Convenção de Pequenos Grupos
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Convenção de Pequenos Grupos
Convenção de Pequenos Grupos 1 índice EXPEDIENTE ADMINISTRAÇÃO UNeB: Moisés Silva – Presidente Jadson Rocha – Secretário Flávio André Santos – Tesoureiro COORDENAÇÃO: Pr. Carlos Augusto ARTE E DIAGRAMAÇÃO: Neide Lima CAPA: Divisão Sul-Americana 03 Editorial 04 Uma vida de pastoreio 06 Princípios para a multiplicação 08 Sou Coordenador de PG, e agora? 12 Os Pequenos Grupos e as ações de compaixão 16 Invista no líder associado 18 PG My Style - Um Novo Jeito de Viver em Comunidade 22 Integração Unidade de Ação e Pequenos Grupos 26 Planejamento e atividades dos PG’s 28 Projeto Líderes de Esperança 26 O gerenciamento eficaz Editorial “Alguns Líderes creem que, se encherem uma vez os baldes de visão das pessoas até o topo, eles permanecerão cheios para sempre. Mas a verdade é que os baldes têm buracos em seus fundos. E, como consequência, a visão vaza.” Bill Hybels Líderes de Esperança da União Nordeste Brasileira! Pr. Carlos Augusto Min. Pessoal – UNeB C omo líder de um pequeno grupo, quantas pessoas você acredita que pode efetivamente liderar, pastorear e discipular? Oito? Dez? Vinte? Deixe-me fazer essa pergunta de outra forma: Se você deseja dar frutos, frutos que permaneçam... se você deseja ver transformação real na vida das pessoas... se você deseja ver pessoas se tornando líderes de forma que você possa multiplicar seu ministério... em quantas pessoas você consegue investir a sua vida? O melhor líder de pequeno grupo de todos os tempos formou uma pequena equipe que por fim mudaria o mundo. Mas, primeiro Jesus chamou dois grupos de irmãos para caminharem com Ele: Simão Pedro e André, Tiago e João. Três destes homens (Pedro, Tiago e João) tornaram-se o círculo íntimo de Jesus. Jesus derramou sua vida nestes três homens, investindo neles e servindo de exemplo de uma vida rendida ao Pai. Ele levou estes três consigo para orar e curar, eles estavam com Ele quando foi transfigurado. Ao mesmo tempo em que Jesus não ignorava os outros apóstolos ou seguidores, ele dedicou tempo e atenção extra a esses três. Ele intencionalmente os discipulou e transformou em líderes. Esta revista foi preparada para que você possa ter uma visão de que formar lideres é indispensável para a manutenção e ampliação do Reino de Deus em nosso território. Sendo assim, você encontrará nela diversos artigos que o ajudarão a manter este foco. Convenção de Pequenos Grupos 3 UMA VIDA DE PASTOREIO 4 Convenção de Pequenos Grupos Q uem nunca enterneceu o seu coração com alguma ilustração ou desenho que exalte a Cristo como Pastor? Essa imagem geralmente extraída de João no capítulo 10 onde Ele descreve a Si mesmo como Pastor sem dúvida é impactante em especial pela sensação de segurança que ela transmite. Aliás, a imagem do pastor relacionada a Deus não é uma novidade do Novo Testamento. Não é por acaso que o Salmo 23, onde Deus é descrito como pastor, “O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. ” Salmo 23:1 é um dos mais apreciados e lidos dentro e fora do cristianismo. Não estaria essas predileções ligadas a algo da necessidade humana de pastoreio? Jesus e Sua vida de pastoreio Em geral definimos a vida de um pastor de ovelhas da seguinte maneira: “O pastor é aquele que cuida, apascenta, alimenta, protege, disciplina, consola e restaura” Hernandes Dias Lopes, entre outras coisas. Ao examinarmos os evangelhos não é preciso ir muito longe para encontrarmos representados em Cristo e em grande escala cada aspecto da vida pastoral. Não importa se na coletividade ou no auditório de uma só pessoa, a compaixão inerente de Cristo levava-O a cuidar de todo coração machucado pelos reveses da vida. Parece que para Cristo a imagem da ausência de cuidado pastoral, descrevia bem a dor humana “Vendo ele as multidões, compadeceuse delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor. ” Mateus 9:36. Ele era a própria resposta a todos os anseios humanos e Sua vida foi de intenso e integral pastoreio. Na descrição de E. G. W “Jesus é o Bom Pastor. Cuida de Suas ovelhas fracas, enfermas e desgarradas. Conhece-as todas pelo nome. Toca-Lhe o coração cheio de compassivo amor a aflição de toda ovelha e todo cordeiro de Seu rebanho, e chega-Lhe ao ouvido o brado de socorro. ” Testemunhos seletos II, 115. Por isso era natural as multidões o acompanharem (Mateus 8:1) porque além do poder manifestado na Sua vida, Ele era um amparo incansável para suas dores. Ele nunca estava cansado o suficiente para negligenciar a dor de alguém até mesmo na cruz Ele encontrou tempo para isso (João 19:25-27). O pastoreio também é uma Comissão de Cristo A cena de Jesus e Pedro descrita em João 21 é comovente, mas não quero analisar o extravasamento da graça contido nesse texto, mas algo que Jesus ordena a Pedro “...Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. ” 21:15 Jesus sabia quanta dor encontrou residindo no coração humano e que essa dor não seria extraída na Sua primeira vinda, então de forma pedagógica Jesus ensina aos que O representariam que o pastoreio vivenciado por eles deveria ser reproduzido no rebanho posteriormente acrescido. O pastoreio tem alguns aspectos básicos, entre eles eu destacaria cinco: 1. Proximidade - não há pastoreio sem proximidade (nem sempre geográfica) devemos fisicamente ou “Jesus é o Bom Pastor. Cuida de Suas ovelhas fracas, enfermas e desgarradas. Conheceas todas pelo nome. Toca-Lhe o coração cheio de compassivo amor a aflição de toda ovelha e todo cordeiro de Seu rebanho, e chega-Lhe ao ouvido o brado de socorro. ” Testemunhos seletos II, 115. por meio das tecnologias (que as vezes mais afastam que aproxima) nos manter próximos das pessoas. 2. Atenção - nem sempre poderemos suprir questões externas ou materiais dos que nos rodeiam, mas ser atencioso não nos onera em quase nada. 3. Direcionamento - com as ferramentas certas (dependência de Deus e a bússola infalível que é a Palavra de Deus) podemos redirecionar através do pastoreio a vida de alguém e nem sempre será no aspecto espiritual. 4. Ação - não fique só no discurso, seu pastoreio será eficiente com demonstrações reais, palavras ajudam, mas há momentos que elas não serão suficientes, então experimente estender o braço. 5. Tempo - dedique uma fatia do seu tempo, isso tem peso de ouro na vida daqueles que você se propôs a pastorear. Jesus nos desafiou em muitos aspectos e sem dúvida A Grande Comissão (Mateus 28:18-20) merece destaque, mas a ordem de pastorear dada a Pedro não seria de alguma forma um lembrete que nós não deveríamos ganhar pessoas e após elas entrarem nas estatísticas as abandonarmos? Jesus deseja um serviço completo e o pastoreio faz parte dele, pois o sonho de Cristo vai além dos frutos “...para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça...” João 15:16 pastoreio é sem dúvida um elemento fundamental para permanência das pessoas ao lado de cristo. Esse apelo feito a Pedro sem dúvida nenhuma é estendido a nós, e o ambiente de Pequenos Grupos é uma oportunidade de exercemos isso. O mundo não cabe em nosso braço (nem Deus nos pediu isso), mas se dois ou três, ou um pouco mais, for nos confiado a cuidar, façamos com esmero. Não podemos recolher os cacos do mundo, mas um Pequeno (mundo) Grupo perto de nós, que tal o tornarmos melhor? Avance! Você não estará sozinho nessa obra. Pr. Paulo Fernando MIPES - APe Convenção de Pequenos Grupos 5 PRINCÍPIOS PARA A MULTIPLICAÇÃO O Pequeno Grupo é um organismo vivo; e como tal, precisa reproduzir-se ou multiplicar-se para dar sentido à existência. O desejo de Deus é que a sua igreja esteja em contínuo processo de crescimento. A igreja primitiva viveu esse princípio e percebeu que “crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava o número de discípulos” (Atos 6:7). Satanás teme que a família de Deus aumente. Ele fica feliz ao ver-nos “esquentando os bancos” da igreja, olhando uns para os outros, porém, quando desenvolvemos estratégias e compartilhamos a meta de implantar um “farol” do evangelismo na rua de cada bairro das cidades, o inimigo se treme. Jesus estabeleceu sua igreja para derrubar as portas do inferno (Mat. 16:18) e todas as vezes que multiplicamos pequenos grupos através da evangelização e discipulado na igreja estamos avançando contra as forças do mal. 6 Convenção de Pequenos Grupos O Pastor Joel Comiskey, um estudioso do crescimento de igreja em células em todo o mundo disse que se você quiser saber como as igrejas crescem, estude igrejas em crescimento. Ele estudou 8 igrejas que vivem em celulas e que crescem em todo o mundo, em cada igreja ele passou 8 dias e intrevistou mais de 700 líderes preenchendo um questionário de 29 perguntas. As perguntas eram destinadas a saber o porque de alguns líderes conseguirem multiplicar os seus pequenos grupos atraves da evangelização e outros não. Algumas das conclusões deste estudo são bem interessantes e gostaria de compartilhar. Vejamos aqui alguns fatores que determinam a multiplicação saudável dos pequenos grupos: 1. O tempo devocional do líder Os líderes que investem 90 minutos ou mais em devoção diária, multiplicam os seus grupos duas vezes mais do que aqueles que investem menos do que 30 minutos por dia. “O que ensina a Palavra precisa, ele próprio, viver em consciente e contínua comunhão com Deus pela oração e estudo de Sua Palavra; pois nela está a fonte da fortaleza. A comunhão com Deus comunicará aos esforços do pastor um poder maior que a influência de sua pregação.” EGW, Atos dos Apostolos, p. 362 A relação entre multiplicação e o tempo que o líder investe com Deus é clara. É no poder da presença de Deus que os grandes milagres acontecem. O Senhor é que dá o crescimento, não os nossos métodos, planejamentos, temos que manter comunhão com Deus para ele nos revelar os seus planos de cresimento. “O Coração do homem pode fazer planos mas a resposta certa dos lábios do Senhor vem.”(Prov. 16:1) 2. A intercessão do líder do grupo pelos membros do grupo O líder que tira tempo para orar diariamente pelos membros do seu pequeno grupo tem maior probabilidade de vivenciar a multiplicação. “A oração é ordenada pelo Céu como meio de alcançar êxito no conflito com o pecado e no desenvolvimento do caráter cristão. As influências divinas que vêm em resposta à oração da fé produzirão na alma do suplicante tudo o que ele pleiteia.” EGW, AA, p. 564 Dos muitos fatores estudados, o que tem o maior efeito sobre a multiplicação do pequeno grupo é quanto tempo o líder gasta orando por seus membros. 3. Estabelecimento de Alvos O líder deve fixar alvos com seus liderados e repeti-los constantemente de modo que cada membro recorde. Fixar alvos claros aumenta em 75% as chances de multiplicação. Alvos de oração intercessoria, pelos membros e pelos amigos a serem visitados ,pelos estudos bíblicos, alvo de batismo. Pode ser feito um banner com os alvos do PG e toda reuniao o líde pode usar este banner para fixar na mente dos membros seus alvos. 4. Estabelecer a data da multiplicação Líderes de pequenos grupos que estabelecem datas específicas para trazer à vida um novo pequeno grupo tem multiplicado com mais frequência do que os sem alvos. O líder deve deixar os membros sientes de que está é razão de ser do seu pequeno grupo. No planejamento anjual deve ser contemplado uma data para mltiplicação de preferencia no último trimestre do ano, com uma linda festa previamente planejada com os membros. 5. Preparo de Novos Líderes em mente que para multiplicar ele deve preparar um novo líder. O líder associado é a pessoa chave, ele deve ser treinado pelo líder de PG de modo a ter consciencia que irá assumir em breve o novo PG que irá surgir. Todas as reuniões de treinamento ele deve estar, todo encontro – deve ser a sombra do Líder, para aprender com seu exemplo a vida em comunidade e ser motivado a liderar o novo pequeno grupo. 