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Manuais de Jornalismo de Investigação
Apresentação da Equipa
Redactores e colaboradores
Adriaan Basson
Adriaan Basson trabalha como jornalista de investigação para o semanário Mail
& Guardian em Joanesburgo, África do Sul, desde meados de 2007. Começou a
sua carreira jornalística com o diário Beeld na qualidade de repórter para assuntos
de polícia e tribunais em 2003 e foi um dos membros fundadores da unidade de
investigações daquele diário. Foi um dos co-galardoados (juntamente com Carien
du Plessis) na primeira edição do Prémio Taco Kuiper em 2007 na categoria de
jornalismo de investigação em reconhecimento por uma série de artigos sobre
corrupção, fraude e nepotismo no Ministério dos Serviços Prisionais da África
do Sul. Em 2008, já no Mail & Guardian, integrou novamente a equipa vencedora
do Prémio Taco Kuiper, dessa vez pela série de artigos investigativos daquele
seminário que desenterraram verdades desagradáveis sobre o Comandante da
Polícia Jackie Selebi. As áreas de especialização de Adriaan Basson incluem o sistema de justiça penal, as
políticas sobre concursos públicos e a aquisição de armas pelo estado.
Tom Dennen
“Tenho trabalhado neste ramo, de forma intercalada, durante a maior parte da
minha vida e tenho tido a grande sorte de escolher os meus trabalhos. Um dia, no
tempo do apartheid e quando era assistente do chefe de redacção para assuntos
imobiliários do Rand Daily Mail, recebi um telefonema de um amigo que me disse
que, todos os dias, havia camiões a descarregar por detrás da sua fábrica artigos
que pareciam ser jornais. Na verdade, estavam a desfazer-se de cerca de 30.000
exemplares do jornal The Citizen, que naqueles dias era a caixa de ressonância
do Ministério da Informação, para obviamente alegar uma circulação de 30 mil
cópias certificada pelo Gabinete de Auditorias de Circulação.
Apanhados! Tirei fotografias, confirmei o facto de que um grande
carregamento de cópias do The Citizen não estava a chegar aos seus leitores e
noticiei o assunto. Do Rand Daily Mail não veio nem um pio.
Cerca de uma semana depois, antigos colegas dos Serviços de Segurança da Força Aérea dos Estados
Unidos informaram-me de que o Gabinete de Segurança do Estado da África do Sul (BOSS) tinha comprado
uma casa em Orlando, Florida. Noticiei o caso. No dia seguinte, fui parar à Esquadra John Vorster onde
passei por sérias vicissitudes. Pois é. Para mim, o jornalismo investigativo consiste normalmente numa série
de tentativas para pôr a nu comportamentos indecorosos por parte de responsáveis eleitos ou cleptómanos
sem escrúpulos que operam no mercado financeiro, e que sentem ambos aversão por este tipo de
investigações. Eu tenho tido sorte”.
Edem Djokotoe
Edem Djokotoe, nascido no Gana há 48 anos, é jornalista, colunista e formador
na área da comunicação social. Trabalhou como Oficial de Informação das
Nações Unidas em Lusaka, como correspondente do Serviço de Notícias Gemini
e como Chefe de Redacção de Formandos para a empresa Post Newspapers
Limited, possuindo uma vasta experiência de trabalho na região da SADC e como
consultor para a comunicação social. É titular de uma licenciatura em Jornalismo
e Estudos sobre Comunicação Social pela Escola Internacional de Ciências Sociais
da Universidade de Tampere da Finlândia, de uma licenciatura em Linguística
Aplicada e Literatura pela Universidade da Zâmbia e de um mestrado em
Jornalismo e Estudos sobre Comunicação Social pela Universidade Rhodes da
África do Sul. Do punho de Djokotoe saíram dois livros.
Apresentação da Equipa
Sage-Fidèle Gayala
Sage-Fidèle Gayala é um repórter superior do semanário independente Africa
News publicado em Kinshasa e recebe regularmente visitas de homens em
uniforme militar ameaçando-o de prisão por ‘difamação’: uma consequência
inevitável de denunciar a corrupção da elite que domina o empresariado e a
política no seu país.
Não obstante o perigo muito real enfrentado pelos repórteres investigativos
e críticos na RDC, Gayala tem denunciado corrupção nos contratos de habitação
e na exploração de diamantes por empresas locais e sul-africanas, assim como
no uso indevido dos fundos destinados à educação de eleitores em vésperas das
recentes eleições.
