Relatório atividades CDA 2015

Transcrição

Relatório atividades CDA 2015
Relatório de
Atividades
2015
Relatório de Atividades 2015
Índice
1. Introdução
1
2. Apresentação da Instituição
3
3. Respostas Sociais
5
3.1.
Nota Introdutória
5
3.2.
Apoio a Indivíduos e Famílias em Situação de Emergência
6
3.3.
Centro de Alojamento Temporário – CAT
35
3.4.
Centro de Acolhimento Infantil – CAI
42
3.5.
Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica
59
3.6.
Mini Banco de Ajudas Técnicas
69
3.7.
Parcerias
70
4. Projetos
73
4.1.
Projeto EntreSendas
73
4.2.
Contra Local de Desenvolvimento Social no Concelho de Aveiro
81
5. Grupos Caritas
85
5.1.
Introdução
85
5.2.
Estrutura
85
5.3.
Atividades e Projetos
86
6. Voluntariado
88
7. Campanhas
89
7.1.
Semana Nacional Cáritas
89
7.2.
Operação 10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz
89
8. Comunicação e Imagem
90
Relatório de Atividades 2015
1. Introdução
A situação da Comunidade Diocesana de Aveiro continuou no ano de 2015 a
caracterizar-se pela grande procura de apoios junto das instituições de apoio social, e
neste particular Cáritas Diocesana e Grupos Paroquiais.
As situações de emergência social, sem-abrigo e violência doméstica, consubstanciam
uma significativa parte do trabalho desenvolvido, a que corresponde também uma parte
relevante do orçamento da instituição. O número crescente de situações de pessoas
sem suporte familiar e que, em muitos casos, configuram a situação de “sem abrigo”, e
o aumento muito significativo de casos de violência doméstica, são aspetos que
merecem uma especial atenção.
Entretanto, neste ano de 2015 surgiu uma nova e problemática situação que se prende
com os conflitos no Médio Oriente e o cada vez maior número de refugiados e dramas a
que urge dar resposta. A Cáritas Diocesana (e os Grupos Paroquiais) tem estado atenta e
ativa, sobretudo na participação em campanhas, mas também na sensibilização dos
diocesanos e na colaboração de preparação para acolhimento de refugiados.
Para uma melhor resposta, foram levadas a efeito várias atividades e realizadas ações
diversas, dinamizados projetos e campanhas para, em oportunidade, dar resposta e
condições de dignidade ao significativo número de pessoas e famílias que junto da CDA
e das Cáritas Paroquiais solicitaram apoio.
Também a área da infância mereceu uma atenção especial, tendo-se desenvolvido
vários esforços para a manutenção e melhoria do espaço (Centro de Acolhimento
Infantil), a fim de proporcionar condições de trabalho adequadas e um ambiente de
segurança e bem-estar de acordo com as necessidades das crianças.
De referir também que, neste ano de 2015, se fez um grande esforço de divulgação da
instituição junto da comunidade procurando a sensibilização para a situação social que
se vive e desenvolver o espírito de solidariedade.
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Relatório de Atividades 2015
Estamos conscientes de que muito se fez, mas que muito mais há a fazer. A Direção
terminou o seu mandato (31 de Dezembro 2015). A maioria dos seus elementos irá
continuar. Com a inserção dos novos e com a prestimosa colaboração de todos os seus
profissionais e voluntários estamos certos de que, apesar das dificuldades, muito se irá
produzir de bom ao longo do novo ano de 2016. É este o espírito que nos anima e
congrega para o serviço.
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Relatório de Atividades 2015
2. Apresentação da Instituição
Cáritas Diocesana de Aveiro, Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins
lucrativos da Diocese de Aveiro, ereta canonicamente, com personalidade jurídica civil
e registada na Direcção-Geral de Ação Social, sob o nº 70/83, folha 9 e verso, no livro 2
das Fundações de Solidariedade Social, em 31/10/83.
NIPC: 501 163 964
SEDE: Rua do Carmo, 42, 3800-127 Aveiro
Telefone: 234 377 260
Fax 234 377 266
E-mail: [email protected]
Site: www.caritas.pt/aveiro
https://pt-pt.facebook.com/CaritasAveiro
O âmbito de ação da Cáritas Diocesana abrange prioritariamente a área geográfica da
Diocese de Aveiro (Anadia, Águeda, Aveiro, Albergaria-a-Velha, Ílhavo, Vagos, Sever do
Vouga, Murtosa, Estarreja e Oliveira do Bairro).
Missão
A Caritas Diocesana de Aveiro é uma Instituição da Igreja Católica que promove e
exerce a Acão Social em diversas áreas, através de Respostas Qualificadas e
Humanizadas,
priorizando
situações
de
exclusão
e
contribuindo
para
o
desenvolvimento e autonomia da Pessoa numa sociedade em constante
transformação.
Valores
Bem Comum (Promoção da partilha universal dos Bens à luz da Doutrina Social da
Igreja.)
Individualidade (Respeito pela dignidade da Pessoa – valores, crenças, etnia,
ideologias, privacidade…)
3
Relatório de Atividades 2015
Profissionalismo
(Desempenho
das
funções
com
competência,
dedicação,
disponibilidade e responsabilidade.)
Solidariedade (Prática e promoção de ações para responder a situações de carência de
várias ordens).
Afetividade (Valorização das relações baseadas em afetos.)
Parceria (Valorização do trabalho em equipa e em cooperação com outras entidades.)
Visão
Ser uma Instituição de referência dinamizadora de Respostas Sociais sustentáveis com
vista à melhoria contínua dos Serviços prestados aos seus Utentes.
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Relatório de Atividades 2015
3. RESPOSTAS SOCIAIS
3.1. Nota Introdutória
Com este relatório, pretende-se dar a conhecer as diversas atividades desenvolvidas
pela instituição, apresentar as principais características da população alvo e as
respostas dadas aos problemas identificados durante o ano de 2015. Esta informação
resultou da recolha e do tratamento dos registos efetuados pelas equipas técnicas ao
longo do ano.
Assim, este documento assume a seguinte estrutura de apresentação:
- Objetivos de cada área de atividade;
- Recursos humanos existentes;
- Caracterização da população destinatária / abrangida;
- Principais problemas / necessidades diagnosticadas;
- Respostas existentes e atividades desenvolvidas.
Como princípio da Instituição, e em continuidade com os anos anteriores, toda a
informação aqui apresentada permite não só aprofundar o (re) conhecimento das
situações – problema atuais e dominantes, como também, facilitar uma avaliação
interna, sobre as práticas realizadas.
Paralelamente, este relatório fundamenta também uma intervenção conhecedora e
ponderada no meio envolvente, em conjunto com outros organismos e entidades.
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Relatório de Atividades 2015
3.2 - Apoio a Indivíduos e Famílias em Situação de
Emergência
3.2.1. Objetivos/Pessoal Afeto
Uma das respostas sociais da Cáritas Diocesana de
Aveiro corresponde ao atendimento social prestado diariamente a indivíduos e
famílias em situação de emergência social. Tem como objetivo geral a prevenção de
situações de exclusão social e a minimização dos problemas sociais dos indivíduos e
famílias que recorrem à Instituição, no sentido de promover a sua autonomia e
inclusão social.
Como objetivos específicos destacamos:
Apoiar, através de metodologias próprias, indivíduos/famílias em situação de
emergência social e/ou precariedade;
Informar, orientar e encaminhar;
Assegurar, com os indivíduos e famílias, o desenvolvimento das suas
potencialidades, dotando-os dos meios necessários que permitam a aquisição
de competências pessoais, familiares, profissionais e sociais que possibilitem a
construção de um projeto de vida estruturado e autónomo suportado numa
rede de serviços e recursos locais;
Contribuir para que os indivíduos reforcem a sua capacidade de integração e
participação social através do exercício pleno da sua cidadania.
Quadro 1 – Pessoal afeto à resposta social
Nº Funcionários
Categoria Profissional
2
1
1
1
Assistente Social *
Assistente Social
Contabilista
Escriturária
* Comum a outras respostas sociais
6
Relatório de Atividades 2015
3.2.2. Caracterização dos Atendimentos
Podemos considerar que a população que recorre ao Atendimento Social se encontra
distribuída por três categorias:
Indivíduos/famílias;
Passantes;
Outras situações de pessoas sem-abrigo.
Em 2015 foram realizados 2458 atendimentos conforme se pode verificar no quadro 2.
Quadro 2 – Atendimentos realizados (2013-2015)
Ano
N.º de Indivíduos
N.º de Atendimento
2013
2014
2015
557
554
554
2773
2660
2458
Relativamente às situações que recorrem à instituição pela primeira vez, verificaramse no ano de 2015, 258 situações novas. Permanece um valor significativo que
representa aproximadamente 46,8% do total das famílias atendidas.
Realça-se ainda que do número total de atendimentos (2458), 1890 dizem respeito a
indivíduos/famílias, 60 a indivíduos passantes e 508 correspondem a pessoas em
situação de sem-abrigo.
Quadro 3 – Atendimentos realizados em 2015
Meses
1º Atendimento
Outros
Total
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Total
23
24
22
24
17
16
17
22
24
19
24
26
258
151
157
207
183
169
169
188
161
178
188
210
239
2200
174
181
229
207
186
185
205
183
202
207
234
265
2458
7
Relatório de Atividades 2015
Analisando os atendimentos distribuídos ao longo do ano (quadro 3), pode constatarse que foi no mês de Dezembro onde se registou o maior número de atendimentos. No
entanto, os meses de Março e Novembro foram também meses onde o número de
atendimentos foi elevado. O mês de Dezembro registou um total de 265 atendimentos
o que pode estar interligado com a chegada da época natalícia ou mesmo com
despesas relacionadas com a habitação (pagamento de Imposto Municipal sobre
Imóveis, mais gastos com eletricidade, entre outros).
Gráfico 1 - Distribuição do n.º indivíduos atendidos
por grupo-alvo em 2015
116
44
Indivíduos/Famílias
380
Sem-Abrigo
Passantes
Podemos verificar no quadro 4 que foram atendidas 554 situações na resposta social,
abrangendo um universo de 1040 pessoas. Do total de situações, 380 dizem respeito a
indivíduos/famílias, 44 a situações passantes e 116 a outras situações de pessoas semabrigo. Existiram ainda 14 situações não tipificadas, o que significa que foram situações
em que o utente fez um primeiro atendimento e não deu continuidade ao processo,
não sendo por isso possível caracterizá-las.
Quadro 4 – Distribuição do n.º de indivíduos por grupos-alvo
N.º de Indivíduos por Grupo-Alvo
Indivíduos/Famílias
Passantes
Outras situações de pessoas sem-abrigo
Total
Ano
2013
420
40
86
635
2014
385
49
92
557
2015
380
44
116
540
Na generalidade, as famílias apresentam uma situação de nova pobreza, que se
relaciona essencialmente com as reestruturações económicas e tecnológicas e os
efeitos que tudo isto assume no sistema produtivo, levando a um crescimento
estrutural do desemprego e na precariedade do emprego. A situação de carência
económica em que estas famílias se encontram pode também estar associada à
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Relatório de Atividades 2015
diminuição dos apoios sociais e problemas de saúde. Verifica-se um aumento
progressivo no número de pessoas sem-abrigo.
Quadro 5 – Indivíduos por n.º de atendimentos realizados em 2015
N.º de Atendimentos
N.º de Indivíduos
1
2-5
6-9
10-19
≥ 20
191
218
66
69
10
Total
554
No quadro 5 é apresentada a distribuição de indivíduos por n.º de vezes atendidos. Em
maior número realizaram-se com as pessoas entre 2 a 5 atendimentos (218) seguindose as situações onde se efetuou apenas um atendimento (191).
Analisando os dados apresentados, verifica-se a recorrência de algumas situações à
resposta social que são o resultado de uma intervenção integrada e estrutural em
conjunto com todos os outros organismos do meio. No entanto, existem situações que
utilizam o serviço uma única vez, o que significa que apresentam uma situação de
fragilidade em determinado sector de inclusão (desemprego, doença, diminuição dos
apoios sociais, problemas familiares, entre outros) o que faz com que recorram
pontualmente aos serviços.
As situações em que o número de atendimentos ultrapassa 10 vezes por ano fazem
também parte do quadro de intervenção do atendimento social e correspondem a
famílias multiproblemáticas e multiassistidas, que apresentam problemas nos
diferentes elementos da família e dimensões do seu funcionamento, gerando assim
uma forte dependência dos serviços. A estas situações correspondem processos de
exclusão socioeconómica, como sendo o desemprego de longa duração, as baixas
qualificações profissionais e académicas, os endividamentos, a ausência de proteção
social, a instabilidade familiar, as dependências e os desvios sociais e os
comportamentos de autoexclusão, que pela sua complexidade exigem uma
intervenção prolongada no tempo e devidamente articulada com outras respostas e
estratégias, tentando sempre promover o bem-estar e a resolução dos problemas
apresentados.
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Relatório de Atividades 2015
3.2.3. Caracterização do Público-Alvo e Problemas Identificados
3.2.3.1. Indivíduos / Famílias
No ano de 2015 a Cáritas Diocesana de Aveiro apoiou 380 indivíduos/famílias
residentes no Concelho de Aveiro e que seguidamente serão caracterizados,
permitindo assim identificar o tipo de população que recorre à resposta social.
Gráfico 2 - Indivíduos atendidos por sexo e escalões etários
M
F
T
554
301
253
262248
182139
154
132
113
81
75
73
71
61
38
<=25
26-30
31-40
41-50
51-60
101121
171532
10 5 15
61-64
>=65
s/r
Total
Relativamente à distribuição dos indivíduos por sexo e escalões etários, verifica-se
que, à semelhança dos anos anteriores, predomina o sexo feminino (301 mulheres) na
recorrência ao atendimento, no entanto verifica-se um aumento do sexo masculino no
atendimento (253 atendimentos). É a população em plena idade ativa que reúne o
maior número de indivíduos/famílias, sendo que 354 pessoas correspondem aos
escalões etários até aos 50 anos, refletindo-se por isso, dificuldades socioeconómicas
predominantemente nestes escalões etários.
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Relatório de Atividades 2015
Quadro 6 – Indivíduos por freguesia de origem
Freguesias
N.º de Indivíduos
Aradas
Cacia
Eirol
Eixo
Esgueira
Glória
Nariz
N.ª Sr.ª de Fátima
Oliveirinha
Requeixo
St.ª Joana
S. Jacinto
Vera Cruz
63
33
4
2
84
66
6
6
34
12
44
3
23
Total
380
Quanto à distribuição das famílias por freguesia de origem verifica-se, do total das
situações, uma maior proporção corresponde às 86 situações da freguesia de Esgueira,
seguindo-se as freguesias de Glória e Aradas com 64 e 63 situações respetivamente.
À semelhança dos anos anteriores, Esgueira continua a ser a freguesia onde se verifica
a maior número de situações, ainda que com um decréscimo acentuado face aos anos
anteriores.
Quadro7 – Número de encaminhamento por origem
Encaminhamento/Origem
N.º Encaminhamentos
%
CAFAP
Câmara Municipal de Aveiro
CARDA
Centro de Respostas Integradas
Centro de Saúde de Aveiro
Centro Distrital de Aveiro – Ação Social
Florinhas do Vouga
Centro Hospitalar do Baixo Vouga
IEFP
IPSS
Linha 144
Cáritas – NAVVD e GCP
Protocolos RSI
ISI – Intervenção Social Integrada
Outros
Subtotal
Iniciativa Própria
Total
2
13
1
7
1
76
6
12
2
14
1
2
86
38
6
267
1563
1830
0
1
0
1
0
4
0
1
0
1
0
0
5
2
0
15
85
100
11
Relatório de Atividades 2015
Como é possível verificar no quadro 7, os serviços/organismos que efetuaram um
maior número de encaminhamentos foram os Protocolos de RSI (86), o Centro Distrital
de Aveiro (76) e a Intervenção Social Integrada (38) que assumem a maior
percentagem, correspondendo a 5% dos 15% de situações encaminhadas (267).
É importante referir que aproximadamente 85% dos atendimento foram realizados por
iniciativa própria do utente, que na sua maioria são fruto do reconhecimento da
instituição como uma resposta social por parte dos indivíduos/famílias.
Para além disso, verifica-se uma diversidade de organismos/entidades (com diferentes
áreas de intervenção) na origem dos encaminhamentos efetuados para a Cáritas de
Aveiro, traduzindo-se desta forma na articulação realizada por esta instituição com
todos os organismos do meio, como também a complementaridade de respostas face
aos constrangimentos de intervenção dos outros serviços e tendo em conta as
especificidades desta resposta social.
Quadro 8 – Indivíduos por estado civil e sexo
Estado Civil
Solteiro
Casado
Separado
Divorciado
União de Facto
Viúvo
S/R
Total
Sexo
M
F
33
26
7
31
17
1
3
118
49
66
22
72
39
9
6
262
Total
%
82
91
29
103
56
10
9
380
22
24
7
27
15
3
2
100
Através do quadro 8 podemos conferir que existiu um maior número de indivíduos
divorciados (103 com uma percentagem de 27%) a recorrerem ao atendimento,
seguidos daqueles cujo estado civil é casado (91 com uma percentagem de 24%).
