Protagonizar, para mim
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Protagonizar, para mim
Agradecimentos Agradeço a indispensável inspiração advinda especialmente dos dia nublados, nos quais impulsionamos todos os nossos neurônios e forças para algo nos vir como insight: ideias jamais pensadas, soluções coletivas, qualquer coisa na tentativa de mudar o mundo ou, pelo menos, nosso pequeno mundo! Nosso pequeno mundo, na verdade, é gigantesco, imensamente verde, inóspito, talvez, mas cheio de chances e desejoso de mentes que orientem seu rumo, que desabroche suas flores e frutos e realce as cores espetaculares de sua mata: nosso pequeno mundo chamase Amazônia e para preservá-la para novas gerações é requerida a sustentabilidade de seu desenvolvimento. Protagonizar, portanto, é a palavra-chave; é o norte, é a decisão para agirmos e transformarmos com a consciência da responsabilidade de técnicos, gestores e pensadores que somos! E é essa a proposta desse documento: ser manifesto e guia, inspiração e opinião. Agradeço um dia de muitas nuvens nos céus quando enxerguei por trás das nuvens e vi o sol - ele se chamava atitude - e decidi falar desse protagonismo, decisão, mudança e desenvolvimento, bem como parceiros, bons parceiros, prontos para a caminhada que nos levará à autoridade dos nossos saberes e rumos. Está posto o desafio! Angela Bulbol de Lima 3 Dedicatória Dedico a todos que sempre estiveram comigo e acreditaram no meu sonho e, mais que isso, fizeram tudo pra que ele se tornasse realizado. É deles, compartilho com eles, estamos juntos, sempre: À minha família, sempre apostando - desconfiando às vezes nas quais me entrego e arrisco demais - a eles um exemplo de que não desisti nunca! À equipe da ABL: Silvio, Fabiano e especialmente à Mayara, que já provou sua absoluta identidade, cumplicidade, profissionalismo e entrega total aos projetos da ABL. Sem eles só existiria inspiração. Com eles veio a transpiração que transformou nossas vidas! Angela Bulbol de Lima 4 Sumário 06 Protagonizar, para mim 08 Prefácio 10 Capítulo I: #MovimentoProtagonize 11 O Protagonismo e Eu 13 7 Regrinhas Básicas e Inspiradoras para Protagonizar 15 Protagonizar no Amazonas 17 Oportunidades Turísticas na Avenida Sete de Setembro: o Retrato de um Passado Presente em Manaus 23 Amazonas, no presente e desde o passado, tua vocação é protagonizar no turismo! 26 Homem e Trabalho – Relações, Pontos de Conflitos e a Oportunidade de Protagonizar 29 Treinado para vencer e protagonizar o Gerenciamento de Projetos da sua Vida 38 Quem são os protagonistas? 41 Alargue o Protagonismo: faça sua parte na cidade 43 Capítulo II: Sobre gente que protagoniza 44 Parceria PMI Amazônia & Fundação Nokia PMIef – Gerenciamento de Projetos para Transformar 46 Protagonizando em uma Selva de Pedras: A Assessoria Condominial em Engenharia – “O serviço indispensável para o seu condomínio” 49 Educação que gera Protagonismos e o Protagonismo na Educação 52 Protagonizar em face da Lei ou da Justiça 54 Um insight que gerou protagonismo: O case Busquecursos 60 O Encantador de Turistas 62 Protagonizando para Deixar Legados Sociais – Conheça o X-Lab 66 Pequenas Dicas para Protagonizar e Empreender no Amazonas 70 Sobre os Autores Por Angela Bulbol de Lima Protagonizar, para mim O que importa o saber acumulado, contido e não jorrado, quando há tantos a quem dizer e inspirar? São saberes técnicos para compartilhar e de todas as formas colaborar para promover uma intervenção poderosa e criativa na vida das pessoas. É esse sentimento que hoje revela o verdadeiro sentido da minha vida. Protagonizar é assumir uma posição de responsabilidade em fazer, mudar e transformar. Recontarmos nossa própria história a partir de decisões firmes em busca daquilo que desejamos nos tornar e, então, nos empoderarmos para isso, no sentido da incorporação de métodos e técnicas, ao mesmo tempo em que nos encorajamos para os desafios que vêm quando decidimos que faremos diferente. Protagonizar significa estabelecer as novas métricas da nossa vida - métricas de desempenho, conquistas e satisfação. É uma combinação de fatores, que implica em aprender sobre 6 mercado, produtos e serviços e consumidores, numa perspectiva renovada, sob novos e desafiadores olhares e prismas - e aqui reside toda a força dos protagonismos: é decidir fazer diferente e irromper com novidades poderosas, que reposicionam tudo, assumindo-se os riscos calculados dos novos formatos, que no mundo todo têm trazido de fato as grandes inovações e ganhos de performance em todos os segmentos da economia e seus intrincados movimentos. As mudanças partem dessa consciência plena do empoderar-se para fazer melhor, com conhecimento e feeling, apropriando-se de um novo regrário, com os novos saberes e demandas assumidos como diretrizes gerais, que reconhecemos necessárias no refazimento das áreas e setores onde decidimos protagonizar, liderar e reposicionar produtos. Protagonizar significa ser o agente principal de um ato ou um acontecimento. Significa ser o principal agente da sua história. É tomar para si a responsabilidade de sua vida e negócios. Diante desse significados e toda sua grandeza, decidamos fazer e mudar o rumo das coisas. Ao sucesso! 7 Prefácio Em 2013, um tweet saltou na minha timeline. Era o retweet de um coach a quem eu seguia à época e que me fez ler e reler o nome algumas vezes pra ter certeza de quem era. Na verdade, pelo sobrenome forte e diferente, não restavam dúvidas: era um tweet da professora de quem praticamente todos os alunos do meu curso falavam encantados pelos corredores da universidade e com quem eu não tinha tido ainda a oportunidade de estudar oficialmente. Sem hesitar, cliquei em “follow” e fiz uma mention para o @ que ela usa até hoje - @angelabulbol – sem a menor esperança de que houvesse uma resposta, o que aconteceu, para minha surpresa, alguns minutos depois. Alguns tweets depois, nos conhecemos naquela que é nossa casa, a UFAM, ela fazendo aquilo que faz com maestria: dando aula. Era uma aula de MBA, onde ouvi pela primeira vez sobre “economia criativa” e “protagonismo”. Três anos depois e bastante coisas vividas e compartilhadas, prefacio este e-book. A Professora Doutora Angela Bulbol de Lima, minha amiga, professora e orientadora personifica hoje esse protagonismo: 8 num momento de uma dita crise instalada, levanta-se como arauto, lembrando-nos do rio de oportunidades e possibilidades que podemos encontrar em nosso estado para desenvolvermos, empreendermos, criarmos e protagonizarmos! Angela protagoniza hoje lançando este primeiro e-book 100% regional, escrito pelo nosso povo e que, como uma das ferramentas do #MovimentoProtagonize, quer compartilhar conteúdo e cases para inspirar cada vez mais pessoas a empreenderem, tirarem projetos há muito engavetados para os executarem, escreverem seus sonhos num papel e traçarem um plano de ação para conquistá-los e fazer com que todos acreditem que podem ser protagonistas de sua própria história: realizando muito e assim, se tornando, dia após dia, mais realizados. Este e-book não está completo; os próximos capítulos e cases serão escritos por cada um de nós, na prática e diariamente, com nossas ações de protagonismo no trabalho, na faculdade, na família e na vida. Que nos levantemos reconhecendo nosso potencial e condições de protagonizar e, além disso, nos tornemos – cada um de nós – agentes inspiradores para que, através de nós, muitos outros também se levantem para protagonizar. Vamos juntos, desenvolver e fomentar uma grande rede de protagonistas em nosso estado. A caminhada já começou; contamos com vocês para concluí-la. #AmazonasProtagonista Mayara Sampaio Gerente de Conteúdo e Relacionamento da ABL 9 Por Angela Bulbol de Lima O Protagonismo e Eu Quando li e reli, em um tempo de refazimentos pessoais e profissionais, a palavra protagonismo com todas as suas letrinhas e fonética, percebi a grandeza que vinha de suas bem pronunciadas sílabas. Posso dizer que foi uma época de alguns ritos de passagem - nesse tempo iniciava um promissor doutorado cuja inspiração me levava à economia criativa e seus múltiplos agentes de transformação: eram temas, contextos, palavras revisitadas que se revelavam num encontro poderoso de novidades; conheci o extraordinário sentido do termo “territorialidade”, e procurava conversas nas quais pudesse encaixar essa palavra em tudo e discorrer sobre a compreensão do seu sentido na economia, na gastronomia criativa e no pequeno dicionário de palavras inspiradoras que se criava. Porém, nada se compararia ao poder da redescoberta dela, a força de sua expressão, a palavra PROTAGONISMO – Assim, em letras colossais! 11 Decidi desde esse dia - dia de alguma leitura interessante e instigante, como tantas que faço - que essa palavra seria minha! Eu queria ela pra mim, que pertencesse ao meu repertório e vida, dando sentido e ressignificados a tudo a partir daí: trabalho, projetos, escritas, conversas… e, acima de tudo, virou minha missão. Resolvi que ela daria alma a tudo o que eu fizesse, porque protagonizar significa dar vida e realidade às coisas, significa ter a prerrogativa de decidir se é sul ou norte, se será dia ou noite; decidi que decidiria tudo, o destino seria resultado das minhas escolhas, e fiquei, nesse empoderamento gigantesco, pronta para olhar e realizar ações para minha cidade e estado; assim, criei o #movimentoprotagonize, para refletir, manifestar, entusiasmar e fazer. Hoje esse movimento se encorpa, adquire força pelo peso de suas letras e poder de seu significado - esse que dilacera na coragem e vigor para empreender e não deixar o medo ocupar o espaço das boas ideias, da criatividade que renova e reconfigura e, especialmente, a capacidade de mudar, fazer diferente, liderar e redesenhar o futuro de um povo, de uma cidade e de um estado, com práticas, disciplina, sonhos também mas, essencialmente, vontade de orgulhar-se de ter a força do seu futuro na mão. Protagonizar pra mim hoje, é o que dá sentido a tudo: é a mensagem e legado que quero deixar, é como desejo importar e ser lembrada pelos outros, é minha vida em minhas mãos. 12 Por Angela Bulbol de Lima 7 Regrinhas Básicas e Inspiradoras para Protagonizar #1 Coragem! É possível, é viável, você tem forças, resiliência e poder para refazer sua vida, sim! Inspire-se com boas ideias e biografias - elas são fon- #2 tes de empoderamento para o exercício criativo que transforma as coisas; #3 Conheça os problemas da sua cidade, bairro ou comunidade e reflita profunda e criativamente em soluções; não pense em soluções complexas e