Untitled
Transcrição
Untitled
ÍNDICE Páginas Resumo Executivo…………………………………………………………………… 1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………. 2. ORIGEM E SITUAÇÃO ATUAL DA JID ……………………………............. a. Origem e natureza ………………………………………………………….... b. Propósito………………………………………………………………………. c. Funções ………………………………………………………………..……... d. Membros e Observadores Permanentes …………………………………….. e. Situação atual de la JID………………………………………………………. f. Objetivos Estratégicos aprovados pelo Conselho de Delegados 2011/2016... g. Estrutura de la JID…………………………………………………………… 3. ATIVIDADES DA JID EM 2013…………..…………………………………… a. Conselho de Delegados……………………………………………………….. b. Presidência do Conselho de Delegados…….…………………..……………. c. Secretaria………………………………………………………………………. 1) Sub-secretaria de Serviços de Assessoramento…………..………………. 2) Subsecretaría de Serviços Administrativos e de Conferências………… d. Colégio Interamericano de Defensa………………………………………….. 1) Antecedentes………………………………………………………………… 2) Autoridades Eleitas………………………………………………………… 3) Resumo Acadêmico………………………………………………………... 4) Seminários…………………………………………………………………... 5) Programa de Pesquisa Acadêmica do CID…………………………….…. 6) Actualização do Programa Acadêmico…..……………………….…….… 7) Associados ao CID…….………………………………………………….… 4. CONCLUSÕES………………………………………………………………… ANEXO N° 1……………………………………………………………………….…. 2 3 5 5 5 5 5 6 6 10 12 12 12 14 16 17 36 37 37 38 38 39 39 40 41 41 43 Resumo Executivo Durante o ano 2013, a Junta Interamericana de Defesa (JID) continuou seu trabalho de assessoramento técnico, consultivo e educativo em assuntos relacionados a temas militares e de defesa no Hemisfério, a fim de contribuir para o cumprimento da Carta da Organização de Estados Americanos (OEA). Segundo o disposto nas normas permanentes, os acordos e o planejamento interno, o trabalho focaliza-se em atender os programas da OEA, procurando concretizar os vínculos de cooperação militar, fortalecer as relações entre civis e militares, assim como consolidar o programa acadêmico do Colégio Interamericano de Defesa (CID). Consequente com essas premissas, durante o ano 2013, as tarefas e funções realizadas seguiram a orientação das referências consignadas no Estatuto assim como as que surgiram da análise das Resoluções da Assembleia Geral de Guatemala (AG/RES 2809, XLIII-0/13), para identificar novas tarefas e oportunidades de trabalhos, além das detalhadas no plano Estratégico -este último sendo o documento oficial onde são definidos os objetivos generais e específicos. O conjunto destes antecedentes constituíram as orientações para elaborar e executar o plano de Trabalho Anual dos diferentes organismos da JID. Vinculado ao anterior, o Conselho de Delegados aprovou os objetivos propostos por cada organismo por intermédio da Comissão de Metas e Objetivos para o período 2013-2014, confirmando as iniciativas de trabalho e as tarefas em andamento do planejamento interno da Junta Interamericana de Defesa. Ao mesmo tempo, foram emitidas orientações que procuram incentivar a cooperação e o apoio com todos os organismos com os que corresponde estabelecer relações de trabalho. Em 2013, a JID celebrou reuniões de trabalho com diferentes autoridades de diversos organismos, tais como: o Secretário Geral, o Secretário Geral Adjunto, o Presidente da Comissão de Segurança Hemisférica, o Secretário de Segurança Multidimensional, o Secretário de Assuntos Administrativos, com embaixadores de vários países da OEA, ministros e viceministros de defesa ou segurança pública, como também com oficiais das altas esferas de defesa e policiais de diferentes países. Ao mesmo tempo, recebeu visitas de personalidades e de autoridades do continente americano. Continuou incrementando-se a cooperação e a interação com a Conferência de Ministros de Defesa das Américas (CMDA), a Conferência das Forças Armadas Centro-americanas (CFAC), a Comunidade do Caribe (CARICOM), o Conselho de Defesa Sul-americano (CDS), a Conferência Naval Interamericana (CNI), a Conferência de Exércitos Americanos (CEA) e o Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA) podendo realizar várias atividades em conjunto. 3 A JID continuou definindo alternativas para determinar a forma mais favorável de compilar os protocolos que são utilizados para a destruição de arsenais e munições em mal estado. Como atividade relacionada com o anterior, realizou-se o Seminário sobre “Técnicas e Experiências na Administração e Destruição de Excedentes de Armas”. Além do acima mencionado, realizou-se o “Simpósio das Forças Armadas e sua Participação em Tarefas de Segurança Pública e Desenvolvimento” no auditório do Colégio Interamericano de Defesa, e por outra parte, o Exercício de Assistência Humanitária III (AH III), na “Casa del Soldado”. Outras atividades relevantes relacionadas com os serviços de assessoramento técnico foram os estudos de doutrina e políticas de defesa nacional relativas aos Livros Brancos relacionados com a elaboração dos mesmos, assim como a análise de outras medidas a serem implementadas dentro das Medidas de Fortalecimento da Confiança e da Segurança. Por outra parte, tem havido um monitoramento constante dos diversos fenômenos naturais que costumam acontecer no hemisfério, com o fim de fazer um acompanhamento das ações de assistência humanitária das diferentes Forças Armadas em apoio ao país afetado, cooperando e proporcionando informação oportuna. Somado a isto, a realização da Primeira Conferência Interamericana de Logística (CILog), a que proporciona ferramentas e elementos de decisão para o apoio a proporcionar quanto acontece algum destes eventos. Foi estabelecido o encerramento dos trabalhos em MARMINAS, programando as cerimônias de encerramento nos respectivos países, durante o mês de janeiro de 2014. O CID por sua parte, continua oferecendo um programa acadêmico de excelência e está constantemente trabalhando para alcançar o credenciamento e assim outorgar o mestrado aos seus graduados. Durante o ano 2013, o CID ofereceu seminários centrados em Direitos Humanos/Direito Internacional Humanitário; Emergências Complexas e Desastres de Grande Escala; e Operações de Paz. Estes seminários incluíram apresentações por um diverso grupo de ilustres peritos e proporcionaram um foro para o diálogo acadêmico vigoroso sobre temas de importância atual para a OEA. Quanto o credenciamento do Colégio Interamericano de Defesa, começou-se com um pedido de licenciamento através da comissão “Educativo Liquescer Comissiona” do Distrito de Columbia, e a partir dai, a reunir a documentação e os processos internos necessários para alcançar o credenciamento outorgado pelo conselho de credenciamento “Accrediting Council for Independent Colleges and Schools” (ACICS). Prevê-se a finalização bem-sucedida dos esforços que irão dar lugar à autorização para outorgar o mestrado aos membros da Turma 54 do CID que completem os requerimentos do programa acadêmico. Todo o exposto anteriormente, possibilitou o avanço em diferentes assuntos de interesse hemisférico, melhorando a interação com diversos organismos mediante um trabalho fluido com a Comissão de Segurança Hemisférica (CSH), a Secretaria de Segurança Multidimensional (SSM) e outros organismos da OEA, respondendo ao planejamento em andamento, aos requerimentos da 4 OEA, a pedidos dos Estados Membros e de organizações afins à natureza e propósitos da Junta Interamericana de Defesa. 1. INTRODUÇÃO Este Relatório Anual é publicado segundo o disposto na carta da OEA e no Estatuto da JID, e compreende o período de janeiro a dezembro de 2013. O conteúdo do relatório atende às normas estabelecidas pela Assembleia Geral da OEA em sua resolução AG/RES. 1452 (XXVII-0/97) para a preparação de relatórios anuais das atividades dos órgãos, organismos e entidades da organização. 2. ORIGEM E SITUAÇÃO ATUAL DA JID a. Origem e natureza A JID foi criada em 1942 para estudar e recomendar medidas para a defesa do hemisfério. No ano 2006, a JID passa a ser uma entidade da OEA estabelecida segundo o previsto no último parágrafo do artigo LII da Carta da OEA. b. Propósito O propósito da JID consiste em prestar à OEA e aos Estados Membros, serviços de assessoramento para contribuir e cumprir a Carta da OEA. Para executar o seu propósito, a JID considera as necessidades dos Estados Pequenos, com um grau de vulnerabilidade maior frente às ameaças tradicionais e as novas ameaças, preocupações e outros desafios. As tarefas da JID são derivadas das resoluções e diretivas da Assembleia Geral e da Reunião de Consulta dos Ministros de Relações Exteriores da OEA que são aplicadas a todos os órgãos componentes. c. Funções Prestar serviços de assessoramento técnico, consultivo e educativo em assuntos relacionados com temas militares e de defesa aos órgãos da OEA, às dependências da Secretaria Geral e aos Estados Membros que o solicitem, os quais devem informar o Conselho Permanente, com antecedência, através da Comissão de Segurança Hemisférica, sobre o conteúdo do pedido e posteriormente comunicar à mesma os resultados do assessoramento prestado pela JID. Para tais funções específicas são identificadas as seguintes tarefas: 1) Promover ações integrais contra minas; 5 2) Realizar estudos e análise relacionados com a gestão, seguração e destruição de arsenais de armas; 3) Elaborar estudos de doutrina e políticas de defesa nacional (Livros Brancos); 4) Manter atualizados os inventários das Medidas de Fortalecimento da Confiança e da Segurança do hemisfério e de outras regiões; 5) Estudar e analisar documentos sobre assuntos que sejam da competência da JID; 6) Elaborar medidas de transparência e fortalecimento da confiança e da segurança no Hemisfério; 7) Planejar e executar atividades de auxilio e assistência humanitária em casos de desastre e os temas correspondentes a busca e salvamento; 8) Promover a interrelação e a cooperação entre funcionários civis e oficiais de alta patente dos Estados Membros da OEA sobre temas relacionados com assuntos militares e de defesa. 9) Oferecer a oficiais e funcionários civis dos Estados Membros da OEA cursos acadêmicos avançados em temas relacionados com assuntos militares e de defesa, o Sistema Interamericano e disciplinas conexas, através do CID, e assim proporcionar uma contribuição à capacitação do pessoal que integra esses cursos e um aporte aos diversos estudos desenvolvidos na JID. d. Membros e Observadores Permanentes São integrantes da JID 27 Estados Membros da OEA: Antígua e Barbuda, Argentina, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Estados Unidos da América, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Trinidade e Tobago, Uruguai, e Venezuela. Não participam na JID 7 Estados Membros da OEA: Baamas, Costa Rica, Dominica, Grenada, St. Kitts e Nevis, São Vicente, Santa Lúcia, e as Granadinas. São Estados Observadores Permanentes: Espanha, China, Dinamarca, Holanda e França. Deve mencionar-se que os países membros contribuem pessoal a suas próprias delegações representativas, ao pessoal da JID, ao corpo docente, ao grupo de assessores educacionais e ao grupo de alunos aos diversos cursos realizados no Colégio Interamericano de Defesa. Outrossim, em setembro integrou-se a delegação do Haiti ao Conselho de Delegados da JID, e durante o ano 2013 continuaram os trabalhos procurando integrar mais Estados Membros à JID, iniciativa esta que continuará realizando-se durante os próximos anos. e. Situação atual da JID Durante o ano 2013, a JID comemorou 71 anos de existência enfrentando o presente com uma série de desafios e oportunidades outorgadas pela organização à qual serve e aos seus estados membros, constituindo um relevante incentivo para continuar realizando as funções de apoio e cooperação para os países do hemisfério. Sem dúvida, o que marcou transcendentemente a forma de analisar o passado, elaborar o apresente e planejar o futuro, é a visão estratégica do atual Secretário Geral da OEA, na qual enfatiza-se a intenção de melhorar a eficiência no desempenho das funções dos órgãos que a articulam 6 desenvolvendo os trabalhos inerentes à discussão dos temas que interessam ao hemisfério, constituindo a essência da organização. A Junta Interamericana de Defesa como parte integrante da OEA e tendo em consideração o estabelecido na 43° Assembleia Geral da OEA em Guatemala AG/RES 2809 (XLIII-0/13), em 2013 continuou elaborando iniciativas e ações que permitam cumprir as tarefas designadas com um espírito proactivo, oferecendo assessoramento técnico e propostas de cooperação quanto à interação com a OEA, com os Ministérios de Defesa e as Forças Armadas dos Estados Membros, e também, com as conferências das Forças Armadas e instituições afins. Relacionado com o que considera o mandato mencionado, a contribuição dos países quanto a pessoal, a quantidade de pessoal se manteve constante este ano, com o envio de oficiais e civis muito bem capacitados, tanto a cargos nas delegações e representações dos Estados Membros, na liderança eleita, como pessoal assessores, professores e alunos. Desde o início deste ano, continua o desempenho de dois oficiais designados com a missão de conformar o escritório de enlace permanente da JID na OEA, situação que permite coordenar e complementar o trabalho dos Oficiais de Enlace da Secretaria e consolidar a interação e contato de trabalho entre ambas organizações de maneira mais efetiva e oportuna, destacando-se nessa área, a participação nas sessões e reuniões de trabalho periódicas da Comissão de Segurança Hemisférica (CSH), da Secretaria de Segurança Multidimensional (SSM) e de outros organismos da OEA segundo o temário correspondente. Também continua o acompanhamento constante dos diversos fenômenos naturais que acontecem periodicamente no hemisfério, através do “Centro de Análise e Manejo de Informação (CAMI)”, com o fim de monitorar as ações de assistência humanitária das diferentes Forças Armadas em apoio a o país afetado, e também proporcionar informação oportuna aos atores civis e militares das ações realizadas em beneficio da área de desastre. Em um trabalho em desenvolvimento, a JID continua definindo alternativas para determinar a forma mais favorável de compilar os protocolos são utilizados para a destruição de arsenais e munições em mal estado. Produto disto aumenta o banco de dados respectivos, no qual são identificados os Estados Membros que tem projetos, compêndios de lições aprendidas e atividades relacionadas com a destruição de arsenais e munições obsoletas ou em mal estado, e também são identificadas as instituições responsáveis desta gestão. Outras atividades relevantes relacionadas com os serviços de assessoramento técnico, foram os estudos de doutrina e políticas de defesa nacional relativas aos Livros Brancos, e à elaboração dos mesmos, assim como a análise de outras medidas a serem implementadas dentro das MFCS. Por outra parte, destacam-se os avanços e o progresso significativo que permitem realizar de melhor forma as missões designadas através de mandatos da OEA, em 7 harmonia com o Estatuto da JID. Entre eles, destaca-se a apresentação do Presidente do Conselho de Delegados ante a Comissão de Segurança Hemisférica (CSH) realizada em dezembro de 2013, informando sobre o plano de Trabalho Anual 2013/2014. A apresentação foi muito bem recebida pelos integrantes do mencionado organismo, dando claro sinal de um melhoramento substancial nos processos de interação com a OEA, e também, com uma aproximação com organismos afins e apoio a países membros. Entre outras atividades realizadas, destacam-se as seguintes: 1) O Presidente do Conselho de Delegados, em representação da JID, participou em diversas reuniões de trabalho com diferentes autoridades de distintos organismos, tais como: o Secretário Geral, o Secretário Geral Adjunto, o Presidente da CHS, o Secretário de Segurança Multidimensional, o Secretário de Assuntos Administrativos, com embaixadores de vários países da OEA, ministros e viceministros de defesa ou segurança pública, como também oficiais das altas esferas de defesa e policiais de diversos países. Igualmente, ele recebeu visitas de personalidades e autoridades do continente americano. 2) En janeiro de 2013, a “CEA entregou o “Guia de Procedimentos de Operações de Assistência em Casos de Desastres” da Conferência de Exércitos Americanos com o intuito de consolidar a base jurídica, as políticas, procedimentos, experiências e lições aprendidas no marco da CEA sobre este assunto. 3) No dia 28 de fevereiro de 2013, a OEA com a participação da JID, organizou o V Foro das Medidas de Fortalecimento de Confiança e da Segurança. 4) Igualmente, em 2013, a JID continuou acompanhando e monitorando as atividades realizadas no hemisfério relativas à gerenciamento, gestão, seguração e destruição de arsenais de armas. Complementando o acima mencionado, no dia 20 de março de 2013, a JID fez o Seminário sobre “Técnicas e Experiências na Gestão e Destruição de Excedentes de Armas”. 5) Entre os dias 10 e 12 de abril, foi realizado o exercício de Assistência Humanitária III (AH III), na “Casa del Soldado”. 6) Em maio, estabeleceu-se o encerramento dos trabalhos em MARMINAS segundo o disposto pelo programa AICMA. Para isto, foram programadas cerimônias de encerramento no Peru e no Equador para janeiro de 2014 com a presença da JID. 7) Quanto ao GMI-Colômbia, durante este período destaca-se o avanço nas gestões realizadas para conseguir que o programa continue viável dada a situação econômica que apresenta a OEA. A informação conhecida em Washington DC está sendo atualizada, ajustando-se mais à realidade, permitindo assim fazer os ajustes que favorecem os interesses da JID, da OEA e dos países membros. 8 8) Entre 21 e 22 de maio, foi realizado o “Simpósio sobre as Forças Armadas e sua Participação em Tarefas de Segurança Pública e Desenvolvimento”, no auditório do Colégio Interamericano de Defesa. 9) A JID participou na Oficina de Trabalho sobre Dispositivos Explosivos, Improvisados e Minas, realizado de 27 a 31 de maio, em Bogotá, Colômbia. 10) Em 2013, a JID prestou assessoramento ao Paraguai na elaboração do seu primeiro Livro Branco de Defesa Nacional que foi publicado em junho do mesmo ano. 11) De 23 a 25 de julho de 2013, realizou-se o “II Exercício de Comunicações CEA-2013”, com a participação dos países membros da Conferência, das Organizações Observadoras e com a ativa participação da Secretaria Geral da JID. 12) De 26 a 30 de agosto de 2013, o Diretor Geral da JID assistiu à “Conferência Naval Interamericana Especializada de Interoperabilidade”, juntamente com o CMG Noriaki. O tema da conferência foi: “A interoperabilidade das Marinhas Americanas em benefício da segurança marítima e da Consciência Situacional Marítima”. 13) A JID participou no X Comitê do SICOFAA, realizado na cidade de Salvador, Brasil, de 23 a 27 de setembro de 2013, com o fim de realizar a Conferência Inicial de Planejamento do “Exercício Cooperação III” que será realizado no Peru entre abril e maio de 2014. 14) De 25 a 26 de setembro de 2013, a JID assistiu às reuniões realizadas pelo grupo de trabalho encarregado de preparar a “Quarta Reunião de Ministros de Segurança Pública das Américas, MISPA IV”, a qual celebrou-se nos dias 21 e 22 de novembro de 2013. 15) De 7 a 11 de outubro de 2013, o Diretor Geral da JID assistiu à “X Conferência Naval Interamericana Especializada de Inteligência”. O tema da conferência foi “A utilização de inteligência naval em apoio às operações navais contra a delinquência organizada transnacional, afim de contrarrestar sus efeitos no âmbito marítimo regional”. 16) No dia 18 de outubro de 2013, o Presidente do Conselho de Delegados entrevistou-se com o Vice Ministro de Políticas de Defesa e com o Diretor Geral de Relações Internacionais do Ministério da Defesa do Peru para discutir o apoio que a JID prestará à Secretaria Pro-Témpore da XI CMDA. 17) A JID organizou a Primeira Conferência Interamericana de Logística (CILog) celebrada de 21 a 25 de outubro de 2013 na cidade de Washington, D.C. 18) De 21 a 25 de outubro de 2013, a Presidência do Conselho de Delegados participou da “XXX Conferência de Exércitos Americanos” na Cidade do México. 9 19) Entre 26 e 27 de novembro celebrou-se a “Primeira Reunião de Organizações Militares Interamericanas (JID-CEA-CNI-SICOFAA)” com o objeto de revisar os mecanismos de interação existentes entre as organizações militares interamericanas e a JID. 20) A JID recebeu o Ofício No. 155/2013 da Missão Permanente da República de Trinidade e Tobago ante a OEA que, em representação dos países membros do CARICOM, solicita um estudo dos possíveis componentes de uma estratégia de defesa cibernética para a região. 21) Continua a integração de civis em diversas atividades da JID considerando o pessoal da OEA, diplomáticos, acadêmicos, convidados especiais e os integrantes das delegações dos países membros que tem participado ativamente nos grupos de trabalho, nas sessões plenárias do Conselho de Delegados, os expositores peritos em matérias nos seminários e nas atividades de extensão. 22) Destaca-se também o programa acadêmico-curricular e as atividades de extensão do Colégio Interamericano de Defesa, o qual se ajusta aos desafios e à dinâmica de segurança multidimensional, oferecendo aos estudantes um conteúdo acadêmico único, onde se observam as abordagens adotadas pelos diferentes países ao momento de combater os flagelos que afetam a defesa e a segurança hemisférica. 23) A redução orçamentária imposta pela OEA para o 2013 ocasionou importantes restrições operativas na realização de múltiplas atividades e missões que são designadas por mandato. Não obstante esta situação que teve repercussões consideráveis, o espíritu dos integrantes desta organização se manteve no sentido de intentar satisfazer integralmente os requerimentos consignados no Estatuto e nas Resoluções da OEA procurando mitigar, na medida do possível, os efeitos e consequências nas funções da JID. 24) En conformidade com o cenário apresentado, o planejamento para o ciclo 2014-2015 deu lugar a um estudo e trabalho orientado a propor alternativas de ajustes à estrutura interna da JID, como forma de autoavaliar a gestão, otimizar e aproveitar no máximo o potêncial e capital humano disponível e os recursos financeiros alocados, da forma mais eficiente e racional possível. Todo o anterior, com o objeto de projetar o trabalho futuro em conformidade com os recursos e meios disponíveis. f. Objetivos Estratégicos aprovados pelo Conselho de Delegados para a JID 2011/2016 A aprovação do planejamento estratégico da JID 2011-2016, realizado o ano passado, permitiu definir as orientações, prioridades e propósitos das ações que se pretendem alcançar a curto, médio e longo prazo, ajustando o ciclo de planejamento, quanto à formulação de tarefas e missões em conjunto com as Resoluções emanadas pela Assembleia Geral da OEA em Guatemala. O processo conseguiu organizar-se mais funcionalmente, possibilitando identificar oportunamente as prioridades da OEA e integrálas com a apreciação e formulação de tarefas consignadas no plano de Trabalho Anual da JID, que foi apresentado ante a CSH no mes de setembro de 2013. 10 Como norma de trabalho, estabeleceram-se orientações e projeções para o futuro, para definir com pro atividade e prioritização as tarefas coletivas, proporcionando em todo momento, serviços de qualidade e forma harmônica e integrada, com valor agregado por parte de cada um dos organismos, procurando manter os valores, atributos e aproveitar ao máximo as fortalezas e capacidades próprias que identificam esta organização. O anterior, com o propósito de consolidar o papel da JID como entidade da OEA. Desde uma perspectiva Geral, os três objetivos estratégicos aprovados e consignados no plano mencionam a proatividade, oportunidade e eficiência dos serviços técnicos, consultivos e educativos que a JID deve proporcionar. Isto está representado nos estudos e trabalhos de assessoramento técnica realizados e nos resultados acadêmicos do CID. Em termos específicos, a JID continua a iniciativa de consolidar o posicionamento da organização, que segundo o formulado na visão, pretende cumprir seu cometimento com uma projeção e reconhecimento internacional que obtenha o reconhecimento da JID como entidade multilateral de assessoramento, educação e coordenação técnica de excelência em assuntos militares e de defesa da OEA. Como foi mencionado anteriormente, um dos aspectos relevantes para a JID foi o posicionamento alcançado, produto das atividades planejadas e realizadas durante o ano, tanto no âmbito da CMDA como na relação com organismos de caracter similar. Conforme com este propósito definido, a JID tem participado ativamente nos foros de defesa regionais e internacionais, congruentemente com a Resolução de Guatemala, o que formula o planejamento estratégico e toma em conta resoluções e normativas disponíveis, para desenhar diversas iniciativas orientadas a consolidar distintos mecanismos de cooperação e procedimentos de trabalho com essas instituições. Nesse âmbito de trabalho, o Conselho de Delegados em suas resoluções conseguiu consenso para a execução de diversas funções que vão apoiar o trabalho da CMDA, das conferências das FF.AA., dos organismos sub-regionais e de outros afins, além da OEA. Conforme o mencionado, estima-se que já foram alcançados avanços significativos na aproximação a cada uma dessas organizações, concretizando os propósitos definidos no planejamento anual e no planejamento desenhado para o longo prazo. 11 g. Estrutura da JID A Junta Interamericana de Defesa está organizada da seguinte forma: JID Presidência Conselho de Delegados Vice - Presidência Diretor Geral CID Secretaria Diretor Subdiretor SSA Divisão de Planejamento Chefe de Estudos SSAC Div. Pessoal Pessoal Assessores Div. Logística Divisao de Serviços Técnicos Administração Seminários Div. Finanças Div. Análise e Gestão de Informação Div. Telemática Div. de Cooperação Hemisférica Div. Comunicação Institucional Operações Programa Acadêmico Comunicações Pesquisa Avaliação Finanças Div. Conferências e Apoio ao Conselho Curso regular SSA : Sub-secretaria de Serviços de Assessoramento. SSAC : Sub-secretaria de Serviços Administrativos e de Conferências. 