Encabeçou uma equipa do Fórum dos Jornalistas de Investigação Africanos
(FAIR) na investigação do assassinato do jornalista Franck Ngyke Kangandu e da sua esposa (ver o dossier
produzido sobre a investigação, “A Traição de Marshall”, no arquivo principal do Fórum e na página www.
niza.nl). Dirigiu a contribuição da RDC na Investigação Transnacional do Fórum em 2007. Neste momento,
Gayala lidera o estabelecimento do Fórum nos países africanos de expressão francesa.
Evelyn Groenink
Nascida nos Países Baixos, Evelyn Groenink reside na África do Sul desde 1990.
Investigou o comércio de armas entre países europeus e a região da África
Austral, e publicou artigos sobre o assunto no Mail & Guardian da África do Sul
e na imprensa holandesa. Em 2001, publicou uma matéria explosiva sobre o
negócio de armas que antecedeu o assassinato dos combatentes da liberdade
sul-africanos Dulcie September, Anton Lubowski e Chris Hani (Dulcie: A woman
who had to keep her mouth shut, Amesterdão, Atlas, 2001). Os artigos de
Evelyn Groenink sobre os casos de Dulcie September e Anton Lubowski foram
publicados na África do Sul e noutras partes do mundo, mas o seu trabalho
sobre o caso de Chris Hani apenas foi divulgado na Europa. Groenink ganhou
o Prémio Chave Dourada por ter usado a Lei do Acesso a Informação da África
do Sul a fim de obter acesso, entre outras fontes, aos arquivos sobre o comércio de armas efectuado
pela principal agência sul-africana de aquisição de material bélico, a Armscor. Em 2002, Groenink liderou
uma investigação do Instituto para a Promoção do Jornalismo (IAJ) sobre as condições de trabalho dos
jornalistas investigativos sul-africanos. O relatório sobre essa investigação, “Patriotas ou Marionetas?”
(Patriots or Puppets?), lançou as bases para a criação do Fórum dos Jornalistas de Investigação Africanos.
Desde então, Groenink tem vindo a trabalhar como coordenadora desse Fórum.
Joe Hanlon
O Dr. Joseph Hanlon é jornalista e académico. Foi autor ou organizador de
dezenas de livros e foi o coordenador do Estudo Especializado da Commonwealth
sobre as Sanções contra a África do Sul em finais dos anos 80 e assessor para
políticas do Jubileu de 2000 em finais dos anos 90 – prova de que as técnicas
do jornalismo de investigação são reconhecidas como úteis em circunstâncias
muito variadas. Tem redigido matérias sobre Moçambique durante 30 anos. Como
académico, é detentor de um doutoramento em Física e é Docente Superior de
Desenvolvimento e Resolução de Conflitos na Universidade Aberta da Inglaterra.
Joyce Mulama
Joyce Mulama é a correspondente para a África Oriental do Inter Press Service
(IPS), uma agência internacional de distribuição de notícias e informações por
telex. Fixada em Nairobi, Joyce Mulama possui mais de 10 anos de experiência
jornalística, tanto na impressa escrita como digital, e desde 2003 especializouse em jornalismo investigativo e de desenvolvimento. Em 2004, foi co-autora
da obra “Respeitar o Aborto Voluntário e Seguro: um Pré-requisito para uma
Maternidade Segura” (Respect Choice-Safe Abortion: a Pré-requisite for Safe
Motherhood), publicada pela Associação Sueca de Educação Sexual. Foi
galardoada com vários prémios de jornalismo, sendo o último o Prémio de
Comunicação Social Laço Vermelho atribuído pela UNESCO em 2007 pela sua
peça “Uso de Anti-retrovirais para Encher Estômagos Vazios” (Using ARVs to Fill
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Apresentação da Equipa
Empty Stomachs), que é discutida na presente publicação. Mulama enveredou pelo jornalismo investigativo
depois de ter sido “moralmente impelida a trazer à superfície os vícios que alargavam o fosso entre os
abastados e os destituídos na sociedade”. A sua pretensão é de exercer pressão em prol de uma mudança
positiva de políticas a fim de melhorar a vida dos cidadãos.
