anestesia em revista mar-abr - 2005.p65
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anestesia em revista mar-abr - 2005.p65
Expediente Anestesia em revista é uma publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia Departamento de Anestesiologia da Associação Médica Brasileira Rua Professor Alfredo Gomes, 36 Botafogo - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22.251-080 Tel.: (21) 2537-8100 Fax: (21) 2537-8188 Conselho Editorial: Roberto Bastos da Serra Freire João Aurílio Rodrigues Estrela Luiz Bomfim Pereira da Cunha Sergio Luiz do Logar Mattos Ismar Lima Cavalcanti Luiz Antônio Vane Jurandir Coan Turazzi Diretor Responsável: Índice Editorial 5 Cartas 7 Perguntas e Respostas 8 Artigo Planos de Saúde 23 Marketing e Anestesia 24 Luiz Antônio Vane Divulgação Programação Visual: Ito Oliveira Lopes - 12516 - DRT/RJ Wellington Luís Rocha Lopes Os Anestesiologistas e a implantação da CBHPM 12 Novos Membros 13 Médicos devem revalidar título de especialista 14 Decisão do CFM 15 Normas de Regulamentação para a Revalidação de Título de Especialista e Certificado de Área de Atuação 16 Há três coisas que nunca voltam atrás 18 7.500 exemplares Diplomas cubanos não terão validação automática, afirma Tarso Genro 19 Distribuição gratuita Cidade Aflita 19 52º Congresso Brasileiro de Anestesiologia 20 Equipe Editorial: Marcelo Marinho Rodrigo Matos Mercedes Azevedo José Bredariol Jr Marcelo Sperle Impressão e Acabamento: MasterGraph Tiragem: IMPORTANTE: Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet: www.sba.com.br [email protected] Site da SBA - www.sba.com.br Notícias Provas da SBA 2005 4 Museu SBA 6 Regionais 11 Calendário Científico 26 Sociedade Brasileira de Anestesiologia R u a P ro f e s s o r A l fre d o G o m e s , 3 6 - B o ta fo g o - R io d e J a n e i ro - R J - C E P 2 2 2 5 1 -0 8 0 Te l.: 5 5 - 2 1 -2 5 3 7 -8 1 0 0 - FA X : 5 5 -2 1 -2 5 3 7 -8 1 8 8 P o rt a l : h ttp :/ /w w w .s b a .c o m .b r e -m a il: s b a 2 0 0 0 @ o p e n lin k .c o m . b r D e p a rt a m e n to d e A n e s te s io lo g i a d a A s s o c ia ç ã o M é d ic a B ra s il e ira PROVAS DA SBA 2005 o Avis o m ! Ulti lgue Divu i ATENÇÃO Data Limite para inscrições: 15 de agosto de 2005 Valor Inscrição: R$ 420,00 (quatrocentos e vinte reais) Informações importantes: 1) Efetuar depósito bancário no valor da inscrição, encaminhando à Secretaria da SBA pelo correio, comprovante de depósito, juntamente com o requerimento de inscrição. 2) Esclarecemos que só serão aceitas as inscrições cujos requerentes estejam devidamente regularizados com SBA e Regional 3) Não serão efetuadas inscrições com pendências de documentos 4) Observar os documentos necessários 5) Inscrições nas provas orais só serão aceitas caso tenha sido aprovado na prova escrita 6) Editais, Programas, Regulamentos, Normas e modelo de requerimento encontram-se disponíveis no Portal da SBA 7) NÃO SERÃO ACEITAS INSCRIÇÕES VIA FAX OU E-MAIL- ENVIAR PELO CORREIO COM AVISO DE RECEBIMENTO (AR) Dados para depósito: Favorecido: Sociedade Brasileira de Anestesiologia Depositante: Não esquecer de mencionar seu nome Banco Real - Agência: 0826 Conta-Corrente: 7805109-6 Tel: (21) 2537-8100 (maiores esclarecimentos anotar o nome do atendente) Certificado de Atuação na Área de Dor 1) Requerimento solicitando inscrição no concurso 2) Comprovante identificado de recolhimento do valor da inscrição 3) Cópia do Diploma de Médico 4) Cópia da carteira do CRM e comprovante de quitação ano em curso 5) Cópia do Título de Especialista em Anestesiologia(TEA) ou em Neurologia 6) Cópia do Certificado de Conclusão de Curso de Formação em Dor credenciado pela SBA ou ABN com duração mínima de um ano (12 meses ou no mínimo de 400 horas) 7) Curriculo Título Superior em Anestesiologia 1) Requerimento solicitando inscrição no concurso 2) Comprovante identificado de recolhimento do valor da inscrição Admissão como Membro Ativo 1) Requerimento solicitando inscrição no concurso 2) Comprovante identificado de recolhimento do valor da inscrição 3) Cópia da carteira do CRM e comprovante de quitação ano em curso 4) Indicação de 2 membros ativos, devidamente regularizados, da SBA 5) Cópia Certificado de conclusão de residência médica em anestesiologia expedido por instituição credenciada pela CNRM, ou comprove ser graduado em medicina há no mínimo 5 (cinco) anos, ou apresente certificado de conclusão de curso de especialização realizado no exterior assinado pelo responsável acompanhado de histórico detalhado e traduzido. Mudança de Categoria Membro ADJ/ATV 1) Requerimento solicitando inscrição no concurso 2) Comprovante identificado de recolhimento do valor da inscrição Título de Especialista em Anestesiologia 1) Requerimento solicitando inscrição no concurso 2) Comprovante identificado de recolhimento do valor da inscrição 3) Cópia da carteira do CRM e comprovante de quitação ano em curso 4) Cópia do Diploma de Médico 5) Comprovantes, através de ficha técnica, de haver realizado efetivamente pelo menos 3000 anestesias Prova Nacional para Médicos em Especialização em Centros de Ensino e Treinamento 10 de dezembro de 2005 - sábado (Horário de Brasília) ME1 - 10:00 / 12:00 h ME2 - 14:00 / 16:00 h ME3 - 17:00 / 19:00 h Local: Consulte sua Regional DIVULGUE! Em nenhuma hipótese serão aceitas inscrições fora do prazo Editorial Sociedade Brasileira de Anestesiologia Ações da SBA Dr. João Aurílio Rodrigues Estrela Por vezes, ouvimos ou recebemos questionamentos sobre o preço da anuidade da SBA. Sempre que possível, buscamos maneiras de diminuir os custos da nossa Sociedade. Os sócios, em sua grande maioria, desconhecem o custo de uma sociedade de classe como a nossa. Um dos itens de maior custo é a edição da Revista Brasileira de Anestesiologia (RBA), nosso maior orgulho. Não é barato, principalmente com as novas normas da Anvisa que limitam publicidade. Contudo, entendemos ser de grande valia aos nossos associados. Entretanto, as ações da SBA não se limitam à edição da RBA. Mantemos portal com biblioteca virtual, contendo onze revistas internacionais com texto completo dos artigos; aula de educação à distância; curso de dor e intensa divulgação das atividades de defesa profissional. E, ainda, publicações de livros e CDs. São estas as várias disposições da SBA para atualização de seus sócios. Criamos e mantemos várias comissões que são importantíssimas para o sócio: Comissão de Educação Continuada, objetivando a revalidação do título de especialista; Comissão de Ensino e Treinamento, responsável pela nossa formação; Comissão de Normas Técnicas, defendendo a nossa segurança, entre outras. Dentre as mais recentes criações, a Comissão de Saúde Ocupacional tem sido de grande importância por abranger assunto muito delicado que é o envolvimento involuntário com agentes anestésicos, através de poluentes inalados nas salas cirúrgicas. Sobre este assunto, implementamos ações junto ao CFM e ao Ministério da Saúde, visando desenvolver projetos em beneficio de nossos colegas. Por sinal, somos exemplo e fomos convidados para um projeto na Federação Mundial de Anestesiologistas nesta área. Existem, ainda, em funcionamento, vários comitês de áreas específicas, que muito contribuem para os assuntos pertinentes, com pareceres e respostas aos questionamentos de nossos associados. Criamos e investimos em programas de capacitação profissional, como o SAVA (Suporte Avançado de Vida em Anestesiologia), que, pelas suas características, tem custo elevado, tendo em vista os equipamentos e o número de instrutores. Avançamos no tratamento da dor, principalmente da dor pós-operatória, e enfatizamos a importância do consultório de Anestesiologia no pré- e no pós-operatório e, também, na medicina perioperatória. A SBA é uma sociedade extremamente participativa. Sua diretoria sempre esteve presente nas lutas de interesse dos anestesiologistas, seja nas reuniões do Conselho de Defesa Profissional, ou reuniões com presidentes de regionais, seja apoiando as lutas locais e regionais de defesa profissional ou os movimentos da Associação Médica Brasileira, a exemplo da CBHPM. No Conselho Federal de Medicina, participamos da Câmara Técnica, defendendo resoluções em defesa da Anestesiologia, e no Congresso Nacional, contribuímos com projetos que dão maiores subsídios para a defesa da atuação profissional dos médicos em geral e dos anestesiologistas em particular. João Aurílio Rodrigues Estrela Vice-Presidente da SBA Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 5 Museu SBA Novas Aquisições Agradecimento às Doações Prezado Dr. Carlos Pereira Parsloe, A Diretoria da Sociedade Brasileira de Anestesiologia agradece a valiosa doação feita pelo senhor ao Museu desta Sociedade em 23 de março de 2005. Anexamos a relação das peças incorporadas ao acêrvo de nosso Museu que, sem dúvida, enriquecerão sobremaneira a História da Anestesiologia no Brasil. Atenciosamente, Mercedes Azevedo Gerente Administrativa e Financeira/SBA Peças para o Museu 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. Estojos de veludo p/ cabo de laringoscópio - Foregger (2) Neosynephrine Hydrochloride - embalalem original vazia (1) Válvula p/ reinalação Digby-Leigh (1) Agulhas p/ raquianestesia descartáveis c/ capa (7) Agulhas p/ raquianestesia descartáveis s/ capa (6) Agulhas p/ botão dérmico (plástico vermelho) (2) Régua de cálculo / constante sangüínea Dr. Nunns Blood Predistors (1) Estetoscópio monoauricular marca Dupaco - embalagem original (1) Cânula nasofaringea / introdutor inflável Polamedco (1) Estetoscópio esofágico marca Dupaco (esterilizado Sterileno) (3) Introdutor tubo traqueal (esterelizado Sterileno) (1) Introdutor tubo traquel infantil Mallinckrodt - embalagem original (1) Canister infantil p/ calsodada infantil Foregger - transparente (1) Canister p/ calsodada metálico Foregger (1) Manômetro (cm/água) p/ pressão vias aéreas - Dupaco (1) Máscaras pediátricas c/ presilha - Ohio (3) Máscara pediátrica nº 3 - Toddler - plástico transparente (1) Máscaras pediátricas Rendell-Baker (nº. 2, 2 e 3) s/ presilha (3) Máscaras pediátricas Rendell-Baker (pretas) nºs. 0, 1, 2, 3 (4) Máscaras pediátricas Rendell-Baker (pretas) nºs 1 e 2 (2) Máscaras p/ adulto nº 5 - em plástico transparente (2) Máscara p/ adulto nº 5 - marca Vital Signs Inc (1) Presilha p/ máscara em borracha branca (1) Cânulas nasofaríngea Portex nºs 6 (2) e 8 re-esterilizadas (3) Cânula nasofaríngea c/ cuff COPA - marca Mallinckrodt (1) Cabos p/ laringoscópio - marca Foregger (2) Conexão Y- plástico azul - marca Rusch (1) Lâmina p/ laringoscópio Bennett - marca Foregger (1) Lâminas p/ laringoscópio Wis-Foregger (2) Lâminas p/ laringoscópio reta Welch Allyn nº 2 (2) Lâminas p/ laringoscópio Miller - nºs. 1 e 2 - Foregger (2) Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 6 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. Lâmina p/ laringoscópio Flagg 1 - Foregger (1) Lâmina p/ laringoscópio Wis - Hipple nº 1 - Foregger (1) Lâmina p/ laringoscópio Macintosh nº 3 - marca Amtec (1) Lâmina p/ laringoscópio Macintosh nº 2 - marca AMS (1) Lâmina p/ laringoscópio Macintosh (1) Lâmina p/ laring. Robert Shaw-Penlon p/ lábio leporino Oxford (1) Conectores curvos p/ tubo traqueal nºs 7 - 11 - Foregger (5) Conectores retos p/ tubo traqueal Dupaco - embalagem original (10) Tubo traqueal neonatal Warne Surgical Prod - embalagem original (1) Cânula orofaríngea recém-nato plástico transparente (1) Agulhas Gordh - marca Stille (3) Conector p/ agulha Luer-lock (1) Agulha Macintosh (1) Tubos traqueais (Fr 12, 14 (2), 16, 18, 20 (2), 22, 24, 26, 28) - marca Davol (11) Sondas Magill nºs 2, 2A, 3, 4(3) - marca Portex (6) Sondas oro traqueais (2) Sonda orotraqueal borracha amarela transparente (1) Sonda orotraqueal artesanal - Dr. Carlos Parsloe (1) Circuito respiratório - Dar (1) Sistema inalatório c/ absorvedor de calsodada (completo) (1) Sistema inalatório c/ absorvedor de calsodada (incompl) (1) Sistema respiratório Japonês - marca Mera (plástico verde) (1) Sistema respiratório Bain - marca Respiratory care (1) Livros: 1. Schreiber P - Safety guidelines for anesthesia system. North American Drager, 1985 2. Kay B - Total intravenous anaesthesia. Elsevier, 1991 3. Prys-Roberts C - Focus on infusion: intravenous anaesthesia. Current Medical Literature, 1991 4. Mathias Roberto Simão - Memorial. São Paulo, 1997 Cartas Convite A Sociedade Brasileira de Anestesiologia recebeu da Coopanest-MG o honroso convite para solenidade de entrega da MEDALHA DE HONRA DA INCONFIDÊNCIA ao nosso sócio, Dr. Múcio Pereira Diniz. A entrega foi feita pelo Sr. Governador do Estado de Minas Gerais, Dr. Aécio Neves no dia 21 de abril de 2005. A honraria foi devido a seus relevantes serviços prestados em prol do Cooperativismo. A SBA cumprimenta o prezado colega e agradece pelo convite. Diretoria Nota de Correção Na edição nº 01/2005 da publicação Anestesia em Revista, foi publicado na página 12, o artigo