6. Estímulo no PG para convidar amigos Os membros do pequeno grupo devem ser constantemente estimulados a trazer seus amigos para as reuniões. “Deus espera um serviço pessoal da parte de todo aquele a quem confiou o conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir como missionários para terras estrangeiras, mas todos podem, na própria pátria, ser missionários na família e entre os vizinhos” S.C. Pg 09. Para multiplicar, o grupo tem que ter em mente o princípio da evangelização. O número reduzido de visitas num pequeno grupo é um indicativo de que algo urgente deve ser feito, se não esse grupo terá grande dificuldade para se multiplicar e logo, de sobreviver. 7. Encontros sociais O pequeno grupo que promove seis ou mais encontros sociais por mês, tem mais probabilidade de se multiplicar. Algumas idéias de encontros sociais: } Jantar de amizade; } Almoço no sábado; } Planeje um piquenique com seu grupo; } Visitar alguns membro com o grupo todo; } Fazer o pôr-do-sol juntos; } Realizar comemorações dos aniversariantes do mês... 8. Cuidado Pastoral Visitação regular do líder aos membros ajuda a consolidar seu grupo. O líder deve visitar todos os membros pelo menos uma vez por semestre. Lembrado que está visita deve ser puramente espiritual. O assunto deve ser cristão, nada de falar de futebol, da vida dos outros irmão ou de assuntos triviais da vida. Você é o pastor deste irmão e deve orar por ele, e mostrar interesse por seus problemas. Conclusão: São oito princípios : 1. O tempo devocional do líder, 2. A intercessão do líder do grupo pelos membros do grupo, 3. Estabelecimento de Alvos, 4. Estabelecer a data da multiplicação, 5. Preparo de Novos Líderes, 6. Estímulo no PG para convidar amigos, 7. Encontros sociais, 8. Cuidado Pastoral. Mas Lembrem-se: } Se o grupo não permanece pequeno, ele perde sua eficácia e sua habilidade de cuidar das necessidades de cada membro. } Do ponto de vista prático, o pequeno grupo deve se multiplicar para manter sua eficácia na evangelização. } Um grupo saudável deve se multiplicar pelo menos uma vez por ano. Mas, vale salientar que o grupo pode se multiplicar quantas vezes for necessário, dependendo da saúde do grupo e não do seu número de membros. Pr. Nilton Lima MIPES MPI Adapatado do Livro Crescimento Explosivo da Igreja em Células de Joel Comiskey. O líder de pequeno grupo deve ter Convenção de Pequenos Grupos 7 SOU COORDENADOR DE PG, E AGORA? 8 Convenção de Pequenos Grupos E spero que você ao receber esse convite tenha feito essa pergunta. Por que é importante fazê-la? Simplesmente porque ela revela interesse e desejo de cumprir esta função. Cada coordenador deve ter a convicção de que foi Deus quem o chamou para esta nobre e relevante tarefa. Na estrutura de pastoreio e capacitação aos líderes de Pequenos grupos, o coordenador se destaca como um agente essencial. O acompanhamento dos novos líderes deve ser uma tarefa contínua e efetiva. O coordenador deve oferecer esse atendimento e provisão ao líder, e neste ciclo do discipulado, ele deve ensinar acompanhando, pastoreando e capacitando os seus respectivos lideres dos pequenos grupos. Muitas vezes há um exaustivo investimento na implantação, e terrível negligência no acompanhamento, gerando fracasso no processo. Lembre-se que a comunidade não acontece automaticamente. O líder será o reflexo da ação do seu coordenador, com raras exceções. O que queremos ressaltar é que o líder só irá entender a importância desse cuidado pelos seus membros do PG, caso ele receba esta mesma ação do coordenador. A partir daí nascerá a paixão por essa maravilhosa estrutura de atendimento pastoral orientada por Deus. O Foco do coordenador deve ser o líder. Para que esse foco seja mantido, sugere-se que uma igreja que possui uma boa quantidade de pequenos grupos poderá distribuí-los por mais de um coordenador, nasce desse pensamento uma nova nomenclatura, a do supervisor, que deve cuidar de até 4 lideres e deve exercer o mesmo papel do coordenador, e nesse caso excepcional de uma igreja nesta característica, o termo coordenador irá para o principal responsável do projeto após o pastor. Entendendo que o estabelecimento do protótipo é um dos mais eficazes métodos na formação dos novos líderes, os membros desse protótipo precisarão sempre de conselhos, exemplo, orientações e pastoreio do seu líder do pequeno grupo protótipo, que a partir desse momento deve assumir a função de seu coordenador. O primeiro passo a ser seguido é continuar com as reuniões do protótipo, que passarão a ser chamadas de encontro de líderes, ressaltando que nessas reuniões contínuas só devem participar os líderes que passarão a liderar um pequeno grupo. A Origem Bíblica da Função do Coordenador Somos sempre levados a pensar que, porque há um projeto ou visão desenvolvida promovida pela igreja, a origem vem da ação da própria igreja. Rejeitamos o elementar, o básico e o obvio, quando pensamos assim, porque rejeitamos toda fundamentação bíblica que respalda essa visão. Com a função do coordenador na estrutura e rede de Pequenos grupos não é diferente. Essa visão, cuja função do coordenador está inserida, tem como fonte a palavra de Deus. E não deve haver maior motivação, do que esse entendimento. A Base do nascimento dessa visão vem da narrativa de Êxodo 18:13-27, vindo do conselho de Deus por intermédio de Jetro, sogro de Moisés. Nele podemos ver naturalmente, a necessidade de encontrar “homens dentre o povo, homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza, põenos sobre eles chefes... “ vejam caros coordenadores, quem vocês são e de onde vieram. Desse exemplo bíblico podemos vislumbrar todas as esferas da liderança que guiaria o povo para Canaã. Esse modelo perdura em Israel com Moisés, Josué até o período da monarquia, regime que substitui a Teocracia, pela permissão de Deus que não condizia com a sua vontade. Cristo resgata essa estrutura de liderança devolvendo o modelo do protótipo dos 12. Berckham ressalta que no ministério de Jesus, ele estabeleceu e escolheu intencionalmente líderes que cuidariam de outros líderes. A conclusão de Berckham pode ser vista abaixo: }Dois eram inovadores; }Três formaram seu círculo íntimo; }12 foram seus líderes –chaves; }70 compreendiam sua rede de apoio; “Paulo pregou às multidões, nas sinagogas, nas praças públicas, em qualquer lugar onde podia alcança-las; não foram as multidões, mas foram os pequenos grupos de pessoas na Galácia, em Filipos, em Corinto, com quem Paulo vivia e trabalhava por vários meses consecutivos, que se tornaram o fundamento das igrejas mediterrâneas” (Raines, New Life in the Church, p. 78). Convenção de Pequenos Grupos 9 }120 tornaram-se sua primeira congregação-base; }3.000 e 5.000 foram os convertidos. Seguindo na época das epístolas, é visível que Jesus edificou sua igreja da mesma maneira que ele a edificou nos evangelhos. Jesus derramou sua vida e tempo nesses líderes-chaves. Eles formavam sua comunidade básica por meio da qual ele prepararia futuros líderes”. (Beckham, William, A Segunda Reforma, p. 175). Robert Raines afirma que Paulo segue o mesmo modelo e estratégia ao comparar com o que Jesus fez. Raines afirma: Jesus não pregava às multidões, mas a esse grupo de homens que se tornaram o fundamento da igreja primitiva. Paulo pregou às multidões, nas sinagogas, nas praças públicas, em qualquer lugar onde podia alcança-las; não foram as multidões, mas foram os pequenos grupos de pessoas na Galácia, em Filipos, em Corinto, com quem Paulo vivia e trabalhava por vários meses consecutivos, que se tornaram o fundamento das igrejas mediterrâneas” (Raines, New Life in the Church, p. 78). 10 Convenção de Pequenos Grupos O Coordenador e suas Funções Essenciais Queremos destacar de forma prática seis principais ações ou atividades que compõem a responsabilidade do coordenador. Segue: 1. Estabelecer encontros sistemáticos e pontuais com os seus líderesEsses encontros não podem ser opcionais. Antes deles algumas atividades se destacam na ação do coordenador, dentre elas: Orar pelos seus líderes, e visitá-los em suas residências. Nesse encontro, deve ser comunicado que você, caro coordenador, tem orado por eles. Diga para eles, que assim como você tem feito, eles devem fazer o mesmo com os membros de seu pequeno grupo. No dia do encontro marcado, deve o coordenador ligar para cada um deles, confirmando presença e incentivando o comparecimento. 2) Seja um provedor dos materiais e eventuais necessidades para que cada pequeno grupo funcione bem- Isso implica em se preocupar com cada aspecto da reunião, não esqueça de falar do obvio. Averigue se há lições para todos, se o DVD de música está com eles, e se cada detalhe que fará do encontro um maravilhoso momento, está preparado. 3. Averiguar e capacitar a dinâmica e execução das partes da reuniãoNesse ponto deve ser salvaguardado a essência da comunidade. A reunião do pequeno grupo não pode ser um miniculto congregacional, mas um ambiente de comunidade, onde vidas se entrelaçam baseadas em um vínculo de total confiança. O momento do estudo, não pode ser suprimido, mas não pode ser engessado e radicalmente conduzido. 4. Orientar cada líder a planejar as atividades de Cada Pequeno grupo baseado nas necessidades- É imperante proteger essa ação, para que cada Pequeno grupo tenha sua identidade e estabeleça atividades relevantes para cada membro do pequeno grupo. (Para melhor compreender esse item sugiro o artigo: Como planejar as atividades do PG que está no seguinte endereço eletrônico: http://dowloads.adventistas.org/pt/ ministerio-pessoal/manuais-e-guias/. Boletim-de-gerenciamento-de-pg-feve- reiro2016/. Nele há orientações detalhadas para essa importante tarefa. 5. Definir e planejar com os líderes o cronograma das reuniões dos PGS e dos encontros de líderes- É importante nortear e proteger as datas, o local e horário desses dois cruciais encontros que sustentará a estrutura. Essa rede é um organismo vivo, que precisa ser cuidada e mantida, e para tal, os encontros são essenciais para esse propósito. O coordenador da igreja local (ou supervisores) devem ter um encontro semanal (ou quinzenal) com seus lideres de PGS para: Oração, estudo de um livro (questões espirituais ou sobre a funcionalidade dos PGS) atividades sociais, troca de experiências e etc. Há uma interessante pesquisa com 517 líderes, supervisores e coordenadores relatada pelo Pr Edmar Sena que respalda essa ação. “Nela se descobriu que os líderes que participaram da reunião regular da liderança que aconteciam semanal, quinzenal ou mensal se multiplicam 74,4% mais rápido do que aqueles que não se reuniram ou se reuniam esporadicamente” (Edmar Sena, Jeito Fácil, p.69). 