de difícil implantação, pois você vai acabar criando uma rede de dependências que limitam sua capacidade de intervir; 13 #4 Pense em pessoas que compartilhem valores e sonhos e, a partir disso, crie uma equipe de apoio, que troque competências, complemente olhares e visões de problemas e soluções; #5 Busque apoio estratégico: instituições, gestores e pessoas inspiradoras - aquelas capazes de fazer você seguir em frente quando tudo parece desmoronar e elas, com palavras, ações e compartilhamentos lhe encorajam a seguir em frente, firmes! #6 Mantenha sua cabeça aberta, livre pra pensar, sonhadora, porém realizadora, estabeleça metas possíveis e se empenhe com disciplina para cumpri-las, mas não perca a felicidade de entender o significado das suas decisões, afinal, protagonizar significa mudar a rota e encontrar o caminho; Acredite na sua força interior, mantenha a autoesti- #7 ma em alta e prepare-se para a batalha, mas seguro e feliz com sua aparência e competências, pois elas são chaves para tudo na vida. 14 Por Angela Bulbol de Lima Protagonizar no Amazonas Olho minha cidade e às vezes não encontro nada além de sombras do passado imponente que tivemos, revelado em construções decadentes e dilapidadas, sem pinturas na parede e brasões desgastados na identificação dos seus anos de construção e glória. Onde deixamos tudo escapar? Em que pedaço de história e caminhos nos perdemos e deixamos tudo sem importância, imagens, cores e sabores? Por que é essa a sensação que tenho quando olho para trás e procuro respostas para as lacunas que permitimos; tenho essa mesma percepção quando vejo o presente insípido, desconectado de nossas vocações e as improvisações que vejo, que nada contam de nós, do que fomos, e perdemos. E do que podíamos ter feito. Espero do futuro minhas melhores e mais preciosas imagens. De decisões acertadas sendo tomadas, competência nos poderes públicos, de técnicos assumindo as decisões estratégicas para alcançar15 mos o que perdemos, e dos setores empresariais assumindo a liderança de negócios lucrativos e sustentáveis no estado, cujo cenário determina protagonismos, que nascem da vontade de quem nasceu aqui, e daqui enxerga seu futuro e felicidade. Que retomemos nossos gostos e sabores, que nos orgulhemos das mesas que frequentamos e de onde extraímos memória emocional de peixes e farinhas, convívio e sentimento de pertencimento a um lugar incrível, de verde de todos os tons, sabores de todos os cheiros e com consciência e responsabilidade nos dirijamos a negócios - negócios da gastronomia criativa que é a nossa cara, que é a cara da Amazônia, e não há ninguém que possa nos substituir na decisão de protagonizar nesse segmento. Enxergo minha cidade refeita e organizada para o turismo, aquele genuíno e próprio, com uma cidade que se organizou e mapeou seus pontos históricos e turísticos com inteligência e sensibilidade e que juntará, pela primeira vez na história, a nossa tão decantada hospitalidade e simpatia com a competência técnica para empreender - e disso depende inspiração e protagonismos. Estou pronta para os inúmeros próximos capítulos. E contem comigo: no nosso livro prático do protagonismo, essas são simplesmente as primeiras palavras. 16 Por Márcia Raquel Cavalcante Guimarães Oportunidades Turísticas na Avenida Sete de Setembro: o Retrato de um Passado Presente em Manaus Manaus é uma das metrópoles mais desenvolvidas da Região Norte do país. Localizada no Estado do Amazonas, o maior do Brasil em dimensões territoriais, rico em biodiversidade e onde se encontra o maior manancial de água doce do mundo, a “Capital da Amazônia” é o portal de entrada para a maior floresta tropical do planeta: a selva amazônica. A cidade, localizada à margem esquerda do Rio Negro, é reconhecida por conciliar o desenvolvimento econômico à preservação da floresta. A capital amazonense é detentora de características físico-ambientais singulares, além de possuir um patrimônio histórico e cultural de grande valor. O turismo em Manaus baseia-se na 17 diferenciação, associando o turismo de natureza com a experiência cultural tanto do ponto de vista histórico-urbano quanto de conhecimento de novos modos e costumes dos povos tradicionais e indígenas produzindo, desta forma, atrativos ímpares e diferenciados. No roteiro obrigatório de quem visita Manaus deve estar o Centro Histórico, onde é possível observar o casario antigo, outrora morada dos barões da Borracha e prédios imponentes, como o Teatro Amazonas, a igreja de São Sebastião e o antigo Palácio da Justiça, hoje transformado em centro cultural. Ferramenta competente de progresso, o turismo impacta mais de cinquenta setores da economia, promove a captação de novos investimentos, acelera o desenvolvimento social e econômico, incentiva o aumento da arrecadação e fomenta a geração de empregos. O reposicionamento da cidade nos cenários regional, nacional e internacional requer, entretanto, a realização de investimentos em infraestrutura que a nivelem aos grandes centros turísticos receptivos. A cidade precisa preparar-se, embelezar-se e equipar-se, condignamente, para o atendimento de seus visitantes, que tornar-se-ão, no futuro, os grandes divulgadores de suas belezas. Nesse contexto, o turismo vem ganhando espaço na discussão sobre as alternativas para o desenvolvimento econômico da cidade, tanto no que diz respeito aos atrativos naturais, como ao seu patrimônio cultural. Não se pode negar o destaque alcançado pelo turismo na sociedade atual, nem a sua importância no cenário econômico mundial, principalmente como fonte geradora de renda e elemento de integração sociocultural e ambiental. Diante dessa realidade, as características naturais e culturais dos lugares passaram a ser assunto debatido em diferentes países. A Região Norte e, em particular, a Amazônia, possui também uma forte vocação para o turismo, decorrente de singularidades naturais e humanas, que constituem atrativos para os turistas. 18 Porém, cabe destacar que o desenvolvimento da atividade turística no Estado e na capital apresentasse com lentidão e suscetível a falta de prioridade governamental, políticas públicas implantadas sem o envolvimento de toda a cadeia produtiva do turismo, descrença do empresariado local, entre outros. Observa-se que apesar da vocação forte e natural da cidade, em função da localização na região Amazônica, para o turismo de natureza, os atrativos e recursos culturais presentes são significativos em termos de quantidade e qualidade da experiência turística, agregando, assim, valor à visitação nas áreas naturais. Os patrimônios edificados, com construções de valor histórico e cultural, são em grande parte remanescente do período da borracha, concentrados no Centro Histórico de Manaus, área em que se situa a Avenida Sete de Setembro. Essas manifestações culturais auxiliam na composição do destino turístico Manaus, contribuindo para aumentar a permanência do turista na cidade através da combinação “natureza e cultura”. Nesse contexto, Manaus possui uma gama de atrativos históricoculturais que podem ser aliados aos elementos naturais da capital e do Estado do Amazonas. Os atrativos mais relevantes para o turismo em Manaus estão localizadas na área central, incluindo o Centro Histórico e a Orla da Ponta Negra. Boa parte dos atrativos turísticos da área urbana de Manaus, não está incluída nos principais roteiros turísticos comercializados, o que revela a baixa utilização destes recursos para fins turísticos, visto que um número considerável de turistas que chega a Manaus segue direto para hotéis de selva da região e não aproveita o riquíssimo acervo cultural e técnico-científico existente na cidade. Não é oferecido ao visitante um roteiro que pudesse contar parte da história da cidade através, por exemplo, de um passeio por uma de suas avenidas. Muito embora existam várias avenidas e ruas (Eduardo Ribeiro, Joaquim 19 Nabuco e Bernardo Ramos, por exemplo) localizadas no Centro Antigo que guardam parte do passado de Manaus, a Avenida Sete de Setembro é, sem dúvida, a que possui a maior parte das edificações históricas conservadas, podendo oferecer ao turista ou à população residente a experiência de conhecer as origens da cidade desde o período pré-colonial, passando pelo colonial, imperial, republicano, criação da zona franca e até mesmo intervenções urbanas contemporâneas. O destino Manaus precisa estar atento às suas fragilidades (infraestrutura urbana e turística), buscando diferenciação e inovação nos produtos turísticos disponibilizados ao turista/visitante. O mercado do turismo está cada vez mais competitivo, exigente e experiente. O turismo pode desempenhar um importante papel na educação e na formação cultural da sociedade, visto que o ato de viajar proporciona não apenas lazer, mas também conhecimento e cultura. Na realidade, poucas pessoas conseguem entender ou se inserir no processo de construção de um espaço, que vai além da materialização da arquitetura de prédios, monumentos, edificações diversas ou logradouros. A história das principais edificações localizadas na Avenida Sete de Setembro demonstra apenas fatos e datas de forma isolada, sem uma relação evolutiva com a paisagem construída na Avenida ao longo dos séculos. A construção, pavimentação e urbanização de ruas ou avenidas são elementos de base da formação visual de uma capital e de integração da população, residente ou em trânsito, com esse aspecto de urbanidade do ser humano, que também é um elemento de atratividade turística de um local. Analisar e interpretar o patrimônio é considerar que ele pertence à cultura em seu sentido amplo, está fundamentalmente relacionado ao passado e um legado cultural de um povo pelo qual se converge em uma representação da comunidade que herdou e o detém com a 20 finalidade de se tornar um símbolo de identidade cultural dessa comunidade. A valorização do patrimônio histórico-cultural, enquanto produto turístico e base para a construção da identidade é um dos aspectos que poderão ser apresentados e discutidos como novos balizadores para o desenvolvimento local, em termos econômicos, fortalecendo os laços dos moradores com a paisagem urbana da Avenida Sete de Setembro e promovendo um melhor posicionamento do destino Manaus no mercado através da diferenciação e especialização da sua oferta turística. A Avenida Sete de Setembro é um logradouro público, contendo edificações de interesse turístico, marcos arquitetônicos que se destacam na paisagem urbana. Um roteiro turístico por ela é uma possibilidade de oportunizar o conhecimento, a reafirmação da