São 25 anos de consagração - STILOWEB

Transcrição

São 25 anos de consagração - STILOWEB
Edição especial
São 25 anos de consagração.
Mas a semente foi plantada
há 31 anos...
Páginas 3 a 8
É tempo
de alegria
Pág. 2
2
A Palavra do
Pároco
Pe. Marcos Rogério, SPadV
C
Jubileu de prata
JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
Ano III, Nº 11, dezembro de 2011
Alegria, alegria
25 anos de história
elebrar é um ato profundamente humano e que está
intrínseco naquele que vê o coração pulsar quando a alegria se
faz concreta na vida. No terceiro
domingo do Advento o nosso coração parece querer explodir e a
única coisa que podemos fazer
hoje é agradecer.
Nossa comunidade está
em festa e a alegria é visível no
rosto de cada católico do conjunto Itatiaia e região. Depois de um
período de reformas e ampliações
teremos a alegria de poder abrir
as portas da nossa Igreja para
que o povo possa adentrar aos
santos dos santos e contemplar
a presença de Deus em sua casa.
Hoje podemos repetir como
Maria: “A minha alma se alegra
no meu Deus” (Lc 1). Neste ano
em que a paróquia celebra os
seus 25 anos de existência o sentimento é de júbilo e de reconhecimento a todos os fieis, benfeitores que fazem esta paróquia ser a
expressão viva de um Deus que é
festa, é alegria.
Celebrar 25 anos é poder
olhar a história e dar graças a
Deus por todos aqueles que fizeram parte da mesma. Cada pessoa, cada sacerdote que por aqui
passou deixou marcado de forma
especial o sentido de ser cristão.
O jubileu que hoje celebramos
retrata que a Igreja é sinal visível de unidade, de comunhão e
participação em todo o conjunto.
Hoje o nosso Arcebispo,
ao abençoar a Igreja e dedicar o
novo altar da Matriz, deixa claro
que esse lugar é morada do Altíssimo e que esse edifício faz vislumbrar no meio do nosso bairro
o mistério da Igreja que Cristo
santificou com o seu sangue. A
unção do altar retrata que o mesmo é agora símbolo de Cristo que
é chamado por excelência de Ungido.
O horário de abertura da
Igreja e da dedicação do altar
não poderiam ser mais propício,
seis da tarde, momento em que o
anjo anunciou a Maria. Hoje ressoa em nosso bairro a grande noticia: Povo santo, a casa de Deus
pode ser adentrada, porque o Senhor armou sua tenda entre nós
e fez sua morada.
JORNAL
Ano III – nº 11
dezembro 2011
Veículo de
comunicação da
Paróquia Nossa Senhora da Assunção
Coordenação editorial: Pe. Marcos Rogério, SPadV; Coordenação da Equipe de
Comunicação: Alessa Campos; Jornalista responsável: Manoel Juraci Mota; Coleta
de material: Equipe Jubilar e Marlene Mota; Diagramação: Cleomar Gomes Nogueira
e Fotos: divulgação.
Endereço: Rua R-44, Qd. 43, Lt. 36/38, s/n - Itatiaia - CEP 74690-690; Telefones: (62)
3205-1989 - 3954-0889 - 3954-3889; Internet: www.nossasenhoradaassuncao.com.br
E-mail: [email protected]; Impressão: LL Gráfica e Editora Ltda - (62) 3202-2866;
Tiragem: 3 mil unidades
Depoimentos mexem com
a memória e as emoções
A todos que foram fundamentais para a
realização desse trabalho, feito com muita
dedicação, o nosso respeito, carinho e
admiração por terem confiado a esta equipe
seus depoimentos, muitas vezes carregados
de emoção e saudade. Fotografias que são de
extrema importância para vocês, foram tiradas
de seus guardados, nos permitindo reuni-las
para agora fazerem parte da vida de outras
pessoas, congregando as lembranças registradas
em cada coração, para se tornarem uma mesma
história. Nossos agradecimentos.