Podemos ainda referir que o número de indivíduos solteiros aumentou ligeiramente
face ao ano anterior, assumindo uma percentagem de 22% sobre o total. É ainda
possível perceber que existe um maior número de mulheres a recorreram à resposta
social (262), face aos homens (118) verificando-se ainda uma diferença bastante
acentuada.
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Relatório de Atividades 2015
Quadro 9 – Indivíduos por tipo de família
Tipo de Família
Total
%
Casal s/ filhos
Casal c/ filhos
Subtotal
Mulher c/ filho (s) menor (es) a cargo
Mulher c/ filho (s) maior (es) a cargo
Mulher c/ filho (s) maior (es) s/ estar (em) a cargo
Mulher c/ filho (s) menor (es) e maior (es) a cargo
Homem c/ filho (s) menor (es) a cargo
Homem c/ filho (s) menor (es) e maior (es) a cargo
Subtotal
Famílias Extensas
Famílias Alargadas
Agregados Compostos
Isolado
51
86
137
49
23
4
2
3
1
82
10
12
12
127
13
23
36
13
6
1
1
1
1
23
2
3
3
33
Total
380
100
Monoparental
Nuclear
No quadro 9 é possível observar o tipo de famílias que se dirigem ao atendimento.
Destacam-se as famílias nucleares (137), sendo que aquelas que representam uma
maior percentagem do público-alvo do atendimento são as famílias nucleares com
filhos (86). Seguem-se as famílias monoparentais (82) predominando, dentro deste
grande grupo, as mulheres com filhos menores a cargo (49). As famílias unipessoais
(indivíduos isolados) têm também uma grande afluência no atendimento social, sendo
assim representadas por 33% do número total de situações atendidas.
Quadro 10 – Indivíduos por escalões etários e habilitações literárias
Habilitações Literárias
Escalões
Etários
<=25
26-30
31-40
41-50
51-60
61-64
>=65
S/R
Total
%
Analfabetos
1
------------1
----3
----5
1
Ensino
Básico
Incompleto
--------1
6
4
2
6
----19
5
1º
Ciclo
Básico
2
2
15
32
31
8
10
----100
26
2º
Ciclo
Básico
5
4
25
30
16
2
1
----83
22
3º
Ciclo
Básico
6
11
22
21
24
1
3
1
89
24
Ensino
Secundário
Curso
Médio/Superior
S/R
Total
2
6
8
10
4
----4
----34
9
----2
5
2
7
1
1
----18
5
1
1
8
7
8
3
3
1
32
8
17
26
84
108
95
17
31
2
380
100
13
Relatório de Atividades 2015
É possível verificar no quadro 10 a baixa escolaridade, que se reflete na desigualdade
de oportunidades no acesso ao mercado de trabalho.
Constata-se que 26% têm apenas o 1º ciclo básico (4º ano), maioritariamente com
idades compreendidas entre os 41-60 anos de idade. Salienta-se ainda a existência de
23% de pessoas cuja escolaridade corresponde ao 3º ciclo básico (9º ano)
concentrando-se o maior número no grupo etário entre os 51-60 anos. Destaca-se o
crescimento de situações com curso médio superior relativamente ano de 2014 (13
situações), sendo que em 2015 foram 18 já os casos cujas habilitações literárias
correspondem a cursos médio superiores.
Caracterizando as situações de baixa escolaridade, podemos dizer que 78% não possui
a escolaridade obrigatória atualmente em vigor (12º ano), não preenchendo por isso
muitas das condições exigidas pelo atual mercado de trabalho.
Quadro 11 – Indivíduos por situação socioprofissional
Escalões
Etários
Situação Socioprofissional
Emprego
Desemprego
Estudante
Doméstica
Pensionista
Outros
Total
2
----1
----------------1
4
Formação
Profissional
------------2
----------------2
<=25
26-30
31-40
41-50
51-60
61-64
>=65
S/R
Total
1
4
16
17
6
2
1
----47
13
19
62
66
69
11
8
1
249
1
1
----1
5
------------8
----1
2
13
11
4
19
----50
----1
3
9
4
----3
----20
17
26
84
108
95
17
31
2
380
%
12
66
1
1
2
13
5
100
O quadro 11 reflete a situação face ao emprego do público-alvo no atendimento social.
Podemos afirmar que em maior número encontram-se as pessoas em situação de
desemprego (249), que relativamente ao ano anterior aumentou de uma percentagem
de 64,4% para uma atual de 66%.
Podemos concluir que fora do mercado de trabalho encontram-se, para além das
pessoas em situação de desemprego, as que frequentam formação profissional, as
14
Relatório de Atividades 2015
domésticas e outros, perfazendo assim um total de 279 situações que não estão no
exercício de uma atividade profissional.
Reforça-se ainda a importância que, ao contrário do ano anterior, o maior número de
pensionistas situa-se no escalão etário de >=65 (19), o que já se enquadra nos
reformados e não nos pensionistas por invalidez/sobrevivência à semelhança do ano
de 2014.
Quadro 12 – Número de indivíduos por origem (fonte) de rendimento
Origem de Rendimentos
%
Trabalho/Salário
100
14
RSI
73
10
Pensões
168
24
Subsídio de Desemprego
33
5
Subsídio de doença
13
2
Abono de Família
173
24
Bolsa de Formação
7
1
Biscates
33
5
Ajudas Familiares/Amigos
7
1
Outros
7
1
Sem Rendimentos
94
13
708
100
Total
É possível verificar que aquelas que se assumem como as mais frequentes fontes de
rendimentos dos indivíduos/famílias são sobretudo o abono de família (173), as
pensões (168) e o trabalho/salário (100). Apenas 1% das situações beneficiam de
ajudas de familiares/amigos, o que se pode deduzir como sendo a falta de suporte
familiar para as situações de fragilidade.
O Rendimento Social de Inserção (RSI) apresenta um grande peso nas fontes de
rendimentos dos indivíduos/famílias com 73 situações beneficiárias.
É de considerar que as prestações sociais são aquelas com maior frequência no
sustento de muitos dos indivíduos/famílias em estudo, tendo uma percentagem total
de 65% ao contrário daqueles que têm como fonte de rendimento o trabalho, seja ele
com contrato ou sem, representados por uma percentagem de 14%.
As situações que se encontram ausentes de rendimentos e que consequentemente
não beneficiam de nenhum tipo de proteção social estiveram no ano de 2015
15
Relatório de Atividades 2015
representadas por um percentagem de 13%, ligeiramente maior que no ano anterior
(12,6%).
Gráfico 3 - % (de indivíduos) face à situação perante o
rendimento social de inserção
19%
Beneficiários
81%
Não Beneficiários
É possível perceber que em relação ao ano anterior manteve-se o número de
beneficiários do RSI. 19% dos indivíduos são beneficiárias desta medida de política
social.
Tal fato pode estar relacionado com as baixas prestações que os beneficiários
recebem, que leva a que ainda assim continue a ser necessário o apoio aos
indivíduos/famílias. Este tipo de apoio é sempre articulado com os técnicos gestores
dos processos, seja qual for o apoio solicitado pelo indivíduo/família.
16
Relatório de Atividades 2015
Gráfico 4 - Indivíduos por montante de rendimento per capita
>=301€
8
201_300€
14
101_200€
73
51_100€
68
1_50€
68
<=0€
149
O gráfico 4, é representativo das situações com baixo escalão per capita das famílias
atendidas em 2015. Do total das 380 situações 149 não têm qualquer tipo de
rendimento. Verifica-se que na generalidade os rendimentos per capita das situações
não ultrapassam os 200 euros.
No que diz respeito ao tipo de habitação ocupada pelos indivíduos/famílias que
recorreram ao atendimento social em 2015 (quadros 13 e 14), numa análise geral, 136
vivem em casas unifamiliares e 78 em apartamentos. Destaca-se ainda que 88
indivíduos/famílias residem em habitações com custos mais baixos e por vezes sem as
condições necessárias (quarto, anexos, barracas, cave/sótão). Entre estes casos
destacam-se 44 a residir em quartos, cujo valor pago é mais baixo.
Quadro 13 – Indivíduos por tipo de habitação e regime de ocupação
Tipo de Habitação
Casa Unifamiliar
Apartamento
Habitação Social
Quarto
Anexos
Barraca
Cave/Sótão
S/R
Total
%
Regime de Ocupação
Própria
29
9
--------2
--------2
42
Prestação
12
6
------------------------18
Arrendada
72
56
14
36
29
----1
6
214
Cedida
17
3
1
4
6
5
----1
37
S/R
6
4
1
4
1
--------53
69
11
5
56
10
18
Total
136
78
16
44
38
5
1
69
%
36
20
4
11
10
2
1
16
380
100
17
Relatório de Atividades 2015
Os regimes de ocupação de habitação são maioritariamente arrendados, seguindo-se
as habitações próprias (42) e cedidas por terceiros (37). As condições económicas
impedem a aquisição de habitação própria, existem apenas 16% de situações.
Quadro 14 – Indivíduos por regime de ocupação de habitação e montante de despesa mensal
Regime de Ocupação
Prestação
Arrendada
Total
%
Montante de Despesa Mensal (€)
1-50
----11
11
5
51-100
----12
12
5
101-200
3
79
82
35
201-300
1
75
76
33
>=301
12
21
33
14
S/R
2
16
18
8
Total
18
214
232
100
Relacionando o regime de ocupação com o montante de despesa mensal (quadro 14)
podemos analisar 232 situações com encargos habitacionais, dos 380 totais (quadro
13). Desse total, 214 têm habitação arrendada e apenas 18 pagam mensalmente uma
prestação. É entre os 101-300 euros onde se verifica o maior número de
indivíduos/famílias a pagar prestações ou rendas mensais (158), com uma maior
significância nas habitações arrendadas (79). Acima dos 300€ verificam-se 33 situações
a pagar mensalmente prestações ou arrendamentos, o que muitas vezes, dado o
elevado valor, provocam problemas económicos de endividamento.
Problemas Identificados
Quadro 15 – Problemas apresentados por área
Áreas de Problemas
Total
%
Problemas Económicos
Emprego/Inserção Profissional
Saúde/Doença
Habitação
Educação
Problemas Pessoais
Proteção Social
Problemas Familiares
Sociocultural
Total
425
323
231
62
31
62
12
195
21
1362
31
24
17
5
2
5
1
14
1
100
São diversos os problemas identificados nos indivíduos/famílias em atendimento
social. Verificando o quadro 15 podemos identificar nove grandes grupos de
18
Relatório de Atividades 2015
problemas sociais das mais diversas áreas. Podemos reconhecer que são os problemas
económicos (425) os que mais afetam os indivíduos/família, seguidos dos de
emprego/inserção profissional (323). A proteção social representa o menor número
(12) como problema que afete o público-alvo estudado.
O primeiro sinal de vulnerabilidade surge do desemprego, da instabilidade no emprego
e inserção profissional. Esta situação conjugada com os insuficientes/baixos
rendimentos leva à necessidade de intervenção junto destes indivíduos/famílias.
Quadro 16 – Problemas-económicos
Tipo de Rendimentos
Total
%
Ausência de Rendimentos
Insuficiência/Baixos Rendimentos (salários, pensões e outras prestações)
149
203
35
47
Endividamento
Elevados Encargos com a Saúde
Elevados Encargos com a Habitação
Elevados Encargos com a Educação
Outros
26
17
29
3
2
5
4
7
1
1
Total
429
100
Numa análise mais detalhada face aos problemas económicos, podemos afirmar que o
principal problema com que os indivíduos/famílias se deparam é a insuficiência/baixos
rendimentos (203), provenientes de salários, pensões e outras prestações, bem como
a ausência de rendimentos (149). São os encargos com a educação os que
representam menor problema para o público-alvo do atendimento social.
É importante referir os 26 casos de endividamento e os 29 casos de problemas
económicos associados aos elevados encargos com a habitação.
Quadro 17 – Problemas-emprego/Inserção profissional
Tipo de Problemas
Total
%
Desemprego
Salários em Atraso
Trabalho Irregular/Incerto
Falta de Hábitos de Trabalho
Inexistência de Vínculo Contratual
Baixos Salários
Emprego Clandestino
Outros
Total
270
3
11
22
5
5
2
5
323
83
1
3
6
2
2
1
2
100
19
Relatório de Atividades 2015
Quanto à inserção profissional, conforme o quadro 17 demonstra, é na maioria dos
casos o desemprego (270) o principal problema, o que estará relacionado com a baixa
escolaridade e consequente acesso ao mercado de trabalho. Segue-se o problema
associado à falta de hábitos de trabalho (22). O problema que representa um menor
peso na situação em que os indivíduos/famílias se encontram é o emprego clandestino
e os salários em atraso.
Quadro 18 – Problemas-saúde/doença
Tipo de Problemas
Total
%
Doença Crónica
Deficiência
Doença de Natureza Psíquica
Toxicodependência
Doença Infecto-Contagiosa
Alcoolismo
Doença Oncológica
Dependência/Acamados
Acidente de Trabalho
Outros
Total
74
8
56
17
9
27
14
5
4
16
230
32
4
24
7
4
12
6
2
2
7
100
Os problemas de saúde foram marcados principalmente pelas doenças crónicas e de
natureza mental que representa 56% do número total. Todos os problemas de saúde
representam condicionantes para os indivíduos/famílias aos mais variados níveis,
aumentando os gastos com medicação e criando instabilidade no seio familiar.
Os problemas de saúde mental são um indicador de disfunção pessoal e social em
muitos processos cumulativos de exclusão e que se acentuam em épocas de crise
económica e social.
Com menor incidência, mas ainda com números elevados, verifica-se o alcoolismo e a
toxicodependência. Aproximadamente 19% dos indivíduos/famílias estão afetados por
estes comportamentos aditivos.
20
Relatório de Atividades 2015
Quadro 19 – Problemas-habitação
Tipo de Problemas
Total
%
Desalojamento
Habitação Degradada
Casa Abarracada
Barraca
Carência Habitacional
Custo Excessivo de Habitação
Habitação s/ Água, Luz e/ou Casa de Banho
Rendas/Amortização em Atraso
Outros
1
3
1
1
1
23
2
26
1
2
5
2
2
2
38
3
44
2
Total
59
100
Os custos elevados com a habitação continuam a ser os que mais prejudicam os
indivíduos ou famílias, que, consequentemente, acumulam dívidas deixando
rendas/amortizações em atraso, resultado das dificuldades económicas que
atravessam. Pode ainda denotar-se que são alguns os indivíduos/famílias que vivem
em habitações sem as mínimas condições necessárias, representando 14% do total.
Quadro 20 – Problema-educação
Tipo de Problemas
Total
%
Insucesso Escolar
Analfabetismo
Baixa Escolaridade
Abandono Escolar
Outros
Total
1
1
27
1
1
31
3
3
88
3
3
100
À semelhança dos anos anteriores, relativamente aos problemas na área da educação,
continua a verificar-se que predomina a baixa escolaridade dos indivíduos que limitam
e condicionam o acesso ao mercado de trabalho, dificultando o percurso de inclusão
dos indivíduos.
21
Relatório de Atividades 2015
Quadro 21 – Problemas-natureza familiar
Tipo de Problemas
Total
%
Maus-Tratos
Menores Institucionalizados
Rejeição Familiar
Violência Doméstica
Disfunção Familiar
Isolamento ou Solidão
Família Monoparental
Mãe Adolescentes
Idosos Institucionalizados
Negligência
Viuvez
Separação do Casal
Reclusão
Más Relações Incestuosas
Conflitos Entre Familiares
Rutura Familiar
Baixa Comparticipação Financeira de Alguns Elementos
Outros
2
5
4
29
18
24
51
1
1
4
3
4
6
1
20
15
3
2
1
3
2
15
9
12
26
1
1
2
2
2
3
1
10
7
2
1
Total
193
100
O quadro 21 representa os problemas que afetam o seio familiar, sendo os problemas
que mais afetam os indivíduos/famílias a monoparentalidade (51 situações), a
violência doméstica (29 situações), os conflitos familiares (20 situações) e o isolamento
ou solidão (24 situações).
Quadro 22 – Problemas-pessoais
Tipo de Problemas
Total
%
Dificuldades de Aceitação à Mudança
Incapacidade em Gerir Recursos
Comportamentos Violentos
Desajustamento Psicossocial
Ausência de Expectativas
Problemas de Autoestima
Dificuldades de Relacionamento com os Outros
Dependência dos Serviços
Falta de Iniciativa Individual
Outros
3
10
4
9
1
9
3
16
2
2
5
17
8
15
2
15
5
27
3
3
Total
59
100
À semelhança do ano anterior, em 2015 continua a verificar-se a dependência dos
serviços e a incapacidade em gerir recursos como os principais problemas pessoais que
afetam os indivíduos/famílias, assumindo uma percentagem de 44% do total.
