Luz ainda não tinha trazido a Ge-
Página 4
Um dia, porém, seu esforço foi premiado;
os Imortais se aperceberam dela e fizeram-na dona de 22 pedras mágicas com
as quais ela poderia conhecer a linguagem das coisas e do Mundo.
Tah-Ai gostava muito de brincar com as
suas pedras... e, daquele dia em diante
tornou-se muito hábil em fazer coisas
nunca vistas: podia falar com os animais
e com as coisas, sabia encontrar ervas
da felicidade e trocar as cores do mundo.
Daquele dia em diante os poderes de
Tah-Ai tornaram-se conhecidos em toda
a tribo e ela tornou-se forte e poderosa.
Então voltou a visitar os Imortais, para
ter aquilo que ainda procurava, e lhes
falou: É muito grande o dom que me destes. Agora posso brincar e alegrar a minha gente. Posso conhecer o nome das
coisas e falar com os seres que são diferentes de mim. Mas isto não é o bastante. O mundo é governado pelos Senhores do mal e eu quero vencê-los. Quero
ensinar os meus filhos a dominarem o
mal do mundo.
Ai, o mais velho dos Imortais convidou
Tah-Ai a sentar-se à sua frente, no meio
da cerca e, falou-lhe assim: Tah-Ai, tu
demonstraste fazer bom uso das pedras
mágicas, e na riqueza e no poder soubeste manter-te humilde. Não te perdeste
na prosperidade. Por isto, presenteio-te
com o Sigilo do Espírito.
Assim dizendo, estendeu a mão e disse:
Com isto a vida e a morte, o céu e a terra
não terão mais segredos para ti. Com
isto, poderás vencer o mal e unir-te aos
justos e, poderás fazer dono disto a
quem achares digno de recebê-lo.
Tah-Ai sentiu a frente queimar abaixo da
mão do Imortal e naquele momento viu
em volta de si tudo aquilo que antes não
via.
Quando o velho recolheu a mão, na frente de Tah-Ai, brilhava uma grande Gema
Verde.
Foi assim que Tah-Ai conseguiu ver todos os mundos que estavam à sua volta
e, seu poder cresceu tanto que foi capaz
de comandar ventos, as chuvas e afastar
as feras.
Enfim, viu os Senhores nos seus verdadeiros aspetos e não teve mais medo
deles e, até sentiu piedade deles, e, com
a Gema Verde pôde falar com os mortos
e, com o seu poder, assegurar a prosperidade a toda a sua gente.
Tah-Ai tornou-se a Mestre do Vilarejo e
todos se chegaram a ela para aprender a
brincar com as pedras mágicas. Revelou
aos seus amigos mais atentos o que sabia e levou-os também ao Cerco dos Imortais, que deram, também, a eles, o
dom da Gema Verde.
E foi assim que, daqueles dias em diante,
os Senhores do mal não tiveram mais a
coragem de comparecer às terras deste
mundo, porque muito grande tinha-se
tornado o poder dos homens.
mente do Livro Graal, ou seja: O Atmar
da cultura Shan.
A “Taça de Graal”, recavada de uma
grande pedra esmeralda, é o símbolo
maior e mais conhecido para ser ligado a
uma epopéia: a do Rei Artur, onde é interpretada como a “Copa do Saber”, já
que conteve o sangue que doa a imortalidade.
Mas a Copa aparece também em civilizações muito mais antigas e, hoje, desaparecidas totalmente. Por exemplo: o Culto
da Copa de Ouro dos povos do Norte da
Europa, os Celtas, típicos e de origem
arcaica: ou da Copa que se serviam os
“Atlântidas” nos seus cultos religiosos ,
como refere Plantão no seu “Timeo”; ou
a cópia disso, a Copa Eucarística da Missa dos Católicos...
Mas poucos sabem que a Copa, segundo
doutrinas bem mais antigas, era entendida como o “Universo” contendo estrelas
e planetas, e a “Cerca do graal” era considerada a “Cerca das Estrelas”, da qual
o Sol mera o elemento Mestre. Também
poucos sabem que a interpretação mais
significativa da “Pedra Graal” ou
“Esmeralda” encontrada em muitas das
tradições esotéricas é, acima de tudo,
aquela que se referee à “Tradição Primordial”, pois a aura desta ordem é verde esmeralda, a cor do ensino, que sinaliza o Shamani ou o “Mestre Primordial”.
Muitas tradições ligam a pedra ao planeta “Vênus”, pondo-o em relação a um
corpo celeste que caiu na Terra em épocas imemoriais e muitas são as fontes,
que sustentam que esta pedra era enorme e verde. Uma esmeralda é chamada
de “Lapis Exilis” ou pedra caída do céu,
ou pedra da Luz, ou ainda, simplesmente
pedra verde, de onde se recavou a “Taça
Graal”.
Segundo os Muçulmanos, a “Caaba” era
uma enorme pedra verde que caiu do céu
e que se tornou preta, carregando-se de
pecados do mundo. A pedra verde é
sempre citada nas tradições primitivas,
como por exemplo: a pré-colombiana,
onde o Gran Sacerdote Quetzalcoatl obtinha a potência das estrelas, pois tinha
como intermediária uma grande esmeralda mágica.
E o esoterismo do mito do Graal, reconduz sempre a um único ponto, seja como
Livro, Copa ou Pedra: ao fato que sempre desaparece da Terra onde se inicia,
sempre, por parte dos homens, a sua
procura...
Conhece-se, principalmente
pelo ciclo de Lendas ligadas aos
“Cavaleiros da Mesa Redonda” (Távola
Redonda). o contexto esotérico da Taça
que teria servido Jesus Cristo, na
“Última Ceia”, e a José de Arimatéia para
colher o sangue do próprio Cristo.
Na realidade, pode-se afirmar que os
Cristãos se apropriaram do “Mito do Graal”, pois este é infinitamente mais antigo.
A “Lenda de Graal” se perde na noite
dos tempos imemoriais e, pode ser a
interpretação, até do evento da descida à
Terra dos misteriosos “Mestres Primordiais”.
A representação do Símbolo do Graal
pode ser vista sob várias formas: como
um livro, contendo mistérios esotéricos
da vida e da morte, ou do Atmar: sapiência do tempo. Ou como uma Taça contendo todo o conhecimento possível do
homem. Mas, acima de tudo, as características esotéricas de uma pedra: precisamente a esmeralda.
O Graal, entendido como livro, represenQuando o homem apareceu na Terta o “Caminho do Iniciado” que realiza ra, encontrou-se num Mundo onde a Nauma série de etapas para alcançar o tureza iria lhe reservar muitas surpresas,
“Conhecimento Total”. Este caminho nas suas descobertas.
necessita de indicações preciosas, justaEntre as grandes descobertas do homem, na antiguidade, podemos citar a
dos minerais; acima de tudo, aqueles de
estrutura complexa, iguais entre si, o
surpreenderam, pois assim como muitas
manifestações da Natureza, nada mais
eram, como ele próprio, componentes
nascidos da mesma experiência, em que
uma nuvem cósmica se transformaria
gradualmente numa manifestação integrada.
A relação do homem-mineral ressalta um
aspecto assombroso da experiência humana onde, principalmente, evidencia-se
a sutil e profunda ligação que interliga o
homem, a gema e o metafísico.
O Projeto Educar destina-se a desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e a interação com a cidade www.gazetavaleparaibana.com
Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
Página 5
Comportamento
GESTALT = Gestalt é um termo intraduzível do Alemão, utilizado para abarcar a
teoria de percepção visual, baseada na
psicologia da forma.
A percepção de que o planeta
Terra, com idade de 5 bilhões de anos é
um ser vivo, pode ser um instrumento
importante para a materialização da relação organismo/meio ambiente da Terapia
Gestalt.
A teoria Gaia, do cientista Inglês James
Lovelock, afirma que “a Vida e a Terra
evoluem juntas, excluindo o paradigma
da visão científica convencional, onde
reina o apartheid entre os vários campos
das disciplinas ambientais”. A proposta
dessa nova-antiga visão é fazer uma síntese das contribuições da geologia, geoquímica, biologia evolutiva e climatologia, transformando a concepção grega da
Terra, enquanto deusa viva, numa teoria
fundamentada cientificamente e apoiada
em uma nova disciplina, a Geofisiologia.
Entretanto, apresentar o planeta Terra
como Gaia - Mãe Natureza - de forma
compreensível e tentar levantar algumas
questões que mostrem a famosa relação
organismo-ambiente e as dinâmicas
fronteiras de contato é, para um geólogo,
uma tarefa difícil e, por não dizer, audaciosa.
Peris, o pai da Terapia Gestalt, dizia que
não é possível analisar um ser humano
independentemente do oxigênio que ele
respira. Mesmo que suas palavras não
devam ser tomadas ao pé da letra, o oxigênio, elemento chave para a existência
da vida, está presente na atmosfera numa percentagem de 20,8 %. Se sua concentração estivesse acima desse valor,
relâmpagos poderiam transformar o planeta numa bola de fogo; valores abaixo
acarretariam uma deficiência desse elemento para muitas espécies que não
sobreviveriam, inclusive a nossa.
As algas microscópicas que vivem nos
ambientes aquáticos, notadamente nos
Oceanos - fitoplancton - são as maiores
responsáveis pela regulagem do percentual de oxigênio na atmosfera. Elas se
beneficiam da “tecnologia” conhecida
como fotossíntese, que é a transformação do CO2 em oxigênio livre, na presença da luz solar.
É preciso ressaltar que os vegetais são
os nossos “órgãos” externos da respiração. Eles retiram o CO2 e fornecem o
oxigênio, elemento indispensável para a
vida animal. Da mesma maneira, sem o
reino animal as plantas também morreriam, pois nós devolvemos à atmosfera
CO2, o mais importante alimento das
plantas.
Todos sabemos da importância da respiração e da necessidade de respirar um ar
puro, hoje difícil nos grandes aglomerados urbanos. Até que ponto o não saber
respirar corretamente ou respirar um ar
contaminado interfere no equilíbrio
(saúde e psíquico) humano ?
Um outro exemplo que demonstra que a
Terra funciona como um organismo vivo
é a salinidade das águas marinhas. A
água do mar é salgada devido à quantidade de sais nela dissolvida, que chegaram e chegam aos oceanos através das
erupções vulcânicas e do aporte de águas continentais. Se considerarmos os
últimos 18 milhões de anos, a quantidade de sais lançados pelos rios no ambiente marinho já seria suficiente para
transformar os oceanos em um verdadeiro mar morto., com teor de salinidade
acima de 40%. Entretanto, a quantidade
média de sais na água do mar permanece, desde origem dos oceanos, em 35%,
porque os organismo microscópios que
habitam o ecossistema marinho concentram excesso de sal, permitindo que exista vida.
A origem da vida, como diz a ciência, se
deu há 3 bilhões de anos, nos oceanos, e
nós somos - à luz da teoria da evolução
de Darwin - filhos desse grande útero
materno.
Levando-se em consideração a quantidade de água que caiu na Terra ao longo de
sua história geológica, ela seria suficiente para tornar o pH de todos os solos
ácidos, tornando inviável a presença de
vegetação no planeta. Entretanto, as bactérias e outros microorganismos que
vivem nos solos garantem a cobertura
vegetal. Os vegetais, por sua vez, interferem sobre o clima. Não fossem os mecanismos utilizados pelo “fitoplâncton”,
“zooplâncton” e pelos microorganismos
do solo, não existiria vida no Planeta
Terra.
Percebendo a Terra como um ser vivo,
Peter Russel, em seu livro “ O Despertar
da Terra” advoga que nós, seres humanos, constituímos as células do planeta.
Seria esse o inconsciente coletivo de
JUNG, produto do pensamento de 6 bilhões de “células” que formam o
“cérebro global” da Terra Viva ?
Os desequilíbrios do planeta, provocados pela emissão de gases estufa na
atmosfera, chuvas ácidas, buraco na
camada de ozônio, desmatamentos e
extinção de espécies, não sugerem que o
ser humano, como célula do cérebro do
planeta, esteja naturalmente desequilibrado, precisando religar-se com os princípios da sua evolução biológica?
Inserir técnicas que levem o homem ao
contato com o ambiente natural não seria um instrumento importante na Terapia
Gestalt ? Saber que nós somos o planeta, materializado, quando estamos em
“awareness” com Gaia, é sem dúvida um
elemento importante na compreensão da
teoria da percepção enfocada pela Gestalt. Somos parte de Gaia e, como a parte
contém o todo e o todo é maior que a
soma das partes, a Terra é a totalidade. A
mãe natureza está doente. Ela necessita
de um olhar sensível e equilibrado para
se manter viva. Temos que deixar de nos
comportar como um ego encapsulado na
pele (“Tudo que estiver dentro de minha
pele sou eu, e o que está fora da minha
pele não sou eu”). É preciso tornar porosas as fronteiras de contato. A Terra é o
personagem principal.
Nós, seres humanos, que adoecemos
Gaia, não deveríamos ser figurantes,
como forma de garantir a própria sobrevivência ?
Por: Luis Lira
Fonte:Somos todos um
Por: Graziella Marraccini (astróloga)
Fonte: Somos todos um
Os noticiários de todo o país não param
de noticiar a queda e conseqüente morte
da menina Isabella que aconteceu em
São Paulo há umas poucas semanas
atrás. A primeira pergunta que vem à
cabeça, ao ouvir tal notícia é: será queda
ou assassinato? Á medida que o tempo
passa, parece mais evidente que a criança foi realmente jogada pela janela, provavelmente após ter sofrido uma agressão, já que apresentava ferimentos e até
sinais de sufocamento. Mas, me pergunto, o que leva um ser humano a cometer
tamanha monstruosidade ? A primeira
coisa que eu fiz, como astróloga, foi dar
uma olhada no mapa do céu, e nem precisava fazê-lo realmente, pois eu sabia
que, há algumas semanas uma oposição
entre os planetas Marte e Plutão, poderia
indicar um aumento de violência, e isso a
nível mundial. Essa oposição, também
chamada de alinhamento, já estava presente desde janeiro e há várias semanas
eu havia comentado seus possíveis efeitos no sentido de fazer explodir nossa
raiva interior em atos agressivos. especialmente no ambiente doméstico. Marte
esteve retrogrado e chegou a entrar em
Gêmeos, mas agora ele transita em Câncer que é o signo que tem analogia com
a família, com o ambiente doméstico.