3. ATIVIDADES DA JID EM 2013 a. Conselho de Delegados Durante o 2013, o Conselho de Delegados celebrou diferentes reuniões nas quais foram aprovados projetos por maiorias, que surgiram de propostas de outras iniciativas que foram parte do trabalho de comissões conformadas especificamente para cada caso. Também foram celebradas reuniões informais do Conselho, segundo o disposto na 12 normativa da JID, afim de melhorar oportunidades para discussão dos assuntos de interesse entre os representantes dos Estados e para informar a tomada de decisões nas plenárias. Dadas as atribuições, o Conselho de Delegados acordou conformar comissões, subcomissões e grupos de trabalho para supervisionar, analisar e avaliar a aplicação dos projetos e atividades da JID, entre as quais destacam-se a Comissão de Metas e Objetivos, a Comissão de Orçamento, a Comissão do CID, a Comissão de Defesa Hemisférica e grupos de trabalho multidisciplinários para elaborar estudos de assessoramento. Com o intuito de ajustar o processo de planejamento interno, o Conselho de Delegados aprovou a criação da Comissão de Metas e Objetivos no mes de agosto de 2013, com o propósito de revisar o planejamento e os objetivos alcançados, avaliar o plano de Trabalho Anual (2013-2014) da Presidência, da Secretaria e do CID, correspondentes ao plano estratégico; e propor à aprovação do Conselho os ajustes e/ou lineamentos gerais que contemplem os objetivos e as metas da JID a curto prazo, para que fossem incluídos no planejamento anual do ciclo 2013-2014. Este processo tem como base e referente as conclusões e as recomendações do relatório do Presidente do Conselho de Delegados, quanto às tarefas explícitas e implícitas derivadas da análise das declarações e resoluções aprovadas pela 43° Assembleia Geral da OEA (Guatemala, 2013). Consequentemente com o anterior, aprovou-se a proposta do Plano Anual da JID para o período de 2013-2014, que foi apresentado à CSH no mes de setembro de 2013. Como parte das funções de analisar e aprovar o orçamento e a supervisão da administração de recursos (Art. 11 incisos b, c, d e f do Estatuto da JID), no mes de dezembro de 2013 aprovou-se o Programa de Despesas Anuais da JID, com o plano de distribuição orçamentária para o ano 2014, que foi preparado pela Comissão de Orçamento, e posteriormente, foi apresentado à OEA ao início deste período, para a alocação de recursos do Programa-Orçamento, que por sua vez, foi reduzido conforme os valores citados anteriormente. Neste mesmo sentido, quanto ao trabalho mencionado, no mes de fevereiro de 2013, o Conselho de Delegados aprovou o exercício financeiro realizado em 2012. Para concluir este ciclo de planejamento orçamentário e sua projeção futura, a inícios de ano, aprovou-se a distribuição de investimento e o Projeto de Orçamento para o ano 2014. Não podemos deixar de mencionar o esforço realizado pelo Conselho de Delegados para contribuir à revisão dos papeis da JID dentro do contexto da visão estratégica da OEA. No marco dos processos eleitorais, no mes de outubro, realizaram-se as eleições para o cargo de Presidente do Conselho de Delegados para o período compreendido entre 1o de julho de 2014 a 30 de junho de 2015, e foi reeleito o General de Divisão Werther Araya Menghini. Em novembro de 2013, deixou o cargo de Chefe de Delegação do México o General de Brigada Arturo Coronel Flores, e por outra parte, como Chefe de Delegação de Honduras o Coronel Adán Suazo. Em dezembro de 2013, deixou o cargo como Chefe de Delegação do Chile o General de Brigada Alberto González Martin, e passou a ocupar o cargo de Chefe de Delegação do México o General de Brigada (D.E.M.) Víctor Hugo Aguirre Serna. Por outra parte, a Casa del Soldado recebeu a visita de altos chefes das Forças Armadas de diversos países do hemisfério, assim como de embaixadores de países 13 membros da OEA. Também receberam-se as visitas das academias de estudos superiores e estratégicos da Argentina, Peru, Paraguai e Guatemala. Em 2013, o Conselho de Delegados esteve integrado pelos seguintes Chefes de Delegação: País Argentina Barbados Brasil Canadá Chile Colômbia El Salvador Estados Unidos Guatemala Guiana Haiti Honduras México Nicarágua Panamá Paraguai Perú República Dominicana Trinidade e Tobago Uruguai Chefes de Delegação General de Brigada Jorge Mario Vega Tenente Coronel Ricardo Da Costa Vickers//Commander Errington Sourland Contraalmirante Alexandre Araújo Mota Major General Nicolás Matern General de Brigada Alberto González Martin Vice-almirante Henry Blain//Coronel Alexander Godoy Coronel Walter Arévalo Gavidia//Coronel Enrique Acosta Bonilla Major General Randy A. Kee//General de Brigada Meter E. Gersten Coronel Gabriel Portillo Arriaza// Coronel Jorge Vernal Camey Colón General de Brigada Jullian Lovell//Coronel Kemraj Persaud Ministro Conselheiro Leon Charles Coronel Adán Suazo Brigadier General Arturo Coronel Flores//Coronel Ricardo Melendrez Cervantes Coronel Armando Alaniz Noguera Comissionado Omar Ariel Pinzón Marín General de Brigada Pedro Rolando Ortiz Cabral General de Brigada Marco Jaimez Rebosio General de Brigada Pedro Valenzuela Quiroz Coronel Colin Mitchell General de Brigada Wile Ariel Purtscher b. Presidência do Conselho de Delegados Durante o ano 2013, o Presidente do Conselho de Delegados, Tenente General Guy Thibault do Exército do Canadá, concluiu suas funções no mes de junho, fazendo entrega do seu cargo ao General de Divisão Werther Araya Menghini do Exército do Chile. Ambos em seus respectivos mandatos participaram em diferentes eventos, conferências hemisféricas e regionais relacionadas com o tema de segurança e defesa. Em suas funções de representação da JID, ambos realizaram diversas atividades planejadas e executadas com a aprovação e acordo do Conselho de Delegados, cumprindo os princípios de 14 continuidade e vontade de contribuir proactivamente aos propósitos da OEA e de seus Estados Membros. Para isso, deu-se ênfase à otimização da interação com a OEA, seus organismos dependentes e a JID, tendo em consideração que como entidade dessa organização, é necessário um trabalho coordenado, fluído e com propósitos claramente estabelecidos segundo o disposto na Resolução AG/ RES 2573(XL-0/10). Em representação da JID, o Presidente do Conselho de Delegados celebrou reuniões de trabalho com autoridades de diversos organismos tais como o Secretário Geral, o Secretário Geral Adjunto, o Presidente do CHS, o Secretário de Segurança Multidimensional, o Secretário de Assuntos Administrativos, com embaixadores de vários países da OEA, ministros e viceministros de defesa ou segurança pública, como também oficiais de altas esferas da defesa e policiais de diversos países. A sua vez, recebeu visitas de personalidades e autoridades do continente americano. Em cada uma dessas atividades, aproveitou-se a oportunidade de entrar em contato para expor e apresentar a situação Geral da JID, oferecer as capacidades disponíveis que estão ao serviço dos Estados Membros, e também, de ressaltar a importância que representa esta organização multilateral, a qual está permanentemente ao serviço das necessidades dos Estados Membros. Das atividades mencionadas nos parágrafos precedentes, consigna-se um detalhe delas no Anexo N°1. Como norma de trabalho, a Presidência preparou relatórios para diversos órgãos da OEA, ao Conselho Permanente, à Comissão de Segurança Hemisférica (CSH), às delegações dos países e aos organismos da JID, para informar os resultados de cada uma dessas atividades. Consequentemente com a orientação de trabalho definida desde o início das suas funções, o Presidente do Conselho de Delegados tem procurado constantemente posicionar à JID como organismo internacional útil para o sistema interamericano, mediante: • A promoção do trabalho da JID ante os organismos hemisféricos de defesa e segurança, para consolidar e projetar o papel de toda a organização; • A geração de cenários favoráveis para estabelecer canais de comunicação, instâncias de cooperação e troca de informação; • A concretização de uma relação permanente entre a JID e as conferências das FF.AA. e vice’versa, seja colaborando, no papel de observador permanente e/ou de apoio técnico; • A consolidação do apoio à CDMA junto com os serviços que já estão estabelecidos relacionados com a página web, a memória institucional e a elaboração de atas dos assuntos da conferência; e • A continuação do fomento às visitas à Casa del Soldado das altas autoridades nacionais dos países membros, das academias e/dos colégios de segurança e defesa do hemisfério. 15 As tarefas da Presidência para este período foram realizadas com o propósito de dar continuidade às políticas estabelecidas de proatividade, posicionamento e priorização, através de uma fluída comunicação com as delegações e suas respectivas instituições, ministérios de defesa e autoridades nacionais. Conforme com estes lineamentos e diretrizes, procurou-se motivar e incentivar a incorporação de mais Estados Membros da OEA à JID, mediante: • O fortalecimento de uma maior participação e integração de funcionários civis e diplomáticos nas atividades da JID. • O incentivo às delegações para incrementar o pessoal designado à Secretaria, alunos e assessores do CID. • A difusão e comunicação das atividades da JID. Ao mesmo tempo, continuam as atividades que permitam otimizar a interação com a CSH e a SSM, mediante um contato frequente e direto com esses organismos da OEA. Para isso, foram feitas gestões tendentes a aumentar a presença de funcionários da OEA em todas as atividades programadas pela JID, tais como: seminários, oficinas de trabalho e reuniões do Conselho de Delegados, como também, a integração dos oficiais que compõem a liderança da JID com os homólogos na OEA. Partindo do ponto de vista das atividades dos órgãos da JID, continuam propiciando-se iniciativas que permitam otimizar a gestão interna, acrescentar a coesão, o comprometimento e a identificação dos integrantes da JID com a missão, a visão de futuro, os objetivos e os valores da entidade, baseando as ações do Presidente na convicção comum dos valores que podem gerar sinergia para materializar os objetivos da JID. Na condução das atividades do Conselho de Delegados, o papel do Presidente tem se centrado nas áreas chave definidas no planejamento estratégico, com especial ênfase no planejamento, desenvolvimento e controle de gestão integrada de todos os organismos da JID, fomentando a integração, o fluxo de informações e coordenação no desenvolvimento das ações e atividades, racionalizando e otimizando o uso dos recursos potenciais disponíveis para a realização da sua missão. c. Secretaria A Secretaria proporciona serviços de assessoramento técnico, administrativo, financeiro e logístico à JID e, com a aprovação do Conselho de Delegados, prepara relatórios que são solicitados pela Assembleia Geral da OEA, o Conselho Permanente da OEA e outros dos seus órgãos. O Diretor Geral da Secretaria, sob a supervisão do Conselho de Delegados, é o representante legal da JID e seu oficial executivo chefe. Também está autorizado para dirigir e administrar a Secretaria para que sejam cumpridas as funções, obrigações e 16 responsabilidades. O Diretor Geral é diretamente responsável ante o Conselho e deve prestar conta das suas ações. A Secretaria é o órgão administrativo e de assessoramento permanente da JID, executando suas funções através da Sub-secretaria de Serviços de Assessoramento (SSA) e da Sub-secretaria de Serviços Administrativos e de Conferências (SACS). 1) Sub-secretaria de Serviços de Assessoramento Cumprindo os mandatos da OEA e o previsto no Estatuto da JID, as atividades realizadas pela Secretaria, através da SSA, foram as seguintes: a) Assessoramento em Assuntos Militares e de Defesa à OEA e aos Estados Membros Quanto ao assessoramento outorgado durante o ano 2013, a SSA procurou aperfeiçoar o apoio à OEA e seus Estados Membros através das seguintes ações: (1) Analisaram-se as resoluções da AG/RES. 2809 (XLIII-O/13). A análise tomou em consideração todas as tarefas designadas, as mesmas que foram disseminadas aos órgãos da JID e ilustradas no Plano de Trabalho 2013/2014. (2) Foi elaborado o Calendário Anual de Atividades como anexo ao Plano de Trabalho da JID 2013/2014, e foi apresentado no dia 12 de setembro de 2013 ao Conselho Permanente da OEA pelo Diretor Geral da Secretaria. (3) Realizou-se a Primeira Conferência Interamericana de Logística (CILog) celebrada de 21 a 25 de outubro de 2013 na cidade de Washington, D.C. A CILog emana do Sistema Interamericano de Cooperação Logística (SICoLog), que foi apresentado ao Conselho de Delegados da JID em março de 2013, com o seguinte objetivo: “Coordenar a função logística necessária para apoiar a ação dos Estados Membros da OEA, atuando de maneira conjunta ou multinacional, em operações de assistência humanitária, desastres naturais, busca e salvamento, manutenção da paz, desminagem humanitária e outras que possam existir neste marco, com o propósito de facilitar e agilizar a interoperabilidade entre as forças militares durante a execução destas atividades.” A Primeira CILog foi desenhada como foro orientado para que os países membros pudessem compartilhar suas experiências em atividades logísticas de assistência humanitária, na identificação dos problemas encontrados, na descrição das soluções adotadas, destacando as principais lições aprendidas, e finalmente, apresentar sugestões para otimizar os processos e a interoperabilidade logística nesse tipo de atividades. 17 (a) Desenvolvimento da Conferência: A conferência manteve a dinâmica de proporcionar espaços para apresentações, visitas e reuniões bilaterais. O horário de manhã estava reservado para apresentações e o horário de tarde estava reservado para as visitas e as reuniões. (b) Assistiram à Primeira CILOG os membros do Conselho de Delegados da JID, e representantes de 13 países: Argentina, Barbados, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México, Peru, República Dominicana, Trinidade e Tobago, Uruguai e Espanha. (c) A conferência foi celebrada em dois lugares, a saber: De 21 a 23 de outubro de 2013: Centro de Convenções Walter E. Washington, 801 Mount Vernon Place, NW, Washington, D.C. De 24 a 25 de outubro de 2013: Casa del Soldado, 2600 NW 16th Street, Washington, D.C. (d) Resumo das apresentações: 21 de outubro de 2013: • Kongsberg – Kongsberg Group é um grupo internacional dedicado à suprir de sistemas e soluções de alta tecnologia nas áreas de petróleo e gás, o mercado marítimo, a defesa e a tecnologia aeroespacial. Durante a apresentação, a empresa expôs suas atividades, especialmente no tocante a atividades de assistência humanitária realizadas pelas forças armadas de vários países. • Liquid Robotics – Liquid Robotics Company é uma empresa que proporciona informação oceânica. Sua exposição centrou-se numa apresentação do Shark Wave Glider, um robô oceânico autônomo utilizado na colheita de dados oceânicos, destacando suas caraterísticas técnicas. 