22
Relatório de Atividades 2015
3.2.3.2. Passantes
Durante o ano de 2015, a Cáritas Diocesana de Aveiro apoiou um total de 44
passantes, verificando-se uma descida, ainda que pouco significativa, face ao ano
anterior. Esta tipologia corresponde a indivíduos socialmente excluídos e com
mudanças de residência frequentes, em parte relacionadas com conflitos/ruturas
familiares, com fenómenos de dependências e presença de perturbações psíquicas.
São pessoas que se encontram de passagem pela cidade e que pretendem deslocar-se
para outra zona do país.
Gráfico n.º 5 - Indivíduos por sexo (2013-2015)
Mulheres
Homens
Total
49
44
40
36
36
30
13
10
8
2013
2014
2015
Como é possível ver no gráfico 5, até 2014 tinha-se verificado um aumento no número
de passantes, sendo que em 2015 passou a existir uma descida representada por 44
casos apoiados neste serviço. Mantendo os números de indivíduos do sexo masculino
(36), mas diminuindo o número de indivíduos do sexo feminino (8).
Quadro 23 – Indivíduos por estado civil e sexo
Estado Civil
Sexo
Total
%
3
2
1
1
----1
19
3
2
15
1
4
43
7
5
34
2
9
8
44
100
M
F
Solteiro
Casado
Separado
Divorciado
União de Facto
S/R
16
1
1
14
1
3
Total
36
23
Relatório de Atividades 2015
Como vem sendo comum nos anos anteriores, também em 2015, o maior número de
indivíduos apoiados é do sexo masculino e solteiro, sendo este estado civil também
predominante no sexo feminino. No sexo masculino destaca-se também o elevado
número de indivíduos divorciados.
Quadro 24 – Indivíduos por escalões etários
Sexo
Escalões Etários
<=25
26-30
31-40
41-50
51-60
S/R
Total
M
F
2
4
8
11
10
1
31
2
----1
3
2
----8
Total
4
4
9
14
12
1
44
Relativamente à distribuição dos indivíduos por idades verifica-se que são
predominantes os escalões etários entre os 41 e 60 anos de idade, destacando-se uma
ligeira subida nas idades entre os 26 e 30 anos de idade, no sexo masculino,
comparativamente ao ano de 2014.
Quadro 25 – Indivíduos por habilitações literárias
Habilitações Literárias
N.º de Indivíduos
Ensino Básico Incompleto
1º Ciclo Básico
2º Ciclo Básico
3º Ciclo Básico
Ensino Secundário
Curso Médio/Superior
S/R
Total
2
12
9
12
2
1
6
44
Como é possível verificar no quadro 25, os indivíduos apresentam baixos níveis de
escolaridade distribuídos entre o 1º ciclo básico e o 2º ciclo básico, apenas 3 situações
têm concluída a escolaridade obrigatória atualmente em vigor (ensino secundário),
apenas uma situação tem o ensino superior concluído.
24
Relatório de Atividades 2015
Quadro 26 – N.º de encaminhamentos por origem
Encaminhamento/Origem
N.º Encaminhamentos
Centro Distrital de Aveiro – Ação Social
Florinhas do Vouga
Centro Hospitalar do Baixo Vouga
Iniciativa Própria
Linha 144
NAVVD
Outros
Total
1
2
14
32
1
1
3
54
Ao nível dos encaminhamentos, 19 foram realizados por entidades locais, das quais se
destaca o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (14), 32 situações recorreram ao apoio por
iniciativa própria.
Quadro 27 – Indivíduos por Origem Geográfica
Origem Geográfica
N.º de Indivíduos
Aveiro
Outras Zonas do País
Países do Leste
Resto da Europa
S/R
Total
4
31
1
5
3
44
A origem geográfica da maior parte dos indivíduos beneficiários deste apoio é de
outras zonas do país, apenas 4 da zona de Aveiro. Verifica-se um crescimento das
situações de indivíduos estrangeiros em 2015 (6 situações). São indivíduos que
solicitam junto do atendimento social apoio para viagens, muitas vezes para
regressarem à sua área de residência.
Quadro 28 – Problemas identificados
Problemas
N.º de Indivíduos
%
Ausência de Rendimentos
Baixos Rendimentos
Desemprego
Alcoolismo
Doença Mental
Toxicodependência
Rutura/Conflito Familiar
Baixa Escolaridade
Outros
Total
19
4
13
7
11
1
4
3
17
79
24
5
16
9
14
1
5
4
22
100
25
Relatório de Atividades 2015
Os problemas identificados neste público-alvo são sobretudo ao nível socioeconómico,
onde se verifica baixo rendimento ou até mesmo a ausência de rendimentos, com um
valor total 23 situações. Destacando ainda o desemprego (13), a doença mental (11) e
o alcoolismo (7) como problemas também presentes.
3.2.3.3. Outras Situações de Pessoas Sem Abrigo
No âmbito da resposta social – Apoio a Indivíduos e Famílias em Situação de
Emergência, a Cáritas intervém também junto da população sem-abrigo.
Apesar de existir na Instituição um Centro de Alojamento Temporário (CAT) para
homens sem-abrigo, este não consegue dar resposta a todas as situações, razão pela
qual se garante o alojamento temporário em pensões e o encaminhamento para
outros CAT.
A intervenção social junto destes indivíduos consiste na satisfação das necessidades
básicas, na integração em CAT e no apoio psicossocial.
Gráfico n.º 6 - Indivíduos por sexo (2013-2015)
Mulheres
Homens
Total
116
92
84
67
61
26
25
23
2013
90
2014
2015
26
Relatório de Atividades 2015
No ano de 2015 foram apoiadas 116 situações de sem-abrigo, dos quais 90 foram do
sexo masculino e apenas 26 do sexo feminino. Destaca-se o aumento de pessoas em
situação de sem-abrigo face ao ano de 2014, onde se registaram 92 situações.
Quadro 29 – Indivíduos por estado civil e sexo
Estado Civil
Solteiro
Casado
Separado
Divorciado
União de Facto
Viúvo
S/R
Total
Sexo
M
F
52
2
10
24
--1
1
90
8
2
6
8
2
----26
Total
60
4
16
32
2
1
1
116
Relativamente ano estado civil, destacam-se as situações de solteiros (60) e
divorciados (32). No sexo masculino é mais frequente o estado civil de solteiro, já no
sexo feminino não existiu diferença entre ambos os predominantes (solteiro e
divorciado).
Quadro 30 – Indivíduos por escalões etários
Escalões Etários
<=25
26-30
31-40
41-50
51-60
61-64
>=65
S/R
Total
Sexo
M
F
19
7
13
23
21
3
1
3
90
4
2
6
9
4
1
--------26
Total
23
9
19
32
25
4
1
3
116
A média de idades mais frequente em ambos os sexos é aquela que varia entre os 41 e
50 anos de idade. É de salientar a diferença das situações com idades <=25 anos do
27
Relatório de Atividades 2015
ano de 2014 para 2015, onde se verificaram um total de 23 situações, origem
provavelmente no abandono escolar e rutura ou rejeição familiar.
Quadro 31 – Indivíduos por habilitações literárias
Habilitações Literárias
N.º Indivíduos
Analfabeto
Ensino Básico Incompleto
1º Ciclo Básico
2 º Ciclo Básico
3 º Ciclo Básico
Ensino Secundário
Curso Médio/Superior
S/R
Total
6
5
24
27
40
5
1
8
116
Como é possível de observar no quadro 31, apenas 5 indivíduos têm o ensino
secundário concluído e 102 não concluíram essa mesma escolaridade, sendo que 11
não têm sequer frequência (6 situações de analfabetismo) nem concluíram o ensino
básico (5). Por falta de envolvimento das pessoas e algumas dificuldades na recolha de
informação, existiram 8 situações sobre as quais não foi possível apurar dados ao nível
das habilitações literárias.
Quadro 32 – Indivíduos por origem geográfica
Origem Geográfica
N.º Indivíduos
Aveiro
Outras Zonas do País
PALOP’s
Países do Leste
Outros Países da Europa
Brasil
S/R
Total
54
49
4
2
3
1
3
116
As situações de sem-abrigo são maioritariamente de origem concelhia (54), e 49 são
provenientes de outras zonas do país. De origem estrangeira, verificaram-se 10
situações num total.
28
Relatório de Atividades 2015
Quadro 33 – Número de encaminhamentos por origem
Encaminhamentos/Origem
N.º de Encaminhamentos
Câmara Municipal de Aveiro
CARDA
Centro de Respostas Integradas
Centro de Saúde de Aveiro
Centro Distrital de Aveiro – Ação Social
CPCJ Aveiro
Equipa de Reinserção Social
Florinhas do Vouga
Centro Hospitalar do Baixo Vouga
IEFP – Centro de Formação
IPSS’s
ISI
Linha 144
NAVVD
Protocolo RSI
Outros
Subtotal
Iniciativa Própria
1
1
23
3
8
1
1
11
10
3
13
3
6
3
19
10
116
443
Total
559
Em 2015 verificou-se que o maior número de encaminhamentos foi realizado pelo
Centro de Resposta Integradas (CRI) de Aveiro, que efetuou 23 encaminhamentos,
seguido do Protocolo RSI onde se registaram 19 encaminhamentos. Registaram-se 443
atendimentos a indivíduos que recorreram por iniciativa própria.
Quadro 34 – Problemas identificados
Problemas
N.º de Indivíduos
%
Ausência de Rendimentos
Baixos Rendimentos
Desemprego
Doença Infecto-Contagiosa
Alcoolismo
Doença Mental
Toxicodependência
Analfabetismo
Baixa Escolaridade
Conflitos Familiares/Separação
Rutura/Rejeição Familiar
Isolamento
Dependência dos Serviços
Reclusão
Ilegalidade
Disfunção Familiar
Outros
Total
78
9
52
3
31
13
15
2
4
19
20
13
3
3
4
22
49
340
23
3
15
1
9
4
4
1
1
6
6
4
1
1
1
6
14
100
29
Relatório de Atividades 2015
Os principais problemas apresentados por este público-alvo são a ausência de
rendimento (78), desemprego (52) e o alcoolismo (31). Em algumas situações são
também notórios os problemas ao nível familiar, que em 2015 se verificaram em 61
indivíduos, designadamente os conflitos/separação, a rutura/rejeição e a disfunção
familiar.
30
Relatório de Atividades 2015
3.2.4. Respostas
Quadro 35 – Tipo de respostas
N.º
Indivíduos/Famílias
N.º
Passantes
N.º Outras Situações de SemAbrigo
Géneros Alimentares
Senhas de Refeição (Cozinha Social)
Apoio Alimentar
Leite Lactentes
Produtos de Higiene
Água, Luz e Gás
Renda
Habitação
Alojamento/Pensões
Total
Medicamentos
Saúde
Ajudas Técnicas
Total
Apoio Económico em Geral
Apoio Económico (Barbearia)
Vestuário
Banhos
Material Escolar
Transportes
Tratamento de Documentação
Encaminhamento para Outras Instituições
Encaminhamento para o Fundo Social
Solidário
Encaminhamento para Prioridade às
Crianças
Informação e Orientação
Outros
228
21
5
2
3
88
28
3
119
149
6
155
13
3
16
----1
22
9
10
3
2
--------------------2
2
1
----1
--------1
--------41
---------
28
55
2
----4
----6
50
56
27
1
28
----7
6
53
1
24
6
20
16
-----
-----
1
-----
-----
22
58
----2
3
41
Dando
mais
Área-Resposta/Tipo
resposta
às
necessidades
emergentes
apresentadas
pelos
indivíduos/famílias, a instituição, através do atendimento social realizado, assumiu
como principal resposta o apoio material nas diferentes áreas-problema.
Durante o ano de 2015, em atendimento, foram apoiados 228 indivíduos/famílias ao
nível alimentar e 155 na área da saúde, tendo maior relevância o apoio dado em
termos de medicação. Registaram-se ainda 119 indivíduos/famílias apoiados para
despesas relativas à habitação.
No que diz respeito aos passantes, em 2015, os apoios foram mais uma vez atribuídos
na sua maioria ao nível dos transportes (41). Estes indivíduos recorrem à instituição
pontualmente, pelo que não é possível fazer uma avaliação aprofundada das
situações.
31
Relatório de Atividades 2015
O tipo de apoios prestados a outras situações de pessoas sem-abrigo foram
diversificados, concentrando-se em maior número o apoio ao nível alimentar que é
prestado através de senhas de refeição (55) e géneros alimentares (28), seguido do
alojamento em pensão (50) e o apoio ao nível da saúde (28). Também foram realizados
apoio ao nível de transportes, tratamento de documentação, entre outros. Foram
encaminhadas 20 situações para outros serviços, que correspondem normalmente à
integração em CAT. É de referir que muitas das situações exigem uma intervenção
prolongada, implicando um acompanhamento psicossocial e um trabalho de
articulação com outros serviços.
Géneros Alimentares
Quadro 36 – Géneros alimentares
Produtos
FEAC
(Kg)
BACF
(Kg)
Outros
Donativos (Kg)
Leite UHT
Bolachas Várias
Papa Láctea
Massas Diversas
Massa para Sopa
Esparguete
Açúcar
Manteiga
Queijo
Arroz
Cereais
Tostas
Atum/Sardinha/Bacalhau em Conserva
Salsichas
Leguminosas Secas
Leguminosas em Conserva
Tomate Pelado
Azeite
Óleo
Sal
Farinha
Batatas Frita
Fruta Conserva
Marmelada/Compota
Iogurtes
Fruta
Pão de Forma
Bolos
Peixe
Diversos
1.148
669
360
705
--------94
282
328
243
214
111
705
1.457
----353
278
----219
----------------381
-------------------------
1.677
210
----398
53
401
182
--------1024
83
60
207
308
42
249
----119
179
14
47
24
--------396
1.171
35
5
---------
718
132.5
6.85
27.25
2.5
281.35
31
----60 Cx
241
114.08
2
141.99
66.7
30
36.4
----127
60
0.30
27
----0.82
2
----------------40
27
32
Relatório de Atividades 2015
O apoio em géneros alimentares é a resposta mais frequente dada pela instituição e é
assegurada, na sua maioria, pelo Fundo Europeu de Auxílio aos Carenciados (FEAC) e
pelo Banco Alimentar Contra a Fome (BA). Tal como nos anos anteriores, é de realçar o
contributo dado por outras entidades de âmbito privado que fizeram donativos
alimentares e que nos permitiu dar resposta a um maior número de situações. Em
2015 recebemos 7.547 Kg do FEAC, 6.884 Kg do BA e 1.305 Kg de outros donativos,
totalizando 15.736 Kg de géneros alimentares.
Devido ao contributo de diversas entidades, a quantidade de géneros recebidos foi
superior ao ano anterior correspondendo a um aumento de 1.927 Kg, situação que já
não se verificava desde 2013.
Roupeiro
O serviço de roupeiro manteve-se a funcionar durante o ano de 2015, com abertura
aos utentes uma tarde por semana, assegurado por um grupo de voluntárias. Deu
resposta a 252 pedidos/apoios de roupa e calçado, quer a famílias, quer a pessoas
sem-abrigo.
Foram, também, distribuídas roupas e calçado por alguns Grupos Cáritas Paroquiais, e
outras entidades que nos solicitaram este tipo de apoios.
Apoio Psicológico
Embora não fazendo parte do Quadro Técnico desta Resposta Social, a Psicóloga foi
acompanhando algumas situações detetadas no Atendimento Social que, pela urgência
e gravidade, se justificaram. No decorrer de 2015 beneficiaram 4 pessoas de
acompanhamento psicológico.
33
Relatório de Atividades 2015
Outros Recursos
Fundo Social Solidário
O Fundo Social Solidário é um serviço de ação social da Igreja Católica instituído pela
Conferencia Episcopal Portuguesa, através da Comissão Episcopal da Pastoral Social.
O Fundo tem como objetivo contribuir para a solução dos problemas sociais do país e
cooperar no aprofundamento e atualização da ação social da Igreja, através das
dádivas feitas a favor do Fundo.
A Cáritas Diocesana apresentou pedidos de apoio através deste fundo, tendo sido
abrangidos 22 agregados familiares, cujos apoios foram destinados à aquisição de
óculos, comparticipação no pagamento de renda de casa, obras e subsistência.
34
Relatório de Atividades 2015
3.3. Centro de Alojamento Temporário
3.3.1. Identificação
O Centro de Alojamento Temporário (CAT) é uma das
respostas sociais da Cáritas de Aveiro, a funcionar desde
1 de setembro de 2000, com a celebração do Acordo de
Cooperação com a Segurança Social de Aveiro.
Tem como objetivo:
Proporcionar alojamento a homens que encontrem em situação de sem abrigo;
Promover o bem-estar físico e psíquico dos utentes, assegurando a satisfação
das necessidades básicas e garantindo condições que favoreçam a aquisição de
competências pessoais, profissionais e sociais.
No CAT, os utentes podem usufruir dos serviços de refeição (pequeno almoço e
jantar), alojamento noturno temporário, atendimento/acompanhamento psicossocial,
higiene pessoal, higiene de roupa e medicação.