Esse aspecto terminou praticamente no
final de março, mas então entrou em cena Júpiter, também em oposição com
Marte. Marte é o regente natural de Áries,
e tanto a mãe (Ana Carolina) quanto a
filha (Isabella) eram arianas ! Ai, meu
Deus, não fiquem apavorados achando
que todos os arianos vão sofrer agressões desse tipo, pois, provavelmente, no
mapa astral dessas duas criaturas havia
uma indicação de que elas sofreriam
este tipo de agressão neste momento de
sua vida. Uma criança que morre antes
dos 7 anos encarna praticamente para
“dar um recado” a alguém ! São pequenos anjos que se sacrificam para deixar
uma marca especial em sua passagem.
Porém, não podemos esquecer que muitos atos de violência doméstica não aparecem na mídia, nem fazem parte das
estatísticas. Minha empregada me disse
que no sábado à noite (enquanto se noticiava a morte de Isabella) um vizinho de
casa havia matado a facadas a esposa e
os dois filhos ! E esse caso nem foi noticiado !
Porém, minha reflexão sobre esses atos
insanos é mais inerente ao fato de que,
muitas vezes, não conseguimos conter a
raiva e cometemos atos agressivos dos
quais certamente nos arrependemos minutos depois ! O ato de agressão não é
controlável racionalmente, pois em muitos casos ele se manifesta de forma
“quente”.
A raiva deriva das fúrias, que não são
outra coisa senão frustrações guardadas
interiormente. Mas, as frustrações são
inevitáveis, dirão vocês, então, como
controlá-las?
A astrologia é capaz de traçar um perfil
do caráter do individuo e pode nos informar sobre as propensões ou direcionamentos de suas ações. Todo o individuo
se expressa através das qualidades do
Sol, da Lua, de Mercúrio e de Marte no
consciente, iniciando a entrada no campo inconsciente com as qualidade de
Vênus, Júpiter e Saturno, neles incluíndo
a memória racial e a familiar. Portanto,
concluímos que a energia de Marte pode
ser controlada voluntariamente. No entanto, existem planetas chamados de
“transpessoais” que nos conectam com
o carma coletivo. Esses planetas: Urano,
Netuno e Plutão, possuem energias dificilmente controláveis em nível individual,
pois se baseiam na estrutura profunda
da psique. Na Árvore da Vida eles formam o triângulo superior que nos conecta com a consciência cósmica.
Podemos concluir então que se deixarmos nossa raiva explodir de forma
“marciana” estaremos canalizando essa
energia “quente” de forma visceral, animal e verbal e causaremos algum estrago, à nossa volta, atacaremos e agrediremos alguém (mesmo que ele não seja o
causador da frustração inicial) ou então
causaremos mal a nós mesmos, ainda
que sem ter essa intenção.
Se esperarmos a frustração esfriar, colocando-a na geladeira “saturnina”, ela se
tornará ressentimento e poderá encontrar dificilmente uma forma de se manifestar, a não ser no caminho indireto: Irá
se expressar através de palavras mordazes, sarcásticas, expressões de frieza,
ações indiretas, mas capazes de causar
dor e bloquear as novas experiências.
Por último, se essa frustração for guardada por longo tempo, de forma
“plutoniana”, cristalizada e congelada
pela criogenia, se tornará ódio, e esse
sim é o nosso pior inimigo ! Destrutivo e
incontrolável, o ódio explode como uma
bomba relógio sua destruição será imensurável. Esse tipo de frustração/ódio
é também o maior causador de câncer.
A meu ver, somente o amor é o verdadeiro antídoto do ódio, e não é aquele amor
possessivo, individual, que visa somente
a satisfação do próprio Ego. Estou falando do amor universal, aquele que abre
nosso coração e nos ajuda a aceitar o
outro sem preconceito nem prejulgamento. Eu creio que existem duas palavraschave para superarmos o perigo de sofrer uma explosão de raiva: PERDÃO e
AMOR. Com essa duas palavrinhas traduzidas em atos e comportamento podemos curar o ódio que causa tanto estrago e tanta dor.
Pensem nisso este mês, irradiem Amor à
sua volta e sobretudo, não julguem precipitadamente: perdoem para serem perdoados.
Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas.
Senhores Empresários patrocinar cultura é patrocinar desenvolvimento e cidadania. Este País e o seu futuro agradecem 0xx12 - 3902.7629
Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
O Planeta e você
ta mil quilos) de lixo espacial voltaram à
Terra.
Segundo ele, as agências espaciais dos
EUA e da Rússia monitoram a localização
dos objetos maiores, que representam
perigo real para as espaçonaves e os
Não bastasse ao homem sujar e
emporcalhar seu habitat, o planeta Terra,
com esgotos não tratados, contaminação
dos lençóis freáticos, desmatamentos no
interior e no litoral, o ar com poluentes, já
fomos além do problema do buraco de
ozônio, muito além.
Agora estamos poluindo o espaço cideral... Segundo dados da AEB - Agência
Espacial Brasileira, na ONU - Organização das Nações Unidas, ainda não se
atingiu consenso como enfrentar o problema. Escreve na página da AEB, Flávio
Henrique Lino, que um vasto LIXÃO ESPACIAL é no que se transformou a órbita
da terra desde que o Sputnik 1 subiu ao
espaço no ano de 1957.
Diz também que “em meio século de viagens espaciais, o homem conseguiu
transformar o entorno do planeta numa
gigantesca área de restos, detritos, destroços que, eventualmente, obedecem à
Lei da Gravidade e caem de volta, deixando um rasto de fogo nos céus”.
Diz também Henrique Lino que “A Nasa
estima em dezenas de milhões a quantidade de detritos espaciais variando em
tamanho de menos de um centímetro a
mais de um metro.”.
Lixo Espacial que caiu no Estado de
Goiás - Brasil - em Março de 2008
satélites em torno da Terra, pois muitos
viajam a uma velocidade de até 40 mil/km
hora.
Também, segundo a NASA, nos últimos
40 anos, todos os dias um objeto catalogado cai na terra.
O caso mais famoso de lixo espacial foi o
satélite Skylab, de 69 toneladas, cujos
destroços caíram - sem qualquer controle - no Oceano Índico e na parte ocidental
da Austrália, em 11 de Julho de 1979,
deixando o mundo numa tensa expectativa. E, não é para menos, consideremos
as probabilidades de um pequeno objeto
de um único quilo, a uma velocidade de
40 mil quilômetros horas atingir, por exemplo um avião comercial, um arranha
céus comercial em horário de expediente, ou então residencial, durante a noite.
Por enquanto, na sua maioria estão caindo nos oceanos, vejamos: “A estimativa
é de que entre 20 a 35 toneladas de material resistiram à fricção de entrada e caíram no Oceano Pacífico Sul, a Leste da
Nova Zelândia - área designada por tratados internacionais como “LIXÃO” espacial do planeta.
O pior é que o mundo ainda não encontrou nenhuma forma para a solução do
problema, o homem sabe sujar e o pior
muito e pior ainda, não sabe como limpar. Pergunta-se? Por que então continuar no mesmo caminho ? Porque não parar e repensar o que o ser humano quer
de futuro e como quer viver neste planeta ?
Tanque de um foguete espacial que
caiu no TEXAS - USA
Segundo Lino “A solução para o problema do lixo espacial, no entanto, ainda
está tão longe de ocorrer quanto Plutão
Acrescenta ainda que “Atualmente, cerca está do Sol.”
de 11 mil objetos maiores de dez centíFilipe de Sousa
metros catalogados orbitam a Terra, e
sabe-se que há mais de cem mil com tamanho entre um e dez centímetros. As
estimativas para objetos menores do que
isso chegam a dezenas de milhões”.
Mais, “Os objetos vão batendo uns contra os outros e se fragmentando, aumentando cada vez mais o numero deles em
órbita” explica José Monserrat Filho, vice-presidente, da Associação Brasileira
de Direito Aeronáutico e Espacial.
Diz ainda Flávio Henrique que “De 1999 a
LIXO ESPACIAL
2003, 840 toneladas (oitocentos e quaren-
Página 6
“Lixo Espacial”
Como caminhamos e para onde
está caminhando a humanidade. Tecnologia, facilidades, evolução... Será que este
é o caminho ? Progresso a todo o custo.
O imediatismo descontrolado de facilidades , a busca frenética pelo novo... Será
que este caminho nos levará a algum
lugar?
Tem-se falado muito ultimamente dos
congestionamentos nos grandes centros
urbanos, especialmente na megametropole São Paulo, onde a ,previsão é que
no máximo em até 10 anos suas vias não
suportarão mais nenhum veiculo automotivo. Está superlotada, o transito de veículos ficará impossível...
Tem-se falado também em crise alimentar, o homem não está mais conseguindo
plantar e colher aquilo que necessita para sua alimentação básica...
Tem-se falado muito também que o petróleo vai acabar e que para isso se precisa
urgentemente encontrar nova forma alternativa para substituí-lo...
Mas, não tenho ouvido ninguém falar que
é preciso parar e repensar sobre a forma
de viver da humanidade; que o caminho
que temos vindo a trilhar nestes últimos
50 anos, caminho de destruição, guerras
e sangue derramado por petróleo, desmatamento, poluição de nossos rios e
nossa águas, emporcalhamento do ar
que respiramos, precisa ser revisto.
A TERRA não precisa de salvamento, a
TERRA como planeta se vira e muito bem
sozinha.
Como a humanidade vai caminhar para o
futuro é uma dúvida que deveria estar
presente em todas as mentes.
“Como a terra vai enfrentar o futuro é
uma certeza; ela vai oferecer seu alimento e proteção a outras espécies, novas,
que vão crescer e multiplicar.”.
Será que o homem ao empreender esta
caminhada de desenvolvimento, não teria
mordido de novo a Maçã?
Filipe de Sousa
Dias Marcondes, escreveu em seu blog:
COMIDA NO TANQUE E
PETRÓLEO NA MESA
“Abastecer carros e motores em geral
com biocombustíveis e alimentar as pessoas com petróleo poderia ser uma boa
solução, se não fosse apenas um delito.
A pressão Mundial para a produção de
biocombustíveis como alternativa à queima de derivados de petróleo esquentou o
debate sobre o uso do solo em todo o
planeta. Terras agriculturáveis devem ser
usadas para produzir comida ou para
abastecer carros? Por outro lado está
longe de acontecer o “fim da idade do
petróleo”. A cada mês são anunciadas
novas descobertas de reservas, uma das
maiores, encontrada pela Petrobrás, coloca o Brasil entre os principais produtores mundiais.
É difícil falar em restringir o uso de um
recurso que está tão arraigado na economia global, ao mesmo tempo que existe
uma inflação mundial nos preços do alimento. O debate global de os a “favor” e
os “contra” a propósito da produção dos
biocombustíveis tem alguns equívocos.
O primeiro deles é a existência de grandes áreas no terceiro mundo que poderiam produzir alimentos, mas não o fazem
em função dos subsídios que os países
ricos dão à sua própria agricultura. Este
subsídio impede que a produção agrícola
de países pobres tornem-se realmente
um negócio.
Uma conscientização ambiental antes do
coletivo começa pelo individual. Cada um
de nós deve urgentemente repensar conceitos e especialmente sobre que mundo
queremos deixar para nossos filhos e
netos... O que eles vão respirar, que água
eles vão beber, em que rio poderão se
banhar e especialmente em qual padrão de vida os
iremos enquadrar.
Eles seguirão com
toda a certeza nosso exemplo, nossa
forma de viver,
nossa atitude para
com a natureza,
nosso posicionamento social...
Assim, está mais do que no tempo de
iniciarmos uma nova caminhada, até
mesmo, por que não falar uma nova reeducação pessoal e individual.
Não adianta ver somente no semelhante
a culpa por tudo o que nos está afetando,
como cidadãos do mundo e até como
cidadãos de um país.
O serviço social de assistência está superlotado, de doentes, o povo está doente; as cidades superlotadas de gente, o
campo foi abandonado, ocuparam o espaço do pequeno proprietário as grandes
indústrias agropecuárias - era do adubo e
do agrotóxico - ; cidades fantasmas, cidades de velhos que quando morrerem
com eles morrerão também essas pequenas cidades, vilas e vilarejos, antes agrícolas.
Repensemos sobre isso; pensemos que
o homem do campo hoje vive, em sua
grande maioria, em situação de penúria
alimentar nos grandes centros, residindo
em favelas que vão se multiplicando, de
igual forma eles se vão multiplicando
como seres humanos.
Pobres, remediados e ricos sempre existiram e irão continuar existindo no nosso
planeta; pensar-se que iremos acabar de
alguma forma com a pobreza, é tão somente conversa de palanque eleitoral. A
verdadeira solução para os problemas
sociais é o equilíbrio social. Dar condições ao homem do campo de se estabelecer no seu pedaço de terra; não os sem
terra, aquele que na realidade tem formação e gosto pelas coisas da terra; que
mesmo na cidade ainda soube conservar
o seu pedaço de terra, que deixou para
trás.
Filipe de Sousa
“Gazeta Valeparaibana” presente em mais de 80 cidades do CONE LESTE PAULISTA , sendo 3.000 exemplares gratuitamente
JULHO 2008
Gazeta Valeparaibana
História que faz parte da nossa história
Neste dia 18
de Julho de 2008,
faz 311 anos que
faleceu na Bahia,
uma das mais influentes personagens
do século XVII em
termos de política,
onde se destacou
pela sua atuação
como missionário
em Terras Brasileiras. Homem de fortes
convicções, defendeu infatigavelmente
os direitos humanos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização. Era chamado por esses povos de “Paiaçu” (Grande Padre/ Pai, em
tupi).
