Protagonizar, para mim

Transcrição

Protagonizar, para mim
Agradecimentos
Agradeço a indispensável inspiração advinda especialmente dos
dia nublados, nos quais impulsionamos todos os nossos neurônios
e forças para algo nos vir como insight: ideias jamais pensadas, soluções coletivas, qualquer coisa na tentativa de mudar o mundo ou,
pelo menos, nosso pequeno mundo!
Nosso pequeno mundo, na verdade, é gigantesco, imensamente
verde, inóspito, talvez, mas cheio de chances e desejoso de mentes
que orientem seu rumo, que desabroche suas flores e frutos e realce
as cores espetaculares de sua mata: nosso pequeno mundo chamase Amazônia e para preservá-la para novas gerações é requerida a
sustentabilidade de seu desenvolvimento.
Protagonizar, portanto, é a palavra-chave; é o norte, é a decisão
para agirmos e transformarmos com a consciência da responsabilidade de técnicos, gestores e pensadores que somos!
E é essa a proposta desse documento: ser manifesto e guia, inspiração e opinião.
Agradeço um dia de muitas nuvens nos céus quando enxerguei
por trás das nuvens e vi o sol - ele se chamava atitude - e decidi falar desse protagonismo, decisão, mudança e desenvolvimento, bem
como parceiros, bons parceiros, prontos para a caminhada que nos
levará à autoridade dos nossos saberes e rumos.
Está posto o desafio!
Angela Bulbol de Lima
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Dedicatória
Dedico a todos que sempre estiveram comigo e acreditaram no
meu sonho e, mais que isso, fizeram tudo pra que ele se tornasse
realizado. É deles, compartilho com eles, estamos juntos, sempre:
À minha família, sempre apostando - desconfiando às vezes nas
quais me entrego e arrisco demais - a eles um exemplo de que não
desisti nunca!
À equipe da ABL: Silvio, Fabiano e especialmente à Mayara, que
já provou sua absoluta identidade, cumplicidade, profissionalismo e
entrega total aos projetos da ABL.
Sem eles só existiria inspiração.
Com eles veio a transpiração que transformou nossas vidas!
Angela Bulbol de Lima
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Sumário
06 Protagonizar, para mim
08 Prefácio
10 Capítulo I: #MovimentoProtagonize
11 O Protagonismo e Eu
13 7 Regrinhas Básicas e Inspiradoras para Protagonizar
15 Protagonizar no Amazonas
17 Oportunidades Turísticas na Avenida Sete de Setembro: o Retrato
de um Passado Presente em Manaus
23 Amazonas, no presente e desde o passado, tua vocação
é protagonizar no turismo!
26 Homem e Trabalho – Relações, Pontos de Conflitos
e a Oportunidade de Protagonizar
29 Treinado para vencer e protagonizar o Gerenciamento de Projetos
da sua Vida
38 Quem são os protagonistas?
41 Alargue o Protagonismo: faça sua parte na cidade
43 Capítulo II: Sobre gente que protagoniza
44 Parceria PMI Amazônia & Fundação Nokia PMIef – Gerenciamento
de Projetos para Transformar
46 Protagonizando em uma Selva de Pedras: A Assessoria Condominial
em Engenharia – “O serviço indispensável para o seu condomínio”
49 Educação que gera Protagonismos e o Protagonismo na Educação
52 Protagonizar em face da Lei ou da Justiça
54 Um insight que gerou protagonismo: O case Busquecursos
60 O Encantador de Turistas
62 Protagonizando para Deixar Legados Sociais – Conheça o X-Lab
66 Pequenas Dicas para Protagonizar e Empreender no Amazonas
70 Sobre os Autores
Por Angela Bulbol de Lima
Protagonizar,
para mim
O que importa o saber acumulado, contido e não jorrado, quando
há tantos a quem dizer e inspirar?
São saberes técnicos para compartilhar e de todas as formas colaborar para promover uma intervenção poderosa e criativa na vida
das pessoas. É esse sentimento que hoje revela o verdadeiro sentido
da minha vida.
Protagonizar é assumir uma posição de responsabilidade em fazer, mudar e transformar. Recontarmos nossa própria história a partir de decisões firmes em busca daquilo que desejamos nos tornar
e, então, nos empoderarmos para isso, no sentido da incorporação
de métodos e técnicas, ao mesmo tempo em que nos encorajamos
para os desafios que vêm quando decidimos que faremos diferente.
Protagonizar significa estabelecer as novas métricas da nossa
vida - métricas de desempenho, conquistas e satisfação.
É uma combinação de fatores, que implica em aprender sobre
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mercado, produtos e serviços e consumidores, numa perspectiva renovada, sob novos e desafiadores olhares e prismas - e aqui reside
toda a força dos protagonismos: é decidir fazer diferente e irromper
com novidades poderosas, que reposicionam tudo, assumindo-se os
riscos calculados dos novos formatos, que no mundo todo têm trazido de fato as grandes inovações e ganhos de performance em todos
os segmentos da economia e seus intrincados movimentos.
As mudanças partem dessa consciência plena do empoderar-se
para fazer melhor, com conhecimento e feeling, apropriando-se de
um novo regrário, com os novos saberes e demandas assumidos
como diretrizes gerais, que reconhecemos necessárias no refazimento das áreas e setores onde decidimos protagonizar, liderar e reposicionar produtos.
Protagonizar significa ser o agente principal de um ato ou um
acontecimento. Significa ser o principal agente da sua história. É tomar para si a responsabilidade de sua vida e negócios.
Diante desse significados e toda sua grandeza, decidamos fazer e
mudar o rumo das coisas.
Ao sucesso!
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Prefácio
Em 2013, um tweet saltou na minha timeline. Era o retweet de um
coach a quem eu seguia à época e que me fez ler e reler o nome algumas vezes pra ter certeza de quem era.
Na verdade, pelo sobrenome forte e diferente, não restavam dúvidas: era um tweet da professora de quem praticamente todos os
alunos do meu curso falavam encantados pelos corredores da universidade e com quem eu não tinha tido ainda a oportunidade de
estudar oficialmente.
Sem hesitar, cliquei em “follow” e fiz uma mention para o @ que
ela usa até hoje - @angelabulbol – sem a menor esperança de que
houvesse uma resposta, o que aconteceu, para minha surpresa, alguns minutos depois. Alguns tweets depois, nos conhecemos naquela
que é nossa casa, a UFAM, ela fazendo aquilo que faz com maestria:
dando aula. Era uma aula de MBA, onde ouvi pela primeira vez sobre
“economia criativa” e “protagonismo”.
Três anos depois e bastante coisas vividas e compartilhadas, prefacio este e-book. A Professora Doutora Angela Bulbol de Lima, minha
amiga, professora e orientadora personifica hoje esse protagonismo:
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num momento de uma dita crise instalada, levanta-se como arauto,
lembrando-nos do rio de oportunidades e possibilidades que podemos encontrar em nosso estado para desenvolvermos, empreendermos, criarmos e protagonizarmos!
Angela protagoniza hoje lançando este primeiro e-book 100% regional, escrito pelo nosso povo e que, como uma das ferramentas
do #MovimentoProtagonize, quer compartilhar conteúdo e cases
para inspirar cada vez mais pessoas a empreenderem, tirarem projetos há muito engavetados para os executarem, escreverem seus
sonhos num papel e traçarem um plano de ação para conquistá-los e
fazer com que todos acreditem que podem ser protagonistas de sua
própria história: realizando muito e assim, se tornando, dia após dia,
mais realizados.
Este e-book não está completo; os próximos capítulos e cases serão escritos por cada um de nós, na prática e diariamente, com nossas ações de protagonismo no trabalho, na faculdade, na família e na
vida.
Que nos levantemos reconhecendo nosso potencial e condições
de protagonizar e, além disso, nos tornemos – cada um de nós – agentes inspiradores para que, através de nós, muitos outros também se
levantem para protagonizar.
Vamos juntos, desenvolver e fomentar uma grande rede de protagonistas em nosso estado. A caminhada já começou; contamos com
vocês para concluí-la.
#AmazonasProtagonista
Mayara Sampaio
Gerente de Conteúdo e Relacionamento da ABL
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Por Angela Bulbol de Lima
O Protagonismo
e Eu
Quando li e reli, em um tempo de refazimentos pessoais e profissionais, a palavra protagonismo com todas as suas letrinhas e fonética, percebi a grandeza que vinha de suas bem pronunciadas sílabas.
Posso dizer que foi uma época de alguns ritos de passagem - nesse
tempo iniciava um promissor doutorado cuja inspiração me levava à economia criativa e seus múltiplos agentes de transformação:
eram temas, contextos, palavras revisitadas que se revelavam num
encontro poderoso de novidades; conheci o extraordinário sentido
do termo “territorialidade”, e procurava conversas nas quais pudesse
encaixar essa palavra em tudo e discorrer sobre a compreensão do
seu sentido na economia, na gastronomia criativa e no pequeno dicionário de palavras inspiradoras que se criava.
Porém, nada se compararia ao poder da redescoberta dela, a força de sua expressão, a palavra PROTAGONISMO – Assim, em letras
colossais!
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Decidi desde esse dia - dia de alguma leitura interessante e instigante, como tantas que faço - que essa palavra seria minha!
Eu queria ela pra mim, que pertencesse ao meu repertório e vida,
dando sentido e ressignificados a tudo a partir daí: trabalho, projetos, escritas, conversas… e, acima de tudo, virou minha missão.
Resolvi que ela daria alma a tudo o que eu fizesse, porque protagonizar significa dar vida e realidade às coisas, significa ter a prerrogativa de decidir se é sul ou norte, se será dia ou noite; decidi que
decidiria tudo, o destino seria resultado das minhas escolhas, e fiquei, nesse empoderamento gigantesco, pronta para olhar e realizar
ações para minha cidade e estado; assim, criei o #movimentoprotagonize, para refletir, manifestar, entusiasmar e fazer.
Hoje esse movimento se encorpa, adquire força pelo peso de suas
letras e poder de seu significado - esse que dilacera na coragem e vigor para empreender e não deixar o medo ocupar o espaço das boas
ideias, da criatividade que renova e reconfigura e, especialmente, a
capacidade de mudar, fazer diferente, liderar e redesenhar o futuro
de um povo, de uma cidade e de um estado, com práticas, disciplina,
sonhos também mas, essencialmente, vontade de orgulhar-se de ter
a força do seu futuro na mão.
Protagonizar pra mim hoje, é o que dá sentido a tudo: é a mensagem e legado que quero deixar, é como desejo importar e ser lembrada pelos outros, é minha vida em minhas mãos.
