Maio com Maria - Marista Centro

Transcrição

Maio com Maria - Marista Centro
Maio com
maria
UMBRASIL
Brasília
2011
Este livro, ou parte dele, pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização
escrita do Editor desde que mantida a referência e respeitados os direitos de autoria
e edição de acordo com as Leis Brasileiras.
M332
Maio com Maria / Giovanni Maria Bigotto. Brasília, DF: UMBRASIL,
2011.
192 p. : il ; color.
ISBN: 958-85-63200-00-0
1. Maria, Mãe de Deus. 2. Devoção à Maria. I. União Marista do Brasil.
CDD: 230
CDU: 232.931
Tiragem: 810 exemplares
Ir. Wellington Mousinho de Medeiros – Presidente do Conselho Superior da UMBRASIL
Ir. Arlindo Corrent – Diretor-Presidente da UMBRASIL
Ir. Valdícer Civa Fachi – Secretário Executivo da UMBRASIL
Coordenação da publicação: Ir. José de Assis Elias de Brito
Organização da publicação: Joaquim Alberto Andrade Silva
Autoria dos textos: Ir. Giovanni Maria Bigotto
Roteiros das celebrações preparados por Irmãos Maristas e formandos das casas de
formação do Brasil Marista: Ir. José de Assis Elias de Brito, Ir. Charles Amorim de
Mendonça, Ir. Fabrício Alves da Cruz, Ir. Edvaldo Ferreira, Ir. José Augusto Júnior, Ir.
Delano de Carvalho Costa, Emerson Gaspar da Rosa, Ir. Adilson Luis Recktenwald,
Márcio Issler Paulo, Ir. Lucas José Ramos Lopes, Ir. Ricardo Demenech Fermo, Ir.
Daniel Carvalho de Jesus, Josiel Marcos Guimarães, Ir. Ronaldo Luzzi, Daniel Zanol,
Ir. Edicarlos Pereira Coelho, Ir. Luiz de Santana Lima, Adilson Follmann, Alexandre de
Bortoli, Ir. Miguel Fernandes Ribeiro, Daniel Zanol, Ir. Ronivom Luiz da Silva, Ir. Jader
Luiz Henz, Ir. Vinicius Duart, Ir. Edicarlos Pereira Coelho, Eliseu Elias Peruzzo Junior,
Ir. Tiago Reus Barbosa Fedel, Cassiano Lima, Francisco de Assis Barbosa Bezerra, Ir.
Alison Humberto Furlan, Ir. Renê Ramon, Ir. Paulo Henrique O. Soares, Ir. Paulo
Henrique Martins de Jesus, Ir. Rogério de Medeiros Silva, Ir. José Rogério, Ir. Maicon
Donizete, Ir. James Pinheiro dos Santos, Ir. Luiz André da S. Pereira, Ir. André Levy
Bezerra de Castro, Ir. Fabrício Basso, Ir. Neimir P. Mentges e Ir. Jardel Dallabrida.
Projeto gráfico e diagramação: Carolina Pinto – Cena Produções
Revisão: Edna Luna
Imagens: Capa – Sergio Ceron/Internas – Acervo UMBRASIL
Impressão: Gráfica da APC
UNIÃO MARISTA DO BRASIL (UMBRASIL)
SCLN 102 Bloco C salas 102/105 – Asa Norte – Brasília-DF – 70722-530
Telefax: (61) 3346-5058
[email protected]
www.umbrasil.org.br
sumario
APRESENTAÇÃO
5
INTRODUÇÃO
7
1
Maria, Mãe amada
9
2
O primeiro tesouro
15
3
Salve Mater Misericordiae (Salve Mãe de Misericórdia)
20
4
O pequenino grão de mostarda
25
5
A sementinha cresce
30
6
Pequena semente, cheia de graça e vida
35
7
O Espírito Santo e Maria
41
8
“A mulher na plenitude dos tempos” 46
9
Um sim entusiasta 53
10
A primeira missão cristã
59
11
O primeiro canto em louvor à Maria
64
12
O Magnificat 71
13
O coração como morada da oração 79
14
A busca de pedras preciosas
87
15
Shalom, cheia de graça
93
16
Maria, Mãe da Igreja
98
17
Maria e a fé
103
18
Da mãe ao filho
108
19
Entre 12 e 30 anos
114
Toma contigo Maria
121
21
O caminho do acolhimento
128
22
Um gládio transpassará tua alma
134
23
Quem é minha mãe?
139
24
O olhar do discípulo amado
145
25
A festa do amor
150
26
Eis a tua mãe
156
27
Depois dessa hora, o discípulo a recebeu na sua casa
163
28
Os santuários da Virgem
168
29
A Imaculada
173
30
A Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria
178
Maria, presença única na Igreja
185
20
31
REFERÊNCIAS
191
apresentacao
O MES DE MAIO DO ANO MARIANO
“
E
LA TUDO FEZ ENTRE NÓS!” Assim falava Marcelino
Champagnat, referindo-se a Maria. Em nossa história marista,
podemos continuar dizendo: Ela tudo faz entre nós.
Maria esteve presente na primeira intuição fundante da
Sociedade de Maria e em todos os seus diferentes ramos. Junto
a ela aprendemos nossa maneira própria de seguir a Jesus, de
viver e anunciar o Evangelho, de tornar mais visível um rosto
particular da Igreja.
O nosso 21 o Capítulo Geral (2009) fez a experiência
sensível da presença de Maria, como uma expressão do apelo
atual de Deus para uma vivência fiel do nosso carisma. Essa
experiência vivida pelos capitulares foi partilhada com todo o
Instituto, consubstanciada no apelo fundamental: “Com Maria,
ide depressa para uma nova terra”. Essa proposta reata com o
sonho de nossas origens maristas comuns: movidos pelo Espírito,
do jeito de Maria, viver algo novo na Igreja, num serviço urgente
à construção do Reino. “Movimento” exemplar e radical foi a
missão da Oceania, confiada pelo Papa aos Maristas.
Hoje, queremos viver também nesse mesmo espírito e
mobilização, descobrindo e construindo o novo da vida consagrada
e da vocação leiga marista. Juntos nos propomos a crescer numa
nova relação de reciprocidade no carisma, revelando a todos,
especialmente aos jovens, aos pequenos, aos mais necessitados
o rosto mariano da Igreja.
Para isso, nada melhor do que colocarmo-nos na escola de
Maria, na escola de Nazaré, de Belém, de Caná, do Calvário, do
Cenáculo...
Na alegria da celebração do Ano Mariano do Brasil Marista
e em sintonia com toda a Igreja, que dedica o mês de maio a
devoção mariana, a UMBRASIL apresenta a publicação da obra
Maio com Maria.