Caminhos da Medicina O Símbolo da Medicina: Tradição e Heresia. Nesta nota foi publicado o nome do autor errado. Neste refiticamos o nome do autor: Joffre M. de Rezende. Obituário Associado Olavo Yuji Ishikawa Aloizio Ribeiro Lima Antonio Marcos Machado Nunes Matrícula Regional 06227 00939 05189 SPA SPA SAESP Interface Entre o Departamento Científico e de Defesa Profissional da SBA A criação de diretrizes ("guidelines") clínicas baseadas em evidências científicas tem ganhado cada vez mais espaço entre as entidades brasileiras da área de saúde. Desde a criação do projeto Diretrizes da AMB/CFM, a SBA manifestou sua adesão. As diretrizes clínicas têm repercusão em vários segmentos do sistema de saúde, incluindo o Ministério da Saúde, através do SUS e ANVISA, e a Agência Nacional de Saúde Suplementar, através dos convênios e planos de Saúde. O Diretor do Departamento Científico da SBA, Ismar Lima Cavalcanti, participou no dia 28 de abril de 2005, do Fórum DIRETRIZES CLÍNICAS E O SISTEMA DE SAÚDE NO BRASIL, no Conselho Federal de Medicina. Questões referentes ao processo de elaboração de diretrizes; a autonomia médica; o médico e o conflito de interesses; a incorporação tecnológica na assistência; a qualificação da saúde suplementar; a avaliação e tecnovigilância e a ex- periência internacional na utilização de diretrizes clínicas foram amplamente discutidas. Esta atuação da SBA demonstra a importância das sociedades de especialidades na definição de parâmetros científicos para a prática médica. Em decorrência desta atuação, surgem conseqüências no sistema de saúde (SUS e Convênios) no sentido de oferecer as condições de diagnóstico e tratamento das doenças, incorporando técnicas, fármacos, e condutas médicas, determinando inclusive novos procedimentos médicos e sua conseqüente remuneração. Esta realidade demonstra claramente a interface entre o departamento científico e de defesa profissional da SBA, onde cada um deles, no exercício de suas atribuições, trabalham harmonicamente e de modo sinérgito, em benefício do anestesiologista brasileiro. Dr. Ismar Lima Cavalcanti Dir. Dept. Científico da SBA Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 7 Perguntas e Respostas Venda de produtos controlados à médicos Pergunta Sou médico anestesiologista. No dia 11 de março de 2005, às 18h, ao socorrer vítima de queimadura na rua, tive negado a venda de tramadol e tylex numa drogaria, mesmo estando ao lado da vítima visivelmente queimada e apresentando meus documentos CRM (5265626-7). Os atendentes se recusaram a contactar o farmacêutico e desconheciam a possibilidade de uma receita ser feita na hora em emergências. Expliquei que os analgésicos eram imediatamente necessários e que eu estava conduzindo a vítima ao hospital para cuidados locais. Porém, fui ridicularizado na frente de todos: ...como médico o senhor deveria saber que é necessário a receita. Solicito orientação para obter explições e providências cabíveis. SBA responde: Recebemos sua correspondência e após análise do fato temos a aduzir: O aviamento de receitas de produtos controlados é regulamentado pela portaria número 344 de 12 de maio de 1998 e seus anexos: (www.anvisa.org.br) Nesta consta em seu capítulo V art 36 parágrafo 2º: Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita de medicamentos sujeitos a Notificação de Receita a base de substâncias constantes das listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, em papel não oficial, devendo conter obrigatoriamente: o diagnóstico ou CID, a justificativa do caráter emergencial do atendimento, data, inscrição no Conselho Regional e assinatura devidamente identificada. O estabelecimento que aviar a referida receita deverá anotar a identificação do comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local dentro de 72 (setenta e duas) horas, para visto. Como o colega relata em sua correspondência a não presença do farmacêutico no momento do acidente, entendemos ser cabível formulação de denúncia ao Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro - http://www.crfrj.org.br/ - das duas irregularidades cometidas. Sendo o que se apresenta para o momento, renovamos protestos de estima e consideração. Atenciosamente, Dr. Jurandir Coan Turazzi Diretor Depto. Defesa Profissional da SBA Estatuto Pergunta Gostaria de obter o estatuto da SBA referente a cobranças dos atos anestésicos e consultas pré anastésicas. Onde posso encontrá-los? SBA responde: O Estatuto da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) não dispõe sobre cobrança de honorários médicos. A SBA como Sociedade de Especialidade da Associação Médica Brasileira (AMB), re- Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 8 Sociedade Brasileira de Anestesiologia comenda a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) como o referencial mínimo ético para estabelecimento dos seus honorários. A mesma encontra-se disponível no site da AMB www.amb.org.br. Quanto à Consulta Pré-anestésica, encaminhamos anexo cópia do Parecer do Conselho Federal de Medicina a respeito do assunto. Sendo o que se apresenta para o momento, renovamos protestos de estima e consideração, Atenciosamente, Dr. Jurandir Coan Turazzi Dir.Defesa Profissional da SBA Parecer A avaliação pré-anestésica é direito do paciente e dever do médico anestesiologista. As consultas anestesiológicas realizadas em consultórios e/ou ambulatórios devem ser remuneradas, mantendo tratamento isonômico com os demais médicos. Designado pelo conselheiro responsável pelo Setor, dr. Júlio Cézar Meirelles Gomes, através do ofício CFM N° 2662/98, a emitir parecer, passo à análise dos fatos. EXPOSIÇÃO Consulta-nos a UNIMED de Varginha (MG) objetivamente sobre: Quando deve ser paga a consulta pré-anestésica? PARECER As circunstâncias em que é aplicada a anestesia e sua importância no contexto da assistência médica nos dias atuais não está circunscrita apenas à sala de cirurgia. O profissional qualificado atua como consultor e, na prática diária, têm sido solicitado a atender um número crescente de áreas afins: terapia intensiva, reanimação, atendimento ao politraumatizado, tratamento de síndromes dolorosas, acompanhamento clínico de pacientes submetidos a exames endoscópicos e de imagem, etc. Por isto mesmo, a Anestesiologia tem sido considerada uma ciência, como nos ensina o prof. Genival Veloso de França, in verbis: Cada dia que passa, tantos são os avanços e as conquistas das especialidades médicas que algumas já se apresentam como se fossem verdadeiras ciências - sistematizadas e independentes, pelo seu elevado estágio de progresso e desempenho. A Anestesiologia é uma delas. A Anestesiologia é uma especialidade considerada de alto risco. Neste ponto, os Conselhos de Medicina devem atuar pedagogicamente prevenindo as ocorrências de demandas sob alegação de erro médico, orientando os médicos no estrito cumprimento às normas vigentes e estimulando a educação médica continuada através da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Preocupado em oferecer à sociedade uma assistência especializada em Anestesiologia de qualidade, o plenário do Conselho Federal de Medicina, reunido em 12 de março de 1993, aprovou a Resolução n° 1.363 que normaliza as condições mínimas de segurança para a prática da anestesia. Especificamente quanto à consulta formulada, o diploma ético determina em seu artigo 1°, inciso I, in verbis: Antes da realização de qualquer anestesia é indispensável conhecer, com a devida antecedência, as condições clínicas do paciente a ser submetido à mesma, cabendo ao anestesista decidir da conveniência ou não da prática do ato anestésico, de modo soberano e intransferível; Por outro lado, o Código de Ética Médica trata da matéria do consentimento informado nos seus artigos 46 e 59, in verbis: É vedado ao médico: Art. 46 - Efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu responsável legal, salvo em iminente perigo de vida. É vedado ao médico: Art. 59 - Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta ao mesmo possa provocarlhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao seu responsável legal. E como o anestesiologista cumpre estas normas? Num passado ainda recente, de hábito o paciente com cirurgia programada internava-se no dia anterior à cirurgia, para os devidos preparos. Desta forma, tricotomia, lavagem intestinal, jejum, retirada de próteses, orientações de enfermagem e nutrição, avaliações com outros médicos especializados em determinadas áreas, por exemplo, cardiologia, pneumologia, endocrinologia, eram solicitadas pelo cirurgião, e até mesmo alguns exames subsidiários eram realizados. Nesta opor tunidade, o médico anestesiologista, durante a visita préanestésica, tomava conhecimento das condições clínicas do paciente através de interrogatório sistematizado para a história dos antecedentes médicos, visando, sobretudo, obter alguma informação útil, como, apenas para citar alguns exemplos, a presença de alterações anatômicas que dificultem as manobras de intubação traqueal, reações alérgicas, doenças sistêmicas que possam comprometer a homeostase, fatos estes que devem cercar o ato anestésico de cuidados redobrados. Com o advento da anestesia ambulatorial houve a necessidade de nova intervenção do Conselho Federal de Medicina, que aprovou, em Plenário a Resolução n° 1.409/94, versando sobre a matéria. Nesta, há citação explícita da Resolução CFM n° 1.363/93, concluindo ab initio que o conceito anterior ao que concerne ao artigo 1°, inciso I, é útil, legal, valioso e não deve ser negligenciado. O internamento de um dia é prática contumaz no Brasil, e de resto no mundo. Os argumentos de controle de infecção hospitalar e de apoio social e familiar são tecnicamente bem aceitos. Entretanto, o que está movendo o crescimento, às vezes desordenado, é a redução no custo para o aparelho assistencial, seja do Sistema Único de Saúde, seja dos mantenedores da assistência privada. E isto especialmente nos preocupa, uma vez que a mercancia pode superar a prática ética, os conhecimentos científicos e o bom- senso. E o que mudou com a prática da anestesia ambulatorial? O paciente que outrora internava-se previamente à cirurgia, por motivos diversos tem sido internado momentos antes do horário previsto para a cirurgia. De repente, surge à sua frente um cidadão dizendo-se anestesiologista, que mal dispõe de poucos minutos para a troca de duas palavras e o con- sidera apto para o ato, sem esclarecimento, sem consentimento (ainda que tácito), sem o devido respeito ao ser humano que está ali prestes a lhe confiar o seu bem inalienável. Vejamos o que José de Aguiar Dias nos ensina sobre o tema: Não se deve praticar a anestesia sem consentimento do paciente; esse pode ser dado diretamente pelo enfermo ou, em caso de impedimento, pelos que o tiveram a seu cargo. O anestesista deve sempre proceder a exame prévio das condições fisiopsíquicas do paciente, inclusive exames de laboratório e das peças dentárias. Na mesma linha de raciocínio, Miguel Kfouri Neto na obra Responsabilidade, Civil do Médico comenta: Incumbe-lhe (ao anestesiologista), especialmente: a) preparar o paciente, no campo médico e psicológico: prever possíveis dificuldades, acalmar o doente, conquistarlhe a colaboração e confiança, preparar-lhe o organismo para o ato cirúrgico, (...). Por conseguinte, a violação destas regras pressupõe ato omissivo, que na hipótese de mau resultado certamente será aduzido por negligência e imprudência. CONCLUSÃO A avaliação pré-anestésica é direito do paciente e dever do médico anestesiologista. Considerando o crescente número de pacientes internados em regime ambulatorial e a defesa doutrinária do Conselho Federal de Medicina na questão da manutenção de uma saudável relação dos médicos com os pacientes, e considerando também as vantagens socioeconômicas da consulta anestesiológica realizada em consultório ou ambulatório, tais como redução do período de internamento, maior equilíbrio emocional do paciente, inclusive com possibilidade de redução no uso de agentes ansiolíticos, melhora no dimensionamento dos exames pré-operatórios e do fluxo de cirurgias nos centros cirúrgicos, entendo que as consultas anestesiológicas realizadas em consultórios e/ou ambulatórios devem ser remuneradas mantendo tratamento isonômico com os demais médicos, o que não elide a avaliação feita imediatamente antes do ato (visita pré-anestésica), esta já remunerada como parte integrante do procedimento. Por fim, a consulta anestesiológica resgata a saudável relação médico-paciente, devendo ser colocada à disposição da sociedade de forma usual. É o relatório, SMJ. Brasília, 28 de agosto de 1998. José Abelardo Garcia de Meneses Conselheiro Relator Aprovado em Sessão Plenária dia 29/9/99 pendente da classificação do estado físico do paciente. Em um dos hospitais particulares pediátricos em que atuo com ME, apesar de disponibilizar sevofluorane e halotano, tive constrangimento