António Vieira, nasceu em Lisboa (Portugal) a 6 de Fevereiro de 1608,
num lar humilde na Ria do Cônego, perto
da Igreja da Sé, em Lisboa. O seu pai
Cristóvão Vieira Ravasco, serviu a Marinha Portuguesa e foi por dois anos escrivão da inquisição, mudou-separa o Brasil em 1609, para assumir cargo de escrivão, na cidade de Salvador, na capitania
da Bahia. Em virtude da pequena idade
de seu filho e das dificuldades apresentadas pelos meios de transporte, para a
mesma, somente em 1614 mandou vir a
família para o Brasil. António Vieira estava então com seis anos de idade.
António Vieira, foi um religioso,
escritor e orador, português, da Companhia de Jesus. Um dos mais influentes
personagens do século XVII em termos
de política, destacando-se como missionário em terras brasileiras. Nesta qualidade, defendeu infatigavelmente os direitos humanos dos povos indígenas e sua
exploração e escravização. Era por eles
chamado de “Paiaçu” (Grande Padre/Pai
em tupi). Defendeu também os judeus, a
abolição da distinção entre cristão-novos
(judeus convertidos, perseguidos à época pela inquisição) e cristão-velhos (os
católicos tradicionais), e a abolição da
escravatura. Criticou ainda severamente
os sacerdotes de sua época e a própria
inquisição.
Na literatura, seus sermões possuem
considerável importância no barroco
brasileiro e as universidades frequentemente exigem sua leitura.
Estudou na única escola da Bahia, o Colégio dos Jesuítas, em Salvador. Consta
que não era bom aluno no começo, mas,
depois, veio a tornar-se um brilhante
exemplo. Veio a se arregimentar na
Companhia de Jesus com voto de serviço em Maio de 1623. Obteve o mestrado
em Artes e foi professor de Humanidades, ordenando-se sacerdote em 1634.
Em 1624, quando da invasão Holandesa
de Salvador, refugiou-se no interior, onde se iniciou sua vocação missionária.
Um ano depois tomou os votos de castidade, pobreza e obediência, abandonando o seviciado. Não partiu para a vida
Missionária.
Estudou muito além da Teologia: Lógica,
Física, Metafísica, Matemática e Economia. Em n1634, após ter sido professor
de retórica em Olinda, foi ordenado e em
1638 já ensinava Teologia.
Quando da segunda Invasão Holandesa
ao Brasil, no nordeste do Brasil (16301654), defendeu que Portugal entregasse
a Região aos Países Baixos, pois gastava dez vezes mais com a sua manutenção e defesa do que o que obtinha em
contrapartida, além do fato de que os
Países Baixos eram um inimigo militarmente muito superior na época. Quando
eclodiu uma disputa entre Dominicanos
(membros da inquisição) e Jesuítas
(catequistas), Vieira, defensor dos Judeus, caiu em desgraça, enfraquecido
pela derrota de sua posição quanto à
questão do Nordeste do Brasil.
Após a restauração da Independência em
1640, em 1641, iniciou a carreira diplomática pois integrou a missão que foi a Portugal prestar obediência ao novo monarca. Impondo-se pela vivacidade de espírito e como orador, foi nomeado pelo rei
pregador régio. Em 1646 foi enviado à
Holanda e no ano seguinte à França, com
cargos e encargos diplomáticos.
Era Embaixador (o pai, antes pobre, foi
nomeado pensionista real) para negociar
com os Países Baixos a devolução do
Nordeste. Caloroso adepto de obter para
a coroa a ajuda financeira dos cristãonovos (Judeus convertidos), entrou em
conflito
com
os
Dominicanos
(Inquisicionistas) mas, viu fundada a
“Companhia de Comércio do Brasil”.
O Povo de Portugal não gostava de suas
pregações em favor dos Judeus. Após
alguns anos, conturbados, acabou voltando para o Brasil, De 1652 a 1661 foi
missionário no Maranhão e no GrãoPará, sempre defendendo a Liberdade
dos povos indígenas.
Diz o padre Serafim Leite em “Novas Cartas Jesuíticas” (Companhia Editora São
Paulo, 1940, Página 12) que “António
Vieira tem para o Norte do Brasil, de formação tardia, só no século XVII, papel
idêntico ao dos primeiros Jesuítas no
centro e no sul do Brasil”, na “defesa
dos Índios e crítica de costumes”>
“Manuel da Nóbrega e António Vieira
são, efetivamente, os mais altos representantes, no Brasil, do criticismo colonial - viam justo e clamavam!”.
Com a morte do rei D. João IV, António
Vieira regressou a Lisboa, tornando-se
confessor da regente D. Luisa de Gusmão. Com a morte de D. Afonso VI, Vieira
não encontrou mais apoio político nas
suas convicções.
Viajou pelo Mundo, abraçou a profecia
sebástica; foi expulso de Lisboa, desterrado e encarcerado na cidade do Porto e
depois levado para Coimbra onde ficou
encarcerado.
Em 1667 foi julgado e condenado e terminantemente proibido de pregar, mas,
seis meses depois, a sentença foi anulada. Com a regência de D. Pedro, futuro D.
Pedro II de Portugal, recuperou o valimento.
Seguiu para Roma, onde ficou no período entre 1668 a 1675.
Regressou a Lisboa seguro de não ser
mais importunado. No entanto, isso não
ocorreu e passou alguns anos de provações. Em 1681, revolveu voltar de novo
para o Brasil e dedicar-se à correção de
seus escritos, com a finalidade de editar
seus sermões, cuja obra é composta de
16 volumes.
Já velho e doente, teve que espalhar circulares sobre a sua saúde para poder
manter em dia a sua vasta correspondência. Em 1694, já não conseguia escrever
Página 7
“ Liberdade ”
de próprio punho. Em 10 de Junho de
1697 começou a agonia, perdeu a voz,
silenciaram-se seus discursos, seus sermões. Morre a 17 de Julho desse mesmo
ano, com 89 anos na cidade de Salvador,
na Bahia (Brasil).
Filipe de Sousa
Princesa Imperial nasceu no Paço de São Cristóvão, Rio de Janeiro
(Brasil), a 29 de Julho de 1848.
Na mesma cidade, em 15 de Outubro de
1864, com apenas 16 anos de idade, contraiu matrimônio com o Príncipe Gastão
de Orléans, Conde d’Eu, primogênito do
Duque de Nemours e neto de Luis Filipe,
Rei dos Franceses, tendo, do casal nascido os Príncipes Dom Pedro de Alcântara, Dom Luís e Dom António.
Durante as três viagens do Imperador D.
Pedro II ao exterior, foi Regente do Império, a saber:
De 25 de maio de 1871 a 31 de março de
1872 e de 26 de março de 1876 a 25 de
setembro de 1877 e de 30 de junho de
1887 a 22 de agosto de 1888.
Neste último período de regência da coroa, a Princesa Isabel, usando das prerrogativas de Princesa Imperial Regente,
sancionou, a 13 de Maio de 1887, a Lei
Áurea que extinguiu a ESCRAVATURA
no Brasil.
Era “Grã-Cruz da Ordem Imperial do Cruzeiro”, de D. Pedro I, Fundador do Império do Brasil; da “Rosa de Santiago”; da
“Espada de São bento de Assis” e de
“Nosso Senhor Jesus Cristo”, reformadas estas duas últimas no Brasil; também lhe foram concedidas a “Ordem de
Santa Isabel”, de Portugal, a de “Cruz
Estrelada”, Áustria, e a das Damas Nobres de Maria Luisa, da Espanha.
Com a queda do regime monárquico, em
1889, acompanhou a família real ao
exílio, vindo a falecer em 14 de Novembro de 1921, no Castelo d’Eu, na França.
O seu corpo foi sepultado, conjuntamente com o de seu esposo, no Panteão dos
Orléans, em Dreux, na França.
A 7 de Julho de 1953 os restos mortais
da Princesa Isabel e do seu marido o
Conde d’Eu foram transladados para o
Brasil, tendo ficado no Rio de Janeiro até
ao dia 12 de Maio de 1971, quando depois foram transladados e sepultados na
Catedral de Petrópolis.
Neste mês em que são lembrados o Padre António Vieira, que defendeu até ao
fim de seus dias a Liberdade dos Povos
Indígenas e os direitos humanos; a Princesa Isabel, que contra todos os interesses vigentes da época assinou a Lei Áurea, abolindo a escravatura no Brasil, se
comemora também o dia da Liberdade
3.000 Exemplares distribuídos gratuitamente para 2.490 Escolas do Cone Leste Paulista acesse:
dos Povos Indígenas.
Mas será que na realidade, no brasil de
hoje, os negros (pobres) e os Índios são
na realidade respeitados e usam de sua
tão propagada liberdade?
A partir de hoje, estaremos colocando
nesta página tudo o que for do nosso
conhecimento, sobre a “Liberdade dos
Povos Indígenas”, uma História Real que
faz parte da nossa história e dos nossos
dias atuais.
Declaração Bananal
Nossa Pequena história
Essa é a fala tribal ! Palavras do mundo
tribal da reserva Bananal. Palavra da vida
de mulheres, crianças, anciãos que lutam e resistem no cerrado do planalto
central. Palavras do espírito dos filhos
da terra, palavras sinceras e sensíveis
do nosso mundo tribal. Palavras do nosso coração indígena que traz a nossa
vivência com a natureza, os animais e o
espírito da mata de cerrado. Daqui desse
ponto onde vivemos e lutamos, do Santuário Sagrado dos Pajés, queremos dizer o que pensamos, como vemos o
mundo e como a terra sagrada nos ocupou e nos ocupa ao longo de uma dor
que padecemos há 508 anos. Palavras
com dignidade daqueles e daquelas que
aspiram por justiça e liberdade. Afinal
quando iremos sentir a liberdade de um
dia feliz?
Quem somos ?
Estamos num campo de cerrado tribal
que nos liga a nossa memória indígena e
a nossa espiritualidade ancestral e a de
nossos antepassados. O mundo tribal
nos ensinou a ter memória e a jamais
esquecer o passado de nossos irmãos e
irmãs indígenas. A mata, a selva, o cerrado, a caatinga levam nossa história como os ventos levam os pássaros e as
sementes as nossa vidas. Povoamos a
Mãe Terra com rostos, línguas e culturas
diferentes. Aprendemos a viver nossa
diversidade como seres e culturas. Nossa Amazônia, nosso Cerrado, nosso Sertão, nosso Xingu, nossa floresta tropical
fizeram florescer ricas culturas de nações e povos tribais, formando um mundo tribal em continuidade espiritual e
respeito com a natureza.
Formamos um grande mundo tribal vermelho, espalhado sobre a terra, ligados
pela Amazônia nos espalhamos em várias nações, Tapuya, Tupis, TupiGuaranis, Jès, Arawak, Karibe.
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Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
Página 8
Histórias e Lendas “Vale do Paraíba”
Foto: Chiara Belmonte
Lenda da MULHER DEITADA
A profecia foi cumprida “Quem
passar pelo vale do Paraíba, nas imediações de Itatiba, olhando na direção dos
Três Picos do Penedo, verá o perfilar de
uma mulher deitada. É Jandira, a Índia
petrificada, à espera de seu amado Jatyr,
que nunca mais voltou”.
Há alguns séculos atrás, quando existiam ainda os Puris ou Purias, uma antiga
tribo nômade que vagava pela Cordilheira da Mantiqueira nos cumes da serra de
Itatiba, contava-se a respeito do velho
cacique Caboaçu, que tinha uma filha,
Jandira, que era cobiçada pelos índios
da tribo. Porém, somente Jatyr a conquistou. Já o cacique queria dá-la a Gurupema, o mais forte da tribo que desejava ser seu sucessor.
Gurupema sentiu-se rejeitado por ela e
seguiu seus passos até descobrir que
ela amava Jatyr.
Então, ele revelou o segredo ao cacique
que colocou Gurupema em batalha devida ou morte com Jatyr.
Somente o vencedor teria como prêmio a
filha do cacique.
Jatyr era exímio atirador e humilhou o
rival perante toda a Tribo, atirando-lhe a
flecha que atravessa a cada instante a
orelha de Gurupema, o qual, envergonhado, fugiu pela mata a dentro.
Jatyr recebeu sua amada como companheira e foram felizes por muito tempo.
Certa época, um índio chegou exausto e
espavorido, notificando que os Emboladas se punham a caminho, depois de
terem expulsado os Tamoios da Cordilheira do Mar.
O cacique Caboaçu, ordenou a fuga da
Tribo, quando Jatyr interveio dizendo
que iria ao encontro dos Emboladas.
No caminho, foi atingido, morto por uma
flecha traiçoeira, desferida por Gurupema.
Gurupema surgiu na Tribo afirmando que
os Emboabas se aproximavam guiados
se aproximavam guiados por Araribóia e
por Jatyr, que os havia traído.