identidade local e do papel que este lugar desempenha no desenvolvimento turístico da cidade. Nela há diferenciais em relação a outros espaços de Manaus, já que nesse local coexistem elementos relacionados à evolução da cidade, representados por edificações, praças, ponte de ferro, monumentos e, recentemente, intervenções do Governo do Estado. As modificações ocorridas na Avenida foram resultado da circulação de mercadorias e do capital financeiro de dois marcos no desenvolvimento econômico da capital: o ciclo da borracha e a criação da Zona Franca de Manaus. Passado e presente conseguem dialogar ao longo da Avenida, dentro de uma perspectiva evolutiva e socioeconômica de Manaus, representando, assim uma grande atratividade turística para visitantes e residentes. Desta forma, a Avenida Sete de Setembro retrata a evolução social, histórica e econômica dos manauaras dentro de uma relação dialética entre citadino e cidade, visitante e habitante, passado e presente. O resgate da sua construção, em conformidade com o seu entorno até os tempos atuais, é o registro dessa relação, onde os principais momentos da memória da cidade de Manaus são mate21 rializados em uma Avenida, produto dessa sociedade em constante crescimento. Reconstituir a história de uma cidade implica num processo profundo de descobertas e reafirmações dos valores culturais de uma população, que precisa interpretar o seu olhar e descobrir através de uma rua ou avenida o verdadeiro exercício de construção da sua identidade e da sua cidade. A relevância de uma rua ou avenida não pode ser resumida apenas ao contexto físico-espacial, mas também como produto da sociedade, dentro de um processo cíclico e dinâmico de interpretação de sua própria história, ligando passado e presente em um só lugar que vai se reinventando ao longo do tempo. Pretende-se que esse descobrimento proporcione a reafirmação da identidade local, através de um olhar interpretativo da paisagem, uma nova opção de roteiro turístico ao trade, além de lazer aos residentes, e, sobretudo a possibilidade de reinvenção e autoconhecimento da cidade por meio da valorização dos seus aspectos históricos, paisagísticos e culturais. Existe a necessidade de transformar essa Avenida em um “roteiro interpretativo” fazendo com que primeiramente a população manauara reconheça a importância da historicidade da Avenida e do seu entorno, onde ao mesmo tempo essa mesma população possa se inserir dentro desse exercício de reconhecimento e reconstrução do passado em harmonia com o presente, relação vital para o desenvolvimento do seu futuro. 22 Por Roberto Bulbol Amazonas, no presente e desde o passado, tua vocação é protagonizar no turismo! Roberto gentilmente nos recebeu para uma entrevista em formato livre e nos brindou com muito conhecimento e expertise sobre o assunto “turismo no Amazonas”. Abaixo, transcrevemos alguns trechos; acompanhe: O entrevistado começa discorrendo sobre a Panair – empresa à qual ele credita as bases do turismo no Brasil e cujo triste episódio de encerramento de suas atividades em solo brasileiro é pauta do livro “Pouso forçado”, de autoria de Daniel Leb Sasaki, e publicado pela Editora Record. Ainda segundo o entrevistado, a Panair, que entrou no Brasil por Belém, fez a pista de aeroporto de lá e trabalhou as comunicações de apoio para os aviões - foi um marco histórico para o Brasil - com a ex23 tinção dela, no entanto, a região norte saiu do contexto internacional. No entanto, chegou ao Brasil a VARIG, que possuía em Manaus um hotel – o Hotel Tropical; assim, a VARIG fazia promoção não somente de seu hotel, mas do estado do Amazonas – divulgava o estado, juntamente com seus atrativos e explicava que nele havia hotel próprio, o que significava viagens ao estado e lotação do hotel, que à época, era um dos poucos. Uma verdadeira relação ganha-ganha. A VARIG, então, deixou de operar, o que gerou uma lacuna para a promoção turística do estado e que, segundo o entrevistado, não foi preenchida integralmente até os dias atuais. O Conselheiro prossegue afirmando que com a instalação da Zona Franca de Manaus, o turismo aumentou exponencialmente e a característica era business; segundo ele, o turismo era quase que exclusivamente para compras – o conselheiro da ABIH afirma ainda que nessa época houve uma alavancagem do mercado hoteleiro local, cujos hoteis tinham, sempre e constantemente, no mínimo, 80% de ocupação. No entanto, segundo ele, ninguém se preocupou em fazer um “plano B”, que posteriormente, se revelou necessário. Chegamos, então, à década de 80, onde os turistas demonstravam querer experiências diferentes, junto à floresta, aos nativos, à natureza propriamente dita, e é nesse contexto que nascem os hoteis de selva, cujo primeiro e maior expoente, por muitos anos, foi o Ariaú Amazon Towers. Então, quando Fernando Collor assumiu a presidência da República e o foco e estratégia da ZFM mudaram e sua finalidade não era mais compra, e sim indústria, o turismo, que era predominantemente para compras, continuou no business, mas agora tinha a ver com as pessoas que vinham trabalhar nas indústrias na ZFM instaladas – trabalhadores diretos e indiretos. Nessa época houve certo acréscimo na ocupação dos hoteis que passou a operar com 85% de ocupação média. 24 O entrevistado compara o Amazonas com o Pará, que tem se revelado forte, robusto e promissor no setor turístico. Segundo ele, o Pará tem a seu favor quatro fatores de extrema importância e relevância, a saber: estradas, rios, mares, malha aérea e localização geográfica; no oposto, temos o Amazonas, com dificuldades logísticas para ser acessado e condições de acesso predominantemente via avião, cujas passagens são caríssimas. Pará, o nosso vizinho que tanto nos tem ensinado sobre protagonizar no turismo, na cultura e gastronomia que lhes são próprios e hoje são referência na Amazônia. Que com ele aprendamos! Nossos gaps sejam vistos como oportunidades poderosas de transformação, crescimento e consolidação de uma marca que carregamos orgulhosos em nosso coração e que agora, como protagonistas, devemos assumir cada vez mais altivos: ser Amazonas, ser Amazônia, ser Amazônida! Tomando posse, de volta, daquilo que é nossa vocação desde o início: o nosso turismo – poderoso por natureza e encantador para sempre. 25 Por Maria da Glória Vitório Guimarães Homem e Trabalho – Relações, Pontos de Conflitos e a Oportunidade de Protagonizar As ciências sociais, em especial, a psicologia social, tenta explicar de forma abrangente as relações interdependentes entre o homem e o trabalho por ele executado. A insatisfação, os desajustes e até os conflitos manifestos por diferentes categorias de profissionais, são decorrentes do resultado da relação homem e trabalho realizado, marcado pelo antagonismo entre ambos, reflexos de interesses extrínsecos ao homem e ao seu desempenho. Tal relação, advém de interesses ideológicos de diferentes grupos sociais, conflitos mal resolvidos, acirrados pelos aspectos de poder e autoridade que são estabelecidos durante o processo. 26 O conflito caracterizado pelo mecanicismo e unilateralidade, faz com que o trabalho enquanto fonte de satisfação, pouco atenda às expectativas de diferentes classes sociais. Durante muito tempo, ao se falar em qualidade nas empresas, a ênfase era para a produção. Essa separação rígida começa a ser posta em dúvida com o advento da economia do conhecimento (Cohen 2000, p.76). Os empregados, consequentemente, passam a querer trabalhar em lugares mais agradáveis. Assim, as empresas são desafiadas a investir no ambiente, tanto para atrair talentos quanto para melhorar a produtividade. Mais do que isso, as empresas são desafiadas a implantar programas de qualidade de vida no trabalho que envolvam principalmente, as dimensões do estilo gerencial, da liberdade e autonomia para tomada de decisões e do oferecimento de tarefas significativas. Há a necessidade de que o homem possa, independente do trabalho que realiza, desenvolver uma concepção abrangente de si mesmo – inclusive corporal – visando facilitar as interações socioprofissionais, vislumbrando perspectivas de ampliar seu espaço de participação, melhorias individuais e tudo isso aliado ao reconhecimento e recompensas. Psicodinâmica motivacional: A maior parte dos estudos sobre motivação humana ateve-se especialmente à pesquisa dos fins ou objetivos motivacionais perseguidos pela grande maioria das pessoas. Tais estudos parecem ter-se orientado para a investigação de aspectos superficiais, isto é, apenas aparentes da pisicodinâmica motivacional. Acreditava-se que o mais importante seria conhecer o que motiva, em lugar de como se dá o comportamento motivacional. Essa forma 27 de estudar a motivação parecia vital para se “estimular”ou “provocar” a motivação por meio da utilização das “recompensas” que estivessem disponíveis no meio ambiente para se fazer a ligação entre produtividade atingida e o esforço desprendido pelo trabalhador. Um exame mais minucioso da situação mostrou que confundir a motivação com a antecipação das recompensas desejadas pelos indivíduos constitui um modelo pragmático, mas simplificado do fenômeno motivacional. A perspectiva mais natural para se compreender a motivação humana parece ser aquela que individualiza as pessoas levando em conta a sua história de vida particular, isto é aquilo que se denomina de “realidade motivacional do ser”. Se as técnicas de condicionamento podem ser aplicadas a um grande contingente de pessoas ao mesmo tempo, a estratégia de se conseguir trabalhar com pessoas motivadas exige mais dedicação do superior, ele deve conhecer as necessidades de cada um de seus subordinados. Há de se considerar, também, que a motivação individual pode sofrer, com relação à mesma pessoa, variações ao longo do tempo, tendo em vista o fato de que uma necessidade motivacional atendida desaparece, dando origem a novos estados de carência. Por todo o exposto, percebe-se que as relações de e no trabalho são recheadas de oportunidades para protagonizar; você pode protagonizar fazendo além do que lhe é esperado, encontrando oportunidades dentro e fora da empresa para se tornar um profissional melhor, mais preparado, agregando valor à empresa na qual está inserido mas, principalmente, se tornando um profissional cada vez mais desejado pelo mercado. Assuma a responsabilidade pelo seu desenvolvimento profissional; cresça nas relações, protagonize e veja o seu nome se tornar uma boa referência dentro e fora da empresa na qual você está inserido. 