guia de antimicrobianos 2009

Transcrição

guia de antimicrobianos 2009
1
GUIA DE
ANTIMICROBIANOS
2009
Fco Eugênio D. de Alexandria
Médico Infectologista da CCIH do HGV
2
SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PIAUÍ
HOSPITAL GETÚLIO VARGAS
SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO PIAUÍ:
Dr. Francisco de Assis Carvalho
DIRETORIA GERAL:
Dr. Noé de Cerqueira Fortes
DIRETORIA TÉCNICA ASSISTENCIAL:
Dr. Maurício Batista Paes Landim
DIRETORIA ADMINISTRATIVA FINANCEIRA:
Drª Maria Gelzuita de Sousa Leandro Melo
GERÊNCIA DE ENFERMAGEM:
Drª. Luciane dos Anjos Formiga Cabral
3
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR DO HGV:
MÉDICOS:
Dr Fco Eugênio Deusdará de Alexandria (Coordenador)
Dra Maria da Conceição Lustosa
ENFERMEIRA:
Drª Odinéa Maria Amorim Batista
AUXILIAR DE ENFERMAGEM:
Gilza da Silva Leal e Ysis Lucy Vieira Marques
SECRETÁRIA:
Etelvina Alves de Castro
4
ÍNDICE
Apresentação...............................................................................................06
Definições....................................................................................................07
Antibioticoterapia empírica.........................................................................07
Principais antimicrobianos...........................................................................08
Microbiota e sua topografia........................................................................15
Antibioticoterapia empírica sob regime hospitalar....................................16
Causas de insucessos na antibioticoterapia................................................21
Antibioticoprofilaxia cirúrgica.....................................................................22
Apresentações comerciais..........................................................................25
Referências bibliográficas.............................................................................28
Anexos...........................................................................................................29
5
APRESENTAÇÃO
O uso de antimicrobianos não é uma tarefa simples. Poucos são os
profissionais que dominam, de fato, o uso de tais substâncias.
Elaboramos* este guia, a partir da análise de várias fontes, tendo
como meta auxiliar na escolha e administração destes fármacos e que o mesmo seja
útil a todos os profissionais que no dia a dia utilizam os referidos medicamentos.
Fco Eugênio Deusdará de Alexandria
Médico infectologista
*Nossos agradecimentos à Dra Rosânia Maria de Araújo pela sua contribuição na
redação deste guia.
6
DEFINICÕES:
·
·
·
·
·
·
·
·
·
·
ANTIBIÓTICOS: substância produzida por microorganismos vivos ou por meio de
processo semi-sintéticos que tem a propriedade de inibir o crescimento ou causar
morte de outros microorganismos.
BACTERICIDAS são agentes que destroem as bactérias.
BACTERIOSTÁTICOS são agentes que inibem o crescimento bacteriano.
CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA (CIM/MIC): menor concentração da droga
que inibe o crescimento bacteriano.
CONCENTRAÇÃO BACTERIANA MÍNIMA (CBM/MBC): menor concentração da
droga que mata pelo menos 99,9% do inóculo bacteriano.
INFUSÃO EM BOLUS: qualquer administração de medicação endovenosa (EV) com
tempo menor ou igual a 1 minuto.
INFUSÃO RÁPIDA: é a administração EV entre um e 30 minutos.
INFUSÃO LENTA: é a administração EV realizada entre 30 e 60 minutos.
INFUSÃO CONTÍNUA: é a administração realizada em tempo superior a 60 minutos
ininterruptamente (por exemplo, de 6 em 6 horas) .
INFUSÃO INTERMITENTE: é a administração EV realizada em tempo superior a 60
minutos, não contínua (por exemplo, em 4h, uma vez ao dia).
QUE DEVE SER AVALIADO ANTES DE SE ESCOLHER
UMA ANTIBIOTERAPIA EMPÍRICA:
·
·
·
·
·
·
·
Identificar o sítio de infecção;
Detectar qual a microbiota prevalente no processo infeccioso;
Escolher o antimicrobiano visando restringir a cobertura antimicrobiana ao(s)
agente(s) etiológico(s) mais provável (is);
Poupar a cobertura para os anaeróbios sempre que estes não forem à etiologia
principal;
Garantir a penetração e a concentração adequada do antimicrobiano no sítio de
infecção.
Coletar a história de reação alérgica ao fármaco em questão ou ao grupo químico
ao qual o antimicrobiano pertence;
Avaliar presença de contra-indicações ao uso de determinados antimicrobianos
como gestação, faixa etária, função hepática e renal.
7
PRINCIPAIS ANTIMICROBIANOS UTILIZADOS NO
HOSPITAL GETÚLIO VARGAS
ANTIMICROBIANOS
AMOXICILINA
A alimentação não
interfere
na
absorção.
AMOXICILINA/
CLAVULANATO
AMPICILINA
Boa penetração em
quase
todos
os
tecidos com exceção
de ossos e próstata.
DOSE
ORAL
DIÁRIA
Ad=0,75
a 1,5g
Cça=2040mg/
kg
8/12h¹
Ad=0,75
a 1,5g
Cça=2040mg/
kg
8/12h
Ad=2 a
4g
Cça=
50100mg/
kg
6/6h
1-Intervalo de administração
2-Colite pseudomembranosa
3-S. aureus resistente à oxacilina
DOSE
PARENTERAL
DIÁRIA
Não se aplica
EFEITOS
COLATERAIS
ESPECTRO
Exantema
maculopapular,
prurido,
febre,
diarréia
eosinofilia,
elevação
das
transaminases,
leucopenia.
E. faecalis,
Streptococcus
sp,Neisserias ,
Listeria, bacilos
gram-negativos
(E.coli, P. mirabilis,
S. typhi, Shigella sp
e H. influenza)
Ad=3 a 6g
Cça=2040mg/kg
(EV)
Diarréia, náuseas
e dor abdominal
são os efeitos
mais frequentes.
urticária, febre,
candidíase vaginal
e CPM²podem
ocorrer
O mesmo da
amoxicilina
+ Staphylococus sp,
anaeróbios,
H.influenzae, M.
catarrhalis. Sem ou
pouca atividade
contra Serratia,
Enterobacter,
P. aeruginosa,
Citrobacter e ORSA³
EV rápido(com
AD) ou lento(com
SF 0,9%-100ml)
/ IM
Ad=2 a 12g
Cça=100400mg/kg
(IM ou EV)
Náuseas,
diarréia,
dor abdominal,
Nefrite
intersticial,
trombocitopenia.
Enterococcus
sp,
Streptococcus
pneumoniae,
H.
influenza
não
produtores
de
betalactamases,S.
thyphi e Listeria.