Quadro 38 - Pessoal afeto há respostas social
Nº Funcionários
Categoria
1
Técnica de Serviço Social*
1
Psicólogo*
1
Escriturário*
3
Ajudantes de Ação Direta
1
Auxiliar de Serviços Gerais*
* Comum a outras respostas sociais
Conforme podemos constatar, o quadro de pessoal afeto a esta resposta social tem-se
mantido sem qualquer alteração ao longo do seu funcionamento.
A equipa técnica (Psicólogo e Técnico de Serviço Social) é responsável pela admissão e
acompanhamento psicossocial dos utentes, procurando, em articulação com outros
serviços, definir os respetivos projetos de vida.
Durante o ano foram realizadas reuniões mensais entre a equipa técnica e a diretora
técnica, a fim de definir estratégias de trabalho e procedimentos de atuação com os
35
Relatório de Atividades 2015
utentes. A equipa técnica reuniu também regularmente com os ajudantes de ação
direta.
3.3.2. Atividades Desenvolvidas e Serviços Prestados
A intervenção desenvolvida junto desta população, para além de dar resposta às suas
necessidades básicas, já mencionadas anteriormente, passa também pelo apoio
psicossocial dos utentes.
Relativamente às atividades desenvolvidas em 2015 destacam-se:
Acompanhamento social e psicológico. Em relação ao apoio psicossocial, todos
os utentes usufruíram de atendimentos semanais. Usufruíram ainda de apoio
psicológico 5 utentes.
Apoio ao recurso aos meios de proteção social e no tratamento de
documentação. Foram encaminhados 4 utentes para requerer a prestação do
rendimento social de inserção e 10 para tratamento de documentação,
nomeadamente cartão de cidadão e título de residência.
Orientação na procura de trabalho e incentivo à formação, estabelecendo
contatos com o Centro de Emprego, com as entidades empregadoras e outras.
Foram encaminhados 4 utentes para formação e 8 para trabalho.
Encaminhamento para tratamento de desintoxicação alcoólica de 6 indivíduos,
através de contatos/articulação com o Centro Hospitalar do Baixo Vouga,
Centros de Saúde, Centro Regional de Alcoologia de Coimbra, Centro de
Respostas Integradas de Aveiro e CARDA.
3.3.3. Caraterização da População
No decorrer do ano de 2015 estiveram alojados no Centro de Alojamento Temporário
31 homens em situação de sem-abrigo, dos quais 10 transitaram do ano anterior.
36
Relatório de Atividades 2015
Do total de utentes alojados, foram 6 as situações de reentrada no Centro, o que pode estar
relacionado com a precariedade económica e instabilidade de vínculos a nível social, familiar,
profissional, que conduziu a um novo processo de exclusão social.
Quadro 39 – Indivíduos por escalões etários
Escalões Etários
N.º de Indivíduos
18_25
26_30
31_40
41_50
51_60
61_64
>=65
S/R
4
4
5
6
9
2
1
-----
Total
31
A idade dos utentes alojados no decorrer de 2015 varia entre os 18 e os 65 anos,
tratando-se de um grupo heterogéneo. Relativamente ao ano de 2014, verificou-se um
aumento de situações de indivíduos nos escalões mais jovens a necessitarem do apoio
prestado pelo CAT.
Quadro 40 – Indivíduos por estado civil
Estado Civil
N.º de Indivíduos
Solteiro
Separado
Divorciado
Total
15
2
14
31
No quadro 40 é possível verificar a situação face ao estado civil dos utentes.
Prevalecem as situações de indivíduos solteiros e divorciados, que não dispõem,
atualmente, de suporte familiar.
Quadro 41 – Indivíduos por habilitações literárias
Habilitações Literárias
N.º de Indivíduos
Analfabeto
1º Ciclo Básico Incompleto
1º Ciclo Básico
2º Ciclo Básico
3º Ciclo Básico
Ensino Complementar
Total
----2
9
9
7
4
31
37
Relatório de Atividades 2015
Relativamente às habilitações literárias dos utentes, podemos observar, conforme o
quadro 41, que a maioria dos indivíduos não chegou a concluir um nível de
escolaridade superior ao 3º Ciclo do Ensino Básico. Nesta população tem-se verificado
ao longo dos anos níveis de escolaridade baixa, consequência do abandono escolar
precoce. É de registar que 4 utentes tinham o Ensino Complementar.
Quadro 42 – Indivíduos por situação socioprofissional
Situação Socioprofissional
N.º Indivíduos
Desempregados
Pensionistas
Trabalhadores (Baixa)
Formandos
Total
24
2
2
3
31
Em relação à situação socioprofissional dos utentes é de referir que, à data de
admissão no CAT, a maioria se encontrava numa situação de desemprego de longa
duração (24 situações), sendo que um indivíduo estava a receber subsídio de
desemprego. Dos restantes utentes, 2 eram pensionistas, 2 estavam de baixa e 3
frequentavam formação profissional.
Quadro 43 – Indivíduos por origem geográfica
Origem Geográfica
N.º de Indivíduos
Aveiro
Outras Zonas do País
PALOP’s
Brasil
Países de Leste
Resto da Europa
Argélia
16
9
1
3
1
----1
Total
31
A origem geográfica dos utentes do CAT é na sua maioria do concelho de Aveiro (16),
no entanto 9 são situações provenientes de outras zonas do país e os restantes 6 são
imigrantes.
38
Relatório de Atividades 2015
Quadro 44 – Encaminhamentos para o CAT
Encaminhamento
N.º Indivíduos
Segurança Social – Ação Social
Centro de Respostas Integradas Aveiro
Florinhas do Vouga – EID
Hospital Infante D. Pedro
Atendimento Social Cáritas de Aveiro
Centro Local de Apoio e Integração ao Imigrante
Outras IPSS´s
3
2
3
3
13
1
3
Total
28
Como podemos constatar, os utentes foram na sua maioria encaminhados por várias
entidades. É de referir que 3 utentes recorreram à nossa resposta por iniciativa
própria, correspondendo a situações de reentradas no CAT. No que diz respeito aos 13
utentes encaminhados pela resposta do Atendimento Social da Instituição, são
situações que foram acolhidas e apoiadas de imediato através do acordo de
Emergência Social e colocadas em Lista de Espera para entrada no centro.
3.3.4. Problemas Identificados
Quadro 45 – Problemas identificados
Problemas
N.º Indivíduos
Ausência de Rendimentos
Desemprego
Ausência/Rutura de Laços Familiares
Doença Mental
Alcoolismo
Toxicodependência
Deficiência Mental
Doença Crónica
Problemas com a Justiça
Ilegalidade
Baixos Rendimentos
Outros
24
24
19
13
12
10
5
6
9
5
4
4
Da leitura do quadro podemos constatar que para além da ausência de alojamento
existem diversos problemas que afetam os utentes alojados no Centro de Alojamento
Temporário. O desemprego, a ausência de rendimentos e a ausência/rutura de laços
familiares continuam a estar presentes em maior parte das situações. Destaca-se ainda
39
Relatório de Atividades 2015
a incidência de doença mental (13 situações), alcoolismo (12 situações) e
toxicodependência (10 situações).
Quadro 46 – Motivos de saída do centro
Motivo de Saída do CAT
N.º Indivíduos
Autonomia
Abandono
Expulsão
Comunidade Terapêutica
Detenção
CAT
11
4
3
1
1
1
No ano de 2015 saíram do Centro de Alojamento Temporário 21 utentes. O principal
motivo que levou à sua saída do Centro foi a autonomia (11 situações), destes utentes,
7 conseguiram integração no mercado de trabalho, 2 passaram a beneficiar da
prestação do rendimento social de inserção e 2 recorreram à pensão de invalidez.
Verificou-se o abandono em 4 situações, motivado pelas dificuldades que alguns
utentes sentiram em cumprir as regras e normas de funcionamento do CAT, e a
expulsão em 3 situações, devido a comportamentos agressivos associados ao consumo
de álcool.
Dos restantes utentes que saíram do CAT, 1 foi integrado em Comunidade Terapêutica,
1 foi detido e 1 foi transferido para outro Centro de Alojamento, por motivos de saúde.
Quadro 47 – Indivíduos por tempo de permanência no CAT
Tempo de Permanência
Até 1 semana
Até 2 semana
Até 3 meses
Até 4 meses
Até 5 meses
Até 6 meses
De 6 meses a 1 ano
Mais de 1 ano
Mais de 2 anos
Total
N.º Indivíduos
----2
14
2
----4
6
1
2
31
O quadro 47 apresenta o tempo de permanência dos utentes do CAT que saíram
durante o ano de 2015. Constatamos que 22 utentes não excederam os 6 meses de
40
Relatório de Atividades 2015
acolhimento, que corresponde ao tempo limite estipulado no regulamento interno da
resposta social. É de referir que 3 situações permaneceram no Centro por tempo
superior a 1 ano, fruto das limitações ao nível das competências pessoais e sociais, o
que dificultou o processo de autonomia.
41
Relatório de Atividades 2015
3.4. Centro de Acolhimento Infantil – CAI
O Centro de Acolhimento Infantil é um equipamento da Cáritas Diocesana de Aveiro,
localizado na Freguesia de Esgueira, onde funcionam as respostas sociais de Centro de
Acolhimento Temporário, Creche e Pré-escolar.
3.4.1. Centro de Acolhimento Temporário
3.4.1.1. Identificação do C.A.T.
O Centro de Acolhimento Temporário destina-se ao
acolhimento transitório de crianças em situação de
perigo, às quais foi aplicada medida de Promoção e
Proteção
de
Acolhimento
Institucional,
proporcionando-lhes um ambiente, tanto quanto possível, idêntico ao meio familiar.
O acolhimento em instituição constitui uma das medidas de promoção e proteção e de
salvaguarda dos direitos fundamentais das crianças, que no seu meio natural de vida
estão expostas a condições adversas para o seu desenvolvimento.
A atual legislação prevê que o acolhimento em C.A.T. seja uma medida provisória e
temporária, cuja duração não deverá exceder os 6 meses.
O C.A.T, para além do acolhimento transitório de crianças sujeitas a situação de perigo,
procura igualmente garantir os seguintes serviços:
Prestação
de
cuidados
adequados
às
necessidades
das
crianças,
proporcionando condições que permitam proteger e preservar a sua segurança,
saúde, formação, educação, bem-estar e desenvolvimento integral;
Promoção do desenvolvimento físico, intelectual, bem como a aquisição de
normas e valores;
Formação escolar, nomeadamente através da frequência de estabelecimento
de ensino ou de equipamento de infância;
Acompanhamento individualizado das crianças, por parte da equipa técnica;
Apoio e avaliação psicológica das crianças acolhidas;
42
Relatório de Atividades 2015
Cuidados de saúde, particularmente nos aspetos preventivos e de despiste de
situações anómalas, com recurso aos serviços de saúde locais;
Apoio socioeducativo adequado à idade e caraterísticas pessoais de cada
criança;
Atividades socioculturais, para ocupação dos tempos livres, de acordo com os
interesses e potencialidades das crianças;
Definição de um Projeto de Vida, para cada criança, em articulação com outros
serviços;
Intervenção junto da família, em articulação com as entidades e as instituições
cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos da criança;
Saídas com Famílias de Fim-de-semana.
Tem capacidade para acolher dezoito crianças com idades compreendidas entre os 0 e
os 12 anos, preferencialmente considerando a seguinte configuração etária:
Dos 0 aos 3 anos
5 Crianças;
Dos 4 aos 7 anos
8 Crianças;
Dos 8 aos 12 anos
5 Crianças.
Quadro 48 – Pessoal afeto à resposta social
N.º Funcionários
Categoria Profissional
1
Diretora Técnica *
1
Técnico Animação Social
1
Psicólogo *
7
Ajudante Ação Educativa
2
Ajudante Ação Educativa *
1
Cozinheira *
1
Ajudante Cozinheira *
1
Lavadeira *
1
Administrativa *
1
Ecónoma*
1
Auxiliar Serviços Gerais
*Comum a outras respostas sociais
Durante o ano de 2015 registaram-se alterações ao quadro de pessoal desta resposta
social, tendo-se verificado o reforço da equipa educativa com uma Ajudante de Ação
Educativa. Não foi possível, devido a constrangimentos económicos, manter a
colaboração da Psicóloga contratada, que terminou funções em fevereiro de 2015.
43
Relatório de Atividades 2015
Na área da saúde, o C.A.T. conta com a colaboração da Médica de Família e da Equipa
de Enfermagem da Extensão de Saúde de Santa Joana, que se deslocam regularmente
à Instituição para prestar os cuidados às crianças acolhidas. Sempre que surgem
situações de doença, as crianças são observadas no Centro de Saúde.
A equipa técnica, em articulação com outras entidades competentes em matéria de
Infância e Juventude, desenvolve todos os esforços necessários à criação de condições
que permitam efetivar, com a maior brevidade, o diagnóstico sociofamiliar da criança,
para que atempadamente se elabore o seu projeto de vida.
Os projetos de vida que poderão ser delineados para as crianças acolhidas são:
(Re) Integração na Família Biológica;
Adoção;
Acolhimento familiar;
Acolhimento Institucional;
Confiança a pessoa idónea;
Apadrinhamento civil.
Quadro 49 – Projetos de vida concretizados entre 1990 e 2015
Projeto de Vida
N.º Crianças
%
(Re) Integração na Família Biológica
79
24
Adoção
130
40
Acolhimento Familiar
64
19
Centro de Acolhimento Temporário
19
6
Lar de Infância e Juventude
32
10
Família Idónea
3
1
325
100
Total
Ao longo dos vinte e cinco anos de funcionamento, o C.A.T. proporcionou o
acolhimento a trezentas e quarenta e duas crianças em perigo, na sua maioria
provenientes do Distrito de Aveiro. Das 325 crianças que cessaram a medida de
acolhimento no Centro (ver Quadro 49), verifica-se uma clara prevalência dos
encaminhamentos para adoção (40%), seguindo-se a (re) integração na família
biológica - nuclear ou alargada (24%) e a colocação em família de acolhimento (19%).
44
Relatório de Atividades 2015
Constatamos que se tem privilegiado as soluções que respeitam o direito das crianças
a crescer no seio de uma família.
3.4.1.2. Caraterização das situações
Quadro 50 – N.º de crianças em 2015
No Ano 2015
N.º Crianças
Entraram
13
Transitaram (de anos anteriores)
15
Total
28
Em 2015 estiveram integradas no C.A.T. 28 crianças, das quais 15 transitaram de anos
anteriores e 13 correspondem a novas admissões.
O grupo de crianças acolhidas no decorrer deste ano era constituído por 17 meninos
do sexo masculino e 11 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os dois
meses e os doze anos.
Relativamente à configuração etária, verificou-se a seguinte distribuição:
Dos 0 a 1 ano
2 Crianças;
De 1 aos 3 anos
Dos 4 aos 7 anos
Dos 8 aos 12 anos
9 Crianças;
9 Crianças;
8 Crianças.
Nos quadros que seguidamente se apresentam, pretendemos caraterizar, de forma
breve, os acolhimentos que ocorreram no ano de 2015.
Quadro 51 – Concelhos de proveniência
Concelhos
N.º Crianças
Aveiro
5
Ílhavo
4
Águeda
1
Leiria
1
Vale de Cambra
2
Total
13
45
Relatório de Atividades 2015
Verificamos que as crianças admitidas no C.A.T. são oriundas maioritariamente do
concelho de Aveiro e de Ílhavo, o que em parte é explicado pela preocupação existente
em promover a proximidade e facilitar os contatos entre a criança e a família biológica.
Quadro 52 – Encaminhamentos para o C.A.T.
Entidades
N.º Crianças
Comarca de Aveiro – Aveiro – Inst. Central 1ª Sec. Família e Menores
3
Comarca de Aveiro - Oliveira do Bairro – Inst. Central 3ª Sec. Família e Menores
5
Tribunal de Vale de Cambra
2
Tribunal de Leiria
1
C.P.C.J. de Aveiro
2
Total
13
No quadro anterior observamos que o maior número de encaminhamentos das
crianças para o Centro foi feito pela Comarca de Aveiro, através da Instância Central 3ª
Secção Família e Menores - Oliveira do Bairro e da Instância Central 1ª Secção Família e
Menores – Aveiro.
Quadro 53 – Motivo do acolhimento em 2015
Situação de Perigo
N.º Crianças
Negligência
Exposição a Comportamentos
Desviantes
Suspeita de Abuso Sexual
6
Abandono
1
Total
13
3
1
As situações de Perigo que motivaram o acolhimento das crianças no C.A.T., durante o
ano de 2015, foram a negligência (6), a exposição a comportamentos desviantes (3) e a
suspeita de abuso sexual (1).
Normalmente a negligência está associada à carência económica, alcoolismo, falta de
competências parentais e doença mental dos progenitores.
46
Relatório de Atividades 2015
3.4.1.3. Projetos de vida das crianças
Quadro 54 – Projetos de vida
Projeto de Vida
N.º Crianças
Adoção
1
Integração Família Nuclear
7
Família Alargada
--
Centro de Acolhimento Temporário
2
Total
10
Das 10 crianças que saíram, durante o ano 2015, verificamos que 7 regressaram à
família nuclear, 1 foi integrada numa família adotiva e 2 transitaram para outro Centro
de Acolhimento. Estas últimas 2 crianças foram transferidas para outra instituição para
se juntarem ao irmão mais velho que também tinha sido retirado na mesma altura.