6. Demonstrar Apoio Incondicional e Total interesse no Líder- Cada líder deve ver em seu coordenador um esteio, um apoio e um ombro amigo. Isso não tem formula. Essa ação é exercida pelo coração e fraterno amor cristão. Cada líder deve ver que o interesse do coordenador não está no resultado da estrutura, mas nele e em cada membro do seu pequeno grupo. Somente dessa forma a estrutura será salvaguardada, e a confiança desenvolvida. O Coordenador e sua principal Função: Pastorear O coordenador equipa, capacita, mas principalmente pastoreia o líder do pequeno grupo. Quando ele cuida do líder, ele alcança os membros do pequeno grupo. Sua ação é refletida na ação do líder. Os seus encontros com os líderes devem ser constantes e efetivos. Esses encontros devem ser formais e informais. O encontro formal com o líder ocorre no último sábado de cada mês, e o coordenador vai munido para o seu encontro mensal com o pastor no primeiro sábado do mês, proporcionando o necessário gerenciamento. Assim como o encontro formal; o informal é sumamente importante, porque nele a confiança e a amizade entre o coordenador e o líder são desenvolvidas. Devemos lembrar que nesse encontro informal, o coordenador e o líder que comem juntos e podem participar de algum lazer, também devem investir na oração e estreitarem juntos a comunhão com Deus. Há em toda a Bíblia e principalmente no Novo Testamento exemplos claros do papel do coordenador como pastor. No velho testamento destacamos Elias coordenando e preparando Eliseu e no Novo dentre os vários exemplos, destaca-se o de Paulo e sua relação com Timóteo. (Vejamos II Timóteo 1:3) A palavra pastor é um substantivo masculino que significa: guardador de gado 1. No Novo Testamento, esta palavra vem do grego poimen, que traz o sentido de: guardião ou mentor espiritual do rebanho de Cristo. “O dom de pastorear é a especial habilidade dada a algumas pessoas mais do que a outras, dentro do corpo de Cristo, para assumirem a responsabilidade pessoal pelo bem-estar espiritual de um grupo de crentes”. Caso contrário, o líder nunca sentirá o que propõem dar: o cuidado pastoral ao seu pequeno rebanho. Conclusão Caro coordenador, tenha a consciência que você foi chamado por Deus. Ele te dotou de qualidades únicas para ser líder de lideres, pastorear os pastores dos pequenos rebanhos. Sua função é bíblica, e suas tarefas essenciais não devem sobrepor-se a principal tarefa: Pastorear com o coração. A paixão deve aquecer o seu coração e incendiar a sua alma, porque você faz parte de um projeto de Deus. Não se pode deixar de salientar que você deve pagar um preço por essa função. Mas quem ama e quer, dá um jeito, e quem não quer, apresenta uma desculpa para não fazer. Veja o que Osvald Sanders diz: “Quando Deus descobre um homem que se conforma com suas exigências espirituais, disposto a pagar o preço integral do discipulado, Deus o usa no limite máximo, a despeito de suas falhas. Moisés, Gideão, Davi, Marlinho Lutero, João Weslwy, Adoniran Hudson, William Carey e muitos outros foram homens desse tipo”. (J. Osvald Sanders, Liderança espiritual, p. 12). Acredito piamente coordenador, que você é esse homem. Eu me reporto a pergunta desse artigo: Sou Coordenador de PGS e agora? A resposta é ‘mãos a obra”. Agora você já sabe como ser. O Senhor está contigo!!! Pr José Orlando Silva MIPES MISAL Diante das tarefas do coordenador para com o líder de equipar e capacitar, não devemos esquecer que o pastoreio deve ser prioridade, caso contrario o propósito de Deus ao estabelecer tal estrutura, não será alcançado. Caro coordenador, que a sua tarefa principal seja exercida, e que cada líder receba a capacitação, e sejam equipados, mas que acima de tudo, sejam cuidados, amados e enfim pastoreados. Convenção de Pequenos Grupos 11 OS PEQUENOS GRUPOS E AS AÇÕES DE COMPAIXÃO 12 Convenção de Pequenos Grupos Ellen White diz que “O método de Cristo é o único que trará verdadeiro êxito em alcançar o povo. O Salvador misturava-se com as pessoas como alguém que desejava o bem delas. Mostrava simpatia por elas, ministrava às suas necessidades e ganhava sua confiança. Então dizia: “Siga-me”. WHITE (2009, p. 143) É inegável que os Pequenos Grupos têm dado uma contribuição valiosíssima para o crescimento da igreja em todo o mundo. Essa estrutura favorece a participação de um pequeno núcleo de pessoas, que se interconectam em relacionamentos saudáveis. Nela, as pessoas tendem a ser mais dispostas a desenvolver as competências necessárias para tornar o próximo mais feliz. Além disso, nessa estrutura, as pessoas geralmente abraçam o desejo de cumprir a grande comissão dada por Cristo, que tem, em sua essência, a conquista de novos discípulos para o reino de Deus. Segundo Sjogren (2003), o Senhor gosta de ministrar onde há um pequeno grupo de pessoas (Mateus 18:20). Quando esses discípulos decidem abençoar a comunidade, o local onde estão reunidos se torna um espaço de luz. Em Seu ministério terrestre, Jesus treinou um grupo de doze homens. A despeito de suas personalidades diferentes, esses homens foram usados pelo Espírito Santo para realizar muitas coisas para Deus. Devemos concordar que Jesus criou a igreja a partir de um pequeno grupo de pessoas humildes. Quando as pessoas de um grupo pequeno não trabalham juntas, geralmente o grupo perde a motivação e acaba. As pessoas acabam consumidas pelos problemas interpessoais. Porém, quando existe um programa organizado de serviço à comunidade, a motivação volta. Nesse caso, surge um novo momento da agenda do grupo, em que se destina tempo para os testemunhos do trabalho realizado e de seu efeito benéfico. Isso traz alegria contagiante, o que resulta em satisfação geral (SJOGREN, 2003). Princípios para o PG servir a comunidade. Ellen White diz que “O método de Cristo é o único que trará verdadeiro êxito em alcançar o povo. O Salvador misturava-se com as pessoas como alguém que desejava o bem delas. Mostrava simpatia por elas, ministrava às suas necessidades e ganhava sua confiança. Então dizia: “Siga-me”. WHITE (2009, p. 143) Na parábola do bom samaritano, apresentada por Jesus em (Lucas 10:2535), podemos visualizar na prática a declaração de Ellen White e sua aplicabilidade para as ações dos PG’s diante da comunidade. O samaritano tomou várias atitudes importantes. Primeiro, ele viu o sofredor, atitude que foi passada por alto com o sacerdote e o levita. Uma de nossas preces ao Senhor é pedir que Ele nos dê uma visão clara de quem precisa da nossa ajuda. Segundo, ele deixou que a compaixão o movesse à ação. Por isso, resolveu também sofrer com ele. Não hesitou quanto aos perigos e perdas que poderia enfrentar para realizar a sua ação de bondade. Terceiro, resolveu se associar com o moribundo. Tocou-o e lhe sentiu a temperatura. Dedicou-lhe amor como ao próprio filho. Quarto, ungiu-o com óleo, que era utilizado nos tempos bíblicos como emoliente para os ferimentos, tendo na esfera espiritual, uma relação nítida com a pessoa do Espírito Santo. De fato, precisamos do Espírito para ungir os sofredores desse mundo. Quinto, derramou vinho nas feridas. O produto da vide tem propriedades an- tissépticas capazes de purificar partes do corpo contra a ação de bactérias e organismos estranhos. Na Bíblia, o vinho aponta para o sangue de Cristo (I Coríntios 11:25-26), o qual pode nos purificar dos pecados. Somos o vaso que leva o sangue purificador de Cristo àqueles que necessitam de ajuda Sexto, o samaritano transformou reflexão em ação, salvando o pobre homem, que é uma representação da humanidade sofredora. Dando continuidade ao seu ato inicial, pegou-o nos braços e o levou para um local seguro. O melhor lugar para qualquer pessoa que sofre é perto de Deus, e do corpo de Cristo, que é a igreja, que por extensão é o próprio PG. Sétimo, finalmente, entregou dois dinheiros para o hospedeiro, o que representa a provisão para os gastos que a recuperação do sofredor iria demandar. Uma coisa precisamos entender: as boas novas do evangelho são de graça, mas o evangelismo é pago, e necessita de recursos para ser realizado. O Senhor quer que participemos do plano da salvação, e convida a todos para que, de forma voluntária, façamos provisão para a salvação do nosso próximo através da doação de recursos financeiros, de tempo, dons, talentos e, se necessário, da própria vida. Podemos conjecturar que o homem sofredor, alvo da ação de compaixão do bom samaritano, ficou grandemente agradecido com o gesto de amor que o salvou, e esse sentimento o faria atender qualquer pedido feito pelo seu benfeitor. No caso em questão, não tem espaço para dúvidas de que as ações de compaixão abrem as portas do coração Convenção de Pequenos Grupos 13 para as verdades eternas que trazem salvação, é o convite, vem e Segue-me que precisa ser atendido por milhões a nossa volta e que deve ser proclamado por cada PG desejoso de salvar pessoas do pecado para o reino de Deus. A partir dessa assertiva, as palavras de João da Cruz, um frade do décimo sexto século, venerado como santo pelos católicos, de que “Missão é levar amor onde não tem amor” é uma grande verdade a ser seguida na ação dos pequenos grupos. (Priddy, M. & Roxburgh, A. 2010) Podemos realizar várias ações de bondade, como fazer doações em dinheiro, doar alimentos, ser voluntário em projetos de caridade, falar que estamos como um pequeno grupo atendendo as necessidades das pessoas, mas isto não significa que estamos amando. Amar é estar em relacionamento com os outros que não tem esse amor que a missão proclama, e esta ação pode exigir de nós mais do que imaginamos, é levar em nossos sentimentos aqueles a quem servimos com os atos de bondade, o que nos fará clamar ao senhor para ter a presença física dessas pessoas ao nosso lado, no círculo relacional do pequeno grupo. Levar amor onde não tem amor é mais do que convencer os homens a receberem uma oração, ou convidá-los a virem para a reunião do pequeno grupo, e sim estar disponível para eles nos momentos mais difíceis de suas vidas; este conceito 14 Convenção de Pequenos Grupos é definido nas palavras de Francisco de Assis, “pregue o evangelho a todo tempo, e se possível use palavras”. É claro que a missão exige a proclamação do nascimento, morte, ressurreição, e a segunda vinda de Cristo e as exigências da lei de Deus, contudo, para que a missão consiga o seu objetivo final, é necessário que vivamos na prática o que pregamos. A execução do programa Meu Talento, Meu Ministério através dos Pequenos Grupos Já imaginou uma comunidade de crentes que aceitaram o sacrifício de Cristo e foram beneficiados com dons e talentos outorgados pelo Espírito, dedicando de bom grado, esses dons espirituais para o bem da comunidade? Já pensou se o médico, o enfermeiro, o mecânico, o professor, o padeiro, o odontólogo ou qualquer discípulo de Cristo que tenha algum talento, decidisse dedicar algumas horas durante a semana para fazer alguém da comunidade feliz? Faríamos mais contatos amistosos, conquistaríamos a confiança de mais pessoas e inúmeras portas seriam abertas para que nossos amigos conhecessem o reino de Deus. Ellen White confirma isso, ao dizer: “pode haver cristãos advogados, cristãos médicos, cristãos comerciantes. Cristo pode ser representado em toda profissão legítima (WHITE, 2004, p. 111). De fato, cada pessoa pode desem- penhar o seu sacerdócio, participando da proclamação do evangelho eterno com a porção de talentos que recebeu do Senhor. Quando Moisés estava diante do mar Vermelho, com o exército egípcio às costas, perseguindo o povo hebreu, o Senhor pediu que o líder de Israel usasse o seu cajado para abrir as impetuosas águas daquele mar e, pela fé, um dos maiores milagres de que essa terra foi palco aconteceu. Da mesma forma, hoje o Deus Todo-Poderoso convoca os súditos de Seu reino para dedicarem o que receberam do Senhor, para abrirem o mar das incertezas e dos medos, e para operarem a libertação da escravidão dos vícios e das algemas do pecado, que fazem homens e mulheres sucumbirem sem esperança. Um ministério cheio de poder está à disposição de todo aquele que atender ao chamado do mestre. “Homens não chamados ao ministério evangélico devem ser animados a trabalhar para o Mestre segundo suas diferentes habilidades (WHITE, 2004, p. 109). Entretanto, para colocar em prática o sonho do Senhor, terão que se levantar crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres corajosos, que não amem a vida mais do que a salvação dos que estão perecendo nas garras do pecado, levando o fardo de suas consequências. O Senhor Jesus chama os seus discípulos a carregarem sua cruz, a negarem a si mesmos (Mateus 16:24), e esse chamado também pode se aplicar à renúncia que, muitas vezes, teremos que fazer para espalhar as novas de salvação entre os amigos da nossa comunidade. Segundo Ellen White, “se aqueles cujo trabalho lhes toma a maior parte do tempo, exceto os domingos e feriados, em vez de despender esse tempo em seu próprio prazer, usassem-no como uma bênção para outros, estariam a serviço da causa de Deus. Vosso exemplo ajudará outros a fazer alguma coisa que redunde em glória para Deus” (WHITE 2004, p. 76). Para uma geração de discípulos que vivem em um século em que a sobrevivência exige uma correria desenfreada, seria quase que impossível obedecer aos apelos do Senhor, mas é exatamente nessas condições que será revelado quem está disposto a renunciar a seu fim de semana, a um feriado ou talvez a uma folga do trabalho para servir as pessoas da comunidade. Passos a serem seguidos na execução das ações de compaixão realizadas pelo PG. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. João 1:14 O curto periodo de tempo que Jesus viveu entre os homens, traz revelações poderosas de como deve ser a forma no empreender esforços, na tentativa de ministrar aos que estão longe de Deus e precisam do nosso toque de compaixão. Entre os vários nomes que o Filho de Deus recebeu, Emanuel, Deus Conosco, tem um significado único para a prática da evangelização. Esse título evoca proximidade, empatia, cumplicidade, ele é relacional; por amor à humanidade, o Salvador encarnou, vestiu a roupa humana e sentiu as dores e os dilemas que todos nós enfrentamos, pois Ele queria de fato ser um de nós. Jesus veio à terra para salvar todo mundo (João 3:16), mas ele iniciou a sua obra em um local específico do planeta, a galileia. Lá, ele dedicou tempo e energia para abençoar a todos que estavam desejosos de entregar-lhes o coração. Curou, ensinou, alimentou, ressuscitou e abençoou a todos os sofredores que estavam a sua volta. A ação dos pequenos grupos também precisa ser seguir o mesmo princípio, um local deve ser selecionado para que o amor possa ser derramado nos seus moradores, através de relacionamentos transformadores. Os vizinhos necessitam ser impactados com os atos de compaixão e a presença desinteressada daqueles que foram salvos pelo mestre. Podemos dizer que o estilo de vida de um PG necessita ser missional, ou seja, todos os seus integrantes precisam perseguir o senso de missão que se expressará através de atidudes relacionais e intencionais. Existem pequenos grupos que visam atender um grupo especial de pessoas, e são denominados pequenos grupos de ajuda. Eles atendem aos mais diversos tipos de grupos especiais, tipo: dependentes químicos, mães e pais solteiros, divorciados, grávidas, etc. Caso o seu PG não seja formato para atender a um tipo especial de necessidade, segue alguns passos para a realização de ações de compaixão em prol da comunidade. 1. Para que as ações do pequeno grupo sejam realizadas de forma satisfatória, envolvente e motivadora, se faz necessário compreender quais são as principais necessidades das pessoas que residem na geografia onde o PG atua. Verificar os índices de desemprego, moradia, saúde, educação, segurança, lazer, ou outros aspectos que são importantes para uma determinada região, como a cultura, costumes, etc. são fundamentais para a elaboração de um plano de ação para as ações do pequeno grupo. 2. Descubra quais os projetos que mais se identificam com a maioria dos componentes do grupo; 3. Não espere da igreja os recursos para a aquisição dos materiais necessários ao projeto que se quer realizar. O ideal é que os valores para a execução sejam divididos e desembolsados pelo próprio grupo. 4. Não canse os componentes do pequeno grupo com projetos demorados. O ideal é que as ações demorem de duas a duas horas e meia, no máximo. 5. É importante que, a cada quatro ou seis semanas, o grupo realize alguma ação em prol da comunidade. 6. Se você é o líder, não se preocupe com os possíveis erros na execução do projeto. Se ocorrerem erros, isso é sinal de que alguma coisa está sendo feita. A prática trará os acertos. 7. Também é importante que todos tenham a oportunidade de ministrar à comunidade sozinhos. Não é necessário que o pequeno grupo tenha uma agenda a cumprir, pois cada seguidor de Cristo deve exercer o seu próprio sacerdócio. 8. Quando o território de uma igreja é dividido pelos pequenos grupos que dela fazem parte, haverá mais possibilidades de que os componentes atuem perto de casa. Para isto, é necessário, entretanto, que a distribuição das tarefas siga o critério geográfico. No entanto, pode-se fazer essa distribuição com base no critério da afinidade. Mesmo assim, a atmosfera de evangelismo acontecerá toda vez em que os membros trabalharem juntos pelo próximo. Sugestão de projetos de compaixão que podem ser realizados pelos PG’s } Entrega de frutas, pães integrais ou suco de uva na vizinhança } Água fria –Visite locais onde há pessoas sedentas (locais de caminhada, etc.) e ofereça copos d’água fria. } Visitação aos hospitais } Entrega de enxovais para grávidas } Call Center da Esperança: Enviar mensagens telefônicas para os amigos do bairro; } Distribuição de abraços nos principais pontos de fluxo de pessoas (Entregar um convite para a semana santa) }Contar histórias para crianças carentes (montar uma tenda com livros para leitura) } Entrega de alimentos para famílias carentes, ou moradores de rua } Lavagem gratuita de carro } Visita a pessoas nos presídios } Visita a asilos ou orfanatos } Distribuição de sopa para famílias carentes } Arrecadação de brinquedos para crianças carentes } Distribuição de limonada gelada ou chá quente nas estações de ônibus/ metrô, nos períodos de calor e frio respectivamente Jair Miranda Dep. ASA, Saúde/Min. Especiais-APL Referências Bibliográficas: Mark Priddy and Al Roxburgh, “Series Preface,” in Missional Small Groups: Becoming a Community That Makes a Difference in the World (Allelon Missional Series; Grand Rapids, MI: Baker Books, 2010), 34. SIDER, R. J.; OLSON, P.N; UNRUH, H. R. Churches that make a diference: reaching your community with good news and good works. Grand Rapids: Baker Books, 2002. SJOGREN, S. Conspiracy of kindness: a unique aproach to sharing the love of Jesus. 3 ed. Ventura, CA: Regal, 2003. WHITE, E. G. Beneficência social. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004. ______. A ciência do bom viver. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2009. Convenção de Pequenos Grupos 15 INVISTA NO LÍDER ASSOCIADO 16 Convenção de Pequenos Grupos “Q uanto aos melhores líderes, as pessoas não percebem sua existência.” Lao Tsu É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajuda-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! (Ec. 4.9 e 10) O tipo de líder necessário Um determinado tipo de líder é necessário para compartilhar a liderança do grupo com seu líder associado. Tornar-se esse líder começa por ser a pessoa certa, e isso parte do coração. Para compartilhar a liderança é necessário ser um líder-servo. O melhor líder de pequeno grupo do mundo de todos os tempos disse: “Pois nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir...” (Mc. 10:45). Jesus também disse: “Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, o mais importante deve ser como o menos importante; e o que manda deve ser como o que é mandado” (Lc. 22. 26). Se sua abordagem for como servo, vai construir parcerias e compartilhar a liderança. A liderança nunca pode ser vista como um jogo de poder ou exaltação do ego. No livro Liderando Com a Bíblia, os autores afirmam: Para ser um líder-servo você não pode ter um ego grande. Eles definem ego com um acróstico em inglês usando as primeiras letras das seguintes palavras, Edging God Out, que significa, deixando Deus de fora, ou excluindo Deus. Eles explicam, um ego grande não pode coexistir com um coração de servo porque coloca a preocupação consigo mesmo à frente do serviço ao próximo e da vontade de agradar a Deus. Os líderes não pensam menos de si mesmo, eles pensam menos em si mesmos. Jim Collins descreve essa dualidade da liderança no “Nível 5”, o que significa: Liderança modesta, mas mesmo assim intencional; humilde, mas ainda assim, destemida. Segundo a hierarquia de liderança de Collins, o líder “Nível 5” representa o nível mais elevado de liderança. Trata-se de alguém que, em termos bíblicos, consegue Trabalhar bem com seu líder associado – discipular, pastorear, e capacitá-lo – vai prevenir você do esgotamento e vai levar seu grupo pequeno a grandes resultados. Lembre-se que seu papel principal como líder-servo é pastoreá-lo. combinar a humildade de Cristo com a paixão de Cristo pelo Reino de Deus. Uma das primeiras coisas que você pode fazer como líder é conversar com seu líder associado sobre o porquê da existência do grupo. Os participantes do pequeno grupo, geralmente, chegam com expectativas e desejos pessoais. À medida que você se reúne para orar e planejar, certifique-se de que seu líder associado sabe o que significa liderança compartilhada e o que você deseja que alcancem juntos. Continue sendo o líder-servo do grupo, mostrando a ele como agir sem querer controlar as pessoas. Além das expectativas, qualquer novo líder precisa ter uma compreensão de propósito, assim como certa clareza sobre os valores e objetivos do grupo, papéis individuais, normas e procedimentos de tomadas de decisão. Cuidados com os comportamentos disfuncionais: } Falta de confiança – Quando um líder admite suas fraquezas está convidando outros para participarem da liderança, preenchendo as lacunas do que ele não conseguia fazer. Ninguém consegue fazer tudo, e esse tipo de vulnerabilidade permite que todos no grupo contribuam significativamente de alguma forma. Passar tempo juntos e falar sobre fraquezas gera confiança. }Medo de conflitos – Se você evita conflitos, nunca será relacionalmente forte. O conflito é uma fase natural em qualquer parceria, grupo ou equipe. Enfrente-o tendo a Bíblia como base (veja Mateus 18:15-20). } Falta de Compromisso – A falta de conflitos saudáveis leva à terceira disfunção: a incapacidade de comprometer-se. Quando os membros do grupo não expõem suas opiniões em debates acalorados e abertos raramente se comprometem com as decisões, apesar de fingirem concordar durante as reuniões. Separe tempo para avaliar opiniões e dialogar. } Evitar a prestação de contas – A prestação de contas é necessária numa comunidade e liderança autêntica. Por isso ela deveria ser acordada e cobrada por cada um dos membros do grupo. } Falta de atenção para com os resultados – Acontece quando os membros do grupo colocam suas necessidades pessoais (como ego, ou as expectativas) acima dos objetivos coletivos. Sabemos que os resultados não dependem apenas de nós. Mas isso não nos isenta de nossa responsabilidade. Capacite-o para prosseguir Trabalhar bem com seu líder associado – discipular, pastorear, e capacitá-lo – vai prevenir você do esgotamento e vai levar seu grupo pequeno a grandes resultados. Lembre-se que seu papel principal como líder-servo é pastoreá-lo. E para fazer isso de forma mais eficiente, você precisa ir ao encontro dele no nível em que ele está, não onde você gostaria que estivesse ou pensa que deveria estar. Há uma grande diferença nisso. Invista nele, Ken Blanchard afirma: “Não há nada tão desigual quanto a igualdade de tratamento entre os desiguais.” Capacitar tem tudo a ver com transferir, para que outros possam prosseguir. Pastoreie seu líder associado enquanto ele pastoreia os demais membros do pequeno grupo. Por Carlos Augusto de Andrade Sobrinho MIPES/UNeB Adaptado de Michael Mack, Líderes Livre de Esgotamento Convenção de Pequenos Grupos 17 18 Convenção de Pequenos Grupos Visão