EV
rápido(com
AD) ou lento(com
SF 0,9%-100ml)
/ IM
4-6h
PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAL
Não se aplica.
8
ANTIMICROBIANOS
DOSE
ORAL
DIÁRIA
Ad=750
a 1,5g
DOSE
PARENTERAL
DIÁRIA
Ad=6 a 12g
Cça=100
–
200mg/kg(
EV)
12/12h
6/6h
ANFOTERICINA B
Não se
aplica
AMICACINA
AMPICILINA/
SULBACTAM
EFEITOS
COLATERAIS
ESPECTRO
Além dos efeitos
acima,
da
ampicilina,
leucopenia,
anemia, aumento
das
transaminases.
Infecções
graves
causados
por
germes
primariamente
sensíveis
a
ampicilina,
anaeróbios
e
Acinetobacter
Ad=Cça=0,5 a
1mg/kg/
dia ou 1 a
1,5mg/kg em
dias
alternados
com máximo
de 50mg/dia e
50mg/kg
(dose total)
Nefrotoxicidade,
hipocalemia,
febre,
náuseas,
vômitos, flebite e
raramente
choque
anafilático.
Candida albicans e
outras espécies de
Candida,
Histoplasma
capsulatum,
Coccidioides immitis
e Aspergillus.
EV intermitente
(com 500ml de
SG 5% após
reconstituir o pó
com água
destilada) em 4
às 6h.
Fazer dose teste
de 1mg antes do
primeiro dia de
tratamento e
usar prémedicação com
hidrocortisona ou
prometazina e
aspirina a cada
dose
Não se
aplica
15mg/kg EV
ou IM de
12/12h ou em
dose
única
diária¹
Nefrotoxicidade
e ototoxicidade.
Enterobactérias,
Staphylococcus
(infecções graves
em associação com
oxacilina
ou
cefalotina),
Pseudomonas
aeruginosa
(em
associação
ao
betalactâmico )
EV lento ( com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
/
IM
Não se
aplica
Ad=1 a 8 g
Cça= 75 a
100mg/kg
(EV)
Alterações
no
paladar, icterícia,
plaquetopenia,
leucopenia,
elevações
de
transaminases e
de
fosfatase
alcalina, alteração
na atividade da
protrombina.
Gram-negativos
incluindo
Pseudomonas
aeruginosa.
Sinergismo
com
aminoglicosídeos.
EV lento ( com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
/
IM
Boa penetração em
todos os tecidos.
1,5g da droga têm
115mg de sódio
Não atinge níveis
adequados no líquor.
AZTREONAM
Penetra bem em
todos os tecidos.
8-12/h
1-Exceto em septicemias e endocardites.
PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAL
Igual à ampicilina
9
ANTIMICROBIANOS
AZITROMICINA
Boa penetração na
maioria dos tecidos.
CEFALEXINA
Boa penetração na
maioria dos tecidos.
24/24h
3050mg/K
g/dia
VO de
6/6
horas.
24/24h
Não se aplica
boa
no
50100mg/Kg/dia
de 6/6 horas
EV ou IM.
Infecções
graves – 150200mg/Kg/
dia.
CEFAZOLINA
Não
atinge
concentração
liquórica.
DOSE
PARENTERAL
DIÁRIA
Ad=0,25
a
0,5g
6/6h
Não se
aplica
CEFALOTINA
Não
atinge
concentração
líquor.
DOSE
ORAL
DIÁRIA
10mg/K
g/dia
VO em
dose
única
diária.
Não se
aplica
3050mg/kg/dia
EV
EFEITOS
COLATERAIS
ESPECTRO
Náuseas, vômitos,
dor abdominal,
tonteira, cefaléia,
cansaço, erupções
cutâneas.
Chlamydia,
Legionella,
Moraxella
catarrhalis,
Mycoplasma,
Neisseria
sp,
moderada
para
Staphylococcus,
Streptococcus
e
anaeróbios.
Boa
atividade T. gondii e
M. avium.
Náuseas, vômitos,
diarréia,
neutropenia,
Trombocitopenia
e elevação das
transaminases.
Streptococcus sp,
Staphylococcus sp¹,
gramnegativos
sensíveis
no
antibiograma.
Não se aplica
Neutropenia,
aumento
das
transaminases,
insuficiência renal
(por
necrose
tubular aguda),
teste de Coombs
falso positivo.
O
mesmo
cefalexina,
da
EV em bolus ou
lento
(
com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
/
IM (com AD04ml)
Os mesmos da
cefalexina.
Uso exclusivo em
antibióticoprofilaxia cirúrgica
EV em bolus ou
lento ( com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%) /
IM( com 2,5 ml
de lidocaína 0,5 a
1% sem
vasoconstrictor)
Náusea,reações
alérgicas,
malestar, diarréia,
dispepsia, visão
turva e elevação
das transaminases.
Gram-positivos (não
age
contra
Enterococcus
sp,
Listeria, ORSA e
anaeróbios
) e
gram- negativos
EV rápido ( com
10ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
ou
lento
(
com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
/
IM (com AD-3ml)
boa
8/8h
CEFEPIMA
Boa penetração na
maioria dos
tecidos.
Não se
aplica
50-150mg EV
8/12h
1-OSSA (S. aureus sensível à oxacilina)
PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAL
EV lento ( com
100ml de SF
0,9%.
10
ANTIMICROBIANOS
CEFOTAXIMA
DOSE
ORAL
DIÁRIA
Não se
aplica
DOSE
PARENTERAL
DIÁRIA
Ad= 1 a 6g
Cça=50
a
200mg/Kg
EFEITOS
COLATERAIS
ESPECTRO
Hipersensibilidade¹,
tromboflebites,
trombocitopenia,
diarréia, CPM e
aumento
de
transaminases
Grampositivos(exceto
ORSA
e
enterococos) Boa
atividade
contra
Gramnegativos(exceto
Acinetobacter
e
Pseudomonas
aeruginosa.
Grampositivos(exceto
ORSA
e
enterococos) Boa
atividade
contra
Gramnegativos(exceto
Acinetobacter).
Cefalosporina
de
eleição para terapia
de infecções por P.
aeruginosa
8/12h
CEFTAZIDIMA
Não se
aplica
CEFTRIAXONA
Não se
aplica
CIPROFLOXACINA
500
a
1500
mg/dia
de
12/12h
Boa penetração na
maioria dos tecidos.
CLARITROMICINA
Boa penetração na
maioria dos tecidos.
Ad=0,5
a 1g
Cça
=15mg/
kg
12/12h
Ad= 2 a 6g
Cça=25
50mg/Kg
8/8h
Ad= 1 a 2g
Cça= 50
100mg/kg
a
a
12/24h
200 – 400mg
de 12/12horas EV.
500- 1000mg
VO de 12/12
horas.