com um convênio que agora então me impede de usar sevoflorane a não ser que o paciente seja classificado com ASA 2 ou 3 ou seja cardiopata ou hepatopata, pois tal convênio informou que não irá pagar ao hospital o uso do sevofluorane em outros casos. Conhecendo a superioridade de tal anestésico em relação a segurança e devido a já ter sofrido algumas intercorrências graves com o uso de halotano, não me conformo com a exigência do convênio. Afinal de contas, como vou me proteger legalmente caso haja algum dano ao paciente com o uso de halotano já que a instituição me disponibiliza uma droga mais segura? O convênio pode interferir na conduta anestésica? O que posso fazer? Gostaria da opinião da SBA em relação ao caso. SBA responde: Inicialmente queremos agradecer a sua preocupação com assunto tão relevante. Infelizmente, muitas vezes os anestesiologistas acabam se submetendo as imposições dos planos de saúde e seus administradores, deixando de cumprir os preceitos éticos emanados do Código de Ética Médico: Art. 8° - O médico não pode, em qualquer circunstância, ou sob qualquer pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, devendo evitar que quaisquer restrições ou imposições possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho. Art. 16° - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital, ou instituição pública, ou privada poderá limitar a escolha, por parte do médico, dos meios a serem postos em prática para o estabelecimento do diagnóstico e para a execução do tratamento, salvo quando em benefício do paciente. Sugerimos que através do Responsável por seu CET, seja encaminhada denúncia aos Diretores Técnico e Clínico do referido hospital, bem como à Comissão de Ética do mesmo, para que tal atitude não prospere na instituição. Caso isto não seja suficiente, caberá denúncia ao Conselho Regional de Medicina de seu Estado. Sendo o que se apresenta para o momento, renovamos protestos de estima e consideração. Atenciosamente, Dr. Jurandir Coan Turazzi Dir. Depto. Defesa Profissional da SBA Parecer Anestesistas x Convênios Pergunta Gostaria de saber se os convênios do resto do país autorizam (e pagam) o uso do sevofluorane para anestesia pediátrica inde- Pergunta Solicito a gentileza de nos fornecer parecer ou texto do Código de Ética Médica que impede o médico anestesiologista de proceder atos anestésicos simultâneos, bem como delegar responsabilidades médicas a profissionais não habilitados. Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 9 SBA responde: O exercício da anestesiologia é regulamentado pela Resolução número 1363 de 1993 do Conselho Federal de Medicina. Nesta encontramos em seu art 1º incisos: II e IV: II - Para conduzir as anestesias gerais ou regionais com segurança, assim como manter a vigilância permanente ao paciente anestesiado durante o ato operatório, o médico anestesista deve estar sempre junto a este paciente; IV - É ato atentatório à Ética Médica a realização simultânea de anestesias em pacientes distintos pelo mesmo profissional, ainda que seja no mesmo ambiente cirúrgico; Encaminhamos anexo a íntegra da referida Resolução. Sendo o que se apresenta para o momento, renovamos protestos de estima e consideração. Atenciosamente, Dr. Jurandir Coan Turazzi Dir.Depto.Defesa Profissional da SBA Nova Tabela de AMB e qual CH? Pergunta Gostaria de saber quais firmas adotaram a nova tab AMB e com que CH? SBA responde: A Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos -CBHPM - conforme a Resolução do Conselho Federal de Medicina, número 1673-2003 é o referencial mínimo ético para remuneração dos procedimentos médicos. Campanha nacional foi desencadeada pela AMB-CFM e FENAM em agosto de 2003 e visando a sua adoção por todos os Planos de Saúde, Seguradoras e Cooperativas. Infelizmente até o momento, poucos a adotaram na íntegra. O Sistema UNIMED está envidando esforços para adotá-la de imediato. As seguradoras ainda não aceitaram adotá-la na íntegra. A UNIDAS, antiga CIEFAS (CASSI, Correios, etc) prometeram adotá-la a partir de janeiro de 2005. Isto tem acontecido em vários estados. Quanto aos valores, não existe mais CH e sim valores em Reais para cada Porte Anestésico, sendo aceito uma variação de 20% para mais ou para menos nestes valores, a saber: Porte Porte Porte Porte Porte Porte Porte Porte 1 2 3 4 5 6 7 8 - 69,00 100,00 148,00 220,00 340,00 476,00 676,00 892,00 Atenciosamente, Dr. Jurandir Coan Turazzi Dir. Depto. Defesa Profissional da SBA Inscrição concurso título de dor Gostaria de saber se será aceita a inscrição de associados no concurso para o título de dor, que não tenham um ano em centros referendados pela SBA. SBA responde: As inscrições para a prova do Certificado de Atuação na Área da Dor estão regulamentadas nas normas em anexo, que serão cumpridas integralmente. Anexo Normas para Obtenção do Certificado de Atuação na Área de Dor CAPÍTULO I DO CERTIFICADO Ar t. 1º - A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB), concederá o Certificado de Atuação na Área de Dor aos membros ativos portadores do Título de Especialista em Anestesiologia (TEASBA-AMB), devidamente aprovados de acordo com normas específicas. Art. 2º - O Comitê de Dor ficará encarregado de adotar todas as medidas necessárias ao cumprimento do caput do artigo anterior. CAPÍTULO II DOS PRÉ-REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO Art. 3º - Os candidatos ao certificado deverão cumprir os seguintes pré-requisitos: I - Estar regularmente inscrito no Conselho Regional de Medicina. II - Possuir o Título de Especialista em Anestesiologia concedido pela SBA em convênio com a AMB (TEA/SBA/AMB). III - Comprovar ter concluído curso de formação em Dor credenciado pela SBA, com duração mínima de 1 (um) ano. CAPÍTULO III DAS INSCRIÇÕES Art. 4º - A inscrição para a prova será feita por meio de requerimento ao Secretário-Geral da SBA até 90 (noventa) dias antes do dia da abertura do CBA do ano em curso, acompanhado da prova de recolhimento à tesouraria de taxa igual a uma anuidade de membro ativo estabelecida para o exercício e de cópia dos seguintes documentos: I - Diploma de médico. II - Carteira do CRM. III - Comprovante de Título de Especialista em Anestesiologia (TEA/SBA/AMB). IV - Certificado de conclusão de curso de formação em Dor credenciado pela SBA. V - Currículo. CAPÍTULO IV DO CONCURSO DE HABILITAÇÃO Art. 5º - O concurso constará de prova de Títulos e de prova Escrita, que serão realizadas anualmente. § 1º - A prova de Títulos constará de análise de currículo de acordo com pontuação que será divulgada em edital. Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 10 § 2º - Não será permitida a entrada no recinto da prova de qualquer instrumento que permita a quebra do sigilo. O descumprimento deste dispositivo propiciará a abertura de processo administrativo, a critério da Diretoria. Art. 6º - Será considerado aprovado, o candidato que obtiver nota igual ou superior a sessenta (60), numa escala de zero a cem (0-100). Parágrafo único - A Prova de Títulos terá peso 2 e a Prova Escrita terá peso 8. Art. 7º - A data, o horário e o programa da prova escrita serão divulgados em edital específico. CAPÍTULO V DA COMISSÃO EXAMINADORA Art. 8º - Os membros do Comitê de Dor integrarão a comissão examinadora juntamente com os 3 (três) membros da Academia Brasileira de Neurologia. Parágrafo único - A aplicação da prova escrita elaborada pela Comissão Examinadora para os candidatos membros da SBA ficará sob responsabilidade do Comitê de Dor da SBA. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 9º - Este Regulamento poderá ser reformado, no todo ou em parte, pela Assembléia de Representantes, mediante proposta: I - Da Diretoria. II - De no mínimo 20% dos Representantes da AR. Art. 10 - As propostas deverão ser estudadas pela CERR que emitirá parecer para a AR. Art. 11 - Este Regulamento entrará em vigor na data de sua aprovação pela AR. Atenciosamente, Dr. Ismar Lima Cavalcanti Dir. do Depto. Científico da SBA Revalidação do título de especialista Quando a SBA estará aceitando revalidação dos títulos e quais os critérios? SBA responde: Em resposta ao seu questionamento referente à revalidação do Título de Especialista e Área de Atuação temos a informar que: 1- o Conselho Federal de Medicina está finalizando as normas para a revalidação cujos critérios estiveram em consulta pública durante o mês de abril; 2- A SBA, em cumprimento à Resolução CFM 1.755/04, iniciará o processo de revalidação assim que aquele órgão publicar oficialmente as referidas normas. Atenciosamente, Dr. Ismar Lima Cavalcanti Dir. do Depto. Científico da SBA Regionais Sociedade Brasileira de Anestesiologia NOVA REGIONAL Sociedade de Anestesiologia do Estado do Amapá End: Av. Presidente Getúlio Vargas, 2622 - Bairro Central - Cep: 68900-070 Tel.: (96) - 222-0779 Fax: (96) - 222-0779 - e-mail: [email protected] Presidente: Dr. Jocy Furtado de Oliveira Vice-Presidente: Dra. Denise Nazaré Freitas de Carvalho Primeiro Secretário: Dra. Rosália Maria de Freitas Figueira Segundo Secretário: Dr. Alberto bezerra Pacheco Primeiro Tesoureiro: Dra. Nádia Silene Lisboa Diretor Científico: Dr. João Henrique Souza Dias Nova Diretoria SAEMS Biênio 2005/2006 Presidente: Dr. Armando Vieira de Almeida Vice-Presidente: Dr. João Maximiano Pierim de Barros Secretário: Dr. Marcelo Pedra Tognini Tesoureiro: Dr. Roberto Masakazu Miiji Diretor Científico: Dr. Jorge Judi Hirokawa Nova Diretoria COOPANEST-GO Biênio 2005/2007 Presidente: Dr. Umberto de Sá Cavalcante Vice-Presidente: Dr. Antônio Leonardo da Silva Secretário-Tesoureiro: Dr. Regis Silva Manata Nova Diretoria COOPANEST-PR Biênio 2005/2007 Diretor Presidente Dr. Roberto Bastos da Serra Freire Diretora Secretária Dra. Maria Aparecida de Almeida Tanaka Diretor Financeiro Dr. Eduardo Ferreira de Oliveira Filho Diretor Vice-Financeiro Dr. Rohnelt Machado de Oliveira Diretor Vice-Secretário Dr. Fábio Maurício Topolski Nova Diretoria SAETO Biênio 2005/2006 Presidente: Dra. Ruth Rosemberg Kittman Vice-Presidente: Dr. Flávio Rogério Nader Ferreira Primeiro Secretário: Dra. Patrícia Crisanto Guedes Silva Segundo Secretário: Dr. João Veloso Dias Primeiro Tesoureiro: Dra. Marta Elizabete da Silva Segundo Tesoureiro: Dr. Jânio de Oliveira Neves Diretor Científico: Dr. Merves Rodrigues da Silveira Nova Diretoria COOPANEST-PA Biênio 2005/2007 Diretor Presidente Dr. Aldemar Lobato da Silva Diretor Superintendente Dr. Francisco Juarez Filho Diretor Financeiro Dra. Maria do Livramento B.Castro Nova Diretoria COOPANEST-PB Biênio 2005/2006 Presidente: Dr. André Pacelli Bezerra Viana Secretário Geral: Dr. Ronivaldo de Oliveira Barros Tesoureiro: Dra. Maria de Fátima de Oliveira Santos Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 11 Divulgação Sociedade Brasileira de Anestesiologia Os Anestesiologistas e a implantação da CBHPM A pós mais de um ano do início das ações para implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), concluímos que muitos avanços ocorreram porém, muito ainda temos a conquistar. Poderíamos iniciar a análise dividindo as operadoras de planos de saúde em quatro grandes grupos: Sistema Unimed, Fenaseg, Abramge e Unidas. A Unimed do Brasil assumiu o compromisso de adoção da CBHPM no início deste ano. Atualmente, a CBHPM é a tabela referencial no intercâmbio nacional, utilizando redutor de 20% para os honorários médicos. Vale ressaltar que a orientação de sua diretoria é no sentido de adoção apenas nos procedimentos que constam do rol de procedimentos aprovado pela ANS(Agência Nacional de Saúde Suplementar). A alegação para tal fato prende-se na impossibilidade do sistema absorver o impacto da incorporação de novos procedimentos sem a liberação, por parte da ANS, de repasse dos custos para os usuários. Quanto às singulares, algumas Unimeds já adotaram a CBHPM, mas o processo é lento e vem dependendo da ação dos Cooperados em favor da nova tabela. Podemos citar alguns exemplos de singulares que já remuneram os anestesiologistas através da CBHPM, conforme comunicação de algumas Coopanests em março de 2005: Feira de Santana, Itabuna, Salvador, Sudoeste(BA), São Luís(MA), Belém(PA) e Palmas (TO), além de Joinville e Florianópolis(SC), Caxias do Sul (RS). Vale salientar que tem sido prática comum em muitas singulares a remuneração da consulta de maneira diferenciada. Devemos estar atentos e não aceitarmos esta diferenciação. A CBHPM foi elaborada com o princípio da hierarquização. Todos os procedimentos foram analisados comparativamente. Portanto, existe uma correspondência entre o valor da consulta médica e os portes anestésicos e cirúrgicos, não sendo justos descontos diferenciados. Qualquer gasto a mais com honorários refletirá em diminuição da distribuição de sobras entre os seus cooperados, ou pró-rata maior quando de resultados negativos. Quanto à FENASEG(Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização), existe acordo para