O velho Piaga-Pajé, sacerdote, chefe espiritual dos índios , pronunciou a morte
da índia e a imortalidade de seu corpo, São Paulo e as atas da Câmara Municipal
transformado em pedra, com a forma das de São Paulo, registram os “termos” de
cordilheiras que cerram o vale.
convocação da população para o estado
Filipe de Sousa permanente de alerta, conserto dos muros que cercavam a vila e preparativos
para a “Guerra do Paraíba”. Os mais antigos documentos se referem aos
“Tamoios” como os índios que
“habitavam as margens do rio Parahyba,
Por: José Luiz Pasin
e foram os desta região os mais valorosos de todo o sertão...” D Ilha de São
Fundados as vilas de
Sebastião para o norte até ao Litoral de
São Vicente e do porCabo Frio se estendia o território Tamoito de Santos por Maro, abrangendo no interior a região do
tim Afonso de Souza
Vale do Paraíba do Sul.
e Brás Cubas, fortificaram-se os portu- Anchieta em mais uma carta, faz referêngueses no planalto, fundando a vila de cia aos “tamoios” ou “tamujas” do ParaíSanto André da Borda do Campo, cujo ba. Durante o seu cativeiro em Ubatuba,
alcaide-mor e guarda-mor do campo foi onde foram intermediar as pazes com os
João Ramalho, amasiado com a índia tamoios confederados, ele assinala a
Bartira, filha do cacique Tibiriçá, senhor chegada e partida dos Índios do Paraíba.
das tribos tupiniquins que habitavam os
campos de Piratininga. Em 1554, um gru- Assim, em carta escrita de São Vicente,
po de treze Jesuítas, liderados pelo Pa- no dia 08 de janeiro de 1565, ao Superior
dre Manoel de Paiva saíram do Colégio Geral Diogo Lainez, narrando a sua viade São Vicente, transpuseram a serra de gem e cativeiro em Ubatuba, diz:
Paranapiacaba e atingindo o planalto, “... aonde depois vieram mais de 300 dos
fundaram o colégio de São Paulo dos tamoios moradores no campo, em um
Campos de Piratininga, no dia 25 de ja- rio, mui nomeado, chamado Paraíba...”.
neiro de 1554. Em 1560, o governador Em outro trecho de sua carta:
geral Mem de Sá, depois de expulsar os
“... Ao mesmo tempo que eu cheguei
franceses da baia da Guanabara, ateneram baixados os Tamujas do Paraídendo razões de Estado e interesse dos
Jesuítas, extinguiu a Vila de Sano André ba pelas montanhas que tinham ae uniu seus moradores ao colégio de bertas, por onde solam a vir fazer
Piratininga, dando origem, â Vila de São seus saltos...”.
Paulo. Isolados no no planalto, os portu- O Padre Simão de Vasconcelos, o
gueses e mamelucos paulistas busca- cronista dos Jesuítas, também se
vam no sertão e nas suas roças de mi- refere aos índios do Paraíba confelho, feijão, trigo e algodão a sua econo- derados com os tamoios do litoral:
mia de subsistência., utilizando a mão de “Por mar eram canoas duzentas, por
obra indígena para os trabalhos da laterra eram os arcos que habitavam
voura, colheita, transporte, construção e
defesa. Os tamoios do litoral confedera- as ribeiras do rio Paraíba, com pacto
dos com as tribos que habitavam as mar- que dessem todos sem cessar, até
gens do Rio Paraíba, promoveram diver- acabar com a capitania e senhoreasos ataques aos sítios e roças dos pau- rem a Terra...”.
listas, matando seus moradores, queimando lavouras, saqueando as casas e Quanto à distribuição etnográfica
aprisionando mulheres e crianças. Para das tribos que habitavam o Vale do
se defender dos constantes ataques dos
Paraíba, não possuímos elementos
índios do Paraíba, a Câmara Municipal de
para situá-las ou nomeá-las corretaSão Paulo, ordenou a construção de muros e baluartes de taipa de pilão e convo- mente. os documentos quinhentistas
cou João Ramalho para iniciar o pesquisados (cartas jesuíticas e atos
“bandeirismo” paulista de apresamento. da Câmara) só se referem aos
Embrenhando-se nos sertões do Paraíba, “tamoyos” e “Tamuyas” do Paraíba
os paulistas atacavam e aprisionavam os ou aos “Cõtraios do Paraíba”, região
índios, levando os sobreviventes como de passagem e ligação com o Litoral
“presa de guerra”, para vendê-los como de Paraty e Ubatuba, com São Paulo
escravos aos engenhos de cana-de- e com as montanhas do planalto miaçúcar do litoral vicentino ou para utilizáneiro. O Vale do Paraíba foi uma relos como mão de obra em seus sítios e
engenhocas. O Padre José de Anchieta, gião de migração e encontros de triem carta escrita do Colégio de São Vi- bos e culturas diversas, conforme
cente para o Padre Diogo Lainez datada atestam os mais antigos e recentes
de 16 de abril de 1563, narra com todos achados arqueológicos, em Aparecios pormenores o violento ataque desfe- da-Guaratinguetá, Piquete-Embaú,
chado pelos índios do Paraíba à Vila de Paraitinga-Cunha,Caçapava, São Jo-
sé dos Campos e Jacareí.
A presença indígena no Vale do Paraíba não se restringe aos achados
arqueológicos, mas, se faz presente
na toponímia das serras, rios, cidades, bairros, animais, peixes, árvores, aves e frutas; na culinária, no
artesanato, nos mitos e crendices,
na medicina natural, na linguagem,
nos usos e costumes da gente valeparaibana; como tomar banho no rio,
comer içá, queimar a terra para plantar, andar descalço, pitar em cachimbo de barro, assar ou cozinhar alimentos em folha de bananeira; estórias de bichos e nas casas de pau-apique e sapé.
Resgatar esses valores e buscar as
nossas raízes indígenas, constituí o
desafio maior para descrição e a
construção de uma possível identidade cultural da gente valeparaibana.
NOTA: Este é o lema e o fim do projeto EDUCAR “Uma janela para o
mundo...” que o Jornal a Gazeta Valeparaibana pretende lançar no próximo ano letivo, expandindo-o para
todas as escolas das cinco regiões
que compõem o Cone leste Paulista;
Vale do Paraíba Paulista, Litoral Norte Paulista, Região Serrana, Região
Bragantina e Região do Alto do Tietê.
A escola nos dias de hoje, com o
afastamento da mãe das famílias para o trabalho, a Escola se viu perante
a expectativa das famílias, de que
seria sua obrigação, além de ensinar
também educar seus filhos. No entanto, uma criança se forma por tradições, virtude e valores familiares,
itens que nunca podem ser assumidos pela Escola e muito menos pelos professores. A Escola deve usar
de todas as suas disponibilidades e
possibilidades para ensinar a LÊR
mas, cabe à família a obrigação moral e social de ensinar seu filho a
SER.
Filipe de Sousa
Culinária Típica do Vale
MODO DE PREPARO:
Corte a carne de porco e o tocinho em pedaINGREDIENTES:
cinhos bem pequenos. Misture o sal com o
alho espremido, o vinagre, a cebolinha e a
2 quilos de carne de
hortelã picadinhos.
porco, 300 gramas de
Deixe descansar por três horas.
toucinho, sem pele,
Depois encha a tripa, amarrando os gomos
tripa de porco limpa
(tamanhos a gosto), com barbante forte. Em
(suficiente), sal a
seguida lave as lingüiças com vinagre.
gosto, alho a gosto (6 dentes de alho), 2 DEFUMADAS: Coloque-as em um varal em
colheres de sopa de vinagre, 1 maço de cima do fogão a lenha e deixe-as descansar
cebolinha verde, 6 folhas de hortelã.
por mais ou menos oito dias.
FRITAS FRESCAS: Podem ser fritas e guardadas em uma lata com banha (prática usada
INGREDIENTES:
1 quilo de feijão
mulatinho, sal a
gosto, 4 dentes
grandes de alho,
cheiro verde a gosto, 2 folhas de louro, farinha de mandioca (porção certa), 1/2 quilo de
lingüiça fina de porco ou carne de
porco bem picadinha.
MODO DE PREPARO:
Cozinhe o feijão, com as folhas de louro,
deixando bem mole. Amasse e passe na
peneira.
Numa panela frite o sal com o alho deixando o alho bem torrado e coloque o
caldo do feijão, deixe ferver e vá colocando a farinha, sempre mexendo para
que não empelote, fazendo uma papa
meio mole. Frite a lingüiça ou a carne de
porco em pedacinhos e decore o prato.
Sirva com arroz branco.
CULTURA, INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO, HISTÓRIA - NÃO SÃO PATRIMÔNIO DE NINGUÉM
Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
3ª Idade
- Envelhecer com alegria, saúde e dignidade
“ Quanto mais velha é
a árvore,
melhor a sua sombra
e maior a sua proteção “
Envelhecer nada mais é que um
processo natural evolutivo da passagem
por este mundo de todo e qualquer ser,
vegetal ou animal. Até o sol, nasce e se
põe, deslumbrando-nos com a mansidão
de seu nascente e a beleza de seu poente. Conosco humanos, o processo não é
diferente e porque deveria ser?
Envelhecer caminha paralelamente ao
conhecimento. As experiências vão nos
dando conhecimento e sobretudo confiança, quando manifestamos nossa opiniões.
A beleza, onde e o que será beleza.
Quais os tipos mais importantes de beleza? Corpo esbelto, corpo musculoso,
péla lisa, somente isso... Não beleza é
alegria, beleza é sabedoria do bem, beleza é saber amar, não tão somente gostar.
Poucos dias, não sei talvez semanas,
não lembro bem ao certo, afinal tenho 58
anos, velho, quê nada, só esquecido;
mas como ia dizendo uns dias ai atrás eu
estava perdendo meu tempo vendo televisão, quando me deparei com uma entrevista, da qual eu tirei duas convicções.
A primeira que o jovem por vezes, na
maioria das vezes se acha superior, por
sua mocidade e os idosos por seu inconformismo.
Vamos aos fatos:
Uma entrevista entre uma atriz que revelou estar com mais de 70 anos e uma
jovem modelo de mais ou menos 20 anos.
A atriz, além de talentosa, reconhecida
por sua competência mundialmente,
mantém uma aparência conservada, não
demonstrando de forma alguma a sua
idade real.
A modelo, por sua vez, preenche todos
os requisitos que definem os padrões de
beleza para a sociedade consumista,
atual.
Por vários momentos a atriz, de forma
bem humorada, fez referência à sua condição como alguém que envelheceu e já
não exibe mais a sedução como arma
feminina, colocando-se em franca desvantagem frente à beleza exuberante da
modelo.
Num determinado momento do programa, atriz sem esconder um certo tom de
desprezo e ressentimento, expressou: “A
velhice é indigna...”.
Esta frase, com um forte componente
negativo a respeito do que é velhice, nos
obriga a refletir sobre a forma como foi
construída a identidade do idoso em
nosso país.
Toda a dificuldade, principalmente da
mulher em enfrentar essa fase da vida,
foi gerada por um padrão cultural de beleza poderosamente cruel.
Até a década de 1970, o Brasil foi considerado um País de jovens. Nessa ocasião, as próprias características demográficas da população brasileira foram utilizadas como ideologia do regime político
vigente, para reforçar a idéia discriminatória em relação ao velho. Assim, a imagem velhice, presente no imaginário das
pessoas em geral, foi se impregnando de
valores estigmatizados, nos quais foram
evidenciados os aspectos negativos do
processo de envelhecimento, tendo como parâmetro a imagem do Jovem.
Desta forma, a doença, a inatividade, o
abandono, as rugas, a flacidez do corpo,
a solidão, passaram a ser as principais
características para definir, o estar velho.
As qualidades opostas a estas citadas
foram creditadas à imagem do que é ser
jovem.
Ocorre que o sentimento de juventude
permanece no íntimo das pessoas e as
mudanças na aparência, que vão se operando ao longo da vida, passam despercebidas para o individuo.
É o olhar do outro que dá a exata dimensão da passagem dos anos, retratado
por Simone de Beauvoir na seguinte frase:
“ O individuo idoso sente-se velho através do outro, sem ter experimentado
sérias mutações; interiormente não adere à etiqueta que se cola à ele, não sabe
mais quem é” (Beauvoir, 1990, p 358)
Evidentemente envelhecer significa ir
passando e adquirindo perdas, decorrentes, principalmente de mudanças na aparência física, cabelos embranquecidos,
diminuição da acuidade visual e auditiva,
a formação de gorduras localizadas, especialmente nas mulheres, são alguns
sinais facilmente percebidos e estão associados à idéia de desgaste e enfraquecimento. Essas mudanças próprias do
envelhecer, não são consideradas doen-
ças pelos geriatras e gerontólogos, porém interferem na auto estima e no ego
do idoso, podendo caso, aceitos, gerar
problemas, como depressão, etc...
Neste primeiro dia de Julho se lembra o milagre da descoberta da cura para
um mal que aniquilou milhões de vidas,
antes da descoberta da vacina “BCG” e
de sua cura.
Graças a Deus, hoje já não é uma ameaça séria e tem cura mas, para isso, deve
ser diagnosticada o mais rápido possível
e, seu tratamento levado à risca em todas as suas etapas e tempo estabelecido. Para que possamos identificar e co-
nhecer um pouco mais:
TUBERCULOSE: Mata atualmente cerca
de três milhões de pessoas em todo o
mundo. Atualmente cerca de 129 mil contraem a doença anualmente, somente no
Brasil.
O QUE É TUBERCULOSE ?: É uma doença infecciosa, transmissível, causada por
uma bactéria conhecida como Bacilo de
Koch. Ela pode causar lesões em qualquer parte do organismo humano, mas
músculos e ativar a circulação também é
uma ótima oportunidade de convivência
social e sobretudo, aconselhamos a amar muito, a não se conformar nunca
com a solidão.
Amar na nossa idade é muito mas muito
mais prazeroso e sadio, que o amor dos
jovens atuais, pois lhes falta na realidade, a experiência de amar.
No entanto, envelhecer pode significar e
na maioria dos casos, significa, aquisições que somente podem ser obtidas
por meio de acúmulo de experiências
vividas no decorrer dos anos. O envelhecimento, por ser um processo natural e
certo do0 ciclo da vida, pode e deve ser
atravessado com dignidade e prazer, Por: Eva Aune
porque ele expressa a forma como vivemos as etapas anteriores.
Há algumas décadas
É importante entender que as perdas não
éramos apenas
ocorrem apenas na velhice, mas em tojovens cheios de sonhos,
das as fases, do nascimento ao fim da
coragem e desafios para enfrentar,
vida; A nossa sociedade valoriza a juvene o mundo estava a nossos pés!
tude e reserva à velhice somente o défi- Mas estamos envelhecendo e ganhando
cit; a falta de expectativas faz com que o
mais vida.
próprio idoso desista de seus projetos
Hoje temos a experiência acumulada
de futuro.
e a sabedoria do viver.
Atualmente o conceito de velhice vem
Reavaliamos nossos projetos de vida
passando por transformações, vem tene o tempo está nos vencendo.
do o apoio, inclusive da Constituição
Olhamos à frente e vemos a projeção
Federal. No entanto, embora essas transde nossos pais e avós.
formações venham ocorrendo lentamenSomos o elo de uma corrente
te, o idoso dia após dia vem exigindo e
que se renova, inexoravelmente,
sabendo exigir seus direitos e o respeito
em nossos filhos
e consideração que merece e fez jus.
em nossos netos,
ininterruptamente.