Casos
gravíssimos:
8/8 horas EV
15mg/Kg/ dia
EV de 12/12
horas.
Dose máxima
de 2g/dia.
Hipersensibilidade,
tromboflebites,
trombocitopenia,
diarréia, CPM e
aumento
de
transaminases.
a
PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAL
EV rápido ( com
10ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
ou
lento
(
com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
/
IM (com AD-3ml)
EV rápido ( com
10ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
ou
lento
(
com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
/
IM (com AD-3ml)
Hipersensibilidade,
tromboflebites,
trombocitopenia,
diarréia, CPM e
aumento
de
transaminases.
Semelhante
cefotaxima
EV rápido ( com
10ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
ou
lento
(
com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
/
IM (com AD-3ml)
Náusea, diarréia,
dor abdominal,
elevação
das
transaminases,
leucopenia,
sonolência,
convulsão,
tendinite.
Gram-positivos
(menor
contra
Streptococcus)
e
gram-negativos
(enterobactérias e
Pseudomonas ).
Não atua sobre
pneumococo²
EV lento
Náusea, vômitos
cefaléia,
tonteiras,
hipoacusia,
taquicardia
supraventricular e
psicose maníaca
depressiva.
Staphylococcus,
Streptococcus,
e
pneumococo.
Chlamydia,
Mycoplasma,
Moraxella,
anaeróbios.
Atividade
moderada
para
Haemophilus
EV lento ( com
100ml a 250ml
de SF 0,9% ou SG
5%) / IM (com
AD-4ml)
1-Alguns pacientes alérgicos à penicilina também o são a cefalosporinas.
2-Não tem indicação em terapia empírica de pneumonias adquiridas na comunidade( pois principal agente
etiológico é o S. pneumoniae).
11
ANTIMICROBIANOS
CLINDAMICINA
DOSE
ORAL
DIÁRIA
Ad=0,6 a
1,8g
Cça=8 a
25
mg/kg
DOSE
PARENTERAL
DIÁRIA
Ad=900 a 3,2g
Cça=15
a
40mg/kg
6/8h
6/8h
EFEITOS
COLATERAIS
ESPECTRO
PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAL
EV lento ( com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
/
IM
Náuseas, vômitos,
diarréia,
gosto
metálico,
CPM
leucopenia,
trombocitopenia,
bloqueio
neuromuscular,
febre,
eritema
polimorfo,síndrome
de
S.
Johnson.
Grampositivos(exceto
enterococos)
anaeróbios.
100- 400mg/dia VO
ou EV dose única diária.
Em meningites
ou
infecções graves pode-se
usar até 12mg/Kg/dia.
Náuseas, vômitos,
cefaléia,
dor
abdominal,
elevação
das
transaminases.
Candida
sp,
C.
neoformans e C.
immitis. Atividade
limitada para H.
capsulatum e P.
brasiliensis.
Zigomicetos,
Fusarium
sp
e
Aspergillus sp são
resistentes.
EV
lento(velocidade máxima de
200mg/h)
GENTAMICINA
Não se
aplica
3 a 5mg/kg EV
ou IM de 8/8h
ou 12/12h ou
dose
única
diária
Nefrotoxicidade e
ototoxicidade
Enterobactérias,
Staphylococcus
(infecções
graves
em associação com
oxacilina
ou
cefalotina)
EV lento ( com
100ml de SF 0,9%
ou SG 5%)
/
IM
IMIPENEM/
CILASTATINA
Não se
aplica
3050mg/Kg/dia
IM ou EV de
6/6 horas.
A
dose
máxima diária
é de 4g/dia.
Náuseas, diarréia
febre
superinfecção
(
com bactérias e
fungos),
convulsão,
leucopenia,
plaquetopenia,
elevação
das
transaminases
Gram-positivos,
gram-negativos de
forma
geral,
e
anaeróbios.Não
atua sobre contra
Legionella
sp,
Chlamydia sp e
Micoplasma sp
EV lento / IM
(com
diluente
próprio- 2 ml)
A formulação IM
não se destina ao
uso EV.
500mg/dia VO ou EV em
dose única diária.
Vertigens,
tonteiras,
alterações
de
transaminasese
tendinites
Gram-positivos
,
Mycoplasma
e
gram-negativos:
enterobactérias,
hemófilos,
Moraxella,
Pseudomonas,
Legionella.
Efeito
menor
para
enterococos
e
anaeróbios.
EV lento( com
100ml de SF0,9%
ou SG5%)
Concentração
no
líquor é baixa, mesmo
em
presença
de
meningite.
FLUCONAZOL
Boa concentração na
maioria dos tecidos.
Boa penetração na
maioria dos tecidos.
LEVOFLOXACINA
e
12
ANTIMICROBIANOS
METRONIDAZOL
Boa penetração na
maioria dos tecidos.
MEROPENEM
DOSE
DOSE
ORAL
PARENTERAL
DIÁRIA
DIÁRIA
15mg/Kg – dose de
ataque e a seguir 7,5 mg/
Kg/ de 8/8 horas VO ou
EV.
1020mg/Kg/dia
de 8/8 ou de
12/12 horas
EV ou IM.
Em infecções
do SNC a dose
é de 40mg/Kg,
com
dose
máxima
de
6g/dia
Não se aplica
Diarréia, náusea,
vômito,
leucopenia,
trombocitopenia,
elevação
das
transaminases,
eosinofilia.
O
mesmo
do
Imipenem, porém o
risco de convulsão é
menor.
EV rápido( com
20ml de AD) ou
lento ( com 50ml
de SF 0,9% ou SG
5%) / IM (com
02 ml de diluente
próprio)
Náusea, vômitos,
diarréia, artralgia,
leucopenia,
eosinofilia.
Enterobactérias,
ativa
contra
Ureaplasma,
Mycoplasma e C.
trachomatis.Pouca
ativa
contra
enterococos
sem
ação
para
anaeróbios.
Não se aplica
OXACILINA
Não se
aplica
50-200mg/Kg/
dia de 4/4 ou
6/6 horas EV
ou IM.
Flebite,
eosinofilia, febre,
aumento de TGO.
Staphylococcus,
menor
para
Streptococcus não
tem ação para
Enterococcus.
EV rápido( com
10 ml de AD) ou
intermitente(
com 250ml de SF
0,9% ou SG 5%)
/ IM (com AD3ml)
Não se
aplica
50.000300.000U/
Kg/dia EV de
4/4 horas.
Febre,
flebite,
parestesia,
convulsão, coma
(pode
ocorrer
com doses altas
em
idosos,
doença cerebral
prévia), anemia
hemolítica,
reações
de
hipersensibilidade
e nefrotoxicidade.
Gram-positivos, e
anaeróbios(exceto
B.
fragillis,
espiroquetas
e
actinomicetos).