22 de outubro de 2013: • Final Mile Logistics – A companhia Final Mile Logistics é uma empresa de logística dedicada a oferecer soluções personalizadas aos clientes e operam em diferentes áreas (aérea, ferroviária, estradas e marítima). A companhia apresentou suas capacidades e como elas podem ser utilizadas nas operações de assistência em casos de desastres naturais. 18 • QinetiQ – A empresa QinetiQ é uma companhia de alta tecnologia que opera nos setores de defesa, segurança e tecnologia aeroespacial. A empresa apresentou as caraterísticas da sua família de robôs, destacando a capacidade de utilização, tanto em operações militares como em operações de assistência humanitária. 23 de outubro 2013: • Security Solutions Technology – A empresa utilizou o tempo disponível para apresentar as caraterísticas técnicas do helicóptero Mi-8 MSB “Super Mi-8”. Segundo a empresa, este helicóptero tem caraterísticas superiores às da concorrência e é perfeitamente adequado para o funcionamento a grande altura e com grandes quantidades de carga, pelo que é muito útil para as operações de assistência humanitária e de busca e salvamento em caso de desastres naturais. • Schonstedt – A Schonstedt Instrument Company proporciona soluções para a detecção e localização de objetos e fenômenos por baixo da superfície da terra ou do mar. Sua exposição centrou-se na apresentação da família de localizadores magnéticos, os quais tem caraterísticas muito úteis para as operações de remoção de minas e de localização de estruturas que ficam soterradas em caso de desastres naturais. • Nações Unidas – Divisão de Apoio Logístico (DAL) – Nesta apresentação, a ONU ofereceu uma descrição da estrutura responsável da função logística. Mostraram valores que dão uma ideia do tamanho de uma operação de assistência humanitária e da estrutura que apoia estas ações. Também foram apresentadas as principais funções da DAL e como ela realiza esse trabalho. Finalmente, apresentaram alguns problemas e desafios para o apoio logístico proporcionado pela ONU, e também ofereceram algumas sugestões para melhorar a interoperabilidade da função logística entre os atores que participam em operações de socorro. • Japão – Em sua apresentação, a delegação do Japão centrou-se nos aspectos da Operação Tomodachi, com motivo do terremoto e maremoto que afetou à região em 2011. Foram apresentados os meios que os países pusseram a disposição para utilização nas áreas afetadas, e também trataram aspectos logísticos da operação. • Brasil – Na sua apresentação, a delegação do Brasil centrou-se na organização das estruturas de governos responsáveis pela ação em caso de desastres naturais. Foram apresentadas as principais instituições do Brasil responsáveis pela resposta aos desastres, assim como sua dinâmica de comportamento e sua área de responsabilidade. Também foi apresentado o papel que desempenham as Forças Armadas do Brasil ante 19 situações de desastres naturais, centrando-se nos aspectos jurídicos, tarefas específicas, conhecimentos adquiridos e meios disponíveis. Finalmente, foram apresentadas as principais dificuldades na realização deste tipo de ação e quais soluções estão sendo aplicadas para resolvêlas. • Canadá – Na sua apresentação, a delegação do Canadá falou da ação das Forças Armadas do Canadá na assistência humanitária no Haiti. Apresentaram os detalhes do planejamento da operação e como foi realizada a chegada e saída das tropas. No final, foram apresentadas as principais lições aprendidas durante a execução das missões e acima de tudo a adoção de soluções aos problemas logísticos encontrados na operação. 24 de outubro 2013: • Organização Panamericana da Saúde (OPS) - Na sua apresentação, a OPS descreveu a dinâmica da sua atuação nas operações de assistência humanitária, focando o assunto nas experiências logísticas. Recalcou a importância da boa administração da assistência destinada à população afetada pelo desastre, e também da necessidade de coordenação entre as organizações que participam na operação. Foram apresentadas as caraterísticas do software SUMA, que é utilizado pela OPS para gerenciar a logística das doações, e também, algumas das experiências de uso em situação real. Por último, reiterou-se a necessidade de coordenação entre as instituições de assistência. • Chile – Na sua apresentação, a delegação do Chile centrou-se no papel das Forças Armadas do Chile em operações de assistência humanitária, com ênfase em sua participação no Haiti. Apresentaram a base jurídica que rege a atuação das Forças Armadas do Chile e como as tropas se organizaram durante a operação. No final, apresentaram as lições aprendidas e as soluções chave elaboradas para otimizar o uso das forças armadas neste tipo de operações, com ênfase na criação do Centro Conjunto para Operações de Paz do Chile, onde os militares que vão participar em missões de assistência humanitária recebem treinamento específico para este tipo de missão. • Colômbia – Na sua apresentação, a delegação da Colômbia centrou-se nas experiências logísticas da Colômbia nas operações de socorro, com ênfase na organização do Sistema de Atenção e Prevenção de Desastres. Apresentaram vários exemplos de situações em que as Forças Armadas colombianas foram utilizadas para dar assistência à população afetada por fenômenos naturais, e discutiram também alguns problemas encontrados e as soluções aplicadas. Cabe destacar-se a decisão de 20 promover um mando unificado para a operação, incrementando assim a coordenação das ações. • República Dominicana – Na sua apresentação, a delegação da República Dominicana centrou-se nas ações de assistência ao Haiti após o terremoto de 2011. Essas ações foram chamadas “Operação Mão Amiga”. Destacou a importância da participação do nível político para proporcionar uma resposta rápida em caso de emergência. Apresentaram as principais medidas adotadas pelo Governo da República Dominicana, assim como uma análise dos possíveis motivos que contribuíram a aumentar a magnitude do desastre. • México – Na sua apresentação, a delegação do México centrou-se nas caraterísticas do sistema de assistência humanitária das Forças Armadas mexicanas. Apresentou o fundamento jurídico e a organização deste serviço. Destacou o fato de que, em caso de necessidade de apoio a outros países, México privilegia ações de forma bilateral e não multilateral. Também demostrou que este apoio é personalizado e analisado individualmente, e é concretizado com o envio de uma equipe de assessores, tropas ou meios de transporte. Depois, apresentaram algumas dificuldades neste tipo de ação, como por exemplo, o exceso de doações e a dificuldade da população apoiada em aceitar a assistência de alimentos que não são parte da sua cultura culinária. No final, apresentaram algumas sugestões de como mitigar os principais problemas encontrados. • Peru – Na sua apresentação, a delegação do Peru centrou-se no Sistema Nacional de Gestão do Risco de Desastres, como o principal coordenador da assistência humanitária no país. Apresentou as bases jurídicas, sua organização e deu exemplos de casos nos que as Forças Armadas peruanas tiveram um papel decisivo no apoio às populações afetadas pelos desastres naturais. Também se apresentaram os procedimentos para apoiar a outros países e alguns exemplos das operações realizadas fora do território peruano. • Espanha – Na sua apresentação, a delegação da Espanha centrou-se na estrutura de apoio que as Forças Armadas espanholas utilizam para proporcionar assistência humanitária em casos de desastre. Destacou a figura da Unidade Militar de Emergências, encarregada da coordenação de recursos para apoiar à população afetada. Apresentou a estrutura e as ações chave realizadas pela UME. Outro ponto a destacar da apresentação, foi a experiência espanhola em missões de apoio logístico a outros países. Com operações em Europa e sob tratados de cooperação com caraterísticas únicas para a maioria dos países de América Latina, a experiência espanhola acrescentou muitos conceitos e lições aprendidas. 21 • Estados Unidos 1 – Na sua primeira apresentação, a delegação dos EUA centrou seu interesse na operação de assistência ao Paquistão após o terremoto de 2005. Apresentou diversos aspectos da organização da assistência e como muda o tipo de apoio durante a operação. Foram apresentadas várias estatísticas concretas sobre as diversas fases pelas quais passa a assistência, a partir da chegada dos meios e o desenlace das ações. Assim também destacou a decisão de deixar a área afetada, entregando a responsabilidade da continuação do apoio, aos governos locais. • Uruguai – Na sua apresentação, a delegação do Uruguai centrou-se no Sistema Nacional de Emergências - SINAE. O SINAE é uma organização permanente que brinda apoio à população uruguaia em casos de perigo ou desastre. Apresentou a base jurídica e a organização do SINAE, assim como alguns exemplos das atividades realizadas pelo Sistema e a participação das Forças Armadas nessas ocasiões. • Estados Unidos 2 – Na sua segunda apresentação, a delegação dos EUA centrou-se nas operações de assistência realizadas por motivo do accidente com uma plataforma de petróleo no Golfo do México em 2010. Devido à natureza do acidente, as ações para conter a vazão de petróleo e limpar o meio ambiente, exigiu-se o esforço coordenado de todos os níveis de governo (municipal, estatal e federal), da comunidade científica, do setor privado e da população local. Descreveu as fases da operação, os meios utilizados e as principais lições aprendidas. Destacou a necessidade de uma boa comunicação com a população, para que as ações sejam divulgadas e os efeitos positivos das mesmas sirvam para aumentar a confiança nas equipes e melhorar a moral da população. 25 de outubro 2013: • The Office of U.S. Foreign Disaster Assistance (OFDA) – Na sua apresentação, a delegação do OFDA apresentou a estrutura da organização que é o principal responsável da assistência internacional do governo dos EUA Na primeira parte da apresentação descreveu as normas de funcionamento, a sequência dinâmica das ações a partir do desastre até a chegada das equipes e do material, assim como a relação da OFDA com o Departamento de Defesa para a utilização de meios militares. Na segunda parte da apresentação descreveu a estrutura logística da OFDA e os principais desafios que enfrentam durante as operações. Também relataram algumas ocasiões nas que atuou a OFDA e as principais lições aprendidas dessas operações. • Rede Naval Interamericana de Telecomunicações (RNIT) – Na sua apresentação, a RNIT apresentou a estrutura da organização e suas 22 atividades para a implementação de uma rede interamericana de comunicações navais, para usar em caso de operações multinacionais de apoio à população afetada por desastres. (e) Conclusões e recomendações: Tomando em consideração o anterior pode concluir-se que a conferência alcançou os objetivos propostos. Foram apresentadas as seguintes sugestões para que continuasse a conferência: • Estabelecer um intervalo adequado de tempo entre conferências. As alternativas mais viáveis são os intervalos de 1 ou 2 anos, segundo a quantidade de atividades previstas para o período. Recomenda-se que a conferência seja feita ao mesmo tempo que a reunião anual da AUSA pelas oportunidades de sinergia que oferece. • Realizar conferências com temas de logística específicos e com previsão de grupos de trabalho para a preparação de material técnico. Alguns temas sugeridos são: transporte, armazenamento, distribuição e saúde. • Fomentar a aplicação do treinamento conjunto para praticar os procedimentos de socorro e a troca de experiências. (4) Nos dias 21 e 22 de maio foi realizado o “Simpósio das Forças Armadas e sua Participação em Tarefas de Segurança Pública e Desenvolvimento” no auditório do Colégio Interamericano de Defesa, conforme o seguinte: (a) O simpósio tinha a finalidade de analisar a participação das Forças Armadas do hemisfério em tarefas de segurança pública, assim como o papel das Forças Armadas no desenvolvimento dos países. (b) Segundo o indicado pelo Diretor Geral da JID: “As Forças Armadas tem a responsabilidade de fazer frente às ameaças tradicionais como a defesa do território ou da soberania, mas também participar e apoiar outros órgãos responsáveis ante essas novas ameaças tais como o narcotráfico, o terrorismo ou os ataques informáticos”. (c) Segundo o manifestado pelo Secretário Geral da OEA José Miguel Insulza quem destacou que no novo contexto geopolítico do hemisfério enfrenta novos problemas, que de alguma forma ou outra exigem uma ação organizada, e as vezes, uma ação inclusive de caráter militar, ou que pelo menos seja organizada com critérios e disciplina militar. Além do manifestado, indicou que foi redefinido o conceito de segurança no hemisfério assim como o conceito de “segurança multidimensional”. Os novos desafios podem classificar-se em duas grandes categorias: 1) Emergências – situações de crise provocadas por fenômenos climáticos ou de saúde, que requerem de uma organização de alcance nacional, organização e disciplina, coisa que as Forças Armadas estão em melhores condições de proporcionar, sempre subordinadas ao poder civil; e 2) Quando as autoridades civis considerem que setores da sociedade estão fora 23 da lei, afetando a estabilidade do Estado e afetando sua presença geográfica em toda a nação ou criando fatores de confrontação armada, em contra da sociedade e a nação em sua totalidade. (d) As principais exposições foram as seguintes: “Tratamento das Forças Militares com as Forças Irregulares (FARC) - Plano Espada de Honra” – O Major General Ricardo Diaz Torrez, Chefe de Operações Conjuntas das Forças Militares da Colômbia. “Forças de