O aumento do numero de idosos, no âmPrecisamos reportar-nos ao passado
bito da população em geral, vem trazenpara projetarmos o futuro.
do uma visibilidade social e gerando uSomos parte de uma cadeia que
ma nova demanda de preocupações e
se multiplica a cada instante.
interesses sociais. Podemos citar, alguVencermos os medos,
mas iniciativas, tanto do poder público
superarmos obstáculos,
como da sociedade, na formulação de
aceitar nossos limites
projetos que ajudam na ampliação das
é o objetivo.
relações sociais, dando ao idoso a oportunidade de desenvolver, tanto a sociabiNunca mais a velhice
lidade como algumas potencialidades,
deverá ser sinônimo de solidão,
que lhe dão uma melhor qualidade de
doença e morte;
vida.
Mas
A participação do idoso em diferentes
motivação, alegria,
atividades, além de fortalecer laços de
companheirismo
amizade, fora do contexto familiar, abre a
e
perspectiva de novas e enriquecedoras
afeto,
experiências. Colaboram ainda para a
são as novas escolhas.
formação de uma nova mentalidade a
respeito da velhice que deverá influenciEnvelhecer com dignidade é nosso
ar e formas novos conceitos, nas futuras
desafio, sermos a memória viva,
gerações.
recordar e transmitir nossas
vivências
A prática da dança se aplica como exemé um processo saudável de
plo de uma atividade importante para
envelhecer.
propiciar o bem estar do idoso. O moviEsse será nosso legado
mento provocado pelo exercício corporal
para as futuras gerações,
tem se mostrado bastante eficiente para
a morte ???
amenizar e em alguns casos, curar, proserá só uma etapa ???
blemas de saúde; mas, lembramos que
todo e qualquer tipo de prática de esportes e até mesmo dançar, deve ser acompanhado por um profissional da área
Renascer, amar; se sentir
médica, que deverá indicar a intensidade
acolhido,
possível para cada esforço.
querido, ouvido, acompanhado.
Outras práticas recomendadas são a
natação, que em muito facilita os moviEu consegui !!! Hoje sou feliz.
mentos, aliando exercício e leveza; a
caminhada que além de fortalecer os
A Saúde na Melhor Idade. Ajude e aconselhe...
GAZETA ONLINE -
Página 9
= Tuberculose =
tem preferência pelos pulmões.
SINTOMAS: Tosse, emagrecimento, dor
no peito, suores noturnos, falta de apetite, cansaço fácil, febre baixa geralmente
ao entardecer.
COMO SE TRANSMITE?: Via respiração e
os maiores riscos se encontram; pessoas que convivem com doentes de tuberculose; condições precárias de higiene e
com pouca ventilação; portadores de
vírus da AIDS, diabéticos, alcoólatras e
doentes portadores de patologias respiratórias crônicas.
COMO SABER E O QUE FAZÊR?:
Caso sinta ou conheça alguém que apresente os sintomas indicados, se dirija a
qualquer posto de atendimento disponível em sua cidade. Hoje, tanto os serviços Municipais como Estaduais, oferecem todas as condições de cura, desde a
vacina “BCG”, como medicamentos e
acompanhamento médico.
Edições disponíveis para DOWNLOAD- Tribuna Popular - Projeto Educar - Correio Escola < www.gazetavaleparaibana.com
JULHO 2008
Gazeta Valeparaibana
Datas Especiais
“nossa história, nossa identidade...”
Dia mundial da
vacina BCG (Cives)
contra a tuberculose
descoberta no ano
de 1921.
No Brasil a tuberculose ainda é contraída por centenas de milhares de pessoas,
no entanto, os Governos Municipais e
Estaduais oferecem todas as condições
de cura e vacinas. No entanto, muitas
das pessoas ou não procuram o atendimento, que é gratuito ou então abandonam o tratamento, antes de seu final.
Data comemorativa
da Morte de Monteiro Lobato, notável
escritor, empreendedor, político e
homem de convicções firmes e opiniões fortes. Um dos
entusiastas do lema
“!O petróleo é nosso...” e da indústria
automobilística nacional.
Aniversário
de
TENZIN GYATSO,
“Dalai Lama”, prêmio Nobel da Paz e
líder espiritual Budista e do povo do
TIBET, que luta por
sua liberdade religiosa e política, pela
manutenção de sua
cultura, princípios
filosóficos e estrutura social.
Data lembrada do
falecimento de Castro Alves, António
Frederico de Castro
Alves, nascido em
14 de Março de
1847, na Bahia, Poeta da Abolição, da
República, da Liberdade e do Amor.
Poeta corajoso que
coloca em seus
versos toda a versatilidade de seu espírito leal e venturoso para com as causas
nobres.
- Dia da Cultura e da Ciência
Página 10
Dia
dos
Vovós.
RODRIGUES ALVES,
cômico,
dramático,
trágico, jovem e velho... um artista completo que sabia como
ninguém envolver a
platéia.
Nasceu em 08 de Julho de 1888 no Rio de Janeiro, onde
também veio a falecer em 18 de Junho de 1979.
Nome artístico: João Álvaro de Jesus Quental Ferreira.
Lembremos,
acariciemos
esses
que
foram o nosso principio,
nosso meio
de sermos o
Aniversário de BANANAL, Terra Ide- que somos e
al, Berço de Amor. Rota dos tropei- o espelho de
ros de nossa história, foi o caminho nosso fim.
do ouro e em seus braços acolheu
os Barões do Café, foi forte e poderosa, chegando a ser avalista do Império em empréstimos feitos junto á
Data onde lembro o falecimento de
minha querida e amada esposa MAR- corte Inglesa. Hoje exibe orgulhosa
TA, meu único amor, com a qual con- sua história.
vivi, durante quase 30 anos e que foi
minha perna, meu braço direito e
meu caminho. Saudades.
Morre também, no Rio
de Janeiro, Marcus Vinícius da Cruz de Melo
Moraes, ou simplesmente Vinícius de Moraes. Diplomata, Jornalista, poeta e compositor brasileiro. Poeta
lírico de poesias singelas, ficou conhecido como “o Poetinha”. Boêmio
inveterado, fumante e apreciador de
um bom uísque.
CASSIANO RICARDO Leite,
ilustre JOSEENSE, orgulho de
São José dos
Campos, nascido nesta cidade
em 26 de Julho
de 1895, faleceu
no Rio de Janeiro aos 14 de
Janeiro
de
1974. Jornalista, Poeta e Ensaísta
Brasileiro.
Dia Internacional de PROTEÇÂO ÁS
FLORESTAS. Proteger as florestas é
uma obrigação de cada cidadão do
mundo. Proteger as florestas é preservar o Mundo para nós e para nossos filhos e netos. Preservar as florestas é cuidar da continuidade dos
sistemas e ecossistemas.
Coroação de D.
PEDRO II, segundo
Aniversário da cidade de São José
Imperador do Brados Campos, a Capital do Vale do
sil, em 18 de Julho
Paraíba. A cidade tecnologia.
de 1841.
Data comemorativa da eclosão da
“Revolução Constitucionalista Paulista”, em 9 de Julho de 1932. Para
exigir o fim da ditadura do “Governo
Provisório” (Getúlio Vargas havia
revogado a constituição e governava
através de decretos). São Paulo lutava por uma nova constituição.
Data em que é
lembrado o falecimento de Padre António Vieira, político, embaixador, orador e defensor da Liberdade dos Povos Indígenas. Brilhante
defensor dos Direitos Humanos de
sua época. Padre Jesuíta Português,
que combateu com veemência e
competência a inquisição Européia.
Dia comemorativo de
nascimento, de Francisco de Paula Rodrigues
Alves, foi Presidente da
Morte de Alberto
República do Brasil no
ano de 1902, tendo sido
Santos Dumont,
considerado o Presiorgulho da aviadente da República Veção orgulho do
lha que mais se preocuBrasil.
pou com seu povo.Cuidou com dedicaPrimeiramente
seu
Balão Dirigível e
ção singular da saúde pública no Brasil e
tinha um sonho: Fazer do Rio de Janeiro Aniversário de nossa querida PINDA- depois o XIV Bis levaram ao Mundo o
MONHANGABA, a princesa do Norte. valor do Povo Brasileiro.
a “Paris dos trópicos”.
Estão tirando o Verde
de nossa terra...
LIVRE PARA SEU ANUNCIO
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Nascia no Rio de Janeiro no ano de
1846, Isabel Cristina
Leopoldina
Augusta Micaela
Gabriela Rafaela
Gonzaga de Bragança Bourbon e
O r l é a n s
PRINCESA
ISABEL, a Princesa Imperial do
Brasil, que assinou a Lei Áurea que pôs fim à Escravização no Brasil. Faleceu em 14 de
Novembro de 1921, em Eu, na França, onde estava exilada.
Dia dedicado ao Povo
Indígena onde se comemora a sua Libertação.
- Será que temos algo
a comemorar?
Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
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CERRADO BRASILEIRO
guma coisa não deveria ser permitida
a exploração a qualquer titulo ou pretexto. Precisamos, ao criar qualquer
tipo de ação preservacionísta, investir no fator humano, de fiscalização
ostensiva. Desta forma, será igual a
um lindo hospital, bem equipado tecnologicamente, sem médicos ou especialistas...
ECOSSISTEMA DO SERRADO
Minas Gerais, na maior parte de seu
território, é revestida pela tipologia
vegetal denominada cerrado, que se
caracteriza por vegetação não muito
densa com árvores de pequeno e médio porte que, de um modo geral, se
apresentam com bastante tortuosidade. São comuns, entretanto, diferentes fisionomias neste tipo de vegetação, variando desde o típico cerrado,
como acima se mencionou, até o
campo, como é encontrado em quase
todo o Parque Nacional da Serra da
Canastra. Esta vegetação, abriga importantes espécies da flora e da fauna daquela região, algumas delas ameaçadas de extinção, como é o caso do lobo-guará, do veado-campeiro
e do pato-mergulhão, dentre outros.
Nas últimas décadas a agricultura
vem, substituindo o cerrado e assim,
desalojando sua fauna, destruindo
sua flora e conseqüentemente provocando impactos ambientais que geram alguns desequilíbrios. Com sentido de proteger a natureza, o Poder
Público adota políticas ambientais
que levam em conta a busca de amostras representativas dos ecossistemas existentes numa região, possibilitando, dessa forma, a conservação integral dos componentes do ecossistema ali existente. Esta é a
principal razão da criação do Parque
Nacional da Serra da Canastra. São
mais de 70.000ha. destinados a garantir a perpetuidade de espécies da
fauna e da flora, importantíssimas
para o equilíbrio ambiental.
Em Setembro de 2006, foi noticiado
que 70% da área ocupada pela Serra
da Canastra havia sido destruída por
incêndios, provocados, segundo o
Chefe do Parque Joaquim Maia Neto,
propositalmente por fazendeiros, de
gado leiteiro, que exercem essa atividade dentro dos limites do parque.
Na nossa opinião, se é um Parque
Nacional e se seu fim é preservar al-
O Sistema Biogeográfico dos
Cerrados abrange área de uma grandeza espacial que recobre quase dois
milhões de quilômetros quadrados. A
área continua dos cerrados inclui
praticamente a totalidade do Estado
de Goiás e Tocantins, oeste de Minas
Gerais e Bahia, leste e sul de Mato
Grosso, quase a totalidade do Estado
do Mato Grosso do Sul e sul dos Estados do Maranhão e Piauí.
O que se procura definir com o termo
cerrado não é apenas um tipo de vegetação, mas um conjunto de tipos
fisionomicamente distribuídos dentro
de um gradiente que temos como limites, de um lado o campo limpo e
de outro lado o cerradão. Nesse contexto, podem ser agregadas as linhas
de matas e matas galerias, integrantes decisivas desse ecossistema.
Ao estudar a ecologia dos cerrados
que uma das características mais importantes de sua biocenose é a dependência de alguns de seus componentes dos ecossistemas visinhos.
Muitos animais têm seu nicho distribuído entre o subsistema do cerrado
propriamente dito e das matas, podem, por exemplo, passar grande
parte do dia no cerrado e abrigar-se à
noite nas matas ou vice-versa.
Não se pode levar adiante qualquer
estudo sobre os cerrados, se não se
tomar em consideração o fogo, elemento intimamente associado a esta
paisagem. Apesar de sua importância
para o entendimento da ecologia desse ambiente enquanto conjunto biogeográfico; a ação do fogo nos cerrados é inda mal conhecida e geralmente marcada por questões mais
ideológicas do que científicas.
O estudo do fogo como agente será
mais completo, segundo especialistas do “portal brasil”, também se
observar a comunidade faunística e
os hábitos que certos animais desenvolvem e que estão intimamente associados à sua ação, cuja assimilação, sem dúvida, necessita de arranjos evolutivos caracterizados por
tempo relativamente longo. De algumas observações constata-se, por
exemplo, que a perdiz só faz seu ninho em macegas, tufos de gramíneas
queimadas no ano anterior. Da visita
a várias áreas do cerrado imediatamente após grande queimada, tem-se
considerado que apesar das características das árvores e arbustos enegrecidos superficialmente, estes continuam com vida, ostentando ainda
entre a casca enegrecida e o tronco,
intensa microfauna. Fenômeno semelhante acontece com o estrato gramíneo: poucos dias após a queimada,
mostra sinais de rebrota, que constitui elemento fundamental para a concentração de certas espécies animais. O fogo, portanto, é um elemento extremamente comum no cerrado,
e de tal forma antigo, que a maioria
das plantas parece estar adaptada a
ele... (esta é a opinião deste biólogo).
- E como fica a fauna ?
A diversificação em vários ambientes
é que atribui ao Sistema dos Cerrados o caráter fundamental da biodiversidade.