12
Por Angela Bulbol de Lima
7 Regrinhas Básicas
e Inspiradoras para
Protagonizar
#1
Coragem! É possível, é viável, você tem forças, resiliência e poder para refazer sua vida, sim!
Inspire-se com boas ideias e biografias - elas são fon-
#2
tes de empoderamento para o exercício criativo que
transforma as coisas;
#3
Conheça os problemas da sua cidade, bairro ou comunidade e reflita profunda e criativamente em soluções; não pense em soluções complexas e de difícil
implantação, pois você vai acabar criando uma rede
de dependências que limitam sua capacidade de intervir;
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#4
Pense em pessoas que compartilhem valores e sonhos e, a partir disso, crie uma equipe de apoio, que
troque competências, complemente olhares e visões
de problemas e soluções;
#5
Busque apoio estratégico: instituições, gestores e
pessoas inspiradoras - aquelas capazes de fazer você
seguir em frente quando tudo parece desmoronar e
elas, com palavras, ações e compartilhamentos lhe encorajam a seguir em frente, firmes!
#6
Mantenha sua cabeça aberta, livre pra pensar, sonhadora, porém realizadora, estabeleça metas possíveis e se empenhe com disciplina para cumpri-las,
mas não perca a felicidade de entender o significado
das suas decisões, afinal, protagonizar significa mudar
a rota e encontrar o caminho;
Acredite na sua força interior, mantenha a autoesti-
#7
ma em alta e prepare-se para a batalha, mas seguro e
feliz com sua aparência e competências, pois elas são
chaves para tudo na vida.
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Por Angela Bulbol de Lima
Protagonizar
no Amazonas
Olho minha cidade e às vezes não encontro nada além de sombras do passado imponente que tivemos, revelado em construções
decadentes e dilapidadas, sem pinturas na parede e brasões desgastados na identificação dos seus anos de construção e glória.
Onde deixamos tudo escapar?
Em que pedaço de história e caminhos nos perdemos e deixamos
tudo sem importância, imagens, cores e sabores?
Por que é essa a sensação que tenho quando olho para trás e procuro respostas para as lacunas que permitimos; tenho essa mesma
percepção quando vejo o presente insípido, desconectado de nossas
vocações e as improvisações que vejo, que nada contam de nós, do
que fomos, e perdemos. E do que podíamos ter feito.
Espero do futuro minhas melhores e mais preciosas imagens. De
decisões acertadas sendo tomadas, competência nos poderes públicos, de técnicos assumindo as decisões estratégicas para alcançar15
mos o que perdemos, e dos setores empresariais assumindo a liderança de negócios lucrativos e sustentáveis no estado, cujo cenário
determina protagonismos, que nascem da vontade de quem nasceu
aqui, e daqui enxerga seu futuro e felicidade.
Que retomemos nossos gostos e sabores, que nos orgulhemos
das mesas que frequentamos e de onde extraímos memória emocional de peixes e farinhas, convívio e sentimento de pertencimento
a um lugar incrível, de verde de todos os tons, sabores de todos os
cheiros e com consciência e responsabilidade nos dirijamos a negócios - negócios da gastronomia criativa que é a nossa cara, que é a
cara da Amazônia, e não há ninguém que possa nos substituir na
decisão de protagonizar nesse segmento.
Enxergo minha cidade refeita e organizada para o turismo, aquele
genuíno e próprio, com uma cidade que se organizou e mapeou seus
pontos históricos e turísticos com inteligência e sensibilidade e que
juntará, pela primeira vez na história, a nossa tão decantada hospitalidade e simpatia com a competência técnica para empreender - e
disso depende inspiração e protagonismos.
Estou pronta para os inúmeros próximos capítulos.
E contem comigo: no nosso livro prático do protagonismo, essas
são simplesmente as primeiras palavras.
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Por Márcia Raquel Cavalcante Guimarães
Oportunidades
Turísticas na Avenida
Sete de Setembro:
o Retrato de um
Passado Presente
em Manaus
Manaus é uma das metrópoles mais desenvolvidas da Região Norte do país. Localizada no Estado do Amazonas, o maior do Brasil em
dimensões territoriais, rico em biodiversidade e onde se encontra o
maior manancial de água doce do mundo, a “Capital da Amazônia” é
o portal de entrada para a maior floresta tropical do planeta: a selva
amazônica. A cidade, localizada à margem esquerda do Rio Negro, é
reconhecida por conciliar o desenvolvimento econômico à preservação da floresta. A capital amazonense é detentora de características
físico-ambientais singulares, além de possuir um patrimônio histórico e cultural de grande valor. O turismo em Manaus baseia-se na
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diferenciação, associando o turismo de natureza com a experiência
cultural tanto do ponto de vista histórico-urbano quanto de conhecimento de novos modos e costumes dos povos tradicionais e indígenas produzindo, desta forma, atrativos ímpares e diferenciados.
No roteiro obrigatório de quem visita Manaus deve estar o Centro
Histórico, onde é possível observar o casario antigo, outrora morada
dos barões da Borracha e prédios imponentes, como o Teatro Amazonas, a igreja de São Sebastião e o antigo Palácio da Justiça, hoje
transformado em centro cultural.
Ferramenta competente de progresso, o turismo impacta mais
de cinquenta setores da economia, promove a captação de novos
investimentos, acelera o desenvolvimento social e econômico, incentiva o aumento da arrecadação e fomenta a geração de empregos.
O reposicionamento da cidade nos cenários regional, nacional e internacional requer, entretanto, a realização de investimentos em infraestrutura que a nivelem aos grandes centros turísticos receptivos.
A cidade precisa preparar-se, embelezar-se e equipar-se, condignamente, para o atendimento de seus visitantes, que tornar-se-ão, no
futuro, os grandes divulgadores de suas belezas. Nesse contexto, o
turismo vem ganhando espaço na discussão sobre as alternativas
para o desenvolvimento econômico da cidade, tanto no que diz respeito aos atrativos naturais, como ao seu patrimônio cultural. Não
se pode negar o destaque alcançado pelo turismo na sociedade
atual, nem a sua importância no cenário econômico mundial, principalmente como fonte geradora de renda e elemento de integração
sociocultural e ambiental. Diante dessa realidade, as características
naturais e culturais dos lugares passaram a ser assunto debatido em
diferentes países. A Região Norte e, em particular, a Amazônia, possui
também uma forte vocação para o turismo, decorrente de singularidades naturais e humanas, que constituem atrativos para os turistas.
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Porém, cabe destacar que o desenvolvimento da atividade turística
no Estado e na capital apresentasse com lentidão e suscetível a falta
de prioridade governamental, políticas públicas implantadas sem o
envolvimento de toda a cadeia produtiva do turismo, descrença do
empresariado local, entre outros.
Observa-se que apesar da vocação forte e natural da cidade, em
função da localização na região Amazônica, para o turismo de natureza, os atrativos e recursos culturais presentes são significativos
em termos de quantidade e qualidade da experiência turística, agregando, assim, valor à visitação nas áreas naturais. Os patrimônios
edificados, com construções de valor histórico e cultural, são em
grande parte remanescente do período da borracha, concentrados
no Centro Histórico de Manaus, área em que se situa a Avenida Sete
de Setembro. Essas manifestações culturais auxiliam na composição
do destino turístico Manaus, contribuindo para aumentar a permanência do turista na cidade através da combinação “natureza e cultura”. Nesse contexto, Manaus possui uma gama de atrativos históricoculturais que podem ser aliados aos elementos naturais da capital e
do Estado do Amazonas. Os atrativos mais relevantes para o turismo
em Manaus estão localizadas na área central, incluindo o Centro Histórico e a Orla da Ponta Negra.
Boa parte dos atrativos turísticos da área urbana de Manaus, não
está incluída nos principais roteiros turísticos comercializados, o que
revela a baixa utilização destes recursos para fins turísticos, visto que
um número considerável de turistas que chega a Manaus segue direto para hotéis de selva da região e não aproveita o riquíssimo acervo
cultural e técnico-científico existente na cidade. Não é oferecido ao
visitante um roteiro que pudesse contar parte da história da cidade
através, por exemplo, de um passeio por uma de suas avenidas. Muito embora existam várias avenidas e ruas (Eduardo Ribeiro, Joaquim
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Nabuco e Bernardo Ramos, por exemplo) localizadas no Centro Antigo que guardam parte do passado de Manaus, a Avenida Sete de
Setembro é, sem dúvida, a que possui a maior parte das edificações
históricas conservadas, podendo oferecer ao turista ou à população
residente a experiência de conhecer as origens da cidade desde o
período pré-colonial, passando pelo colonial, imperial, republicano,
criação da zona franca e até mesmo intervenções urbanas contemporâneas.
O destino Manaus precisa estar atento às suas fragilidades (infraestrutura urbana e turística), buscando diferenciação e inovação nos
produtos turísticos disponibilizados ao turista/visitante. O mercado
do turismo está cada vez mais competitivo, exigente e experiente. O
turismo pode desempenhar um importante papel na educação e na
formação cultural da sociedade, visto que o ato de viajar proporciona
não apenas lazer, mas também conhecimento e cultura. Na realidade, poucas pessoas conseguem entender ou se inserir no processo
de construção de um espaço, que vai além da materialização da arquitetura de prédios, monumentos, edificações diversas ou logradouros. A história das principais edificações localizadas na Avenida
Sete de Setembro demonstra apenas fatos e datas de forma isolada,
sem uma relação evolutiva com a paisagem construída na Avenida
ao longo dos séculos. A construção, pavimentação e urbanização de
ruas ou avenidas são elementos de base da formação visual de uma
capital e de integração da população, residente ou em trânsito, com
esse aspecto de urbanidade do ser humano, que também é um elemento de atratividade turística de um local.
Analisar e interpretar o patrimônio é considerar que ele pertence
à cultura em seu sentido amplo, está fundamentalmente relacionado
ao passado e um legado cultural de um povo pelo qual se converge
em uma representação da comunidade que herdou e o detém com a
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finalidade de se tornar um símbolo de identidade cultural dessa comunidade. A valorização do patrimônio histórico-cultural, enquanto
produto turístico e base para a construção da identidade é um dos
aspectos que poderão ser apresentados e discutidos como novos
balizadores para o desenvolvimento local, em termos econômicos,
fortalecendo os laços dos moradores com a paisagem urbana da
Avenida Sete de Setembro e promovendo um melhor posicionamento do destino Manaus no mercado através da diferenciação e especialização da sua oferta turística. A Avenida Sete de Setembro é um
logradouro público, contendo edificações de interesse turístico, marcos arquitetônicos que se destacam na paisagem urbana. Um roteiro
turístico por ela é uma possibilidade de oportunizar o conhecimento,
a reafirmação da identidade local e do papel que este lugar desempenha no desenvolvimento turístico da cidade. Nela há diferenciais
em relação a outros espaços de Manaus, já que nesse local coexistem elementos relacionados à evolução da cidade, representados
por edificações, praças, ponte de ferro, monumentos e, recentemente, intervenções do Governo do Estado. As modificações ocorridas na
Avenida foram resultado da circulação de mercadorias e do capital
financeiro de dois marcos no desenvolvimento econômico da capital:
o ciclo da borracha e a criação da Zona Franca de Manaus. Passado
e presente conseguem dialogar ao longo da Avenida, dentro de uma
perspectiva evolutiva e socioeconômica de Manaus, representando,
assim uma grande atratividade turística para visitantes e residentes.