Que cada dia desse mês seja uma oportunidade renovada
para aprofundar, como Maria e com Maria, nossa vida na
realidade do Cristo Ressuscitado.
Ir. Antonio Carlos Ramalho
Conselheiro-Geral
Roma, março de 2011.
6
UMBRASIL
introducao
C
“
om Maria, ide depressa para uma nova terra.” Eis o Apelo
Fundamental emanado do 21o Capítulo Geral, fruto da
participação, partilha e experiências de vida da família marista
de todo o mundo.
Esse Apelo nos interpela e encoraja a uma volta às nossas fontes
fundacionais no intuito de nos mantermos fiéis na criatividade ao
carisma, à espiritualidade e missão legados por nosso pai fundador,
São Marcelino Champagnat. Essa nova terra nos aponta a necessidade
de uma vida consagrada nova, firmemente arraigada no Evangelho,
que promova um novo modo de ser Irmão; uma nova relação entre
Irmãos e Leigos, baseada na comunhão e uma presença fortemente
significativa entre as crianças e jovens pobres destinatários e
interlocultores de nossa missão.
O Apelo Fundamental nos sensibiliza para o discernimento a
ser feito para que se possa encontrar a “nova terra”. Muitas pessoas
têm perguntado aos capitulares: o que significa essa “nova terra”?
Porém, o Capítulo deu-nos com muita sabedoria algumas pistas por
meio da apresentação das três urgências apontadas. A descoberta da
“nova terra”, contudo, depende muito do processo de conversão do
coração de cada um. Qual é a sua “nova terra”, já se perguntou?
O presente Ano Mariano que estamos vivenciando é um tempo
kairológico para que possamos descobrir esse novo tempo e espaço de
atuação dos maristas. Ao reavivar a presença de Maria em nossas vidas
estamos dando ao nosso coração a possibilidade de revisitar o primeiro
amor que nos chamou a vivência de nossa vocação marista.
Maio com Maria é uma das iniciativas do Ano Mariano de
favorecer momentos de oração, estudo e convivência fraterna. É formada
por um conjunto de celebrações, sendo uma para cada dia desse mês.
Na construção das mesmas, contamos com a colaboração de formandos
e Irmãos de todas as Províncias e Distrito Marista do Brasil.
Para a elaboração desta obra nos servimos ainda de textos
escritos pelo Irmão Giovanni Bigotto, que ao longo de sua vida tem
contribuído de modo significativo com o estudo e a produção de
conhecimento na área da mariologia, na Igreja e em nosso Instituto.
Caminhemos com Maria, José e Champagnat e eles nos
ajudarão a encontrar Jesus, a fonte verdadeira de nossa vida. E que esse
instrumento nos ajude em nossas orações pessoais e comunitárias.
Ir. José de Assis Elias de Brito
Coordenador da Área de Vida Consagrada
e Laicato da UMBRASIL
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UMBRASIL
1
Maria, Mae amada
“Eis a tua Mãe.”
(Jo 19,27)
Elaboração da oração: Ir. José de Assis Elias de Brito – UMBRASIL.
Ambientação: Organizar o espaço celebrativo com a imagem de Maria
e São Marcelino Champagnat, flores e o Círio Pascal.
Motivação e acolhida
Animador/a: É chegado o mês de maio! Voltemos o nosso olhar
confiante e esperançoso à Mãe de Jesus e deixemos pulsar o nosso
coração em sintonia com o dela, que carregou em seu coração e em
seu seio o Filho de Deus e busquemos, nesse mês Mariano, reavivar a
presença dela em nossa vida e em todas as ações do Brasil Marista.
Canto
Maria de Deus, Maria da Gente (Fr. Domingos dos Santos, OP)
Com Maria em Deus exultemos, neste canto de amor-louvação.
Escolhida d’entre os pequenos. Mãe profeta da libertação.
És a imagem da nova cidade, sem domínio dos grandes ou
nobres. O teu canto nos mostra a verdade que teu Deus é do
lado dos pobres.
Maria de Deus, Maria da gente, Maria da singeleza da flor,
vem caminhar, vem com teu povo, de quem provaste a dor.
9
Maio com Maria
Recordação da vida
Animador/a: É chegado o momento de recordarmos nossa vida,
inspirados na pessoa de Maria, em sua vida que é sinal de amor em
nosso meio.
Leitor/a 1: O que há de mais forte em nossa relação com Maria, a
Mãe de Deus, é a vivência afetiva: ela é a mãe e vamos a ela como
filhos que amam sua mãe, orgulhosos dela, na certeza de serem
amados e educados a muito amar o Filho, Jesus.
Todos/as: O Senhor fez em mim maravilhas. Santo, Santo, Santo é
o seu nome. (2x)
Leitor/a 2: Maria se compreende somente por esse Filho que ela
tem nos braços e, continuamente, mostra a todos aqueles que se
dirigem a ela. É mãe e serva do Verbo, feito carne; é o ostensório
que evidencia o Filho.
Todos/as: O Senhor fez em mim maravilhas. Santo, Santo, Santo é o
seu nome. (2x)
Leitor/a 3: Se sua maior missão é justamente de trazer ao mundo
Jesus, de fazer com que Ele esteja presente entre nós, por todas
as gerações, em todas as culturas, entre todos os povos, sabemos
que, por sua vez, o Filho nos diz: “Eis, aí tua Mãe!” Não é tão
importante saber quando Jesus nos dá sua Mãe. Ele, dom total,
sendo o amor que vai até o extremo, dá a seus irmãos humanos
aquela que Ele ama, aquela que foi fiel da Encarnação ao Calvário
e é preciosa a seus olhos, sua Mãe.
Todos/as: O Senhor fez em mim maravilhas. Santo, Santo, Santo é o
seu nome. (2x)
Leitor/a 4: O discípulo amado acolhe-a consigo, envolve-a em sua
afeição, a introduz em sua família, aos cuidados de seu coração
e, depois, em sua comunidade. Faz verdadeiramente o que Jesus
dele espera, e torna feliz o coração de Jesus: ver sua Mãe amada
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UMBRASIL
por todos os fiéis, em suas famílias, comunidades, na Igreja que é
a família de Jesus.
Todos/as: O Senhor fez em mim maravilhas. Santo, Santo, Santo é o
seu nome. (2x)
Leitor/a 1: Maria que acolhera Jesus, durante longos anos, sob seu
teto, em sua casa – ei-la recebida, para sempre, na família de Jesus, a
Igreja. É aqui que se enraíza nosso amor a Maria: no coração do Filho,
em sua vontade, em seu testamento último.
Todos/as: O Senhor fez em mim maravilhas. Santo, Santo, Santo é o
seu nome. (2x)
Leitor/a 2: Em um clima familiar, onde está presente a Mãe, Jesus
encontra a possibilidade de Ele, por sua vez, também ser acolhido no
amor e de se tornar o Senhor absoluto dos corações. Todos os santos
cresceram nesse clima: amar o Filho, amar a Mãe, retornar ao Filho
depois de ter descoberto como pulsa para Ele o coração da Mãe.