O Sistema dos Cerrados também apresenta uma fauna variada representada essencialmente por animais
de médio e pequeno porte. A distribuição dos recursos vegetais, principalmente os frutos, tem sua maior concentração nos meses de novembro,
dezembro e janeiro. Época que coincide com o auge da Estação Chuvosa. Essa concentração diminui proporcionalmente à medida que se distancia da época chuvosa. Todavia,
com exceção de maio, os meses que
correspondem à época seca, mesmo
em quantidade menor, apresentam
certa quantidade de recursos.
Embora possam ser visíveis durante
todo o ano, os mamíferos campestres
estão mais concentrados nos meses
de setembro a janeiro. Esta época
coincide com as floradas e rebrota
dos pastos afetados pelas queimadas, naturais ou antrópicas do ano
anterior, coincide também, principalmente, a partir de novembro com a
época da maturação dos frutos. As
espécies, insetívoras também encontram, nesta época, farto recurso, proporcionado pela revoada e multiplicação de certas espécies de insetos.
Os carnívoros também estão mais
concentrados em setembro, outubro,
novembro, dezembro e janeiro, acompanhando a concentração dos mamíferos campestres. Os mamíferos habitantes do bioma ribeirinho, podem
ser mais visíveis e concentrados nos
meses secos, principalmente junho,
julho, agosto e setembro. A maior
parte das aves do Sistema dos Cerrados,
põe
seus
ovos
durante
a
estação seca
mais especificamente em
junho, julho
e agosto. As
aves campestres estão mais concentradas no inicio da estação chuvosa.
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O projeto TAMAR é um projeto conservacionistas brasileiro, dedicado à preservação de espécies de
tartarugas-marinhas ameaçadas de
extinção.
Este projeto iniciou-se na década de
1980. Desde então o nome passou a
designar o “Programa Brasileiro de
Conservação das Tartarugas Marinhas”, executado pelo IBAMA, através
do Centro Brasileiro de Proteção e
Pesquisa das Tartarugas Marinhas,
órgão governamental, e pela Fundação
Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas, instituição não governamental, de utilidade
pública federal.
MISSÃO DO PROJETO TAMAR:
O TAMAR surgiu com o objetivo de
proteger espécies de tartarugasmarinhas ameaçadas de extinção no
Litoral Brasileiro. Com o tempo, porém, percebeu-se que os trabalhos não
poderiam ficar restritos às tartarugas,
pois uma das chaves para o sucesso
de sua missão seria o apoio ao desenvolvimento das comunidades costeiras, de forma a oferecer alternativas
econômicas que amenizassem questão social, reduzindo assim a caça das
tartarugas-marinhas para sobrevivência. O TAMAR também protege tubarões e outras espécies da vida marinha.
As atividades são organizadas a partir
de três linhas de ação:
1-Conservação e pesquisas aplicadas;
2-Educação Ambiental;
3-Desenvolvimento local sustentável,
onde a principal ferramenta é a criatividade.
Desde o inicio, tem sido necessário
desenvolver técnicas pioneiras de conservação e desenvolvimento comunitário, adequadas às realidades de cada
uma das regiões trabalhadas.
As atividades estão atualmente concentradas em vinte e uma bases, distribuídas em mais de mil e cem km de
costa.
Essas atividades envolvem atualmente
cerca de mil e duzentas pessoas, a
maioria moradores das comunidades,
essenciais para a proteção das tartarugas marinhas, pois melhoram as condições de seu habitat e reduzem a
pressão humana sobre os ecossistemas e as espécies.
JULHO 2008
Educação
Gazeta Valeparaibana
“ Estado, Escola x Criança & Família”
Contando histórias....
beleza. Identificando-se com heróis e
heroínas, ela é levada a resolver sua
própria situação, superando o medo que
a inibe e ajudando-a enfrentar os perigos
e ameaças que sente à sua volta.
Então, porque contar histórias ?
O PAPEL DOS PAIS NA
EDUCAÇÃO DE SEUS FILHOS.
Por: Ir. Hermes
Muitos pais deixaram somente
para a escola a missão de educar os
filhos. Por questões diversas, a grande
maioria dos pais se ausentou do processo educativo dos seus filhos.
A falta de tempo é a justificativa é
a justificativa mais usada entre os adultos. As continuas mudanças e descobertas fazem com que muitas coisas novas
sejam associadas ao currículo escolar.
Por não terem tempo de acompanhar
todas essas mudanças e progressos,
muitos adultos se afastam por completo
da educação dos filhos.
O apoio dos pais no processo de
desenvolvimento das crianças é de fundamental importância. Sempre eles serão referência para elas, por isso nada
justifica sua ausência total. O bom exemplo dos pais também conta de forma
considerável nesse processo. A leitura,
os comentários de fatos e acontecimentos, o ponto de vista dos pais, servem de
estimulo e referência para os filhos.
A Escola também não consegue
caminhar sozinha. O apoio dos pais,
sendo presença atenta a tudo o que acontece, é muito importante até porque,
a educação é um todo. Ela é construída
a partir do todo, onde a criança está e,
não por partes. Ai vem a necessidade e a
importância da continuidade e da harmonização de todas essas realidades: criança, escola e família.
A família e a escola são as bases
de referência a partir das quais a criança
vai construindo o seu modo de pensar e
ver a sociedade. Se eles não conseguem
ver uma referência sólida e fundamentada em valores e princípios éticos, a educação e a formação da criança também
será comprometida e fragilizada..
A Escola não isenta os pais do
compromisso diário de ajudar as crianças na educação e formação. Uma complementa a outra. Enquanto a escola se
preocupa e tem seu enfoque na educação científica, a família está fixada nos
bons valores e costumes baseados na
ética. Uma família bem estruturada é um
porto seguro, um ninho aconchegante
onde as crianças sentem-se seguras,
protegidas e ao mesmo tempo inseridas
e motivadas para aprenderem mais e a
cultivarem os valores que fazem dela
uma pessoa integra.
Foi pensando nisso que o
“Abrigo João Paulo II” decidiu trabalhar
com “pais sociais”. As crianças e adolescentes acolhidos têm direito de se
sentirem amados e queridos por alguém
que seja um referencial para eles. Um
referencial norteado por valores cristãos
e humanos geradores de uma acolhida
promissora, em favor da vida, capaz de
transformar os sonhos em realidades e
um futuro promissor. Mas eles não estão
sozinhos. Contam também com o apoio
de voluntários e profissionais que auxiliam no desenvolvimento de uma educação sólida e ética.
Ir. Hermes José Novakoski, PSDP
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O hábito salutar de juntar as
famílias e um determinado horário, onde
pais e filhos, especialmente em seus
primeiros anos escolares, trocam experiências, dúvidas informações, não deveria nunca ter sido abandonado, como o foi
na família moderna desta época consumista.
Contar histórias é a mais antiga
das artes. Elas são fontes maravilhosas
de experiências. São meios de ampliar o
horizonte da criança e de aumentar seu
conhecimento em relação ao mundo que
a cerca.
É através do prazer ou emoções que as
histórias lhes proporcionam, que o simbolismo, implícito nas tramas e personagens, vai agir em seu inconsciente. Ali
atuando, ajudamos, pouco a pouco, a
resolverem conflitos interiores que normalmente vivem.
1 - As histórias formam o gosto pela leitura - Quando a criança aprende a gostar
de ouvir histórias contadas ou lidas, ela
adquire o impulso inicial que mais tarde
a atrairá para a leitura.
2 - As histórias são um poderoso recurso de estimulação do desenvolvimento
psicológico e moral que pode ser utilizado como recurso auxiliar da manutenção
da saúde mental do individuo em crescimento.
3 - As histórias instruem - Ao enriquecer
o vocabulário infantil amplia seu mundo
de idéias e conhecimentos, desenvolvendo a linguagem e o pensamento.
5 - As histórias cultivam a sensibilidade,
e isso significa educar o espírito. A literatura e os contos de fadas dirigem a
criança para a descoberta de sua identidade e comunicação e também sugerem
as experiências que são necessárias
para desenvolver ainda mais o seu caráter.
6 - As histórias facilitam a adaptação da
criança ao meio ambiente, pela incorporação de valores sociais e morais que
ela capta da vida de seus personagens.
7 - As histórias recreiam, distraem, descarregam as tensões, aliviam sobrecargas emocionais e auxiliam, muitas vezes, a resolver conflitos emocionais próprios.
Um exemplo
O Abrigo João Paulo II é uma entidade
sem fins lucrativos mantida pelo
“Instituto Pobres Servos da Divina Providência” e, há mais de 25 anos presta serviço social de acolhida e promoção de
crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade social.
Enquanto busca uma solução personalizada para caso atendido, proporciona
os cuidados básicos de acolhida, carinho,
alimentação, higiene, saúde, educação,
esporte e lazer, entre outros atendimentos que se fizerem necessários ao desenvolvimento da criança como cidadã de
direito e de fato.
Nossa missão é mostrar ao mundo
que “Deus é Pai” através do cultivo da fé
e da confiança; instituindo um programa
de abrigagem e acolhimento com atendimento integral e de ação continuada, em
fiel cumprimento do “Estatuto da Criança
e do Adolescente”.
A proposta “Institucional” do “ Abrigo João Paulo II ” é prestar um serviço
social de acolhida e promoção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, resgatando sua dignidade, possibilitando a autoconstrução da
cidadania e a inserção no mundo do trabalho.
Tudo isso inserido em um ambiente social e familiar provido das condições físicas
necessárias para a boa convivência e o
sadio crescimento conforme art. 92 do
ECA.
O abrigo atende diariamente nos
oito núcleos 78 crianças e adolescentes,
na faixa de 7 aos 18 anos provenientes da
cidade de Porto Alegre e encaminhados
pelo Juizado da Infância e da Juventude,
pelos Conselhos Tutelares e ou pela Central de Vagas da FASC.
Os significados simbólicos dos contos
estão ligados aos eternos dilemas que o
homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento emocional, quando se dá a
evolução, a passagem do eu para nós. A
literatura infantil, então, e principalmente
os contos de fadas podem ser decisivos
para a formação da criança em relação a
si mesma e ao mundo à sua volta.
As diferenças que mostram os personagens bons e maus, feios e bonitos, poderosos e fracos, facilita à criança a
compreensão de certos valores básicos
da conduta humana ou do convívio social. Através deles a criança incorporará
valores que desde sempre regem a vida Vejamos um exemplo: Por alguma razão,
humana.
uma criança é repreendida por sua proConfrontada com o bom e o belo a crian- fessora. Não podendo reagir diretamente à “agressão”, identificará os
“agressores” na pessoa má do conto. A
história funcionará assim, como antídoto, na solução de seus problemas infantis. Será um fator na procura do equilíbrio emocional.
Percebe-se, então, quanto é importante
que os pais estejam atentos às reações
infantis, perante as histórias contadas,
podendo ser de grande ajuda para compreensão da realidade de seus filhos.
ça é levada a com eles se identificar, por
trazerem a si a semente da bondade e da
“O compromisso do narrador é com a
história, enquanto fonte de satisfação
das necessidades básicas das crianças”
Filipe de Sousa
O abrigo João Paulo II está estruturado em oitos casas-lares e um Centro
Educacional. Em cada casa são acolhidas
de oito a dez crianças e adolescentes de
ambos os sexos acompanhados de um
casal social, que reside no local.
O Centro Educacional é um espaço
amplo no qual as crianças e adolescentes
desenvolvem atividades rurais, agrícolas,
pedagógicas e recreativas, acompanhadas por um instrutor, monitor, pai/mãe
social ou voluntário.
Temos ainda algumas oficinas pedagógicas, em funcionamento, a saber: Criação
Animal (suínos, bovinos, ovinos e aves);
Horticultura (verduras, legumes, hortaliças, etc.); Informática (alfabetização digital);Marcenaria de artesanato(brinquedos,
jogos pedagógicos, etc.); Padaria
(preparação de pães, cucas, bolos e biscoitos).
Esta instituição social conta com
o apoio financeiro da Prefeitura Municipal
de Porto Alegre, benfeitores Italianos e
Franceses e popular.
A manutenção financeira provêm
em 80% de convênios, 35% de doações e
contribuições e 5% da venda de produtos
institucionais.
Ir. Hermes José Novakoski, PSDP
Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
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Educar Para quê
no Público Português;
Em Outubro de 2007, começou uma discussão em Portugal, sobre “Escola Total”. Todos sabemos que aqui, estamos com sérias dificuldades
para
implementar
a
“Fundamental”, mas...
O conceito de Escola Total !
Em Outubro de 2007, iniciou-se em Portugal uma discussão sobre o tema
“Escola Total”. No entanto, lá como aqui,
a problemática da Educação, passa inicialmente pela qualidade do ensino e quem
tem acesso a ensino de qualidade, limites das Escolas Públicas e por ai vai.
Lá se conceitua que “Escola Total” é,
Escola do 1º Ciclo (pré-escola) ao Ensino
Universitário.
Segundo a opinião de uma conceituada e
competente professora Lusa, este conceito é benéfico para a sociedade, desde
que determinados pressupostos que este
projeto indica, forem aplicados ao Ensi-
1º. - Deve-se ter em conta o número de
alunos por turma, que segundo o projeto
se cifra em 15 anos;
2º. - Os alunos devem respeitar os princípios da Instituição e, a administração
não pode ser indulgente com a disciplina;
3º. - Deve sim haver interação entre várias camadas etárias, dentro da ordem e
do respeito uns pelos outros.
sem controle visual, muito se pode assimilar fora do contexto social e maturacional.
Claro, que tudo é mais fácil numa escola
privada onde se pode fazer seleção de
candidatos, agora onde isso não é possível torna-se tudo caótico, ou alguém credita que existe mais controle e disciplina
no setor privado só porque é privado e
custa dinheiro ! ...
Segundo essa mesma professora, a Escola Total tem que ser acompanhada
previamente por uma educação parental
para os valores da escola e o que ela
representa, bem como a educação cívica
dos pais; que não deverão ceder a todos
os caprichos dos filhos e ser capaz de
dizer não, ao contrário de correr para as
Diretorias Escolares, só porque um professor chamou a atenção de seu filho,
que imediatamente correu para casa
queixando-se de seu professor.