Desta forma, a Avenida Sete de Setembro retrata a evolução social, histórica e econômica dos manauaras dentro de uma relação
dialética entre citadino e cidade, visitante e habitante, passado e
presente. O resgate da sua construção, em conformidade com o seu
entorno até os tempos atuais, é o registro dessa relação, onde os
principais momentos da memória da cidade de Manaus são mate21
rializados em uma Avenida, produto dessa sociedade em constante
crescimento. Reconstituir a história de uma cidade implica num processo profundo de descobertas e reafirmações dos valores culturais
de uma população, que precisa interpretar o seu olhar e descobrir
através de uma rua ou avenida o verdadeiro exercício de construção
da sua identidade e da sua cidade.
A relevância de uma rua ou avenida não pode ser resumida apenas ao contexto físico-espacial, mas também como produto da sociedade, dentro de um processo cíclico e dinâmico de interpretação
de sua própria história, ligando passado e presente em um só lugar
que vai se reinventando ao longo do tempo. Pretende-se que esse
descobrimento proporcione a reafirmação da identidade local, através de um olhar interpretativo da paisagem, uma nova opção de roteiro turístico ao trade, além de lazer aos residentes, e, sobretudo a
possibilidade de reinvenção e autoconhecimento da cidade por meio
da valorização dos seus aspectos históricos, paisagísticos e culturais.
Existe a necessidade de transformar essa Avenida em um “roteiro
interpretativo” fazendo com que primeiramente a população manauara reconheça a importância da historicidade da Avenida e do
seu entorno, onde ao mesmo tempo essa mesma população possa
se inserir dentro desse exercício de reconhecimento e reconstrução
do passado em harmonia com o presente, relação vital para o desenvolvimento do seu futuro.
22
Por Roberto Bulbol
Amazonas, no presente
e desde o passado, tua
vocação é protagonizar
no turismo!
Roberto gentilmente nos recebeu para uma entrevista em formato livre e nos brindou com muito conhecimento e expertise sobre o assunto “turismo no Amazonas”. Abaixo, transcrevemos alguns trechos;
acompanhe:
O entrevistado começa discorrendo sobre a Panair – empresa à
qual ele credita as bases do turismo no Brasil e cujo triste episódio de
encerramento de suas atividades em solo brasileiro é pauta do livro
“Pouso forçado”, de autoria de Daniel Leb Sasaki, e publicado pela
Editora Record.
Ainda segundo o entrevistado, a Panair, que entrou no Brasil por
Belém, fez a pista de aeroporto de lá e trabalhou as comunicações de
apoio para os aviões - foi um marco histórico para o Brasil - com a ex23
tinção dela, no entanto, a região norte saiu do contexto internacional.
No entanto, chegou ao Brasil a VARIG, que possuía em Manaus um
hotel – o Hotel Tropical; assim, a VARIG fazia promoção não somente
de seu hotel, mas do estado do Amazonas – divulgava o estado, juntamente com seus atrativos e explicava que nele havia hotel próprio, o
que significava viagens ao estado e lotação do hotel, que à época, era
um dos poucos. Uma verdadeira relação ganha-ganha.
A VARIG, então, deixou de operar, o que gerou uma lacuna para a
promoção turística do estado e que, segundo o entrevistado, não foi
preenchida integralmente até os dias atuais.
O Conselheiro prossegue afirmando que com a instalação da
Zona Franca de Manaus, o turismo aumentou exponencialmente e
a característica era business; segundo ele, o turismo era quase que
exclusivamente para compras – o conselheiro da ABIH afirma ainda
que nessa época houve uma alavancagem do mercado hoteleiro local, cujos hoteis tinham, sempre e constantemente, no mínimo, 80%
de ocupação. No entanto, segundo ele, ninguém se preocupou em
fazer um “plano B”, que posteriormente, se revelou necessário.
Chegamos, então, à década de 80, onde os turistas demonstravam
querer experiências diferentes, junto à floresta, aos nativos, à natureza propriamente dita, e é nesse contexto que nascem os hoteis de
selva, cujo primeiro e maior expoente, por muitos anos, foi o Ariaú
Amazon Towers.
Então, quando Fernando Collor assumiu a presidência da República e o foco e estratégia da ZFM mudaram e sua finalidade não era mais
compra, e sim indústria, o turismo, que era predominantemente para
compras, continuou no business, mas agora tinha a ver com as pessoas que vinham trabalhar nas indústrias na ZFM instaladas – trabalhadores diretos e indiretos. Nessa época houve certo acréscimo na ocupação dos hoteis que passou a operar com 85% de ocupação média.
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O entrevistado compara o Amazonas com o Pará, que tem se revelado forte, robusto e promissor no setor turístico. Segundo ele, o Pará
tem a seu favor quatro fatores de extrema importância e relevância,
a saber: estradas, rios, mares, malha aérea e localização geográfica;
no oposto, temos o Amazonas, com dificuldades logísticas para ser
acessado e condições de acesso predominantemente via avião, cujas
passagens são caríssimas.
Pará, o nosso vizinho que tanto nos tem ensinado sobre protagonizar no turismo, na cultura e gastronomia que lhes são próprios e
hoje são referência na Amazônia. Que com ele aprendamos! Nossos
gaps sejam vistos como oportunidades poderosas de transformação,
crescimento e consolidação de uma marca que carregamos orgulhosos em nosso coração e que agora, como protagonistas, devemos
assumir cada vez mais altivos: ser Amazonas, ser Amazônia, ser Amazônida! Tomando posse, de volta, daquilo que é nossa vocação desde
o início: o nosso turismo – poderoso por natureza e encantador para
sempre.
25
Por Maria da Glória Vitório Guimarães
Homem e Trabalho
– Relações, Pontos
de Conflitos
e a Oportunidade
de Protagonizar
As ciências sociais, em especial, a psicologia social, tenta explicar
de forma abrangente as relações interdependentes entre o homem e
o trabalho por ele executado.
A insatisfação, os desajustes e até os conflitos manifestos por diferentes categorias de profissionais, são decorrentes do resultado
da relação homem e trabalho realizado, marcado pelo antagonismo
entre ambos, reflexos de interesses extrínsecos ao homem e ao seu
desempenho.
Tal relação, advém de interesses ideológicos de diferentes grupos
sociais, conflitos mal resolvidos, acirrados pelos aspectos de poder e
autoridade que são estabelecidos durante o processo.
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O conflito caracterizado pelo mecanicismo e unilateralidade, faz
com que o trabalho enquanto fonte de satisfação, pouco atenda às
expectativas de diferentes classes sociais.
Durante muito tempo, ao se falar em qualidade nas empresas, a
ênfase era para a produção. Essa separação rígida começa a ser posta em dúvida com o advento da economia do conhecimento (Cohen
2000, p.76). Os empregados, consequentemente, passam a querer
trabalhar em lugares mais agradáveis. Assim, as empresas são desafiadas a investir no ambiente, tanto para atrair talentos quanto para
melhorar a produtividade. Mais do que isso, as empresas são desafiadas a implantar programas de qualidade de vida no trabalho que
envolvam principalmente, as dimensões do estilo gerencial, da liberdade e autonomia para tomada de decisões e do oferecimento de
tarefas significativas.
Há a necessidade de que o homem possa, independente do trabalho que realiza, desenvolver uma concepção abrangente de si mesmo
– inclusive corporal – visando facilitar as interações socioprofissionais,
vislumbrando perspectivas de ampliar seu espaço de participação,
melhorias individuais e tudo isso aliado ao reconhecimento e recompensas.
Psicodinâmica motivacional:
A maior parte dos estudos sobre motivação humana ateve-se especialmente à pesquisa dos fins ou objetivos motivacionais perseguidos pela grande maioria das pessoas.
Tais estudos parecem ter-se orientado para a investigação de aspectos superficiais, isto é, apenas aparentes da pisicodinâmica motivacional. Acreditava-se que o mais importante seria conhecer o que motiva,
em lugar de como se dá o comportamento motivacional. Essa forma
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de estudar a motivação parecia vital para se “estimular”ou “provocar”
a motivação por meio da utilização das “recompensas” que estivessem
disponíveis no meio ambiente para se fazer a ligação entre produtividade atingida e o esforço desprendido pelo trabalhador.
Um exame mais minucioso da situação mostrou que confundir a
motivação com a antecipação das recompensas desejadas pelos indivíduos constitui um modelo pragmático, mas simplificado do fenômeno motivacional.
A perspectiva mais natural para se compreender a motivação humana parece ser aquela que individualiza as pessoas levando em
conta a sua história de vida particular, isto é aquilo que se denomina de “realidade motivacional do ser”. Se as técnicas de condicionamento podem ser aplicadas a um grande contingente de pessoas ao
mesmo tempo, a estratégia de se conseguir trabalhar com pessoas
motivadas exige mais dedicação do superior, ele deve conhecer as
necessidades de cada um de seus subordinados. Há de se considerar, também, que a motivação individual pode sofrer, com relação à
mesma pessoa, variações ao longo do tempo, tendo em vista o fato
de que uma necessidade motivacional atendida desaparece, dando
origem a novos estados de carência.
Por todo o exposto, percebe-se que as relações de e no trabalho
são recheadas de oportunidades para protagonizar; você pode protagonizar fazendo além do que lhe é esperado, encontrando oportunidades dentro e fora da empresa para se tornar um profissional
melhor, mais preparado, agregando valor à empresa na qual está
inserido mas, principalmente, se tornando um profissional cada vez
mais desejado pelo mercado. Assuma a responsabilidade pelo seu
desenvolvimento profissional; cresça nas relações, protagonize e veja
o seu nome se tornar uma boa referência dentro e fora da empresa
na qual você está inserido.
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Por Vitor Texeira Kurahayashi Raposo
Treinado para
vencer e protagonizar
o Gerenciamento
de Projetos da sua Vida
29
O início de tudo
O meu primeiro contato com a palavra “projeto” foi aos 9 anos
de idade quando, após passar 3 anos numa banda infantil de flautas
doces, me foi proporcionado escolher um instrumento musical mais
complexo para iniciar meu projeto dentro de uma Banda Marcial
Masculina, e então, escolhi o clarinete para me tornar um clarinetista.