3.4.1.4 Atividades complementares
A fim de proporcionar um ambiente estimulante e enriquecedor, a Equipa Técnica
elabora anualmente um plano estruturado de atividades socioculturais e lúdicas,
devidamente ajustado aos interesses e à heterogeneidade etária das crianças
acolhidas.
As crianças em idade pré-escolar frequentaram as atividades lúdico-pedagógicas do
equipamento de infância.
Ao fim de semana as crianças do C.A.T. puderam participar em diversas iniciativas
promovidas pela comunidade local, idas ao cinema, passeios, workshops, teatro, praia
e visitas a museus. Estas atividades são programadas pela animadora em colaboração
com a equipa técnica e traduzidas em planos mensais, tendo em conta o grupo de
crianças que se encontra acolhido.
47
Relatório de Atividades 2015
Quadro 55 - Atividades realizadas em 2015
Visitas
Atividades
Desportivas
Atividades
Socioculturais
Comemorações
Festivas
Campos de Férias
Outros
Visita ao Navio Santo André
Expotraquinas
Visita ao Mercado Municipal
Visita ao Museu do Brincar
Riatour – Espetáculo com Cavalos
Parque de Exposições de Aveiro
Visita ao Aquário dos Bacalhaus e aos Bastidores do Aquário
Museu Marítimo de Ílhavo
6ª Exposição Internacional Canina e Felina
Parque de Exposições de Aveiro
EMER – Escola Municipal de Educação Rodoviária
Visita a um Horto
Fun Weekend – Playmobil – Lego (com ateliers e exposições da Lego)
Aveiro Shopping Center
Assistir aos Desfiles de Carnaval de Estarreja e Vale de Ílhavo
Visita ao Lugar dos Afetos
Visita a Perlim
Santa Maria da Feira
Participação no Encontro Interinstitucional de CATs e LIJs do Distrito de Aveiro
Air Weekend – Air bungee, trampolins para saltos com elásticos, insufláveis, segways
Jardim Oudinot – Atividades físico-motoras com piquenique
Mini Golfe da Costa Nova
Concerto “Mamã Bebé Papá” – Música Amiga
Concerto dos Funk na Quinta
Museu Marírtimo de Ílhavo
Concerto de Páscoa das Winx
Centro Cultural de Ílhavo
Sessões Mensais de Cinema no Glicínias Plaza
Ateliers de Natal: “Barbie e Hot Wheels”
Centro Comercial Glicínias Plaza
Atelier de Máscaras de Carnaval
Atelier de Árvores de Natal
Fábrica Centro Ciência Viva: “Pai vou ao espaço e já volto”; “Máquinas Marcianas”, “História na
Barriga do Caracol”, “O Homem na Lua”
Clube do Cientista – “Saber em Gel”, “A história vai ao clube”, “Aviões e Trambolhões”, “Ciência
da Música”, “Oficina dos Robôs”
Aveiro Shopping Center
Sessão culinária: mini pizzas, bolachas, leite creme, arroz doce, gelado, iogurte de framboesa
Bebeteca: Hora do Conto e Atelier Expressão Plástica, “Patati Patata”
Biblioteca Municipal de Ílhavo
Feira de Março
Festa de S. Gonçalinho
Caça aos Ovos da Páscoa
Participação na procissão de Santa Joana
s. Martinho
Festa de Natal da PT Inovação
Festa de Natal promovida pelos colaboradores da EDP do Porto
Natal Solidário – Promovido pela ASPEA em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de
Aveiro
Festa de Natal do CAI – Creche e Pré-Escolar
Chegada do Pai Natal no Fórum e Glicínias
Casa Municipal da Juventude (Páscoa)
Quinta Pedagógica de Aveiro (Verão)
Praia
Saídas para Parques Infantis
Campanhas do Banco Alimentar (em maio e novembro)
Projeto de reciclagem: Idas ao Ecoponto
Ida à Missa
Famílias de Fim-de-semana
Crianças participaram no Convívio de verão da Instituição
Participação no Projeto Crescer com Eficiência
48
Relatório de Atividades 2015
3.4.2. Creche
3.4.2.1 Objetivos
A creche consiste num espaço destinado ao apoio
pedagógico e cuidado de crianças com idades
compreendidas entre os quatro meses e os três anos. Dos quatro meses à aquisição da
marcha, as crianças encontram-se no berçário, transitando para a creche 2 quando
fazem essa aquisição, e posteriormente para a sala A. A partir dos três anos integram o
pré- escolar.
É um espaço onde se pode brincar, explorar e questionar, e onde os princípios
pedagógicos proporcionam situações diversificadas, facilitadoras da aprendizagem em
todas as áreas e em cada uma em especial: visão, motricidade fina e movimentos
amplos, audição e linguagem, socialização, cognição, afetividade…
O projeto pedagógico de creche visa não só a prestação de cuidados pessoais bem
como, e essencialmente, a definição e concretização de objetivos que estão de acordo
com as diversas etapas de desenvolvimento. Estes objetivos estão organizados em três
grandes áreas de desenvolvimento: a área cognitiva, a área motora e a área da
formação pessoal e social.
As atividades realizadas são essencialmente: 1) interação com os adultos e com os
pares num meio o mais possível afetivo; 2) exploração dos brinquedos e materiais que
se relacionam com a própria estruturação do meio educativo (sala de atividades), que
deve permitir à criança a aprendizagem pelo movimento e interação livre e direta; 3)
criação de momentos (ainda que curtos) de atividades dirigidas, que visam atingir
especificamente um determinado objetivo.
Na resposta social da creche, existem três salas com capacidade para trinta e cinco
crianças, com o seguinte pessoal afeto:
49
Relatório de Atividades 2015
Quadro 56 – Pessoal afeto à resposta social
N.º Funcionários
Categoria Profissional
1
Diretora Técnica *
2
Educadoras Infância
4
Ajudante Ação Educativa
1
Cozinheira *
1
Ajudante Cozinheira *
1
Auxiliar Serviços Gerais *
1
Administrativa *
1 Coordenadora Pedagógica
*Comum a outras respostas sociais
3.4.2.2 Caracterização dos utentes
A creche encontra-se dividida em 3 salas:
1. Creche 1;
2. Creche 2;
3. Sala A.
Gráfico 7 - Distribuição das Crianças por Sexo
Meninos
Meninas
Total
40
18
22
No ano letivo de 2014/15 faziam parte do grupo da Creche 1 oito crianças, com idades
compreendidas entre os 4 e os 12 meses, das quais seis eram do sexo feminino e dois
do sexo masculino.
A Creche 2 era composta por um grupo de quinze crianças com idades compreendidas
entre os 12 e os 24 meses, sendo sete do sexo masculino e oito do sexo feminino.
50
Relatório de Atividades 2015
Nesta sala estiveram inseridas duas crianças do C.A.T., uma do sexo masculino com
NEES e outra do sexo feminino.
O grupo da sala A era constituído por dezassete crianças, com idades compreendidas
entre os 24 e os 36 meses, sendo nove do sexo masculino e oito do sexo feminino.
Neste grupo estava inserida uma criança do C.A.T. do sexo feminino.
Nas três salas de creche foi detetada uma situação de atraso na área de
desenvolvimento motor, situação que esteve a ser acompanhada pela educadora de
intervenção precoce. O trabalho desta técnica incide simultaneamente sobre o meio
escolar e familiar (intervenção ao domicílio).
Em termos de caracterização social, das 35 crianças externas pertencentes aos 3
grupos de creche, 16 crianças pertenciam a famílias monoparentais.
Quadro 57 – Situação económica das famílias que pagam mensalidade mínima
Situação Económica
Nº de Famílias
Desempregados
7
Rendimento Social de Inserção
0
Só um Progenitor recebe Vencimento
15
Ausência de Rendimentos (estudante)
0
Total
22
Verificámos que um número significativo de famílias apresentava uma situação
económica delicada, razão pela qual vinte e duas crianças pagavam a mensalidade
mínima no valor de 45 euros e apenas duas crianças pagavam a mensalidade
máxima cujo valor era de 150 euros.
3.4.2.3 Atividades
51
Relatório de Atividades 2015
Quadro 58 - Atividades por área de conteúdo
Creche 1
Desenvolvimento cognitivo:
Criação de um ambiente propício à exploração/descoberta oferecendo brinquedos de vários tamanhos,
formas e texturas, que fazem diferentes ruídos;
Conversa com o bebé sobre as coisas que vemos e fazemos, pormenorizando sobre cada objeto ou
atividade, ampliamos-lhe a curiosidade e experiência.
Observação do reflexo do bebé no espelho, dizendo o seu nome para que comece a adquirir a noção do
“eu”, reforçando a sua individualidade;
Visualização de livros macios com grandes ilustrações narrando o que se vê;
Nomeação de vários objetos num livro, pegando na mão da criança e colocando-lhe o dedo sobre as
coisas que se nomeiam;
Narração de pequenas histórias;
Entoação de pequenas canções desenvolvendo a noção de ritmo e a aprendizagem da linguagem.
Desenvolvimento motor:
Incentivo à reprodução de diferentes batimentos com os objetos e o próprio corpo, tais como: bater
palmas, bater com as mãos no chão, com os objetos no chão e com os objetos uns nos outros;
Estender os dedos ao bebé para que os agarre e se sente ou ponha de pé. Em seguida elogiar pela sua
proeza; - Encorajar a gatinhar colocando o bebé de gatas e sentar-nos a uma curta distância chamando-o
pelo nome ou mostrando-lhe um brinquedo;
Colocar brinquedos ao seu alcance quando está deitado ou sentado;
Empilhar cubos uns em cima dos outros ou dispô-los lado a lado para que o bebé veja. - Construção de
pequenas torres;
Pedir ao bebé que rebole uma bola na sua direção. Quando estiver sentado coloca-la entre as pernas para
que possa pegar-lhe;
Ensinar a pôr e tirar objetos pequenos e médios de um recipiente mostrando aprovação sempre que
imita.
Creche 2
Desenvolvimento cognitivo:
Audição de pequenas histórias relacionadas com vários temas do quotidiano;
Visualização de imagens de objetos familiares e sua identificação;
Aprendizagem de canções simples com gestos;
Realização de jogos simples de associação e encaixe;
Nomeação das diferentes partes do corpo apontando para si mesmo;
Aprendizagem de pequenas lengalengas;
Identificação da localização de objetos: em baixo, em cima;
Construção de um mural da Primavera e um mural da menina/menino.
Desenvolvimento motor :
Realização de grafismo com vários materiais: lápis de cor, lápis de cera, marcadores grossos;
Pintura com digitinta;
Exploração e desenvolvimento da motricidade fina com massa de modelar;
52
Relatório de Atividades 2015
Realização de colagens e estampagens da mão;
Realização de vários jogos que promovem o desenvolvimento motor amplo: realização de circuitos, dança
com gestos simples, jogos simples, andar de triciclo.
Área da Formação Pessoal e Social:
Criação de momentos de brincar social espontâneo em que se colocaram vários objetos ao dispor da
criança e em que esta foi aprendendo a função dos objetos, bem como a interiorização de algumas rotinas
e regras de conduta social como a partilha de brinquedos com os pares (como o apoio e orientação do
adulto).
Sala A
Formação Pessoal e Social:
Promover a consciencialização de si mesmo como um “eu” individual e um “eu” social;
Desenvolver a curiosidade pelo mundo que nos rodeia e a capacidade de concentração para a apreensão
dos conceitos desenvolvidos;
Consciencialização do “outro” e seu respeito (no respeito pela sua vez) e a partilha de brinquedos;
Promover o desenvolvimento da autonomia na ida à casa de banho (puxar a roupa, limpar-se, puxar o
autoclismo, lavar e enxugar as mãos) e na alimentação (comer sozinho com a colher, utilizar o copo e o
guardanapo);
Incentivar a expressão da iniciativa: ser capaz de escolher o brinquedo ou atividade que deseja realizar e
arrumar os objetos no seu devido lugar.
Desenvolvimento cognitivo:
Aprendizagem de rotinas e regras da sala;
Narração de histórias sobre os animais;
Realização de trabalhos de expressão plástica sobre os animais em geral inicialmente e depois sobre os
animais específicos de diferentes habitats;
Aprendizagem de canções sobre os animais;
Reconhecimento de imagens e sons da temática desenvolvida;
Realização de trabalhos de expressão plástica e entoação de canções sobre o Natal, narração de histórias
sobre esta quadra;
Visualização de imagens sobre os animais da quinta, sua identificação e das suas famílias (ex. mãe-galinha,
pai-galo, filho-pintainho);
Reconhecimento das cores primárias através da decoração de imagens de animais da quinta;
Desenvolvimento da expressão plástica através da decoração de imagens dos animais da quinta (pintura
com lápis de cor, marcadores, lápis de cera, tintas; decoração e colagem com tecido, felpo, algodão, papel
de lustro);
Conversa na manta sobre as rotinas do dia-a-dia de cada criança;
Realização de trabalhos de expressão plástica sobre as refeições, os alimentos e o vestuário;
Visualização de pequenas projeções sobre o tema;
Aprendizagem de canções sobre os diferentes momentos do dia;
Realização de pequenos jogos para reforço de conhecimentos;
Participação em atividades institucionais como o Dia do Pai, Dia da Mãe, Dia Mundial do Teatro e Dia
Mundial da Criança.
53
Relatório de Atividades 2015
Desenvolvimento motor:
Realização de atividades de expressão plástica como pintura com vários materiais, colagens, estampagem
e modelagem;
Desenvolvimento de jogos corporais e de movimento, circuitos e movimentos simples como correr, saltar,
imitar os animais rastejando, gatinhando, rebolando.
3.4.3. Pré-Escolar
3.4.3.1 Objetivos
A resposta social do pré-escolar abrange crianças dos 3
aos 6 anos de idade.
A educação pré-escolar assenta as suas bases na
promoção do desenvolvimento global de cada criança, tendo em conta as suas
características individuais e fomentando a aquisição de atitudes e valores de cidadania
justa e coerente. Todo este processo é mediado pelo Educador de Infância, realizado
através de um conjunto de aprendizagens diversificadas tendo como base as metas de
aprendizagem estabelecidas pelo Ministério da Educação. Cabe ainda ao educador
desenvolver condições de segurança e bem-estar à criança, bem como proceder ao
despiste de deficiências e outros desajustes, facilitando um melhor encaminhamento
na resolução dos problemas, envolvendo as famílias em todo o processo educativo e
estabelecendo relações de cooperação com a comunidade.
Quadro 59 – Pessoal afeto à resposta social
N.º Funcionários
Categoria Profissional
Imputação (%)
1
Diretora Técnica *
*
2
Educadora Infância
100%
1
Coordenadora Pedagógica*
*
2
Ajudante Acção Educativa
100%
1
Ajudante Acção Educativa*
*
1
Cozinheira *
*
1
Ajudante Cozinheira *
*
1
Auxiliar Serviços Gerais *
*
1
Administrativa *
*
54
Relatório de Atividades 2015
*Comum a outras respostas Sociais
3.4.3.2 Caracterização dos utentes
Na resposta de pré-escolar a Cáritas possui duas salas com capacidade para cerca de
40 crianças:
1. Sala B
2. Sala C
Gráfico 8 - Distribuição das crianças por sexo
Masculino
Feminino
Total
35
20
15
No ano letivo 2014/15 estiveram integradas nas salas de pré-escolar trinta e cinco
crianças, com uma ligeira prevalência do sexo masculino.
O grupo da sala B era constituído por quinze crianças, oito do sexo masculino e sete do
sexo feminino, com idades compreendidas entre os três e os quatro anos. Deste grupo
faziam parte duas crianças internas.
O grupo da sala C era constituído por vinte crianças, doze do sexo masculino e oito do
sexo feminino, com idades compreendidas entre os quatro e os seis anos. Nesta sala
estiveram integradas quatro crianças do C.A.T., duas do sexo masculino e duas do sexo
feminino. Duas destas crianças, uma do sexo masculino e outra do sexo feminino,
apresentavam necessidades educativas especiais, beneficiando de acompanhamento
por parte da educadora de educação especial. Uma delas beneficiou, ainda, de terapia
da fala e psicomotricidade. Houve ainda uma terceira criança do CAT, do sexo
feminino, em situação de vigilância por parte da educadora de intervenção precoce.
No que diz respeito às crianças externas, existiram duas, uma do sexo masculino e
55
Relatório de Atividades 2015
outra do sexo feminino, que também recebiam apoio da educadora de intervenção
precoce.
Quadro 60 – Situação económica das famílias que pagam mensalidade mínima
Situação Económica
Nº de Famílias
Desempregados
4
Só um progenitor recebe vencimento
14
Rendimento Social de Inserção
Ausência de rendimentos (estudante)
Total
1
1
20
Em termos de caracterização económica, no grupo da sala B, do total das treze
crianças externas, oito tinham baixos rendimentos, pelo que pagavam a mensalidade
mínima no valor de 45 euros e apenas uma criança pagava a mensalidade máxima cujo
valor é de 150 euros.