Abadia Heleusa de Araújo
Pereira (Nossa Senhora da Assunção); Alexsandro Jorge Lima
(São Pedro); Ana Madalena (São
Judas Tadeu); Ana Paula da
Silva (Nossa Senhora da Piedade); Ângelo Luiz Pereira (Nossa
Senhora da Assunção); Antônio da Cruz (São Domingos Sávio); Antônio Rodrigues da Silva
(Santa Teresinha); Denise Rosa
Faria (São Pedro); Dorvalino Mamédio de Bastos (Nossa Senhora da Assunção); Ediwaldo de
Paula (Nossa Senhora Aparecida – Bairro São Judas); Escola
Municipal Professora Cleonice
Monteiro Wolney, na pessoa de
Vânia Lúcia Lopes Meireles (São
Domingos Sávio); Eunice Pereira Marinho (Santa Teresinha);
Francelina Silva da Cruz (São
Domingos Sávio); Geni Batista
Teles (Nossa Senhora da Assunção); Geraldo Anastácio de Oliveira (Nossa Senhora Aparecida - São Judas Tadeu); Ivanilde
Maximiano dos Santos (Nossa
Senhora da Assunção); Jordelina Luis da Silva (Nossa Senhora da Assunção); José de Souza
(Nossa Senhora da Assunção);
José de Souza Lima (Nossa Senhora da Piedade); José Moura
(São Domingos Sávio); Léia Maximiano Moura (São Domingos
Sávio); Leonir Rodrigues Nascimento (Nossa Senhora da Piedade); Lucimar Jorge Lima (Nossa
Senhora da Piedade); Maria Bernadino Trindade (Nossa Senho-
ra da Piedade); Maria da Silva
Carvalho (Nossa Senhora Aparecida – Chácaras Califórnia);
Maria das Graças Guimarães
(Nossa Senhora da Assunção);
Maria do Carmo Araújo (Nossa
Senhora da Assunção); Maria
do Socorro Silva Dias (Santa Luzia); Maria Rosa de Magalhães
(Nossa Senhora da Assunção);
Marlene Lopes Dourado Mamédio (Nossa Senhora da Assunção); Marlene Mota (Nossa
Senhora da Assunção); Maximiana dos Santos Rodrigues
(Nossa Senhora Aparecida – São
Judas Tadeu); Maurício Maximiano Moura (São Domingos
Sávio); Necília Viana marinho
(Santa Teresinha); Raimunda
(Nossa Senhora da Assunção);
Renata Viana Marinho (Santa
Teresinha); Rosaura de Oliveira
Vargas das Virgens (Nossa Senhora da Piedade); Sônia Braga
Faria (Nossa Senhora da Assunção); Vânia Braga Faria (Nossa
Senhora da Piedade); Zeferino
Dias de Araújo (Nossa Senhora
da Assunção).
A todos vocês, nossa gratidão e o nosso muito obrigado.
Equipe Jubilar: Alessa
Campos, Ana Paula Resende,
Augustinho de Castro, Ediwaldo de Paula. Elder Dias, Flávio
Marques, Guilherme Brito, Leonardo Ferreira, Nivea Karina, Pe.
Marcos Rogério, Renata Garcia,
Rosaura Vargas e Vânia Braga.
jubileu de prata
JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
Ano III, Nº 11, dezembro de 2011
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A Itália inspirou nossa igreja
A
s vinte pastorais da Matriz e as
oito comunidades que integram
a Paróquia Nossa Senhora da Assunção, neste ano de seu Jubileu de
Prata, retratam com eloquência os
frutos da pródiga semente plantada
pelo padre italiano Sérgio Foglia, no
início da década de 1980, quando a
igreja nascia com o trabalho e a fé
de uma pequenina comunidade.
As celebrações aconteciam
em casas dos fiéis ou no Centro
Social Urbano; e as aulas de catequese eram realizadas no Colégio
Estadual Waldemar Mundim. Essa
escola e nossa igreja fazem parte
da história do Conjunto Itatiaia,
que data de 1978.
A paróquia teve um começo
humilde, mas (pode-se assim dizer) com um DNA de alta linhagem,
pois foi na Itália, berço de Roma,
que padre Sérgio Foglia buscou a
inspiração para o projeto da nossa matriz. Ele mesmo elaborou a
planta, a partir de uma obra similar já existente na Itália.
Neste 11 de dezembro de
2011, quando nossa igreja reabre
após a reforma, com a dedicação
do altar pelo arcebispo Dom Washington Cruz, seus espaços já são
pequenos para acolher todas as
comunidades e os visitantes, que
já são muitos.
Mas na década de 1980 representava um projeto ambicioso
para o tamanho da comunidade.
Para construir a igreja era necessário muito mais do que podiam
dar os fiéis através das coletas e
do dízimo. Padre Sérgio, mais uma
vez, recorreu à sua pródiga terra natal, levantando ali com seus
amigos e empresários italianos os
recursos para a sagrada obra.