Alcançar e discipular a geração pósmoderna por meio de comunhão, relacionamento e missão. Filosofia PG My Style é composto por um grupo de pessoas que se encontra semanalmente para ampliar seu grau de comunhão, relacionamento e missão. Esse grupo também realiza desafios externos relevantes para a comunidade, através de atos de compaixão. À medida que o PG My Style constrói um relacionamento estável e verdadeiro e alcança novos amigos, o grupo cresce porque os líderes são treinados e, consequentemente, o grupo está pronto para formação de novos líderes e multiplicação. Logomarca O avanço tecnológico revolucionou o mundo. O surgimento do telefone, TV, luz, videogame, computador, internet, etc., trouxe muitas soluções e um grande problema para a juventude. A modernidade diminuiu o grau de relacionamento entre os jovens. Antes, o relacionamento era mais pessoal; hoje, está mais virtual, com alta tecnologia e baixa interação. Literalmente, o estilo de vida jovem foi alterado. Existe uma carência muito forte em nossa juventude chamada: RELACIONAMENTO. Toda “rede social” que é lançada atrai a nossa moçada. Eles também gostam de grupos, tribos, etc. No fundo, eles gostam de se relacionar. Por isso, o Ministério Jovem da União Nordeste Brasileira oferece uma proposta bem definida, clara, para suprir esta lacuna e necessidade da juventude, chamada PG MY STYLE. A ideia é que a base de relacionamento da nossa juventude (PG) seja o seu estilo de vida. O símbolo foi desenhado para ser muito mais do que uma logomarca. O desenho pretende refletir um estilo de vida, de uma geração diferente, apaixonada pela vida em comunidade. Esse logo será usado em diversos itens, como camisetas, bonés, chaveiros, etc. Nome O nome reflete um novo jeito de viver em comunidade, tendo por base, o estilo relacional vivido pela igreja primitiva encontrado em At 2:46. “Diariamente perseveraram unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração” Os nomes das redes sociais mais usadas pela juventude são em inglês (facebook, youtube, twitter, instagram, tumblr, snapchat, whatsApp, etc.). Por isso, misturamos o português com o inglês apenas para dar uma roupagem jovem e atual. Segue o significado: 1. PG – Pequeno grupo 2. My Style – Meu estilo Portanto... PG My Style é a principal rede de relacionamento dos jovens adventistas do 7º Dia. Convenção de Pequenos Grupos 19 Dicionário 1. Casa – local onde acontecem encontros semanais com os membros do PG My Style. 2. Encontro – reuniões do PG My Style. Podem ser nas casas ou em outros lugares informais. 3. Desafios – ações externas, diferentes, relevantes e inusitadas que o PG My Style realiza em favor da comunidade. Mensalmente serão postados nas redes sociais (Face: AdventistasNordeste, etc). 4. Mega Encontro – encontro trimestral de todos os PG My Style de um distrito (Assembleia). Encontro do PG My Style É o momento, INFORMAL, onde os membros e amigos do PG My Style se reúnem semanalmente. É um verdadeiro “encontro de amigos” onde acontece: 1. Louvor – recomendável música “ao vivo” com uso de instrumentos, como por exemplo, o violão. Caso contrário, deve ser usado cd e/ou dvd. O que não sugerimos é cantar sem uso de um aparelho de som ou instrumentos musicais. 2. Agradecimentos / pedidos / oração – momento do grupo orar uns pelos outros, compartilhar alegrias, sonhos, etc. 3.Testemunho – a ideia é que a cada encontro um membro do grupo expresse como foi o seu encontro com Cristo, outros podem compartilhar as bênçãos recebidas, etc. 4. Discussão da Lição – sugerimos o uso da lição específica do PG My Style produzida pela UNeB. Os temas po- 20 Convenção de Pequenos Grupos dem ser divulgados semanalmente para que todos tenham condições de dar uma olhada em outros materiais para poderem contribuir com opiniões. A proposta é que o mediador provoque a participação do grupo e faça um fechamento no final. 5. Lanche (Esse será o marco do PG My Style) – baseado em AT 2:46b - “partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração”. Essa não é uma ordem pré-estabelecida. O grupo pode escolher a sequência. Nestes encontros também acontecem, constantemente, celebrações como aniversários, datas especiais, chegadas de novos membros do PG, etc. O grupo também pode desenvolver atividades que despertem o relacionamento interno como passeios, filmes, caminhadas, etc. O PG My Style é um espaço apropriado para convidar amigos, por isso, em todas as reuniões cada jovem pode e deve convidar os seus amigos especiais. É um verdadeiro evangelismo relacional. Desafios São ações externas, diferentes, relevantes e inusitadas que o PG My Style realiza em favor da comunidade. Estas ações, lançadas através das redes sociais, são mensais e pontuais. Poderão ser comunitárias, sociais e/ou missionárias. Cada PG My Style também pode realizar semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente desafios propostos pelo seu próprio grupo. A ideia é: Um PG intencional e relevante. Espaço My Style É um lugar específico que a juventude do PG MY Style se encontrará, a cada manhã de sábado, para aprofundarem mais ainda sua comunhão, seu relacionamento e sua missão. Na verdade, a Escola Sabatina Jovem receberá uma nova roupagem chamada de “Espaço My Style”. Na medida do possível, personalize a sala, faça plotagens, use banners, coloque puffs, use tvs, músicas “ao vivo”, enfim, deixe o espaço a cara dos seus jovens. Na União Nordeste Brasileira, a nossa grande meta é que o seu PG tornese, no sábado pela manhã, a sua Escola Sabatina Jovem. Palavras-chave 1. Comunhão 2.Relacionamento 3. Missão 4.Discipulado 5. Compaixão Aplicativo O aplicativo PG My Style, está disponível para os celulares com sistema Android, IOS e Windows Phone. Você pode visualizar os desafios mensais, as lições, participar do bate papo, ver fotos da galera, ver os vídeos, saber onde tem um PG My Style próximo de você, etc. Maranata! Pr. Rafael Santos Ministério Jovem - UNeB Quero implantar o PG My Style na minha igreja, e agora? 1. Converse com o pastor e a liderança da igreja sobre o PG My Style; 2. Escolha o local (casa) dos encontros (reuniões). Não aconselhamos que este local seja nas dependências da igreja. O ideal é ser na casa de um componente do grupo ou em um local informal; 3. Faça um marketing pesado sobre o PG My Style na sua igreja, convoque os seus jovens (Use os vídeos promocionais, etc.) e faça o lançamento oficial; 4. Crie um grupo do WhatsApp com a galera; 5. Implante o mentoreamento (Cada jovem cuidando de um jovem amigo do próprio grupo); 6. Integrantes com a camiseta oficial do PG My Style; 7. Realize encontros (informais) semanais com lanche (marco do PG My Style) e encontros externos (Passeios, filmes, caminhadas, etc.) para aprimorar o relacionamento interno do grupo; 8. Implante o “Espaço My Style” na sua igreja; 9. Cumpra Desafios externos semanais, quinzenais ou mensais... (Poste as fotos dos cumprimentos dos desafios, nas redes sociais, usando #PGMyStyle; 10.Participe do Mega Encontro trimestral e do Congresso My Style do seu Campo no final do ano. PG MY Style é a base do Ministério Jovem da União Nordeste Brasileira. Faça essa revolução acontecer na sua igreja e, certamente, sua juventude desfrutará de um novo jeito de viver em comunidade. Convenção de Pequenos Grupos 21 INTEGRAÇÃO UNIDADE DE AÇÃO E PG 22 Convenção de Pequenos Grupos N otoriamente percebe-se, nos primórdios da igreja adventista, como foi pontual a presença da estrutura dos PGs (Pequenos Grupos). A ES (Escola Sabatina) dividida em classes , o estudo da Bíblia nos lares das famílias , a formação de grupos de estudo nas reuniões campais e a formação de grupos missionais são alguns dos exemplos encontrados na história da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Portanto, o interesse por este tipo de estrutura se justifica nos relatos históricos que fundamentaram o movimento nas suas primeiras décadas de existência , em especial, na insistência de Ellen White, relatada em seus escritos, de como a igreja deveria organizar-se para melhor estudar a Bíblia e, no uso dos dons, envolver-se na missão evangelística. Não há dúvidas do quanto foi imprescindível essa estrutura para a manutenção e crescimento da igreja, especialmente após os anos de 1850. Silvia Cristina Scholtus, Doutora em Teologia na Universidade Adventista Del Plata, retrata pelo menos quatro impactos positivos que os PGs causaram no movimento: 1. A igreja presenciou um grande avanço e diferentes departamentos e ministérios precisaram ser criados como resultado do forte crescimento interno e evangelização; 2. Tornou-se possível prestar atendimento mais próximo, especialmente das famílias mais isoladas; 3. As reuniões fortaleceram o crescimento espiritual e tornaram mais acessíveis a preparação das pessoas para a propagação da mensagem profética; e, por fim, 4. facilitou o evangelismo interno e externo de acordo com as necessidades e funções a serem realizadas . Jolivê Chaves também comenta que as igrejas mais prósperas em crescimento atualmente têm sido as que se esforçam para viverem e se multiplicarem em sistema de PGs . Portanto, não é de surpreender que Ellen White escrevesse de forma incisiva que esse modelo de organização deveria ser a base de trabalho ativo tanto interno quanto externo da igreja. O modelo ideal Uma reunião com testemunhos pessoais, momentos dedicados à oração, estudo da Bíblia, a socialização e a ação missionária são algumas das sugestões que devem embasar a estrutura de PGs para a igreja adventista segundo os relatos de Ellen White. Apesar de não serem denominadas com o título de pequenos grupos, claramente percebe-se que a dinâmica das reuniões era exatamente a mesma sugerida hoje por alguns campos nos encontros semanais dos PGs . Claro que, embora existam modelos e sugestões variadas, pois alguns propõem uma estrutura menos ortodoxa e mais relacional, enquanto que outros aconselham uma estrutura mais voltada ao evangelismo, é fundamental que formatemos o nosso modelo com base na revelação de Deus expressa na Bíblia e no Espírito de Profecia. Para Alberto Tim, diretor associado do White State, o modelo proposto pela Bíblia e pelo Espírito de Profecia é o que unifica as duas ideias contrapostas, ou seja, os PGs, além de relacionais, precisam também ser ativos no estudo da Bíblia e na missão evangelística. Entre tantas explanações, Timm faz menção da declaração de Ellen White na qual A unificação da unidade de ação com os pequenos grupos pode ser feita da maneira que mais se ajusta à realidade de cada igreja. A forma como deve ocorrer não deve ser engessada e deve levar em consideração a geografia, os laços de amizade existentes entre os membros e as suas afinidades. ela afirma que uma igreja para ser viva precisa ser ativa . Ele comenta ainda que há atualmente variados modelos de PGs com objetivos distintos, mas argumenta que os PGs terão mais êxito se houver, em sua estrutura, uma aproximação do ideal deixado por Cristo no meio apostólico, onde a comunhão, socialização, ensino, estudo da Bíblia, capacitação e evangelismo eram as prerrogativas do grupo. Problemática Uma vez que a importância e valor dos pequenos grupos para a igreja adventista são indiscutíveis, onde reside então a interminável dificuldade de sua manutenção? Relativamente não é difícil desenvolver protótipos, preparar e capacitar líderes e formar pequenos grupos, a dificuldade sempre foi: por quanto tempo o pequeno grupo, recém-formado, permanecerá ativo até extinguir-se? Inevitavelmente, é esta a pergunta que naturalmente surge devido ao grande número de PGs que nascem e entram em falência todos os anos. Portanto, uma vez que os PGs são fundamentais para a manutenção espiritual e crescimento da igreja, como