Nas infecções por
Enterococcus deve
ser associada ao
aminoglicosídeo.
EV lento ( com
100ml de SF
0,9%)
Reconstituir com
AD 500.000UI/ml
antes de diluir
em SF 0,9%
400mg
VO de
12/12
horas.
Boa penetração na
maioria dos tecidos.
PENICILINA
CRISTALINA
G
Boa penetração na
maioria dos tecidos,
com exceção de
próstata e olho.
Cada
milhão
de
unidades
contém
1,7mEq de potássio
e
PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAL
EV lento
Anaeróbios
protozoários
Boa penetração na
maioria dos tecidos.
Boa
concentração
somente
no
parênquima
renal,
vias urinárias, bile e
fezes.
ESPECTRO
Náusea,
dor
abdominal,
diarréia, cefaléia,
sensação de gosto
metálico,
parestesia.
Associado
ao
álcool:
efeito
dissulfiram símile.
Não se
aplica
NORFLOXACINA
EFEITOS
COLATERAIS
13
ANTIMICROBIANOS
DOSE
ORAL
DIÁRIA
Não se
aplica
DOSE
PARENTERAL
DIÁRIA
400.000800.000U/
dia de 12/12
IM.
S/800
mgT/160
mg
Cça=40
mg/kg
S=25
100mg/kg
T=8
20mg/kg
12/12h
6/12h
TEICOPLANINA
Não se
aplica
12-18mg/Kg
/dia durante 1
dia de 12/12
horas,
a
seguir
6mg/Kg/dia
em dose única
EV ou IM.
VANCOMICINA
30-40mg/Kg/dia de 12/12
horas EV.
PENICILINA
PROCAÍNA
G
Não
proporciona
dose adequada no
líquor.
SULFAMETOXAZOL
TRIMETOPRIM
Difunde-se
adequadamente por
todo o organismo.
Não
atinge
concentração boa no
líquor de indivíduos
sem meningite.
a
a
A infusão deve ser feita
em 1 hora.
EFEITOS
COLATERAIS
ESPECTRO
PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAL
IM (com AD-4ml)
Febre, eritema,
dor
local
e
abcesso estéril,
reações
de
hipersensibilidade
.
Sreptococcus,
Neisseria
gonorrhoe,
Treponema
pallidum.
Náusea, vômitos,
diarréia, anemia,
leucopenia
trombocitopenia,
depressão,
acidose tubular,
anafilaxia,
síndrome
de
Stevens-Johnson.
Ativo contra cocos
gram-positivos
e
negativos(porém
com
resistência
crescente).
P.
jirovecii, listeria e
M, catarralis são
sensíveis
assim
como muitas cepas
de E. coli, Proteus
sp, Salmonella e
Shigella, Serrata sp,
Klebsiella sp. Ativo
contra
P.
brasiliensis,
S.
maltophilia e B.
cepacia. Não age
sobre anaeróbios.
EV lento:
01
ampola+
150ml de SG 5%
02
ampolas+
250ml de SG 5%
03
ampolas+
500ml de SG 5%
Náuseas, vômitos,
diarréia, eritema,
prurido,
febre,
trombocitope-nia,
aumento
das
transaminases,
neutropenia,
hipoacusia,
raramente
síndrome
do
homem
vermelho.
Febre,
flebite,
calafrios,
hipotensão,
síndrome
do
homem vermelho
(normalmente
associada
à
infusão rápida),
leucopenia,
eosinofilia,
nefrotoxicidade e
ototoxicidade.
Gram
positivos:
Staphylococcus,
Streptococcus,
Enterococcus.
EV
rápido(com
diluente próprio)
ou lento ( com
100ml de SF
0,9%)
O
mesmo
da
teicoplanina. Devese
reservar
a
utilização
para
infecções por gram
positivos só sensível
a esta droga ou
pacientes alérgicos ,
pela possibilidade
de emergência de
multir-resistentes.
EV lento :
1g em 100ml de
SF 0,9% ou SG 5%
2g em 200ml de
SF 0,9% ou SG 5%
14
MICROBIOTA E SUA TOPOGRAFIA
TOPOGRAFIA
MICROBIOTA
1- BOCA e DENTES
1- Staphylococcus,
Streptococcus,
Espiroquetas,
Actinomiceto, Bacteróides, Fusobactéria, e Fungos.
2- SEIOS PARANASAIS
2- Streptococcus,
Haemophilus
influenzae,
Actinomiceto, Bacteróides, Fusobactéria, Peptococo,
e Propionibacterium.
3- PELE
3- Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium,
Propionibacterium,Micrococci,e Fungos.
4- INTESTINO DELGADO
4- Enterobactérias,Enterococcus e Fungos
5- INTESTINO GROSSO
5- Enterobactérias,
Enterococcus,
Fungos,
Actinomiceto,
Bacteróides,
Clostridium,
e
Bifidobactéria.
6- FLORA VAGINAL
6- Lactobacilo,
Streptococcus,
Corinebactéria,
Micoplasma,Peptococo, Actinomiceto, e Fungos.
7- PERÍNEO e URETRA
7- Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium,
Propionibacterium,
Fungos,Micoplasma,
Actinomiceto,
Bacteróides e
Clostridium.
15
ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA EM INFECÇÕES
COMUNITÁRIAS SOB REGIME HOSPITALAR
SUGESTÕES DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA EM INFECÇÕES COMUNITÁRIAS MAIS COMUNS QUE
NECESSITEM INTERNAÇÃO HOSPITALAR
PROCESSO
INFECCIOSO
Abscesso
cerebral
Primário
Abscesso
cerebral
póscirúrgico
ou
pós-traumático
Abscesso
hepático
Diarréia aguda
Infecciosa³
Endocardite
de
evolução
subaguda
PATÓGENOS
COMUNS
TERAPIA
EMPÍRICA DE
ESCOLHA
Estreptococos;
Bacteróides;
Enterobactérias.
Ceftriaxona
+metronidazol
S.
aureus
enterobactérias
S.aureus,
E. histolytica,
Anaeróbios,
Gram negativos.
Viral, bacteriana
ou parasitária
E. viridans:
manipulação
dentária
S. bovis: doença
intestinal
Enterococos:
doença
intestinal(menos
freqüente).
e
Oxacilina
ceftriaxona
TERAPIA
EMPÍRICA
ALTERNATIVA
+
Metronidazol +
ceftriaxona
DURAÇÃO DO
TRATAMENTO
Cefotaxima
cefepime+
metronidazol
ou
Vancomicina
cefepime
+
Metronidazol
+
ciprofloxacina;
Clindamicina
+
cefotaxima;
Metronidazol
+
aminoglocosídeo +
ceftrixona
A terapia antimicrobiana de forma
empírica aplica-se apenas aos casos
acompanhado de maior toxicidade. É
preferida, em casos de diarréia
bacterianas
a
associação
de
SMZ+TMP ou ciprofloxacina. Terapias
mais específicas dependem de
resultado da coprocultura.