Eric Mwamba
Eric Mwamba tem sido um acérrimo jornalista de investigação desde a idade
dos vinte anos, tendo trabalhado em várias áreas e diferentes níveis em salas de
redacção. Foi chefe de redacção do 2 Rives, um periódico de notícias e informação
geral publicado em Brazzaville, e da Africa News (de 2006 a 2007), uma revista
pan-africana de notícias baseada em Abidjan. É membro do Fórum dos Jornalistas
Investigativos Africanos, da União da Imprensa Francófona e da secção de
jornalistas da Amnistia Internacional na Cote d’Ivoire. Produz artigos para a
comunicação social pan-africana e internacional, assim como para a imprensa
local da Cote d’Ivoire. Nascido no Congo, Eric Mwamba vive em Abidjan desde
2004.
Charles Rukuni
“Chamo-me Charles Rukuni. Sou um jornalista e formador zimbabueano com
um interesse especial pela redacção de peças sobre política e negócios. Estou
na área há mais de 30 anos, mas ainda acho a profissão apaixonante, apesar da
fraca remuneração. Gosto particularmente do jornalismo de investigação porque
constitui um desafio para o profissional. Testa todas as nossas competências
jornalísticas. Mas também é muito compensador porque quando é bem realizado
melhora a vida dos nossos leitores. Numa sociedade normal, uma boa matéria
de jornalismo investigativo deverá corrigir os males cometidos pelos poderosos,
tanto políticos como empresários, para benefício da sociedade em geral”.
Erika Schutze
Erica Schutze é uma jornalista independente que trabalha na região do Cabo
Oriental, África do Sul. Entre outros órgãos, colabora para o periódico Sunday
Tribune desse país. “O meu trabalho como jornalista ambiental levou-me às
profundezas da floresta Amazónia e a um ponto muito alto do centro de uma
turbina de energia eólica. Fui impulsionada pela minha preocupação por um
planeta em crise, com as suas espécies e biodiversidade em ameaça constante,
acarretando um concomitante conflito por recursos escassos entre os seus
habitantes. Em nenhum outro lugar esta situação é tão evidente como em
África, onde as questões “castanhas” (humanas) e “verdes” (ambientais) estão
constantemente em confronto. Como jornalista investigativa, posso ir até ao
fundo desta exploração de pessoas e do planeta, seguindo o rasto do dinheiro e,
quiçá, dando voz àqueles que são ameaçados por interesses não identificados, que manipulam e subornam
o poder instituído.”
T. Kenichi Serino
T. Kenichi Serino é jornalista, por vezes formador na área da comunicação social
e académico ocasional. Obteve uma dupla licenciatura em Ciências Políticas
e História pela Universidade George Washington (Washington DC, EUA) e um
mestrado em Jornalismo pela Universidade de Witwatersrand (Joanesburgo,
África do Sul). Redigiu matérias para várias publicações imprensas e digitais na
África do Sul. Sente-se orgulhoso de trabalhar na mesma profissão que muitos
outros grandes jornalistas que o antecederam. Aterroriza-o a perspectiva de não
corresponder aos altos padrões e à elevada importância dos seus antecessores.
Admite ter sido nado e criado em meio rural do Médio Oeste dos Estados Unidos.
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Apresentação da Equipa
Finnigan wa Simbeye
“Nasci em 1968 no distrito de Kilosa, região de Morogoro, no Sudeste da Tanzânia.
Realizei os meus estudos secundários em escola de Meta em Mbeya, terra natal
dos meus pais, antes de ingressar no The Guardian Ltd como repórter estagiário.
Continuei os meus estudos de jornalismo em França, em finais de 2002. Ingressei
na Media Solutions, os editores de Thisday e Kulikoni, em Novembro de 2005
como repórter superior e neste momento trabalho como repórter-chefe.
Também trabalho como correspondente da revista francesa African Report, de
uma publicação da Internet denominada “Observatório de Mercados da Europa
Central e de Leste” e da revista “Comércio da África Austral Visto por Dentro
(Insat)”, produzida no Botsuana.
Decidi ser um jornalista de investigação para homenagear indivíduos
e instituições que contribuíram de forma significativa para melhorar a vida das pessoas, assim como
denunciar a corrupção, a intolerância e funcionários públicos prepotentes que transformam a vida de
milhões no mundo num inferno”. Os artigos de Finnigan sobre contratos corruptos em 2008 levaram à
queda do governo tanzaniano.