Mesmo assim o dinheiro era
pouco para o tamanho da construção. Foi preciso recorrer ao trabalho voluntário dos fiéis pioneiros
que se reuniam em mutirões coordenados pelos mais ativos da época: Geraldo Dias, Generino, Hélio
Bolívar, João Elias, entre outros.
Mas nenhum se doou tanto como
Percílio Batista Teles, que sozinho
ergueu várias paredes. O diácono
Vicente Gomes era então o braço-direito de Foglia.
Tudo começou com o padre italiano Sérgio Foglia e continua com padre Marcos Rogério
Em 1985 a igreja foi inaugurada. E há 25 anos, no dia 8 de
dezembro de 1986, foi oficialmente
criada a nossa Paróquia, conforme
registros na Arquidiocese de Goiânia. Em 15 de agosto de 1988 foi
feita a consagração a Nossa Senhora da Assunção, com a bênção
Percílio Batista Teles: um
construtor pioneiro
de dom Antônio Ribeiro de Oliveira, arcebispo de Goiânia.
Muitos são os fatos marcantes de nossa história. Um deles é que a Igreja Católica do Itatiaia tinha uma catequese forte e
um movimento jovem efervescente
que favoreceu vocações, como a de
Waldemar Passini, hoje padre, reitor do Seminário Interdiocesano e
bispo auxiliar de Goiânia.
No fim de 1991, Sérgio Foglia
deixou a paróquia, sendo sucedido
pelo padre Luiz Alberto Vieira Rodrigues. Este promoveu, como principais mudanças, a criação das equipes do Dízimo e da Liturgia. Um dos
destaques foi o Madrigal, coral da
paróquia, que muitas vezes foi chamado para liderar celebrações coletivas da Arquidiocese de Goiânia.
Em abril de 1994, padre
Luiz Alberto foi substituído pelo
padre Pedro Martinez, que veio de
Minaçu para assumir essa nova
missão. Naquela época a paróquia
já possuía diversas equipes e movimentos distintos que atuavam com
autonomia. Então padre Pedro, da
Congregação São Pedro Ad Vincu-
la, promoveu diversas ampliações
na área física da igreja durante os
mais de 14 anos em que permaneceu à frente da comunidade.
A fase atual, marcada pelo
entusiasmo e crescimento do
número de fiéis, teve início em
agosto de 2008, quando a direção da paróquia passou para o
jovem padre Marcos Rogério, da
mesma congregação de seu antecessor. Com ênfase na parte
litúrgica e de acolhida, além da
restauração do conselho paroquial, o novo vigário vem promovendo a renovação da comunidade, com muita dedicação às
atividades do calendário de toda
a paróquia. O resultado tem sido
um envolvimento cada vez maior
e o retorno de muitos irmãos que
tinham se afastado.
Padre Marcos Rogério conta
também com a importante ajuda
dos padres José Fernandez (vigário
e superior da congregação São Pedro Ad Víncula) e Cidimar Rodrigues
que, juntos, realizam um marcante
trabalho nas oito comunidades que
integram e dão vida à Paróquia.
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Jubileu de prata
Lutas e conquistas marcam o
Oito comunidades integram, atualmente, a Paróquia Nossa Senhora da Assunção: Matriz Paroquial Vila Itatiaia. Comunidade Nossa Senhora Aparecida - Bairro São Judas Tadeu. Capela Nossa Senhora
da Piedade - Residencial Morada do Bosque. Comunidade Nossa Senhora Aparecida
Primeira fachada da Igreja Nossa Senhora
Aparecida (Bairro São Judas Tadeu).
N
os idos de 1968, no jovem Bairro São Judas Tadeu (1955), surgiam as primeiras
manifestações católicas que se tem notícia na
região. Juntamente com elas, surge também,
por volta de 1972, a primeira Capela da região
que ficava na Avenida São Jorge esquina com
Carlos Gomes, e que receberia o nome de Capela São Judas Tadeu, por vontade do doador
do terreno, o professor Aristoclides Teixeira,
médico e professor da universidade Federal
de Goiás, que atendia os moradores da região
gratuitamente, visitava as famílias menos favorecidas e fazia doação de cestas básicas a
essas famílias e que era também um dos sócios da imobiliária Cruzeiro.
Conforme relatos de uma das primeiras
moradoras do setor, a Capela tinha aproximadamente quatro metros de cumprimento por cinco
metros de largura; e uma cruz de madeira ao lado.