Em caso de protozooses(giardíase ou
amebíase) optar pelo secnidazol.
Penicilina G +
aminoglicosídeo
Ampicilina
+
aminoglicosídeo
4 semanas
4 semanas
14 dias
5 a 10 dias
4 a 6 semanas
COMENTÁRIOS
Em
abscessos
cerebrais
primários o S. aureus tem
baixa incidência
Na suspeita de ORSA¹ optar
por vancomicina.
No uso do aminoglicosídeo,
acompanhar função renal e
restringir seu uso a 10
dias(optar pela dose única
diária)².
Terapia de suporte e coleta
de coprocultura.
Em etiologia
estreptococócica a
ceftriaxona pode ser
alternativa de
tratamento associado à
aminoglicosídeo.
Em etiologia por enterococos
o período de
terapia é de 6 semanas.
Monitorização da função
renal devido
ao uso de
aminoglicosídeos(14
dias)
1-S. aureus resistente à oxacilina
2-Vários autores orientam, atualmente, o uso de aminoglicosídeos em dose única diária, exceto em septicemias e
endocardites;
3-60% das diarréias infecciosas agudas são virais não necessitando, portanto,de antibioticoterapia.
16
PROCESSO
INFECCIOSO
Endocardite de
evolução aguda
com fenômenos
tromboembólicos e destruição
valvar
Endocardite de
evolução aguda
PATÓGENOS
COMUNS
S. aureus , S.
coagulase
negativos.
Fungos(
spp)
Bactérias
negativas
Endocardite de
evolução
de
duração
variável
Erisipela
Infecções
do
trato urinário
complicadas
TERAPIA
EMPÍRICA DE
ESCOLHA
Oxacilina(ou
cefalotina) +
aminoglicosídeo
TERAPIA
EMPÍRICA
ALTERNATIVA
DURAÇÃO DO
TRATAMENTO
6 semanas
Vancomicina(se
ORSA) +
aminoglicosídeo
COMENTÁRIOS
Monitorização da função
renal devido ao uso de
aminoglicosídeos(7 dias)
Prótese valvar< 1 ano,
usuários de drogas
endovenosas e uso de
catéteres vasculares.
candida
gram-
HACEK
(Haemophilus
sp,Actinobacillus
sp,Cardiobacterium
,Eikenella sp e
Kingella sp)
Anfotericina B
Fluconazol
Ceftriaxona +
aminoglicosídeo
De acordo com o
antibiograma
4 a 6 semanas
Imunodeprimidos (uso
próteses e cateter)
de
Uso de cateter e próteses
4 a 6 semanas
Ceftriaxona
Streptococcus
beta-hemolítico do
grupo A
Penicilina G
cristalina
E.
coli,
S.
saprophyticus,
outros
bacilos
gram- negativos
Ciprofloxacina
Cefepime
ou
ciprofloxacina
Cefalotina;
Clindamicina(em
alérgicos
a
betalactâmicos)
Ceftriaxona;
Cefepime;
Carbapenemas(se
isoladas bactérias
ESBL¹)
Difícil diagnóstico
10 dias
10 a 14 dias
Em casos de erisipela de
repetição(mais
de
dois
episódios no ano) pode ser
utilizada a profilaxia com
Penicilina
G
benzatina²
1.200.000UI IM a cada 28
dias.
Para gestantes, pacientes
com insuficiência renal ou
maior risco de adquiri-la, ou
ainda com idade >60 anos,
optar pela ceftriaxona.
Coletar urocultura antes de
instalada a antibioticoterapia
ajustando-a
conforme
sensibilidade
do
germe
isolado.
1-Betalactamases de espectro estendido: E. coli e klebsiella sp;
2- Indicações das Penicilina G Benzatina: terapia da Sífilis, de estreptococcias e profilaxia da febre reumática
17
PROCESSO
INFECCIOSO
PATÓGENOS
COMUNS
TERAPIA
EMPÍRICA DE
ESCOLHA
TERAPIA
EMPÍRICA
ALTERNATIVA
DURAÇÃO DO
TRATAMENTO
COMENTÁRIOS
2
Meningite em
adultos
sem
fatores de risco
Meningites em
fratura de base
de crânio
Meningite póstrauma
penetrante
Meningite pósoperatório de
neurocirurgia
S. pneumoniae;
N. meningitidis
Pneumococo,
H.
influenzae e S.
beta-hemolítico do
grupo A)
Ceftriaxona
1
Cefalosporina
de 3ª geração
Vancomicina
ceftriaxona
+
Vancomicina
3
ceftazidima
cefepime
meropenem
+
ou
ou
10 a 14 dias
10 a 14 dias
Dose máxima da ceftriaxona.
Pneumococo >80%
Envolvimento de agentes de
nasofaringe
S.
aureus,
S.
coagulase negativa
e bacilos gramnegativos
Bacilos
gramnegativos,
S.
aureus
e
S.
coagulase negativa
Vancomicina +
ceftazidima ou
cefepime
Meningite em
derivação
ventricular
Vancomicina (se
pneumococo
resistente
a
betalactâmico) +
Cefalosporina de
3ª geração
10 a 14 dias
4,5
O imipenem/cilastatina não
deve ser indicado pela sua
neurotoxicidade
S.
coagulase
negativa, S. aureus
e Bacilos gramnegativos
1- Em infecções graves, como nas meningites, a dose da ceftriaxona é máxima;
2-A infusão rápida da vancomicina leva a chamada “síndrome do homem vermelho” que NÃO é reação de
hipersensibilidade. Esta reação NÃO contra-indica o uso da droga, podendo ser prevenida com a infusão mais lenta
da vancomicina.
3- Indicada em infecções por pseudomonas sensíveis;
4- O imipenem/cilastatina é epileptogênico;
5-Não deve ser primeira alternativa em terapia empírica.
18
PROCESSO
INFECCIOSO
PATÓGENOS
COMUNS
TERAPIA
EMPÍRICA DE
ESCOLHA
TERAPIA
EMPÍRICA
ALTERNATIVA
Osteomielites
aguda com
porta
de
entrada
em
pele ou póstrauma fechado
S. aureus
Oxacilina
+
gentamicina(em
dose
única
diária)
Pancreatite
aguda GRAVE
Enterobactérias
Ciprofloxacina +
metronidazol
Polimicrobiana
(Gram-negativos,
anaeróbios e S.
aureus)
Oxacilina
+
gentamicina
+
metronidazol
S. aureus
Oxacilina
Streptococcus
pneumoniae,
“Germes atípicos”,
H. influenzae.
Ceftriaxona
macrolídeo
S.pneumoniae
e
bacilos
gramnegativos e S.
aureus
Cefalosporinas
de 3ª ou 4ª
geração
+
macrolídeo
Pé diabético
Piomiosite,
celulites
e
furunculoses
Pneumonia em
pacientes que
precisam
ser
hospitalizados
em enfermaria
clínica
Pneumonia em
pacientes que
precisam
de
UTI.