Todos/as: O Senhor fez em mim maravilhas. Santo, Santo, Santo é o
seu nome. (2x)
Leitor/a 3: Os discípulos de Jesus afirmam seu amor à Maria por
mil gestos: flores depositadas aos pés de sua imagem, uma mão que
aperta sua mão, um gesto que acaricia o manto da mãe, uma vela
acesa, um canto, uma peregrinação, e essas orações e poemas que o
coração improvisa, no silêncio de um momento de intimidade.
Todos/as: O Senhor fez em mim maravilhas. Santo, Santo, Santo é o
seu nome. (2x)
Leitor/a 4: Maria é certamente a mãe amada e é isso que deseja
seu Filho. Este Ano Mariano e a vivência desse mês de maio nos
convidam a rejuvenescer nosso coração de discípulo, permanecendo
mais tempo pertinho da Mãe.
Todos/as: O Senhor fez em mim maravilhas. Santo, Santo, Santo é o
seu nome. (2x)
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Maio com Maria
Canto de aclamação
És, Maria, a Virgem que Sabe Ouvir (Waldecir Farias)
És, Maria, a Virgem que sabe ouvir, e acolher com fé a santa
palavra de Deus. Dizes “sim” e logo te tornas Mãe; dás à luz
depois o Cristo que vem nos remir.
Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz, crendo gerastes
quem te criou! Ó Maria, tu és feliz!
Leitura da Palavra de Deus (Jo 19,25-27)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Por um instante retomemos em silêncio a nossa oração
para percebermos a presença e o testemunho de Maria, nossa Boa
Mãe, em nossa vida e em nossa vocação.
Partilha
Animador/a: A partilha é o grande milagre do Reino. Partilhemos
de modo espontâneo com nossos irmãos e irmãs a beleza de nossa
oração, destacando o modo como Maria se apresenta em sua vida e a
importância das virtudes marianas para a perseverança vocacional.
Preces
Animador/a: Na alegria da celebração do mês de maio, glorifiquemos
nosso Salvador, que se dignou nascer da Virgem Maria e peçamos:
Todos/as: Senhor, que a vossa amada Mãe interceda sempre por nós!
Cristo, Sol de justiça, a quem a Virgem precedeu como aurora
resplandecente, concedei a nossa Igreja caminhar sempre à luz da
vossa Visitação.
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UMBRASIL
Palavra eterna, que ensinastes vossa Mãe a escolher a melhor parte,
ajudai a família marista do Brasil a permanecer fiel a sua vocação.
Redentor nosso, que fizeste da Virgem Maria um sacrário vivo,
protegei e abençoai todos os trabalhadores do Brasil e do mundo.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Animador/a: De mãos dadas, como família, ousemos nos dirigir ao
nosso amado Deus da Vida, chamando-o de Pai.
Rezemos juntos a Oração do Ano Mariano do Brasil Marista.
Oração do Ano Mariano do Brasil Marista
Maria, mãe querida, recurso habitual e primeira superiora nossa,
de ti aprendamos ir às pressas ao encontro do outro, levando teu
Filho num coração novo que descortina “novas terras”.
Mãe querida, abrasa nossos corações para sermos sinal da tua
face na Igreja e na humanidade.
Mãe querida, da anunciação, aprendamos que a Deus nada é
impossível. Do encontro com Isabel, levemos teu Filho a todos,
tornando-o conhecido e amado, e de Caná aprendamos a ser
discípulos, atentos às necessidades humanas.
Mãe querida, como tu, estejamos de pé junto às cruzes que
dilaceram o coração de tanta gente. Contigo no cenáculo do
mundo, roguemos a vinda do Espírito que dá força e coragem na
edificação do reino.
Mãe querida, nossa guia e companheira, com teu esposo São José,
com os santos e mártires maristas, proclamemos ao mundo inteiro
o magnificat, para a honra e glória do Pai, Filho e Espírito Santo.
Amém!
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Maio com Maria
Canto final
Hino do Ano Mariano do Brasil Marista 2011 (Ir. Bruno Klein)
Pelo amor de Jesus cativados,
celebramos um tempo Marial.
Pelo Espírito Santo guiados,
para nós é um grande sinal.
Por Maria Jesus fez-se humano,
para a nossa feliz salvação.
A Igreja tem rosto mariano,
nela pulsa materno coração.
Com Maria nós vamos depressa,
novos céus, nova terra buscar.
O Brasil de Maria tem pressa
o Evangelho de Cristo anunciar.
O carisma Marista convida
para novas fronteiras partir.
Construir outro mundo é possível,
nós ousamos mudar e agir.
Ó Maria, Mulher solidária,
nossa fonte de inspiração,
peregrina na Fé, missionária,
vem mostrar a melhor direção.
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UMBRASIL
2 o primeiro tesouro
“Boa Mãe, eu vejo em ti a
ideal mulher cheia de Deus.”
(Boa Mãe – Kairoi)
FESTA DE NOSSA SENHORA DA PENHA
Elaboração da oração: Ir. Charles Amorim de Mendonça e Ir. Fabrício
Alves da Cruz – Província Marista Brasil Centro-Norte.
Ambientação: Tecido, velas, crucifixo, imagem de Maria e flores.
Motivação e acolhida
Animador/a: Queridos sejam todos bem-vindos.
Hoje, dia de Nossa Senhora da Penha nos unimos
em oração ao povo Capixaba que celebra sua
padroeira. A Ela que do alto do Convento da
Penha vela por todos os seus filhos e as suas filhas,
como nosso primeiro Tesouro dado por Deus Pai.
Iniciemos nossa celebração cantando:
Canto
Nas horas de Deus, Amém (Zé Vicente)
Nas horas de Deus, amém! Pai, Filho e Espírito
Santo! Luz de Deus em todo canto. Nas horas de
Deus, amém!
Nas horas de Deus, amém! Que o bem nos
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Maio com Maria
favoreça, que o mal não aconteça. Nas horas de Deus, amém!
Nas horas de Deus, amém! Que o coração do meu povo, de
amor se torne novo. Nas horas de Deus, amém!
Nas horas de Deus, amém! Que a colheita seja boa, que ninguém
mais vague à toa. Nas horas de Deus, amém!
Nas horas de Deus, amém! Deus abençoe os artistas, as crianças
e as catequistas. Nas horas de Deus, amém!
Recordação da vida
Animador/a: Momento de fazer memória de Maria em nosso meio,
em nossa vida e na história do povo de Deus.