28 Por Vitor Texeira Kurahayashi Raposo Treinado para vencer e protagonizar o Gerenciamento de Projetos da sua Vida 29 O início de tudo O meu primeiro contato com a palavra “projeto” foi aos 9 anos de idade quando, após passar 3 anos numa banda infantil de flautas doces, me foi proporcionado escolher um instrumento musical mais complexo para iniciar meu projeto dentro de uma Banda Marcial Masculina, e então, escolhi o clarinete para me tornar um clarinetista. Aos 15 anos tive um novo contato com a palavra “projeto”, quando recebi uma proposta para lecionar MS-DOS e Windows 3.11em uma empresa de treinamentos. A ideia era montar cursos de informática para concorrer com as grandes empresas de treinamento da época. Fiz meu primeiro projeto “profissional; deu certo e ganhei meu primeiro honorário – na verdade naquela época o honorário não era o mais importante, mas sim fazer parte daquilo tudo. Passados dois anos, ao ingressar num estágio no departamento de engenharia da DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social tive outro contato com a palavra “projeto”, onde a minha função era apoiar os engenheiros e arquitetos no desenvolvimento de ambientes para os escritórios do INSS espalhados pelo Brasil. Passados dois anos mais, em 1999, ingressei na AmBev, na época conhecida como Companhia de Bebidas das Américas e que anos mais tarde viria se tornar a maior companhia de bebidas do mundo, e nesta oportunidade a palavra “projeto” significava tudo aquilo que fazíamos para alavancar resultados, melhorar produtividade, melhorar eficiência, para nos tornarmos a maior das Américas e, depois, a maior do mundo, e tudo com escopo, prazo, meta e custo bem definidos, e para isso os projetos serviam para melhorar, melhorar, melhorar e aperfeiçoar. Bem, esses quatro primeiros exemplos têm como intenção deixar 30 claro que projeto não é só montar um treinamento de informática, tampouco desenvolver ambientes para escritórios, e muito menos elaborar planos para melhorar a produtividade. Projeto está diretamente ligado a tudo que você realiza e/ou tem vontade de realizar na sua vida; Mesmo você ainda não sabendo. Você é gerente de projetos, e não sabia! O que um novo condomínio em Dubai em formato de palmeira, um braço robótico, um ataque terrorista e um casamento possuem de relação entre si? Todos são projetos – e, de longe o casamento é o mais complexo, com a stakeholder mais complexa e o mais caro de todos os projetos! Risos! 31 E por isso é necessário desmistificar a palavra projeto: ela não significa só fazer um projeto de arquitetura, a construção de uma ponte, um plano para conquistar um campeonato de futebol, um plano para chegar ao poder e lançar um novo smartphone. Essa palavra abarca todos os âmbitos e sonhos da sua vida: a sua viagem de férias com a família, é um projeto. O aniversário de 15 anos de sua filha, é um projeto. Fazer um puxadinho em casa, é um projeto. Conquistar a pessoa amada, é um projeto. Conquistar o primeiro emprego, é um projeto. Ou seja: tudo é PROJETO! Se analisarmos tecnicamente, você é Gerente de Projetos, pois já vivenciou e experimentou inúmeros projetos durante a sua existência! Portanto, PARABÉNS! Você é um GP (sigla que enuncia um Gerente de Projetos), e não sabia! O Gerenciamento de Projetos para protagonizar Ao longo das últimas duas décadas o que aprendi com minhas próprias experiências, com capacitações, troca de experiências, com o PMI – Project Management Institute - e etc., foi que eu não precisava dos conhecimentos de gerenciamento de projetos para ser um protagonista! Eu não precisava desse conhecimento específico para conseguir um bom emprego, para ter um bom salário, para fazer a viagem dos meus sonhos, para fazer uma excelente festa de casamento, para conquistar a minha rainha, para viver no exterior e explorar ao máximo essa oportunidade, para abrir quatro empresas nos últimos seis anos, para que minha filha nascesse com excelente saúde, para quem sabe comprar uma casinha no condomínio “palmeirinha” de Dubai. Ou seja, eu não precisava do gerenciamento de projetos na minha vida! 32 Neste momento, você se questiona: - Eu estou lendo um texto que teoricamente me descreveria como posso utilizar o gerenciamento de projetos para obter excelentes resultados na minha vida, e o autor comenta que eu não preciso disso? Estranho, certo? Mas é a pura verdade! Tanto você quanto eu não precisamos de nada disso! Certificação PMP®, CAPM®, PMI-PBA®, PgMP®, PMI-ACP®, PMI-RMP®, PMI-SP®, MBA em gerenciamento de projetos, curso de extensão em Washington, curso de Project Model Canvas® e curso de engenharia de requisitos, graduação, outros MBAs, mestrado, workshop disso e daquilo, outras certificações e etc.; mas, te confesso que eu fiz uso disso tudo. E me viciei! Me viciei, pois me tornei assertivo! Me viciei, pois comecei a errar menos, gastar menos, a falhar menos e com isso passei a acertar mais e a ter mais sucesso nos meus projetos e nos meus negócios. O maravilhoso do gerenciamento de projetos é que ele te propõe uma série de ferramentas, técnicas e boas práticas que te exercitam a vencer e a ser um protagonista. Muitas pessoas ou até mesmo você já tiveram excelentes ideias que gerariam valor, mas que por ter utilizado as ferramentas inadequadas e/ou por ter usado de forma incorreta as ferramentas adequadas impossibilitou que a ideia se tornasse em algo realmente grande e que agregaria valor para você e para os demais. 33 O Pulo do Gato em Gerenciamento de Projetos Por diversas vezes fui indagado para exemplificar qual é o caminho para o sucesso e para se obter o protagonismo na área de atuação. E pela mesma quantidade de vezes eu respondi com a seguinte pergunta: O que é sucesso para você? E neste momento eu peço ao leitor que reflita sobre a mesma indagação: O que é sucesso para você? Para mim, a melhor definição de sucesso é a de Ralph Wando Emerson que diz: Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração dos críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim, ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter sucesso! 34 Essa é a definição que carrego comigo, mas cada um é cada um e possui suas próprias crenças e convicções. Portanto, não há demérito nenhum em ter outra definição de sucesso e em tão pouco querer aprender os melhores caminhos para chegar o quanto antes ao protagonismo e ao sucesso dentro da definição de cada um. Portanto, existem dois caminhos: o da disciplina e o do “pulo do gato”. Ambos me foram apresentados em momentos distintos, e o interessante é que o caminho do “pulo do gato” me foi compartilhado num momento ímpar da minha vida, aquele momento que você está no lugar certo, na hora certa, com a pessoa certa e que você sente que todos os astros estão alinhados, ou seja, a chance disso se repetir é tão pequena quanto improvável. E por muito incentivo (leia-se insistência – risos) da Mayara Sampaio em escrever esse texto terei a oportunidade de compartilhar com você os dois caminhos. Disciplina Esse caminho nos permite alcançar nossos sonhos e objetivos ao longo dos anos, às vezes ao longo de uma vida inteira, já que é aquele que nos possibilita através do sucesso e insucesso discernir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, colocando seu livre -arbítrio sempre a serviço do bem; ter vontade firme e adotar uma atitude mental positiva, otimista e determinante diante de todas as situações aparentemente negativas da vida; procurar corrigir todos os erros tão rapidamente quanto possível; lembrar sempre de que pensamentos e desejos positivos atraem o bem e o sucesso; que os pensamentos negativos e o medo atraem o mal e o fracasso; lembrar sempre de que estamos nesta vida para aprender e evoluir, e que somente podemos aprender a fazer, fazendo; vencer todo e 35 qualquer obstáculo, nunca desanimando da luta, quaisquer que sejam as circunstâncias; construir o próprio futuro invocando sempre as suas próprias forças internas, aconteça o que acontecer; traçar as próprias metas e objetivos gerais, revisando-os diariamente, mediante reflexão e observações; conferir o rumo de suas ações, fazendo diariamente um balanço dos resultados. Esse é o caminho da disciplina! Pulo do Gato O pulo do gato é comum em todas as empresas, assim como nas empresas de projetos, onde o gerente sênior treina o gerente novato. Em um mês no máximo, o veterano consegue passar para o jovem todos os truques da arte de gerenciar bem, quer dizer, quase todos. Quando um novato não consegue atingir os mesmos resultados a reclamação é sempre a mesma: - “O veterano ensinou tudo que sabia, menos o pulo do gato”. Então, agora compartilho com vocês o pulo do gato em 7 etapas: 1. O gato gira a cabeça para que seus olhos fiquem paralelos ao solo, mesmo que o resto do corpo ainda esteja torto; 2. O gato estica o rabo na posição vertical, girando constantemente para ajudar no equilíbrio; 3. O gato gira a coluna e alinha a parte dianteira do corpo com a cabeça; 4. A parte traseira do corpo é alinhada com a parte dianteira; 5. As quatro patas se emparelham para que possam tocar o solo ao mesmo tempo; 6. A poucos centímetros do chão, o gato estica bem as pernas e arqueia a coluna; 7. No exato momento em que toca o solo, o gato descontrai as 36 patas e endireita a coluna. A ação funciona como um perfeito amortecedor de impacto e o bichano sai caminhando sossegadamente. Não importa a quantidade de vezes que o gato pule durante toda a sua vida, essas são as 7 etapas do pulo do gato. Portanto, na vida para se obter o protagonismo e o sucesso é preciso ter disciplina! E para ter disciplina basta usar o caminho anteriormente elucidado. Utilize as ferramentas, técnicas e boas práticas do gerenciamento de projetos e construa o seu castelo de vitórias e conquistas! Não existem pessoas que são fadadas ao sucesso ou ao fracasso, o que existe na verdade é a disciplina para escrever o seu destino! Destino é seu ponto de chegada. Pense num ônibus, quando inicia uma viagem, ele tem claramente definido o ponto de chegada. Para uma pessoa é a mesma coisa, seu destino é onde você quer chegar, ou seja, é definido por você! Onde você quer chegar? Para conhecer mais sobre gerenciamento de projetos, ferramentas, técnicas e boas práticas convido todos a se envolverem e conhecerem o PMI Amazônia Chapter, pois coisas boas acontecem quando você se envolve com o PMI e o PMI Amazônia. Maiores informações www.pmiam.org - [email protected]. 