+
DURAÇÃO DO
TRATAMENTO
Cefalosporina de
1ª ou 3ª geração,
ciprofloxacina ou
clindamicina;
Vancomicina (se S.
aureus oxacilino
resistente).
10 dias
Imipenem/
cilastatina
Clindamicina
ceftriaxona
Clindamicina
ciprofloxacina
Ceftriaxona
metronidazol
Mínimo: 3
semanas.
+
10 a 14 dias
+
+
Cefalotina ;
Clindamicina(em
alérgicos a
betalactâmicos);
Vancomicina(se S.
aureus resistente
à oxacilina).
10 dias
Fluorquinolona
com
atividade
antipneumocócica
10 dias
Fluorquinolona
com
atividade
antipneumocócica.
10 a 14 dias
COMENTÁRIOS
Culturas
a
coletadas(osso
hemocultura)
serem
e
Na pancreatite aguda leve
não
há
indicação
de
antibioticoterapia. A mesma
deve se utilizada quando
houver sinais de necrose
visualizada em TC de abdome
ou no diagnóstico de infecção
por aspirado guiado pela TC.
Acompanhamento da função
renal e restringir o uso do
aminoglicosídeo (10 dias,
optando pela dose única
diária).Coletar material para
cultura e antibiograma antes
de
instalada
a
antibioticoterapia.
A celulite é uma doença
grave, pois pode evoluir para
sepse.
Cirpofloxacina
não
tem
atividade anti-pneumocócica.
Em suspeita de S. aureus a
oxacilina pode substituir
qualquer regime quando
sensível.
19
PROCESSO
INFECCIOSO
Pneumonia
aspirativa
Síndrome
Fournier
PATÓGENOS
COMUNS
Polimicrobiana
TERAPIA
EMPÍRICA DE
ESCOLHA
Clindamicina
associado
ou
não
à
ceftriaxona
de
Polimicrobiana
(entrobactérias,
Streptococcus sp,
Staphylococus sp e
anaeróbios)
Oxacilina
+
metronidazol +
gentamicina
TERAPIA
EMPÍRICA
ALTERNATIVA
Amoxicilinaclavulonato
-Ceftriaxona
+
metronidazol;
-Clindamicina
+
amicacina
-Imipenem
associado
à
vancomicina(após
isolamento e perfil
de sensibilidade
pela cultura +
antibiograma)
DURAÇÃO DO
TRATAMENTO
10 a 14 dias
COMENTÁRIOS
A clindamicina é mais efetiva
em abscesso pulmonar do
que o metronidazol. Em
etilistas deve-se associar a
ceftriaxona.
14 a 21 dias
Acompanhamento da função
renal e restringir o uso do
aminoglicosídeo
há
10
dias(optar pela dose única
diária).
Coletar material para cultura
e antibiograma antes de
instalada a antibioticoterapia.
20
CAUSAS DE INSUCESSOS NA ANTIBIOTICOTERAPIA
· Demora no diagnóstico ou terapia;
· Diagnóstico incorreto : ausência de infecção, infecção não bacteriana ou
infecção polimicrobiana;
· Erros nos testes de sensibilidade;
· Concentração inadequada do antibiótico no sítio da infecção;
· Coleções não drenadas ou tecido necrótico;
· Hospedeiro com imunidade diminuída ou outros fatores do hospedeiro;
· Infecção em sítio de difícil acesso;
· Desenvolvimento de resistência aos agentes antimicrobianos.
21
ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS ORTOPÉDICAS
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
DURAÇÃO
ALTERNATIVA(ALÉRGICOS)
ARTROPLASTIA
CEFAZOLINA
24h
VANCOMICINA
AMPUTAÇÃO
CEFAZOLINA
24h
VANCOMICINA
CIRURGIAS SEM PRÓTESES CEFAZOLINA
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
FRATURAS EXPOSTAS <6h CEFAZOLINA
24h
VANCOMICINA
FRATURAS EXPOSTAS>6h REALIZAR TERAPÊUTICA POR 10 DIAS (NÃO UTILIZAR CEFAZOLINA)
TRAUMA <6h
CEFAZOLINA
24h
VANCOMICINA
TRAUMAS >6H
REALIZAR TERAPÊUTICA (NÃO UTILIZAR CEFAZOLINA).
CIRURGIAS C/PRÓTESE
CEFAZOLINA
24h
VANCOMICINA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS UROLÓGICAS
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
PROSTATECTOMIA
CEFAZOLINA
NEFRECTOMIA
CEFAZOLINA
LITOTOMIA
CEFAZOLINA
PRÓTESE PENIANA
CEFAZOLINA
DERIVAÇÃO C/ USO DE CEFAZOLINA
SONDA
DURAÇÃO
ALTERNATIVA(ALÉRGICOS)
DOSE ÚNICA
GENTAMICINA
DOSE ÚNICA
GENTAMICINA
DOSE ÚNICA
GENTAMICINA
24h
GENTAMICINA
DOSE ÚNICA
GENTAMICINA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS NEUROLÓGICAS
PROCEDIMENTO
CRANIOTOMIA
DERIVAÇÃO VENTRICULOPERITONEAL
LAMINECTOMIA
ANTIBIÓTICO
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
DURAÇÃO
ALTERNATIVA(ALÉRGICOS)
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
CEFAZOLINA
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS OTORRINOLARINGOLÓGICAS
PROCEDIMENTO
ADENOIDECTOMIA
AMIGDALECTOMIA
RINOPLASTIA
TIMPANOPLASTIA
MASTOIDECTOMIA
OUVIDO INTERNO
ANTIBIÓTICO
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
DURAÇÃO
ALTERNATIVA(ALÉRGICOS)
DOSE ÚNICA
CLINDAMICINA
DOSE ÚNICA
CLINDAMICINA
DOSE ÚNICA
CLINDAMICINA
DOSE ÚNICA
CLINDAMICINA
DOSE ÚNICA
CLINDAMICINA
DOSE ÚNICA
CLINDAMICINA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS PLÁSTICA
PROCEDIMENTO
ABDOMINOPLASTIA
RECONSTRUÇÃO
MAMÁRIA S/PRÓTESE
RECONSTRUÇÃO
MAMÁRIA C/PRÓTESE
ENXERTOS CUTÂNEOS
ANTIBIÓTICO
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
DURAÇÃO
DOSE ÚNICA
DOSE ÚNICA
ALTERNATIV(ALÉRGICOS)
VANCOMICINA
VANCOMICINA
CEFAZOLINA
24h
VANCOMICINA
CEFAZOLINA
24h
VANCOMICINA
22
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA GERAL
PROCEDIMENTO
HERNIOPLASTIA*
TRATO BILIAR
ANTIBIÓTICO
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
DURAÇÃO
ALTERNATIVA (ALÉRGICOS)
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
DOSE ÚNICA
GENTAMICINA +
METRONIDAZOL
COLO-RETAL
CEFAZOLINA +
24h
GENTAMICINA+
METRONIDAZOL
METRONIDAZOL
APENDICECTOMIA
TERAPÊUTICA EM PERFURAÇÃO E GANGRENA (NÃO UTILIZAR CEFAZOLINA)
ESÔFAGO/GASTRO
CEFAZOLINA
DOSE ÚNICA
GENTAMICINA +
DUODENAL
METRONIDAZOL
*Uso de tela, paciente idoso,obesidade e imunocomprometimento.