remuneração com valores dos portes dentro da banda da CBHPM com algumas Coopanests e o Saúde Bradesco e Sulamérica. O Saúde Bradesco adotou em sua tabela, os portes anestésicos por procedimentos, idênticos aos da CBHPM. No âmbito da ABRAMGE(Associação Brasileira de Medicina de Grupo), acordos estão sendo realizados para implantação da CBHPM em diversos estados bra- Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 12 sileiros. Segundo a AMB(Associação Médica Brasileira), em 26 de abril de 2005 existiam 93 acordos em 18 estados brasileiros. Dados obtidos com as Coopanests mostram grande variabilidade de acordos, com valores dentro da banda de menos 20% até mais 20%. Quanto à Unidas(União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), vale destacar ter sido o primeiro grande grupo a reconhecer a CBHPM como parâmetro ético de remuneração médica. Em 26 de abril de 2005, segundo a AMB, 20 estados já haviam adotado a CBHPM junto à Unidas. No âmbito das Coopanests a situação é semelhante. Infelizmente a direção nacional da Unidas vem criando dificuldades para o cumprimento das instruções gerais e específicas da anestesiologia. Dois pontos estão sendo alvo de questionamentos: pagamento de adicional de 50% para os procedimentos vídeo-assistidos e remuneração em dobro para procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos realizados em pacientes com direito à internação em aposentos superiores. A SBA já manifestou junto à AMB seu repúdio à decisão unilateral da Unidas Nacional a qual, em ofício nº 05/2005 de 17 de janeiro de 2005 afirma não acatar a instrução geral nº 3.2 e o respectivo item 11 das instruções específicas da anestesiologia(vídeo-assistida) bem como o item 14 das instruções específicas da anestesiologia (pagamento em dobro). Aproveitamos a oportunidade para reafirmar que nenhuma alteração na CBHPM foi ou será realizada sem o consentimento da SBA. As Coopanests não devem aceitar glosas que porventura sejam realizadas por conta desta orientação da Unidas Nacional. A CBHPM ainda em vigor é a edição de 2004. Finalmente, como resultado da grande luta das entidades médicas, o projeto de lei 3.466 de 2004, do Deputado Inocêncio de Oliveira, que adota a CBHPM como referencial para estabelecimento dos honorários médicos no sistema de saúde suplementar, encontra-se em fase final para aprovação pela Câmara dos Deputados. Após passagem por diversas Comissões, em 26 de abril de 2005 foi divulgado o substitutivo final do referido projeto. Estamos todos no aguardo de sua apreciação e aprovação. A implantação da CBHPM já é uma realidade para muitos. Temos convicção que a nossa união, através da SBA e suas Regionais junto à FEBRACAN e suas Coopanests, está permitindo que tenhamos um avanço nas relações com as operadoras de planos e seguros privados de saúde. Rio de Janeiro, 1º de maio de 2005. Jurandir Coan Turazzi Diretor do Departamento de Defesa Profissional da SBA Consulte o substitutivo ao Projeto de Lei no 3466/2004 através do Portal da SBA http://www.sba.com.br Novos Membros REMIDO ATIVO João Bosco do Amaral Soares Júnior MG PR Alcides de Paula Braga Filho RJ Adilson Gil de Oliveira Filho SP João Paulo de Barros Bley Aluizio Cordeiro da Silva RJ Alessandro Luiz Passos Machado SE João Ricardo Floresi SP Cicero Alves da Silva DF Alexander Cabral RJ Karinny Shintani MG Clicio de Oliveira Costa BA Alexandre Benini Antunes PR Kátia Simone Corrêa da Silva RS Cyro Pizzato RS Alexandre Casanova de Oliveira SP Laurita Velasques Perez SP Fernando Sampaio de Souza SP Alexandre Silva Pinto MG Leandro Nasciutti Curado SP Icaro Roldão Chaves de Barros RJ Aline Maino Leonardo Betiol Petri SP João Lopes Vieira SP André Vilela Brostel MG GO SP PR Joshihal Watanabe Antônio Estefani Neto Leonardo Rispoli de Araújo SP SP SP Antônio José Mariotoni Bronzatto Letícia Bernal Ribeiro Sorna Kamequiti Uehara BA RS RJ Leopoldo Alves Ribeiro Arion Salgado da Fontoura Letícia Bôa-Hora Rodrigues Artur Rogério Batistella SP Luciano de Oliveira Correia RJ Carlos Augusto dos Santos Borges SP Carolina Halfeld Clark dos Reis MG Cheila Mayorca de Faria RS Claiton Pires de Oliveira BA Cláudio Sahagoff Abrahão DF Dilermando Chaves Del Guerra SP Domingos Julio Peternelli MG Edson Wander Xavier da Rocha PR Eduardo Becker Martins Vieira MG Manuel Gomes Neves RJ Maria Auxiliadora M.V.da Rocha PE Marico Sato Costa Pereira SP Maurício Aliman RJ Maurílio Brigatto MG Otávio Damázio Filho PE Raul Cavalcanti Guimaraes PE Sebastião Lino de Azambuja Santos RS Silvio Xavier PR Vera Irene Lavandeira G.Decker SP Waltenio Vieira Diniz AM Wesley Mauler GO ADJUNTO Alberto Mouzinho Nunes Soares CE Alfredo Elias atrício Neto SP Ana Cristina Gomes Picavêa Marteloti PR Edval Albuquerque Gouveia CE Elizete Aparecida Sfredo dos S.e Reis MG Jarbas da Silva Barbosa AP Judas Tadeu de Freitas Gadelha PB Judas Tadeu de Freitas Gadelha PB Maria das Graças de Almeida Lima PB Maria Leomar Macêdo CE ASPIRANTE RJ Eliane Martins Verçosa RJ Etaine dos Santos Roxo RJ Eva Herminia Quiroga Lazarte SP Fabiano Robert Neves da Cruz MG Fabiano Souza Araújo MG Fábio dos Santos Barbosa RJ Fábio Sant Ana Cardoso SP Fabrício Carvalho de Rezende MG Felipe Rech Borges RS Fernanda Septímio Lanza SP Fernando Luiz Platzer do Amaral SP Fernando Martinez Sanchez SP Filipe Sant Anna dos Santos RS Franciele Wobido RS Francisco Alvim Leite Lopes RJ Luis Henrique Cangiani SP Luís Roberto Silvestrini SP Luz Mirian Tambo Rosas SP Marcelo Ferreira Vicentini SP Marcelo Marcuzzo RS Marcelo Toshio Kinsui SP Marcia Ramos Figueiredo Zambrotti Pinto RJ Márcio Alencar de Sousa MT Marcio Hyeda PR Marcos Monteiro Moretto SP Maria Tereza Pereira de Moraes AL Mariana Rotta Medeiros SP Melissa Horta Piva SP Melissa Spena Stueber PR Miguel Salomão Ramos SP Natercia Ferreira Seixas SP Ney Fuhrmann Leal RS Oscar Vilmar Schulz Junior PR Oswaldo Henrique Pimentel Rezende RJ Petronila Luzgarda Bautista Valero Cueto SP Rafael Augusto Celli PR Rafael Gabardo Ritter RS Rafael Hannickel Souza SP Rafael Pinto Peixoto RJ Reidinel Pires Chiabai SP SP Francisco Maranhão Japiassú Neto SP George Alexandre Silva Muniz PR Renata Assef Delorenzo Barreto Armando Novais Neto RJ Giovanna Salviati PR Roberta Callé SP Flávia Cassiano Fraga RJ Gustavo André Viel SP Roberta Teixeira Leite BA Guilherme Passebon Soares RJ Gustavo Nadal Uliana PR Roberto Bianchi Neto MS Monique Villa Real Ayala RJ Gustavo Tadashi Moro SP Roberto de Aquino Lopes Jr. SP Raquel Cristina Bernardo RJ Hussein Fayez Mohanna PR Roberto Tolomei RJ Roberta Costa Marques Cosenza RJ Ítalo Leandro Bigonha SP Rosana de Lima Oliveira PR Rodrigo Gaspar Ribeiro RJ Ivens Marcos Silva MT Tatiana Agnes Picin SP Rodrigo Lopes Fagundes RJ Jamile Vicente Guimarães BA Thais Martins Costa RJ MT Janaina Alice dos Santos da Silva RJ Veridiana Fernandes de Araújo Osório SP RJ Jésus Fernandes da Costa Júnior SP Vicente Vieira Damiani RS Rubens Jardin Nochi Junior Tatiana Souza do Nascimento Anestesia Anestesia em em revista revista -- março/abril, março/abril, 2005 - 13 Resolução CFM Médicos devem revalidar título de especialista Exigências entra em vigor a partir de abril de 2005 O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou, na sessão plenária do dia 11 de novembro, a Resolução n o 1.755/04, que institui a revalidação dos títulos de especialistas e de áreas de atuação e cria a Comissão Nacional de Acreditação (CNA) para elaborar normas e regulamentos pertinentes a esta área e coordenar a emissão dos certificados de revalidação. Como justificativa a resolução ressalta que é dever do médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente; que o contínuo desenvolvimento profissional do médico faz-se necessário em função do rápido aporte e incorporação de novos conhecimentos científicos atualizados é indispensável para o adequado exercício da medicina. A revalidação de títulos de especialistas e de áreas de atuação, concedidos de acordo com a legislação pertinente, terá inicio em 2 de abril de 2005 e a revalidação concedida terá validade pelo período de cinco anos. Todos os médicos deverão fazer a revalidação sendo que cada especialidade deverá definir os critérios exigidos, como cursos, publicação de artigos e congressos sempre ligados à especialidade em que se deseja a revalidação. Comissão Nacional de Acreditação A comissão deverá elaborar as normas e regulamentos para a revalidação dos títulos e outras questões. A emissão do certificado de revalidação, de acordo com as normas e regulamentos emanados da CNA, também será feita pela comissão. A Comissão Nacional de Acreditação será composta por um membro da diretoria do CFM, um membro da diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB) e dois delegados de cada um destes órgãos, a serem indicados pelas respectivas diretorias. A certificação garante a educação médica continuada como forma de atualização técnica. O principal é fazer com que todos os médicos do país tenham condições de se manter atua- O vice-presidente do CFM, Antônio Pinheiro, foi o relator da Resolução no 1.755/04 lizados. Caso não possam ir a um congresso, que possam então estudar pela internet, enfatiza Antônio Pinheiro, relator da resolução. O médico que não fizer a revalidação terá o seu título desconsiderado, o que poderá acarretar a negativa dos convênios e a proibição de divulgação do título, mesmo que possa continuar atuando em todas as áreas da medicina. Resolução CFM no 1.755/04 Institui a revalidação dos títulos de especialistas e de áreas de atuação e cria a Comissão Nacional de Acreditação para elaborar normas e regulamentos para este fim, além de coordenar a emissão dos Certificados de Revalidação. O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições que lhe confere a Lei no 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto no 44.045 de 19 de julho de 1958, e CONSIDERANDO que cabe ao Conselho Federal de Medicina a normatização e fiscalização do exercício da Medicina: CONSIDERANDO que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefícios da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. CONSIDERANDO que é dever do médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em beneficio do paciente: Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 14 CONSIDERANDO que a aquisição de conhecimentos científicos atualizados é indispensável para o adequado exercício da Medicina: CONSIDERANDO que o contínuo desenvolvimento profissional do médico faz-se necessário em função do rápido aporte e incorporação de novos conhecimentos na prática médica: CONSIDERANDO que os Programas de Educação Médica Continuada são, mundialmente, praticas obrigatórias para a atualização do profissional em busca da manutenção de suas competências científicas, com vistas ao melhor exercício da Medicina em suas especialidades e áreas de atuação: CONSIDERANDO, finalmente, o decidido em sessão plenária do dia 11 de novembro de 2004. Resolve: Art. 1 Instituir a revalidação de títulos de especialistas e de áreas de atuação para todos os médicos portadores destes títulos, concedidos no país de acordo com a legislação pertinente. § 1o O processo de revalidação terá início em 2 de abril de 2005. § 2o A revalidação concedida terá a validade de 5 (cinco) anos. § 3 o Os portadores dos referidos títulos e certificados terão o prazo de até (cinco) anos para submetê-los ao processo de revalidação, sob pena de seu não reconhecimento. Art. 2o Cria-se a Comissão Nacional de Acreditação (CNA), composta por um membro da diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM) um mem- bro da diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB) e dois delegados de cada um destes órgãos, a serem indicados pelas respectivas diretorias com a competência de: I - Elaborar as normas e regulamentos para a revalidação dos títulos e outras questões referentes ao tema: II - Emitir o Certificado de Revalidação de acordo com suas normas e regulamentos. Art. 3o Os títulos de especialistas da AMB e/ou registros de especialidade do CFM, além dos títulos de áreas de atuação concedidos, terão a validade de 5 (cinco) anos, contados a partir da data de sua emissão, ficando então sujeitos ao instituto da revalidação previsto nesta resolução. Art. 4o Revogam-se as disposições em contrário. Art. 5o Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, DF 11 de novembro de 2004 Edson de Oliveira Andrade Presidente Livia Barros Garção Secretária-Geral Extraído do jornal Medicina CFM - Ano XX nº 152 - Dezembro/2004 - Janeiro/2005 Decisão do CFM Gostaria de saber com base no Jornal do CFM, que normatiza a necessidade de revalidação do Título de Especialista á partir de Abril de 2005, como este processo será realizado pela SBA. Grato. Prezado Colega, Em resposta ao seu questionamento, segue cópia do pronunciamento da Presidente da Comissão de Educação Continuada da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Sem mais para o momento, renovamos protestos de estima e consideração. Atenciosamente, Dr. Ismar Lima Cavalcanti Dir.Dept.Científico da SBA Parecer da CEC Parecer da Comisão de Educação Continuada. A Sociedade Brasileira de Anes- tesiologia durante o último Congresso, em Curitiba, aprovou, durante a Assembléia de Representantes, a formação da Comissão de Educação Continuada; esta referida Comissão tem por finalidades: 1. Assessorar a Diretoria da SBA nas questões relacionadas à Educação Continuada dos membros ativos e adjuntos da SBA. 2. Criar programas de ensino para os médicos anestesiologistas. 