Segurança do Panamá em Tarefas de Defesa” – Lic. José Raúl Molino, Ministro de Segurança Pública do Panamá. “Emprego das Forças Armadas em apoio à Segurança em Grandes Eventos” – Brigadier General Omer Lavoie, Exército do Canadá. “Integração dos Países do Caribe Oriental para a Defesa” – Sr. Grantley Sylvester Watson, Coordenador de Segurança Regional do Sistema Regional de Segurança do Caribe. “Papel das Forças Armadas em Desastres Naturais” – General de Brigada Aérea Álvaro Carrasco, Diretor de Mando e Controle Estratégico do Estado-Maior Conjunto do Chile. “Visão Estratégica das Operações Coordenadas entre a Polícia Nacional e as Forças Militares da Colômbia no Combate às Novas Ameaças” – General José Roberto León Riaño, Diretor Geral da Polícia Nacional da Colômbia. “As Forças Armadas e sua Participação no Desenvolvimento Nacional” – General de Exército Villas Boas, Comandante Militar do Amazonas, do Brasil. (e) As seguintes foram as principais conclusões: O debate só acontecerá quando seja reconhecido o contexto de cada país e seu próprio conceito de soberania. O tratamento das Forças Militares da Colômbia com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) fez reflexionar sobre o fato de que os integrantes das FARC também são colombianos e sobre o papel das Forças Armadas, uma vez que a paz se consolide. A situação inversa é o papel das forças de segurança em tarefas de defesa, como é a situação do Panamá. Isto chama a atenção sobre a questão das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), evidenciando a importância do simpósio para o a troca de ideias e de lições aprendidas. A utilização das forças armadas em grandes eventos deixa como lição que devem existir planos muito claros e coordenados para operar em situações que requeiram segurança em massa, nas que as Forças Armadas e Polícia trabalham de forma conjunta as complementar-se 24 mutuamente. Os militares são os donos do poder letal, portanto sua atuação deve estar limitada nos espaços públicos. As operações devem complementar-se com as ações da Polícia. As Forças Armadas ocupam os espaços perdidos onde a Polícia já não pode atuar, mas apenas esses espaços sejam recuperados, é a Polícia quem, com as instituições do Governos, deve manter o espaço recuperado para que a segurança pública e o desenvolvimento prevaleçam. Nos problemas dos Estados insulares, o importante é o esforço coordenado de cooperação impulsado pela vontade política dos Estados. Os espaços e os problemas comuns que compartem diferentes países insulares do continente requerem uma ação coordenada da Polícia com o apoio das Forças Armadas. Quando a ameaça é visível e indiscutível, é muito fácil definir o papel da Polícia e das Forças Armadas. O problema surge quando a ameaça não é visível, e portanto, a responsabilidade das Forças Armadas e da segurança pública não está definida, e como consequência, a resposta não é imediata. (5) Nos dias 25 e 26 de setembro de 2013, a JID assistiu às reuniões programadas pelo grupo de trabalho encarregado de preparar a “Quarta Reunião de Ministros de Segurança Pública das Américas”. (a) Em 21 e 22 de novembro de 2013, a JID assistiu à “Quarta Reunião de Ministros em Matéria de Segurança Publica das Américas” MISPA IV, a qual foi celebrada na cidade de Medellín e focalizou no tema da “Cooperação Internacional” com o fim de avançar no fortalecimento das ações de cooperação, coordenação e assistência técnica recíproca entre as instituições encarregadas da segurança pública dos Estados Membros da OEA. O evento contou com a participação de 21 países do hemisfério (Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos da América, Guatemala, Haiti, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru, Republica Dominicana, San Kitts & Nevis, Trinidade & Tobago e Venezuela). (b) Os temas tratados foram: Estratégias de cooperação regional para prevenir e enfrentar as ameaças à segurança pública dos Estados. Pesquisa conjunta, em particular a atividade de Observatórios do Crime e Prospectiva. Redes e plataformas hemisféricas de troca de informação policial. (c) Adotou-se por consenso na reunião o documento “Declaração de Medellín” para o fortalecimento da cooperação hemisférica em matéria de segurança pública. 25 (d) De igual forma, atendendo a uma proposta apresentada pela República do Panamá, aprovou-se por maioria um documento intitulado “Encargo ao Secretário Geral da OEA em relação à cooperação com a Comunidade de Polícias de América (AMERIPOL)”. O documento solicita à Secretaria Geral da OEA a fazer uma análise jurídica, técnica e orçamentária que permita identificar e definir uma via para que AMERIPOL seja parte do Sistema Interamericano, e dessa forma, seja fortalecida a gestão e a cooperação policial que atualmente é realizada. (e) Cabe destacar também que foi aprovado por consenso que a próxima reunião ministerial (MISPA V) será realizada no Peru, no ano 2015. b) Promover a interação e cooperação com outras organizações regionais e globais de natureza similar com relação a assuntos técnicos referentes a questões militares e de defesa (1) Junto à Conferência de Ministros de Defesa das Américas (CMDA) (a) No dia 18 de outubro de 2013, o Presidente do Conselho de Delegados, General de Divisão Werther Araya teve uma entrevista com o Senhor Mario Sánchez Debernardi, Viceministro de Políticas para a Defesa e o Senhor Embaixador Mario López Chavarri, Diretor Geral de Relações Internacionais do Ministério da Defesa do Peru, para falar da assistência que a JID pode proporcionar à Secretaria Pro-Témpore da XI CMDA. Juntamente com o General Werther Araya esteve apresente o Coronel Carlos Hurtado, Assessor da Presidência do Conselho de Delegados. Da entrevista destacam-se os seguintes pontos: O reconhecimento do papel integrador da JID no contexto das organizações hemisféricas de defesa; A possibilidade da JID prestar assessoramento técnico consultivo e administrativo para a Secretaria Pro-Témpore da CMDA. A necessidade da consolidação de meios de comunicação ativos e eficazes para a troca de experiências e lições aprendidas, e também, a intenção do Sr. Embaixador Mario López Chavarri, Presidente da Secretaria Pro-Témpore da XI CMDA, de visitar a JID no dia 18 de novembro de 2013. A visita foi cancelada a pedido da Presidência da CMDA. (b) A Secretaria Pro-Témpore da CMDA solicitou apoio à JID para a organização da XI CMDA, nos seguintes aspectos: Organizar e manter o acervo histórico documental da conferência. Apresentar documentos de sustento dos temas a serem considerados no temário da conferência. Elaborar as atas das reuniões de trabalho da conferência. 26 (2) Junto à Conferência de Exércitos Americanos (CEA) (a) Contou-se com a presença permanente de um Oficial de Enlace do Exército do México, por parte do XXX Ciclo da Conferência de Exércitos Americanos, o qual realizou as tarefas de disseminação, coordenação e troca de informação junto ao Oficial Enlace da JID na CEA, fortalecendo os canais de comunicação e a participação de atividades entre ambas organizações. (b) Em janeiro de 2013, a CEA apresentou a “Guia de Procedimentos de Operações de Assistência em Casos de Desastres da Conferência de Exércitos Americanos (CEA)”, em formato digital e nos idiomas inglês, português e espanhol. Esta Guia consolida a base jurídica, as políticas, procedimentos, experiências e lições aprendidas no marco da CEA sobre o assunto. (c) A JID participou da Oficina sobre Dispositivos Improvisados e Minas, de 27 a 31 de maio, em Bogotá, Colômbia. (d) De 23 a 25 de julho de 2013, realizou-se o “II Exercício de Comunicações CEA-2013” com a participação dos países membros da Conferência e das Organizações Observadoras, dentro das quais esteve a participação ativa da Secretaria da JID, atividade cujo objetivo geral era que os Exércitos Membros da CEA, ensaiassem e avaliassem os procedimentos estabelecidos de comunicações desde seus próprios centros de comunicações, afim de estabelecer uma rede de rádio que possa ser utilizada em situações de emergência e catástrofe. (e) No dia 31 de julho de 2013, realizou-se uma videoconferência entre titulares dos Exércitos Membros, Exércitos Observadores e Organizações Militares Observadoras integrantes da CEA, atividade que contou com a participação da Presidência do Conselho de Delegados da JID. (f) De 21 a 25 de outubro de 2013, a Presidência do Conselho de Delegados participou da “XXX Conferência de Exércitos Americanos” na cidade do México. Nessa reunião, os exércitos participantes participaram de uma exposição sobre o papel articulador da JID, e receberam o oferecimento dos serviços técnicos e consultivos e educativos sobre assuntos militares e de defesa. (3) Junto à Conferência Naval Interamericana (CNI) (a) De 26 a 30 de agosto de 2013, a Secretaria da JID assistiu à “Conferência Naval Interamericana Especializada de Interoperabilidad”. O tema da conferência foi “A interoperabilidade das Marinhas americanas em benefício da segurança marítima e da consciência situacional marítima”. 27 Nessa oportunidade, a JID apresentou as mudanças principais da sua estrutura e missão acontecidas desde o ano 2006. Tratou também, da dinâmica do relacionamento da JID com a OEA e as principais atividades realizadas atualmente. (b) De 7 a 11 de outubro de 2013, a Secretaria da JID assistiu à “X Conferência Naval Interamericana Especializada de Inteligência. O tema da conferência foi “O emprego de inteligência naval em apoio às operações navais contra a delinquência organizada transnacional para contrarrestar seus efeitos no âmbito marítimo regional”. Na conferência destacaram-se os seguintes pontos: A necessidade de desenvolver tecnologias próprias A necessidade de melhorar os sistemas de comunicação A utilização do conceito “Domínio do Mar” (Consciência Situacional Marítima). A JID recebeu uma cópia do Programa CIPHER, utilizado para cifrar e decifrar mensagens no âmbito da CNI. (4) Junto ao Sistema de Cooperação das Forças Aéreas Americanas (SICOFAA) (a) A Secretaria da JID enviou um oficial de enlace para o X Comitê do SICOFAA, celebrado na cidade de Salvador, Brasil, entre 23 e 27 de setembro de 2013. (b) O objetivo principal deste Comitê foi realizar a plano inicial da conferência (IPC) do “Exercício Cooperação III” que será realizado no Peru durante o período compreendido entre 21 de abril e 02 de maio de 2014. Esse exercício utilizará meios aéreos de diferentes países em uma operação de assistência humanitária a populações afetadas por desastres naturais, e será utilizado o Manual de Operações Aéreas Combinadas do SICOFAA. (c) Os responsáveis pelo planejamento e coordenação do exercício apresentaram as diferentes ações que estão sendo realizadas no Peru, cobrindo os aspectos de operações, equipamento, pessoal, logística, manutenção e sistemas de informática. Também foi feita uma avaliação dos “Exercícios Cooperação I e II”. (d) A pedido da Secretaria da JID, os organizadores do evento abriram um espaço na ordem do dia para a apresentação da JID. Nessa apresentação, a JID tratou da Resolução 2809 da Assembleia Geral da OEA, que designa à JID a tarefa de assistir às reuniões das conferências das forças militares interamericanas (CEA, CNI e SICOFAA). Também apresentou uma breve descrição da função que a JID pode exercer ao longo dessas jornadas, assim como o sucesso na relação da JID com a CEA. (5) Com as Conferências (CEA-CNI-SICOFAA) 28 (a) Nos dias 26 e 27 de novembro, celebrou-se a “Primeira Reunião de Organizações Militares Interamericanas (JID-CEA-CNI-SICOFAA)” que tinha como objetivo revisar os mecanismos de interação existentes entre Organizações Militares Interamericanas e a JID, para a troca de conhecimentos, experiências e lições aprendidas em temas de interesse comum, identificando áreas que oferecem oportunidade de fortalecimento. (b) Uma das mais importantes conclusões do evento, é que o tema de interesse comum entre as organizações participantes é o de “Operações de Assistência Humanitária em Casos de Desastres”, em torno do qual existem oportunidades para fortalecer a interação e a troca de informação com a JID e entre as próprias organizações. c) Estados Pequenos (1) A JID recebeu o Ofício No. 155/2013 da Missão Permanente da República de Trinidade e Tobago ante a OEA que, em representação dos países membros do CARICOM, solicita um estudo dos possíveis componentes de uma estratégia de defesa cibernética para a região: – – – – – Como resultado desta iniciativa, realizou-se a primeira reunião de trabalho sobre este assunto no dia 7 de novembro de 2013, na Casa del Soldado, e estiveram presentes dois representantes da SSM e de países da Região. Como primeira atividade, realizou-se uma revisão do documento: “Uma Estratégia Interamericana Integral de Segurança Cibernética: um enfoque multidimensional e multidisciplinário para a criação de uma cultura de segurança cibernética.” Durante o debate destacaram-se os seguintes pontos: • A estratégia continua sendo implementada em níveis diferentes pelos países da Região; • Neste momento, não é necessário fazer modificações à estratégia para que ela continue sendo utilizada na região; e • A estratégia centra-se na segurança cibernética e o mandato para a JID estabelece que o estudo deve focalizar-se em defesa cibernética. A pedido dos representantes, inicialmente, o estudo deverá tratar das seguintes perguntas: • Como identificar a origem do ataque cibernético? • Como classificar o ataque? Ataque pessoal com fins pessoais; Ataque pessoal patrocinado por um Estado; ou Ataque de um Estado. • Quais são os instrumentos jurídicos internacionais disponíveis para a reação dos países afetados pelo ataque? Estas informações foram comunicadas às delegações na Reunião Formal