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS CÁRDIO-VASCULARES
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
REVASCULARIZAÇÃO CARDIACA CEFAZOLINA
ARTERIAIS C/
CEFAZOLINA
IMPLANTAÇÃO DE PRÓTESES
VARIZES
CEFAZOLINA
AMPUTAÇÕES
CEFAZOLINA
DURAÇÃO
24h
24h
ALTERNATIVA (ALÉRGICOS)
VANCOMICINA
VANCOMICINA
DOSE ÚNICA
24h
VANCOMICINA
VANCOMICINA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS GINECOLÓGICAS/OBSTÉTRICAS
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
CORREÇÃO CISTOCELE/RETOCELE
CEFAZOLINA
CERCLAGEM
CEFAZOLINA
UTERINA
RECONSTRUÇÃO DE TROMPAS
CEFAZOLINA
HISTERECTOMIA*/
CEFAZOLINA
VULVECTOMIA
HISTEROSSALPINGRAFIA
CEFAZOLINA
CESARIANA
CEFAZOLINA
*Utilizar na histerectomia trans-vaginal a profilaxia por 24 h
DURAÇÃO
DOSE ÚNICA
DOSE ÚNICA
ALTERNATIVA (ALÉRGICOS)
VANCOMICINA
VANCOMICINA
DOSE ÚNICA
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
VANCOMICINA
DOSE ÚNICA
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
VANCOMICINA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS TORÁCICAS
PROCEDIMENTO
PNEUMECTOMIA
LOBECTOMIA
ANTIBIÓTICO
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
DURAÇÃO
ALTERNATIVA (ALÉRGICOS)
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM TRAUMA
PROCEDIMENTO
TRAUMA TORÁCICO FECHADO
TRAUMA ABDOMINAL
FECHADO
TRAUMA ABDOMINAL
PENETRANTE >6h
TRAUMA PENETRANTE DE CRÂNIO
<6h
ANTIBIÓTICO
CEFAZOLINA
CEFAZOLINA
DURAÇÃO
ALTERNATIVA(ALÉRGICOS)
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
DOSE ÚNICA
VANCOMICINA
ANTIBIOTICOTERAPIA (NÃO UTILIZAR CEFAZOLINA)
CEFAZOLINA
24h
VANCOMICINA
23
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM OFTALMOLOGIA
PROCEDIMENTO
TODOS
ANTIBIÓTICO
COLÍRIOS (2h PRÉ E 24h PÓS) GENTAMICINA OU TOBRAMICINA OU
NEOMICINA + POLIMIXINA ASSOCIAR A CEFAZOLINA 100mg
SUBCONJUNTIVAL (FINAL DO PROCEDIMENTO)
DOSE ADULTA
1-CEFAZOLINA-1 a 2g EV na indução anestésica e 1g EV às 3h de cirurgia e 1g EV de 8/8h no pós-operatório.
2-VANCOMICINA-1g EV na indução anestésica e 1g EV de 12/12h no pós-operatório.
3-GENTAMICINA-1,5mg/kg EV na indução anestésica e 80mg EV de 8/8h no pós-operatório.
4-METRONIDAZOL-1g EV na indução anestésica e 500mg EV de 8/8h no pós-operatório.
5-CLINDAMICINA-600mg EV na indução anestésica e 600mg EV no pós-operatório.
DOSE CRIANÇA
1- CEFAZOLINA-30mg/kg
2- VANCOMICINA- 20mg/kg
3- METRONIDAZOL- 7,5mg/kg
4- GENTAMICINA-1,5mg/kg
1- CLINDAMICINA-15mg/kg
2OBSERVAÇÃO: a reoperação nos primeiros dias do pós-operatório poderá acarretar um aumento na incidência de
infecção na ferida operatória,mesmo assim, o esquema de aplicação e duração de profilaxia recomendada deverão
ser os mesmos.
O uso da antibioticoprofilaxia cirúrgica constitui uma questão controvertida.A decisão de usar deve ser
baseada no peso da evidência do possível benefício em relação ao peso da evidência de possíveis eventos adversos.
A utilização inadequada de um antimicrobiano determina, além das conseqüências da má utilização no paciente,
um comprometimento importante para toda a comunidade hospitalar,pois pode produzir ou piorar a resistência
bacteriana. Assim, o bom senso é o grande doutrinador, sempre, quando se utilizar um antimicrobiano.
24
APRESENTAÇÕES COMERCIAIS
Ampicilina
AMPIFAR – suspensão: 250mg/5ml; cápsulas: 500mg, 1g.
AMPLACILINA – suspensão: 250mg/5ml; cápsulas: 250mg, 500mg, 1g; injetável: 500mg, 1g
AMPLOFEN – suspensão: 250mg/5ml; cápsulas: 500mg
BINOTAL – cápsulas e injetável: 500mg, 1g
Ampicilina-sulbactam
UNASYN – comprimidos: 375mg; injetável: 1,5g e 3g; suspensão 250mg.
Amoxicilina
AMOXIL – suspensão: 125mg/5ml, 250mg/5ml, 500mg/5ml; cápsulas: 500mg
AMOXIL BD – suspensão de 200mg/5ml e 400mg /5ml; comprimidos: 875mg
AMOXI-PED – suspensão: 125mg/5ml, 250mg/5ml, 500mg/5ml
HICONCIL – suspensão: 125mg/5ml, 250mg/5ml, 500mg/5ml; cápsulas: 500mg
VELAMOX – suspensão: 250mg/5ml, 500mg/5ml; cápsulas: 500mg, 1g; injetável: 1g
Amoxicilina-clavulanato
CLAVOXIL – suspensão: 125mg/5ml; 250mg/5ml; cápsulas: 500mg.