Leitor/a 1: Se há uma pessoa que realiza a unidade de todos os
cristãos é exatamente Jesus, o Senhor. Todo verdadeiro cristão
aceita-o como Deus, Filho de Deus, nascido da virgem Maria, nosso
salvador, Senhor e Cristo, único mediador, autor de uma salvação
plena, e que não precisa ser completada por ninguém.
Leitor/a 2: Entretanto, Ele quer e pede nossa colaboração; é feliz de
dizer-nos: “Muito bem, servo corajoso e fiel!” Ele convoca operários
para sua vinha, sem cansar-se. Na verdade, é extraordinário que Deus
faça de tudo e, no entanto, nos convida a trabalhar com Ele.
Leitor/a 3: Na “plenitude dos tempos”, os tempos da salvação, Maria
é a primeira a colocar-se a serviço de Jesus e, de algum modo, Ela
vai ser sua serva e sua Mãe, sua educadora e discípula, consagrada a
Ele e, por Ele, consagrada à Igreja. Ela merece nossa gratidão, nossa
admiração e imitação. Colocando-se totalmente à disposição de
Jesus, torna-se o modelo de todo o cristão e, assim, Ela é espaço de
unidade para todos os cristãos, porque devemos ser-lhe semelhantes
e porque nos convoca para o serviço de seu Filho.
Leitor/a 4: Eis como dois textos poéticos semelhantes veem Maria (os
textos podem ser lidos em dois coros):
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UMBRASIL
Maria,
Tu acolhes Jesus,
Tu o apresentaste,
Tu levas Jesus,
Tu o procuraste.
Tu nomeias Jesus,
Por ele tu foste
Tu apresentas Jesus,
Mulher de fé,
Tu proteges Jesus,
Mulher de coração,
Tu sofres por o teu Jesus,
Seio que acolhe e protege,
Tu orientas para Jesus,
Tempo,
Tu pões Jesus no centro,
Inteligência,
Tu revelas Jesus,
Mãe,
Tu és fiel a Jesus,
Educadora,
Estás de pé junto à cruz de Jesus,
Discípula primordial,
Tu rezas com a Igreja de Jesus,
Aberta ao seu mistério,
Tu és a serva de Jesus,
Aberta à sua Cruz,
A discípula de Jesus,
Membro e mãe da sua Igreja.
A Mãe de Jesus,
Tu fizeste dele
A Mãe de cada discípulo de Jesus,
O teu centro,
A Mãe da Igreja de Jesus.
O teu tesouro,
Maria,
A vida da tua vida.
Tu acolheste Jesus,
Filho amado,
Tu o trouxeste,
Senhor absoluto,
Tu o deste,
Deus na nossa carne frágil.
Leitor/a 5: Qual é o cristão que poderia não manifestar sua gratidão
para com essa mulher cuja vida inteira foi colocada a serviço de
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Maio com Maria
Jesus. Mas os Evangelhos nos pedem para ir além da gratidão, além
da admiração e mesmo além da imitação. Eles nos convidam a
louvá-la com Isabel e, sobretudo, quando Ela nos é dada por Jesus,
no calvário; a amá-la como nossa mãe, a recebê-la em nossa casa,
sabendo que o santuário mais nobre é nosso coração e nossa vida.
Canto de aclamação
Eis-me aqui Senhor (Pedro Brito e Frei Fabretti)
Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor!
Pra fazer tua vontade, pra viver do teu amor!
Pra fazer tua vontade, pra viver do teu amor!
Eis-me aqui, Senhor!
Leitura da palavra de Deus (Jo 19, 25-27)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Façamos silêncio, deixando a palavra de Deus criar
raízes em nossos corações.
Partilha
Animador/a: Inspirados por Maria e iluminados pela Palavra de Deus,
somos motivados a olhar para nossa vida.
Diante desta Palavra, como percebemos o gesto de acolhida de Maria?
E de que forma podemos repetir o gesto de Maria nos dias atuais?
Preces
Animador/a: Amados e Amadas, Maria nos é dada como Mãe por Jesus
ao pé da cruz. Peçamos a ela que conduza as nossas preces ao Pai.
Todos/as: Vem Maria, vem, vem nos ajudar neste caminhar tão
difícil rumo ao Pai.
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UMBRASIL
Maria olhai pelos menores e esquecidos, principalmente os que não
têm famílias e vivem nas ruas.
Maria vinde em nosso socorro, e socorrei-nos nas dificuldades do
dia a dia.
Nossa Senhora da Penha, rogai pelo povo Capixaba, que a tem como
Mãe e Padroeira.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Animador/a: Filhos amados do mesmo Pai e da mesma Mãe, rezemos:
Pai-nosso e Ave-Maria.
Todos/as: A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar, a bênção do Deus
Filho, nascido de Maria, a bênção do Espírito Santo de Amorque que cuida
com carinho qual mãe cuida da gente, esteja sobre todos nós. Amém!
Canto final
Maria, Maria (Milton Nascimento e FernandoBrant)
Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida...
19
Maio com Maria
3
salve Mater Misericordiae
(salve Mae de Misericordia)
“Mais feliz são aqueles que
ouvem a palavra de Deus e a
põem em prática.”
(Lc 11,28)
Elaboração da oração: Ir. Edvaldo Ferreira e Ir. José Augusto Júnior
– Província Marista Brasil Centro-Norte.
Ambientação: Imagem de Maria, figuras de mulheres-mães com
filhos, figuras de coração, panos coloridos e vela.
Motivação e acolhida
Animador/a: Irmãos e irmãs, como maristas de Champagnat
reunimo-nos hoje em torno de Maria, sob o título de Mãe de
misericórdia. Ao olharmos nossa Mãe, somo convidados a buscar
refúgio no seu coração acolhedor, que recebeu o Filho de Deus e
recebe a cada um de nós. Com alegria, celebremos este momento.
Canto
Salve Rainha da Paz (Ir. José Milson)
Filha querida do amor de Deus Pai,
ó santíssima Virgem Maria!
És alegria e ternura de Deus,
ó santíssima Virgem Maria!
Nossa esperança, vida, doçura,
salve, rainha da paz e do amor!
Lembra-te de nós, ó Mãe,
pede a Cristo, o Senhor, ó Maria!
Volve teus olhos a nós, peregrinos,
ó santíssima Virgem Maria!
Nós acolhemos a tua presença,
ó santíssima Virgem Maria!
Mãe de bondade, nossa advogada,
fonte de vida, amparo na dor!
Lembra-te de nós, ó Mãe,
pede a Cristo, o Senhor, ó Maria!
20
UMBRASIL
Dá-nos Jesus, o teu Filho querido,
ó santíssima Virgem Maria!
Juntos, no céu, estejamos um dia,
ó santíssima Virgem Maria!
Ó Mãe clemente, ó Mãe piedosa,
doce Maria, tão cheia de amor!