resolver este real problema? Se a formação de PGs, segundo Ellen White, foi apresentada por Aquele que não pode errar , onde, possivelmente, podemos estar desalinhados em sua estruturação e proposta? Será que existe um modelo ideal que vingue os investimentos, trabalhos e estratégias para a manutenção dos PGs? Conflito e sugestão Como vimos, não há dúvidas quanto ao modelo de estrutura que deve reger o PG especificamente adventista. Também não há nenhum conflito quanto à elaboração de protótipos, treinamentos, capacitação de líderes, multiplicação e formação de novos PGs. Talvez a única dificuldade prevista seria se estes pequenos grupos funcionariam paralelamente às unidades de ação da escola sabatina ou se a unificação de ambos facilitaria o trabalho e a proposta dos mesmos. Convenção de Pequenos Grupos 23 Todos hão de concordar que a estrutura mais sólida existente na igreja adventista atualmente é, sem dúvida, a escola sabatina. Observando atentamente as declarações de Ellen White, especialmente a partir dos anos de 1863, percebemos que as unidades de ação da escola sabatina, assim como a divisão em grupo nas campais e os encontros de estudos da Bíblia nos lares, estavam, nos tempos dos pioneiros, exatamente fundamentados no que chamamos hoje de pequenos grupos. Isto significa que as unidades de ação foram elaboradas para suprir a mesma demanda que é exigida pelos PGs de hoje. Com base nisto, podemos inferir que os PGs não deveriam atualmente ser um concorrente da unidade de ação, mas ela mesma em uma única unidade. É possível preceituar, com base sólida, que se as unidades de ação e os pequenos grupos forem apenas um ao invés de concorrentes entre si, poderemos sugerir uma solução para o maior de todos os problemas, o da sua subsistência. Se apoderando da solidez da escola sabatina, os pequenos gru- 24 Convenção de Pequenos Grupos pos teriam uma identidade e robustez mais eficiente e duradoura. Convenhamos, embora os nomes sejam diferentes, na realidade, a unidade de ação é no mais alto grau um pequeno grupo. Isto significa que, enquanto permanecerem separados, teremos na prática e na filosofia dois pequenos grupos distintos e separados funcionando paralelamente na igreja. Esta talvez seja uma das implicações que tem dificultado a absorção da ideia dos PGs perante os membros. Creio que a unificação de ambos ou extinção da unidade de ação para a inserir em seu lugar o PG atenderia perfeitamente as sugestões de Ellen White sobre a elaboração de pequenos grupos na igreja com o objetivo de haver crescimento espiritual, oração, estudo da Bíblia, testemunho e evangelismo, resultando consequentemente em crescimento e multiplicação. Como unificar A unificação da unidade de ação com os pequenos grupos pode ser feita da maneira que mais se ajusta à realidade de cada igreja. A forma como deve ocorrer não deve ser engessada e deve levar em consideração a geografia, os laços de amizade existentes entre os membros e as suas afinidades. Para as igrejas maiores localizadas em cidades grandes, logicamente, onde se projetam as maiores dificuldades em dividir a igreja em pequenos grupos, pode ser feito, levando em consideração a geografia. Salvo em casos em que algumas pessoas estejam dispostas a atravessar a cidade para fazer parte de um determinado pequeno grupo. A sugestão para esse tipo de organização segue o seguinte raciocínio: 1. Previamente reúna os coordenadores e líderes de PGs escolhidos (Sugestão flexível: diretora da Escola Sabatina como coordenadora e os professores como os líderes de PG), por um período mínimo de um mês e no máximo de três meses, com reuniões semanais. Nós chamamos esta reunião de protótipo. Este é o momento em que o pastor terá a oportunidade de ajudá-los a compreender a importância e relevância dos pequenos grupos para a igreja, além de capacitá-los para o exercício da liderança. Em seguida, após o período de capacitação no protótipo, escolha uma data (Um sábado) para efetivar a divisão da igreja em PGs. Ao chegar a data escolhida: 2. Anuncie na igreja pelo sábado de manhã, mesmo que consuma todo horário, que a partir de agora não existirá mais unidade de ação, mas pequenos grupos. Observe, não é o fim da escola sabatina, apenas da unidade de ação. Aos membros perceberem que não existe mais unidade de ação e que não estão mais matriculados, contribuirá psicologicamente a aderirem à filosofia de pequenos grupos. O próximo passo seria: 3. Chame os antigos professores da escola sabatina, os que passaram pelo processo de capacitação no protótipo, para frente na igreja e os chame a partir de agora de líderes de pequenos grupos. Peça que cada um desses novos líderes apresente o bairro em que cada PG funcionará e permita que transite pela igreja para cadastrar os membros em um desses pequenos grupos criados a partir deste momento, levando especialmente em consideração a localização geográfica. Para este fim, os professores e a diretora de escola sabatina precisarão estar antecipadamente alinhados com o pastor. 4. Ao passar alguns minutos ou horas, 80% dos membros estarão inscritos em algum pequeno grupo. Os demais 20%, provavelmente formarão futuramente um novo PG ou, por perceberem que ficarão deslocados por não fazerem parte de um PG, em algum momento se engajarão. 5. Neste momento, chame um PG por vez na frente, apresente-os a igreja, peça que já escolham o nome, o verso e o hino oficial. Na frente da igreja, quando chamar um PG por vez, tire uma foto de cada PG criado e elabore um cartaz com as fotos destes PGs para ser fixado no mural da igreja e apresentado nas programações perante os membros. 6. Retire as plaquinhas que serviam de identificação para as unidades de ação e coloque no lugar placas de iden- tificação dos pequenos grupos criados. 7. Ao concluir a organização da igreja em PGs, apresente em um sermão bem elaborado, a necessidade da estruturação dos pequenos grupos. Apresente o alicerce teológico, sociológico, escatológico e missiológico. Desta forma, os duvidosos também terão a oportunidade de sanar a dúvida e de se tornar um aliado na manutenção dos pequenos grupos. 8. Elabore uma escala de visitação aos pequenos grupos em suas reuniões das sextas-feiras e repasse a todos os líderes. Desta forma eles perceberão que o pastor está comprometido com a filosofia e que precisam estar bem estruturados para receber a sua visita. 9. Crie um grupo do WhatsApp para se comunicar com estes líderes, além de solicitar que cada PG também tenha o seu grupo no WhatsApp, com o objetivo de viabilizar a comunicação entre eles. 10.Faça com que todas as atividades da igreja funcionem via PGs. Isto fortalecerá o propósito e unidade dos grupos. 11.Eleja o(a) diretor(a) da Escola Sabatina para ser o (a) coordenador (a) dos pequenos grupos ou escolha alguém que faça um trabalho conjunto com o (a) diretor (a) atual. Nas igrejas em que já exista um (a) coordenador (a) que não seja diretor (a) da escola sabatina, pode-se eleger este (a) coordenador (a) como secretário (a) dos PGs ou coordenador (a) associado (a), com o objetivo de tentar manter a coordenação com a direção da ES. 12.Mensalmente deve haver o gerenciamento. Todo primeiro sábado do mês o pastor deve estar com sua equipe de coordenadores e líderes de pequenos grupos para ajudar a manter o foco, motivar o grupo e capacitá-los para os trabalhos ativos que promoverá futuramente a multiplicação dos PGs. Conclusão A sugestão apresentada foi posta em prática em uma das maiores igrejas da Associação Cearense, igreja Central de Sobral, uma congregação em que a implantação de pequenos grupos, na visão de alguns, seria quase que impossível. Todavia, seguindo os passos apresentados neste artigo, não houve nenhuma dificuldade para a divisão e implantação. Hoje a igreja possui 14 pequenos grupos bem ativos com líderes e membros envolvidos. Todas as atividades da igreja, sejam relacionais, estudo da Bíblia, oração e missão, são planejadas levando em consideração a atuação de cada pequeno grupo. Conforme revelado por Deus, não precisamos elaborar um novo projeto de pequeno grupo. Nós já temos uma estrutura altamente sólida e que deve ser a base de sustentação dos pequenos grupos. Desta forma, não teremos mais as preocupações decorrentes de grupos que iniciam suas atividades em plena motivação, porém que se consome ao longo do percurso até extinguirse. O pequeno grupo, com reuniões semanais na sexta-feira, deve ser exatamente o mesmo reunido no sábado pela manhã na escola sabatina para o estudo da Lição. Dessa forma, o PG, no sábado, sendo uma classe da escola sabatina fará por si o que nenhuma outra estrutura ou ideia foi capaz de fazer até o momento para garantir a sua subsistência. A lógica é que a solidez da escola sabatina tornará sólido também os pequenos grupos. Gilberto Theiss – Pastor na Associação Cearense Bibliografia: Silvia Cristina Scholtus, Ellen White e os pequenos grupos [Pequenos grupos, aprofundado a caminhada], p. 92. Ibid Egil H. Wensell, História da Igreja Adventista y su Desarrollo Doctrinal, [Libertador San Martín, Entre Ríos: Colégio Adventista del Plata, 1989], p. 49). Evangelismo, p. 115 Egil H. Wensell, História da Igreja Adventista y su Desarrollo Doctrinal, [Libertador San Martín, Entre Ríos: Colégio Adventista del Plata, 1989], p. 49). Silvia Cristina Scholtus, Ellen White e os pequenos grupos [Pequenos grupos, aprofundado a caminhada], p. 97 Jolivê Chaves. Pequenos grupos, teoria e prática, p. 43. Ellen White, Testemunhos Seletos, v.3, p. 84 Ver Russel Burrill. Recovering na Adventist Approach to the Life and Mission of the Local Church, p. 219. Alberto R. Timm, Implicações Eclesiológicas (Pequenos grupos, aprofundando a caminhada], p. 83. Ver Ellen White, Serviço Cristão, p. 83. Apud Cícero Gama, Diferentes modelos de pequenos grupos, [Pequenos Grupos, aprofundando a caminhada], p. 121. Ellen White, Testemunhos Seletos, v.3, p. 84. Convenção de Pequenos Grupos 25 PLANEJAMENTO E ATIVIDADES DOS PG’s “Pois qual de vós pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem meios para concluí-la?” Luc. 14:28 26 Convenção de Pequenos Grupos E ste texto se refere ao discipulado cristão, mas, podemos aplica-lo à importante necessidade de planejamento de nossas atividades. O planejamento é indispensável em qualquer área de ação da vida. DWIGHT EISENHOWER afirmou: “Antes da batalha, o planejamento é tudo. Assim que começa o tiroteio, planos são inúteis.” O líder não terá sucesso sem planejar. “O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas as implicações das decisões presentes.” Peter Druckes A serva do senhor afirmou: “A melhor ajuda que os pastores podem prestar aos membros de nossas igrejas não consiste em pregar – lhe sermões, mas em PLANEJAR trabalho para que o façam. Dai a cada um algo para fazer em prol de outros. ” Ts, v.3 pag.323. Neemias é um grande exemplo disto, ele foi chamado por Deus para realizar uma grande obra. Diante da tarefa, orou, planejou delegou e executou com sucesso, pois suas ações foram previamente arquitetadas. O pastor distrital, junto com os coordenadores e lideres devem se reunir para orar, traçar as metas, elaborar os planos e projetos que envolverão os membros dos Pequenos Grupos a curto, médio e longo prazo. O líder do Pequeno Grupo por sua vez irá se reunir com os membros para montar a estratégia e realizar as atividades. O sábio Salomão afirmou: “Os planos mediante os conselhos tem bom êxito”. Pv 20:18. 2. Quem deve participar? Todos os membros da igreja. Qual a vantagem do planejamento? Reunião com coordenador e lideres (O responsável é o coordenador) 1. Canaliza as energias para alcançar os objetivos. 2. O planejamento produz sinergia, direção e motivação. 