Aos 15 anos tive um novo contato com a palavra “projeto”, quando
recebi uma proposta para lecionar MS-DOS e Windows 3.11em uma
empresa de treinamentos. A ideia era montar cursos de informática
para concorrer com as grandes empresas de treinamento da época.
Fiz meu primeiro projeto “profissional; deu certo e ganhei meu primeiro honorário – na verdade naquela época o honorário não era o
mais importante, mas sim fazer parte daquilo tudo.
Passados dois anos, ao ingressar num estágio no departamento
de engenharia da DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados
da Previdência Social tive outro contato com a palavra “projeto”, onde
a minha função era apoiar os engenheiros e arquitetos no desenvolvimento de ambientes para os escritórios do INSS espalhados pelo
Brasil.
Passados dois anos mais, em 1999, ingressei na AmBev, na época conhecida como Companhia de Bebidas das Américas e que anos
mais tarde viria se tornar a maior companhia de bebidas do mundo,
e nesta oportunidade a palavra “projeto” significava tudo aquilo que
fazíamos para alavancar resultados, melhorar produtividade, melhorar eficiência, para nos tornarmos a maior das Américas e, depois, a
maior do mundo, e tudo com escopo, prazo, meta e custo bem definidos, e para isso os projetos serviam para melhorar, melhorar, melhorar e aperfeiçoar.
Bem, esses quatro primeiros exemplos têm como intenção deixar
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claro que projeto não é só montar um treinamento de informática,
tampouco desenvolver ambientes para escritórios, e muito menos
elaborar planos para melhorar a produtividade. Projeto está diretamente ligado a tudo que você realiza e/ou tem vontade de realizar na
sua vida; Mesmo você ainda não sabendo.
Você é gerente de projetos, e não sabia!
O que um novo condomínio em Dubai em formato de palmeira,
um braço robótico, um ataque terrorista e um casamento possuem
de relação entre si? Todos são projetos – e, de longe o casamento é
o mais complexo, com a stakeholder mais complexa e o mais caro de
todos os projetos! Risos!
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E por isso é necessário desmistificar a palavra projeto: ela não
significa só fazer um projeto de arquitetura, a construção de uma
ponte, um plano para conquistar um campeonato de futebol, um
plano para chegar ao poder e lançar um novo smartphone.
Essa palavra abarca todos os âmbitos e sonhos da sua vida: a
sua viagem de férias com a família, é um projeto. O aniversário de
15 anos de sua filha, é um projeto. Fazer um puxadinho em casa, é
um projeto. Conquistar a pessoa amada, é um projeto. Conquistar o
primeiro emprego, é um projeto. Ou seja: tudo é PROJETO! Se analisarmos tecnicamente, você é Gerente de Projetos, pois já vivenciou
e experimentou inúmeros projetos durante a sua existência! Portanto, PARABÉNS! Você é um GP (sigla que enuncia um Gerente de
Projetos), e não sabia!
O Gerenciamento de Projetos para protagonizar
Ao longo das últimas duas décadas o que aprendi com minhas
próprias experiências, com capacitações, troca de experiências, com
o PMI – Project Management Institute - e etc., foi que eu não precisava dos conhecimentos de gerenciamento de projetos para ser um
protagonista!
Eu não precisava desse conhecimento específico para conseguir
um bom emprego, para ter um bom salário, para fazer a viagem
dos meus sonhos, para fazer uma excelente festa de casamento,
para conquistar a minha rainha, para viver no exterior e explorar ao
máximo essa oportunidade, para abrir quatro empresas nos últimos
seis anos, para que minha filha nascesse com excelente saúde, para
quem sabe comprar uma casinha no condomínio “palmeirinha” de
Dubai. Ou seja, eu não precisava do gerenciamento de projetos na
minha vida!
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Neste momento, você se questiona: - Eu estou lendo um texto que
teoricamente me descreveria como posso utilizar o gerenciamento de
projetos para obter excelentes resultados na minha vida, e o autor comenta que eu não preciso disso?
Estranho, certo? Mas é a pura verdade! Tanto você quanto eu não
precisamos de nada disso! Certificação PMP®, CAPM®, PMI-PBA®,
PgMP®, PMI-ACP®, PMI-RMP®, PMI-SP®, MBA em gerenciamento
de projetos, curso de extensão em Washington, curso de Project Model Canvas® e curso de engenharia de requisitos, graduação, outros
MBAs, mestrado, workshop disso e daquilo, outras certificações e etc.;
mas, te confesso que eu fiz uso disso tudo. E me viciei!
Me viciei, pois me tornei assertivo! Me viciei, pois comecei a errar
menos, gastar menos, a falhar menos e com isso passei a acertar mais
e a ter mais sucesso nos meus projetos e nos meus negócios.
O maravilhoso do gerenciamento de projetos é que ele te propõe
uma série de ferramentas, técnicas e boas práticas que te exercitam a
vencer e a ser um protagonista. Muitas pessoas ou até mesmo você já
tiveram excelentes ideias que gerariam valor, mas que por ter utilizado
as ferramentas inadequadas e/ou por ter usado de forma incorreta as
ferramentas adequadas impossibilitou que a ideia se tornasse em algo
realmente grande e que agregaria valor para você e para os demais.
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O Pulo do Gato em Gerenciamento de Projetos
Por diversas vezes fui indagado para exemplificar qual é o caminho para o sucesso e para se obter o protagonismo na área de atuação. E pela mesma quantidade de vezes eu respondi com a seguinte
pergunta: O que é sucesso para você?
E neste momento eu peço ao leitor que reflita sobre a mesma indagação: O que é sucesso para você?
Para mim, a melhor definição de sucesso é a de Ralph Wando
Emerson que diz:
Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração dos críticos
honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco
melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim,
ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida
respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter sucesso!
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Essa é a definição que carrego comigo, mas cada um é cada um
e possui suas próprias crenças e convicções. Portanto, não há demérito nenhum em ter outra definição de sucesso e em tão pouco
querer aprender os melhores caminhos para chegar o quanto antes
ao protagonismo e ao sucesso dentro da definição de cada um. Portanto, existem dois caminhos: o da disciplina e o do “pulo do gato”.
Ambos me foram apresentados em momentos distintos, e o interessante é que o caminho do “pulo do gato” me foi compartilhado num momento ímpar da minha vida, aquele momento que você
está no lugar certo, na hora certa, com a pessoa certa e que você
sente que todos os astros estão alinhados, ou seja, a chance disso
se repetir é tão pequena quanto improvável.
E por muito incentivo (leia-se insistência – risos) da Mayara Sampaio em escrever esse texto terei a oportunidade de compartilhar
com você os dois caminhos.
Disciplina
Esse caminho nos permite alcançar nossos sonhos e objetivos
ao longo dos anos, às vezes ao longo de uma vida inteira, já que é
aquele que nos possibilita através do sucesso e insucesso discernir
entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, colocando seu livre
-arbítrio sempre a serviço do bem; ter vontade firme e adotar uma
atitude mental positiva, otimista e determinante diante de todas as
situações aparentemente negativas da vida; procurar corrigir todos
os erros tão rapidamente quanto possível; lembrar sempre de que
pensamentos e desejos positivos atraem o bem e o sucesso; que os
pensamentos negativos e o medo atraem o mal e o fracasso; lembrar sempre de que estamos nesta vida para aprender e evoluir,
e que somente podemos aprender a fazer, fazendo; vencer todo e
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qualquer obstáculo, nunca desanimando da luta, quaisquer que sejam as circunstâncias; construir o próprio futuro invocando sempre
as suas próprias forças internas, aconteça o que acontecer; traçar
as próprias metas e objetivos gerais, revisando-os diariamente, mediante reflexão e observações; conferir o rumo de suas ações, fazendo diariamente um balanço dos resultados. Esse é o caminho da
disciplina!
Pulo do Gato
O pulo do gato é comum em todas as empresas, assim como
nas empresas de projetos, onde o gerente sênior treina o gerente
novato. Em um mês no máximo, o veterano consegue passar para o
jovem todos os truques da arte de gerenciar bem, quer dizer, quase
todos. Quando um novato não consegue atingir os mesmos resultados a reclamação é sempre a mesma: - “O veterano ensinou tudo
que sabia, menos o pulo do gato”.
Então, agora compartilho com vocês o pulo do gato em 7 etapas:
1. O gato gira a cabeça para que seus olhos fiquem paralelos ao
solo, mesmo que o resto do corpo ainda esteja torto;
2. O gato estica o rabo na posição vertical, girando constantemente para ajudar no equilíbrio;
3. O gato gira a coluna e alinha a parte dianteira do corpo com a
cabeça;
4. A parte traseira do corpo é alinhada com a parte dianteira;
5. As quatro patas se emparelham para que possam tocar o solo
ao mesmo tempo;
6. A poucos centímetros do chão, o gato estica bem as pernas e
arqueia a coluna;
7. No exato momento em que toca o solo, o gato descontrai as
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patas e endireita a coluna. A ação funciona como um perfeito
amortecedor de impacto e o bichano sai caminhando sossegadamente.
Não importa a quantidade de vezes que o gato pule durante toda
a sua vida, essas são as 7 etapas do pulo do gato. Portanto, na vida
para se obter o protagonismo e o sucesso é preciso ter disciplina! E
para ter disciplina basta usar o caminho anteriormente elucidado.
Utilize as ferramentas, técnicas e boas práticas do gerenciamento de projetos e construa o seu castelo de vitórias e conquistas! Não
existem pessoas que são fadadas ao sucesso ou ao fracasso, o que
existe na verdade é a disciplina para escrever o seu destino! Destino é seu ponto de chegada. Pense num ônibus, quando inicia uma
viagem, ele tem claramente definido o ponto de chegada. Para uma
pessoa é a mesma coisa, seu destino é onde você quer chegar, ou
seja, é definido por você! Onde você quer chegar?
Para conhecer mais sobre gerenciamento de projetos, ferramentas, técnicas e boas práticas convido todos a se envolverem e
conhecerem o PMI Amazônia Chapter, pois coisas boas acontecem
quando você se envolve com o PMI e o PMI Amazônia. Maiores informações www.pmiam.org - [email protected].
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Por Mayara Sampaio
Quem são
os protagonistas?
Gosto da definição que diz que um protagonista é “a principal pessoa
numa determinada ação, responsável por determinadas ações”.
Infelizmente, em nossos dias, ao se falar em protagonista logo associa-se tal palavra somente àqueles que possuem papel principal em
tramas de cinema e tv, esquecem-se as pessoas do mais importante
protagonismo que há: ser o protagonista do mais belo enredo já criado:
a vida!