Lembra-te de nós, ó Mãe,
pede a Cristo, o Senhor, ó Maria! Amém!
Recordação da vida
Animador/a: Momento de abrir o coração e recordar a vida de Maria
presente em nosso dia a dia.
Todos/as: Eu canto louvando Maria, minha Mãe. A ela um eterno
obrigado eu direi. Maria foi quem me ensinou a viver, Maria foi
quem me ensinou a sofrer.
Leitor/a 1: O Verbo indescritível do Pai, quando em ti se encarnou,
ó Mãe de Deus, tornou-se visível. Ele restaurou a imagem, em nós
deformada, em sua dignidade primeira, unindo-a à sua divina beleza.
(Hino bizantino)
Canto: Mãe do bom conselho, rogai por nós.
Leitor/a 2: Ave, Mãe de Deus, mulher pura de Israel. Ave, tu com
seio mais vasto que os céus. Ave, tu, ó Santa, ó trono celeste! (Papiro
do VI século)
Canto: Mãe da esperança rogai por nós.
Leitor/a 3: Alegra-te, Maria, Mãe de Deus. Tesouro extraordinário
que pertence a todo o mundo, lâmpada que brilha sempre, coroa da
virgindade, sustentas a verdadeira fé, faze do infinito a tua morada,
mãe e virgem. Por ti o homem caído é acolhido nos céus. (São Cirilo
de Alexandria, séculos IV-V)
21
Maio com Maria
Canto: Mãe da confiança, rogai por nós.
Leitor/a 4: Os louvores à Mãe de Jesus provêm das Igrejas Ortodoxa,
Católica e Protestante; pertencem a séculos diferentes. Significam
que são universais os louvores Àquela que nos deu o Salvador. Eles
nascem da fé, brotam do coração e são o eco do amor que o próprio
Jesus devotava a sua Mãe.
Leitor/a 5: O mesmo Espírito que inspirara a Isabel os primeiros
louvores Àquela que trazia em seu seio o Senhor, continua ainda
hoje a suscitar cantos de louvor, de admiração, de gratidão e de
súplica à Virgem Maria. Assim como Isabel se perguntava: “Como é
possível que a Mãe do meu Senhor venha a mim?” – assim também
nós a acolhemos com a mesma alegria e admiração, e redizemos o
que é central em nossa fé:
Todos/as: “Teu Filho, Virgem Maria, é na verdade nosso único Senhor!”
Canto de aclamação
Buscai Primeiro o Reino de Deus (M. Frankreich)
Buscai primeiro o Reino de Deus
E a sua justiça
E tudo mais vos será acrescentado
Aleluia! Aleluia!
Não só de pão o homem viverá,
Mas de toda palavra
Que procede da boca de Deus
Aleluia! Aleluia!
Se vos perseguem por causa de mim
Não esqueçais o porquê
Não é o servo maior que o Senhor
Aleluia! Aleluia!
Leitura da Palavra de Deus (Lc 11,27-28)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: No Evangelho de Lucas, o verdadeiro discípulo é aquele
22
UMBRASIL
que ouve a Palavra, guarda no coração e põe em prática. Maria é a
perfeita discípula porque soube fazer todas essas coisas. Por isso, em
atitude de discípulos e discípulas meditemos o que acabamos de ouvir.
Partilha
Animador/a: De que modo percebemos os sinais da misericórdia
de Deus em nossa vida? Como vivemos a misericórdia em nossas
atitudes diárias, nas relações com os outros?
Preces
A visão da Rue du Bac
(1a parte lado A)
(2a parte lado B)
Maria é a aurora
e Cristo é o pleno Dia.
Maria é a porta
e Cristo é o Caminho.
Maria é a raiz
e Cristo, a verdadeira Vinha.
Maria é o cacho de uva
e Cristo é o Vinho.
Maria é o trigo
e Cristo, o Pão da vida.
Maria é a haste
e Cristo, a Rosa tinta de sangue.
Maria é a fonte
e Cristo, o Rio que purifica.
Maria é a taça
e Cristo, o Sangue que salva.
Maria é o templo
e Cristo, o Senhor do Templo.
Maria é o santuário
e Cristo, o Deus adorável.
Maria é o espelho
e Cristo, a plena visão.
Todos/as: Maria é a mãe
e Cristo, o seu Filho amado, Bendito
por todos e para sempre!
(Poema citado pelo escritor protestante Lyn Holness, em Journeying with Mary, p.
152, Wellington, RSA, Lux Verbi, 2008.)
23
Maio com Maria
Oração conclusiva
Todos/as: Ó Deus Pai e mãe de bondade, Vós nos acolheis e amais
como somos, pedimos pela intercessão de Maria, mãe de misericórdia,
que sejamos fiéis discípulos e discípulas vivendo o carisma legado
por Marcelino. E, pela força do Espírito Santo, tenhamos coração
acolhedor, por Cristo nosso Senhor. Amém.
Animador/a: Acolhidos pela bondade de Deus e confiantes na sua
misericórdia rezemos... Pai-nosso e Ave-Maria.
Canto final
Hino do Ano Mariano Marista 2011 (Ir. Bruno Klein)
Pelo amor de Jesus cativados
Celebramos um tempo Marial
Pelo Espírito Santo guiados
Para nós é um grande sinal
O carisma Marista convida
Para novas fronteiras partir
Construir outro mundo é possível
Nós ousamos mudar e agir
Por Maria Jesus fez-se humano
Para a nossa feliz salvação
A Igreja tem rosto mariano
Nela pulsa materno coração
Ó Maria, Mulher solidária
Nossa fonte de inspiração
Peregrina na Fé, missionária
Vem mostrar a melhor direção
Com Maria nós vamos depressa
Novos céus, nova terra buscar
O Brasil de Maria tem pressa
O Evangelho de Cristo anunciar
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UMBRASIL
4 o pequenino grao de mostarda
“O Reino do Céu é
como uma semente.”
(Mt 13,31)
Elaboração da oração: Ir. Delano de Carvalho Costa – Província
Marista Brasil Centro-Norte.
Ambientação: Imagem de Nossa Senhora, sementes dos mais variados
tipos, pequenas plantas ou mudas e terra encharcada.
Refrão meditativo: “Põe a semente na terra, não será em vão. Não te
preocupes a colheita, plantas para o irmão”.
Motivação e acolhida
Animador/a: Irmãos e irmãs, sejamos todos bem-vindos a esta
celebração. Hoje somos convidados a perceber a participação
modesta, porém, significativa de Maria ao longo da Palavra de Deus.
Essa participação nos remete à analogia, em outro momento do
evangelho, em que Jesus fala da importância do pequenino grão de
mostarda. Assim foi a presença de Maria: silenciosa. No entanto, a
pequena semente plantada no coração de Maria prosperou tornando-se
uma imensa árvore, da qual, hoje, podemos nos achegar em suas
sombras e deliciarmos de seus bons frutos.