No grupo da sala C, das dezasseis crianças externas, doze crianças pagavam a
mensalidade mínima no valor de 45 euros e nenhuma pagava a mensalidade máxima
cujo valor é de 150 euros.
3.4.3.3 Atividades
No início do ano letivo 2014/15 iniciámos um novo triénio subordinado ao tema “Ser
português: o ambiente em que vivemos… Portugal, o meu país…”. As atividades por
nós planeadas, deram de certa forma continuidade ao tema do ano anterior, “A
Família”, o primeiro espaço onde se aprende a viver, a ser e a estar. Depois achámos
que fazia todo o sentido focar a criança e o meio envolvente com a sua cultura e os
aspetos ambientais. Conforme referimos no Projeto Institucional, “indubitavelmente a
criança é moldada pela família e torneada pela sociedade”. E, tendo em conta a
perspetiva de incutir, em cada criança, valores responsáveis de cidadania,
considerámos pertinente realçar a influência do ambiente na construção de cada
pessoa, desde a sua preservação até à descoberta da cultura e dos costumes.
A realização destas atividades teve início no dia 1 de Setembro de 2014 e terminou no
dia 31 de Julho de 2015. O Projeto Institucional foi calendarizado em três períodos
56
Relatório de Atividades 2015
diferentes: 1 de Setembro a 31 de Dezembro de 2014, 4 de Janeiro a 24 de Março de
2015 e 28 de Março a 31 de Julho de 2015. No final de cada período, foram entregues
aos encarregados de educação as informações acerca do desenvolvimento do seu
educando, de acordo com o modelo da qualidade e com as orientações do Ministério
da Educação.
Quadro 61 – Atividades realizadas em 2015
Datas
Setembro de 2014: Adaptação
4 Outubro de 2014: Dia do Animal
16 Outubro de 2014: Dia Mundial da Alimentação
11 Novembro de 2014: Dia de São Martinho
20 Novembro de 2014: Dia do Pijama
Dezembro 2014: Natal
Datas
Janeiro 2015: Á Descoberta de Aveiro
13 Fevereiro 2015: Carnaval
19 Março 2015: Dia do Pai
20 Março 2015: Chegada da Primavera
24 Março 2015: Dia Mundial da Água
2 Abril 2015: Páscoa
Datas
Abril 2015
22 Abril 2015: Dia da Terra
Atividades 1º Período
Período de adaptação aos espaços, materiais, adultos e
pares da instituição
Audição da história “A Arca de Noé”
As planificações para este dia, reportam-se ao que está
planeado no Projeto Pedagógico/Projeto Curricular de
cada sala de atividades.
As planificações para este dia, reportam-se ao que está
planeado no Projeto Pedagógico/Projeto Curricular de
cada sala de atividades.
Narração de uma história sobre os afetos e a
solidariedade.
Audição de uma história sobre o anúncio do
nascimento de Jesus.
Decoração da instituição com elementos da natureza
ou reciclados.
Convite ás famílias para a construção de um presépio
individual.
Festa de Natal realizada no auditório da Junta de
Freguesia de Santa Joana com a participação das
colaboradoras da Creche, do Pré-escolar e dos serviços
administrativos. Os presentes uma vez mais foram
patrocinados pelo Hipermercado Jumbo de Aveiro.
Atividades 2º Período
Convite à Confraria de São Gonçalinho para visitar a
nossa instituição.
Visita ao Museu da Troncalhada e à Oficina do Doce.
Participação no desfile de Carnaval em Esgueira. O
tema é subordinado ao Projeto Institucional.
Realização de uma surpresa para os pais em conjunto
com os filhos.
Construção de um presente para oferecer aos pais.
Construção de uma sementeira institucional na entrada
para o salão.
As planificações para o Dia Mundial da Água reportamse
ao
que
está
planeado
nos
Projetos
Pedagógicos/Projetos Curriculares de cada sala de
atividades.
As planificações para o Dia Mundial da Água reportamse
ao
que
está
planeado
nos
Projetos
Pedagógicos/Projetos Curriculares de cada sala de
atividades.
Audição de uma história relacionada com o tema.
Atividades 3º Período
Visita à Feira de Março
As planificações para este dia reportam-se ao que está
planeado
nos
Projetos
Pedagógicos/Projetos
Curriculares de cada sala de atividades
57
Relatório de Atividades 2015
4 Maio 2015: Dia da Mãe
12/13 Maio 2015: Dia de Santa Joana
29 Maio 2015: Dia da Energia/ 25 anos de existência
do CAI
1 Junho 2015: Dia Mundial da Criança
9 Junho 2015: Desfile Medieval
Julho 2015
Julho 2015
Julho 2015
Julho 2015: Preparação do próximo ano letivo
2015/2016
26 Julho 2015: Dia dos Avós
Realização de uma surpresa para as mães em conjunto
com os filhos.
Visita ao Museu de Santa Joana Princesa
Aveiro, cidade do vento: Construção de moinhos de
papel.
Realização de um espetáculo com a participação da
Música Amiga e do grupo Start Teatro.
Ida ao cinema e almoço no Glicínias Plaza
Participação nos ateliers de Ciência da Fábrica da
Ciência Viva.
Participação no desfile medieval a convite da Junta de
Freguesia de Esgueira e subordinado ao tema “Os
Descobrimentos”
Período balnear
Realização da viagem de finalistas das crianças da sala
C.
Realização da festa de Encerramento do ano letivo.
Realização de entrevistas
Elaboração de nova calendarização para o Projeto
Institucional
Surpresa para os avós partilharem com os netos.
58
Relatório de Atividades 2015
3.5. Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência
Doméstica
O Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência
Doméstica do Distrito de Aveiro, sediado na Cáritas
Diocesana de Aveiro, foi criado em 2008, fazendo
parte de uma Rede Nacional de 10 Núcleos que são
acompanhados pela Comissão Para a Cidadania e Igualdade de Género.
Tem desenvolvido de forma concertada e articuladas as suas diferentes atividades,
contando com o apoio das diversas entidades parceiras e instituições do distrito, com
as quais tem uma relação de grande proximidade, o que tem agilizado muitas
situações.
No que concerne ao pessoal afeto à resposta, o N.A.V.V.D. dispõe de uma técnica
(Psicóloga) apoiada e supervisionada pela diretora técnica. Para além disso, tem, desde
Abril de 2013, a colaboração de outra psicóloga contratada através de uma verba
disponibilizada pela Secretaria de Estado Para os Assuntos Parlamentares e da
Igualdade, de reforço aos Núcleos de Atendimento às Vítimas.
3.5.1. Breve caraterização da população atendida
No que concerne à distribuição das vítimas por escalão etário e sexo, tal como
podemos averiguar no quadro 62, a maioria das vítimas são predominantemente do
sexo feminino e situam-se nas faixas etárias dos 35 aos 44 anos, seguindo-se o escalão
etário dos 45 aos 54 anos.
Quadro 62 – Escalões etários por sexo
<16
Anos
16-18
Anos
19-24
Anos
25-34
Anos
35-44
Anos
45-54
Anos
55-64
Anos
>65
Anos
Vítimas Femininas
Vítimas Masculinas
11
16
2
-----
12
-----
33
-----
60
1
51
3
16
-----
13
3
Total
27
2
12
33
61
54
16
16
59
Relatório de Atividades 2015
No que concerne ao estado civil, tal como observamos no quadro 63, as utentes
encontram-se maioritariamente em união de facto e/ou casadas.
Quadro 63 – Estado civil dos utentes
Estado civil
Nº de utentes
Solteira(o)
56
Casada(o)/união de facto
111
Divorciada(o)/Separada(o)
47
Viúva/o
7
Total
221
Na maior parte das situações, as vítimas atendidas encontravam-se a viver com o
agressor (116 pessoas), tal como se pode verificar no quadro 64.
Quadro 64 – Com quem vive
Com quem vive
Nº de utentes
Sozinho
18
Com o agressor
116
Com familiares
84
Com amigos
2
Instituição
1
Total
221
Recorreram ao N.A.V.V.D. utentes com habilitações literárias diversificadas, tal como
se pode verificar no quadro 65.
Quadro 65 – Indivíduos por habilitações literárias
Habilitações literárias
Nº de utentes
Sem habilitações
32
1º Ciclo Ensino Básico
45
2º Ciclo Ensino Básico
39
3º Ciclo Ensino Básico
49
Ensino Secundário
31
Ensino Superior
25
Total
221
60
Relatório de Atividades 2015
Relativamente à situação socioprofissional, podemos averiguar o seguinte (quadro 66).
Quadro 66 – Situação socioprofissional
Situação socioprofissional
Nº de utentes
Frequência Escolar
23
Atividade laboral
78
Desemprego
81
Reforma
18
Outra
21
Total
221
Relativamente ao tipo de violência, verificamos que a maior parte das vítimas que
recorreram ao N.A.V.V.D. sofreram uma violência de índole psicológica e física (122
vítimas), tal como se pode verificar no quadro 67.
Quadro 67 – Violência sofrida
Violência Sofrida
Nº de utentes
Psicológica
56
Física
4
Sexual
2
Psicológica e Física
122
Psicológica e Sexual
3
Física e Sexual
0
Psicológica, Física e Sexual
34
Total
221
Quanto à vitimação nos últimos 12 meses, verificamos que a maioria das vítimas que
recorreram ao N.A.V.V.D. (175 vítimas) sofreu diariamente algum tipo de violência, tal
como se pode constatar no quadro 68.
61
Relatório de Atividades 2015
Quadro 68 – Vitimação nos últimos 12 meses
Vitimação nos últimos 12 meses
Nº de utentes
Ocasional
23
Mensal
1
Semanal
22
Diária
175
Total
221
Quanto à origem geográfica, verificamos que as vítimas que recorreram ao N.A.V.V.D.
são oriundas de diversas zonas do Distrito de Aveiro, existindo, porém, uma
prevalência de casos provenientes do concelho de Aveiro, tal como se pode constatar
no quadro 69.
Quadro 69 – Origem geográfica
Origem Geográfica
Nº de utentes
Águeda
35
Albergaria-a-Velha
12
Anadia
6
Aveiro
101
Castelo de Paiva
1
Estarreja
6
Espinho
1
Ílhavo
27
Mealhada
2
Murtosa
2
Oliveira de Azeméis
2
Oliveira do Bairro
5
Ovar
3
Santa Maria da Feira
2
São João da Madeira
1
Sever do Vouga
2
Vagos
10
Vale de Cambra
1
Fora do Distrito
Total
2
221
62
Relatório de Atividades 2015
3.5.2. Atividades Desenvolvidas e serviços prestados
O N.A.V.V.D. continua a receber solicitações tanto ao nível local como distrital, quer ao
nível da intervenção direta com vítimas, quer ao nível da formação de técnicos, alunos,
beneficiários de RSI, entre outros públicos.
Para dar seguimento a estes pedidos de colaboração, o N.A.V.V.D. desenvolveu, tal
como tinha previsto no seu plano de ação de 2015, diversas atividades.
3.5.2.1. Tipo e Número de Atendimentos Realizados
Gráfico 9 - Trabalho desenvolvido
156
123
Número Total de Novos
Processos
Número Total de Novas Vítimas
Relativamente ao atendimento às vítimas de violencia doméstica, tal como se pode
verificar no gráfico 9, em 2015 foram abertos 123 processos novos e abrangidas 156
novas vítimas. Transitaram de 2014 para 2015, 68 processos.
No que concerne a atendimentos psicossociais (primeiro atendimento onde se realiza
a triagem das necessidades do utente) foram efectuados um total de
176
atendimentos e atingidas 121 vítimas.
Relativamente aos atendimentos psicológicos, foram realizadas 197 consultas e
abrangidas 58 vítimas.
No que concerne ao atendimento telefónico (o qual pode englobar o diagnóstico da
situação, apoio emocional e outras diligências no âmbito do processo), concretizaramse 413 atendimentos a 136 vítimas.
63
Relatório de Atividades 2015
Quanto aos atendimentos descentralizados (atendimentos psicossociais realizado
noutros concelhos do distrito de Aveiro), foram realizados 56 atendimentos e
abrangidas 43 vítimas.
Realizaram-se, ainda, 18 acolhimentos em casa abrigo e/ou centros de emergência
abrangendo 29 vítimas.
A equipa do N.A.V.V.D. ainda realizou outro tipo de apoio/atendimento a vítimas,
familiares e outras diligências no âmbito dos processos (Total de 66 Outros
atendimentos/diligências).
Tal como consta no gráfico 10, verificamos que foram efectuados 13 consultas jurídicas
pela parceiro Ordem dos Advogados a 11 vítimas.
Por último, foram efetuados 7 atendimentos a 7 agressores (tendo sido prestado
esclarecimento de informação e/ou encaminhamento para outros serviços).
Realizaram-se um total de 946 atendimentos.
Gráfico 10 - Tipo e número de atendimentos realizados e vítimas
abrangidas
413
197
176
56
13
18
7
66
64
Relatório de Atividades 2015
3.5.2.2. Encaminhamentos de situações
Como se pode analisar no quadro 70, os encaminhamentos efetuados para o
N.A.V.V.D. foram realizados por diversos serviços entre eles algumas das entidades
parceiras.
Quadro 70- Encaminhamentos para o N.A.V.V.D.
Entidade
Nº de utentes
Segurança Social
19
Linha CIG
11
GNR
12
PSP
17
ARS
2
Hospital
12
Ordem dos advogados
0
Ministério Público
4
Familiares/amigos
35
Atendimento Social da Cáritas
8
Comunicação Social
4
Outras entidades
97
Total
221
3.5.3. Participação em iniciativas/ações de sensibilização/formação
Durante todo o ano de 2015, o N.A.V.V.D. participou em colaboração com a SEAPI em
diversas ações, palestras, comunicações e outros eventos.
Foram dinamizadas um total de 43 ações de sensibilização direcionadas a diversos
públicos tendo sido abrangidas um total de 1157 pessoas, tal como podemos observar
no quadro 71.
65
Relatório de Atividades 2015
Quadro 71 – Ações de sensibilização para a comunidade
Ações de sensibilização para a comunidade
Ações de sensibilização dirigidas a jovens sobre “Prevenção da violência
no namoro”
Nº de ações
Público
desenvolvidas
abrangido
27
715
6
77
1
30
1
15
3
152
1
10
2
45
1
23
1
90
43
1157
Ação de sensibilização no âmbito da “Igualdade de género e prevenção
da violência domestica” dirigida a beneficiários de RSI
Ação de Sensibilização dirigida a Bombeiros Voluntários
Ação de sensibilização sobre Prevenção e Combate à Violência
Doméstica dirigida a técnicos da área da saúde
Ação de sensibilização sobre Prevenção e Combate à Violência
Doméstica dirigida à Comunidade em Geral
Ação de sensibilização sobre Prevenção e Combate à Violência
Doméstica dirigida a técnicos da área social
Workshop: Práticas de Avaliação e Estratégias de Intervenção com
Menores Vítimas de Abuso Sexual
Workshop: Avaliação Psicológica Forense (APF) E Avaliação da
Credibilidade do Relato com Vítimas de Violência Doméstica
Congresso “Palcos de Vida” no âmbito da Violência de Género
Total de ações
No âmbito da SEAPI, também se dinamizou um Grupo de Ajuda Mútua em contexto de
Casa-Abrigo no distrito de Aveiro (Quadro 72).
Quadro 72- Sessões no âmbito do GAM
Nº de sessões
Nº de Vítimas
9
7
Para além disso, a técnica do N.A.V.V.D. concedeu (e continua a prestar mensalmente
ao longo de todo o ano) supervisão à equipa da Rede de Intervenção de Violência
Doméstica de Sever do Vouga e à Rede Local Contra a Violência Doméstica “Escutar
Silêncios” em Águeda (quadro 73 e 74).
66
Relatório de Atividades 2015
Quadro 73 - Sessões de intervenção à RIVD (Sever do Vouga)
Nº de sessões de supervisão
Nº de técnicos abrangidos
6
4
Quadro 74 - Sessões de intervenção à rede local contra a Violência Doméstica “Escutar Silêncios” (Águeda)
Nº de sessões de supervisão
Nº de técnicos abrangidos
3
20
3.5.4. Datas Comemorativas
3.5.4.1. Dia Internacional Para a Eliminação da Violência Contra as
Mulheres
Para assinalar o Dia Internacional Para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres –
25 de Novembro, as técnicas do N.A.V.V.D. do distrito de Aveiro, participaram no 1º
Encontro da Rede de Intervenção de Violência Doméstica de Sever do Vouga. Foram
realizadas duas comunicações, a primeira no âmbito da intervenção com vítimas de
violência domestica e a segunda no âmbito do trabalho realizado na prevenção da
violência doméstica junto dos jovens.