Protagonistas são aqueles que vão lá e fazem, que não esperam
pelo “destino”, ou pelas “condições perfeitas”, ou ainda pelo “alinhamento dos astros”, ou pela “fase na qual a vida se tornará mais leve e
menos dura pra eles”; os protagonistas são aqueles que têm a consciência de que a vida é dura e difícil, mas pode ser maravilhosa e
cheia de belos frutos de acordo com nossas decisões e ações; os pro38
tagonistas, definitivamente, não esperam a hora e fazem acontecer!
Tenho observado que os protagonistas compartilham de algumas
características essenciais, veja:
- Eles são ousados, destemidos e corajosos
Um protagonista nunca deixa de realizar por medo. Veja bem: não é
que eles não tenham medo - todos, em algum momento de suas vidas,
têm! - mas eles agem apesar do medo. E essa coragem os faz conquistar
e realizar “coisas maiores”. Sempre!
- Eles abominam a mediocridade
Mediocridade nada mais é que a média; uma pessoa medíocre é
uma pessoa mediana. Os protagonistas abominam e fogem do conforto de ser uma pessoa na média e que faz o que todo mundo faz. São
pessoas que vivem diariamente indo além, fazendo mais, e se autoexpulsando da zona de conforto.
Protagonistas são excelentes - e eu adoro isso! excelente aqui, mais
do que superlativo de bom, mas no sentido da excelência: fazer muito
bem feito e além do esperado - sempre. Os protagonistas são aqueles que as pessoas geralmente caracterizam como os que “têm algo a
mais”.
- Eles são inquietos e insatisfeitos
Desafiam o status quo, não se contentam em ser “mais um”, trabalham por uma causa que é maior que eles, arregaçam as mangas,
empreendem, constroem, destroem, reconstroem e, definitivamente,
geram mudanças transformadoras.
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- Eles são apaixonados
Nunca - NUNCA! - encontrei um protagonista que não fosse apaixonado. Paixão por uma causa, um projeto, um sonho, uma visão, um
movimento, ou uma missão.
E é paixão mesmo, porque é aquele sentimento ardente, avassalador, que te faz passar noites em claro pensando, executando e traçando
estratégias para realizar.
Pesquise você também sobre aqueles que protagonizam e descubra, como eu, que se é um protagonista, então, é um apaixonado!
- Eles são resolvedores de problemas
Um de meus mentores me ensinou que só seremos lembrados por
duas coisas: os problemas que criamos, ou os problemas que resolvemos.
Protagonistas resolvem problemas, porque de gente que os cria o
mundo já está cheio!
Tudo o que foi criado, o foi para resolver um problema: carros foram
criados para resolver problemas de locomoção; canetas foram criadas
para resolver problemas de escrita; lâmpadas foram criadas para resolver problemas de escuridão.
Protagonistas empreendem, ministram aulas e palestras, escrevem
livros, dão entrevistas, gravam vídeos, criam canais no youtube, são responsáveis por blogs, lideram movimentos e fazem seu trabalho com
maestria incomum para resolverem os problemas aos quais foram comissionados.
E você: qual problema nasceu pra resolver? Descubra: esse é o
indicativo da sua missão! E após descobrir, realize, faça acontecer e
#protagonize!
40
Por Angela Bulbol de Lima
Alargue
o Protagonismo:
faça sua parte
na cidade
Vou deixar para trás a costumeira rixa entre vizinhos e me permitir uma quase licença poética, ao mesmo tempo em que também
peço isso aos meus mais bairristas e apaixonados conterrâneos, que
certamente serão poucos, pois há muito se entende o mundo como
global - não mais local e muito menos pessoal - um mundo com oportunidades para todos, livre de ranços e preconceitos e alargado na
capacidade de empreender, superar dificuldades, desafiar e vencer.
No fundo é isso que importa: ocupar o seu espaço, achar o seu
lugar ao sol e, com sabedoria, visão, algumas lições mercadológicas e,
óbvio, coragem e sorte, ser bem sucedido e dignamente orgulhar-se
do seu trabalho e das conquistas que virão!
Admiro imensamente o Pará, nosso vizinho!
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Na minha experiência com o Doutorado no Porto, cuja tese
abrange oportunidades na implantação de estratégias para o ecoturismo no Amazonas, estendi profundamente meus estudos nas
raízes do nosso potencial e aprofundei pesquisa sobre a combinação estratégica (o “branding”) e mística quando da junção magistral
dos nomes Amazonas e Amazônia criando um produto único, original, genuíno, exótico a olhos estrangeiros - marketing puro e pronto para alavancarmos de vez nosso desenvolvimento, sem dependência de modelos e oscilações econômicas danosas e dolorosas
para um povo rico de histórias, memórias e saberes, mas um tanto
quanto modesto, às vezes temeroso, tímido mesmo, sem muito orgulho da imensidão de nosso cenário, que é patrimônio tão cobiçado por tantos, e por nós tão diminutamente visto na sua imensa
e extraordinária capacidade de ser pensado como instrumento de
inovação em ideias, negócios, soluções.
E não posso deixar, sem pesar e sem desculpas, de louvar as
iniciativas criativas, colaborativas e diferenciadas do vizinho Pará,
que ousou e se atreveu a usar tudo: combinou sabor e música, paisagem e memória e criou de fato produtos e serviços diferenciados, absolutamente regionais e seus, sem imitação permitida ou
possível, pois está enraizada num povo orgulhoso de sua dança e
ritmos e que também é entusiasmadíssimo para dizer e contar que
sabor tem a tal da maniçoba, mas que esconde como um tesouro
o segredo dos seus fazeres; esse é o mesmo povo que ensinará a
seus filhos e netos, para que não esqueçam jamais suas tradições
e mistérios!
Então, vamos lá? Nada de rixas: aprendizado é a palavra! Exemplo e protagonismo estão na pauta do dia.
Alarguemos tudo: oportunidades, trabalho, orgulho e vitórias.
E aprendamos a conjugar, porque vizinho sempre é bom ter
como amigo, para troca de xícaras, bate-papos nas janelas e todo
compartilhamento que multiplica com quem se é quase irmão!
42
Por Ana Carolina Gaeta
Parceria PMI Amazônia
& Fundação Nokia
PMIef – Gerenciamento
de Projetos para
Transformar*
Disseminar conhecimento e promover o Gerenciamento de Projetos - este é um dos maiores objetivos e desafios dos voluntários
do PMI – Project Management Institute - distribuídos em mais de 250
capítulos ao redor do mundo.
Pensado nesta missão, o projeto “Gerenciamento de Projetos
para Transformar” foi desenvolvido pelo PMI Amazônia em conjunto
com PMIef (Fundação Educacional do PMI) e visa ensinar e promover
cultural e socialmente teorias e habilidades do Gerenciamento de
Projetos para a vida, através de conceitos e aplicações, contribuindo
para o bem social e educacional.
Tendo em vista a crescente demanda por tais habilidades e bus44
cando um diferencial para seus alunos e colaboradores, a Fundação
Nokia, uma das melhores instituições de ensino da Região Norte,
com 27 anos de história e vitórias em diversas olimpíadas do conhecimento e feiras científicas, tornou-se a primeira escola de Manaus a
implementar o “Gerenciamento de Projetos para transformar”.
Através dessa parceria, por meio dos próprios voluntários do capítulo, foram aplica-dos em sala de aula os conceitos do Gerenciamento de Projetos, abordando todas as suas áreas de conhecimento
com o objetivo de preparar estudantes e colaboradores para um futuro melhor.
A metodologia adotada consistiu em cinco aulas semanais, com
aulas de 4h de duração para professores/funcionários, de forma dinâmica e didática para um melhor aproveitamento. O material utilizado foi do próprio PMIef:
Project Management Toolkit for Teachers™ – Objetiva capacitar
os professores no uso das boas práticas do gerenciamento de projetos de modo que eles possam estar preparados para passar adiante
todo o conhecimento adquirido para seus próximos alunos.
Esperamos com esse programa transformar a vida pessoal e profissional de cada um dos envolvidos para que usufruam de todos os
benefícios e ensinamentos que lhe serão concedidos, podendo contribuir para formar uma sociedade mais preparada e desenvolvida.
“Coisa boas acontecem quando você
se envolve com o PMI”
* Informações sobre a Fundação Educacional do PMI (PMI Educational Foundation) podem
ser encontradas no site da instituição (em inglês): www.pmief.org ou na própria página do
PMI Amazônia: www.pmiam.org.
45
Por Thiago Maron
Protagonizando em uma
Selva de Pedras:
A Assessoria Condominial
em Engenharia – “O serviço
indispensável para o seu
condomínio”
Prédios residenciais, edifícios comerciais, conjuntos de uso misto,
condomínios de casas, hoje em dia há diversas formas de habitação.
Porém, tal qual um ser vivo, qualquer empreendimento carece de
manutenção, seja pelo uso regular de seus sistemas construtivos, seja
pelo desgaste e pelo envelhecimento natural de seus materiais.
Na verdade, a similaridade entre edificações e o corpo humano é
tanta que termos vastamente utilizados no meio médico, como manifestações patológicas, anamnese e diagnóstico, foram aproveitadas para se referir a etapas e procedimentos de levantamento de
falhas e anomalias em construções.
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Em Manaus vem crescendo a quantidade de prédios que estão
sendo construídos. Com as exigências cada vez maiores dos clientes e
do mercado de forma geral, a velocidade da construção também tem
que crescer mais e mais. Porém, como usualmente se diz, “a pressa é
inimiga da perfeição”. Com o boom da construção em 2008 e a crise
do mercado imobiliário logo em seguida, a qualidade da construção
diminuiu significativamente. Isso tudo, ao final, culminou na proliferação de manifestações patológicas em edificações – trincas, infiltrações,
descolamento de revestimento cerâmico, entupimentos, entre outros.
Estas manifestações patológicas podem ser ainda de fácil constatação ou ocultas. Apesar de o nome ser autoexplicativo, identificar estes
problemas requer o conhecimento de um engenheiro civil especializado para poder identificar a cadeia de eventos que levaram à manifestação. Em alguns casos, são necessários também equipamentos específicos para determinar a origem de vícios como câmeras termográficas,
que podem ser utilizadas para detectar infiltrações ou sobrecargas em
ligações elétricas.
Além de tudo isto, com o advento da norma NBR 16280:2015 – Reformas em edificações - Sistema de gestão de reformas - Requisitos após
a queda do Edifício Liberdade em 2012 na cidade do Rio de Janeiro,
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todas as reformas em áreas privativas (apartamentos e salas comerciais) devem ser autorizadas pelo(a) síndico(a) antes de iniciar, caindo
sobre ele(a) muita responsabilidade em caso de danos aos sistemas
construtivos da edificação. Por isso, é aconselhável para a segurança
de todos que durante esse processo haja o acompanhamento de um
profissional especializado.