Consultores especiais
Brant Houston
Brant Houston é o regente da cadeira de Jornalismo Investigativo e de Empresas
financiada pela Fundação Knight na Universidade de Illinois (EUA) e é um
antigo Director Executivo dos Repórteres e Chefes de Redacção Investigativos
(EUA). É co-autor do Manual de Repórteres Investigativos e autor da obra
“Jornalismo Auxiliado por Computadores” (Computer-Assisted Reporting). Houston
desempenha um papel central na Rede Mundial de Jornalismo de Investigação
e contribuiu para a fundação da Conferência Mundial sobre o Jornalismo
de Investigação que, realizada pela quinta vez em 2008, reuniu mais de 500
jornalistas investigativos todo o mundo na Noruega.
Estamos muito gratos pelas contribuições valiosas de Brant para o
presente manual e pela sua permissão e dos Repórteres e Chefes de Redacção
Investigativos com vista a usar alguns excertos do seu manual.
Margaret Renn
Margaret Renn passou a fazer parte do Departamento de Jornalismo da
Universidade de Witwatersand, Joanesburgo, como Professora Visitante
Taco Kuiper de Jornalismo de Investigação em 2009. Possui muitos anos de
experiência como jornalista investigativa no Reino Unido, onde trabalhou com
o conhecidíssimo jornalista investigativo britânico Paul Foot na sua coluna
semanal do Daily Mirror. Transferiu-se depois para Má Justiça (Rough Justice), um
programa modelo de jornalismo investigativo da BBC, dedicado à denúncia de
erros judiciais. A partir de 2000, passou a fazer programas de rádio para o serviço
internacional da BBC e de estações locais do Reino Unido. Antes de vir para a
África do Sul, foi coordenadora do Centro de Jornalismo Investigativo, baseado na
City University em Londres.
Gavin MacFadyen
Gavin MacFadyen é o Director do Centro de Jornalismo de Investigação da City
University em Londres, onde é professor visitante. É um produtor de cinema
e televisão, trabalhando para os programas Mundo em Acção da Granada
Television, 24 horas da BBC, o Programa do Dinheiro, Panorama, Despachos do
Canal 4, ITV, ABC e PBS Frontline. Redigiu matérias para o The Observer, o The
New Statesman e outros jornais do Reino Unido, do México e dos Estados Unidos
da América. As suas investigações cobrem um amplo universo, incluindo as
empresas DeBeers e AngloAmerican, a tortura de prisioneiros políticos na Bolívia
e na Turquia, assim como violência neo-nazi e organizações secretas. Foi preso em
vários países e ganhou distintos prémios internacionais.
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Apresentação da Equipa
Equipa de produção
Gwen Ansell
Organizadora e co-autora
Gwen Ansell, nascida no Reino Unido, é jornalista artística, formadora para a
área da comunicação social, escritora e organizadora de publicações. Trabalha
na África do Sul desde 1983 e prestou serviços no Botsuana, no Zimbábue, na
Zâmbia e, desde 1991, na África do Sul. Trabalhou como redactora-revisora para
as publicações regionais African Agenda e Africa South & East, e escreveu uma
série de livros, incluindo uma Introdução ao Jornalismo (2.ª edição, Jacana, 2007),
que possui todo o potencial para ser usada em muitos programas de formação
superior sobre jornalismo, e a obra Soweto Blues (Nova Iorque, Continuum, 2004),
uma história sobre o jazz sul-africano. É formadora para muitas instituições de
comunicação social e é membro associado do corpo docente do programa de
jornalismo da Universidade Witwatersrand.
Brian Garman
Desenho e configuração
rian Garman nasceu e cresceu no Zimbábue e, depois de ter concluído o ensino
secundário, ingressou na Universidade de Pietermaritzburg, África do Sul,
onde se licenciou em Microbiologia e Patologia Vegetal. Após ter trabalhado
para uma empresa de cultura de plantas, para uma ONG ligada à agricultura e
como leitor de Patologia Vegetal e Microbiologia durante vários anos, concluiu
que o jornalismo e o desenho eram muito mais interessantes. Mudou-se para
Grahamstown em 1997 e assumiu um posto de docente de desenho na Escola
de Jornalismo e Estudos sobre Comunicação Social na Universidade Rhodes em
1999. Lecciona configuração e desenho e está neste momento a preparar o seu
mestrado em Jornalismo e Estudos sobre Comunicação Social.
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