3. Propor à Diretoria da SBA critérios para a revalidação do TEA, segundo as normas estabelecidas pela AMB e o CFM, bem como para a revalidação do TSA. 4. Criar a tabela de pontuação de critérios para a revalidação do TEA, segundo as normas estabelecidas pela AMB e o CFM, bem como para a revalidação do TSA, a ser aprovada pela AR. 5. Analisar os processos de revalidação, e propor a sua aprovação, ou não, à Diretoria da SBA. A CEC é constituida por três (03) membros ativos da SBA, portadores de TSA, eleitos pela AR, com mandato de três anos, renovandose um terço a cada ano. Como a CEC foi aprovada naquela AR de 2004, os seu três membros foram eleitos pelo Conselho Superior, devendo ser renomeados, ou não na AR de 2006, através de voto dos representantes. São membros da CEC atualmente: Nádia Duar te (PE), Airton Bagatini (RS) e Luiz Cesar Anzoategui (MS). Juntamente com a Diretoria Cientifica da SBA, esta comissão apresentará propostas à Diretoria, que deverão ser encaminhadas à AR de 2005, adequando a SBA a esta nova Resolução do CFM, a partir das normas e regulamentos elaboradas pela Comissão Nacional de Acreditação, criada pelo CFM nesta mesma Resolução no 1.755/04 de 11 de novembro de 2004. Sem mais para o momento, renovo votos de estima e considereação. Dra. Nádia Maria da C. Duarte Presidente da Comissão de Educação Continuada da SBA Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 15 Normas de Regulamentação para a Revalidação de Título de Especialista e Certificado de Área de Atuação Em decorrência do convênio celebrado entre a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) e visando estabelecer critérios para revalidação de Título de Especialista e Certificado de Área de Atuação, informamos a sistemática adotada neste processo. Introdução A necessidade de revalidação do Título de Especialista e do Certificado de Área de Atuação se impõe face à velocidade com que novos conhecimentos são incorporados à prática médica. O processo de revalidação tem como objetivo manter, por meio de educação continuada, a qualificação permanente dos especialistas, buscando sua valorização profissional e garantindo, aos pacientes, atendimento adequado. Princípios adotados A revalidação será baseada em sistema de créditos e deverá ser realizada a cada 5 anos, iniciando-se automaticamente após a emissão do Título de Especialista / Certificado de Área de Atuação. Deverão aderir ao processo da revalidação todos os portadores de Título de Especialista/Certificado de Área de Atuação, emitidos pela AMB e/ou CNRM e registrados pelo CFM. A Comissão Nacional de Acreditação AMB/CFM terá ação controladora no processo. Comissão Nacional de Acreditação (CNA) Do funcionamento, atribuições e composição. Art. 1º A CNA determinará as regras gerais de funcionamento do processo de acreditação, bem como a elaboração das normas e regulamentos para Revalidação de Títulos de Especialista e dos Certificados de Área de Atuação. Parágrafo 1º Determinará a proporcionalidade de eventos e atividades que somarão créditos. Parágrafo 2º Fará avaliação e autorização dos cursos e eventos submetidos para acreditação. Parágrafo 3º Emitirá parecer a ser enviado à comissão organizadora dos eventos submetidos à apreciação e não aprovados, sugerindo modificações e apontando os motivos que levaram à denegação. Parágrafo 4º Atribuições e detalhes de funcionamento da CNA constarão de regulamentação própria, à parte. Parágrafo 4º Fará auditoria dos cursos e eventos autorizados, garantindo a sua realização dentro do programa proposto. Art. 1º- A adesão das Sociedades ao processo de revalidação é obrigatória. Parágrafo 5º Controlará o processo de revalidação do candidato, mantendo a pontuação atualizada do mesmo, que estará disponível no site da CNA, podendo ser consultada mediante senha. Parágrafo 6º Caberá à AMB e às Sociedades de Especialidade a emissão dos Certificados de Revalidação de acordo com as normas e regulamentos emanados da CNA. Parágrafo 7º Esclarecerá eventuais dúvidas dentro deste processo. Art. 2º Será composta por 1 (um) membro da Diretoria da AMB - Associação Médica Brasileira, 1 (um) membro da Diretoria do CFM - Conselho Federal de Medicina - e 2 (dois) Delegados de cada um destes órgãos, a serem indicados pelas respectivas Diretorias. Parágrafo 1º Em caso de afastamento voluntário ou comparecimento inferior a 50% das reuniões em um ano, um novo membro será indicado pelo órgão que representa para complementação do mandato. Parágrafo 2º Esta comissão é permanente e a renovação de seus membros e delegados se dará a cada 3 anos, podendo haver uma recondução ao cargo. Parágrafo 3º A CNA será auxiliada nas suas funções por uma Câmara Técnica, constituída por um representante de cada Sociedade de Especialidade componente do Conselho Científico da AMB, reunindo-se quando convocada pela CNA. Anestesia em revista - março/abril, março/abril, 2005 2005 -- 16 16 Das Sociedades de Especialidade Parágrafo 1º As Sociedades de Especialidade que se encontrarem com o programa de revalidação em curso, terão que se adequar às normas vigentes, comuns a todas as Sociedades, a partir do início deste processo, de acordo com o Cronograma estabelecido pela CNA. Art. 2º- As Sociedades de Especialidade deverão facilitar o acesso de todos os médicos ao processo de revalidação, dentro do seu Programa de Educação Médica Continuada. Parágrafo 1º Deverão proporcionar um mínimo de 40 créditos por ano, sendo 50% deles em cada região geográfica e ou estado da Federação. Parágrafo 2º Um adicional mínimo de 10 créditos por ano deverá corresponder a atividades realizadas à distância. Art. 3º- As Sociedades de Especialidade deverão manter relação atualizada com o nome dos profissionais revalidados, que deverá ser disponibilizada na internet e divulgada em seus órgãos informativos. Art. 4º - Eventuais dúvidas deverão reportá-las à CNA para análise e deliberação final. Dos créditos Art. 1º- O sistema será baseado em créditos, no total de 100, a serem acumulados ao longo de 5 anos. Parágrafo 1º. Os créditos não serão cumulativos após o período de 5 anos. Parágrafo 2º. Caso não sejam acumulados 100 créditos no período de 5 anos, haverá a opção de prova para Revalidação do Título de Especialista. Parág rafo 3º. Após a primeira revalidação, automaticamente se iniciará novo processo. Art. 2º- Todas as atividades deverão ser encaminhadas à CNA para avaliação, que homologará o programa ou recomendará modificações antes da sua instalação. Parágrafo 1º. Caso haja necessidade a CNA recorrerá à Câmara Técnica, para avaliação dos programas. Parágrafo 2º. Cursos ou eventos não aprovados para pontuação, deverão receber parecer justificando a não aprovação. Caberá recurso à CNA neste caso para nova avaliação. Parágrafo 3º. A programação das atividades ou eventos deverá ser encaminhada à CNA para análise até 30 de Setembro, para atividades do ano seguinte e até 31 de Março para atividades do segundo semestre do mesmo ano. Parágrafo 4º. O encaminhamento deverá ser feito, por preenchimento de formulário específico para tal ou por internet. Parágrafo 5º. Congressos oficiais das Sociedades Nacionais, filiadas à AMB, não necessitam ser submetidos à avaliação e já têm pontuação previamente determinada, devendo apenas ser homologadas pela CNA. Parágrafo 6º. No programa do evento, deverá constar data, local, carga horária, professores convidados, se portadores de Título de Especialista ou não, entidade responsável pela organização e eventual patrocinador. Parágrafo 7º. Os certificados dos eventos somente poderão ser entregues aos participantes ao final dos mesmos. Parágrafo 8º. Eventos à distância serão considerados quando houver questionários de avaliação. Parágrafo 9º. A relação dos eventos autorizados a pontuar, após análise, estará disponível na internet, separados por Especialidade. Parágrafo 10º. Os organizadores dos cursos ou eventos estão obrigados a encaminhar à CNA, no prazo de 30 dias, após encerramento dos mesmos, a relação de participantes que tenham cumprido a carga horária mínima estabelecida. Caso isto não seja feito no prazo estipulado os créditos não serão computados ao Especialista, ficando sujeito à organização a punição pela CNA. Parágrafo 11º. Os organizadores dos cursos ou eventos devem manter registro dos participantes por um período não inferior a 5 anos, para eventuais consultas posteriores. Parágrafo 12º. Em caso de haver discordância considerada relevante entre as atividades programadas e as efetivamente realizadas, quando avaliada pela CNA, a pontuação não será considerada. Parágrafo 13º. As seguintes atividades, abaixo listadas, serão consideradas para pontuação. CRÉDITOS: 1 - Freqüência a congressos, jornadas e simpósios na especialidade: a) Congressos nacionais da especialidade - 20 pontos por evento. b) Congressos da especialidade no exterior - 20 pontos por evento. c) Congressos Regionais da Sociedade de Especialidade - 15 pontos por evento. d) Congressos relacionados à especialidade com apoio da Sociedade Nacional da Especialidade - 10 pontos por evento. e) Curso em congressos nacional e internacional - 5 pontos por evento. f) Jornadas, simpósios, promovidos ou apoiados pela Sociedade, somarão 0,5 pontos por hora de atividade com mínimo de 2 pontos e máximo de 10 pontos. 2 - Programa de educação à distância por ciclo a) A pontuação será concedida apenas a cursos que tenham avaliação de desempenho. b) A pontuação de cada curso dependerá de suas características e a avaliação será da CNA. c) A pontuação será baseada em hora/ aula, tomando-se como princípio 1 hora de atividade = 0,5 pontos. 3 - Publicação Científica: a) artigos originais em revistas indexadas no Index Medicus e/ou Lilacs - 20 pontos por artigo b) artigos de revisão em revistas indexadas - 15 pontos por artigo c) artigos originais em revistas não indexadas - 15 pontos por artigo d) artigos de revisão em revistas não indexadas - 10 pontos por artigo e) artigos de relato de caso - 5 pontos por artigo f) capítulo em livro nacional ou internacional - 10 pontos por capítulo g) edição completa de livro nacional ou internacional - 10 pontos por livro 4 - Participação como conferencista (mesaredonda, colóquios, simpósios, cursos, aulas, etc.) e apresentação de temas livres em Congressos. a) Eventos nacionais apoiados pela Sociedade de Especialidade - 5 pontos por participação b) Eventos internacionais - 5 pontos por participação c) Outros - 2 pontos por participação d) Apresentação de tema livre em Congresso - 2 pontos por tema livre apresentado como autor ou co-autor. 5 - Membro de banca examinadora, em residência médica, estágio, mestrado, doutorado, livre docência e professores titular: a) por participação - 5 pontos 6 - Títulos acadêmicos na Especialidade (a ser computado no ano da obtenção do título em questão): a) mestrado, ou doutorado e livre docência - 10 pontos. 7 - Coordenadores de programa de Residência Médica e Preceptor oficial de Programa de Residência Médica: a) por ano completado do programa- 10 pontos 8- Atividades de assessoria e consultoria (Ministério da Saúde, fontes financiadora, Câmara Técnicas, etc.). a) por assessoria - 5 pontos Observações: 1. 100% do total de créditos poderão ser obtidos com Congressos Nacionais (Parágrafo 14º - 1. a) e até 50% com programas de Educação à distância (Parágrafo 14º - 2). 