Canto
Ouviste a Palavra de Deus (Pe. José Weber)
Ouviste a Palavra de Deus. Guardaste em teu coração.
Feliz porque creste, Maria. Por ti nos vem a salvação.
25
Maio com Maria
Nas palavras da lei os profetas. Tua alma sedenta bebia.
A Esperança do povo na vinda. De Deus que os famintos sacia.
Quando o anjo por Deus foi mandado. Dizer-te da escolha tão alta.
Sendo Mãe tu quiseste ser serva. Do Deus que os humildes exalta.
Quando o viste nascer rejeitado. Perseguido até a morte cruel.
Tua fé trouxe a Páscoa da vida. Pois Deus para sempre é fiel.
Recordação da vida
Animador/a: Retornemos à Escritura, mais precisamente ao Novo
Testamento. Aqui Maria ocupa lugar muito modesto. A Escritura se
interessa pelo Filho; quaisquer outras presenças estão a serviço do
Filho. É verdade sobremodo para Maria, mãe de Jesus.
Leitor/a 1: Essa ideia de que Maria está presente como pequenino
grão se torna evidente, quando se considera o número de versículos
em que ela comparece, nos diversos evangelhos.
Leitor/a 2: Em Marcos:
Em Mateus:
Em Lucas:
Em João:
Nos Atos:
Em Paulo:
5 versículos sobre 645.
21 versículos sobre 1.052.
86 versículos sobre 1.151.
16 versículos sobre 900.
1 versículo sobre 1.005.
1 versículo sobre os milhares das suas
Cartas.
O Apocalipse também pode oferecer alguns versículos.
Tal presença modesta parece contrastar com o grande lugar que Maria
ocupa na Igreja hoje.
Todos/as: Ainda assim, trata-se de grão ou semente da palavra de Deus
e sabemos que as palavras de Deus são de inesgotável riqueza.
26
UMBRASIL
Leitor/a 1: Muito mais que a modéstia desses versículos em relação
ao conjunto, cumpre estar atento ao que dizem, ao lugar em que
se situam e ao poder de vida que eles contêm. Os grãos, palavras
divinas, com efeito, tendem todos a um futuro de crescimento.
Leitor/a 2: Podemos ter nas mãos um punhado de sementes de
eucalipto. Elas são pequenas, quais minúsculas pontas de prego.
Ainda assim, se lhes dermos a oportunidade de crescer, tornam-se
árvores enormes, que já não cabem no côncavo das mãos. Antes,
tínhamos na mão uma floresta de eucaliptos. Olhando a pequenez
das sementes, teríamos dificuldade em imaginá-la.
Leitor/a 1: Em geral, o que é grande começou na modéstia. Todos
nós começamos em mísero nada, pequena célula invisível. Fomos
crianças, depois adultos. Quem pode contar os pensamentos de
um homem, os seus sentimentos, alegrias, lágrimas, relações e
realizações? Toda a pessoa que tem a oportunidade de crescer
alcança as fronteiras do infinito.
Leitor/a 2: Jesus nos diz que o Reino dos céus é semelhante ao grão
de mostarda. Esta é a menor das sementes; semeada na boa terra,
pode tornar-se grande como árvore, em cujos ramos os pássaros
fazem o ninho. É o retrato da Igreja, espalhada hoje no mundo
inteiro. No começo, não passava de um punhado de discípulos
nos quais desceu o poder do Espírito Santo.
Todos/as: A Maria, como semente, demos-lhe a oportunidade de crescer
na Igreja e na humanidade.
Canto de aclamação
É como chuva que lava (Frei Zeca)
E como chuva que lava, e como fogo que arrasa.
Tua palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.
Tenho medo de não responder, de fingir que eu não escutei.
Tenho medo de ouvir teu chamado, virar para o outro lado e
fingir que não sei.
27
Maio com Maria
Leitura da Palavra de Deus (Mc 4,30-32)
Sugestão: Depois de proclamada a palavra de Deus, colocar
simbolicamente as sementes na terra encharcada.
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Assim como uma semente que cai na terra e lá se
desenvolve SILENCIOSAMENTE fiquemos a exemplo de Maria
Silenciosa, para acolher a Palavra de Deus que se apresenta hoje a
nós e, certamente, dará seus frutos em nossas vidas.
(Tempo de silêncio)
Partilha
Animador/a: Devemos confrontar a nossa vida com o que nos diz a
Palavra Deus.
A exemplo de Maria e da terra você se considera bom receptor da
palavra de Deus?
O que falta para deixar a Palavra de Deus criar raízes em você e dar
bons frutos?
Em nossa vida, prezamos por ser uma presença modesta, simples e
silenciosa na vida dos outros, a exemplo de Maria?
Preces
Animador/a: Elevemos a Deus nossas preces e intenções. Por todas as
pessoas que escutam a palavra de Deus e põem em prática. Rezemos:
Todos/as: Ó Senhor, que tua palavra nos faça crescer.
Pela Igreja para que seja destemida em sua missão de anunciar Jesus,
caminho, verdade e vida.
Pelas crianças e jovens com os quais trabalhamos, para que eles e
elas sejam bons receptáculos da palavra de Deus.
Por todos nós, para que a exemplo de Maria façamos frutificar em
ações, a nossa adesão à proposta de Jesus Cristo.
28
UMBRASIL
Para que tenhamos uma presença discreta, modesta e simples, porém,
significativa na vida de todos os que nos conhecem.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Oremos: Senhor, Deus da vida. Tu que nos mostrastes em Maria
como acolher verdadeiramente a tua vontade, ajuda-nos a ter um
coração aberto para perceber os teus apelos e fazer crescer o teu
Reino neste mundo. Amém! Pai-nosso e Ave-Maria.
Canto final
Pelas Estradas da Vida (M. Espinosa)
Pelas estradas da vida,
Nunca sozinho estás;
Contigo pelo caminho,
Santa Maria vai.
Ó vem conosco, vem caminhar,
Santa Maria, vem! (2x)
Mesmo que digam os homens:
“Tu nada podes mudar!”
Luta por um mundo novo,
De unidade e paz.
Se pelo mundo os homens
Sem conhecer-se vão,
Não negues nunca a tua mão
A quem te encontrar.
Se parecer tua vida
Inútil caminhar,
Pensa que abres caminho:
Outros te seguirão!
29
Maio com Maria
5 a sementinha cresce
“Bendita és tu entre as
mulheres, e bendito é o
fruto do teu ventre!”
(Lc 1,42)
Elaboração da oração: Emerson Gaspar da Rosa – Distrito Marista
da Amazônia.
Ambientação: Caminho feito com pedras iniciando o caminho com
sementes, após, plantas germinando e finalizando com uma planta
crescendo apontando para os frutos que serão produzidos.