CLAVULIN – suspensão: 125mg/5ml; 250mg/5ml; cápsulas: 500mg; injetável: 500mg, 1g
CLAVULIN BD – suspensão: 200mg/5ml e 400mg /5ml ; comprimidos: 875mg
NOVAMOX – suspensão 250mg/5ml; comprimidos: 500mg.
NOVAMOX 2X – suspensão:400mg /5ml; comprimidos: 875mg
SIGMA CLAV BD-suspensão:400mg/5ml; comprimidos:875mg
Amicacina
NOVAMIN – injetável: 100mg, 250mg, 500mg.
Azitromicina
AZI- suspensão: 600, 9000 e 1500mg; comprimidos: 500 e 1000mg
CLINDAL AZ-suspensão 600 e 900mg; comprimidos:500mg
ZITROMAX –suspensão: 600e 900mg; cápsulas: 250mg; comprimidos:500mg; injetável: 500mg
Aztreonam
AZACTAM – injetável: 500mg, 1g.
Cefalexina
CEFAPOREX – suspensão: 250mg/5ml
CEPOREXIN – comprimidos: 500mg
KEFLEX – suspensão: 250mg/5ml e 500mg/5ml; gotas: 5mg/gota; drágeas: 500mg, 1g
Cefalotina
CEFALOT – injetável: 500mg, 1g.
KEFLIN – injetável: 250mg, 500mg, 1g, 2g
Cefazolina
CEFAMEZIN – injetável: 500mg, 1g.
KEFAZOL – injetável: 250mg, 500mg, 1g
Cefepima
25
MAXCEF – injetável: 500mg, 1g, 2g.
Cefotaxima
CEFOTAX – injetável: 500mg e 1g
CLAFORAN – injetável: 250mg, 500mg, 1g
Ceftazidima
CETAZ – injetável: 1g
FORTAZ – injetável: 1g, 2g
KEFADIN – injetável: 1g
TAZIDEM – injetável: 1g
Ceftriaxona
CEFTRIAX – injetável: 250mg, 500mg, 1g.
ROCEFIN – injetável: 250mg, 500mg, 1g
TRIAXIN – injetável: 250mg, 500mg, 1g
Ciprofloxacina
CIFLOX – comprimidos: 250mg, 500mg.
CIPRO – comprimidos: 250mg, 500mg; injetável: 200mg, 400mg
CIPRO XR- comprimidos de 500 e 1000mg
PROFLOX – comprimidos: 250mg, 500mg, 750mg
QUINOFLOX – comprimidos: 250mg, 500mg; injetável: 100mg e 200mg
PROCIN – comprimidos: 250mg, 500mg; injetável: 200mg
Claritromicina
CLAMICIN – comprimidos: 250mg, 500mg.
KLARICID – suspensão: 125mg/5ml, 250mg/5ml; comprimidos: 250mg e 500mg
KLARICID UD – comprimidos 500mg
KLARITRON – comprimidos 250mg
Clindamicina
DALACIN C – cápsulas: 300mg; injetável: 300mg, 600mg, 900mg.
Gentamicina
GENTAMICINA – injetável: 10mg, 20mg, 40mg, 60mg, 80mg, 160mg, 280mg.
Imipenem
TIENAM – injetável: 500mg
Levofloxacina
LEVAQUIN – comprimidos: 250mg, 500mg; injetável: 250mg, 500mg.
TAVANIC – comprimidos 250mg, 500mg; injetável: 500mg
TAMIRAM-comprimidos 500mg
Meropenem
MERONEM – injetável: 500mg, 1g.
Metronidazol
FLAGYL – comprimidos:200 e 400mg; injetável: 500mg
Norfloxacina
FLOXACIN – comprimidos: 400mg
FLOXINOL – comprimidos: 400mg
RESPEXIL – comprimidos: 400mg
URITRAT – comprimidos: 400mg
UROFLOX – comprimidos: 400mg
26
Oxacilina
STAFICILIN-N – injetável: 500mg
Sulfametoxazol-trimetoprim
BACTRIN – comprimidos: 400mg SMZ, 80mg TMP; suspensão: 200mg SMZ, 40mg TMP em 5ml; injetável:
400mg SMZ, 80mg TMP
BACTRIN F – comprimidos: 800mg SMZ , 160mg TMP; suspensão: 400mg SMZ, 80mg TMP em 5ml
DIENTRIN – comprimidos: 400mg SMZ , 80mg TMP; suspensão: 200mg SMZ, 40mg TMP em 5ml
ESPECTRIN – comprimidos: 400mg SMZ , 80mg TMP; suspensão: 200mg SMZ, 40mg TMP em 5ml
INFECTRIN – comprimidos: 400mg SMZ , 80mg TMP; suspensão: 200mg SMZ, 40mg TMP em 5ml
INFECTRIN F – comprimidos: 800mg SMZ , 160mg TMP; suspensão: 400mg SMZ, 80mg TMP em 5ml
TRIMEXAZOL – comprimidos: 400mg SMZ, 80mg TMP
TRIMEXAZOL 800 – comprimidos: 800mg SMZ, 160mg TMP
TRIMEXAZOL PEDIÁTRICO – suspensão oral: 200mg SMZ, 40mg TMP em 5ml
Teicoplanina
TARGOCID – injetável: 200mg, 400mg.
Vancomicina
VANCOCINA – injetável: 500mg e 1g
27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
2.
3.
BARROS E. Antimicrobianos: consulta rápida. 4 ed. Artmed, 2008.
CORRÊA JC. Antibióticos no dia a dia. 2 ed. Rubio, 2002.
COUTO RC, PEDROSA TMG, NOGUEIRA JM. Infecção Hospitalar – Epidemiologia e Controle. 3 ed MEDSI,
2003
4. FERNANDES A.T, Infecção Hospitalar - suas interfaces na área de saúde. Atheneu, 2000.
5. FAKIH, F. T. Manual de diluição e administração de medicamentos injetáveis , Rio de Janeiro. Reichmann &
Affonso Ed, 2000.
6. HAUSER, A.R. Antibióticos na prática clínica: fundamentos para a escolha do agente antimicrobiano
correto, Porto Alegre, Artemed, 2009.
7. LEVIN, A.S.S, Antimicrobianos: um guia de consulta rápida,São Paulo, , Ed. Atheneu, 2006
8. REESE , BETTS RF. Manual de Antibióticos. MEDSI, 2002.
11. TAVARES, W., Manual de antibióticos e quimioterápicos antiinfecciosos, 3ª edição. Editora Atheneu, 2002.
28
ANEXOS
29
30

Documentos relacionados