Sabendo desta necessidade de todos estes serviços, a Quartzo Engenharia Diagnóstica & Gerenciamento, filiada ao Instituto Brasileiro
de Avaliações e Perícias de Engenharia do Amazonas – IBAPE/AM, foi
fundada em 2011 e atualmente é especializada em análises e perícias
de Manifestações Patológicas no âmbito da Engenharia Civil, determinando suas origens e efeitos em edificações.
Conhecendo bem a dinâmica, as necessidades e as dificuldades de
condomínios, a Quartzo Engenharia criou o serviço de Assessoria Condominial, no qual um engenheiro civil especializado em patologias da
construção presta consultoria à administração do condomínio no que
tange aos serviços de Engenharia Civil. Através da Assessoria Condominial, o condomínio sabe em quem pode confiar quando houver dúvidas sobre a liberação da reforma de uma unidade, para saber dentre
várias empresas qual contratar para realizar determinada obra ou ainda qual procedimento tomar se surgir alguma manifestação patológica.
A Assessoria Condominial fornece maior proteção ao condomínio e
ao(à) síndico(a) através de serviços técnicos especializados, assessoria
exclusiva, acompanhamento adaptado às suas necessidades e análise
de obras e reformas a fim de minimizar os possíveis riscos e incertezas que possam existir. Desse modo, o síndico pode se concentrar nas
outras atividades indispensáveis para a boa condução do empreendimento e conforto para os moradores.
Maiores informações podem ser encontradas diretamente no site
da empresa: www.quartzoengenharia.com
48
Por Rony Siqueira
Educação que gera
Protagonismos
e o Protagonismo
na Educação
Histórico do Programa Educações
Iniciado em janeiro de 2013, o Programa Educações é apoiado
pela Federação Nacional das Escolas Particulares - FENEP - e pelo
Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas –
Sinepe - AM.
Em 03 anos, superou a marca de 15.000 bolsas de estudo por
meio de parcerias com 23 instituições de ensino privado do Amazonas. Além disso, o Programa recebe auxílio de empresas amazonenses para a manutenção dos bolsistas. O Educações realiza inclusão
educacional através da concessão de bolsas de estudo para diversos
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níveis e modalidades de ensino, desde crianças de 02 anos, na educação infantil, passando pelos ensinos fundamental e médio. Além
disso, os benefícios atendem cursos de idiomas, educação profissional, graduação e pós-graduação.
Os estudantes com dificuldades em custear seus cursos são
identificados e, através de processo seletivo, recebem a bolsa de estudo parcial, juntamente com assessoria para benefícios estudantis
complementares, que contribuem para que ele possa arcar com os
custos que lhe cabem.
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O acompanhamento dos bolsistas envolve oferta de palestras,
ações socioeducacionais, estágios e outras ações de empregabilidade.
Educação privada
Para o professor Rony Siqueira, o setor da educação privada deveria ser mais prestigiado pelos governos. “Quando estive à frente
da criação do programa municipal “Bolsa Universidade”, na gestão
do prefeito Amazonino Mendes, concedemos mais de 50 mil bolsas,
combinadas com dezenas de projetos, em especial envolvendo os
bolsistas, com destaque para o Parque Cidade da Criança. A troca
da dívida dessas instituições pelos benefícios, fez com que milhares
de estudantes, cujos pais não possuíam condições de custear seus
cursos, viessem a receber uma formação superior.
Atualmente, cerca de 75% dos universitários estão em faculdades privadas. Não podemos desconsiderar o valoroso papel desse
setor para a formação profissional em nosso país.
Em Manaus, centenas de escolas (educação básica) estão na
informalidade e precisamos de uma política de incentivo à devida
formalização, visando não só o aumento da arrecadação, mas priorizar a segurança do estudante. É um problema que não se vence
apenas com fiscalização - é preciso que o poder público participe
diretamente desse processo de formalização, apoiando o empresário da livre iniciativa na educação.
Assim, muito nos alegramos em poder plantar essa semente de
protagonismo no setor de educação do nosso estado, bem como,
abrir caminho para que cada vez mais pessoas desenvolvam-se na
educação e façam uso dela como caminho para protagonizar.
51
Por Graça Figueiredo
Protagonizar
em face da Lei
ou da Justiça
Dentre tantos desafios de uma gestão, eleger prioridades,
quando na verdade todas as realizações no judiciário
se apresentam como urgentes, é um grande desafio, posto
que seu papel principal é a distribuição equânime da lei.
A meta da minha gestão foi e será sempre a priorização do primeiro grau; foi assim que indo aos fóruns, caminhando, percebi de
pronto a ausência de humanização dos espaços e do acolhimento
ao cidadão que busca o seu direito.
Enxerguei isso logo na porta de entrada, na acolhida principalmente aos mais desassistidos.
Pronto! Estava traçado o percurso chamado vontade, que se traduzia em realizar, em dois anos, a humanização no Poder Judiciário;
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coragem é necessária para realizar bem e com qualidade todos os
empreendimentos, e em nossa empreitada não foi diferente.
Assim, começamos a jornada e, remanejando espaços e fazendo
a gestão de escassos recursos, tendo a criatividade como tônica e
nossa aliada, mobilizamos e estimulamos todos a protagonizarem
para a melhoria dos ambientes e dos serviços.
Hoje quem vai aos Fóruns nota a diferença, principalmente, o
personagem principal: o Povo, nosso jurisdicionado, a quem alegremente deixamos esse legado e esperamos, possam ser, a cada dia
melhor acolhidos e mais felizes para que também tenham sua chance e oportunidade de protagonizarem e serem felizes e realizados
em tudo.
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Por Jander Brandão
Um insight que gerou
protagonismo: O case
Busquecursos
A trajetória teve início em 2012 na instituição de cursos onde trabalhava o idealizador do Busquecursos, Jander Brandão. Na época, um
dos problemas da empresa acontecia quando os clientes iam em busca de um curso específico para sua área e não encontravam.
Inserido no cenário de capacitação, Jander pesquisou as concorrências e obteve conhecimento das maiores instituições que oferecem
cursos em Manaus; logo, indicar onde teria o treinamento procurado
para cada pessoa virou tarefa fácil. A partir daí surgiu uma necessidade própria: Jander era estudante do curso de Ciência da Computação e
precisava se aperfeiçoar em algumas linguagens de programação, no
entanto, sentiu grande dificuldade ao tentar encontrar cursos disponíveis na própria área. Tentou atalhos pelo google e os resultados foram
links dispersos e em sua grande maioria desatualizados.
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Frustrado com a busca, Jander começou a entender aquilo de fato
como um problema de mercado... A ideia agora era pensar em uma
forma simples para ajudar as pessoas em uma escala maior.
O CEO da Busquecursos acompanhou alguns grupos de divulgação de empregos no facebook e pensou consigo mesmo se aquilo
estaria funcionando com divulgação de cursos. E, para sua surpresa,
não estava; foi então que ele decidiu partir para a ação, que começou
com a criação de um grupo no facebook que divulgasse todos os cursos que estavam sendo ofertados na cidade.
“Até então eu não tinha a menor ideia de como monetizar aquilo;
na realidade era somente uma ideia para ajudar as pessoas e aproveitar para ampliar o leque de divulgação dos cursos da empresa
onde eu trabalhava”, diz Jander, que Tirou três semanas para aproveitar um tempo vago e ir em mais de 20 instituições de cursos na
cidade e pegar os informativos. Ele divulgava os treinamentos de um
por um no grupo, até mesmo para aumentar o número de publicações ali e engajar mais o público.
Jander conta que esse processo relatado foi executado por
aproximadamente dois meses quando foi surpreendido por um
aumento incrível no número de participantes no grupo. “Cheguei
ao ponto de ter que aceitar 300 pessoas por dia. Para manter o
público mais atrativo para as instituições eu tinha que olhar de um
por um para saber se as pessoas realmente eram de Manaus - uma
forma de ter um público onde realmente as instituições locais desejassem estar”.
Sobrecarregado com a quantidade de solicitações e interesse por
parte dos participantes, o jovem empreendedor decidiu buscar ajuda. “Convidei dois amigos para me ajudar com o grupo, um deles
é uma administradora e outro designer. Ao recrutar mais pessoas
para abraçar a causa o grupo foi ganhando conceito para artes e
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publicações, além de conseguir administrar melhor a adesão das
pessoas e atrair mais cursos para divulgar no grupo”.
O CEO da Busquecursos não precisava mais ir até às instituições
pegar informativos de cursos, havia acontecido algo muito melhor:
as próprias empresas já estavam procurando o grupo para divulgar
seus cursos por lá; “Meu único trabalho estava sendo aceitar as publicações. Com a movimentação ficando gigantesca, as instituições
de cursos começaram a oferecer pagamento por exibição em destaque no grupo, como mensagem fixada ou foto de capa. Foi quando
eu parei e pensei se isso se tornaria um negócio; assim, reuni com
todos os envolvidos e foram levantadas algumas propostas de pacotes semanais de divulgação. E daí houve a primeira monetização do
grupo “Cursos Manaus”. Operando com o grupo por alguns meses
as instituições sugeriram uma nova proposta, que seria a de ganhar
porcentagem por cada aluno matriculado vindo através da divulgação do grupo. Novamente reunimos todos os envolvidos e observamos que seria uma oportunidade incrível de alcançar uma grande
escala de matrículas e, além disso, as chances de monetização eram
excelentes”, afirma Jander.
Com todas essas oportunidades em mãos, havia chegado a hora
de pensar em estratégias de divulgação. Foi quando surgiu a oportunidade de participar da Feira do Empreendedor, em 2014.
“O evento em si foi um aprendizado incrível, tivemos uma visibilidade fenomenal, pudemos conversar com investidores e grandes
empresas, algumas inclusive oferecendo propostas de parcerias, vimos que o negócio estava virando algo grande e era real”. A Feira
foi um divisor de águas para a BusqueCursos: de lá saiu o primeiro
investidor da empresa, que entrou com uma equipe para assumir o
desenvolvimento técnico do produto.
“Nos primeiros meses com os novos sócios, tudo era muito amor,
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o desenvolvimento rolando, planejamentos acontecendo, gás total.
Mas nem tudo são flores. No mundo dos negócios sempre há as consequências de uma ação tomada para o crescimento da empresa e
pecamos logo na primeira tacada quando resolvemos levar nossa
ideia para um evento. Esse capítulo da empresa eu costumo chamar
de “publicidade suicida”, explica Jander se referindo à primeira participação da empresa no referido evento. Com ajuda para conseguir o
espaço e material para divulgação a equipe acreditava estar pronta
para expor o empreendimento que haviam criado. “O ponto negativo
é que ainda não tínhamos sequer o site; a única coisa que podíamos
mostrar ao público era a página do grupo no Facebook e um formulário online para quem tivesse interesse em receber as novidades de
cursos.