O primeiro pároco a celebrar missas na pequena Capela foi padre Jayme de Oliveira Rocha,
que vinha da Paróquia Sagrado Coração de Jesus,
na Vila Nova; as celebrações aconteciam sempre
aos sábados à tarde. Assim foi por dez anos.
No mês de junho as festas de São João do
bairro aconteciam com muita animação e a participação sempre fervorosa dos moradores da região. Eles lembram também que, em frente ao atu-
al Supermercado Garoto, havia um cruzeiro onde
em tempos de seca eram realizadas procissões
com muita reza e cantoria pedindo chuva e, como
era o costume, molhavam o ‘pé’ do cruzeiro.
A população crescia e a Capela, muito
pequena, não conseguia mais comportar seus
fiéis. Em 1977 começou a construção da nova
igreja do bairro na mesma Avenida São Jorge,
quadra 38, lotes 16/19. Sua construção levou
um ano e o lote onde se encontrava a Capela
acabou sendo vendido e seu dinheiro revertido
para a construção da nova Igreja.
O dinheiro da venda do lote onde se encontrava a Capela foi insuficiente e a verba para
a conclusão da obra veio da Alemanha. Um ano
e meio depois, 1979, nova igreja era inaugurada
e passou a se chamar Nossa Senhora Aparecida, por sugestão da senhora Atena, esposa do
professor Aristoclides e devota da santa.
As celebrações eram feitas pelo padre Sérgio Fóglia, que como padre Jayme, saia de sua
paróquia (Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,
no Setor Norte Ferroviário) para celebrar com a
comunidade; ele passou a contar, também, com
o operoso apoio do diácono Vicente Gomes que
foi seu braço direito.
Substituindo Padre Sérgio, que ficou até
1991, chegou à comunidade o Padre Luis Alberto; este ficou por pouco tempo (até 1994) e introduziu o Dízimo e a Liturgia. Depois dele veio o
padre Pedro Martinez, da congregação São Pedro
Ad Vincula, ficando de 1994 a 2008. Em agosto
de 2008 a paróquia passa a ser dirigida por padre Marcos Rogério, da mesma congregação.
Para falar da Capela Nossa Senhora da
Piedade deve-se, com justiça, falar primeiro
de seu maior idealizador, José de Souza Lima
(Seu Zequinha, como é conhecido), de 72 anos
de idade e vicentino há mais de quarenta anos,
com sua esposa Dona Lucimar Jorge Lima (62
anos).
Tudo começou em meados de 1991,
quando Seu Zequinha e Dona Lucimar mudaram-se para Goiânia, especificamente para o
Residencial Morada do Bosque (que estava começando); o casal foi um dos primeiros moradores do bairro e ali vive até hoje.
Missa inaugural da Capela
(Residencial Morada do Bosque)
No final do ano
de 1991 foi realizada
uma missa campal
embaixo de uma árvore, começando então a luta por uma
área para a construção de uma capela; a
igreja mais próxima
era a de Nossa Senhora da Assunção,
no Conjunto Itatiaia.
Enquanto isso,
várias
celebrações
se sucederam na
própria casa de Seu
Zequinha que, em
1994, foi eleito presidente da Associação
de Moradores do Residencial Morada do
Senhor José de Souza
Bosque, cargo que
Lima (Seu Zequinha)
ocupa até hoje dado
o seu dinamismo.
Nesse mesmo ano, com o apoio de padre Pedro Martinez, organizou em frente a sua casa
a primeira festa junina, com o intuito de angariar recursos para a construção da capela.
Com esse fim, aconteceram diversas reuniões
festivas na comunidade, todas registradas em
ata, comprovando e firmando o compromisso
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dia a dia das 8 comunidades
- Chácaras Califórnia. Comunidade São Pedro - Alice Barbosa. Comunidade Santa Terezinha do
Menino Jesus - Km 8 da rodovia GO-060. Comunidade São Domingos Sávio - Mansões do Campus.
Comunidade Santa Luzia - Colégio Aristoclides, Jardim Pompéia.
Pe. Marcos abençoando a Capela do Santíssimo
(Residencial Morada do Bosque)
e a vontade da comunidade em ver realizado
seu sonho.
Em 1997, Seu Zequinha foi nomeado, por padre Pedro, coordenador de uma
comissão em prol da construção da capela. Foram realizadas várias reuniões com
os 16 integrantes da equipe e políticos
da época, reivindicando uma área. Com
recursos da própria comunidade, os esforços foram coroados em 19 de abril de
1998, às onze e trinta da manhã, quando
o então Arcebispo de Goiânia, Dom Antônio Ribeiro de Oliveira, celebrou a Santa
Missa inaugural da Capela Nossa Senhora
da Piedade.