Motivação e acolhida
Animador/a: Deus coloca no coração de cada pessoa, os dons, as
qualidades, as capacidades que deverão ser desenvolvidas e serem
acolhidas, pois ELE escolhe aqueles que deverão estar sensíveis para
produzirem frutos de salvação.
Canto
Mãe da Nova Terra (Gustavo Balbinot e Sérgio Luís Schons)
Boa Mãe, nossa Boa Mãe,
Contigo novas terras nós
queremos construir.
Contigo o amor de Deus
vamos sentir.
Contigo novas terras nós
queremos partilhar.
Contigo o amor de Deus
vamos levar.
Mãe amorosa do Senhor,
Mãe de Jesus, o nosso irmão,
primeira cristã, discípula do amor,
contigo nós queremos caminhar.
Novos sonhos, nova terra, nova vida,
Corações ungidos no amor,
Somos os teus filhos,
Igreja em construção,
Discípulos de Cristo, nosso irmão
30
UMBRASIL
Mãe da Igreja de Jesus,
Mãe Imaculada do Senhor,
Mãe admirável, estrela da manhã,
contigo nós iremos caminhar.
Novos sonhos, nova terra,
nova vida, novos horizontes
pra missão.
Abre nossos olhos,
ensina-nos, ó Mãe,
a sermos os discípulos cristãos.
Mãe da Sociedade de Maria,
nossa Boa Mãe sempre serás!
Recurso habitual, primeira superiora
a vida a ti queremos consagrar.
Novos sonhos, nova terra, nova vida;
Família de Maria, em comunhão,
Jovens e crianças,
amados do Senhor,
queremos ir depressa pra missão.
Recordação da vida
Animador/a: Quando o nosso olhar se detém em Maria para ver
como ela se colocou a serviço do Filho que lhe era oferecido, Jesus,
o Senhor, descobrimos que ela nos precedeu em todos os caminhos do
amor. Assim, vamos descobrindo o imenso poder de vida que possuem
os versículos do Novo Testamento que se relacionam a Maria.
Leitor/a 1: Ela foi a primeira evangelizada pela Boa-nova que lhe
trouxe o anjo Gabriel e a primeira em aceitar e centralizar a sua vida
em torno do Filho. A primeira também em ouvir o nome de Jesus e a
primeira em redizê-lo constantemente nessas tagarelices espontâneas
que toda a mãe murmura ao filho que leva no seio. Nos seus lábios
germinou a primordial devoção ao nome de Jesus.
Todos/as: Ela foi a primeira evangelizada pela Boa-nova.
Leitor/a 2: Ela foi a primeira em dizer: “Sim, Jesus”. O seu sim abre
a porta a uma infinidade de sins ao seu Filho: aquele de José, de
Pedro, do discípulo amado, de Paulo. Este sim se renova de geração
a geração: percorre séculos, povos, culturas, línguas, idades, e chega
à margem do nosso sim. Todo o amor que experimentamos por Jesus
nasceu no dia da Anunciação. Assim di-lo o canto: “O preço do teu
amor mora para sempre escondido em nossas messes”.
Todos/as: Ela foi a primeira em dizer: “Sim, Jesus”.
31
Maio com Maria
Leitor/a 3: Maria é aquela que permitiu que Jesus fizesse como
primeira experiência, na sua humanidade, a de ser amado, de ser o
Filho desejado, de sentir-se todo envolvido pelo amor de uma mãe.
Por Maria, a nossa humanidade oferece ao Filho de Deus o melhor
amor de que ela dispõe o amor de uma mãe, de uma jovem mamãe.
E essa realidade, Jesus vai vivê-la até os extremos da sua vida, e hoje
a vive em nós, seus discípulos.
Todos/as: Maria é aquela que permitiu que Jesus fizesse como primeira
experiência, a de ser amado.
Leitor/a 4: Maria foi também a primeira missionária de Cristo.
Na visitação, partindo com pressa de Nazaré, ela leva Jesus pelas
estradas dos homens, ela o leva a uma família, ao lar do Batista. Essa
família, pela boca de Isabel, exprime a primeira e total profissão de
fé cristã: o filho de Maria é o Senhor; melhor, no possessivo, é o meu
Senhor. Todo o verdadeiro cristão diz a Jesus: Tu és o meu Senhor.
Os passos e a pressa de Maria anunciam aqueles de Pedro, de Paulo,
de Francisco Xavier, de Alberto Schweitzer, e os passos de todos
aqueles que tomam as rotas dos homens, para anunciar a riqueza do
coração do Senhor e levá-la aos outros. Missionários de ontem, de
hoje e de amanhã, todos colocamos os nossos passos nas pegadas da
jovem Mãe de Jesus.
Todos/as: Maria foi também a primeira missionária de Cristo.
Leitor/a 5: Maria foi a primeira bendita nos evangelhos e a primeira
que foi proclamada feliz por causa da sua fé. O hino de Isabel é tecido
de louvores à Mãe de Jesus; o hino vai da bênção à bem-aventurança,
passando pelo maior título que se possa dar a Maria: a Mãe do meu
Senhor, o que quer dizer “a Mãe de Deus”.
Todos/as: Maria foi a primeira bendita nos evangelhos.
Leitor/a 6: Louvada pela mãe do nascituro João Batista, Maria
responde pelo Magnificat. Esse canto coloca Deus no centro, do
primeiro ao último versículo. É o Deus magnífico que envolve toda
a história da humanidade com o seu amor. Esse hino é o primeiro
grande louvor a Deus de todos os evangelhos. Ele irrompe do
coração e dos lábios da humilde serva Maria.
Todos/as: A minh’alma engrandece o Senhor e o meu espírito se
alegrou em Deus meu Salvador.
32
UMBRASIL
Canto de aclamação
Fala Senhor (Jorge Trevisol)
Fala, Senhor, fala da vida.
Só tu tens Palavras eternas, queremos te ouvir.
Leitura da Palavra de Deus (Lc 2,41-52)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Motivados pelo SIM de Maria, pensemos em nossa
responsabilidade ao dar este SIM com convicção e como podemos
“cultivar” o nosso SIM em todos os momentos de nossa vida. Assim
como fez Jesus, olhando para Maria, entreguemo-nos aos desígnios
de Deus a serviço dos homens.
Partilha
Animador/a: Hoje, o que faço para dizer sim e agir de acordo com
os planos de Deus em minha vida? Sou sensível às palavras que Deus
me diz?
Preces
Animador/a: Olhando as atitudes de Maria, deixemos Deus agir em
nosso coração e em nossa mente a fim de produzirmos frutos de
salvação, rezemos:
Todos/as: Que eu possa responder aos Vossos apelos como fez Maria.