2. A soma de todos os créditos dos itens 3 a 7 não poderá ultrapassar 50% do total. Do especialista Art. 1º A Sociedade se obriga, a encaminhar à CNA, a lista dos seus Especialistas que estará disponível na internet. Art. 2º Deverá encaminhar à CNA comprovantes (xerox) de suas participações e atividades para crédito dos pontos, excetuandose cursos e eventos credenciados pela CNA. Art. 3º Deverá manter os documentos comprobatórios originais de sua participação em eventos e realização de demais atividades que somam créditos e apresentálos quando requisitados. Gerais Art. 1º Os casos omissos serão resolvidos pela CNA. Anestesia Anestesia em em revista revista -- março/abril, março/abril, 2005 - 17 uma R Há três coisas que nunca voltam atrás: flecha lançada, palavra pronunciada e oportunidade perdida azão porque aproveito o connizado em cooperativas. Este esforço começar. Mas, não; estamos, certavite feito pelo Dr. Luiz Antofoi concretizado com o surgimento das mente começando. Pois não se trata nio Vane para escrever um Coopanest´s de Alagoas, Porto Alegre, do início e muito menos do fim. Nesta pouco sobre a minha passaSão Paulo e Santa Catarina, que nasoportunidade creio que chegamos aos gem pela FEBRACAN, que ceram não por uma decisão da nossos objetivos com o sentimento do agora já tem um novo Presidente para FEBRACAN, mas, sim, pelo sentimendever cumprido. Realmente, valendoconduzir o seu destino nestes próxito de necessidade das suas bases. nos de uma concepção estrita. Tratamos dois anos, o Dr. Regis Silva Manata Acredito que o cooperativismo sase do término de um processo. Outros da regional de Goiás eleito em Assemdio é aquele legal e ético, assim a virão. bléia por ocasião da ultima JONNA em melhor maneira de se dar oportuniEm verdade, uma simples gestão Pernambuco. dade e trabalho a todos, em um mernão possui o condão de transformar Quando assumi a presialgo que não criamos em dência da FEBRACAN, em um modelo perfeito. Fomos março de 2003, tinha como sim, o resultado de um prouma das metas da minha cesso contínuo de trabalho, gestão aumentar a aproxio qual foi iniciado muito mação entre a FEBRACAN antes das reais necessidae a SBA e em especial do des de hoje, no panorama Departamento de Defesa da saúde em nosso país. Profissional, pois os nossos Tive a oportunidade de ideais se confluem em busexperimentar alegrias, vitócar melhores condições de rias e realizações. Por outro trabalho, de remuneração lado, também senti o gosto digna e justa para o amargo das dificuldades e anestesiologista brasileiro. da premência do tempo. Nesta aproximação, pude Ao somatório das expeconviver mais intensamenriências vividas ao longo te, nos últimos anos, com dos caminhos que optamos o acolhimento encontrado em tomar, junta-se a influna gestão do Dr. Renato ência exercida pelas pessoDa esquerda para direita presidente eleito da FEBRACAN Castro que se consolidou as e colegas com as quais Dr. Regis Silva Manata e Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araújo, presidente 2003/2005 com a do Dr. Esaú Magaconvivemos. lhães; acredito que este reO sucesso vem em parlacionamento tenha atingido recentecado onde houver a competição pela tes, os planos futuros não podem dimimente a sua maturidade, pelo convíqualidade da atenção prestada aos nuir as barreiras ultrapassadas. Se houvio com que pude desfrutar no trabanossos pacientes e não pelo aviltamenveram momentos nos quais pensamos lho desenvolvido nesta ultima gestão to dos honorários. em desistir, muitas vezes, voltamos ao da SBA com o Dr. Jurandir Turazi. MiO ano que passou foi difícil, pelos trilho, pois o poder também implica em nha outra pretensão foi criar e desenembates com os nossos compradores responsabilidade e compromissos. volver um site para FEBRACAN, afim de serviços, em função da implantaDevemos nos comprometer de esde que as nossas federadas pudessem ção da CBHPM; a resistência encontar preparados para enfrentar a próficar mais per to das infor mações trada foi grande, mas lutar pelo ético xima etapa dos nossos sonhos: em um associativas e corporativas bem como é sempre gratificante. mundo capitalista eles custam dinheilinca-lo na pagina da SBA, o que foi Ao final de um período de trabaro, mas o dinheiro é muito pouco, e concluído com o apoio do Dr. Esaú lho costumamos conferir a cada etapa dele precisamos, por maior constranMagalhães. seguinte uma importância capaz de gimento que possa causar, ter dinheiDurante todo o nosso trabalho proenfatizar o significado dos passos que ro em um país de miseráveis. curamos incentivar e apoiar as iniciajá foram dados. Nos prendemos a protivas cooperativistas dos demais Esjeções futuras, permitindo que se insCarlos Eduardo Araújo Presidente da FEBRACAN 2003/2005 tados, que ainda não haviam se orgataure a crença que algo novo está por Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 18 Diplomas cubanos não terão validação automática, afirma Tarso Genro O ministro da Educação, Tarso Genro, negou a possibilidade de validação automática dos diplomas de Medicina expedidos em Cuba para estudantes brasileiros. Ele anunciou que o ministério estuda regras de aplicação universal para reconhecimento dos diplomas universitários de todos os brasileiros que se formaram em qualquer país do mundo. - Não haverá privilégios nem tratamento especial para diplomas expedidos em Cuba. Entendo a pressão social que esses estudantes exercem, em face de seu grande número, são 600 no presente momento. Mas seria um arbítrio singularizar um país, e isso não vamos fazer - garantiu. Em audiência pública realizada na Comissão de Educação (CE) do Senado, Tarso Genro explicou que o conjunto de normas não poderá ferir a autonomia das universidades. Além disso, observou, precisará promover uma comparação dos currículos entre as instituições de ensino estrangeiras e as brasileiras, bem como in- Encontro Marcado Roberto Freire Cidade Aflita Você já viu gente com frio, mas com frio irremediável, sem agasalho, sem cobertor, sem teto? Você já falou com gente sentindo fome, mas fome antiga, sem esperança de comida e sem dinheiro para a esperança? Você já encontrou gente cansada, mas cansada de não poder parar de se cansar e sem possibilidade de repouso no trabalho forçado e nas distâncias sem condução ou sem itinerário? Você já acompanhou doente sem cura, mas de moléstia evitável, se todos os homens tivessem as mesmas possibilidades de higiene, dieta e cuidados sociais? Você já foi ao enterro de parente, amigo ou desconhecido, que morreu antes do tempo, sem querer, por querer, mas que nem adiantava continuar vivendo daquele jeito abandonado, humilhado e sem futuro? Você já brincou com as crianças de uma região onde menos da metade chega os vinte anos e, sabendo disso, agüentou o sorriso e alegria delas? Você já se esteve perto de um homem que apanha na cara, amarrado, seguro, impedido de revidar, só porque tem vício da liberdade e a tara de proclamá-la? Você já se sentiu traído, negado, acusado, caluniado pela mulher, pelos filhos, pelos pais, pelos irmãos, apenas porque não trai, não nega, não acusa, não calunia os seus irmãos não de sangue, mas de ideal e de fé? Você já assistiu queima de jornais, retratos, livros e de gente em praça pública, quando o ódio gera o mate! em lugar do compre! na publicidade orientada pelo lucro e poderes imorais? Você, se já viu, sentou ou participou de tudo isso, você não quer ter a coragem de confessar a sua vergonha de consentir voluntariamente e a sua covardia de conivente omisso? Ou você prefere acabar com essas coisas de uma vez? Neste caso, muito prazer. Há milhares por aí nos esperado. Num encontro marcado pela História. cluir provas escritas e orais dos formandos, antes que se conceda a validação dos diplomas. Para o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), seria um privilégio inaceitável promover a validação automática dos diplomas expedidos em Cuba, além de ferir a autonomia das universidades e contrariar as exigências da Lei de Diretrizes e Bases. Ele disse ter lido, na imprensa, muitas notícias afirmando isso. O ministro respondeu ter negado essa intenção em várias ocasiões e lamentou que suas declarações não tivessem tido a mesma repercussão das notícias equivocadas. O presidente da comissão, senador Hélio Costa (PMDB-MG), quis saber o motivo pelo qual há tantos estudantes brasileiros em Cuba, notadamente de Medicina. O ministro respondeu que Cuba oferece um número significativamente maior de vagas e bolsas para estudantes em suas universidades, em comparação aos demais países. Fonte: Agência Senado Foto: José Cruz / Agência Senado Publicada no Jornal do CRM-PR Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 19 52º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA Cursos Pré-Congresso A - SAVA SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM ANESTESIOLOGIA VAGAS: 30 DATA: 10 e 11 de novembro de 2005 VALOR: R$ 420,00 PRÉ-REQUISITO: membro da SBA e inscrição prévia no 52º CBA na ordem cronológica de inscrição. B - VENTILAÇÃO MECÂNICA NA PRÁTICA CLÍNICA VAGAS: 40 DATA: 12 de novembro de 2005 VALOR: R$ 100,00 PRÉ-REQUISITO: médicos e ordem de inscrição DINÂMICA: laboratório para ensino prático dos modos ventilatórios. C - MONITORIZAÇÃO INVASIVA E NÃO INVASIVA VAGAS: 40 DATA: 12 de novembro de 2005 VALOR: livre PRÉ-REQUISITO: inscrição prévia no 52º CBA e ordem de inscrição DINÂMICA: aplicação clínica e avaliação dos estados hemodinâmicos D - AULA PRÁTICA EM CADÁVER BLOQUEIOS NO NEUROEIXO BLOQUEIOS PARA OS NERVOS DA FACE BLOQUEIOS EM OFTALMOLOGIA BLOQUEIOS PARA DOR CRÔNICA DATA: 12 de novembro de 2005 MANHÃ: VAGAS: 40 TARDE: VAGAS: 40 VALOR: livre PRÉ-REQUISITO: inscrição prévia no 52º CBA e ordem de inscrição DINÂMICA: reconhecimento das estruturas anatômicas e suas aplicações na realização dos bloqueios E - ACLS - SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA VAGAS: 2 cursos - 28 vagas cada DATA: 11 e 12 de novembro de 2005 SÓCIO DA SBA: R$ 550,00 NÃO SÓCIO: R$ 650,00 PRÉ-REQUISITO: médicos e ordem de inscrição DINÂMICA: atualização e aprimoramento em situações especiais F - BLS HEALTHCARE PROVIDER VAGAS: 2 cursos 56 vagas DATA: 12 de novembro de 2005 SÓCIO DA SBA: R$ 200,00 NÃO SÓCIO: R$ 280,00 PRÉ-REQUISITO: médicos e paramédicos e ordem de inscrição DINÂMICA: atualização e aprimoramento em situações especiais G - BRAIN ATTACK VAGAS:150 DATA: 12 de novembro de 2005 SÓCIOS DA SBA: R$ 50,00 NÃO SÓCIOS: R$ 100,00 PRÉ-REQUISITO: médicos e ordem de inscrição DINÂMICA: atualização e aprimoramento em situações especiais no sistema nervoso H - PRONECT- EDUCAÇÃO EM TROMBÓLISE VAGAS: 100 DATA: 12 de novembro de 2005 SÓCIOS DA SBA: livre NÃO SÓCIOS: R$ 50,00 PRÉ-REQUISITO: médicos em ordem de inscrição DINÂMICA: atualização e aprimoramento em situações especiais I - TREINAMENTO DE RESSUSCITAÇÃO EM MASSA PARA POPULAÇÃO VAGAS: ilimitadas DATA: 12 de novembro de 2005 VALOR: R$ 10,00 PRÉ-REQUISITO: livre DINÂMICA: conscientização da população para os primeiros atendimentos em ressuscitação. 52º Congresso Brasileiro de Anestesiologia 2º CONGRESSO DE DOR DA SBA 1º CONGRESSO DE RESSUSCITAÇÃO E REANIMAÇÃO DA SBA X FÓRUM LATINO AMERICADO DE RESSUSCITAÇÃO AUDITÓRIO RIO VERMELHO TEMAS: Ressuscitação cardiopulmonar no Brasil e no mundo. Passado - Presente - Futuro. Visão atual do trauma. Mudou alguma coisa? Implicações da anestesia na morbi-mortalidade perioperatória. Anestesia para cirurgia plástica. É possível diminuir as armadilhas e os erros? Novas condutas na pré-eclampsia e eclampsia. Cefáleia pós punção em obstetrícia. Velhos problemas - Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 20 novas soluções. Atualização terapêutica em anestesia para cesariana; Hipotensão arterial Atonia uterina Reações adversas medicamentosas Insuficiência respiratória aguda. Profilaxia das pneumonias nosocomiais e anestesia. Situações pulmonares especiais e anestesia; Hiperreatividade brônquica Ventilação espontânea Fármaco economia dos colóides em pacientes cirúrgicos. Anestesia e analgesia peridural torácica. Paciente com elevado risco de anafilaxia. Posicionamento per- operatório. Tremores e hipotermia.Tratamento clínico e farmacológico. Prevenção de náuseas e vômitos. Análise multifatorial. Gestante obesa mórbida. Fármacos utilizados com segurança durante o aleitamento materno. TELECONFERÊNCIA PRÁTICA Anestesia regional: demonstração em cadáver e in vivo. Debate on-line COMPREENDENDO OS MISTÉRIOS DO ELETROCARDIOGRAMA Prof. Enéas Carneiro (SP) Dia: 16 de novembro de 2005 Hora: 08:00 - 11:30h Duração: 03 horas e 30 min AUDITÓRIO RIO ARAGUAIA TEMAS: Alterações fisiopatológicas em cirurgia cardíaca. Tratamento clínico das arritmias cardíacas. Atuando com uma prática de excelência em anestesia pediátrica. Como sedar o paciente pediátrico em ventilação mecânica. Proteção Cerebral: o bom, o superado,o talvez. Simulação de uma denúncia médica para o Conselho Regional de Medicina. Do protocolo a sentença final. Domingo da raquianestesia e peridural Tabus e preconceitos. O que poderemos esperar de novidades em anestésicos locais para a raquianestesia. Fisiologia da raquianestesia. Como e quando poderemos usar a raquianestesia multi- modal. Visão anatômica e radiológica da coluna vertebral aplicada na anestesia peridural Aspectos fisiológicos inerentes da anestesia e analgesia peridural. O essencial na anestesia peridural. Anestesia para cirurgia de carótida. Uso não convencional de máscara laríngea. Quimioterapia e radioterapia: interações na prática anestésica. Anestesia para o paciente queimado. AUDITÓRIO PEDRAS DE PARAÚNA CONGRESSO DE DOR A genética da dor. Perspectivas no tratamento da dor no Brasil. Semiologia da dor. Indicações de técnicas anestésicas e farmacológicas na dor O tratamento inadequado da dor aguda leva a dor crônica? O tratamento da dor sob a visão do Ministério da Saúde. Remuneração para o tratamento da dor. Tratamento da dor em situações especiais A dor no atendimento