O nome foi sugerido pelo padre Pedro
Martinez, o qual foi aceito e celebrado pela comunidade do Morada do Bosque. Em 2009, no
dia 17 de maio, após a celebração da Santa
Missa, foi inaugurada a Capela do Santíssimo e
instituídos os primeiros acólitos da Capela Nossa Senhora da Piedade.
No final de 2010 foi dada uma boa
adiantada na reforma do salão da Capela,
onde acontecem as festas e eventos; e o ano
de 2011 começou bem movimentado, pois
com as dependências da Paróquia Nossa Senhora da Assunção em reforma, o projeto Arte-Educaçã”, mantido pela Organização Jaime Câmara, passou a utilizar o espaço dessa
comunidade.
A Capela Nossa Senhora Aparecida localizada nas Chácaras Califórnia é a mais antiga
da região. Segundo Bárbara Maruk, moradora
de uma das chácaras, por volta dos anos 50 o
proprietário da fazenda, Jason Santana, loteou
a área em chácaras e doou o terreno para construção da capela.
Os moradores organizaram-se para angariar fundos para a obra, por meio de festas, rifas,
leilões e doações. A edificação foi feita em regime
de mutirão, tendo também a grande ajuda do
senhor Benedito, morador antigo da região.
Segundo informações desses moradores
mais antigos, a inauguração foi dia 12 de outubro de 1956, em homenagem à padroeira.
Maria da Silva Carvalho, residente há
mais de vinte e dois anos no local e atual zeladora da Capela, conta que uma das moradoras
doou uma imagem de N. Sra. Aparecida à Capela, no dia da primeira missa celebrada no local.
Como a capela ainda não tinha uma padroeira,
decidiu-se pela consagração da mesma a Nossa
Capela do Santíssimo (Chácaras Califórnia)
padre Jaime, que vinha da Vila Nova. Em seguida chegou à comunidade o padre Sérgio Foglia,
que percebendo a necessidade de ampliação na
capela decidiu por uma nova construção no lugar da anterior e para isso contou com recursos
trazidos de sua terra natal, a Itália.
Nessa época a comunidade já fazia parte da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, na
Vila Itatiaia.
Como padre Sérgio tinha várias comunidades sob sua responsabilidade, sentiu necessidade de buscar a ajuda de pessoas na
comunidade, para algumas celebrações. Um jovem que o auxiliava bastante nessa caminhada
era o coordenador do grupo de
oração da comunidade do Itatiaia, que à época tinha seus 18,
19 anos; chamava-se Waldemar
Passini Dalbello, que no ano de
1994 ordenou-se padre na Arquidiocese de Brasília e, no dia
30 de dezembro de 2009, foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, pelo Papa
Bento XVI.
Depois do padre Sérgio
Fóglia veio o padre Luis Alberto,
que ficou pouco tempo. Seguiu-se o padre Pedro Matinez, ficanCapela Nossa Senhora Aparecida (Chácaras Califórnia)
do até 2008, quando assumiu o
jovem padre Marcos Rogério que
renovou as forças dos fiéis. Padre Marcos tem
Senhora Aparecida. Essa imagem encontra-se
grandes sonhos para a comunidade e um deles
na capela até hoje.
já se tornou realidade: a construção de uma peMoradores antigos lembram que o priquena Capela para o Santíssimo que acaba de
meiro padre a celebrar missas na primeira caser construída.
pela chamava-se João. O segundo celebrante foi
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A Comunidade São Pedro é ainda jovem e
está localizada no Residencial Alice Barbosa, um
setor também novo, composto de mais de mil lotes e que já conta uma grande quantidade de residências e comércios construídos.
Esta comunidade nasceu de um sonho
que tinha padre Pedro Martinez, pároco da época, como conta Alexsandro Jorge Lima, um dos
primeiros moradores do Alice Barbosa e grande
apoiador de padre Pedro.
A idéia era construir uma igreja no Residencial Xangrilá ou no Residencial Alice Barbosa.
Como neste setor já havia muito mais construções edificadas, decidiu-se pelo Alice Barbosa e aí
começou a procura do local para as celebrações.