3. Dá um senso de “pertencer ao time”, ou seja, deve envolver quem ira participar. “Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não tem alcances. Sem prioridades os sonhos não se tornam reais.” Augusto Cury 1. Planejar e delegar. Atividades: a) Testemunho. b) Treinamento e Capacitação. c) Motivação. d) Avaliação e solução problemas e necessidade. e) Protótipo 2.Quem deve participar? Coordenadores, líderes e associados. 3. Esta reunião é semanal ou mais tardar quinzenal. Quatro perguntas básicas no planejamento. 1. Onde estamos? a) Quantidade de membros b) Características da localidade onde funciona o PG. c) Características dos membros do PG. d) Qual o nível de crescimento do PG nos últimos anos? e) Qual a nossa missão e que estamos fazendo para executa-lo. 2. Aonde queremos chegar? a) Qual é proposito e missão do PG? b) Quantas pessoas e famílias vamos alcançar? 3. Como chegaremos? a) Quem estará envolvido b) Qual o investimento c) Delegar responsabilidades 4. Quando chegaremos? a) Estabelecer uma data para começar e finalizar cada projeto. A seguir queremos apresentar algumas reuniões que o planejamento deve contemplar: Reunião do PG (o responsável é o líder) 1. Planejar e delegar para um responsável cada um destes itens: a) Louvor b) Confraternização c) Testemunho d) Estudo do tema e) Oração f) Lanche Reunião do pastor com o coordenador (O pastor é o responsável) 1. Planejar, delegar e avaliar. Atividades: a) Treinamento b) Seminários c) Gerenciamento das atividades d) Motivação e) Testemunhos 2. Quem deve participar? Ancião, liderança e coordenador da igreja. 3. Esta reunião acontece a cada 15 dias sendo uma delas no 1º sábado de cada mês. Assembleias distrital e local (O pastor e os coordenadores são os responsáveis) 1. Celebrar Atividades: a) Testemunhos b) Louvores c) Batismos d) Mensagem e) Desafios 2. Quem deve participar? Todos os membros e Pequenos grupos, com a camisa do PG MY STILE. 3. Esta reunião tanto local como distrital acontecem uma vez por trimestre. O líder também deve estar atento para elaborar atividades que alcance o membro nas áreas do discipulado: Comunhão: Incentivar: a) O estudo diário da bíblia b) Todos os membros a ter a lição e estudar diariamente c) Oração intercessora d) A fidelidade total Relacionamento: Promover: a) Passeios b) Aniversários c) Almoços d) Serenatas e) Desafiar todos os membros a trazer em visitas em todas as reuniões. Missão: Desafiar: a) Os membros para fazerem parte de uma dupla b) Visitar os membros e interessados. c) Evangelismo nos Lares de Esperança. d) Ter um ministério para atuar na comunidade. e) Multiplicar o Pequeno grupo. Essas ações quando planejadas se tornam realidade. “Na multidão de conselhos está à vida.” PV 24:6 Através de Sua serva Ellen White o senhor nos orienta: “Aqueles a cujo cargo se encontram os interesses espirituais da igreja devem formular planos e meios pelos quais se dê a todos os seus membros alguma oportunidade de fazer uma parte na obra de Deus. Nem sempre foi isto feito em tempos passados. Não foram bem definidos nem executados planos empregar os talentos de cada um em serviço ativo.” OE, pag. 351 “Todo o céu está em atividade, e os anjos de Deus estão à espera para cooperar com todos os que queiram ideais PLANOS por cujo meio as almas por quem Cristo morreu ouçam as boas novas da salvação.” TS v 3, pag. 67 Prezado líder, alguém disse: “Não faça planos pequenos, por que estes planos não tem o poder necessário para mover as almas dos homens. ” Sonho grande! Ore! Planeje! Delegue! Deus, sem duvida irá coroar de êxito os planos bem organizados. Pr. Israel Rodrigues MIPES APeC Convenção de Pequenos Grupos 27 PROJETO 28 Convenção de Pequenos GruposGrupos Convenção de Pequenos O pastor tem sob sua responsabilidade o direcionamento dos trabalhos da igreja. Por essa razão, precisa conhecer por si mesmo a importância de uma igreja discipuladora e formadora de líderes. Definição: Movimento de formação de líderes de pequenos grupos para pastorearem uma pequena comunidade, promovendo a comunhão, relacionamento e missão. Propósito: Visando a multiplicação e crescimento da igreja. O projeto consiste na definição de 5 metas de trabalho para a igreja na região Nordeste. São elas: 1. Formar Líderes PGs 2. Capacitar Duplas Missionárias 3. Discipular os Novos Conversos 4. Crescer no número de Doadores Fiéis 5. Plantar Novas Igrejas Cada meta possui seu próprio programa para que seja alcançável. Dessa forma iremos nos deter na primeira meta por ser a mais complexa e envolvente. Até porque da primeira meta alcançamos as demais. Apresentação em 7 etapas: 1. Visão ministerial Dois exemplos: Antigo Testamento - Moisés julgava o povo sozinho. Todas as causas conflitantes eram trazidas a ele. O líder assentava-se e o povo posicionava-se em pé à sua frente até o entardecer (Êxodo 18: 13-27). Jetro, seu sogro, aconselhou Moisés a dividir a carga com outros homens de valores, verso 21. Seria a formação de uma rede de liderança, que Moisés teve que escolher aproximadamente 78.600 líderes. Novo Testamento - Jesus em seu ministério, procurou trabalhar o mesmo princípio: pequeno grupo (Mateus 10: 1- 15). Ele queria alcançar as multidões, porém sabia que precisava discipular um grupo pequeno que se reproduzisse depois de sua partida. O pastor tem sob sua responsabilidade o direcionamento dos trabalhos da igreja, por essa razão precisa conhecer por si mesmo a importância de uma igreja discipuladora e formadora de líderes. 2.Formação do PG protótipo e líderes PGs O pastor precisa levar a visão discipuladora a todos os membros, mas deve ter (inicialmente) um grupo que absorva a proposta e a implemente. Digamos que ele possua 1 igreja com 100 membros, ele deve pensar com quantos líderes a igreja inteira será alcançada. Uns 7 ou 8 líderes para começo (o ideal é em torno de 12 e a medida que passa disso, o PG deve se preparar para a multiplicação). Esses líderes podem ser homens, mulheres, jovens, adolescentes ou juvenis, dependendo da faixa etária existente na igreja. O pastor passará 3 meses com reuniões semanais com esse grupo. As reuniões informais serão em casas e terão as características de um PG real: Recepção; louvor; como foi a semana? (Interação); oração pelo que foi exposto e pelo encontro; lição (interação); pedidos de oração e oração (esse momento é importante para fortalecer o espírito de comunidade e que os problemas de um são de todos); evangelismo (o que cada um está fazendo para salvar pessoas? Quantos estudos bíblicos; quem vai trazer um amigo no próximo encontro; quais os ministérios que o PG está realizando e como melhorar; alvo do PG, etc.); lanche. Esses módulos são importantes para assegurar que o PG não é uma reunião apenas, é uma comunidade que desenvolve várias atividades e é a base da mobilização da igreja. O protótipo também fará ações sociais, visitas a hospitais, confraternização dos aniversariantes e prática de um ministério, exemplo: aula de espanhol ou inglês para comunidade; grupo de bike; reparos de casas, etc. O objetivo é que escolha-se um ministério e trabalhe visando alcançar pessoas para Cristo. Depois dos 3 meses vivendo o cristianismo prático e intenso é hora de espalhar a influência com os demais membros da igreja. Pega-se a lista da secretaria e cada novo líder seleciona as pessoas que ele gostaria que fizessem parte do seu pequeno grupo. Distribuídos os nomes, agora é hora de convidá-los para as casas. Se tiver alguns membros que não querem participar da vida em comunidade, não tem problema. São livres. 3. Integração PG x UA Já que temos um grupo se reunindo nas casas e outro aos sábados de manhã, não pode ser apenas um? Não facilita a linguagem e funcionalidade? Além do que se espera (dos grupos), algumas atividades similares. Exemplos: visitação aos membros e confraternização. Como fazer para integrar? Simples. Os PGs em um sábado (planejado pela Convenção de Pequenos Grupos 29 direção da Escola Sabatina) passam a sentarem juntos, ou seja, o mesmo grupo das casas passam a ser o mesmo grupo da igreja e continua com o mesmo nome. Simplificando a linguagem, teremos na igreja os PGs (nomes) e não as unidades de ação (números). E os que não participam dos PGs nas casas? Formarão um PG na igreja no sábado de manhã. Dessa forma todos os membros estarão em pequenos grupos. E os jovens e adolescentes? Mesma forma. Aos sábados pela manhã irão para seus PGs jovens e adolescentes. Pode fazer a integração a partir das unidades de ação para os PGs? Pode sim, porém a prática tem mostrado que as unidades são formadas sem muito critério (em boa parte das igrejas), ou seja, as pessoas sentam juntas por causa de um ventilador, para fugir do sol, porque ali é mais ventilada (ou perto do ar condicionado), etc. Por isso quando há o movimento para as casas os membros se esvaem porque não levam em consideração (maioria das vezes) as 2 características principais do PG: afinidade e/ou geografia (membros morarem próximo). 30 Convenção de Pequenos Grupos 4.Gerenciamento Há uma máxima em liderança: “O que não pode ser mensurado não pode ser melhorado. ” A ideia é o líder avaliar, semanalmente, o crescimento espiritual dos membros do seu grupo nas atividades da comunhão, relacionamento e missão. Essas atividades estão contidas no cartão integrado do PG e Escola Sabatina. Mensalmente, a igreja terá um diagnóstico do que está sendo realizado por seus membros. Dessa forma, todos poderão saber dos 100 membros que a igreja possui quantos fazem culto familiar, leem a bíblia, dão estudos bíblicos, estão trabalhando em ministérios, etc. O ponto principal do gerenciamento é fornecer dados à comissão da igreja avaliar onde a igreja está bem e onde ela precisa avançar. A comissão discute propostas que serão levadas ao plenário da igreja para que todos conheçam o quadro real e participem juntos no processo de mudanças onde se faz necessário. No primeiro sábado do mês, o pastor receberá tais informações de cada igreja e se produzirá um diagnostico distrital. O objetivo é analisar como está o desenvol- vimento espiritual do seu distrito. Essa reunião será marcada por 3 blocos: gerenciamento distrital (análise dos dados e apresentação deles à liderança distrital); testemunhos do que está acontecendo com os PGs; crescimento na visão (discussão de um tema sobre liderança PGs ou como melhorar a atuação dos PGs). Cada região do campo tem um departamental que atua como coordenador regional. Ele acompanha junto aos pastores dessa região como estão os distritos nas propostas de trabalho do CRM (comunhão, relacionamento e missão). Eles juntos analisam também os dados da região. A administração do campo recebe as informações das regiões e discute com os departamentais o que fazer para facilitar o desenvolvimento das atividades analisadas. Em seguida, as informações do campo são enviadas para União Nordeste Brasileira, onde são discutidas pela administração e departamentais. Com essa cadeia de gerenciamento todos analisam e discutem sobre o mesmo tema, produzindo sinergia e foco. 5. PG Holístico Para que haja crescimento integral na igreja e maior mobilização o PG precisa ser a base das ações e participar de atividades múltiplas. Isso fará com que o PG seja vivo e relevante para seus membros e na comunidade. Atividades: Encontro semanal nas casas; estudo da lição ES aos sábados de manhã; gerenciamento semanal; confraternização dos aniversariantes; inscrições dos membros para os congressos da igreja; assinaturas de lição ES (projeto Maná); distribuição do livro missionário; duplas missionárias ((ou classe bíblica) para estudarem com amigos e interessados; projetos sociais (sopão, visitas aos hospitais, asilos,etc.); ministérios: bike, moto, adolescentes grávidas do bairro, aulas de espanhol/inglês, ensino de uma profissão, aulas de educação física na comunidade, atendimento médico, nutricional, fisioterápico,etc. A proposta é fazer com que cada pessoa (diariamente) testemunhe de Cristo onde esteja e no que sabe fazer e como PG escolham uma forma de potencializar uma atividade na comunidade, tornando assim um ministério. 