emergencial pré - hospitalar. Oficina de trabalho em dor. Neurólise por fenol no tratamento da dor crônica não cancerosa: reabilitação de uma técnica antiga. Dor crônica e manifestações psicossomáticas: o que vem primeiro o ovo ou a galinha? AUDITÓRIO PARQUE DAS EMAS TEMAS: Prática da anestesia fora do centro cirúrgico. Avaliação e preparo pré e pósanestésico. Anestesia para cirurgias laparoscópicas. Diferencial dos gases usados na laparoscopia. Desafios da cirurgia laparoscópica pediátrica. Técnicas para manutenção peroperatória da temperatura nas cirurgias laparoscópicas. O uso de beta bloqueadores no peroperatório. Fármacos do sistema renina angiotensina e anestesia. Nitratos orgânicos e cardiotônicos. Revisão. Bloqueadores neuromusculares. Uso de bloqueadores neuromusculares em terapia intensiva. Anestésicos locais. Distúrbios do comportamento no per- operatório Retardo no despertar Memorização intra-operatória. Isso não pode acontecer? Percebi tudo durante a anestesia. Técnica ou tática para este problema Sono e anestesia. Material específico em cirurgia do obeso mórbido. Monitorização mínima e complexa em anestesia para obesidade mórbida. Jejum e cuidados de anestesia em pacientes pós-cirurgia bariátrica. Alterações orgânicas pós-cirurgias bariátricas. AUDITÓRIO LAGO AZUL TEMAS: BLS-I Tema: Inovações para o primeiro atendimento: Chamar rápido. Checar pulso : sim ou não ? Manobras de ressuscitação Ressuscitação sem ventilação? BLS - 2 Ressuscitação cardiopulmonar(RCP) em situações especiais: RCP em aeronaves. RCP em gravidade zero. RCP em catastrofes/guerras. RCP após acidentes com raio/ choque BLS - 3 Acesso público á desfibrilação. Qual o melhor tipo de desfibrilador? Existem diferenças entre os novos desfibriladores bifásicos? Acesso público - Experiência clínica de sucesso. DEA em hospitais. A importância de uma legislação. SESSÕES ESPECIAIS Trombolítico na parada cardiorespiratória. Educação em emergência cardiovascular - Melhorando sua metodologia em cursos básicos e avançado. Hipotermia leve á moderada uma realidade, uma necessidade. Linha Direta Mostrando o que será as novas diretrizes - Adulto e Pediátrico. Básico Avançado SCA (Síndrome Coronariana Aguda) Primeiros socorros Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 21 ACLS - I Farmacoterapia em ressuscitação - As grandes mudanças. Adrenalina ou vasopressina? Adrenalina e Vasopressina? Coquetéis. Amiodarona. Seu papel após os grandes estudos. Disfunção de VE pós RCPmanuseio. Reanimação cerebral. ACLS - II Síndrome coronariana aguda (SCA) no pré-hospitalar á sala de emergência. Trombolitico no pré - hospitalar. Brain attack. Trombólise vs ATC primária, afinal quando dar preferência Novidades na terapêutica adjuvante: o que fica e o que teremos. (estatinas? antibióticos?) ACLS - III A Ressuscitação / reanimação e o anestesiologista. Suporte básico. Suporte avançado de vida no préanestésico. Suporte avançado de vida durante o ato anestésico. Atualização de emergência para o anestesiologista. ACLS - IV Emergência no âmbito hospitalar. O código azul. Registro da RCP intra -hospitalar. O carinho de emergência x aparelho de anestesia. Legislação e ética em emergência. (Aspecto Legal) O novo em: BLS, ACLS e PALS Choque séptico. Fisiopatologia :aspectos recentes. Classificação e diagnóstico hemodinâmico Avanços no tratamento na sepse. Early Goal: reposição volêmica sintética precoce no choque hipovolêmico. Quando indicar monitorização hemodinâmica em terapia Intensiva - Evolução histórica. Métodos de avaliação hemodinâmica baseados em evidências e consensos. Ventilação integrada. Ventilação terapêutica na SARA. Recrutamento alveolar com equipamentos simples e aprimoramento de suas indicações? Monitorização metabólica: pH arterial, lactato e CO2 arterial. Novas diretrizes de condutas em pacientes graves: Proteção gástrica Profilaxia da IRA Distúrbios da coagulação em terapia intensiva. Diagnóstico e tratamento. Necessidade e implicações da neuromonitorização invasiva em UTI. Diagnóstico e tratamento do AVCI. Perspectivas futuras. Heparinas de baixo peso molecular. Diferenciais em UTI. Trauma Transporte do paciente crítico pré e intra-hospitalar. Acidentes com animais peçonhentos Tromboembolismo pulmonar. Métodos diagnósticos e tratamento AUDITÓRIO ÁGUAS QUENTES TEMAS: Trabalhando em salas cirúrgicas do futuro. Informática na sala cirúrgica. Uso de celulares: aspectos técnicos e legais. Documentação fotográfica do procedimento anestésico cirúrgico. O stress profissional. Profilaxia de infecções em ato cirúrgico. A importância do anestesiologista. Baixo fluxo em anestesia. Anestesia e doenças préexistentes. Sala de recuperação pósanestésica. Anestesia no paciente geriátrico. O que é patológico? O que é fisiológico? Desconfio que meu amigo anestesiologista é um droga adicto. Aprimorando a anestesia para o plexo braquia.l Técnica guiada por imagem. É assim o futuro. Técnica com estimulador x técnica com parestesia. Via infraclavicular e posterior. Técnica e indicações. Anestesia em revista - março/abril, março/abril, 2005 2005 -- 22 22 OFICINA DE VIA ÁEREA Dia 13 de novembro de 2005 Hora: 08:30 - 12:00h Vagas: 100 Pré-requisito: inscrição prévia e ordem de inscrição AUDITÓRIO LAGO DOS TIGRES OFICINA DE HEMOSTASIA Dia: 13 de novembro de 2005 Vagas: 80 vagas Hora: 08:30 - 12:00h Pré-Requisito: inscrição prévia e ordem de inscrição Dinâmica: será montado um laboratório para análise dos hemoderivados e provas de hemostasia. TEMAS: O hemograma: limites para a vida. Crença religiosa x ética médica. Aspectos jurídicos x ética médica. Fisiologia moderna aplicada na prática anestésica. Anestesia em oftalmologia. Anestesia tópica veio para ficar Bloqueio periconal Punção dupla quando e como fazer Anestesia em procedimentos estéticos Anestesia ambulatorial OFICINA DE APARELHO DE ANESTESIA Dia: 13 de novembro de 2005 Hora: 14:00 - 18:00h Vagas: 50 Pré-requisito: inscrição prévia e ordem de inscrição Dinâmica: apreendendo o básico e eletrônica dos aparelhos de anestesia Comissão Científica do Congresso Brasileiro de Anestesiologia CBA 2005 Presidente do CBA Marciano de Sousa Nóbrega Diretor Científico da SBA Ismar Lima Cavalcanti (RJ) Presidente da Comissão Científica do CBA Antônio Fernando Carneiro Comissão: Onofre Alves Neto Dário Humberto de Paiva Waston Viera de Sousa Edson Lemes Sardinha Carlos Henrique Viera Magda Maria Matheus Viera Artigo Sociedade Brasileira de Anestesiologia Planos de Sáude Artigo publicado na Folha de S. Paulo, 18/09/2004 Dr. Drauzio Varella M édicos que vivem da clínica particular são aves raríssimas. Mais de 97% prestam serviços aos planos de saúde, e recebem de R$ 8 a R$ 32 por consulta. Em média, R$ 20. Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fica impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários já sobrecarregados. Os sindicatos e os conselhos de medicina desconfiam seriamente de tal justificativa uma vez que as empresas não lhes permitem acesso às planilhas de custos. Tempos atrás, a Fipe realizou um levantamento do custo de um consultório-padrão, alugado por R$ 750 num prédio cujo condomínio custasse apenas R$ 150 e que pagasse os seguintes salários: R$ 650 à atendente, R$ 600 a uma auxiliar de enfermagem, R$ 275 à faxineira e R$ 224 ao contador. Somados os encargos sociais (correspondentes a 65% dos salários), os benefícios, as contas de luz, água, gás e telefone, impostos e taxas da prefeitura, gastos com a conservação do imóvel, material de consumo, custos operacionais e aqueles necessários para a realização da atividade profissional, esse consultório-padrão exigiria R$ 5.179,62 por mês para sua manutenção. Voltemos às consultas, razão de existir dos consultórios médicos. Em princípio, cada consulta pode gerar de zero a um ou mais retornos para trazer os resultados dos exames pedidos. Os técnicos calculam que 50% a 60% das consultas médicas geram retornos pelos quais os convênios e planos de saúde não desembolsam um centavo sequer. Façamos a conta: a R$ 20 em média por consulta, para cobrir os R$ 5.179,62 será preciso atender 258 pessoas por mês. Como cerca de metade delas retorna com os resultados, serão necessários: 258 + 129 = 387 atendimentos mensais unicamente para cobrir as despesas obrigatórias. Como o número médio de dias úteis é de 21,5 por mês, entre consultas e retornos deverão ser atendidas 18 pessoas por dia!Se ele pretender ganhar R$ 5.000 por mês para si próprio (dos quais serão descontados R$ 1.402 de imposto de renda) para compensar os seis anos de curso universitário em tempo integral, os quatro anos de residência e a sua necessidade de atualização permanente, o médico precisará atender 36 clientes todos os dias, de segunda a sexta-feira. Ou seja, precisará atender uma média de 4,5 pacientes por hora, num dia de oito horas ininterruptas trabalhadas. Por isso os usuários dos planos de saúde se queixam: Os médicos não examinam mais a gente. O médico nem olhou a minha cara, ficou de cabeça baixa preenchendo o pedido de exames enquanto eu falava. Minha consulta durou cinco minutos. É possível exercer a profissão com competência nessa velocidade? Com a experiência de quem atende doentes há quase 40 anos, posso lhes garantir que não é. O bom exercício da medicina exige, além do exame físico cuidadoso, observação acurada, atenção à história da moléstia, descrição dos sintomas, aos fatores de melhora e piora, uma análise, ainda que sumária, das condições de vida e da personalidade do paciente. Levando em conta, ainda, que os seres humanos costumam ser pouco objetivos ao relatar seus males, cabe ao profissional orientálos a fazê-lo com mais precisão para não omitirem detalhes fundamentais. A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando avaliamos quadros clínicos complexos entre dez e 15 minutos. O que os empresários dos planos de saúde parecem não enxergar é que embora consigam mão-de-obra barata (graças à proliferação de faculdades de medicina que privilegiou números em detrimento da qualidade), acabam perdendo dinheiro ao pagar honorários tão insignificantes, uma vez que médicos que não dispõem de tempo a perder com as queixas e o exame físico dos pacientes pedem exames desnecessários. Tossiu? Raios-X de tórax. O resultado veio normal? Tomografia computadorizada. É mais rápido do que considerar as características do quadro, dar explicações detalhadas e observar a evolução. E tem boa chance de deixar o doente com a impressão de que está sendo cuidado. A economia no preço da consulta resulta em contas astronômicas pagas aos hospitais, onde vão parar os pacientes por falta de diagnóstico precoce, aos laboratórios e serviços de radiologia, cujas redes se expandem a olhos vistos pelas cidades brasileiras. Por essa razão, os concursos para residência de especialidades que realizam procedimentos e exames subsidiários estão cada vez mais concorridos, enquanto os de clínica e cirurgia são desprestigiados. Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta a alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração tão vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida do que universalizar o cinismo injustificável do eles fingem que pagam, a gente finge que atende. O usuário, ao contratar um plano de saúde, deveria sempre perguntar quanto receberá por consulta o profissional cujo nome consta da lista de conveniados. Eu teria medo de ser atendido por um médico que vai receber bem menos do que um encanador cobra para desentupir o banheiro da minha casa. Sinceramente. Drauzio Varella Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 23 Marketing e Anestesia Dr. Ildo Meyer O s dois grandes ramos da Medicina sempre foram a Clinica e a Cirurgia. Quase a totalidade dos médicos dedicava-se ao estudo da técnica e clinica cirúrgica ou clinica médica, e relegavam a anestesia a um plano secundário. Enfermeiras, estudantes, religiosos eram encarregados de praticar anestesia, e o faziam de maneira muito precária. As deficiências eram múltiplas: formação anestésica inadequada, falta de medicações seguras, inexistência de monitores e aparelhos de aplicação de anestesia fidedignos. Em mãos não habilitadas, a administração de anestesia torna-se muito perigosa, e, como conseqüência, ocorreram vários acidentes; óbitos, seqüelas físicas (plegias, atelectasias, pneumonias, insuficiências renais, enfartes, etc) e psicológicas. Evidências concretas criaram a fama de que a anestesia era perigosa, e sempre haveria o risco de alguma complicação anestésica durante o procedimento cirúrgico. Em épocas de carência de conhecimento médico e desinformação da população, tornouse cômodo imputar qualquer infortúnio no período peri operatório como conseqüência da utilização da anestesia. Expressões tais como "Não resistiu à anestesia", eram utilizadas para explicar tanto complicações por hipotensão devida a vasodilatação como por hemorragias intensas. A evolução da anestesia para uma especialidade médica com formação específica, a criação de entidades associativas, o conhecimento mais aprimorado do mecanismo de ação e efeitos dos anestésicos e medicações adjuvantes, o surgimento de medicamentos mais seguros, a monitorização mais ampla e fidedigna e a aparelhagem anestésica com recursos de precisão, fizeram com que a morbi/mortalidade da anestesia decaíssem sensivelmente. Eventualmente ainda ocorrem acidentes, e quando acontecem, geralmente a equipe médica não fornece informações imediatas e precisas, favorecendo que familiares e mídia passem a divulgar suas versões, que realimentam a fama da anestesia ser perigosa. O anestesiologista, ao invés de ser visto como um médico especialista que cuidará do bem estar e das funções vitais do paciente durante o peri-operatório (um guardião do sono), é muitas vezes confundido como o "vilão" do procedimento cirúrgico. Além destes fatores relacionados à insucessos, existe um agravante. A anestesia faz parte de uma categoria de produtos e serviços não desejados. Ninguém submete-se a uma anestesia por desejo, e sim, por necessidade absoluta. Algo que não é desejado e ainda pode ser perigoso, faz com que as pessoas se afastem. Marketing, na sua versão mais simplista, significa "dar-se" para o mercado, "mostrarse", "oferecer-se". Em uma operação exitosa de marketing, o cliente deve ter anseios de obter o produto/serviço oferecido. Em outras palavras, o produto/serviço "vende-se" por si mesmo. Não se deve confundir marketing com propaganda e vendas.