Muitas vezes, no ano de 2005, padre Pedro e Alex caminharam pelo setor procurando
um local adequado para as celebrações que fosse
de fácil acesso também aos moradores dos bairros vizinhos. E foi em frente a uma área pública
que descobriram uma casa que estava à venda,
exatamente como deseja o padre. O imóvel foi adquirido em 2006. Foi construído então um galpão
no local e uma parte da casa já existente acabou
servindo para o altar da igreja.
Com a construção do Galpão as missas
começaram a acontecer todos os domingos, pela
manhã. Alex conta que para atrair os moradores
da região para as missas foi contratado um carro
Comunidade reunida para a reza do terço
É nessa escola que as celebrações acontecem
(Jardim Pompéia)
Jubileu de prata
de som e feitas visitas de casa, além de faixas informativas e até mesmo foguetes soltados na porta da Capela, pouco antes das celebrações.
A igreja já estava com seu local definido,
mas faltava o nome. Sem que padre Pedro soubesse, a comunidade se reuniu e, através de votação, resolve homenageá-lo escolhendo o nome
de ‘Capela de São Pedro’, já que ele estava completando cinqüenta anos de ordenação sacerdotal
e, principalmente, por sua enorme dedicação à
igreja e à comunidade a que pertencia. O homenageado a princípio não queria, mas acabou por
aceitar a merecida homenagem. E já no mês de
junho desse mesmo ano acontece a primeira festa
de São Pedro, com a participação do homenageado e padre Pedrinho que também teve participação importante na concretização desse sonho.
Alex acredita que boa parte dos recursos
usados para a compra do imóvel e a construção
do galpão tenha saído do próprio bolso de padre
Pedro, pois ele havia recebido uma herança de família e a paróquia não contava com esse volume
de dinheiro em caixa.
Graças ao idealismo e força de vontade de
padres como Pedro Martinez, Pedrinho e pessoas comprometidas como Alexandro, a Capela de
São Pedro está solidificada, com suas celebrações semanais e seus ministérios sendo estruturados.
Comunidade São Pedro (Residencial Alice Barbosa)
O movimento religioso da comunidade
Santa Luzia teve inicio em 1990, idealizado
por Ana, ministra da eucaristia da capela
Nossa Senhora Aparecida, período em que padre Sérgio Foglia era o responsável pela Comunidade.
Algumas famílias que residiam no Jardim Pompéia, abaixo da rodovia que segue
para Nerópolis, tinham uma grande devoção
a Santa Luiza. Essas famílias sempre se reuniam para rezar terços nas residências. Dona
Lazinha era a pessoa que animava esses terços, e no Natal todas as novenas eram feitas
em sua residência, que contava com grande
participação da vizinhança.
Foi nessa época que padre Sérgio Foglia e dona Ana “começaram a fazer as celebrações eucarísticas nas instalações da Escola Municipal Aristoclides Teixeira, com a
permissão da então diretora, dona Laura”,
conta Maria do Socorro, moradora antiga
do bairro.
“As celebrações aconteciam todas as
quintas-feiras às 19h30. Nessa época foi nomeada dona Deuzelene como coordenadora
da comunidade e responsável pela organização da sala onde as celebrações aconteciam”,
lembra Maria do Socorro.
Algumas comemorações, como os ter-
ços e a festa de Santa Luzia, eram feitas nas
residências.
“Com chegada de padre Luis, ele percebeu a necessidade da catequese para muitas
crianças, mas atravessar a rodovia era um
risco, já que a catequese era na comunidade Nossa Senhora Aparecida, no São Judas
(do lado de cima da rodovia). Foi implantada
então a catequese com as aulas ministradas
também nas dependências da escola” – continua Maria do Socorro.
Em 1994 fundou-se o grupo de oração
da Renovação Carismática Católica; os encontros aconteciam nas residências, sob a
orientação de padre Pedro Martinez, e transferidos depois para a escola.
As instalações do prédio eram muito
pequenas. Através de reivindicações dos moradores, foi construído um novo prédio para
a escola, bem maior que o anterior e com instalações bem mais adequadas, pois o número
de alunos da região também havia aumentado consideravelmente. E ali as atividades religiosas continuaram sendo realizadas.
A luta agora é por um espaço definitivo, área própria para a construção de uma
capela, pois a comunidade vem mostrando
perseverança na luta em prol do crescimento
humanitário e religioso do bairro.
jubileu de prata
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A história da Capela Santa Teresinha
começa com a saga do casal Joana Marinho
de Araújo e Patrocínio Viana de Araújo, que
no final de década de 50 saíram de sua terra natal, uma pequena cidade com o nome
de Porta Alegre, encravada no sertão do Rio
Grande do Norte, com seus 14 filhos, poucos pertences e um quadro com a imagem de
Santa Teresinha na bagagem (dona Joana era
devota extremada dessa linda santa), para
tentarem no Centro-oeste do país uma vida
melhor para todos. A viagem até aqui foi feita
em um pau-de-arara, condução que foi possível na época, pois os recursos eram pequenos
e a família muito grande.