37 Por Mayara Sampaio Quem são os protagonistas? Gosto da definição que diz que um protagonista é “a principal pessoa numa determinada ação, responsável por determinadas ações”. Infelizmente, em nossos dias, ao se falar em protagonista logo associa-se tal palavra somente àqueles que possuem papel principal em tramas de cinema e tv, esquecem-se as pessoas do mais importante protagonismo que há: ser o protagonista do mais belo enredo já criado: a vida! Protagonistas são aqueles que vão lá e fazem, que não esperam pelo “destino”, ou pelas “condições perfeitas”, ou ainda pelo “alinhamento dos astros”, ou pela “fase na qual a vida se tornará mais leve e menos dura pra eles”; os protagonistas são aqueles que têm a consciência de que a vida é dura e difícil, mas pode ser maravilhosa e cheia de belos frutos de acordo com nossas decisões e ações; os pro38 tagonistas, definitivamente, não esperam a hora e fazem acontecer! Tenho observado que os protagonistas compartilham de algumas características essenciais, veja: - Eles são ousados, destemidos e corajosos Um protagonista nunca deixa de realizar por medo. Veja bem: não é que eles não tenham medo - todos, em algum momento de suas vidas, têm! - mas eles agem apesar do medo. E essa coragem os faz conquistar e realizar “coisas maiores”. Sempre! - Eles abominam a mediocridade Mediocridade nada mais é que a média; uma pessoa medíocre é uma pessoa mediana. Os protagonistas abominam e fogem do conforto de ser uma pessoa na média e que faz o que todo mundo faz. São pessoas que vivem diariamente indo além, fazendo mais, e se autoexpulsando da zona de conforto. Protagonistas são excelentes - e eu adoro isso! excelente aqui, mais do que superlativo de bom, mas no sentido da excelência: fazer muito bem feito e além do esperado - sempre. Os protagonistas são aqueles que as pessoas geralmente caracterizam como os que “têm algo a mais”. - Eles são inquietos e insatisfeitos Desafiam o status quo, não se contentam em ser “mais um”, trabalham por uma causa que é maior que eles, arregaçam as mangas, empreendem, constroem, destroem, reconstroem e, definitivamente, geram mudanças transformadoras. 39 - Eles são apaixonados Nunca - NUNCA! - encontrei um protagonista que não fosse apaixonado. Paixão por uma causa, um projeto, um sonho, uma visão, um movimento, ou uma missão. E é paixão mesmo, porque é aquele sentimento ardente, avassalador, que te faz passar noites em claro pensando, executando e traçando estratégias para realizar. Pesquise você também sobre aqueles que protagonizam e descubra, como eu, que se é um protagonista, então, é um apaixonado! - Eles são resolvedores de problemas Um de meus mentores me ensinou que só seremos lembrados por duas coisas: os problemas que criamos, ou os problemas que resolvemos. Protagonistas resolvem problemas, porque de gente que os cria o mundo já está cheio! Tudo o que foi criado, o foi para resolver um problema: carros foram criados para resolver problemas de locomoção; canetas foram criadas para resolver problemas de escrita; lâmpadas foram criadas para resolver problemas de escuridão. Protagonistas empreendem, ministram aulas e palestras, escrevem livros, dão entrevistas, gravam vídeos, criam canais no youtube, são responsáveis por blogs, lideram movimentos e fazem seu trabalho com maestria incomum para resolverem os problemas aos quais foram comissionados. E você: qual problema nasceu pra resolver? Descubra: esse é o indicativo da sua missão! E após descobrir, realize, faça acontecer e #protagonize! 40 Por Angela Bulbol de Lima Alargue o Protagonismo: faça sua parte na cidade Vou deixar para trás a costumeira rixa entre vizinhos e me permitir uma quase licença poética, ao mesmo tempo em que também peço isso aos meus mais bairristas e apaixonados conterrâneos, que certamente serão poucos, pois há muito se entende o mundo como global - não mais local e muito menos pessoal - um mundo com oportunidades para todos, livre de ranços e preconceitos e alargado na capacidade de empreender, superar dificuldades, desafiar e vencer. No fundo é isso que importa: ocupar o seu espaço, achar o seu lugar ao sol e, com sabedoria, visão, algumas lições mercadológicas e, óbvio, coragem e sorte, ser bem sucedido e dignamente orgulhar-se do seu trabalho e das conquistas que virão! Admiro imensamente o Pará, nosso vizinho! 41 Na minha experiência com o Doutorado no Porto, cuja tese abrange oportunidades na implantação de estratégias para o ecoturismo no Amazonas, estendi profundamente meus estudos nas raízes do nosso potencial e aprofundei pesquisa sobre a combinação estratégica (o “branding”) e mística quando da junção magistral dos nomes Amazonas e Amazônia criando um produto único, original, genuíno, exótico a olhos estrangeiros - marketing puro e pronto para alavancarmos de vez nosso desenvolvimento, sem dependência de modelos e oscilações econômicas danosas e dolorosas para um povo rico de histórias, memórias e saberes, mas um tanto quanto modesto, às vezes temeroso, tímido mesmo, sem muito orgulho da imensidão de nosso cenário, que é patrimônio tão cobiçado por tantos, e por nós tão diminutamente visto na sua imensa e extraordinária capacidade de ser pensado como instrumento de inovação em ideias, negócios, soluções. E não posso deixar, sem pesar e sem desculpas, de louvar as iniciativas criativas, colaborativas e diferenciadas do vizinho Pará, que ousou e se atreveu a usar tudo: combinou sabor e música, paisagem e memória e criou de fato produtos e serviços diferenciados, absolutamente regionais e seus, sem imitação permitida ou possível, pois está enraizada num povo orgulhoso de sua dança e ritmos e que também é entusiasmadíssimo para dizer e contar que sabor tem a tal da maniçoba, mas que esconde como um tesouro o segredo dos seus fazeres; esse é o mesmo povo que ensinará a seus filhos e netos, para que não esqueçam jamais suas tradições e mistérios! Então, vamos lá? Nada de rixas: aprendizado é a palavra! Exemplo e protagonismo estão na pauta do dia. Alarguemos tudo: oportunidades, trabalho, orgulho e vitórias. E aprendamos a conjugar, porque vizinho sempre é bom ter como amigo, para troca de xícaras, bate-papos nas janelas e todo compartilhamento que multiplica com quem se é quase irmão! 42 Por Ana Carolina Gaeta Parceria PMI Amazônia & Fundação Nokia PMIef – Gerenciamento de Projetos para Transformar* Disseminar conhecimento e promover o Gerenciamento de Projetos - este é um dos maiores objetivos e desafios dos voluntários do PMI – Project Management Institute - distribuídos em mais de 250 capítulos ao redor do mundo. Pensado nesta missão, o projeto “Gerenciamento de Projetos para Transformar” foi desenvolvido pelo PMI Amazônia em conjunto com PMIef (Fundação Educacional do PMI) e visa ensinar e promover cultural e socialmente teorias e habilidades do Gerenciamento de Projetos para a vida, através de conceitos e aplicações, contribuindo para o bem social e educacional. Tendo em vista a crescente demanda por tais habilidades e bus44 cando um diferencial para seus alunos e colaboradores, a Fundação Nokia, uma das melhores instituições de ensino da Região Norte, com 27 anos de história e vitórias em diversas olimpíadas do conhecimento e feiras científicas, tornou-se a primeira escola de Manaus a implementar o “Gerenciamento de Projetos para transformar”. Através dessa parceria, por meio dos próprios voluntários do capítulo, foram aplica-dos em sala de aula os conceitos do Gerenciamento de Projetos, abordando todas as suas áreas de conhecimento com o objetivo de preparar estudantes e colaboradores para um futuro melhor. A metodologia adotada consistiu em cinco aulas semanais, com aulas de 4h de duração para professores/funcionários, de forma dinâmica e didática para um melhor aproveitamento. O material utilizado foi do próprio PMIef: Project Management Toolkit for Teachers™ – Objetiva capacitar os professores no uso das boas práticas do gerenciamento de projetos de modo que eles possam estar preparados para passar adiante todo o conhecimento adquirido para seus próximos alunos. Esperamos com esse programa transformar a vida pessoal e profissional de cada um dos envolvidos para que usufruam de todos os benefícios e ensinamentos que lhe serão concedidos, podendo contribuir para formar uma sociedade mais preparada e desenvolvida. “Coisa boas acontecem quando você se envolve com o PMI” * Informações sobre a Fundação Educacional do PMI (PMI Educational Foundation) podem ser encontradas no site da instituição (em inglês): www.pmief.org ou na própria página do PMI Amazônia: www.pmiam.org. 45 Por Thiago Maron Protagonizando em uma Selva de Pedras: A Assessoria Condominial em Engenharia – “O serviço indispensável para o seu condomínio” Prédios residenciais, edifícios comerciais, conjuntos de uso misto, condomínios de casas, hoje em dia há diversas formas de habitação. Porém, tal qual um ser vivo, qualquer empreendimento carece de manutenção, seja pelo uso regular de seus sistemas construtivos, seja pelo desgaste e pelo envelhecimento natural de seus materiais. Na verdade, a similaridade entre edificações e o corpo humano é tanta que termos vastamente utilizados no meio médico, como manifestações patológicas, anamnese e diagnóstico, foram aproveitadas para se referir a etapas e procedimentos de levantamento de falhas e anomalias em construções. 