Todos sabemos, segundo ela, que a forma Pai/Mãe ser o verdadeiro herói nos
dias de hoje, é defender incondicionalmente o seu Filho/Filha, mesmo quando
este não tem razão, retirando da escola e
do professor a autoridade escolar, e em
ultimo caso, a si mesmo, mesmo que não
esteja consciente disso.
Segundo, essa mesma professora, ela
antevê os pontos atrás mencionados
como difíceis, pelo fato deste modelo
estar aplicado numa escola com princípios práticos, sendo um dos princípios
orientadores de sua política de recrutamento docente o fato de terem experiência nas áreas que lecionam (gestão financeira, informática, gestão de recursos
humanos...).
Outro fator, segundo ela, é a falta de regras que se assiste no poder paternal, a
principal figura de autoridade, e os comportamentos assimilados por crianças
mais jovens a partir de comportamentos
observados de crianças mais velhas. O
que é normal para uma criança de 14
anos não o será, para uma criança de 6
anos. Quando se misturam as classes e Segundo também a mesma professora a
“Escola Total” é uma utopia se for implantada sem mudar mentalidades.
———————————————————
Interessante como os problemas são os
mesmos, no ensino público destes dois
países irmãos.
1 - Falta de capacitação do corpo docente público, aqui, por baixos salários, lá
pelo desinteresse;
2 - Falta de autoridade frente à má formação pública e à degeneração do sentido
família, agregado a valores cívicos e sociais.
Fica aqui uma sugestão de debate.
“GUETOS EDUCATIVOS”
Ficaremos gratos de vossas contribuições para a evolução deste debate, pois
achamos que este é o caminho para ao
contrário da crítica solitária, agregarmos
valores à discussão, apresentando nossa
idéias e nossos pontos de vista.
E-mail para envio de conteúdo:
< [email protected] >
Um saber em cada esquina...
Cidade
Educadora
Experiências de alguns
Municípios
Brasileiros
mostram na prática como funciona o conceito
de cidade educadora, ao
transformar
espaços
urbanos em uma escola
a céu aberto.
Cada cidade tem sua
história, seu folclore,
suas carências ambientais, suas lendas, suas
estórias, porque não
então ensinar vivenciando locais, onde se fazem
presentes esses itens
fartamente cheios de
matéria para uma boa
aula.
Uma cidade que utiliza
todos os seus espaços
para educar. Este é o conceito da cidade
educadora, uma escola a céu aberto. A
idéia começou a ser discutida na Europa
nos anos de 1970 e se tornou realidade
no ano de 1990, num Congresso em Barcelona (Espanha), quando foi redigida a
primeira versão da “Carta das Cidades
Educadoras”.
Desde então, cerca de 300 municípios
nos cinco continentes já receberam o
título dado pela “Associação das Cidades Educadoras - Alce” (mais informações em (http://edcities.bcn.es/).
No Brasil, são dez: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Cuiabá, Campo Novo de Parecis (MT), Caxias do Sul (RS),
Gravatá (RS), Piracicaba (SP), Santo André (SP) e São Carlos (SP).
Os critérios para se tornar uma cidade
educadora são amplos e variados, mas é
preciso que ela tenha um governo eleito
de forma democrática e que o perfeito e
a Câmara Municipal assumam o compromisso de incentivar projetos na área de
Educação.
O primeiro passo é assinar um termo de
participação. Depois, é fundamental apresentar as experiências mais bem sucedidas nos congressos da associação,
que são realizados a cada dois anos - o
próximo está marcado para este ano em
SÃO PAULO.
O principio básico é “promover a Educação na diversidade e para a compreensão, a cooperação e a paz internacional”,
lutando contra toda a forma de discriminação.
O objetivo é garantir que todos os habitantes do local “possam assumir plenamente as novidades geradas pelo mundo
urbano” e, assim, permitir que os pais
ajudem seus filhos a crescer e a fazer
uso da cidade dentro do espírito do respeito mútuo.
Ao ampliar o acesso efetivo à informação sobre o que acontece no meio urbano, a cidade educadora acaba por encontrar, preservar e apresentar sua própria
identidade. “Assim sendo ela será considerada única”, diz a carta.
Porto Alegre foi o primeiro município
brasileiro a entrar para essa rede. Seu
histórico de trabalho com o orçamento
participativo foi o grande impulso para a
identificação para a proposta. Jaqueline
Moll, da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, estuda o conceito das
cidades educadoras há duas décadas e
diz que essa característica deveria ser
comum a todos os lugares. “Cabe ao
poder público o papel de indutor das
questões educativas”. E o papel do professor é essencial, “Ele é o principal articulador dessas ações, pois a escola é o
local ideal para apresentar e discutir as
soluções para os problemas locais e
essas soluções são sempre coletivas”.
Mesmo a mais ranzinza das pessoas sabe que não há nada melhor que um
abraço para confortar a dor, melhorara a auto-estima e aquecer os sentimentos. O ato de abraçar e ser abraçado é comprovadamente uma maneira
de demonstrar carinho. Além dos benefícios, também no campo da saúde,
os médicos acreditam que o abraço ajuda a retardar o envelhecimento.
Segundo o departamento de psiquiatria da Universidade da Carolina do
Norte (EUA), abraçar tem relação com o aumento da qualidade de vida. Durante o abraço, o hormônio do estresse (Cortizol) despenca no organismo,
o que libera substâncias para proporcionar conforto e alegria. A autora do
livro “Terapia do Abraço” (Editora Pensamento), Kathleen Keating, confirma a teoria de que a necessidade do contato físico é mais que saudável - é
essencial para a saúde. Pessoas que estejam tristes, cabisbaixas, passando por situações dolorosas na vida merecem um abraço coletivo. Quem
vive sozinho (a) pode ter em um bichinho de estimação o afeto necessário
no dia-a-dia. Mas, nada melhor que um abraço apertado, daqueles que damos em amigos do peito, a amigos verdadeiros ou quando nos reencontramos com entes queridos. Seja qual for o motivo, abrace mais as pessoas e
sinta os benefícios desses abraços.
Tensões, insônias, sensação de solidão e de medo podem ser amenizadas
com a troca de calor entre duas ou mais pessoas.
Até a obesidade pode estar relacionada com a falta de abraço.
Abrace a causa do abraço, abrace o abraço e não deixe o mal, lhe abraçar.
Filipe de Sousa
[email protected]
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JULHO 2008
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Mundo Aquático
GOLFINHO
Os Golfinhos são dóceis mamíferos marinhos, que podem ser observados tanto
em águas temperadas, tropicais e subtropicais, em todos os Oceanos, sendo
que por vezes também podem ser vistos
em águas doces, geralmente na foz dos
rios que desembocam nos oceanos.
Ao todo existem mais ou menos 50 espécies de Golfinhos.
Sua alimentação consiste em peixes pequenos e lulas. São animais bastante
ativos e inteligentes, conseguindo dar
saltos bem altos e fazer piruetas, numa
sinfonia que mistura dança e brincadeira.
Costumam também acompanhar as embarcações, em virtude de ondas magnéticas que as mesmas transmitem para a
água.
mas há outras, como o polvo pigmeu de
tamanho muito menor.
induzido pelo homem em Ostras criadas
em viveiros.
ESTRELA DO MAR
CAVALO-MARINHO
Este equinoderme pode ser encontrado
em praticamente todas as costas Marinhas do Mundo, principalmente em praias rochosas e nas proximidades de portos. Existem mais de 1.800 espécies catalogadas; a maioria medindo entre 12 e
14 centímetros.
O corpo da Estrela do mar é formado por
um disco central, que pode ser liso ou
rugoso, de onde saem pontas triangulares agudas em seu final, que formam
uma estrela.
TUBARÃO BRANCO
TARTARUGA-MARINHA
Aqui nós estamos falando no terror dos
mares. É conhecido como o mais temido
predador dos Oceanos. Com um peso
que pode atingir até 2 toneladas e com
um comprimento de até 8 metros, este
peixe cartilaginoso é capaz de projetar a
sua boca para fora da face, aumentando
a mordida em até 1 metro e meio.
Ele é encontrado em águas temperadas e
subtropicais em quase todos os Oceanos.
A Tartaruga-Marinha, surgiu numa época
em que os dinossauros ainda habitavam
o Planeta Terra, há cerca de 150 milhões
de anos. Se por um lado elas não foram
dizimadas como seus colegas dinossau- BALEIA AZUL
ros e sua espécie se mantém até nosso
dias, por outro, todos os seis gêneros e
as sete espécies de Tartaruga-Marinha,
se encontram ameaçados de extinção.
Em UBATUBA, Litoral Norte do Estado
de São Paulo, existe um projeto de nome
TAMAR, bastante envolvido na preservação destas espécies e tem conseguido
resultados muito animadores, no que
tange à sua preservação.
OSTRA
Aqui, perto dela dinossauro é bichinho
de estimação.
Embora muitos acreditem que o dinossauro tenha sido oi maior animal que já
passou pela terra, na verdade, este título,
pertence à Baleia azul. Ela já nasce com
7 metros de comprimento e 4 toneladas
de peso.
Quando atinge a idade adulta chega a
medir 30 metros e atinge um peso superior a 150 toneladas, o que faz deste mamífero, o maior animal do Mundo.
O Polvo é um molusco marinho, que ha- Para uma idéia comparativa, o maior dibita as águas tropicais e temperadas de nossauro catalogado até agora, teve seu
todo o Mundo. Suas características mais peso calculado em apenas 80 toneladas.
marcantes são os oito tentáculos provi- CORAL & CORAIS
Conhecidos pela beleza e
dos de fortes ventosas. Possuem uma
formas de suas colônias,
cabeça disforme do corpo, enorme, e um
os recifes de corais são
corpo mole, sem esqueleto, tanto interno
uma das maravilhas natucomo externo. As espécies mais comuns
rais do mundo subaquátiatingem até 1 metro de comprimento,
POLVO
co. Além disso, ao seu redor se encontram os pontos de maior biodiversidade
submarina, dos oceanos. O seu rico ecossistema, comparado muitas vezes ao
das grandes florestas, abriga milhares de
espécies de peixes, moluscos e uma infi- É um dos animais marinhos mais EXÓTInidade de algas e crustáceos.
COS, que habitam os mares e Oceanos
MEDUSA
de nosso planeta. Além de sua aparência
peculiar, outra curiosidade desta espécie
é que o MACHO é quem fecunda os ovos
de seus filhotes. Por meio de um tubo, as
fêmeas colocam os ovos na bolsa ventral
dos machos. Ali, durante um período de
quatro a oito semanas, os ovos são fecundados. Os filhotes saem por meio de
um orifício da Bolsa Ventral. Existem
cerca de 30 espécies que vivem predominantemente no Oceano Atlântico e no
Mar Mediterrâneo. Medem cerca de 15
Não se engane, não é uma flor maravi- centímetros e possuem uma cabeça ovalhosa nem um “óvni”. A Medusa, tam- lisada que lembra a de um cavalo. Outro
bém conhecida como água viva, é um jeito peculiar deste animal é sua forma
animal aquático. Temida por seu meca- de nadar, sempre na vertical.
nismo de defesa, que ao ser tocada ou ANÊMONA-DO-MAR
pisada provoca sérias queimaduras ao
agressor. Existem mais de 200 espécies
catalogadas e habitam em todos os oceanos do mundo.
Ela costuma aparecer no Litoral do Brasil, nas praias, no verão, época em que
nos procura para se reproduzirem. Mas,
felizmente para nós, até agora, nenhuma
das espécies catalogadas na costa brasileira, possuem veneno capaz de levar à
morte, ao contrário de algumas espécies
encontradas na costa Australiana. Esta Parece uma flor, de cores vibrantes e
espécie marinha existe à cerca de 700 maravilhosamente brilhantes. Mas, não
milhões de anos.
é, é um animal invertebrado, que habita
Apreciadas tanto por sua função de produtoras de pérolas, como por sua carne
de sabor requintado. As Ostras são Moluscos “Bivalves”, ou seja, apresentam
um corpo mole, dentro de uma concha
rígida, composta de duas partes. A maioria das ostras vivem em Oceanos, grudadas em rochas e em restos de navios
naufragados; Medem de sete a dez centímetros de diâmetro. As pérolas são formadas por grão de areia que adentra em
seu corpo provocando uma irritação.
Como defesa a Ostra libera uma substância chamada de “Nácar”, que isola o grão
de areia e forma uma superfície lisa e
compacta. Assim pela sobreposição desse antídoto natural, se forma a pérola em
um processo que pode demorar vários
meses.
Você já ouviu falar em pérolas cultivadas? - O processo é o mesmo só que
Livre para anunciar
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as áreas costeiras dos mares e Oceanos
Tropicais. Uma coroa de tentáculos cobre todo o seu corpo. Nos tentáculos
localizam-se cápsulas com pequenos
tubos enrolados. A Anêmona dispara
esses tubinhos que contêm substâncias
tóxicas, que paralisam e abatem suas
presas ao serem atingidas.
Os “Peixes Palhaços”, no entanto, são
imunes às substâncias urticantes das
Anêmonas. Assim, eles se aproveitam
dessa situação para se alojarem entre os
seus tentáculos e assim se defenderem
de seus predadores.
Chegam inclusive a colocar seus ovos
na base do corpo das Anêmonas e ai
eles se chocam.
Em troca, as Anêmonas se alimentam
dos restos dos alimentos deixados pelos
peixes palhaços.
Essa relação em ecologia recebe o nome
de “Mutualismo”.
Filipe de Sousa
Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
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Filosofias e religiões “Império Inca - Uma Civilização”
gando seus avançados conhecimentos,
podendo ser estabelecida alguma relação com o surgimento da cultura posterior que se estabeleceu no vale do rio Casma.
Posteriormente (cerca de 800 a.C.) surge
em Chavin de Huantar o embrião do estado teocrático andino; do ano 50 até cerca
do ano 700 a civilização mexicana floresce, e aproximadamente no ano 1.000 explode a cultura Tiahuanaco.