Chegando em terras goianas, a família adquiriu um pedacinho de terra no quilômetro oito da rodovia Goiânia-Nerópolis,
onde se estabeleceu, dando o nome a essa
pequena chácara de Bom Retiro. Conta Necilia Viana Marinho, uma das filhas do casal
Capela Santa Terezinha do Menino Jesus
e grande apoiadora dos sonhos de dona Joana: “Mamãe era uma pessoa pessoa jovem de
natureza, mulherzinha baixa, corajosa; maDona Necilia, como não é mulher de demãe não era uma pessoa rançosa, apesar de
sistir tão facilmente, resolve abraçar de vez
seus 86 anos; ela era uma pessoa muito aleo sonho da mãe e começa então uma grangre”. Os pais tinham muita preocupação com
de luta para tentar torná-lo realidade. Ela e
a educação dos filhos, sobrinhos e netos, e
as irmãs, bem comunicativas, sensibilizaram
doaram um pedacinho de terra da Chácara
outros familiares, amigos e viziBom Retiro para que
nhos. Todos ajudaram e conseguia Prefeitura construram então comprar um terreno ao
ísse ali uma escola,
lado da escola, para a construção
que receberia depois
da capela.
o nome de ‘Escola
A filha de dona Joana enMunicipal Santa Tetão começou a fazer rifas e outros
resinha’. Hoje a eseventos. Fez diversas campanhas
cola atende não apeonde conseguiu ganhar telhas, tinas aos familiares
jolos e madeiras. Até uma antiga
de dona Joana, mas
amiga que morava no Rio Grande
toda a comunidade
do Norte ajudou na construção.
adjacente.
“Tudo foi construído com donatiDona
Joana
vos”, diz dona Necilia.
tinha outro sonho,
No ano de 2002 a Capela de
disse Necilia: a consSanta Teresinha foi inaugurada e
trução de uma capela
dona Joana pode então ver seu sopara a santa de sua
nho transformado em realidade e
devoção. A princípio
vivenciá-lo por seis anos. “Para mieu disse a ela que era
nha mãe não existia nada melhor
“impossível, porque o
que estar dentro de sua capela”,
lugar é muito pequerelembra Necilia.
no, uma comunidade
No início as missas acontemuito pequena, sem
ciam uma vez por mês, pois a parecursos, nós não
róquia contava apenas com o Padre
podemos fazer essa
Pedro Martinez e as comunidades
igreja. Ela abaixou
já eram muitas. Com a chegada de
a cabeça e quis chomais dois padres para a Paróquia
Menina Jéssica vestida de
rar”. Mas o pedido da
Nossa Senhora da Assunção (à qual
Santa Teresinha (festa da
mãe ficou encravado
a capela é jurisdicionada), a Capela
padroeira de 2010)
no coração da filha,
de Santa Teresinha teve a grande
que tentou a ajuda dos irmãos; estes acharam
felicidade de passar a ter suas missas semaa idéia absurda: “Tira isso da cabeça da minais, sempre aos sábados. Com isso a comuninha mãe, não existe a mínima possibilidade”,
dade não precisa mais se deslocar para outros
diziam eles.
lugares para participarem da Santa Missa.
Rua R-13 Qd.53 Lt.05 – Conjunto Itatiaia
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No dia 30 de
setembro de 2008
dona Joana faleceu,
sendo sepultada no
dia dedicado a Santa
Teresinha. “O maior
presente que Deus
podia ter dado a minha mãe”, diz dona
Necilia, emocionada.
“Tenho certeza que
foi Santa Teresinha
que levou minha
mãe nos braços”,
completa.
Há dois anos,
com o grande incentivo de padre Marcos Rogério (também
fervoroso devoto da
Santa), acontece na
(Km 8 - GO 060)
capela a novena e a
Festa das Rosas, com
o encerramento no dia de Santa Teresinha, 1º
de outubro.
Neste ano de 2011, a comunidade se
empenhou na melhoria física da Capela para
que os eventos aconteçam de forma mais
tranqüila e acolhedora. A comunidade conta atualmente com um grupo da Renovação
Carismática Católica que se reúne sempre às
terças-feiras às 19h30.