46 Em Manaus vem crescendo a quantidade de prédios que estão sendo construídos. Com as exigências cada vez maiores dos clientes e do mercado de forma geral, a velocidade da construção também tem que crescer mais e mais. Porém, como usualmente se diz, “a pressa é inimiga da perfeição”. Com o boom da construção em 2008 e a crise do mercado imobiliário logo em seguida, a qualidade da construção diminuiu significativamente. Isso tudo, ao final, culminou na proliferação de manifestações patológicas em edificações – trincas, infiltrações, descolamento de revestimento cerâmico, entupimentos, entre outros. Estas manifestações patológicas podem ser ainda de fácil constatação ou ocultas. Apesar de o nome ser autoexplicativo, identificar estes problemas requer o conhecimento de um engenheiro civil especializado para poder identificar a cadeia de eventos que levaram à manifestação. Em alguns casos, são necessários também equipamentos específicos para determinar a origem de vícios como câmeras termográficas, que podem ser utilizadas para detectar infiltrações ou sobrecargas em ligações elétricas. Além de tudo isto, com o advento da norma NBR 16280:2015 – Reformas em edificações - Sistema de gestão de reformas - Requisitos após a queda do Edifício Liberdade em 2012 na cidade do Rio de Janeiro, 47 todas as reformas em áreas privativas (apartamentos e salas comerciais) devem ser autorizadas pelo(a) síndico(a) antes de iniciar, caindo sobre ele(a) muita responsabilidade em caso de danos aos sistemas construtivos da edificação. Por isso, é aconselhável para a segurança de todos que durante esse processo haja o acompanhamento de um profissional especializado. Sabendo desta necessidade de todos estes serviços, a Quartzo Engenharia Diagnóstica & Gerenciamento, filiada ao Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Amazonas – IBAPE/AM, foi fundada em 2011 e atualmente é especializada em análises e perícias de Manifestações Patológicas no âmbito da Engenharia Civil, determinando suas origens e efeitos em edificações. Conhecendo bem a dinâmica, as necessidades e as dificuldades de condomínios, a Quartzo Engenharia criou o serviço de Assessoria Condominial, no qual um engenheiro civil especializado em patologias da construção presta consultoria à administração do condomínio no que tange aos serviços de Engenharia Civil. Através da Assessoria Condominial, o condomínio sabe em quem pode confiar quando houver dúvidas sobre a liberação da reforma de uma unidade, para saber dentre várias empresas qual contratar para realizar determinada obra ou ainda qual procedimento tomar se surgir alguma manifestação patológica. A Assessoria Condominial fornece maior proteção ao condomínio e ao(à) síndico(a) através de serviços técnicos especializados, assessoria exclusiva, acompanhamento adaptado às suas necessidades e análise de obras e reformas a fim de minimizar os possíveis riscos e incertezas que possam existir. Desse modo, o síndico pode se concentrar nas outras atividades indispensáveis para a boa condução do empreendimento e conforto para os moradores. Maiores informações podem ser encontradas diretamente no site da empresa: www.quartzoengenharia.com 48 Por Rony Siqueira Educação que gera Protagonismos e o Protagonismo na Educação Histórico do Programa Educações Iniciado em janeiro de 2013, o Programa Educações é apoiado pela Federação Nacional das Escolas Particulares - FENEP - e pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas – Sinepe - AM. Em 03 anos, superou a marca de 15.000 bolsas de estudo por meio de parcerias com 23 instituições de ensino privado do Amazonas. Além disso, o Programa recebe auxílio de empresas amazonenses para a manutenção dos bolsistas. O Educações realiza inclusão educacional através da concessão de bolsas de estudo para diversos 49 níveis e modalidades de ensino, desde crianças de 02 anos, na educação infantil, passando pelos ensinos fundamental e médio. Além disso, os benefícios atendem cursos de idiomas, educação profissional, graduação e pós-graduação. Os estudantes com dificuldades em custear seus cursos são identificados e, através de processo seletivo, recebem a bolsa de estudo parcial, juntamente com assessoria para benefícios estudantis complementares, que contribuem para que ele possa arcar com os custos que lhe cabem. 50 O acompanhamento dos bolsistas envolve oferta de palestras, ações socioeducacionais, estágios e outras ações de empregabilidade. Educação privada Para o professor Rony Siqueira, o setor da educação privada deveria ser mais prestigiado pelos governos. “Quando estive à frente da criação do programa municipal “Bolsa Universidade”, na gestão do prefeito Amazonino Mendes, concedemos mais de 50 mil bolsas, combinadas com dezenas de projetos, em especial envolvendo os bolsistas, com destaque para o Parque Cidade da Criança. A troca da dívida dessas instituições pelos benefícios, fez com que milhares de estudantes, cujos pais não possuíam condições de custear seus cursos, viessem a receber uma formação superior. Atualmente, cerca de 75% dos universitários estão em faculdades privadas. Não podemos desconsiderar o valoroso papel desse setor para a formação profissional em nosso país. Em Manaus, centenas de escolas (educação básica) estão na informalidade e precisamos de uma política de incentivo à devida formalização, visando não só o aumento da arrecadação, mas priorizar a segurança do estudante. É um problema que não se vence apenas com fiscalização - é preciso que o poder público participe diretamente desse processo de formalização, apoiando o empresário da livre iniciativa na educação. Assim, muito nos alegramos em poder plantar essa semente de protagonismo no setor de educação do nosso estado, bem como, abrir caminho para que cada vez mais pessoas desenvolvam-se na educação e façam uso dela como caminho para protagonizar. 51 Por Graça Figueiredo Protagonizar em face da Lei ou da Justiça Dentre tantos desafios de uma gestão, eleger prioridades, quando na verdade todas as realizações no judiciário se apresentam como urgentes, é um grande desafio, posto que seu papel principal é a distribuição equânime da lei. A meta da minha gestão foi e será sempre a priorização do primeiro grau; foi assim que indo aos fóruns, caminhando, percebi de pronto a ausência de humanização dos espaços e do acolhimento ao cidadão que busca o seu direito. Enxerguei isso logo na porta de entrada, na acolhida principalmente aos mais desassistidos. Pronto! Estava traçado o percurso chamado vontade, que se traduzia em realizar, em dois anos, a humanização no Poder Judiciário; 52 coragem é necessária para realizar bem e com qualidade todos os empreendimentos, e em nossa empreitada não foi diferente. Assim, começamos a jornada e, remanejando espaços e fazendo a gestão de escassos recursos, tendo a criatividade como tônica e nossa aliada, mobilizamos e estimulamos todos a protagonizarem para a melhoria dos ambientes e dos serviços. Hoje quem vai aos Fóruns nota a diferença, principalmente, o personagem principal: o Povo, nosso jurisdicionado, a quem alegremente deixamos esse legado e esperamos, possam ser, a cada dia melhor acolhidos e mais felizes para que também tenham sua chance e oportunidade de protagonizarem e serem felizes e realizados em tudo. 53 Por Jander Brandão Um insight que gerou protagonismo: O case Busquecursos A trajetória teve início em 2012 na instituição de cursos onde trabalhava o idealizador do Busquecursos, Jander Brandão. Na época, um dos problemas da empresa acontecia quando os clientes iam em busca de um curso específico para sua área e não encontravam. Inserido no cenário de capacitação, Jander pesquisou as concorrências e obteve conhecimento das maiores instituições que oferecem cursos em Manaus; logo, indicar onde teria o treinamento procurado para cada pessoa virou tarefa fácil. A partir daí surgiu uma necessidade própria: Jander era estudante do curso de Ciência da Computação e precisava se aperfeiçoar em algumas linguagens de programação, no entanto, sentiu grande dificuldade ao tentar encontrar cursos disponíveis na própria área. Tentou atalhos pelo google e os resultados foram links dispersos e em sua grande maioria desatualizados. 54 Frustrado com a busca, Jander começou a entender aquilo de fato como um problema de mercado... A ideia agora era pensar em uma forma simples para ajudar as pessoas em uma escala maior. O CEO da Busquecursos acompanhou alguns grupos de divulgação de empregos no facebook e pensou consigo mesmo se aquilo estaria funcionando com divulgação de cursos. E, para sua surpresa, não estava; foi então que ele decidiu partir para a ação, que começou com a criação de um grupo no facebook que divulgasse todos os cursos que estavam sendo ofertados na cidade. “Até então eu não tinha a menor ideia de como monetizar aquilo; na realidade era somente uma ideia para ajudar as pessoas e aproveitar para ampliar o leque de divulgação dos cursos da empresa onde eu trabalhava”, diz Jander, que Tirou três semanas para aproveitar um tempo vago e ir em mais de 20 instituições de cursos na cidade e pegar os informativos. Ele divulgava os treinamentos de um por um no grupo, até mesmo para aumentar o número de publicações ali e engajar mais o público. Jander conta que esse processo relatado foi executado por aproximadamente dois meses quando foi surpreendido por um aumento incrível no número de participantes no grupo. “Cheguei ao ponto de ter que aceitar 300 pessoas por dia. Para manter o público mais atrativo para as instituições eu tinha que olhar de um por um para saber se as pessoas realmente eram de Manaus - uma forma de ter um público onde realmente as instituições locais desejassem estar”. Sobrecarregado com a quantidade de solicitações e interesse por parte dos participantes, o jovem empreendedor decidiu buscar ajuda. “Convidei dois amigos para me ajudar com o grupo, um deles é uma administradora e outro designer. Ao recrutar mais pessoas para abraçar a causa o grupo foi ganhando conceito para artes e 55 publicações, além de conseguir administrar melhor a adesão das pessoas e atrair mais cursos para divulgar no grupo”. O CEO da Busquecursos não precisava mais ir até às instituições pegar informativos de cursos, havia acontecido algo muito melhor: as próprias empresas já estavam procurando o grupo para divulgar seus cursos por lá; “Meu único trabalho estava sendo aceitar as publicações. Com a movimentação ficando gigantesca, as instituições de cursos começaram a oferecer pagamento por exibição em destaque no grupo, como mensagem fixada ou foto de capa. Foi quando eu parei e pensei se isso se tornaria um negócio; assim, reuni com todos os envolvidos e foram levantadas algumas propostas de pacotes semanais de divulgação. E daí houve a primeira monetização do grupo “Cursos Manaus”. Operando com o grupo por alguns meses as instituições sugeriram uma nova proposta, que seria a de ganhar porcentagem por cada aluno matriculado vindo através da divulgação do grupo. Novamente reunimos todos os envolvidos e observamos que seria uma oportunidade incrível de alcançar uma grande escala de matrículas e, além disso, as chances de monetização eram excelentes”, afirma Jander. Com todas essas oportunidades em mãos, havia chegado a hora de pensar em estratégias de divulgação. Foi quando surgiu a oportunidade de participar da Feira do Empreendedor, em 2014. “O evento em si foi um aprendizado incrível, tivemos uma visibilidade fenomenal, pudemos conversar com investidores e grandes empresas, algumas inclusive oferecendo propostas de parcerias, vimos que o negócio estava virando algo grande e era real”. A Feira foi um divisor de águas para a BusqueCursos: de lá saiu o primeiro investidor da empresa, que entrou com uma equipe para assumir o desenvolvimento técnico do produto. “Nos primeiros meses com os novos sócios, tudo era muito amor, 56 o desenvolvimento rolando, planejamentos acontecendo, gás total. Mas nem tudo são flores. No mundo dos negócios sempre há as