O período da máxima expansão do
“Império Inca” ocorre a partir do ano
1.450 quando chegou a cobrir a região
andina do Equador ao Centro do Chile,
com mais de 3.000 quilômetros de extensão.
RELIGIÃO:
Os incas construíram diversos tipos de
casas consagradas às suas divindades.
Alguns dos mais famosos são o “Templo
do Sol” (figura abaixo), em Cusco, o templo Wilkike, o templo Aconcágua (na
Montanha mais alta da América do Sul) e
um outro”Templo do Sol” situado no
Lago Titicaca.
Incas
O Império Inca (Tawantinsuyu - em quíchua) (na realidade “Inca” era apenas o
nome do Imperador); foi um estadonação que existiu na América do Sul por
cerca de 1.200 anos, até à invasão dos
conquistadores Espanhóis que culminou
com a execução do Imperador Atahualpa A construção do Templo do Sol, figura
acima, em Cusco, nos fascina pela marano ano de 1533.
vilhosa forma como todo ele foi erguido
O “Império Inca” incluía regiões desde o com pedras, encaixadas de forma miliextremo norte da América do Sul, como métricamente ajustadas, fazendo com
Equador e o sul da Colômbia, todo o Pe- que mantenha até aos dias de hoje suas
ru e a Bolívia, até o noroeste da Argenti- estruturas absolutamente intactas. Em
algumas partes do templo havia incrustana e o norte do Chile.
ções douradas representando espigas de
A Capital do Império era a atual cidade milho, Ihamas e punhados de terra. Porde “Cuzco”, que no idioma quíchua, sig- ções das terras Incas eram dedicadas ao
“deus sol” e administradas por sacerdonificava “Umbigo do Mundo”.
O Império abrangia diversas nações e tes.
mais de 700 idiomas diferentes, sendo o Os sumo-sacerdotes eram chamados de
“Hullica-Humu”, levavam uma vida reclumais falado o “quíchua”.
sa e monástica e profetizavam utilizando
uma planta por eles considerada sagraPRECEDENTES:
Pesquisas iniciadas em dezembro de da, de nome “hullica” ou “Vilca”, com a
2004 e ainda em curso, já comprovam a qual preparavam uma “chicha” de propriexistência de uma civilização avançada edades enteógenas que era bebida na
“Norte Chico” (Norte Pequeno, em Espa- “Festa do Sol”, Inti Raymi. A palavra
nhol), estabelecida em vários vales ao “Hullica” no idioma “quíchua”, significa
norte de lima, capital do Peru, que teriam algo “santo”, “sagrado”.
ascendido em cerca de 3.000 a.C. e perdurado por cerca de 1.200 anos até sua
queda. Esta cultura já construía pirâmides de até 26 metros de altura e grandes
complexos cerimoniais. Parece certo que
mais de vinte centros populacionais
competiam entre si para produzir a arquitetura mais impressionante.
Existem provas de
que a cultura do
“Norte
Chico”
inseria uma religião de culto antropomórfico, praticava a agricultura irrigada e o comércio
notadamente a troca de algodão plantado por peixe, com povos das planícies.
Por volta do ano 1.800 a.C. este povo
deixou a região, possivelmente propa-
LUGARES SAGRADOS:
tante para o homem como a chuva e a
luz do Sol; e o mal, por forças negativas,
como a seca e a guerra.
Os “huacas”, ou lugares sagrados, estavam espalhados por todo o território do
“Império Inca”. Huacas eram entidades
divinas que viviam em objetos naturais
como montanhas, rochas e riachos.
Lideres espirituais de uma comunidade
usavam rezas e ofereciam oferendas para se comunicar com um “huaca” para
pedir conselho ou ajuda.
SACRIFÍCIOS:
Os “Incas” ofereciam sacrifícios tanto de
humanos como de animais nas ocasiões
mais importantes, na sua grande maioria,
em rituais realizados ao “nascer do sol”.
Grandes ocasiões, como nas sucessões
imperiais, exigiam grandes sacrifícios
que poderiam incluir até 200 (duzentas)
crianças. Não raro, as mulheres a serviço
dos templos, eram sacrificadas. No entanto, na maioria das vezes os sacrifícios
humanos eram impostos a grupos recentemente conquistados ou então derrotados em guerra, como tributo à domina- SOCIEDADE:
ção. As vítimas sacrificadas para oferta a
seus deuses, deveriam ser fisicamente Infância
integras, sem marcas ou lesões e preferencialmente jovens e belas.
A Infância de uma inca
pode parecer severa
De acordo com uma lenda inca, uma mepara os padrões de nossa atual sociedanina de dez anos de idade chamada
de mas, se nos aprofundarmos nos mi“Tanta Carhua” foi escolhida por seu pai
tos e crenças deste povo, poderemos
para ser sacrificada ao Imperador Inca.
verificar que suas regras eram aceitas e
A criança, supostamente perfeita fisicapraticadas de acordo com o estabelecido
mente, foi enviada a “Cusco” onde foii
socialmente.
recebida com festas e honrarias para
homenagear-lhe a coragem e depois foi
Ao nascer, os incas lavavam o bebê com
enterrada viva em uma tumba nas montaágua fria e o embrulhavam numa manta e
nhas andinas.
o deitavam em uma cova cavada no
chão.
Esta lenda prescreve que as vítimas saQuando a criança atingia um ano de idacrificiais deveriam ser perfeitas, e que
de, se esperava que andasse ou ao mehavia grande honra em conhecerem e
nos caminhasse sem qualquer ajuda.
serem escolhidas pelo Imperador, torAos dois anos de idade, as crianças enando-se, depois da morte, espíritos
ram submetidas a um ritual, no qual lhe
com caráter divino, que passariam a ofieram cortados os cabelos, ficando assim
ciar junto aos sacerdotes. Antes do sadeterminado o fim da infância.
crifício, os sacerdotes adornavam ricaDesde então (2 anos de idade), os pais
mente as vítimas e davam a elas uma
esperavam que os filhos ajudassem em
bebida chamada “Chicha”, que é um fertarefas ao redor da casa. A partir dai as
mentado de milho, até hoje apreciado
crianças eram severamente castigadas
nesta região do continente Sul Americaquando se portavam fora das regras.
no.
Aos catorze anos os meninos eram vestiOs Incas tinham também um calendário
dos com uma tanga, sendo então a partir
de trinta dias, no qual, em cada mês, se
dessa cerimônia, considerados adultos.
faziam cultos e festas, dedicadas à culOs meninos mais pobres eram submetitura, natureza, a saber:
dos a vários testes de resistência e de
Janeiro, Pequena Colheita; Fevereiro,
conhecimento, ao fim dos quais lhe eram
Grande Colheita; Março Ramo de Flores;
atribuídos adornos (brincos) coloridos e
Abril, Dança do Milho Verde; Maio, Canarmas.
ção da Colheita; Junho, Festival do Sol;
As cores dos brincos determinavam o
Julho, Purificação Terrena; Agosto, Salugar hierárquico que ocupariam na socicrifício de Purificação Geral; Setembro,
edade.
Festival da Rainha; Outubro, Festival da
Água; Novembro, Procissão dos Mortos;
A ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO “INCA”:
Dezembro, Festival Magnífico.
COSTUIMES FUNERÁRIOS:
Máscara “INCA” representando o
= Deus Sol =
todos os
objetos
de gosto
ou
de
utilidade
do morto.
De suas
sepulturas, acreditavam,
as
múm i a s
“mallqui”
poderiam
conversar com
ancestrais ou
outros
espíritos
“huacas” daquela região.
As múmias, por vezes eram chamadas a
testemunhar fatos importantes e a presidir a vários rituais e celebrações. Normalmente o defunto era enterrado sentado.
Os Incas acreditavam na reencarnação.
Aqueles que obedeciam à regra, ama
sua, ama llulla, ama chella Que nu idioma
quíchua, quer dizer: não roube, não minta e não seja preguiçoso; quando morressem iriam viver ao calor do sol enquanto os desobedientes passariam os
dias eternamente na terra fria.
O incas também praticavam o processo
de mumificação, especialmente das pesA religião era dualista, constituída de soas mais proeminentes que falecessem.
forças do bem e do mal. O bem era repre- Junto com as múmias eram enterrados
sentado por tudo aquilo que era impor-
Informação, Cultura , Preservação
O Império INCA tinha uma organização
econômica de caráter próximo ao modo
de produção asiático, na qual todos os
níveis da sociedade pagavam tributos ao
Imperador, conhecido como o “Inca”. O
Inca era divinizado, sendo carregado em
liteiras, com grande pompa e estilo. Usava roupas, cocares e adornos especiais
que demonstravam sua superioridade e
poder. Ele reivindicava seu poder dizendo-se descendente de deuses (origem
divina do poder real). Abaixo do Inca
havia quatro principais classes de cidadãos.
Gazeta Valeparaibana
JULHO 2008
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Tipos de Rios & Usinas hidroelétricas
A maior parte de nossos rios é de
planalto e têm grande importância
na economia nacional. Em sua grande maioria, apresentam grandes
quedas d’água, como é o caso das
Cataratas do Iguaçu, no Estado do
Paraná, que se tornou uma referência para o turismo daquele estado.
Também, podem ser fontes de significativo valor para o desenvolvimento nacional, através da produção de
energia elétrica, dado que 91 % de
toda a energia elétrica produzida no
Brasil tem origem nas Usinas Hidroelétricas. (Assunto este que iremos
debater em seguida).
São gerados 58 milhões de quilowatts anuais nas 93 usinas em funcionamento mas, o potencial energético de todas as bacias hidrográficas
Brasileiras chega a cerca de 260 milhões de quilowatts.
No entanto, no item navegabilidade,
estes rios, em suas grande maioria,
pelos declives do território, as quedas d’água que tanto admiramos e
as cachoeiras, dificultam a navegação de longos trechos, limitando-se
alguns deles ao transporte entre pequenas e médias distâncias; dificultando o tráfego nacional e interestadual pelos nossos rios.
Mesmo assim, os trechos navegáveis das bacias ( = rios) típicas do
planalto, são aproveitados com intensidade para integrar as economias regionais. O melhor exemplo é o
do rio São Francisco (O Velho Chico) , que nos presenteia com 1.300
quilômetros navegáveis, entre Pirapora (Minas Gerais) e Juazeiro
(Bahia).
sível implantação de hidrovias, são
aproveitados para a construção de
usinas hidroelétricas para a geração
de energia; entre outras podemos
exemplificar, a Usina de Paulo Afonso, Sobradinho, Moxotó, Xingó e
Três Marias.
No mesmo caso dos trechos não
navegáveis podemos exemplificar o
caso da Bacia do Rio Paraná, bastante explorada por hidroelétricas
mas, cujo Estado, vem aproveitando
os trechos navegáveis como hidrovias, para a integração regional e como fonte de escoamento da produção, com significativa economia e
eficiência. Citamos entre essas eficiências, a instalação da hidrovia Tietê-Paraná, importante hidrovia de
transporte de mercadorias para o
MERCOSUL (Mercado Comum do
Sul).
ma fauna marinha, riquíssima, onde
podem ser encontradas cerca de
1.400 espécies de peixes, que são a
base de alimentação das populações
locais, da Região Norte do país.
Outra bacia ( = rio) muito utilizada
para navegação é a do Rio Paraguai,
localizado numa extensa planície, no
centro do Continente Sul-Americano.
Uma de suas características é a facilidade de integrar-se a outras bacias,
principalmente à do Paraná, por meio dos Rios Prado e Coxim.
Uma “Usina Hidroelétrica” é um
complexo arquitetônico, ou seja, um
conjunto de obras e de equipamentos, construídos com a finalidade de
Os Rios de Planície, são usados ba- produzir energia elétrica, através do
sicamente para navegação fluvial,
pois não apresentam saltos, cataratas ou cachoeiras em seu percurso.
O Rio Amazonas, por exemplo, é navegável desde a sua foz, no Oceano
Atlântico, até à cidade de IQUITOS,
no Peru. O impressionante numero
de seus afluentes, mais de 7 mil, permite a navegação em mais de 230
mil quilômetros.
Com as cheias periódicas, formamse uma rede de canais e braços de
rios, como os igarapés, que são estreitos cursos d’água.
potencial hidráulico existente em um
Todos eles se transformam em ver- rio. Tem-se como capacidade hidráudadeiras estradas de água.
lica para este fim, o volume de água
Além de servirem como hidrovias, do curso, cuja vazão é calculada deOs trechos encachoeiras, de impos- os rios amazônicos têm também u- forma a poder ser suficientemente
regular, com a finalidade de alimentar sistematicamente a barragem.
Dentro os países que usam essa forma de energia, o Brasil se encontra
atualmente, apenas atrás do Canadá
e dos Estados Unidos da América do
Norte, sendo, portanto, o terceiro
maior país do mundo em potencial
hidroelétrico.
As centrais geram, como todo o empreendimento energético, alguns
tipos de impactos ambientais como
o alagamento das áreas vizinhas,
aumento no nível dos rios, podendo
em alguns casos, mudar até seus
cursos naturais e dessa forma prejudicar, significativamente a fauna e a
flora das regiões atingidas. No entanto, ainda é a energia mais limpa e
econômica ecologicamente e financeiramente falando, se comparada
com outras formas de produção de
energia, tais como: Energia produzidas em Centrais Nucleares, Usinas
de Carvão ou Óleo Diesel.
A Usina Hidroelétrica do Tucurui,
por exemplo, constitui-se de uma
das maiores obras da engenharia
mundial e é a maior usina 100% brasileira em potência instalada com
seus 8.000 MW, já que a Usina de
Itaipu, é binacional ou seja pertence
ao Brasil e ao Paraguai.
Um sistema elétrico de energia é
constituído por uma rede interligada
por linhas de transmissão
(transporte), que ligam os pontos
produtores (Usinas) aos pontos Consumidores (Cidade) e em seguida às
residências, comércio e industria.
Uma Central Hidroelétrica é uma
instalação ligada à rede de transporte (transmissão) que injeta uma porção de energia solicitada pelas cargas, ou seja pelo consumo.
Todos pela Educação no “Cone Leste Paulista”
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