6. Multiplicação O pequeno grupo é um organismo vivo e saudável, portanto precisa multiplicar. A principal razão do PG é formar novos líderes e multiplicar sua influência abrindo novos PGs. Assim se expande o reino de Deus. Uma vez que todos participam da vida em comunidade (PGs), o foco será no líder associado do PG. Essa pessoa tem que entender que ela está ali como estagiário e em breve sairá para formar seu próprio grupo. Essa formação precisa ser intencionalmente elaborada e planejada desde abril e terá o “parto” em agosto (festa da multiplicação do distrito, região e campo). O pastor precisará de 1 encontro (pode ser 1 sábado completo ou final de semana) para trabalhar alguns conceitos vitais do PG: Características de um bom líder; como ter um dinâmico e vivo encontro de PG; os módulos do encontro semanal; gerenciamento; PG Holístico: atividades e ministérios; Manutenção da rede PGs; testemunhos; perguntas e respostas, etc. O pastor marcará uma data em maio ou junho para esse final de semana. Obs: Se a igreja tem poucos PGs e poucos membros envolvidos na proposta o ideal é seguir as orientações do item 2 (Formação do PG protótipo e líderes PGs). Para a multiplicação o pastor tem a disposição materiais explicativos para o parto saudável. O desafio anual é que cada igreja cresça 20% na sua rede de PGs (desde que todos já façam parte. Os novos PGs contarão com os novos batizados e amigos). 7. Manutenção da rede Todos possuem um preço a pagar no discipulado e precisam andar unidos e focados. Líder do PG: homem/mulher de oração; contato semanal (telefônico ou mensagens) com seus membros; conhecer a funcionalidade da estrutura; planejar uma reunião dinâmica e viva (som, músicas, lição, lanche, interação, etc.); visitação; acompanhar o crescimento espiritual dos membros (gerenciamento); formar novos líderes e encontrarse semanalmente (ou quinzenalmente) com os coordenadores para avaliarem o trabalho e crescerem na visão. Coordenador: contato semanal com seus líderes (telefone ou mensagens); visitação; conhecer a funcionalidade da estrutura; acompanhar o crescimento espiritual dos líderes e o trabalho da igreja (gerenciamento); formar novos líderes e encontrarem-se semanalmente (ou quinzenalmente) para avaliarem o trabalho e crescerem na visão. Pastor: ter os coordenadores como seu primeiro rebanho no distrito; contato semanal com eles (telefone ou mensagens); visitação; conhecer a funcionalidade da estrutura; acompanhar o crescimento espiritual dos coordenadores e o trabalho da igreja (gerenciamento); formar novos coordenadores e líderes e encontrarem-se semanalmente (ou quinzenalmente) para avaliarem o trabalho e crescerem na visão. Igreja: comissão da igreja se beneficiando do gerenciamento para analisar a vida espiritual e propor novas rotas de crescimento. Distrito: pastor, coordenadores e líderes se encontrando mensalmente (primeiro sábado) para avaliarem o desempenho do distrito. 3 blocos: gerenciamento, testemunhos e crescimento na visão da vida em comunidade. Região: o departamental precisa pastorear seus pastores através de contatos telefônicos e mensagens, visitação; estar com eles nos encontros semanais (ou quinzenais) do PGP (pequeno grupo de pastores); conhecer a funcionalidade da estrutura; acompanhar o desenvolvimento do trabalho da região (gerenciamento). Associação/Missão: administração do campo precisa ter encontros semanais com os departamentais para crescerem na visão e comunidade; analisarem e discutirem as informações das regiões; itinerários dos departamentais à partir do gerenciamento para observarem qual região precisará mais da presença de cada departamental (de acordo com o desempenho das atividades); no primeiro sábado, o departamental irá para sua região para estar com um distrito; diminuir eventos e programas do campo; assembleias de premiação dos melhores PGs (região); cadastro dos coordenadores e líderes; promover encontros para ouvir os testemunhos de pastores, coordenadores, líderes e igrejas de sucesso na estrutura. União Nordeste Brasileira: encontros semanais entre administração e departamentais para crescimento na visão e comunidade; materiais de apoio : vídeos, revistas e redes sociais (adventistas nordeste); desafios mensais para a rede (vídeos na Fan Page); aplicativo; cadastro dos coordenadores e líderes; programa de trabalho dos departamentais lincados com a estrutura de trabalho; vídeos-aulas e textos sobre a estrutura (Fan Page: adventistas nordeste); ouvidoria para tirar dúvidas (e-mail: WhatsApp: Convenção de Pequenos Grupos 31 O GERENCIAMENTO EFICAZ 32 Convenção de Pequenos Grupos Não é preciso que o gerenciamento tanto no PG quanto o distrital seja, frio, metódico, longo e cansativo. Precisamos de eficácia. A eficácia é fazer as coisas certas para se obter os melhores resultados. Em outras palavras, o gerenciamento não precisa ser complicado, mas precisa ter as atividades certas que alcancem o objetivo proposto. O gerenciamento não é algo novo, ao nos voltarmos para as Escrituras Sagradas observamos que grandes projetos tais como: a construção da Arca de Noé, a construção do tabernáculo, o projeto de Deus para Abraão, a saída do povo de Israel do Egito, as conquistas da terra prometida, a reconstrução de Judá por Neemias e em outros episódios bíblico, Deus sempre apresenta aos seres humanos um projeto a ser iniciado, planejado, executado, devidamente controlado e finalizado para que possamos: crescer, amadurecer, aprender, desenvolver, sermos melhores a cada dia com o propósito de compartilhar de Suas grandezas e maravilhas em nós (missão), refletirmos a sua grande majestade através dos nossos atos e devoção (adoração), aprendermos a nos relacionar com a pessoas que participam e/ou participaram conosco (comunhão), aprendermos e ensinarmos as pessoas a fazerem o que deve ser feito (discipulado) e exercer a função apropriada nos projetos que Ele põe diante de nós (ministério). Em suma, o gerenciamento é a base para que um projeto seja bem-sucedido. E o Plano da Salvação é um plano bem-sucedido, porque foi gerenciado por Deus. Alguém já disse que “aquilo que não é medido, não pode ser avaliado. E o que não é avaliado, não pode ser melhorado”. Medir, avaliar e melhorar. Isso é gerenciar. Segundo o dicionário online dicio. com, gerenciamento é o “ato de gerenciar, administrar, dirigir ou administrar uma organização ou empresa”. Dentre os sinônimos para esta palavra, podemos destacar as palavras “manutenção”, “gestão”, “direção”. Naturalmente quando lemos ou ouvimos essas palavras, a nossa mente evoca imagens do âmbito empresarial ou corporativo, porém, gostaria de desafiar você a não se prender aos clichês sobre estas palavras. O gerenciamento além do aspecto corporativo, pode muito bem ser observado pelos aspectos eclesiásticos e espirituais do desenvolvido da vida cristã. O gerenciamento nos PGs é um chamado para administrar, gerir, dirigir o nosso desenvolvimento espiritual. Já imaginou? Normalmente deixamos os aspectos metafísicos do nosso desenvolvimento espiritual à parte de quaisquer acompanhamentos cognitivos. E qual tem sido o resultado? Uma vida sem crescimento, sem evolução, sem desenvolvimento. É isso que acontece com uma organização sem gerenciamento, é isso que acontece com a vida de um cristão sem administração. O projeto Líderes de Esperança objetiva formar novos líderes de PGs em todas as nossas igrejas. Esse movimento é, em si mesmo, um gigantesco desafio. Graças ao poder do Espírito Santo esses resultados já estão sendo vistos por todos os lugares em nosso território, porém o efeito que desejamos é que essa liderança cuide de cada um dos membros do Rebanho do Senhor. Pastoreio é o objetivo. Cuidar daqueles que Cristo comprou com Seu sangue. Pastoreio é promover crescimento, é administrar a vida espiritual, é gerir o desenvolvimento dos principais aspectos da vida cristã: Comunhão Relacionamento e Missão. Em outras palavras, pastoreio é gerenciamento. Contudo, a questão central sobre o gerenciamento é: Como fazer um gerenciamento que atinja seu principal objetivo? Não é preciso que o gerenciamento tanto no PG quanto o distrital seja, frio, metódico, longo e cansativo. Precisamos de eficácia. A eficácia é fazer as coisas certas para se obter os melhores resultados. Em outras palavras, o gerenciamento não precisa ser complicado, mas precisa ter as atividades certas que alcancem o objetivo proposto. Para que o gerenciamento seja um sucesso, entendemos que ele precisa ter pelo menos três momentos fundamentais: Testemunho - Esta é a hora da motivação. É quando a rede é energizada. O momento em que os líderes de PGs contam dos milagres acontecidos, as atiConvenção de Pequenos Grupos 33 vidades realizadas nas áreas da Comunhão, Relacionamento e Missão. É aquela parte em que podemos visualizar, de forma vibrante, tudo o que tem acontecido nos PGs e através dos PGs. Esse deve ser um momento apoteótico da reunião! Coleta de Dados - Esse é o momento central. A hora em que a rede é avaliada. Não pode ser uma parte meramente burocrática, por isso nada de simplesmente recolher os relatórios. Uma boa ideia que alguns tem feito é escolher um coordenador como secretário da reunião, e na chegada de cada coordenador, o relatório ser entregue a este secretário. Ele irá preparar o relatório do distrito, e, no momento da coleta dos dados apresentar um relatório geral do distrito, destacando os pontos positivos e os desafios de cada igreja e PG. Quanto a apresentação dos desafios, uma outra ideia interessante é reunir os coordenadores em grupos para discutir e sugerir ideias para que estes sejam superados. Essas ideias precisam ser aplicadas no âmbito do PG, Igreja e Distrito. 34 Convenção de Pequenos Grupos Contudo, o mais importante momento de análise de dados não acontece na reunião de gerenciamento. Acontece na reunião mensal da comissão de cada igreja, onde o pastor e o coordenador de PGs da igreja apresentam o seu relatório, e ali podem adotar medidas (muitas destas já podem ser as próprias sugestões da reunião de gerenciamento ou outras propostas por membros da comissão da igreja) para motivar o crescimento espiritual dos membros da igreja. Ampliação da Visão - Esta é a parte em que a rede é fortalecida. O pastor, um coordenador ou mesmo um líder de PG, apresentará um tema que ampliará a visão de liderança em rede de PGs. Esse seminário pode ser preparado pelo pasto, pelo coordenador ou utilizar o material que é provido pela UNeB no Boletim de Gerenciamento publicado mensalmente. Neste material sempre encontraremos bons temas para ampliar a visão dos pastores, coordenadores e líderes de PGs. Estes três momentos são os prin- cipais e fundamentais em sua reunião. Mas, isto não significa que não haverá outros. Podemos adicionar tantos quantos forem necessários para o crescimento e fortalecimento da rede de PGs. Porém, nunca subtrair. Para que sua reunião de gerenciamento seja eficaz e alcance seu objetivo, ela precisa ter pelo menos estas três partes. Você pode, de acordo com as suas necessidades, ter, quem sabe, até dez partes, porém, nunca apenas duas. Seguindo estes simples passos teremos um Gerenciamento Eficaz. Uma liderança comprometida. Uma rede fortalecida. Uma igreja pastoreada! Que o Senhor te use, meu amado líder, para que você seja o pastor segundo o coração de Deus, deste pequeno rebanho que Ele te confiou! Pr. Cleber Aragão – MIPES / Missão Nordeste