consequências de uma ação tomada para o crescimento da empresa e pecamos logo na primeira tacada quando resolvemos levar nossa ideia para um evento. Esse capítulo da empresa eu costumo chamar de “publicidade suicida”, explica Jander se referindo à primeira participação da empresa no referido evento. Com ajuda para conseguir o espaço e material para divulgação a equipe acreditava estar pronta para expor o empreendimento que haviam criado. “O ponto negativo é que ainda não tínhamos sequer o site; a única coisa que podíamos mostrar ao público era a página do grupo no Facebook e um formulário online para quem tivesse interesse em receber as novidades de cursos. “O resultado final da ação não compensou o investimento, foi um banho de água fria pra gente. Não porque o evento tenha sido ruim, muito pelo contrário, pretendemos voltar, só que dessa vez mais maduros para trabalhar o público presente, que é o nosso público-alvo” explica o CEO da BusqueCursos. Validação dos Negócios Para finalmente concluir o processo, a equipe buscou três instituições locais para vender seus cursos atravéss da plataforma já criada; Jander avalia o resultado positivamente: “Foram mais de 200 matrículas em dois meses. Fomos também requisitados para vender alguns cursos de instituições de São Paulo, a serem realizados lá”. O negócio parecia estar pronto para decolar, no entanto, alguns problemas técnicos e de gestão atrapalharam o lançamento do site, foi quando a equipe decidiu se desvincular da sociedade que haviam 57 fechado anteriormente. “Buscamos revigorar nossas forças em São Paulo em um evento de startups e empreendedorismo, e ao voltarmos de lá muitas coisas foram acontecendo, como nossa entrada em uma aceleradora da cidade”, conta Jander se referindo ao local onde atualmente funciona o escritório da BusqueCursos e que tem como função impulsionar negócios escaláveis em estágio inicial. A sensação de que as coisas estavam correndo da melhor maneira e que finalmente dessa vez iriam decolar animaram Jander, no entanto, como é comum no mundo arriscado dos negócios, mais uma vez as coisas desandaram. “No decorrer de dois meses entraram três programadores além da sócia-administradora também ter 58 saído para assumir negócios familiares. Estando sozinho novamente, necessitei urgente ter uma nova equipe para compor o quadro de sonhadores do Busquecursos, foi então recebemos a indicação de um designer que permance até hoje, que é o Pablo Ayres nosso Chefe de Design e o Fábio Augusto, Chefe de Desenvolvimento” conta o CEO que comemora aliviado o fim dos obstáculos percorridos e enfatiza o momento próspero que tem ocorrido para a empresa. “Lançamos oficialmente o site Busquecursos (www.busquecursos.com) em Maio do ano passado e os resultados tem sido incríveis. Quando me perguntam como estamos hoje: estamos no mercado fazendo o negócio acontecer. São mais de mil matrículas que já foram realizadas pelo nosso site e mais de 80 organizadores de cursos locais que utilizam nossa ferramenta para gerenciar e vender seus treinamentos. Estamos em processo de escala do nosso produto e recentemente chegamos à cidade de Goiânia e já vislumbramos operar em mais três cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que é de onde vem nossas maiores taxas de acesso no site depois de Manaus e Goiânia” afirma Jander, ressaltando ainda vitórias conquistadas já no ano de 2016, como as notícias em todas as mídias locais, além do destaque no jornal “The São Paulo Times”. “E as notícias boas não acabam aí: fomos selecionados para participar de um programa de aceleração que envolveu mais de 1.372 startups de todo o país e o BusqueCursos foi uma das 300 selecionadas para participar de treinamentos e mentoria a fim de otimizar negócios” finaliza o CEO da startup BusqueCursos, otimista com os novos projetos e buscando cada vez mais levar educação e capacitação de maneira simples, acessível e tecnológica. 59 Por Olímpio Carneiro O Encantador de Turistas Olímpio Carneiro, um cearense-amazonense. Seu Olímpio tem 55 anos, nasceu no Ceará, mas mora no Amazonas desde 1987. Ele tinha uma empresa em Fortaleza, da qual trouxe uma filial para Manaus; pouco tempo depois, junto com muitos brasileiros penalizados por uma época conturbada política e economicamente, ele “quebrou”. A partir daí, foi para Presidente Figueiredo trabalhar com pedreira, mas por ter encontrado algumas dificuldades, decidiu trabalhar como taxista, profissão na qual ele afirma que “se encontrou”. Seu Olímpio começou a observar que seus colegas de profissão tão somente levavam os passageiros de um ponto ao outro, sem dar informação nenhuma sobre nossa cidade; então, ele decidiu que se preocuparia em fidelizar os seus clientes e os atenderia de maneira diferenciada. E deu certo! 60 Hoje, ele afirma com propriedade, que seu trabalho vai muito além do transporte de passageiros: seu trabalho é divulgar Manaus e o Amazonas, e isso ele o faz com maestria: dá aos seus clientes lembranças regionais, como vidrinhos de pimenta, cuias e semelhantes, além de muitas outras ações de relevância nessa categoria de serviço. Seu Olímpio decidiu protagonizar em seu segmento muito antes de conceitos como o UBER existirem de fato. Nosso case é regional, dá certo e põe o Amazonas em evidência, afinal, como intitulamos esse texto, ele é um encantador de turistas. Saiba mais acessando www.olimpiocarneiro.com.br 61 Por Ítalo Michiles Protagonizando para Deixar Legados Sociais – Conheça o X-Lab O Live Lab Manaus, faz parte de um projeto piloto que está sendo desenvolvido no Brasil, o qual visa reunir grupos potenciais para oferecer metodologias e estratégias, atuando como uma franqueadora social, que fomenta e fornece suporte para as unidades franqueadas (xLAB), até essas atingirem a independência e se tornarem verdadeiramente transformadoras. A metodologia inicial consiste em reunir doze jovens empreendedores e super poderosos durante seis meses em uma casa, onde irão elaborar projetos/ações de impacto social para aplicar na cidade, com os temas: Educação, Meio Ambiente, Desigualdade Social e assuntos pertinentes à realidade local. 62 Além disso, a Casa/base irá funcionar como um espaço aberto à comunidade, principalmente ao público jovem. Nesses locais, através de parcerias com ONGs, Movimentos e outros, serão realizadas palestras, rodadas de diálogos, mini-cursos, oficinas, eventos culturais e outros atrativos que envolvam a comunidade. O Live Lab visa através da Casa/base apresentar às pessoas o que acontece de bom na cidade; será uma espécie de ponte, fortalecendo a união do público com as iniciativas sociais de Manaus. 1) O que é e como nasceu o X-Lab em Manaus? No ano de 2015, Ítalo Michiles teve uma experiência em um projeto em São Paulo, chamado Play The Call (esse projeto visa mobilizar 2 bilhões de pessoas para salvar o mundo). Ele percebeu o quanto são importantes as iniciativas na construção de uma sociedade melhor, ao mesmo tempo em que notou que em Manaus são poucos os movimentos que envolvam realmente as pessoas, principalmente os jovens. Nessa viagem, ele comentou com a equipe do Play The Call, que gostaria que tivesse algo parecido no Amazonas. Em janeiro de 2016 Rui Lira (Baser PTC) o convidou para reunir um time de jovens para iniciar um projeto piloto, o X-LAB - um game onde em cada etapa iriam receber desafios e ter que executar tudo de forma rápida, divertida e sem colocar a mão no bolso. 2) Qual o perfil das pessoas que compõem o X-Lab hoje? Nós gostamos de nos conectar, conhecer pessoas novas, descobrir os sonhos de cada um e buscar realizar; o perfil das pessoas do X-Lab, é de jovens de 18 a 30 anos, acadêmicos ou recém-formados de diversas áreas do conhecimento, sendo que todos têm uma coisa em 63 comum: acreditam em uma sociedade melhor e querem ser protagonistas da mudança. 3) Quais as ações que vocês já desenvolveram no estado e quais os resultados obtidos delas? Nossas ações são divididas em micro-ações e missões “impossíveis”; até o momento realizamos três micro-ações, sendo a primeira uma coleta de resíduos sólidos na Cachoeira do Leão (21/04) - AM 010, km 37; a segunda tratou-se de compartilhar histórias através da doação de livros em um ponto central da cidade de Manaus (30/04) - a ação além de doar os livros visava criar uma corrente, onde após o término da leitura do livro a pessoa deveria repassar para outra; e a mais recente foi o Puxirum Amarelinho (15/05) que visava realizar diversas ações ao mesmo tempo, envolvendo a comunidade local: houve doação de roupas, livros, também atividades recreativas com as crianças da comunidade, música ao vivo e coleta de resíduos sólidos. 64 4) Já sabemos que a proposta do X-Lab é ser um grande game que une o poder do coletivo ao prazer de jogar. Na prática, como se dá esse game em Manaus? O Live Lab, ONG idealizadora do X-Lab nos passa desafios a serem superados, como fases de um jogo. Sendo os primeiros desafios: reunir os jovens super poderosos, conseguir uma base e escolher a missão impossível. Ao completarmos os desafios iniciais receberíamos uma imersão com os mentores do Live Lab, Edgar Gouveia Júnior e Rui Lira, como ocorreu na primeira semana de maio deste ano. 5) Quais os projetos e metas que o X-Lab tem para curto e médio prazo? O X-Lab Manaus tem a proposta de empoderar jovens a se tornarem mudadores do mundo, capacitando-os para se tornar empreendedores sociais dentro de suas áreas acadêmicas ou de atuação. Visa também realizar diversas micro-ações na cidade, além de duas “Missões Impossíveis”, com o objetivo de deixar um legado social para Manaus. Ressalta dois grandes projetos do X, o primeiro RH Voluntariado da cidade em formato online, além de construir um escritório o mais sustentável possível, onde funcionará X-Lab ONG. 6) Qual a mensagem do X-Lab para aqueles que tem o sonho e desejo de protagonizarem através do empreendedorismo social? Muitos jovens tem vontade de realizar e fazer parte de uma mudança por um mundo melhor, no entanto eles não sabem como fazer isso. Inclusive, muitos tem interesse em participar de algum movimento ou ONG, mas não sabe como fazer para participar. O X-Lab veio para reunir esses jovens e fazê-los descobrir quais são seus super poderes. 