do dia 19 de novembro de 2013. Nessa oportunidade, a JID solicitou aos países membros que enviassem documentação relacionada com este tema 29 assim como apoio na forma de peritos e/ou professores para as conferências e as aulas. d) Remoção Integral das Minas no Hemisfério em cooperação com a Secretaria Geral da OEA As duas missões realizadas durante 2013, são a Missão de Assistência para a Remoção de Minas em América do sul (MARMINAS) nas repúblicas do Equador e Peru, e o monitoramento na Colômbia (GMI COLÔMBIA). (1) MARMINAS – – – – – Em janeiro e fevereiro de 2013 foi analisado o estado atual do programa e incluiu uma visita técnica aos setores dos países envolvidos. Em abril de 2013, estabeleceu-se um acordo bilateral entre Equador e Peru para fazer frente à futura situação de desminagem na fronteira em comum. Em maio de 2013, a OEA através de AICMA, comunicou o encerramento do programa MARMINAS passando a coordenar os detalhes para o encerramento e informando o Conselho de Delegados da JID. Ao mesmo tempo se determina a presença de minas TAB-1 no Objetivo Hito Punto Inicial que pode constituir uma indicação de que foi estabelecido um campo minado equatoriano em território peruano. Finalmente, marcaram-se as reuniões correspondentes para coordenar o encerramento da missão em MARMINAS com a OEA. O resultado foi programar cerimônias de encerramento em Peru no dia 15 de janeiro de 2014 em Lima, e na República do Equador, em Quito, no dia 17 de janeiro de 2014, com a presença do Diretor Geral da JID e representantes da OEA. (2) GMI – COLÔMBIA – – Com o desafio de cooperar com o Batalhão de Desminagem no seu processo de adequação às normas nacionais, o GMI-CO fez uma análise dos procedimentos operativos de Gestão de Qualidade e Estudo Técnico/Desminagem que foram apresentados ao PAICMA. As análise foram remitidas ao AICMA-CO para consolidação e envio ao PAICMA. As atividades realizadas em junho foram influenciadas pelo aumento das atividades relacionadas com a análise dos procedimentos operacionais na Colômbia, especialmente no tocante ao Batalhão de Desminagem e as organizações civis. Também foram apresentados os procedimentos operacionais da organização civil de desminagem humanitária “Fundação Suíça de Desminagem (FSD)” ante a Instância Inter-institucional de Desminagem, resultando aprovados na primeira fase de credenciamento ante o governo Colombiano. 30 – – – – – – – – De igual forma, esse período destaca-se o avanço nas gestões e, andamento para viabilizar a continuidade do programa ante a situação financeira da OEA. Outro pedido feito à JID foi a de estudar junto com a Inspetoria e com o Centro Nacional contra Artefatos Explosivos e Minas (CENAM) a certificação para o Centro Nacional de Desminagem (CENAD). O GMI/CO continua o trabalho da missão de assessoramento técnico ao Programa de Ação Integral Contra Minas Anti-pessoais na Colômbia (PAICMA). Também foi feita a análise do procedimento operativo de Atenção e Evacuação Médica da Organização Civil de Desminagem Humanitária (OCDH), do Danish Demining Group (DDG) enviada ao AICMA-CO. Em julho de 2013, foram apresentadas as avaliações para o credenciamento conduzidas pelo Componente Externo de Monitoramento do AICMA-CO/OEA e apoiadas pelo GMI-CO. Esta atividade foi um grande exemplo do êxito que alcançou o trabalho conjunto do AICMA-CO e o GMI. Em setembro de 2013, o Grupo fez análise de um procedimento operacional do Batalhão de Desminagem e o enviou ao AICMA-CO, como parte dos trabalhos que estão sendo feitos atualmente. Em outubro de 2013 foi feito o Curso de Gerenciamento de Desminagem Humanitária. Durante o período entre 18 de novembro e 6 de dezembro foi realizado o Curso de Gerenciamento de Operações de Desminagem Humanitária para membros das Forças Armadas da Colômbia que trabalham em desminagem humanitária. Sete Fuzileiros Navais e 14 membros do Exército Nacional da Colômbia, entre eles uma funcionária pública, completaram com êxito o curso e uma vez formados, este grupo conta com as competências para prestar assessoramento técnico às autoridades envolvidas em desminagem humanitária (DH), e também tem os conhecimentos básicos para trabalhar no planejamento e na execução das operações de DH em Colômbia, em conformidade com as normas nacionais e internacionais. O curso tem uma carga horária de 80 horas e o objetivo é fortalecer a capacidade nacional da Colômbia através das suas forças militares. As aulas foram nas instalações da Escola de Engenheiros Militares da Colômbia, em Bogotá, e na Brigada Especial de Engenheiros em Tolemaida. As matérias do curso são as seguintes: 1) Instruções Gerais, 17 horas, 2) Operações de desminagem humanitária, 35 horas, 3) Gestão das Operações de desminagem humanitária, 18 horas, e finalmente, 4) Apoio de Saúde em desminagem humanitária, 6 horas. De 9 a 13 de dezembro realizou-se o Curso de Apoio Pre-hospitalário em Operações de Desminagem Humanitária integrado por membros do Batalhão de Desminagem do Exército Nacional da Colômbia (BIDES). O curso foi oferecido pelo Programa de Ação Integral Contra as Minas Antipessoais na Colômbia (AICMA-CO) ao Programa Presidencial para a Ação Integral Contra Minas Anti-pessoais (PAICMA) para contribuir com 31 – – – – – a capacitação formação do pessoal de apoio de saúde das organizações que realizam a desminagem humanitária na Colômbia. O conteúdo do curso segue os protocolos estabelecidos pelos cursos do PHTLS (Prehospital Trauma Life Support) e ATLS (Advanced Trauma Life Support) e também os objetivos específicos para atender as necessidades das operações de desminagem humanitária na Colômbia. Entre os objetivos específicos deste curso se destacam: a compreensão das normas internacionais de apoio à saúde em operações de desminagem humanitária (IMAS), as lesões causadas no ser humano após a exposição aos efeitos dos explosivos e as caraterísticas da evacuação médica para a desminagem humanitária. Houve instrução sobre o manejo da via aérea, ventilação, choque, trauma torácico, trauma abdominal e pélvico, trauma craneoencefálico, trauma da coluna vertebral e medula espinal, trauma musculoesquelético, lesões térmicas, trauma pediátrico, trauma geriátrico, trauma na mulher, deslocamentos para atenção definitiva, biomecânica das lesões e classificação de trauma, assistência tática de evacuação, assistência tática de evacuação com múltiplas vítimas. O curso foi teve uma carga horária de 40 horas distribuídas em aulas teóricas e práticas. O treinamento foi feito nas instalações da Escola de Engenheiros Militares do Exército Nacional da Colômbia. Treinamento aos instrutores dos Fuzileiros Navais (3 oficiais e 4 suboficiais): o treinamento foi feito em duas partes. A primeira, através da participação no Curso de Gerenciamento de Operações de Desminagem Humanitária, e uma segunda parte, através de um treinamento de 36 horas. Esta segunda foi ditada de 9 a 13 de dezembro, no GMI-CO. Em novembro de 2013, foi feita uma apresentação na Embaixada do Brasil e outra para os assessores de desminagem humanitária do Ministério de Defesa. O tema principal tratado foram os antecedentes históricos da participação do Grupo nos trabalhos de desminagem humanitária na Colômbia e de suas capacidades de trabalho. Celebrou-se uma reunião com UNIMAS para trabalhar sobre o futuro dos programas latinoamericanos para a remoção de minas e sobre a tradução do manual a vários idiomas, com o apoio e aprovação da ONU. Após várias reuniões prévias com os Assessores da JID e o Ministério de Defesa da Colômbia, em 20 de novembro houve uma reunião entre o Diretor Geral da JID e o Viceministro de Defesa da Colômbia, na qual ficou esclarecida a posição da JID da total disponibilidade para continuar com o apoio ao monitoramento externo e o apoio aos compromissos adquiridos pela OEA. O Viceministro indicou que vai esperar um relatório solicitado à OEA para determinar sua posição oficial e solicitar este apoio novamente com novos parâmetros. Em dezembro de 2013, o GMI elaborou um projeto das normas de apoio à saúde em desminagem humanitária que foi apresentado ao AICMA-CO, e posteriormente, ao PAICMA para sua aprovação como norma nacional na Colômbia. 32 e) Gestão, destruição e segurança de arsenais de armas (1) A JID, através da organização da Secretaria de Serviços de Assessoramento, em 2013 fez o acompanhamento e monitoramento hemisférico das atividades relacionadas com a gestão, o manejo, seguração e destruição de arsenais de armas. (2) Continuam ativos os canais de comunicação com a Convenção Interamericana contra a Fabricação Ilícita e o Tráfico de Armas de Fogo (CIFTA) e com a Convenção Interamericana sobre Transparência nas Adquisição de Armas Convencionais (CITAAC), ambos organismos pertencentes à Secretaria de Segurança Multidimensional (SSM). Isto, com o propósito de manter uma fluída troca de informação e experiências em assuntos de gestão de armas leves e munições. Ao mesmo tempo, tem havido uma permanente comunicação com o Coordenador Geral da Ação Integral contra Minas Anti-pessoais e Programa de Assistência para o Controle de Armas e Munições da OEA. (3) Em conformidade com o plano de Trabalho da JID 2012/2013 e atendendo o estabelecido na AG/RES 2375 de 4 de junho de 2012, sobre as atividades relacionadas com a Gestão de Armas, em 20 de março de 2013 teve lugar o Seminário sobre “Técnicas e Experiências na Gestão e Destruição de Excedentes de Armas” que foi celebrado nas instalações da JID. No seminário participaram apresentadores do escritório de serviços da Ação Contra Minas da Organização das Nações Unidas (UNMAS), representantes da Convenção Interamericana Contra a Fabricação e Tráfico Ilícito de Armas de Fogo, Munições, Explosivos e Outros Materiais Relacionados (CIFTA), da Convenção Interamericana sobre Transparência na Adquisição de Armas Convencionais (CITAAC), da Agência de Defesa para a Redução de Ameaças (DITRA), do Departamento de Segurança Pública da OEA, do Departamento de Estado dos EUA, e finalmente, a apresentação da experiência brasileira na eliminação de armas de fogo e munições. f) Elaboração de Documentos de Doutrina e Políticas Nacionais de Defesa (Livros Brancos) (1) O processo de elaboração de Livros Brancos de Defesa é complexo e longo, portanto é necessária a participação dos diferentes setores da sociedade nesse trabalho, reforçando o diálogo político, o entendimento entre as partes e o renascer de uma consciência nacional quanto a todos os objetivos nacionais de um país. (2) Os Livros Brancos promovem o debate sobre a questão da defesa nacional e podem reforçar-se através da facilitação do acesso à utilização de sítios específicos na internet, seminários, oficinas, artigos e grupos de trabalho. (3) Um dos instrumentos mais congruentes e importantes das Medidas de Fortalecimento da Confiança e da Segurança (MFCS) se produz quando o país 33 comunica sua situação interna e externa, descreve suas intenções quanto à defesa de forma clara e direta, e leva em consideração a oposição da sociedade. (4) Em 2013, a JID prestou assessoramento ao Paraguai na elaboração de seu primeiro Livro Branco de Defesa Nacional, que foi publicado em 13 de junho do mesmo ano. g) Serviços de assessoramento técnico no desenvolvimento das Medidas de Transparência e de Fortalecimento da Confiança e Segurança Em 28 de fevereiro de 2013, a OEA com a participação da JID, organizou o V Foro das MFCS. Entre as principais novidades apresentadas no Foro estão: a adoção da 37° MFCS na Lista Consolidada ao acrescentar a medida genérica “Outras”; a adoção dos “Critérios, diretrizes e perfil exigido para a seleção de peritos nas medidas de fortalecimento da confiança e da segurança” sugeridos pela CSH (CSH/FORO-V/doc.5/13); o reconhecimento do valor que acrescentam as experiências bilaterais e sub-regionais em matéria de MFCS, assim como a experiência regional e internacional na elaboração de MFCS; e finalmente, a constatação de que era necessário facilitar o envio da informação em um formato de planilha eletrônica para que os Estados Membros possam apresentar o relatório anual das MFCS por internet, usando a Lista Consolidada de Medidas. Por motivo da realização do V Foro das MFCS da OEA, realizado em Washington, D.C., no dia 28 de fevereiro de 2013, a Representação Permanente dos Estados Unidos da América na OEA informou que iria a encaminhar um pedido à Junta Interamericana de Defesa para, em conformidade com as disposições do Artigo 3 do Estatuto, realizar “um estudo que compreenda uma revisão e uma avaliação das MFCS que existem a nível bilateral, sub-regional e hemisférico, e que ofereça recomendações para talvez elaborar novas MFCS que os Estados Membros pudessem considerar e adotar.” Em 15 de março de 2013, a Embaixadora Carmen Lomellin, Representante Permanente dos EUA ante a OEA enviou à JID o pedido do estudo mencionado para que fosse feito até 1 de janeiro de 2014. Em 16 de abril de 2013, com motivo da Reunião Ordinária N° 1341 do Conselho de Delegados da JID, na Casa del Soldado, em Washington, D.C., o Presidente do Conselho de Delegados da JID incluiu o pedido da Representação Permanente dos EUA na ordem do dia O Diretor Geral confirmou que a Secretaria da JID estava em condições de realizar o estudo, e atendendo a sugestão da Delegação do México, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) no âmbito da JID, para atender o pedido dos EUA. Inicialmente, doze países se ofereceram como voluntários para participar no estudo, nomeadamente, Barbados, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, 34 Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana, e Trinidade Tobago. Posteriormente, Chile, El Salvador e Panamá uniram-se ao Grupo de Trabalho alcançando a um total de 15 países