“O resultado final da ação não compensou o investimento, foi um
banho de água fria pra gente. Não porque o evento tenha sido ruim,
muito pelo contrário, pretendemos voltar, só que dessa vez mais maduros para trabalhar o público presente, que é o nosso público-alvo”
explica o CEO da BusqueCursos.
Validação dos Negócios
Para finalmente concluir o processo, a equipe buscou três instituições locais para vender seus cursos atravéss da plataforma já
criada; Jander avalia o resultado positivamente: “Foram mais de 200
matrículas em dois meses. Fomos também requisitados para vender
alguns cursos de instituições de São Paulo, a serem realizados lá”.
O negócio parecia estar pronto para decolar, no entanto, alguns
problemas técnicos e de gestão atrapalharam o lançamento do site,
foi quando a equipe decidiu se desvincular da sociedade que haviam
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fechado anteriormente. “Buscamos revigorar nossas forças em São
Paulo em um evento de startups e empreendedorismo, e ao voltarmos de lá muitas coisas foram acontecendo, como nossa entrada
em uma aceleradora da cidade”, conta Jander se referindo ao local
onde atualmente funciona o escritório da BusqueCursos e que tem
como função impulsionar negócios escaláveis em estágio inicial.
A sensação de que as coisas estavam correndo da melhor maneira e que finalmente dessa vez iriam decolar animaram Jander,
no entanto, como é comum no mundo arriscado dos negócios, mais
uma vez as coisas desandaram. “No decorrer de dois meses entraram três programadores além da sócia-administradora também ter
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saído para assumir negócios familiares. Estando sozinho novamente, necessitei urgente ter uma nova equipe para compor o quadro
de sonhadores do Busquecursos, foi então recebemos a indicação
de um designer que permance até hoje, que é o Pablo Ayres nosso
Chefe de Design e o Fábio Augusto, Chefe de Desenvolvimento” conta o CEO que comemora aliviado o fim dos obstáculos percorridos
e enfatiza o momento próspero que tem ocorrido para a empresa.
“Lançamos oficialmente o site Busquecursos (www.busquecursos.com) em Maio do ano passado e os resultados tem sido incríveis.
Quando me perguntam como estamos hoje: estamos no mercado
fazendo o negócio acontecer. São mais de mil matrículas que já foram realizadas pelo nosso site e mais de 80 organizadores de cursos
locais que utilizam nossa ferramenta para gerenciar e vender seus
treinamentos. Estamos em processo de escala do nosso produto e
recentemente chegamos à cidade de Goiânia e já vislumbramos operar em mais três cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte, que é de onde vem nossas maiores taxas de acesso no
site depois de Manaus e Goiânia” afirma Jander, ressaltando ainda
vitórias conquistadas já no ano de 2016, como as notícias em todas
as mídias locais, além do destaque no jornal “The São Paulo Times”.
“E as notícias boas não acabam aí: fomos selecionados para participar de um programa de aceleração que envolveu mais de 1.372
startups de todo o país e o BusqueCursos foi uma das 300 selecionadas para participar de treinamentos e mentoria a fim de otimizar
negócios” finaliza o CEO da startup BusqueCursos, otimista com os
novos projetos e buscando cada vez mais levar educação e capacitação de maneira simples, acessível e tecnológica.
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Por Olímpio Carneiro
O Encantador
de Turistas
Olímpio Carneiro, um cearense-amazonense. Seu Olímpio tem 55
anos, nasceu no Ceará, mas mora no Amazonas desde 1987.
Ele tinha uma empresa em Fortaleza, da qual trouxe uma filial
para Manaus; pouco tempo depois, junto com muitos brasileiros penalizados por uma época conturbada política e economicamente, ele
“quebrou”.
A partir daí, foi para Presidente Figueiredo trabalhar com pedreira, mas por ter encontrado algumas dificuldades, decidiu trabalhar
como taxista, profissão na qual ele afirma que “se encontrou”.
Seu Olímpio começou a observar que seus colegas de profissão
tão somente levavam os passageiros de um ponto ao outro, sem dar
informação nenhuma sobre nossa cidade; então, ele decidiu que se
preocuparia em fidelizar os seus clientes e os atenderia de maneira
diferenciada. E deu certo!
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Hoje, ele afirma com propriedade, que seu trabalho vai muito
além do transporte de passageiros: seu trabalho é divulgar Manaus
e o Amazonas, e isso ele o faz com maestria: dá aos seus clientes
lembranças regionais, como vidrinhos de pimenta, cuias e semelhantes, além de muitas outras ações de relevância nessa categoria de
serviço.
Seu Olímpio decidiu protagonizar em seu segmento muito antes
de conceitos como o UBER existirem de fato. Nosso case é regional,
dá certo e põe o Amazonas em evidência, afinal, como intitulamos
esse texto, ele é um encantador de turistas.
Saiba mais acessando www.olimpiocarneiro.com.br
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Por Ítalo Michiles
Protagonizando
para Deixar Legados
Sociais – Conheça
o X-Lab
O Live Lab Manaus, faz parte de um projeto piloto que está sendo
desenvolvido no Brasil, o qual visa reunir grupos potenciais para oferecer metodologias e estratégias, atuando como uma franqueadora
social, que fomenta e fornece suporte para as unidades franqueadas
(xLAB), até essas atingirem a independência e se tornarem verdadeiramente transformadoras.
A metodologia inicial consiste em reunir doze jovens empreendedores e super poderosos durante seis meses em uma casa, onde irão
elaborar projetos/ações de impacto social para aplicar na cidade, com
os temas: Educação, Meio Ambiente, Desigualdade Social e assuntos
pertinentes à realidade local.
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Além disso, a Casa/base irá funcionar como um espaço aberto à
comunidade, principalmente ao público jovem. Nesses locais, através
de parcerias com ONGs, Movimentos e outros, serão realizadas palestras, rodadas de diálogos, mini-cursos, oficinas, eventos culturais e
outros atrativos que envolvam a comunidade. O Live Lab visa através
da Casa/base apresentar às pessoas o que acontece de bom na cidade; será uma espécie de ponte, fortalecendo a união do público com
as iniciativas sociais de Manaus.
1) O que é e como nasceu o X-Lab em Manaus?
No ano de 2015, Ítalo Michiles teve uma experiência em um projeto em São Paulo, chamado Play The Call (esse projeto visa mobilizar 2
bilhões de pessoas para salvar o mundo). Ele percebeu o quanto são
importantes as iniciativas na construção de uma sociedade melhor, ao
mesmo tempo em que notou que em Manaus são poucos os movimentos que envolvam realmente as pessoas, principalmente os jovens.
Nessa viagem, ele comentou com a equipe do Play The Call, que
gostaria que tivesse algo parecido no Amazonas. Em janeiro de 2016
Rui Lira (Baser PTC) o convidou para reunir um time de jovens para
iniciar um projeto piloto, o X-LAB - um game onde em cada etapa iriam
receber desafios e ter que executar tudo de forma rápida, divertida e
sem colocar a mão no bolso.
2) Qual o perfil das pessoas que compõem o X-Lab hoje?
Nós gostamos de nos conectar, conhecer pessoas novas, descobrir
os sonhos de cada um e buscar realizar; o perfil das pessoas do X-Lab,
é de jovens de 18 a 30 anos, acadêmicos ou recém-formados de diversas áreas do conhecimento, sendo que todos têm uma coisa em
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comum: acreditam em uma sociedade melhor e querem ser protagonistas da mudança.
3) Quais as ações que vocês já desenvolveram no estado e
quais os resultados obtidos delas?
Nossas ações são divididas em micro-ações e missões “impossíveis”;
até o momento realizamos três micro-ações, sendo a primeira uma coleta de resíduos sólidos na Cachoeira do Leão (21/04) - AM 010, km 37;
a segunda tratou-se de compartilhar histórias através da doação de livros em um ponto central da cidade de Manaus (30/04) - a ação além
de doar os livros visava criar uma corrente, onde após o término da
leitura do livro a pessoa deveria repassar para outra; e a mais recente
foi o Puxirum Amarelinho (15/05) que visava realizar diversas ações ao
mesmo tempo, envolvendo a comunidade local: houve doação de roupas, livros, também atividades recreativas com as crianças da comunidade, música ao vivo e coleta de resíduos sólidos.
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4) Já sabemos que a proposta do X-Lab é ser um grande game
que une o poder do coletivo ao prazer de jogar. Na prática,
como se dá esse game em Manaus?
O Live Lab, ONG idealizadora do X-Lab nos passa desafios a serem superados, como fases de um jogo. Sendo os primeiros desafios:
reunir os jovens super poderosos, conseguir uma base e escolher a
missão impossível. Ao completarmos os desafios iniciais receberíamos
uma imersão com os mentores do Live Lab, Edgar Gouveia Júnior e Rui
Lira, como ocorreu na primeira semana de maio deste ano.
5) Quais os projetos e metas que o X-Lab tem para curto e médio prazo?
O X-Lab Manaus tem a proposta de empoderar jovens a se tornarem mudadores do mundo, capacitando-os para se tornar empreendedores sociais dentro de suas áreas acadêmicas ou de atuação. Visa
também realizar diversas micro-ações na cidade, além de duas “Missões Impossíveis”, com o objetivo de deixar um legado social para Manaus. Ressalta dois grandes projetos do X, o primeiro RH Voluntariado
da cidade em formato online, além de construir um escritório o mais
sustentável possível, onde funcionará X-Lab ONG.
6) Qual a mensagem do X-Lab para aqueles que tem o sonho e
desejo de protagonizarem através do empreendedorismo social?
Muitos jovens tem vontade de realizar e fazer parte de uma mudança por um mundo melhor, no entanto eles não sabem como fazer isso.
Inclusive, muitos tem interesse em participar de algum movimento ou
ONG, mas não sabe como fazer para participar. O X-Lab veio para reunir esses jovens e fazê-los descobrir quais são seus super poderes.
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Por Angela Bulbol de Lima
Pequenas Dicas
para Protagonizar
e Empreender no
Amazonas
Estamos na Amazônia, celeiro do universo!
Dessa maneira, pensar criativamente é exercício obrigatório para
nós, amazônidas; nossas raízes estão aqui fincadas e nossas memórias afetivas nos pertecem como patrimônio e legado; protagonizar é
preciso, então: inventividade, decisão e ação!