(1) Uma série de estratégias e ações são efetivadas dentro de um planejamento de marketing, sendo a mídia o final de um processo. As estratégias de marketing podem iniciar até mesmo antes do produto existir. Na área médica, a utilização da mídia como marketing, talvez seja a ação menos importante. O objetivo deste estudo é colocar o marketing (arte de fazer com que o cliente deseje determinado produto) à serviço da anestesia (produto não desejado e potencialmente perigoso). O marketing vem em socorro da anestesia para melhorar sua imagem, fazer com que a anestesia se "venda" melhor e aprofundar o relacionamento com a sociedade. O anestesiologista em seu trabalho diário é um representante da categoria e seu comportamento profissional, reflete-se na imagem da especialidade. O relacionamento com pacientes, familiares, cirurgiões, clínicos, enfermagem, indústria farmacêutica, direção hospitalar, planos de saúde, imprensa e colegas anestesiologistas, formará a imagem do profissional, que indiretamente espelhará o padrão da especialidade. Um profissional mal orientado pode prejudicar todo o trabalho de uma categoria.(2) Baseados na premissa de que atitude e comportamento determinarão a formação e propagação da imagem do profissional e da especialidade, orientações no sentido de superar as expectativas do cliente, contribuirão para reverter a imagem "negativa" da anestesia, resultado de décadas de obscuridade tanto do saber anestésico como do próprio anestesiologista que mantinha sua atividade restrita à sala de cirurgia. A relação do anestesiologista com o paciente é pobre em quantidade, porém pode ser riquíssima em qualidade. O paciente, via de regra, entra em contato com o anestesiologista em virtude da necessidade de uma cirurgia. Nesta situação, iniciam-se todos os temores em relação à anestesia, frutos da bagagem de informações adquiridas ao longo de suas vivências. O resultado costuma ser um paciente ansioso, carente, receoso de entregar o controle de sua vida à um estranho que realizará um procedimento potencialmente perigoso.(3) Exatamente neste momento (paciente no auge de sua ansiedade), é quando o anestesiologista tem a oportunidade de, entendendo a situação do paciente, relacio- Anestesia em revista - março/abril, março/abril, 2005 2005 -- 24 24 nar-se de maneira a oferecer conforto, segurança e conhecimento, modificando a imagem de "vilão" para "protetor da saúde do paciente". Empatia significa tratar o paciente como gostaríamos de ser tratados, e a empatia pode ser alcançada através de atitudes muito simples: chamando o paciente pelo nome, olhando nos olhos, escutando com atenção, tocando o paciente, não utilizando termos técnicos de difícil compreensão. Firmar compromissos também é importante: assegurar presença e constante vigilância ao lado do paciente durante todo o procedimento, prescrição de analgésicos, localização imediata no pós operatório, se necessário. Adquirir a confiança do paciente é fundamental para o sucesso do tratamento, porém, confiança não se pede, conquistase. Alguns minutos de anamnese e exame físico são suficientes, desde que o médico esteja realmente neste tempo somente focado no paciente e faça-o sentir seu interesse. A medicação pré-anestésica e a anestesia propriamente dita poderão ter suas dosagens diminuídas, dependendo do grau de confiança conquistado. Recomendações relativas à jejum, uso ou interrupção de medicamentos, data e horário da cirurgia devem ser entregues ao paciente de maneira escrita. Folders explicativos referentes aos tipos de anestesia, importância do jejum, cuidados pré e pós operatórios, complicações, etc podem ser entregues ao paciente ao final da consulta. A assinatura do consentimento informado da realização da anestesia é um procedimento indicado.(4) Todo o material impresso é importante, na medida em que tangibiliza o serviço realizado. O paciente sente-se mais seguro ao sair de uma consulta com instruções escritas, ao mesmo tempo em que o nome, endereço e telefone do anestesiologista ficam registrados no material impresso. O consultório é o local ideal para a realização da avaliação pré anestésica, e seu uso deve ser estimulado através da criação de salas específicas com sinalização adequada dentro de hospitais, ou consultórios privados, onde rotineiramente todos os pacientes candidatos à cirurgia eletiva sejam avaliados.(4) O crescimento da área de atuação do anestesiologista, sendo agora responsável pelo peri-operatório e não apenas pelo trans-operatório como no passado, trouxe um envolvimento maior com pacientes, familiares e equipe médica, favorecendo o reconhecimento e divulgação de seu trabalho. Cuidados no pós operatório são fundamentais. As recordações que o paciente guarda da anestesia, são do período pré e pós anestésico, visto que, via de regra, durante a cirurgia o mesmo se encontra sedado ou dormindo. Prescrição de medi- cação anti-emética, analgesia, hidratação, manutenção da homeostasia, ansiolíticos, trazem conforto e bem estar ao paciente, fazendo com que as lembranças da internação hospitalar e da anestesia possam ser agradáveis. Acompanhamento no Centro de Recuperação e na Unidade de Internação após o procedimento, trazem a oportunidade de divulgação da especialidade através da atuação do médico e do esclarecimento de dúvidas. Nesta ocasião é importante demonstrar preocupação com a satisfação do cliente e qualidade do serviço oferecido, pois serão os determinantes da imagem formada e propagada pelo paciente. A evolução do conhecimento científico deve ser estimulada e demonstrada. Criação de Serviços de Anestesia em hospitais, discussões de casos clínicos com a equipe cirúrgica, desenvolvimento de protocolos específicos, realização seminários e palestras de atualização e/ou revisão, estímulo à pesquisa, estágios e congressos são ações que facilitam a percepção do desenvolvimento contínuo da especialidade. O conhecimento médico deve ser percebido tan- to por colegas de outras especialidades como pela população leiga. Programas de esclarecimento à comunidade através da imprensa, palestras, exposições, auxiliam o processo de divulgação do aprimoramento e segurança alcançados pela anestesia.(5) Entidades associativas assumem papel fundamental demonstrando organização, liderança e representatividade junto a organizações médicas, governamentais e privadas. A participação efetiva dos anestesiologistas fortalece as Sociedades Regional e Nacional. Excelência no atendimento, pontualidade, aprimoramento e divulgação do conhecimento científico, empatia, coleguismo, conscientização do trabalho em equipe, tangibilização, participação associativa, são atribuições diárias de um profissional.(6) O reconhecimento do valor e da qualidade de um médico por colegas e pela população será o sinalizador de que seu trabalho está atingindo ou mesmo superando as expectativas e contibuindo para elevar o grau de confiança em sua especialidade. REFERÊNCIAS 01. Boyett, JT - O guia dos gurus de Marketing: as melhores idéias dos melhores marketeiros. Rio de Janeiro , Campus, 2003. 16-20 02. Souki, O - Paixão por Marketing- o fantástico diferencial dos gênios. São Paulo, Market Books. 2000. 167-196 03. Bagatini, A, et al - Anestesia: a vitória sobre a dor. Porto Alegre. SARGS. 2001.67-76 04. Meyer, I - A relação do anestesiologista com o paciente e familiares em Manica, J - Anestesiologia - Princípios e técnicas. 3 Edição. Porto Alegre. Artmed. 2004. 342-346 05. Kotler, P - Princípios de Marketing. 7 Edição. Rio de Janeiro. LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora AS. 1999. 453-465 06. Peters,T - O Circulo da Inovação. São Paulo. Editora HARBRA Ltda. 1998. 453-477 Cirurgia Videolaparoscópica O Centro de Ensino e Treinamento em Anestesiologia da Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto realizará em 05 de agosto de 2005 simpósio sobre Anestesia para Cirurgia Videolaparoscópica: Qual a Melhor Relação Custo/Benefício? Maiores informações: Dr. José R. Nociti Responsável pelo CET-SBA da SCMRP Fax: (16) 6351500 e-mail:[email protected] Anestesia Anestesia em em revista revista -- março/abril, março/abril, 2005 - 25 Calendário Científico 2005 MAIO 21 A 25 - IIIrd All AFRICA ANAESTHESIA CONGRESS XXIInd SARANF CONGRESS - IInd MAGHREBIAN ANAESTHESIA AND INTENSIVE CARE CONGRESS - IVth STMU CONGRESS - TUNIS/ TUNISIA - http:// www.aaac2005.com OU [email protected] 27 A 31 - EUROANESTHESIA 2005 - VIENNA - AUSTRIA EMAIL: [email protected] - INTERNET: http:// www.euroanesthesia.org JUNHO 01 A 05 - XVII CONGRESO DE LA SOCIEDAD ESPANOLA DE ANESTESIOLOGIA, REANIMACION Y TERAPEUTICA DEL DOLOR, PALMA DE MAJORCA, ISLES BALEARES, CONTACT: [email protected] 23 A 25 - 39ª JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DO SUDESTE BRASILEIRO - 1º SIMPÓSIO DE DOR DO SUDESTE E O 7 SIMPÓSIO DE DOR DA SBA CURSO SAVA DIA 22 E 23 RIO DE JANEIRO / RJ Sociedade Brasileira de Anestesiologia 21 - 23 - 3 DAY COURSE ON OBSTETRIC ANAESTHESIA AND ANALGESIA: LONDON www.oaa-anaes.ac.uk 2006 MARÇO 09 A 12 - IV ALAGIPE - ENCONTRO DOS ANESTESIOLOGISTAS DOS ESTADOS DE ALAGOAS E SERGIPE - CENTRO DE CONVENÇÕES - MACEIÓ / AL. 16 A 18 - XXX JONNA - JORNADA NORTE E NORDESTE DE ANESTESIOLOGIA - SIMPÓSIO DE DOR DA SBA CENTRO DE CONVENÇÕES - MANAUS/AM. AGOSTO 24 A 26 - JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DO BRASILCENTRAL BONITO/MS NOVEMBRO 53º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA RIO DE JANEIRO / RJ JULHO 29 A 31 - XXXVII CURSO FUNDAMENTOS DE ANESTESIOLOGIA BRASÍLIA/DF 2007 NOVEMBRO 54º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA NATAL / RN AGOSTO 05 A 06 - 12º TEORIA E PRÁTICA DA ANESTESIA REGIONAL E DO CONTROLE DA DOR INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DO HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS SÃO PAULO/SP http://www.lasra.com.br 2008 XIV CONGRESSO MUNDIAL DE ANESTESIOLOGIA DURBAN/AFRICA DO SUL 12 A 13 - III ENCONTRO DOS ANESTESIOLOGISTAS DOS ESTADOS DE ALAGOAS E SERGIPE - ALAGIPE 18 A 20 - 11ª JOCA - JORNADA CEARENSE DE ANESTESIOLOGIA - IATE PLAZA - FORTALEZA / CE 25 A 27 - JABC - JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DO BRASIL CENTRAL CUIABÁ/ MT 31 AGOSTO A 03 SETEMBRO - 34º CONGRESO ARGENTINO DE ANESTESIOLOGÍA SHERATON BUENOS AIRES HOTEL & CONVENTION CENTER BUENOS AIRES - ARGENTINA http://www.anestesiologia2005.com.ar SETEMBRO OUTUBRO 3 A 8 - XXVIII - CONGRESO LATINOAMERICANO DE ANESTESIOLOGIA - XXIII ASAMBLEA GENERAL CLASA V CONGRESO NACIONAL SHARD - TEGUCIGALPA, HONDURAS CA - CONTACT: DRA. XENIA J PINEDA M [email protected] 22 A 26 - AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGISTS ANNUAL MEETING (ASA), NEW ORLEANS, USA, CONTACT: [email protected] NOVEMBRO 12 A 16 - 52º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA - GOIÂNIA - GO GOIÂNIA/GO Anestesia em revista - março/abril, 2005 - 26 55º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA SÃO PAULO / SP 14TH WORLD CONGRESS OF ANAESTHESIOLOGISTS DURBAN - SOUTH AFRICA - Contact: [email protected] 2009 NOVEMBRO 56º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA SALVADOR / BA 2010 NOVEMBRO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA GRAMADO / RS 2011 NOVEMBRO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA FORTALEZA / CE 2012 NOVEMBRO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA A DEFINIR 2013 NOVEMBRO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIA ARACAJU / SE