65 Por Angela Bulbol de Lima Pequenas Dicas para Protagonizar e Empreender no Amazonas Estamos na Amazônia, celeiro do universo! Dessa maneira, pensar criativamente é exercício obrigatório para nós, amazônidas; nossas raízes estão aqui fincadas e nossas memórias afetivas nos pertecem como patrimônio e legado; protagonizar é preciso, então: inventividade, decisão e ação! Sempre penso em produtos e serviços que são a cara e o jeito da Amazônia, usando uma expressão da emissora que veicula meu programa, o “Amazônia Empreendedora”, e penso sempre em conectar isso com um mercado que idolatra nossas cores, sabores e, por conseguinte, identidade cultural. Aqui quero compartilhar com vocês algumas ideias bem criativas que poderiam gerar negócios lucrativos e sustentáveis - se algumas 66 delas já estiverem em prática, parabéns aos autores, mas, um alerta: faltou marketing, e marketing é tudo. Vamos lá: 1 Faça da sua cozinha um laboratório de experimentação de sabores - pense em combinar frutas nutritivas harmonizadas entre si e crie sucos para seus filhos levarem para a es- colar; Deu certo? Eles gostaram do sabor? Pronto, você já tem um produto! Vamos desenvolver uma maneira para comercializá-lo primeiramente num segmento de clientes cuja aproximação e relacionamento sejam próximos e favoráveis às trocas e compartilhamento. Pensei na turma da escola dos seus filhos, eles seriam os propagadores, você os faria entender os benefícios dos sucos e a importância da regionalidade. Daí o network é seu: crie a partir das mães dos coleguinhas, professoras, pedagogas, coordenadoras… Garanto que todas as mães se interessariam por alimentação saudável para seus filhos, e os sucos seriam o primeiro produto de um portfólio de muito sucesso, com sanduíches, cookies e outras guloseimas. 2 Ainda no segmento gastronômico pensei numa opção de refeição para os conhecidos “pratos feitos” à base também da culinária regional: peixes locais, verduras e legumes, combinados em receitas de sustância para o público ao qual se destina, feitos a partir do compartilhamento de experiências, competências e atividades do SENAC-AM, que desenvolve projetos de capacitação muito importantes no estado, voltados a cozinheiros e garçons e outros setores da hospitalidade; na rede estariam presentes também fornecedores dos produtos utilizados no menu, que poderiam se tornar parceiros do projeto, obtendo vantagens financeiras. 67 Vislumbro oportunidades de associar essa ação à uma estratégia de marketing de responsabilidade social para todos aqueles que aderirem ao projeto, e o planejamento das vendas seriam iniciadas com contatos junto à construtoras e outro tipo de empreiteiras. 3 Permanecendo no setor gastronômico, pelo qual já demonstrei interesse profundo nas ideias anteriores, percebo, acima de tudo, a importância estratégica de providenciar- mos um acervo gastronômico da culinária regional, atualizado, não na gourmetização que inova e ressignifica sabores, mas permite nos distanciarmos da originalidade de nossa culinária de raiz, uma vez que os pratos são atualizados nas tecnologias de preparo. Quem não tem memória não tem história, portanto, esse trabalho significa recriar para um novo aprendizado de novas e sucessivas gerações, o que o povo amazonense utilizou durante a sua história como elementos de combinação culinária, gerando receitas que penso incríveis, e que mostrarão a capacidade e o talento de nossos antepassados. Será, assim eu enxergo, um memorial afetivo com nossa história! Quem se interessar por essa ideia, conte comigo como parceira - apaixono-me só de imaginar essa homenagem a tantas cozinheiras de “mão cheia”, como se dizia antigamente, sem contar na espetacular repercussão disso em escolas, adotando esse conhecimento como disciplina ou atividade pedagógica. Estamos juntos nessa empreitada?! 4 Você já pensou em adotar uma comunidade no estado do Amazonas? Falando nisso, você já percebeu a imensidão do nosso estado? Quão distante estão os nossos irmãos amazonenses do interior e quão imensas são suas necessidades e carências? Conheci através de um artigo, o trabalho de um paulista que chama Thiago Cavalli; ele, numa jornada de autoconhe68 cimento, chegou ao Amazonas e literalmente, como tantos, e quase todos, se apaixonou e assumiu um compromisso com nosso estado, criou uma escola na comunidade do Rio Tupana. Ele me inspirou profundamente, porque no seu absoluto desconhecimento da região, porém com vontades e sonhos imensos e tremenda empatia com o lugar, vinculou-se emocionalmente e empreendeu, juntou gente, chamou amigos e artistas de São Paulo, criou uma rede de ações criativas que beneficiaram tremendamente o lugar e as pessoas de lá; hoje eles se capacitaram em artesanato regional, se empoderaram de conhecimentos e práticas em várias áreas e se orgulham de pertencer àquele lugar. Pensemos em nos solidarizar e gerar empatia também com nossa gente a partir da junção de forças entre parentes, amigos e vizinhos para levarmos mais do que esperança, esse é o espírito do projeto: que nos comprometamos a levar futuro a eles - com livros, computadores, saúde, palestrantes inspiradores, palavras de encorajamento e vida! 69 Sobre os autores Ana Carolina Gaeta Graduada em Engenharia de Produção. Especialista em Gerenciamento de Projetos em Engenharias e Arquitetura pelo IPOG – Instituto de Pós Graduação. Atualmente cursa MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV – Fundação Getúlio Vargas. Participou do Programa Executivo Internacional em Gerenciamento de Projetos realizado em parceria com a ISAE/FGV e a The George Washington University – School of Business, na cidade de Washington, DC – EUA (2014). Gerente de Projetos da Quartzo Engenharia Diagnóstica & Gerenciamento Ltda. Atualmente é Vice-presidente Administrativo e PMIef Liaison do PMI Amazônia – Brazil Chapter. Angela Neves Bulbol de Lima Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Amazonas (1982), Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (2001) e Mestrado em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Amazonas (2005). É Professora Adjunto da Universidade Federal do Amazonas, tem experiência nas áreas de Estratégia, Comportamento e Marketing Organizacional e atua no ensino de graduação e pós-graduação lato sensu. Exerceu a Presidência da Fundação Escola de Serviço Público Municipal de Manaus de 2009 a 2012. Atualmente finaliza seu doutorado na Universidade Fernando Pessoa em Porto, Portugal, atua como Docente na UFAM, é mentora do #MovimentoProtagonize e presidente da ABL Consultoria. 70 Graça Figueiredo Magistrada, pós-graduada em Direito, ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) e atual presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Jander Brandão Acadêmico de Ciência da Computação e CEO da Busquecursos. Márcia Raquel Cavalcante Guimarães Turismóloga, Mestre em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí-UNIVALI- (conceito 5 MEC-Capes; 2010-2012), MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas-FGV (2002-2003) e Graduação em Turismo pelo Centro Universitário Nilton Lins (1997-2001). É professora assistente do Curso de Turismo da Universidade do Estado do Amazonas-UEA e da Universidade Nilton Lins. Participou da equipe de elaboração do Diagnóstico da Hotelaria de Selva do Amazonas da Associação da Hotelaria de Selva da Amazônia Brasileira e no Inventário da Oferta Turística do município de Coari e Manaus. Diretora de Projetos e Captação de Recursos e de Infraestrutura e Qualificação Turística da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos-MANAUSCULT (Prefeitura de Manaus 2013-2014). Atualmente, é presidente do Conselho Estadual das Entidades do Turismo da Confederação Nacional de Turismo-CNTur e coordenadora do Laboratório do Curso de Turismo-LABOTUR da Universidade do Estado do Amazonas-UEA. E-mail: [email protected]. Maria da Glória Vitório Guimarães Graduada em Administração de Empresas e Administração Pública. Possui especialização em Gestão de Recursos Humanos , mestrado em Engenharia de Produção e doutorado em Ciências/Psicologia. É professora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em nível de graduação e pós-graduação. 71 Mayara Sampaio Finalista do curso de Administração na UFAM, Mayara Sampaio trabalha na AmBev, é pesquisadora CNPq, com foco nas temáticas de gestão de pessoas e geração y, é gerente de conteúdo e relacionamento da ABL, diretora de filiação e certificação do PMI Amazônia e uma apaixonada pelo #MovimentoProtagonize. Roberto Bulbol Conselheiro da Associação Brasileira da Industria de Hoteis - ABIH. Rony Siqueira Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal do Amazonas, professor, especialista em educação de jovens e adultos. Vencedor do Prêmio Nacional Ciranda da Ciência - Fundação Roberto Marinho (1993). Fundador do Centro Cultural do Zumbi (2003), implementou os programas Bolsa Universidade (2009) e Educações (2013), superando a concessão de 70 mil bolsas de estudo. Vitor Texeira Kurahayashi Raposo Mestrando em Educação Superior com ênfase em transdisciplinaridade e gerenciamento de projetos pela Universidade Nacional de Rosário. Especialista em Gestão Estratégica pela UCB e em Gerenciamento de Projetos pela FGV. Possui graduação em Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior, atualmente é professor da Pós-Graduação IDAAM, ocupa o cargo de Diretor na BSRM Training & Consulting, na TravelCorp, na FoxTech e na Plantamazon. Participa do PMI Amazônia Chapter como Presidente e no Instituto Soka – CEPEAM como Relações Públicas. Gestor Corporativo e Gerente de Projetos com 15 anos de experiência no Brasil, Japão, Taiwan e China; com carreira construída e consolidada em grandes organizações multinacionais, nacionais e estrangeiras nos segmentos da indústria, comércio e serviços. 72 Thiago Carvalho Maron Engenheiro Perito, é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM e possui MBA em Gerenciamento de Obras, Tecnologia & Qualidade da Construção e especialização em Auditoria, Avaliações e Perícias de Engenharia pelo Instituto de Pós-Graduação – IPOG. Possui tam-bém o nível de Asistente de Técnico pela Asociación Latinoamericana de Control de Calidad, Patología y Recuperación de la Construcción – ALCONPAT Internacional e o nível Master Internacional en Patología Avanzada I: Técnicas Avanzadas para el Diagnóstico de Manifestaciones Patológicas en Estructuras y Materiales, outorgado pelo CINVESTAV México e o Instituto IDD Brasil, atuando como Perito Judicial nas Varas Cíveis e de Acidentes de Trabalho da Comarca de Manaus. Atualmente é sócio diretor da empresa Quartzo Engenharia Diagnóstica & Gerenciamento Ltda. e Vice-Presidente Financeiro do capítulo PMI – Project Management Institute Amazônia. 73 Direção e execução ABL Consultoria Projeto gráfico e editoração Silvio Sarmento ABL Consultoria 2016 - Todos os direitos reservados. Manaus - Amazonas www.ablconsultoria.com