Sempre penso em produtos e serviços que são a cara e o jeito da
Amazônia, usando uma expressão da emissora que veicula meu programa, o “Amazônia Empreendedora”, e penso sempre em conectar
isso com um mercado que idolatra nossas cores, sabores e, por conseguinte, identidade cultural.
Aqui quero compartilhar com vocês algumas ideias bem criativas
que poderiam gerar negócios lucrativos e sustentáveis - se algumas
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delas já estiverem em prática, parabéns aos autores, mas, um alerta:
faltou marketing, e marketing é tudo.
Vamos lá:
1
Faça da sua cozinha um laboratório de experimentação de
sabores - pense em combinar frutas nutritivas harmonizadas entre si e crie sucos para seus filhos levarem para a es-
colar; Deu certo? Eles gostaram do sabor? Pronto, você já tem um
produto!
Vamos desenvolver uma maneira para comercializá-lo primeiramente num segmento de clientes cuja aproximação e relacionamento sejam próximos e favoráveis às trocas e compartilhamento. Pensei na turma da escola dos seus filhos, eles seriam os propagadores,
você os faria entender os benefícios dos sucos e a importância da
regionalidade.
Daí o network é seu: crie a partir das mães dos coleguinhas, professoras, pedagogas, coordenadoras… Garanto que todas as mães
se interessariam por alimentação saudável para seus filhos, e os sucos seriam o primeiro produto de um portfólio de muito sucesso,
com sanduíches, cookies e outras guloseimas.
2
Ainda no segmento gastronômico pensei numa opção de
refeição para os conhecidos “pratos feitos” à base também
da culinária regional: peixes locais, verduras e legumes,
combinados em receitas de sustância para o público ao qual se destina, feitos a partir do compartilhamento de experiências, competências e atividades do SENAC-AM, que desenvolve projetos de capacitação muito importantes no estado, voltados a cozinheiros e garçons
e outros setores da hospitalidade; na rede estariam presentes também fornecedores dos produtos utilizados no menu, que poderiam
se tornar parceiros do projeto, obtendo vantagens financeiras.
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Vislumbro oportunidades de associar essa ação à uma estratégia de marketing de responsabilidade social para todos aqueles que
aderirem ao projeto, e o planejamento das vendas seriam iniciadas
com contatos junto à construtoras e outro tipo de empreiteiras.
3
Permanecendo no setor gastronômico, pelo qual já demonstrei interesse profundo nas ideias anteriores, percebo,
acima de tudo, a importância estratégica de providenciar-
mos um acervo gastronômico da culinária regional, atualizado,
não na gourmetização que inova e ressignifica sabores, mas permite
nos distanciarmos da originalidade de nossa culinária de raiz, uma
vez que os pratos são atualizados nas tecnologias de preparo.
Quem não tem memória não tem história, portanto, esse trabalho significa recriar para um novo aprendizado de novas e sucessivas
gerações, o que o povo amazonense utilizou durante a sua história
como elementos de combinação culinária, gerando receitas que penso incríveis, e que mostrarão a capacidade e o talento de nossos antepassados.
Será, assim eu enxergo, um memorial afetivo com nossa história! Quem se interessar por essa ideia, conte comigo como parceira
- apaixono-me só de imaginar essa homenagem a tantas cozinheiras
de “mão cheia”, como se dizia antigamente, sem contar na espetacular repercussão disso em escolas, adotando esse conhecimento
como disciplina ou atividade pedagógica. Estamos juntos nessa empreitada?!
4
Você já pensou em adotar uma comunidade no estado
do Amazonas? Falando nisso, você já percebeu a imensidão do nosso estado? Quão distante estão os nossos
irmãos amazonenses do interior e quão imensas são suas necessidades e carências? Conheci através de um artigo, o trabalho de um
paulista que chama Thiago Cavalli; ele, numa jornada de autoconhe68
cimento, chegou ao Amazonas e literalmente, como tantos, e quase
todos, se apaixonou e assumiu um compromisso com nosso estado,
criou uma escola na comunidade do Rio Tupana.
Ele me inspirou profundamente, porque no seu absoluto desconhecimento da região, porém com vontades e sonhos imensos
e tremenda empatia com o lugar, vinculou-se emocionalmente e
empreendeu, juntou gente, chamou amigos e artistas de São Paulo,
criou uma rede de ações criativas que beneficiaram tremendamente
o lugar e as pessoas de lá; hoje eles se capacitaram em artesanato
regional, se empoderaram de conhecimentos e práticas em várias
áreas e se orgulham de pertencer àquele lugar.
Pensemos em nos solidarizar e gerar empatia também com nossa
gente a partir da junção de forças entre parentes, amigos e vizinhos
para levarmos mais do que esperança, esse é o espírito do projeto:
que nos comprometamos a levar futuro a eles - com livros, computadores, saúde, palestrantes inspiradores, palavras de encorajamento
e vida!
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Sobre os autores
Ana Carolina Gaeta
Graduada em Engenharia de Produção. Especialista em Gerenciamento de
Projetos em Engenharias e Arquitetura pelo IPOG – Instituto de Pós Graduação. Atualmente cursa MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV – Fundação Getúlio Vargas. Participou do Programa Executivo Internacional em
Gerenciamento de Projetos realizado em parceria com a ISAE/FGV e a The
George Washington University – School of Business, na cidade de Washington, DC – EUA (2014). Gerente de Projetos da Quartzo Engenharia Diagnóstica
& Gerenciamento Ltda. Atualmente é Vice-presidente Administrativo e PMIef
Liaison do PMI Amazônia – Brazil Chapter.
Angela Neves Bulbol de Lima
Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Amazonas (1982), Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Marketing pela
Fundação Getúlio Vargas (2001) e Mestrado em Desenvolvimento Regional
pela Universidade Federal do Amazonas (2005). É Professora Adjunto da Universidade Federal do Amazonas, tem experiência nas áreas de Estratégia,
Comportamento e Marketing Organizacional e atua no ensino de graduação
e pós-graduação lato sensu. Exerceu a Presidência da Fundação Escola de
Serviço Público Municipal de Manaus de 2009 a 2012. Atualmente finaliza seu
doutorado na Universidade Fernando Pessoa em Porto, Portugal, atua como
Docente na UFAM, é mentora do #MovimentoProtagonize e presidente da
ABL Consultoria.
70
Graça Figueiredo
Magistrada, pós-graduada em Direito, ex-presidente do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-AM) e atual presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas
(TJAM).
Jander Brandão
Acadêmico de Ciência da Computação e CEO da Busquecursos.
Márcia Raquel Cavalcante Guimarães
Turismóloga, Mestre em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí-UNIVALI- (conceito 5 MEC-Capes; 2010-2012), MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas-FGV (2002-2003) e Graduação em Turismo pelo Centro
Universitário Nilton Lins (1997-2001). É professora assistente do Curso de Turismo da Universidade do Estado do Amazonas-UEA e da Universidade Nilton
Lins. Participou da equipe de elaboração do Diagnóstico da Hotelaria de Selva
do Amazonas da Associação da Hotelaria de Selva da Amazônia Brasileira e
no Inventário da Oferta Turística do município de Coari e Manaus. Diretora de
Projetos e Captação de Recursos e de Infraestrutura e Qualificação Turística da
Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos-MANAUSCULT (Prefeitura
de Manaus 2013-2014). Atualmente, é presidente do Conselho Estadual das
Entidades do Turismo da Confederação Nacional de Turismo-CNTur e coordenadora do Laboratório do Curso de Turismo-LABOTUR da Universidade do
Estado do Amazonas-UEA. E-mail: [email protected].
Maria da Glória Vitório Guimarães
Graduada em Administração de Empresas e Administração Pública. Possui
especialização em Gestão de Recursos Humanos , mestrado em Engenharia
de Produção e doutorado em Ciências/Psicologia. É professora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em nível de graduação e pós-graduação.
71
Mayara Sampaio
Finalista do curso de Administração na UFAM, Mayara Sampaio trabalha na
AmBev, é pesquisadora CNPq, com foco nas temáticas de gestão de pessoas
e geração y, é gerente de conteúdo e relacionamento da ABL, diretora de
filiação e certificação do PMI Amazônia e uma apaixonada pelo #MovimentoProtagonize.
Roberto Bulbol
Conselheiro da Associação Brasileira da Industria de Hoteis - ABIH.
Rony Siqueira
Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal do Amazonas,
professor, especialista em educação de jovens e adultos. Vencedor do Prêmio
Nacional Ciranda da Ciência - Fundação Roberto Marinho (1993). Fundador
do Centro Cultural do Zumbi (2003), implementou os programas Bolsa Universidade (2009) e Educações (2013), superando a concessão de 70 mil bolsas
de estudo.
Vitor Texeira Kurahayashi Raposo
Mestrando em Educação Superior com ênfase em transdisciplinaridade e
gerenciamento de projetos pela Universidade Nacional de Rosário. Especialista em Gestão Estratégica pela UCB e em Gerenciamento de Projetos pela
FGV. Possui graduação em Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior, atualmente é professor da Pós-Graduação IDAAM, ocupa o
cargo de Diretor na BSRM Training & Consulting, na TravelCorp, na FoxTech
e na Plantamazon. Participa do PMI Amazônia Chapter como Presidente e
no Instituto Soka – CEPEAM como Relações Públicas. Gestor Corporativo e
Gerente de Projetos com 15 anos de experiência no Brasil, Japão, Taiwan
e China; com carreira construída e consolidada em grandes organizações
multinacionais, nacionais e estrangeiras nos segmentos da indústria, comércio e serviços.
72
Thiago Carvalho Maron
Engenheiro Perito, é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal
do Amazonas – UFAM e possui MBA em Gerenciamento de Obras, Tecnologia
& Qualidade da Construção e especialização em Auditoria, Avaliações e Perícias de Engenharia pelo Instituto de Pós-Graduação – IPOG. Possui tam-bém
o nível de Asistente de Técnico pela Asociación Latinoamericana de Control
de Calidad, Patología y Recuperación de la Construcción – ALCONPAT Internacional e o nível Master Internacional en Patología Avanzada I: Técnicas Avanzadas para el Diagnóstico de Manifestaciones Patológicas en Estructuras y
Materiales, outorgado pelo CINVESTAV México e o Instituto IDD Brasil, atuando como Perito Judicial nas Varas Cíveis e de Acidentes de Trabalho da Comarca de Manaus. Atualmente é sócio diretor da empresa Quartzo Engenharia
Diagnóstica & Gerenciamento Ltda. e Vice-Presidente Financeiro do capítulo
PMI – Project Management Institute Amazônia.
73
Direção e execução
ABL Consultoria
Projeto gráfico e editoração
Silvio Sarmento
ABL Consultoria 2016 - Todos os direitos reservados.
Manaus - Amazonas
www.ablconsultoria.com