participantes. Com motivo da Reunião Ordinária N° 1341, ficou estabelecido que haveria uma apresentação de relatórios iniciais para informar o Conselho de Delegados sobre o progresso do GT em setembro u outubro e que o Relatório Final seria apresentado na Reunião Ordinária de novembro de 2013. O Relatório Final foi apresentado no dia 19 de novembro, após seis reuniões formais de debate em abril, maio, agosto, setembro, outubro, e novembro. O Relatório Final do Grupo de Trabalho das MFCS propôs uma redução das atuais 37 medidas a 24 MFCS, e incorporar quatro medidas novas que surgiram do estudo das MFCS utilizadas na OSCE e no Conselho de Defesa Sulamericano. Também, foi apresentado um modelo do projeto de planilha eletrônica que utilizariam os Estados Membros da OEA enviar os dados das MFCS por internet. Os Delegados foram incentivados a enviar as conclusões do Relatório Final do Grupo de Trabalho das MFCS aos seus respectivos Ministérios de Defesa ou similares, com o objetivo de receber comentarios até fins de janeiro. Os resultados vão ser enviados posteriormente à OEA para serem tratados na reunião sobre as MFCS da Comissão de Segurança Hemisférica, marcada para fevereiro de 2014. Outros acontecimentos importantes no campo das MFCS aconteceram de 27 a 28 de julho de 2013, com a visita de oficiais suecos da Universidade de Uppsala, para tratar o tema e a possível aproximação com a OSCE e o começo de contatos com o Centro de Estudos Estratégicos de Defesa do CHDS. h) Assistência humanitária em caso de desastres naturais O terceiro exercício de Assistência Humanitária (AH III) foi realizado de 10 a 12 de abril de 2013 na Casa del Soldado, atendendo o estabelecido no plano de trabalho 2012/2013 e nos mandatos da Resolução AG/RES. 2735 (XLII-O/12), inciso 62.b, aprovado na Segunda Sessão Plenária da Organização de Estados Americanos O objetivo do exercício foi identificar possíveis aperfeiçoamentos na coordenação interna da Junta Interamericana de Defesa durante a aplicação do Plano, assim como a interação com outros atores motivando os participantes a reexaminar a metodologia, procedimentos, estrutura e doutrina existentes que permitam aperfeiçoar os mecanismos de ação e resposta em caso de desastre. A Divisão de Análise elaborou um resumo informativo da situação hemisférica, emitido semanalmente às delegações dos países membros, e até hoje foram publicados 24 boletins da situação hemisférica e 44 boletins informativos sobre os desastres naturais no hemisfério. 35 2) Sub-secretaria de Serviços Administrativos e de Conferências A Sub-secretaria de Assuntos Administrativos e de Conferências (SSAC) tem a missão de Assessorar o Diretor Geral da Secretaria da JID em assuntos administrativos, financeiros e logísticos com a finalidade de permitir que a Secretaria da JID possa apoiar os órgãos da Junta Interamericana de Defesa na realização das suas tarefas, e portanto, na execução da missão encarregada pela Organização de Estados Americanos à JID. Como entidade da OEA, a JID recebe uma parte importante do seu orçamento dessa Organização. No entanto, esses recursos tem sido sistematicamente reduzidos nos últimos anos, o que teve um impacto no desenvolvimento normal das atividades da JID durante o presente ano. O orçamento solicitado para concretizar todos os mandatos estabelecidos pela OEA à JID foi de US $2,975,742, embora os recursos alocados foram de US $1,117,320 com uma redução de US $117,328 quanto ao ano 2012. Como vem acontecendo nos últimos anos, o Departamento de Defesa dos EUA designou uma quantidade importante de recursos para serem utilizados em trabalhos de remodelação e atividades curriculares do Colégio Interamericano de Defesa. Esse apoio foi de US $3,957,257, devendo destacar-se que este apoio corresponde a uma iniciativa voluntária e não tem garantia que seja recebido todos os anos. Esta situação obrigou à JID a reestruturar suas despesas e adotar severas medidas de austeridade, entre as quais estão: (a) A redução da contratação de intérpretes e tradutores, o que afeta o curso normal das reuniões do Conselho de Delegados da JID e limita a possibilidade de fazer a tradução de diversos e importantes documentos que precisam ser disseminados nos outros idiomas (português, francês e inglês). (b) A redução da participação da JID em eventos, foros e atividades relacionadas à segurança hemisférica, e portanto, dificulta a possibilidade de participar e concretizar mandatos, e particularmente, fortalecer o apoio da JID aos países membros. (c) A impossibilidade de reajustar os salários dos funcionários civis da JID para manter o equilíbrio entre sua renda e o aumento do custo de vida. (d) A redução dos gastos de manutenção e renovação do prédio que ocupa a JID. 36 (e) A dificuldade em renovar os diversos equipamentos e sistemas que já estão sendo utilizados por tempo prolongado e se tornam obsoletos, limitando a capacidade administrativa e de gestão da JID, como são os equipamentos e sistemas informáticos e de som. (f) A dificuldade de manter e obter serviços contratados devido à limitada disponibilidade de recursos financeiros, o qual afeta a possibilidade de apoio aos órgãos da JID e reduz a qualidade dos serviços recebidos. d. Colégio Interamericano de Defesa 1) Antecedentes O Colégio Interamericano de Defesa mantém um programa acadêmico, atualizado com as circunstâncias hemisféricas, dirigido a oficiais das forças militares e de polícia assim como a funcionários civis dos países membros da Organização dos Estados Americanos. Desde o início do CID em 1962, um total de dois mil quinhentos cinquenta e três (2,553) alunos, representando vinte e quatro países, completaram o Curso Superior de Defesa e Segurança Hemisférica. Devem destacar-se os êxitos alcançados pelos exalunos, representados pelas altas designações alcançadas em seus países, entre os quais ha três presidentes, vários ministros de governo, embaixadores e mais de 800 generais e almirantes, que corresponde a aproximadamente 32% das pessoas que passaram pelas aulas do CID. O CID está organizado para alcançar o mais alto nível acadêmico possível. A estrutura do plano de estudos se ajusta aos desafios e à dinâmica de segurança multidimensional e oferece aos alunos um conteúdo acadêmico único onde são observados os enfoques adotados pelos diferentes países no momento de combater os flagelos que afetam a defesa e a segurança e que são comuns na região. Em resposta às diretrizes do Conselho de Delegados e num esforço por aperfeiçoar continuamente o currículo, o CID conseguiu importantes avanços para alcançar o credenciamento para outorgar o mestrado aos graduados. Em 2013 o CID começou um pedido de licença através do District of Columbia Education Licensure Commission e começou a elaboração dos documentos e processos internos necessários para conseeguir o credenciamento do Accrediting Council for Independent Colleges and Schools (ACICS). Se os esforços atuais continuam como programados, o CID antecipa receber autorização para outorgar o Mestrado aos membros da Turma 54 do CID que completem os requisitos do programa acadêmico. Enquanto trabalha para conseguir o credenciamento, o CID mantém convênios que proporcionam aos alunos a opção de receber mestrado de diferentes instituições regionais de muito prestigio. Durante o ano 2013, 40 formados do CID receberam o diploma de Mestre em Segurança e Defesa das Américas através de um acordo com a Academia Nacional de Estudos Políticos e Estratégicos do Chile (ANEPE). Outros 37 cinco alunos receberam mestrado da American University School of International Service. Central à experiência do CID são as perspectivas compartidas e as sólidas relações profissionais e pessoais estabelecidas entre os alunos. Uma turma típica é conformada por cinquenta e sessenta profissionais de alto nível nas suas carreiras, com entre vinte e vinte e cinco anos de experiência. Os alunos são nomeados pelos seus países e representam os serviços diplomáticos, os ministérios de defesa, as polícias nacionais, e todos os serviços das forças armadas. A Turma 52 do CID se formou em 20 de junho de 2013. Os membros da turma representavam quatorze países, entre eles, quatro civis, nove oficiais da polícia nacional, e quarenta e três militares. 2) Autoridades Eleitas A liderança do CID é eleita atendendo os estatutos da Junta Interamericana de Defesa aprovadas pela Assembleia Geral da Organização de Estados Americanos, em março de 2006 [AG/RES. 1 (XXXII-E/06)]. Em maio de 2013, o Contra-almirante Jeffrey Lemmons da Armada de EUA, foi reeleito pelo Conselho de Delegados para um segundo mandato de dois anos como Diretor do CID (5 de dezembro de 2013 a 4 de dezembro de 2015). O Vice-diretor Fernando Figueiredo da Marinha do Brasil, foi eleito em maio de 2012 para um mandato de dois anos de 1º de dezembro de 2012 até 30 de novembro de 2014. O Contra-almirante Francisco Yábar da Armada do Peru é o Chefe de Estudos. Ele foi reeleito para um segundo mandato de dois anos em maio de 2013 (1 de janeiro de 2014 até 31 de dezembro de 2015). 3) Resumo Acadêmico As atividades no Programa Acadêmico estão dirigidas a promover a ativa participação do aluno através de pesquisa individual para a elaboração de trabalhos escritos, participação em debates, dinâmicas de grupo e apresentações orais. O programa integra os ensinamentos e as perspectivas dos peritos, com a apreciação dos alunos em debates, facilitando assim uma enriquecedora troca de ideias baseadas no pensamento crítico e a argumentação lógica. O Programa Acadêmico do CID para a Turma 52 foi dividido em quatro períodos: Introdução à Segurança e Defesa, Conceitos Teóricos, Diagnóstico Estratégico e Condução Estratégica, e foi ditado utilizando várias modalidades de ensino, tais como seminários, conferências, exercícios, simulações e um programa integral de pesquisa. O Programa Acadêmico foi complementado com visitas ao interior do país anfitrião e com viagens de estudo outros países do hemisfério. O curso do CID começa construindo uma base comum de conhecimentos teóricos gerais, respaldada pelas ferramentas de pesquisa e redação acadêmica necessárias para 38 elaborar os trabalhos requeridos durante o curso. Uma vez estabelecida esta base, os alunos tem a tarefa de conhecer e avaliar os desafios de segurança multidimensional que incidem sobre o mundo contemporâneo e a situação estratégica hemisférica. Na etapa final do curso os alunos aplicam as ferramentas de análise adquiridas e os métodos sistêmicos para a construção de cenários estratégicos baseados na análise da situação a nível mundial, regional e nacional, para fazer recomendações estratégicas abordando os complexos desafios de segurança e defesa do hemisfério. Durante o primeiro semestre da Turma 52 (outono de 2013) e como produto do convênio entre a Universidade Nacional de Defesa dos Estados Unidos (NDU) e o Colégio Interamericano de Defesa, o convênio permitiu que alunos da NDU assistissem cursos eletivos oferecidos no CID e ao mesmo tempo deu a oportunidade aos alunos do CID assistissem matérias eletivas oferecidas na NDU. Três matérias eletivas foram oferecidas nas instalações do CID, uma delas dirigida por instrutores do CID e duas por instrutores da NDU. As viagens complementarias ao programa acadêmico anual procura enriquecer os conhecimentos adquiridos pelos alunos na sala de aula, dando a eles experiências e informação geral de primeira mão na região e dando a eles a oportunidade de estabelecer um contato direto com altos oficiais de governo e do setor privado. No primeiro semestre os alunos da Turma 52 visitaram Chile, Peru e Panamá, enquanto que no segundo semestre os alunos da Turma 53 visitaram entidades de governo e do setor privado no país anfitrião viajando para Colorado Springs (Colorado), Miami e Key West (Florida). 4) Seminários Os seminários do CID oferecem a oportunidade de receber peritos externos para que participem com os alunos na análise de temas de maior transcendência em matéria de segurança regional. Estes eventos de enfoque prático estão dirigidos a permitir que os países e as pessoas que não possam assistir o curso durante todo o ano letivo, tenham a oportunidade de aprender e contribuir à experiência acadêmica do CID. Para a Turma 52, foram contemplados três (3) seminários de caráter estratégico e de impacto hemisférico, relacionados com o conceito de segurança multidimensional, temas como emergências complexas, desastres naturais, operações de manutenção da paz, direitos humanos e direito internacional humanitário foram abordados por peritos do CID, do hemisfério ou de entidades associadas, como o Seminário de Operações de Manutenção da Paz conduzido pela Academia de Defesa do Canadá. Não pode deixar de mencionar-se o êxito alcançado com o seminário sobre Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário que abordou os desafios, especialmente os jurídicos, mais comuns a nível regional enfrentados pelos oficiais militares, policiais e funcionários civis. 