3.5.4.2. Potencialidades do N.AV.V.D.
Articulação entre parceiros;
Proximidade com o Ministério Público e resposta célere/ imediata para
situações consideradas urgentes – criação do Gabinete de Atendimento e
Apoio a Vítimas (GAV – DIAP Aveiro);
Visibilidade do trabalho desenvolvido pelo N.A.V.V.D. na comunidade;
Parceria com a Universidade de Aveiro – colocação de estagiário de Psicologia
Forense com a duração de 420 horas;
67
Relatório de Atividades 2015
Parceria com a Universidade Fernando Pessoa do Porto – colocação de
estagiário de Criminologia com a duração de 360 horas;
Parceria com a Universidade do Minho – colocação de estagiário de Psicologia
da Justiça com a duração de 560 horas;
Estratégias de atuação mais concertadas entre os diferentes interlocutores;
Empenho da Cáritas para promover respostas que reforcem o trabalho do
Núcleo;
Formação contínua dos técnicos.
3.5.4.3. V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de
Género Vs. Atividades desenvolvidas pelo N.AV.V.D.
No quadro 75 poderemos verificar as diversas atividades que foram realizadas no ano
2015 e em que medida é que estas atividades se podem enquadrar.
Quadro 75- Atividades NAVVD vs. Medidas do V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e
de Género
Atividade NAVVD
Ações de sensibilização e de informação
Realização de Congresso e Participação em
Seminários
Área Estratégica/Medida V Plano Nacional de Prevenção e
Combate à Violência Doméstica e de Género
Área Estratégica 1 – Prevenir, Sensibilizar e Educar (Medida 4)
Área Estratégica 1 – Prevenir, Sensibilizar e Educar (Medida 2)
Atendimento e Acompanhamento a Vítimas de
Área Estratégica 2 — Proteger as Vítimas e Promover a sua
Violência Doméstica no distrito de Aveiro
Integração
68
Relatório de Atividades 2015
3.6. Mini Banco de Ajudas Técnicas
Quadro 76 – Material disponível
Tipo de material
Quantidade
Cama Articulada
19
Colchão Tripartido
19
Colchão Anti Escaras
4
Grades
12
Cadeira Rodas
37
Andarilho
14
Canadianas (pares)
23
Cadeira Sanitário
1
2 Cadeiras danificadas
1 Colchão danificado que não foi entregue (grupo Santa Joana)
No decorrer deste ano, a instituição efetuou no total 90 empréstimos de material,
tendo abrangido o mesmo número de famílias/situações, sendo que alguns
transitaram do ano anterior.
Quadro 77 – Empréstimo de ajudas técnicas em 2015
Ajudas Técnicas
N.º Empréstimos
Cadeiras de Rodas
34
Camas Articuladas
18
Canadianas
23
Andarilhos
13
Outros
4
Colchão Anti-escarras
2
69
Relatório de Atividades 2015
3.7. Parcerias
Rendimento Social de Inserção
Em 2015, a Cáritas Diocesana de Aveiro continuou a ser
entidade aderente ao Núcleo Local de Inserção do
Rendimento Social de Inserção. O Núcleo reúne-se
quinzenalmente, às Quartas-feiras, no Centro Distrital
de Solidariedade e Segurança Social de Aveiro, sendo a Cáritas representada por uma
Técnica de Serviço Social.
Quadro 78– Trabalho Desenvolvido
Trabalho Desenvolvido
Número
Manhãs cedidas para reuniões do NLI
15
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro
A Cáritas integra a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro – CPCJ, desde
Setembro de 2001, representando as IPSS que desenvolvem atividades em regime de
colocação institucional de crianças e jovens.
Durante o ano de 2015, o técnico desta Instituição acompanhou 21 processos da CPCJ,
que lhe foram atribuídos para sua gestão, tendo o apoio de um Assessor em cada
processo. Procedeu a visitas domiciliárias, atendimento às crianças/jovens e aos pais,
bem como reuniões com outros serviços envolvidos nos processos das crianças ou
jovens. Para além da gestão normal dos processos, compareceu em diversas reuniões
de carácter ordinário e algumas de carácter extraordinário. Também é membro da
Comissão na modalidade alargada, reunindo esta de dois em dois meses.
Os processos de promoção e proteção são distribuídos pelos gestores de caso, de
acordo com os seguintes critérios:
Problemáticas vividas pelas crianças e jovens;
Área geográfica de origem da situação de risco;
Conhecimento prévio das situações pelos serviços;
70
Relatório de Atividades 2015
Disponibilidade dos Técnicos;
Formação específica dos Técnicos.
Quadro 79 – Trabalho desenvolvido
Trabalho Desenvolvido
Número
Tardes/manhãs cedidas para reuniões
30
Atendimentos
22
Processos acompanhados
21
Visitas domiciliárias
6
Reuniões com Serviços
4
Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo de Aveiro (NPISAA)
O NPISAA é um núcleo de parceria interinstitucional composto por entidades públicas
e privadas, com intervenção direta ou indireta junto da pessoa sem-abrigo, no
Concelho de Aveiro. Tem como objetivos gerais:
- Reconhecer e promover a utilização do conceito nacional de sem-abrigo;
- Criar um sistema de recolha e partilha de informação que permita a existência de um
diagnóstico social atualizado;
- Contribuir para a definição de estratégias de intervenção social com vista à melhoria
das respostas existentes e à implementação de respostas em falta;
- Adotar o modelo de intervenção e acompanhamento preconizado pela ENIPSA,
realizando as adaptações necessárias ao mesmo, tendo em conta as dinâmicas já
existentes no território (ver Regulamento Interno do NPISAA).
O NPISAA estrutura-se em 2 grupos de intervenção: GO – Grupo Operativo e GA –
Grupo Alargado. A Cáritas integra o grupo operativo.
Quadro 80 – Trabalho desenvolvido
Trabalho Desenvolvido
Número
Tardes/manhãs cedidas para reuniões
8
71
Relatório de Atividades 2015
Intervenção Social Integrada
A Cáritas Diocesana de Aveiro integrou o modelo de Intervenção Social Integrada (ISI)
com pessoas e famílias de Aveiro em situação de desfavorecimento social. Os
territórios abrangidos foram quatro freguesias do Concelho: Esgueira, Vera Cruz, Eixo e
Oliveirinha.
A ISI é composta por uma equipa de coordenação e uma equipa operativa. A equipa
operativa reúne semanalmente, às segundas-feiras, na Câmara Municipal de Aveiro,
sendo a Cáritas representada por duas Técnica de Serviço Social, alternadamente. A
Cáritas integrou também a equipa de coordenação, em conjunto com a segurança
social e a autarquia local. Esta equipa reúne semanalmente às sextas-feiras.
Quadro 81 – Trabalho desenvolvido
Trabalho Desenvolvido
Número
Manhãs cedidas para Atendimento
38
Nº Atendimentos ISI
19
Reuniões Equipa Operativa
25
Reuniões Equipa Coordenação
28
Outras parcerias
Existem ainda parcerias formalizadas com a Câmara Municipal de Aveiro, Centro de Saúde de
Aveiro, Associação de Apoio ao Imigrante, Banco Alimentar Contra a Fome, o Alto
Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I.P., o Núcleo Regional de Aveiro da
Rede Europeia Anti Pobreza Portugal, para além das já identificadas.
72
Relatório de Atividades 2015
4. Projetos
4.1. Projeto EntreSendas ESG – Programa Escolhas
Localização
Ervideiros – Esgueira – Aveiro
Delimitação Temporal
Janeiro de 2013 a Dezembro de 2015 (resultados finais)
Fundamentação
O percurso da intervenção da Cáritas Diocesana de Aveiro junto das comunidades
ciganas de Ervideiros é já longo, com os projetos Senda Gitana, Novas Sendas e, em
2010, o projeto MultiSendas, ao abrigo do Programa Escolhas. Em Outubro de 2012
houve a oportunidade de ser realizada mais uma candidatura ao Programa Escolhas,
com o intuito de assegurar a continuidade da intervenção, tendo o projeto
EntreSendas-E5G sido aprovado e iniciado em Janeiro de 2013.
Ervideiros é um lugar da freguesia de Esgueira, uma das mais populosas do concelho
de Aveiro, tratando-se da freguesia onde mais população de etnia cigana reside, em
contexto de acampamento.
Existem, em Ervideiros, 3 comunidades ciganas, num total de 146 pessoas, que
compõem 35 agregados familiares. De entre os fatores de exclusão destas
comunidades destacam-se:
Localização dos bairros (isolamento);
Famílias maioritariamente jovens;
Desemprego;
Ausência de percurso profissional;
Subsidiodependência;
Más condições habitacionais;
Comportamento de risco para a saúde;
73
Relatório de Atividades 2015
Processos de autoexclusão;
Distanciamento dos serviços;
Dificuldades no exercício de cidadania (desconhecimento de deveres e de
direitos);
Má distribuição de tarefas familiares – segregação de papéis familiares;
Uniões de facto “casamento cigano”, em idades muito precoces.
Constrangimentos culturais;
Carência de competências pessoais e sociais relevantes à autonomia e
capacidade de construção de projetos de vida;
Francas carências em termos educacionais:
Analfabetismo,
Abandono escolar precoce,
Baixas habilitações literárias,
Absentismo escolar nos 1.º. 2.º e 3.º ciclos do ensino básico,
Insucesso escolar.
Com a finalidade central de trabalhar o sucesso escolar e a redução do absentismo e
abandono escolares, sempre em paralelo com a corresponsabilização dos pais no
processo educativo dos filhos, a atuação do Projeto EntreSendas-E5G faz-se junto das
crianças e jovens das comunidades ciganas de Ervideiros e as suas famílias. Procura-se,
também o desenvolvimento de uma série de competências pessoais, sociais,
profissionais e empreendedoras que promovam uma maior integração social de
crianças, jovens e suas famílias.
Com as crianças e jovens, é efetuado um acompanhamento próximo do seu percurso
escolar, aposta-se na dinamização de espaços de educação não formal, nas escolas, e
num espaço de apoio ao estudo e utilização das TIC no projeto, em horário pós-escolar
e aos sábados. Em período de férias é desenvolvido um conjunto de atividades lúdicopedagógicas,
de
desenvolvimento
de
competências
pessoais,
sociais
e
empreendedoras, promovendo a interculturalidade.
Com os pais e familiares das crianças, aposta-se em processos de mediação escolafamília-aluno e no acompanhamento psicossocial, para além de todo um conjunto de
74
Relatório de Atividades 2015
atividades de desenvolvimento de competências pessoais e sociais (ateliers), e de
competências profissionais e empreendedoras, com oficinas de competências e
saberes profissionais em várias áreas de trabalho e a alfabetização.
Objetivo geral
Dotar as comunidades ciganas de Ervideiros de competências pessoais, sociais,
escolares e/ou profissionais que permitam a sua inserção social, através da promoção
do sucesso escolar, prevenção do absentismo e abandono precoce da escola por parte
das crianças e jovens, bem como a inserção profissional e aquisição de competências
formativas e empreendedoras de jovens e adultos, num contexto de interculturalidade
e de desenvolvimento da consciência e pertença cívica.
Objetivos específicos
Envolver ao longo dos 3 anos de projeto, 79 crianças, jovens e familiares, de
forma a promover a diminuição do insucesso escolar das crianças e jovens e a
corresponsabilização dos seus familiares no seu desenvolvimento pessoal e
social;
Diminuir em 3 anos, o absentismo e abandono precoce da escola de 45 crianças
e jovens das comunidades ciganas de Ervideiros, através do acompanhamento
vocacional e psicoeducativo (também reforçado pela dinamização das
atividades que visam a promoção do sucesso e inclusão escolares) em contexto
escolar e fora da escola;
Promover em 125 crianças, jovens e adultos das comunidades ciganas de
Ervideiros, ao longo dos 3 anos de projeto, o desenvolvimento de competências
pessoais, sociais, profissionais e empreendedoras, de forma a permitir a sua
capacitação e a definição dos seus percursos de vida.
Participantes diretos e indiretos
Participantes diretos: crianças e jovens das comunidades ciganas de Ervideiros
Participantes indiretos: familiares, comunidades escolares onde estão
inseridos os participantes diretos, agentes de intervenção.
75
Relatório de Atividades 2015
Equipa técnica
Quadro 82 – Pessoal afeto
N.º Funcionários
Categoria Profissional
1
Coordenador (Educadora Social)
1
Psicóloga
1
Animadora Sociocultural
1
Dinamizador comunitário
Consórcio (Elementos Parceiros)
Cáritas Diocesana de Aveiro (entidade promotora e gestora);
Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Vouga – Centro de Saúde de Aveiro –
Unidade de Saúde Pública;
Agrupamento de Escolas de Esgueira;
Agrupamento de Escolas Rio Novo do Príncipe;
Câmara Municipal de Aveiro;
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro;
Fundação CESDA;
Junta de Freguesia de Esgueira;
Polícia de Segurança Pública.
Áreas estratégicas de intervenção/Atividades
Áreas estratégicas de intervenção:
Medida I – Inclusão escolar e educação não formal
Medida II – Formação profissional e empregabilidade
Medida III – Dinamização comunitária e cidadania
Medida V – Empreendedorismo e capacitação dos jovens
76
Relatório de Atividades 2015
Atividades com crianças e jovens a frequentar a escola:
Acompanhamento psicoeducativo e vocacional;
Espaço TIC;
Intervalo ativo (EB1 Quinta do Simão);
Espaço do aluno (EB 2,3 Aires Barbosa);
Atividades de férias (Lúdico-pedagógicas, MusicAr-te, Põe-te a mexer, Entre
Gerações, Entre Géneros, Mais Além e Entre Cidadanias e Culturas).
Atividades com jovens, adultos e pais:
Oficinas de competências e saberes profissionais;
Alfabetização;
Ateliers (Art&cultura, ComunicAr-te, Conhecer para empreender, Cidadania
entre culturas e Podes sempre mais);
Encaminhamento de jovens;
Acompanhamento psicossocial às famílias;
Mediação;
Momentos da família.
Crianças, jovens e pais em conjunto:
Aventuras em família nas férias;
Podes sempre mais.
Com agentes de intervenção e restante comunidade:
Encontros.
Metodologia e estratégias acionadas
Implicação da própria população destinatária e beneficiária, das entidades
parceiras e equipa técnica na avaliação da necessidade de implementação do
próprio projeto e ações a realizar;
Ação direta e próxima da população, promovendo o seu envolvimento ativo em
todo o percurso da intervenção – estratégias de participação dos próprios
destinatários;
77
Relatório de Atividades 2015
Forte investimento em processos de Mediação junto e com a população
destinatária e serviços;
Promoção do diálogo intercultural;
Avaliação interativa e reprodutora das diversas fases do projeto, em promoção
à participação de todos os intervenientes;
Consolidação de uma rede de parceria.
Dados da intervenção
Eficiência
Custo médio por participante: 135,74€; Previsto: 235,49€
Custo médio por sessão: 32,15€; Previsto: 31,04€
Custo per capita por sessão: 0,08€; Previsto: 0,08€
Quadro 83 – Eficácia
Resultado
esperado
Concretizado
79
121
25
24
44
57
45
64
Resultado 1. Promover a diminuição do absentismo escolar.
38
40
Resultado 2. Promover a diminuição do abandono escolar.
40
64
17
21
125
127
45
49
35
40
125
127
Objetivos
1.1.Envolver ao longo dos 3 anos de projeto 79 crianças, jovens e familiares, de
forma a promover a diminuição do insucesso escolar das crianças e jovens e a
corresponsabilização dos seus familiares no seu desenvolvimento pessoal e social.
Resultado 1. Promover a diminuição do insucesso escolar
Resultado 2. Promover a corresponsabilização dos pais no processo educativo dos
filhos
1.2. Diminuir em 3 anos o absentismo e abandono precoce da escola de 45
crianças e jovens das comunidades ciganas de Ervideiros, através do
acompanhamento vocacional e psicoeducativo (também reforçado pela
dinamização das atividades que visam a promoção do sucesso e inclusão
escolares) em contexto escolar e fora da escola.
Resultado 3. Promover o encaminhamento e integração em respostas educativas
alternativas
1.3. Promover em 125 crianças, jovens e adultos das comunidades ciganas de
Ervideiros, ao longo dos 3 anos de projeto, o desenvolvimento de competências
pessoais, sociais, profissionais e empreendedoras, de forma a permitir a sua
capacitação e a definição dos seus percursos de vida.
Resultado 1. Promover a integração em respostas de Formação Profissional
Resultado 2. Desenvolver competências profissionais e/ou de empregabilidade
e/ou empreendedorismo
Resultado 3. Desenvolver competências de cidadania e/ou participação cívica
78
Relatório de Atividades 2015
Quadro 84 - Sessões previstas e realizadas e participantes – Dados de 2015
Sessões
Previstas
Medida
Medida I – Inclusão escolar e
educação não formal
Sessões
criadas
Sessões criadas
com presenças
Concretização da
medida
Participantes
Abrangidos
Part. Diretos: 74
1099
1190
1177
107,10%
Part. Indiretos: 386
Total: 460
Medida II - Formação profissional
e empregabilidade
Part. Diretos: 44
163
171
170
104,29%
Part. Indiretos: 55
Total: 99
Medida III - Dinamização
comunitária e cidadania
Part. Diretos: 65
418
465
461
110,29%
Part. Indiretos: 174
Total: 213
Medida V - Empreendedorismo e
capacitação dos jovens
Part. Diretos: 53
118
126
126
106,78%
Part. Indiretos: 36
Total: 89
Quadro 85 - Sessões previstas e realizadas e participantes – Dados de 2013, 2014 e 2015
Medida
Sessões
Previstas
Sessões
criadas
Sessões
criadas
com
presenças
Concretiz
ação da
medida
3420
3611
3476
101,64%
não formal
Part. Indiretos:
567
Total: 641
Medida II - Formação
profissional e
Part. Diretos: 58
502
522
423
84,26%
Part. Indiretos: 72
empregabilidade
Total: 130
Medida III -
Part. Diretos: 71
Dinamização
Part. Indiretos:
comunitária e
1338
1434
1287
96,19%
cidadania
capacitação dos
jovens
373
Total: 444
Medida V Empreendedorismo e
Observações
Part. Diretos: 74
Medida I – Inclusão
escolar e educação
Participantes
Abrangidos
386
400
326
84,46%
Sessões sem presenças
devidas a incêndio que
ocorreu no dia 5 de Julho,
que destruiu por completo
as instalações e materiais.
