a literatura de cordel como patrimônio cultural: a produção
Transcrição
a literatura de cordel como patrimônio cultural: a produção
A LITERATURA DE CORDEL COMO PATRIMÔNIO CULTURAL: A PRODUÇÃO FLUMINENSE DO SÉCULO XXI Sabrina Dias Veloso (bolsista PIBIC), Andréa da Motta Monteiro (orientadora) Resumo: O projeto Literatura de cordel como patrimônio cultural: a produção fluminense no século XXI teve como objetivo analisar a literatura de cordel como patrimônio material e destacar o cordelista como patrimônio imaterial, identificando as características dessa produção no século XXI no Rio de Janeiro. A relevância desta pesquisa consistiu em promover o estudo sobre a história da literatura de cordel desde sua origem na Europa até sua fixação no Brasil, identificando o produtor cultural como divulgador da literatura popular e promotor de ações que visassem ao incentivo da leitura e preservação deste gênero literário como patrimônio cultural brasileiro. Buscouse evidenciar o papel do cordelista como mediador entre as culturas erudita e popular (BURKE, 1985). Este estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica e de campo. Inicialmente, fez-se uma revisão bibliográfica sobre a história da literatura de cordel desde sua origem em Portugal até sua inserção e preservação na cultura popular brasileira. Após a leitura, realizou-se uma pesquisa de campo na Academia Brasileira de Literatura de Cordel e no Museu do Folclore, bem como entrevistas com o cordelista e presidente da Academia brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira da Silva, com a cordelista Dalinha Catunda, além da pesquisadora e cordelista ligada à cultura popular Rosário Pinto. A partir das entrevistas, encontramos apenas quatro cordelistas nascidos no Rio de Janeiro, o que, para as pesquisadoras do projeto não configura número razoável para falar em genuína produção fluminense de literatura de cordel. Sobre esse aspecto da pesquisa, observou-se que a maioria dos cordelistas em atividade no Rio de Janeiro é nascida no nordeste e radicada no estado Rio de Janeiro. Percebeuse que há uma crescente produção feminina desse tipo de literatura, sendo Dalinha Catunda uma de suas principais representantes. A cordelista, além de produzir inúmeros livretos, também mantém um blog onde realiza pelejas virtuais com cordelistas do país inteiro. Também observou-se o crescente interesse pela preservação da literatura de cordel como patrimônio material e de páginas criadas na internet como forma de divulgação dessa manifestação cultural. Como atividades relacionadas a esta pesquisa, foram realizados os seguintes eventos: Oficina de Xilogravura, organização da Exposição de Xilogravura dos Alunos da Escola de Belas Artes, Exposição Literatura na Corda (estas realizadas durante a XVI Semana de Tecnologia e XVI Encontro Escola Comunidade, no IFRJ campus Nilópolis), Mesa redonda A expressão feminina da literatura de cordel, criação do blog Literatura na corda e página homônima na rede social Facebook. Palavras-chave: literatura de cordel; patrimônio cultural; culturas populares, produção cultural
Documentos relacionados
Realizar uma roda de cordel
poema longo, de temática social, constituído de 23 estrofes com 10 versos, e de uma estrofe de encerramento, com 8 versos. Cada estrofe inicia com uma palavra iniciada por uma letra do alfabeto, da...
Leia maisMItOs bRAsIlEIROs EM CORdEl
Obeid, xilogravuras de Eduardo Ver Outras histórias narradas em Cordel: (Mundo Mirim, 2010) – César Obeid recriou em cordel o conto de fadas A Bela e a Fera em Cordel, de Clara de Hans Christian An...
Leia mais