5) Programa de Pesquisa Acadêmica do CID Durante o primeiro semestre de 2013, no período letivo da Turma 52, continuou aplicando-se a metodologia de estudo prospectivo utilizada pelas Forças Militares do Brasil na Escola Superior de Guerra do país, com o sistema PUMA no hardware do CID. Este programa facilitou o estabelecimento dos cenários exploratórios e 39 normativos nos trabalhos de Estudo de País assim como os dos Comitês, da mesma forma a implementação das políticas e estratégias de segurança e defesa. Deve mencionar-se também o avanço dado ao fortalecimento das capacidades técnicas de pesquisa com relação às turmas anteriores, produto da utilização de novas técnicas aprendidas na oficina de pesquisa e redação, o que pode evidenciar-se na qualidade dos trabalhos apresentados pelos alunos sobre temas atuais do programa acadêmico tais como as Relações Civis e Militares, Relações Internacionais, Instituições Internacionais, Lógica Estratégica, Política Econômica Internacional, Meios de Comunicação e as Forças Armadas, o Sistema Interamericano, a Arte da Negociação e Políticas de Defesa. Estes trabalhos são apresentados ao longo do ano letivo e passaram a ser um valioso ativo de análise e aplicação. O Estudo de País realizado pelos alunos da Turma 52 foi feito seguindo a metodologia prospectiva antes mencionada, com grupos de 12 alunos. Foram considerados os seguintes países: Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos da América, Honduras, México, Paraguai, Peru e Uruguai. Dos estudos apresentados foram extraídos diagnósticos por país para os próximos dez anos, como ferramenta para estabelecer possíveis cenários e determinar, como foi feito, três políticas de defesa e duas políticas de desenvolvimento, cada uma com três linhas de ação estratégica. Para o desenvolvimento dos Comitês, foi feito um trabalho de análise das regiões mundiais: Ásia-Pacífico, Oriente Médio e Próximo, Europa, Eurásia e Ásia Central e África Sub-saariana, dos quais obtiveram-se as possíveis fortalezas e ameaças de cada região com influência para o hemisfério ocidental. Nos Comitês II e III foi feita a análise geopolítica das seguintes áreas do hemisfério: América do Norte, América Central e Insular, Região Andina, Amazonas e Cone Sul, onde cada grupo de trabalho devia estabelecer políticas de Defesa e Segurança. Os trabalhos realizados durante os três comitês, além de aperfeiçoar as técnicas de pesquisa, metodologia prospectiva e aumentar os conhecimentos dos alunos, serviram como base para o trabalho final de Estudo País. 6) Atualização do Programa Acadêmico Produto do esforço de modernização, o CID atualizou o Programa Acadêmico orientando-o a passar de um Curso de Post-graduação a um Mestrado com o credenciamento do sistema educacional do país anfitrião. Para isso foi transformada a estrutura organizativa do Departamento de Estudos, incorporando um corpo docente permanente, conformado por peritos de diversos países do hemisfério. A atualização do Programa Acadêmico (considerando o objetivo de formar assessores de alto nível em defesa e segurança, orientados ao sistema interamericano), consistiu na revisão de todos os programas de estudos, a revisão e modernização dos regulamentos e adaptação de uma nova metodologia didática para as aulas. A atualização do Programa Acadêmico, descrito no parágrafo anterior foi aplicada com a Turma 53 ao começar o ano letivo no início do segundo semestre de 2013 e teve um impacto direto positivo no desempenho acadêmico dos alunos. 40 7) Associados ao CID Como acontece em toda instituição acadêmica reconhecida, devem estabelecer-se convênios com organizações do mesmo caráter, com o nível suficiente à necessidade dos programas apresentados. Através destas organizações procura-se que os alunos fortaleçam suas competências, enriqueçam seus conhecimentos e recebam o mestrado. Em algumas destas organizações é necessário pagar a matricula, embora recebendo um tratamento especial produto dos convênios com o CID. Entre as instituições ativas durante a permanência da Turma 52 estão: 4. Academia Nacional de Estudios Políticos Estratégicos (ANEPE) Chile American University, School of International Service (AU-SIS) EUA American Public University (APU) EUA Canadian Defense Academy (CDA) Canadá Center for Hemispheric Defense Studies (CHDS) EUA National Defense University (NDU) EUA Universidade de Brasília (UnB) Brasil CONCLUSÕES Em 2013, a Junta Interamericana de Defesa continuou sua missão de prestar serviços de assessoramento técnico, consultivo e educativo em assuntos relacionados com temas militares e de defesa aos órgãos da OEA, organismos dependentes da Secretaria Geral e aos Estados Membros que solicitem, os quais devem informar ao Conselho Permanente com antecipação, através da Comissão de Segurança Hemisférica. O mencionado anteriormente possibilitou avanços em diferentes temas de interesse hemisférico, melhorando a interação com diversos organismos mediante um trabalho fluído com a Comissão de Segurança Hemisférica (CSH), a Secretaria de Segurança Multidimensional (SSM) e outros organismos da OEA, respondendo ao planejamento em andamento, aos requerimientos da OEA, à pedidos dos Estados Membros e de organizações afins à natureza e propósitos da Junta Interamericana de Defesa. Nesse contexto a JID, em sua totalidade, continuou orientando seu trabalho e adaptando suas tarefas segundo a cambiante situação geoestratégica do hemisfério, e em especial, à luz das ameaças tradicionais e não tradicionais que afetam constantemente os países das América, como entidade de assessoramento para a OEA e componente chave no Sistema Interamericano de Defesa, que procura ter seu espaço, explorando as oportunidades que brinda o organismo superior para cooperar e alcançar o bem comum, em sus tarefas específicas. O ano passado, a JID comemorou 71 anos de existência fazendo frente ao presente com uma série de desafios e oportunidades que lhe outorga a Organização de Estados Americanos e seus Estados Membros, constituindo um importante antecedente para continuar desenvolvendo as funções de apoio e cooperação, em conformidade com seu Estatuto, para os países do hemisfério. Sem dúvida, o fato fundamental que marcou a forma importante de analisar o passado, desenvolver o presente e planejar o futuro, o constitui a visão estratégica do atual 41 Secretário Geral da OEA, a qual enfatiza a intenção de melhorar a eficiência no desempenho das funções dos órgãos que a articulam, elaborando os trabalhos inerentes à discussão dos temas que interessam ao hemisfério, constituindo a essência do organismo. Destaca-se entre isto, o incremento das relações de trabalho, cooperação e apoio mútuo estabelecido com a CSH e a SSM da OEA, assim como com outras organizações hemisféricas e sub-regionais de defesa e segurança, incluindo a Conferência de Ministros de Defesa das Américas (CMDA), a Conferência das Forças Armadas Centro-americanas (CFAC), a comunidade do Caribe (CARICOM), o Conselho de Defesa Sulamericano (CDS), a Conferência Naval Interamericana (CNI), a Conferência de Exércitos Americanos (CEA) e o Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA). O CID, por sua parte, em 2013, continuou trabalhando para conseguir o credenciamento que permita outorgar o seu próprio diploma de Mestrado em Estudos de Segurança e Defesa. Junto com o país anfitrião, o CID começou a fazer melhoramentos muito necessários às instalações e está explorando a forma de aumentar a capacidade dos alunos. Dado que os assuntos de defesa e segurança continuam evolucionando, o Colégio Interamericano de Defesa mantém uma posição única para proporcionar educação profissional crítica para os líderes chave no Hemisfério Ocidental. De cara ao presente e ao futuro, o debate na CSH sobre o SID oferecerá uma excelente oportunidade para examinar e fortalecer a posição global da JID e potenciar sua contribuição neste sistema, congruentemente com a visão e a missão da Junta Interamericana de Defesa em quanto à cooperação no âmbito da defesa, da promoção da paz e da segurança nas Américas. WASHINGTON, D.C., 01 de março de 2014 __________________________________________________________________ Vice Almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior Diretor Geral Junta Interamericana de Defesa 42 ANEXO N° 1 Atividades do Presidente do Conselho de Delegados 1. Atividades do Tenente General Guy Thibault (01 janeiro a 30 de junho de 2013) A agenda do Presidente do Conselho de Delegados foi altamente dinâmica e sempre procurando gerar condições favoráveis para melhorar as relações institucionais e posicionar à JID no âmbito hemisférico, como um componente do Sistema Interamericano. O detalhe dessas atividades constam a continuação: a. Reuniõnes con líderes da OEA – – – – – – – – – – b. Embaixador J.M. Insulza, Secretário Geral. Embaixador Karran, Presidente do Conselho Permanente da OEA. Embaixador Culham, Representante do Canadá ante a OEA. Embaixador Arturo Vallarino Bartuano, Representante do Panamá ante a OEA. Embaixador D. Paya, Representante do Chile ante a OEA. Embaixador D. Brutus, Representante do Haiti ante a OEA. Embaixador W. Alban, Representante do Peru ante a OEA. Embaixador C. Lomellin, Representante dos Estados Unidos da América ante a OEA. Embaixador Méndez, Ex Presidente da CSH da OEA. Secretário Adam Blackwell, Secretário de Segurança Multidimensional. Reuniões com autoridades externas – – – – – – – – Presidente da República do Paraguai Dr. Luis Federico Franco Gómez. Diretor de Relações Exteriores do Peru, Embaixador Mario Chavarri López. Presidente da CSH, Embaixador Bayney Kamam. Diretor do Centro de Estudos Hemisféricos de Defesa, Ph.D. Richard D. Downie. Presidente do Diálogo Inter-Americano, Michael Shifter. Ministro de Defesa do Chile, Sr. Rodrigo Hinzpeter K. Sub-Secretário de Defesa dos EUA, Dr. Frank Mora. Presidente e Comandante em Chefe das Forças Armadas da República do Paraguai, Dr. Luis Federico Franco Gómez. – Ministro de Defesa do Canadá, Sr. Peter Mackay. – Presidente do CARICOM, Dr. Neil Parsan. c. Apresentações do Presidente de la JID – – – – – OEA, CAAP, Washington (31 janeiro). CSH da OEA, (22 março). Conselho Permanente da OEA, (2 maio). Universidade Católica da República de Honduras (6 maio). Colégio de Defesa Nacional do México (9 maio.). 43 – XIII Curso de Altos Estudos Estratégicos do Comando Superior de Educação do Exército da Guatemala. (22 maio). – Instituto Nacional de Estudos Estratégicos, Simpósio, Washington, D.C. (22 maio.). – Simpósio “As FF.AA. e sua participação em tarefas de Segurança Pública e Desenvolvimento” (21-22 maio). – Academia Nacional de Estudos Políticos e Estratégicos (ANEPE) do Chile (27 junho). d. Participação do Presidente do Conselho em conferências hemisféricas e regionais – Reunião TELECON com as Forças Canadenses CMDA (6 janeiro). – Viagem do General de Divisão Ríos a Honduras para a troca de mando e reunião do Conselho Superior da CFAC (31 de janeiro a 1 de fevereiro). – Canadian CDS GOFO Seminário em Ottawa (11-13 fevereiro). – Conferência em Ottawa sobre Segurança e Defesa. – CENTEC no Panamá (Assistiu o Comissionado Pinzón em representação da JID.) – (15 a 19 abril). – Estado Maior Conjunto dos EUA dialoga com Peru (XI CMDA Secretaria Pro Témpore). – XII Conferência regional das Américas em Curação (3 junho). – 43ºAssembleia Geral da OEA em Antígua, Guatemala (4 a 5 junho). e. Viagens do Presidente do Conselho de Delegados – Viagem a Peru para coordenar apoio da JID à XI CMDA (25 abril). – Viagem ao Paraguai a reunir-se com o Ministério de Defesa desse país (28 abril). – Viagem a Venezuela para a Conferência Regional das Américas (3 junho.). 2. Atividades do General de Divisão Werther Araya Menguini (01 de julho a 31 de dezembro de 2013) A agenda do General de Divisão Araya foi igualmente dinâmica e constante. Em todas as atividades nas quais participou, transmitiu mensagens sobre a JID, destacando o valor e a relevância das funções que realiza, em conformidade com o seguinte: a. Reuniões com líderes da OEA – – – – – – – – Embaixador J.M. Insulza, Secretário Geral. Embaixador Bayney Karrán Presidente do Conselho Permanente da OEA. Embaixador W. Alban, Representante do Peru ante a OEA. Embaixador Rodrigo Vielmann de León, Representante da Guatemala ante a OEA. Embaixador M. Salvador, Representante do Equador ante a OEA. Embaixador S. Vasciannie, Representante da Jamaica ante a OEA. Embaixador Álvaro Briones, Representante do Chile ante a OEA. Embaixadora Deborah Mae-Lovell, Representante de Antígua e Barbuda ante a OEA. 44 b. Reuniões com autoridades externas – Chefe do Departamento de Planejamento e Política das Forças Armadas da Suécia, General de Brigada Dennis Gyllensporre, (23-24 julho). – Coronel Colin Michael, Delegado de Trinidade e Tobago ante a JID e Representante da CARICOM. (25 setembro). – Dr. Duly Brutus, Presidente da CSH (7 outubro). – Cmdte. do Comando Sul, Tenente General John Kelly em Miami (11 outubro). – Chefe de Estado-maior do Exército do Peru, General de Divisão Felipe Aguilar Vizcarra (17 outubro). – Vice Ministro de Políticas para a Defesa, Sr. Mario Sánchez Debernardi e Embaixador Mario López Chavarri, Diretor de Relações Exteriores do Ministério de Defesa do Peru XI CMDA (18 outubro). – Secretário de Defesa Nacional do México, Tenente General Salvador Cienfuegos Zepeda (23 outubro). – Presidente da Fundação Interamericana de Defesa GDD John Smith (4 novembro). – Ministro de Defesa do Chile, Sr. Rodrigo Hinztpeter Kirberg (novembro). c. Apresentações do Presidente do Conselho de Delegados da JID – – – – – – – – d. Escola de Formados em Altos Estudos Estratégicos da República Dominicana (26 julho.). Programa de Alto Mando da Escola de Guerra do Exército do Peru (27 setembro). Delegação da Argentina, Instituto CSIS, ASIS e FURP (30 setembro). CID, alunos da Turma 53 (10 outubro). CSH (12 setembro e 06 de dezembro). Instituto de Alto Estudos Estratégicos do Paraguai (29 outubro). Curso de Altos Estudos Nacionais do Peru (12 novembro). Curso de Altos de Estudos Estratégicos da Guatemala (25 novembro). Participação do Presidente do Conselho em conferências hemisféricas e regionais – XXVIII CFAC na Nicarágua (22 julho). – Seminário sobre Segurança e Defesa no Paraguai (31 julho). – XXX CEA México (22-25 outubro). e. Viagens do Presidente do Conselho de Delegados – Visita ao México ao aniversario da independência. (13 a 16 setembro). – Visita ao Peru para as coordenações da XI CMDA (18 outubro). 45