Apesar do envolvimento do
consórcio, houve atividades
que não puderam ser
realizadas por não
existirem instalações do
Part. Diretos: 60
projeto de setembro de
Part. Indiretos: 76
2013 a fevereiro de 2014.
Total: 136
Total de participantes abrangidos desde o início do projeto: 74 participantes diretos e
687 participantes indiretos (outras crianças e jovens, familiares e professores e
técnicos).
79
Relatório de Atividades 2015
Contributo para os objetivos gerais do Programa Escolhas
Taxa de sucesso escolar global do projeto (%):
Taxa de sucesso escolar total (mín. 1 presença) (%): 87,34
Taxa de sucesso escolar regular (mín. 12 presenças) (%): 81,37
Reintegrações na escola:
Nº de jovens reintegrados (únicos): 2
Encaminhamentos para formação e emprego:
Encaminhamento para formação e emprego (total): 57
(Re)integrações em formação profissional e emprego:
Nº de jovens (re)integrados em formação profissional e emprego
(únicos): 40
Nº total de (re)integrações em formação profissional e emprego (com
repetições): 52
Parceiros envolvidos (exteriores ao consórcio):
Parceiros envolvidos: 13
80
Relatório de Atividades 2015
4.4. Contrato Local de Desenvolvimento Social do
Concelho de Aveiro
O Programa Contrato Local de Desenvolvimento
Social 3ª Geração é financiado pelo Fundo Social
Europeu/Programa Operacional Inclusão Social e
Emprego (PO ISE), e tem como objetivo principal promover a inclusão social dos
cidadãos, através de ações a executar em parceria, por forma a combater a
pobreza persistente e a exclusão social.
O CLDS 3G Aveiro tem como entidade Coordenadora da Parceria Local a Cáritas
Diocesana de Aveiro e como entidades executoras a Santa Casa da Misericórdia de
Aveiro e a Associação de Melhoramentos de Eixo.
Delimitação temporal
Novembro de 2016 a outubro de 2018
Início de Implementação de atividades
16 de dezembro de 2016
Abrangência territorial
Concelho de Aveiro
Principais públicos destinatários
Crianças/ jovens/ Famílias
Pais/Cuidadores
Pessoas em situação de desemprego (à procura de 1º emprego ou DLDs)
Entidades de Economia Social
Empresas e Empresários
Potenciais empreendedores,
81
Relatório de Atividades 2015
Comunidades escolares,
Instituições e associações,
Serviços e organismos locais,
Comunidade em geral.
Equipa técnica
Quadro 86 – Pessoal Afeto
N.º Funcionários
Categoria Profissional
1
Coordenador (Socióloga)
1
Técnico de Serviço Social
1
Psicóloga
1
Educadora Social
1
Técnico de Educação
Eixos de Intervenção
Quadro 87 – Eixos de intervenção
Eixo 1 – Emprego, Formação e Qualificação
Ação
A1 - "+emprego"
A2 "+empreendedorismo"
Descrição - Metodologia
Em articulação com IEFP de Aveiro, Gip's locais e e outras entidades e respostas na
área do Emprego. - Sessões de esclarecimento (descentralizadas e em proximidade a
pessoas desempregadas) focadas em "Técnicas de Procura de Emprego" onde serão
abordados os seguintes temas: (1) competências empreendedoras na procura ativa de
emprego (carácter motivacional) e (2) técnicas de procura ativa de emprego
(comportamentos adotar na entrevista, como escrever carta de candidatura
espontânea, como elaborar um CV, onde e como pesquisar ofertas de emprego, etc.).
Apoio ao enquadramento de projetos de autoemprego e de empreendedorismo nos
diferentes programas e instrumentos de apoio (em articulação com IEFP e GIp's locais e
Universidade de Aveiro GESP), promovendo o encaminhamento dos interessados para
o apoio técnico - promoção e desenvolvimento de 4 ações de formação - capacitação
(de 30 horas), tendo como base as competências empreendedoras.
82
Relatório de Atividades 2015
A3 - Roteiro Vocacional e
Profissional
A4 - Formar +
A5 - Empregar +
A6 "Sensibiliza"
A7 "Ganh'Arte"
A8 - "A tua ideia conta"
A9 - "Aqui se produz"
Evento anual – Feira Vocacional e Profissional (para e com alunos do 9.º e 12.º ano) –
no qual será apresentada a oferta educativa e formativa de diversas entidades da
cidade e Região, nomeadamente, entidades do Ensino Superior, Escolas Profissionais,
IEFP, entre outras. "Dia da Empresa" - visita por parte de alunos de 9.º e 12.º ano a
empresas, onde vão ter contato com diferentes tipos de profissões que existem dentro
dessa empresa.
Realização de 3 diagnósticos de necessidades formativas de ativos das entidades da
economia social e são encaminhados 10 a 20 empregados das entidades para o IEFP
com vista à regularização da sua situação perante o Sistema Nacional de Certificação
Profissional.
Identificação de necessidades de emprego por parte de entidades de economia social.
Constituição de pequena bolsa de emprego através de uma ação de "match", formação
profissional e pessoal e ações de "speed recruitment".
9 Sessões de sensibilização/informação dirigidas a entidades da Economia Social,
empresas da Indústria Transformadora e da Restauração e Comércio, sobre temáticas
como: igualdade de género, igualdade salarial, integração de pessoas com deficiência,
integração de pessoas com + 40 anos e de outros grupos alvo de exclusão (minorias).
Acompanhamento personalizado de jovens em situações socialmente fragilizadas e
que não se encontram envolvidos em ações de Educação, Formação ou Emprego
(NEET), encaminhando-os para ações de formação desenvolvidas por entidades
públicas e privadas, sobretudo as promovidas pelo IEFP e 2. Dinamização de 9 oficinas
de saberes e ofícios "GANH'ARTE"
Promoção do Empreendedorismo nas Escolas, direcionada a alunos do secundário e
profissional, que engloba os seguintes domínios: a) Formação acreditada a professores
e acesso a um centro de recursos onde poderão obter informações sobre ações e
atividades a desenvolver em contexto de sala de aula que permita desenvolver com os
seus alunos as suas competências empreendedoras; b) desenvolvimento de projetos
por parte de alunos em contexto de sala de aula; c) Concurso de ideias "A tua Ideia
Conta". Esta ação conta com recurso a prestação de serviços.
Dinamização de 5 eventos de promoção dos Produtos de Aveiro, ao longo dos 3 anos,
com o envolvimento de produtores loca + Implementação de projeto piloto de
Economia de Proximidade.
83
Relatório de Atividades 2015
Quadro 88 – Eixos de intervenção
Eixo 2 – Intervenção Familiar e Parental Preventiva da Pobreza Infantil
Ação
A1 - "Espaços de Partilha"
A2 - Programa de Ocupação
de Tempos Livres
A3- Interculturalidades
A4 - On Rádio
Descrição - Metodologia
Realização de 10 Espaços de partilha através dos quais, pela via da aprendizagem
não formal, são abordadas temáticas relativas ao desenvolvimento pessoal e social
dos participantes (crianças, jovens e famílias) e reforçada a importância do exercício
de uma cultura de cidadania e de parentalidade positiva.
6 Programa (integrados) de ocupação de tempos livres para crianças e jovens dos 9
aos 16 anos de idade.
3 iniciativas de Partilha da perceção da escola e sua valorização por parte e crianças
e jovens tendo em vista a integração de uma visão intercultural.
Dinamização de (30) programa de rádio por crianças e jovens.
Resposta psicoeducativa destinada a crianças, jovens e famílias, mediante o apoio
psicológico individualizado, dinâmicas de pares e mediação de conflitos familiares.
A5 - Resposta
Psicoeducativa
Quadro 89 – Eixos de intervenção
Eixo 3 – Capacitação da Comunidade e Instituições
Ação
Descrição - Metodologia
Ações de mobilização e espaços de convívio e de partilha entre moradores, grupos informais,
A1 - O bairro
com(vida)
associações culturais, desportivas e recreativas, e através dos quais são criadas condições para a
capacitação dos participantes para sua co-organização em processos de promoção de bem-estar
e de coesão social
A2 - Recursos
en(via)
A3 - In
Implementação de uma resposta integradora de recursos e de partilha interinstitucional, de fácil
acesso a toda a comunidade.
Bolsa de voluntariado de proximidade
Voluntária
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Relatório de Atividades 2015
5. Grupos Cáritas
5.1 Introdução
A Diocese de Aveiro tem, nos Grupos Paroquiais da Cáritas, os órgãos da Igreja Católica
próprios de cada paróquia e que se pretende sejam elementos de proximidade no
apoio aos carenciados colaborando ativamente na promoção humana e no
desenvolvimento integral dos paroquianos.
As suas características de localização no interior das comunidades locais e de
subordinação hierárquica e económica para com a paróquia proporcionam um apoio
atempado e eficaz. A sua relação funcional com a Cáritas Diocesana, da qual recebem
as orientações julgadas oportunas e com quem estabelecem uma estreita relação de
cooperação, colaboração e entreajuda, nomeadamente na formação pastoral e técnica
para os seus membros, possibilita uma melhor eficácia na resolução de muitas
situações problemáticas.
É objetivo deste capítulo do relatório de atividades da CDA, apresentar um relato das
ações realizadas pela Cáritas Diocesana em prol dos Grupos Paroquiais da Cáritas da
Diocese de Aveiro, assim como resumir as atividades promovidas e/ou realizadas pelos
diversos Grupos Paroquiais.
5.2 Estrutura
Toda a estrutura orgânica da Cáritas Diocesana, desde a Direção até aos Quadros
Técnicos, tem um papel importante nas atividades de apoio aos Grupos Paroquiais,
sendo contudo esta atividade agilizada pela equipa de Apoio Diocesana dos Grupos
Paroquiais da Cáritas. Esta estrutura visa apoiar em especial os grupos sócio caritativos
de âmbito paroquial, com ligação à Cáritas, abrangendo os 10 Arciprestados da
Diocese de Aveiro.
Existem atividades, como é o caso do projeto “+ Próximo” que tem uma abrangência
para além dos Grupos Paroquiais da Cáritas, sendo partilhado pelas Conferencias de
São Vicente de Paulo e outras estruturas caritativas locais.
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Relatório de Atividades 2015
Na Diocese de Aveiro, no ano de 2015, existem em atividade 36 Grupos Paroquiais da
Cáritas.
5.3 Atividades e Projetos
No ano de 2015, as principais atividades promovidas pela equipa de apoio aos Grupos
Paroquiais da Cáritas prenderam-se com a realização de dois encontros em
Assembleia/Conselho Diocesano e na promoção de duas reuniões de trabalho,
presididas pela CDA e com a presença dos representantes dos grupos Paroquiais,
destinadas à preparação da Semana Cáritas e da Campanha “Dez Milhões de Estrela,
um Gesto pela Paz”.
Foi igualmente promovida uma campanha de recolha de roupas para refugiados da
guerra da Síria.
Os elementos dos Grupos Paroquiais foram ainda convidados a participar no convívio
anual promovido pela CDA, estando presente um número significativo de pessoas.
De relevar a presença de elementos da Direção da Cáritas em várias reuniões
arciprestais do Clero, com o intuito de dar a conhecer as atividades gerais da Cáritas,
incentivar à dinamização dos Grupos Paroquiais, e dar a conhecer formas de obter
apoios para situações locais nomeadamente através dos programas “Fundo Social
Solidário” e “Prioridade às Crianças”.
Foram realizadas algumas ações de formação no âmbito do “+ Próximo”, e a
continuidade do Projeto “NOS” (Núcleo de Observação Social). O projeto de formação
“+ Próximo” visa capacitar os agentes de proximidade para um melhor atendimento e
mais eficaz acompanhamento dos utentes. Por sua vez o “NOS” é um instrumento que
permite à Cáritas Portuguesa conhecer o número de atendimentos que as Cáritas
locais prestam às comunidades e desta forma conhecer de forma justificada a
realidade da população portuguesa.
Das principais atividades participadas e promovidas pelos elementos dos Grupos
Paroquiais há a referir:
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Relatório de Atividades 2015
Semana Cáritas - Com a realização de eventos e participação no peditório
público.
Dez Milhões de Estrelas … - Realização de vários eventos e venda de velas.
Roupa para refugiados – Participação na recolha, embalagem e entrega de
roupas destinadas aos refugiados da guerra na Síria.
Outras Campanhas e eventos diversos – Campanhas de recolha de géneros
alimentares, organização de ceias de natal para utentes, atividades lúdicas e
recreativas, tasquinhas e celebrações litúrgicas entre outras.
87
Relatório de Atividades 2015
6. Voluntariado
Para além dos Grupos Paroquiais da Cáritas que, pela sua especificidade, são referidos
no ponto anterior deste relatório, a instituição contou com a colaboração de
voluntários em diversas atividades, contribuindo decisivamente para melhorar a
qualidade dos serviços prestados.
Alguns voluntários integraram-se em Projetos de voluntariado previamente definidos e
estruturados de acordo com as suas competências e com as necessidades da
Instituição.
Projetos de voluntariado
Quadro 90 - Identificação dos projetos de voluntariado
Centro de Acolhimento Infantil
Nº de Voluntários
8
2 famílias
Local
Atividades
8 Apoio às atividades de Fim de Dia
2 Famílias de fim-de-semana
CAI
Roupeiro
6
Organização e tratamento de roupas e
calçado
Distribuição de vestuário e calçado
Sede
Informática
3
2
1
Pontuais: 15
Apoio à gestão e manutenção dos
equipamentos
Geral
Apoio a gestão da informação
Atualização do site
Sede – apoio Geral
Sede
Apoio em atividades diversas
Psicologia
Sede - NAV
Consultas de Psicologia
Semana Cáritas
Sede
Peditórios Públicos
Encontros/Reuniões/Formação
Durante o ano de 2015 realizaram-se 3 encontros de divulgação e organização do
voluntariado.
88
Relatório de Atividades 2015
7. Campanhas
7.1. Semana Nacional da Cáritas
Decorreu de 02 de março a 08 de março, subordinado
ao tema “Um só Coração, uma só Família Humana”.
A divulgação foi feita em toda a Diocese através da
distribuição de cartazes. O peditório público, na cidade
de Aveiro, contou com a participação de um grupo de senhoras.
Nas paróquias, onde existem Grupos Cáritas, coube a estes a organização do peditório.
7.2. Operação 10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz
A Cáritas Diocesana organizou mais uma vez a
Campanha “Dez Milhões de Estrelas – um Gesto pela
Paz”. Em 2015 registamos o empenho de 32 Grupos
Paroquiais da Cáritas, de 14 Paróquias, 4 Escolas
realçando o envolvimento dos Professores de Religião e
Moral Católica. Para além destes serviços realçamos a participação de particulares e de
outros serviços como é o caso das Conferências de São Vicente de Paulo, da Livraria
Santa Joana, e da Clínica Body Center.
Foram vendidas, neste ano, cerca de 22.800 velas.
89
Relatório de Atividades 2015
8. Comunicação e Imagem
Em termos de comunicação e imagem, foi dado especial enfoque à página do
facebook, procurando criar, tanto quanto possível, uma maior interação com o
público, através de imagens apelativas e de um maior número de publicações.
Foi dada continuidade à newsletter, veículo privilegiado de comunicação das
atividades para o exterior.
Procurou-se, também, efetuar uma intervenção de fundo no sítio da Cáritas
Diocesana, criando uma apresentação mais agradável para o utilizador. Foram
detetados alguns constrangimentos que, só pela dedicação da voluntária que tem
colaborado com a CDA neste domínio, têm sido minorados. Conseguiu-se eliminar
informação desatualizada, mas a colocação on-line de informação é um processo
bastante complexo, que não se coaduna com a exigência de uma comunicação
rápida e eficaz. Sendo uma situação externa à Cáritas Diocesana de Aveiro importa
procurar soluções para resolver este problema, que é fundamental para a imagem
externa da CDA.
Foi dado grande destaque às comemorações dos 25 anos do CAI, tendo sido
realizado um pequeno vídeo alusivo, que foi apresentado na sessão solene e
posteriormente divulgado no facebook.
90

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