Quem desejar ajudar a comunidade é
só entrar em contato com Necília Viana Marinho (3565-5023) e Eunice Pereira Marinho
(3565-5117) e receber as bençãos de Santa
Teresinha.
Joana Marinho de Araújo
E-mail: [email protected]
Site: www.saborsupremorest.com.br
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Jubileu de prata
JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
Ano III, Nº 11, dezembro de 2011
Celebração no salão da marcenaria
(Mansões do Campus)
Escola Municipal Professora Cleonice M. Wolney,
no ano de sua inauguração (Mansões do Campus)
A comunidade católica do Residencial escola resolve mudar sua estrutura, tirando os
Mansões do Campus existe há mais de 35 anos. guardas que faziam a segurança do local para
Conforme alguns depoimentos colhidos, esta colocação de alarmes. Por não ter quem abrisparece ser a segunda mais antiga da região.
se os portões da escola para as celebrações, a
Os moradores sempre se reuniam para a comunidade ficou novamente sem ter um local
celebração de missas e reuniões, nas fazendas adequado para suas reuniões.
e chácaras que existiam ao redor. Mesmo com o
Foi quando um antigo morador oferesurgimento do clube Itanhangá e o loteamento ceu sua chácara para que as missas não pada Fazenda São Domingos, as celebrações nas rassem de acontecer. Por algum tempo elas
casas dos antigos moradores continuavam.
se realizaram na residência do senhor José
Padres e religiosas se deslocavam de suas Moura. Ele e seus familiares sempre se reucomunidades (Balneário e Itatiaia) para atende- niam também para rezarem terços com os
rem aos moradores, mas sem muita regularida- moradores do lugar.
de devido à distância de suas paróquias e as
Foi então que dona Francelina e Antonio
dificuldades da época. Os primeiros padres a Cruz, proprietários de uma chácara no local
celebrarem na antiga fazenda São Domingos fo- desde 1988, resolveram construir um galpão
ram Sérgio Foglia, Izidrio e Luis Alberto, sempre para abrigar as instalações de uma marcenaria.
com a ajuda das religiosas que também davam Dona Francelina conta que desde o começo se
um grande apoio, relembra alguns
moradores do lugar.
As primeiras missas celebradas por Padre Sérgio na região
aconteciam uma vez por mês, à
sombra de uma antiga árvore. As
celebrações no começo tinham muitos participantes. Como as missas
sob uma árvore tinham vários inconvenientes, os fiéis aos poucos
iam deixando o setor para assistir
as celebrações em outros locais,
como Balneário e Campinas.
Com a construção de uma
escola na região, que era também
uma luta dos moradores, as celebrações passaram a ser realizadas
lá, motivando o retorno dos fiéis. As
reuniões aconteceram nessa escola
por um longo período.
Mais um contratempo para
a comunidade: no ano de 2004, a
Salão paroquial da comunidade, em construção (Mansões do
preocupou com a situação da religiosidade do
local; o casal resolve então ceder o espaço da
marcenaria para que as celebrações tivessem
continuidade. As celebrações foram ali realizadas com muita participação da comunidade
e contando sempre com os padres Pedro Martinez, Pedro Felisberto (padre Pedrinho), José
Fernandes, Renildo Maia e Marcos Rogério.
Até então a comunidade não tinha o
seu santo padroeiro e, reunida com padre Pedrinho, surgem vários nomes: São Sebastião,
Nossa Senhora das Graças, Santa Edwirges...
Então um morador chama a atenção para o
nome da fazenda – São Domingos –, motivando uma eleição que resultou na escolha do
nome São Domingos. Mas qual São Domingos? Como alguns moradores da comunidade
eram devotos de São Domingos Sávio, ficou
decidido então que este seria o
santo padroeiro da comunidade.
As missas, celebrações e
festas da comunidade foram realizadas no salão da marcenaria até
2011. Em maio deste ano, com a
benção de padre Marcos Rogério,
as celebrações passaram a ser realizadas em área definitiva. Com a
luta da comunidade e o apoio do
pároco, a comunidade conseguiu
junto à Prefeitura de Goiânia uma
área para a construção de um salão paroquial e uma igreja.
A construção do salão está
em ritmo acelerado. A festa junina
de 2011 já aconteceu em suas dependências, ainda inacabadas. A
comunidade São Domingos Sávio
está em festa com suas realizações,
esperando para breve o começo da
construção de sua capela.
Campus)