Que em nossa caminhada sejamos portadores da semente que Deus
depositou em nós, sendo testemunhas vivas de Cristo.
Que em nossa missão sejamos cada vez mais sensíveis às necessidades
do próximo, entendendo que Deus nos guia em nosso crescimento
em estatura, sabedoria e graça.
33
Maio com Maria
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Olhamos para ti, modelo e companheira, para viver a nossa
vocação de seguimento ao Cristo, com a alegria, a sensibilidade, o
amor e a energia que manifestavas ao educar Jesus.1 Amém!
Animador/a: Atentos aos planos de Deus em nossas vidas a exemplo
de Maria, rezemos: Pai-nosso.
Canto final
Romaria (Renato Teixeira)
É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido
Em pensamentos
Sobre o meu cavalo
É de laço e de nó
De jibeira o jiló
Dessa vida
Cumprida a sol
Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)
O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos
Perderam-se na vida
À custa de aventuras
Descasei, joguei
1
Investi, desisti
Se há sorte
Eu não sei, nunca vi
Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)
Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Pra pedir de
Romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar
Meu olhar
Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)
Trecho de Oração do 21o Capítulo Geral dos Irmãos Maristas.
34
UMBRASIL
6
pequena semente, cheia de
graca e de vida
“Se alguém me ama cumprirá minha
palavra, meu Pai o amará, viremos a
ele e nele habitaremos.”
(Jo 14,23)
Elaboração da oração: Ir. Adilson Luis Recktenwald – Província
Marista do Rio Grande do Sul.
Ambientação: Imagem de Maria junto à cruz, flores e velas.
Motivação e acolhida
Animador(a): Maria dialoga com seu Filho, acolhe a sua Palavra e a
conserva em seu coração, vivendo com disponibilidade para fazer a
vontade de seu Senhor, mesmo quando não O entende totalmente.
Canto
Companheira Maria (José Raimundo Brandão)
Companheira Maria, perfeita harmonia
Entre nós e o pai
Modelo dos consagrados, no sim ao chamado do
Senhor confirmai.
Ave, Maria, cheia de graça,
plena de raça e beleza.
Queres com certeza que a vida renasça.
Santa Maria, Mãe do Senhor.
35
Maio com Maria
Que se fez pão para todos,
criou mundo novo, só por amor.
Intercessora Maria, perfeita harmonia entre nós e
o Pai. Justiça dos explorados, combate ao pecado,
torna os homens iguais.
Transformadora Maria, perfeita harmonia entre
nós e o Pai. Espelho de competência afasta a
violência, enche o mundo de paz.
Recordação da vida
Animador/a: Maria foi a primeira a ocupar-se do seu Filho desde
que nasceu. “Ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o
depositou na manjedoura” (Lc 2,7). Ela foi a primeira a amar a Deus
num corpo humano. Nas suas pegadas, somos todos chamados a amar
a Deus na carne dos nossos irmãos: famintos, sedentos, doentes, nus,
presos... porque o Rei está neles, formando um com eles. Já não é
possível amar a Deus sem amá-lo no próprio homem.
Leitor/a 1: Ela foi a primeira a rezar, guardando no coração tudo
aquilo que se dizia do seu Filho. “Maria se detinha em todos esses
acontecimentos, procurando o significado deles” (Lc 2,19). “E a sua
mãe guardava todos esses acontecimentos no coração” (Lc 2,51).
Viver o mistério de Jesus no coração é o fato dos místicos: Maria lhes
abre a porta. Procurar compreender o sentido do mistério de Jesus é
o trabalho dos teólogos: Maria os precede.
Leitor/a 2: Maria foi também a primeira sobre quem se alongou a
sombra da cruz. “O teu Filho vai ser a queda e o soerguimento de
muitos em Israel e será sinal de contradição. Um gládio transpassará
a tua alma” (Lc 2,34-35). Ser escolhida para participar da paixão do
seu Filho, que honra. Por sobre todo o verdadeiro cristão alonga-se
36
UMBRASIL
a sombra da cruz; mas Maria foi a primeira em ser por ela coberta.
Assim, Maria que partilha a mesma bendição com o Filho, partilha a
mesma paixão e morte.
Todos/as: Ave cheia de graça, Ave cheia de amor. Salve ó mãe de
Jesus. A ti nosso canto e nosso louvor. (2x)
Leitor/a 1: Maria foi a primeira em correr para Jesus, quando ouviu
dizer em família que ele havia perdido o juízo (Mc 3,20-21 e 31-35).
Ela leva a Jesus toda a família: única forma de saber a verdade e de
ser convertido. Que bela lição. Quando Cristo escandaliza, é ainda
a Ele que se deve ir.
Leitor/a 2: Ela foi a primeira citada em Caná, onde ela também foi
a primeira em levar um problema humano ao Filho: ela o conhece
e nele confia. Ela foi ainda a primeira citada ao pé da cruz, no
Evangelho de João. Ela é a primeira em constituir, com o discípulo
amado, o primordial começo da nova família fundada pelo Senhor
agonizante.
Todos/as: Ave cheia de graça, Ave cheia de amor. Salve ó mãe de
Jesus. A ti nosso canto e nosso louvor. (2x)
Leitor/a 1: Ela foi a primeira em ser acolhida no lar do discípulo
amado, que também é a sua própria casa, a sua família, o seu coração
e a sua comunidade cristã.
Leitor/a 2: Maria foi ainda a primeira e a maior testemunha da
encarnação, do nascimento e da morte de Jesus. Toda a amplitude da
vida humana de Jesus está sob o olhar da Mãe. Ela se torna a primeira
prova e testemunha da humanidade de Jesus.
Todos/as: Desse modo, Maria se coloca à disposição total do Filho.
Primeira cristã, ela é também a primeira pessoa consagrada ao
Filho. Como não admirá-la, como não imitá-la? Como não lhe pedir
que nos ajude, na nossa vez, a que sejamos atraídos pelo Senhor
e o proclamemos na grandeza que havia sido revelada no dia da
Anunciação e por isso: “Grande, Filho do Altíssimo, Filho de Davi,
37
Maio com Maria
Rei para sempre, Santo, Filho de Deus, Senhor, Sol levante, Salvador,
Cristo, Senhor, Luz das nações, Glória de Israel, Filho do Pai eterno”.
Maria trouxe todos esses títulos com cuidado e fidelidade no seu
coração para no-los transmitir.
Canto de aclamação
Palavras Santas do Senhor
Palavras santas do Senhor eu gravarei no coração. (2x)
1. Vossa Palavra é uma luz a iluminar, o vosso povo em marcha
alegre para o Pai.
2. Palavra viva, penetrante e eficaz, que nos dá força, vida, amor
e santa paz.
3. De muitos modos Deus falou aos nossos pais, ultimamente
por seu Filho nos falou.
Leitura da Palavra de Deus (Jo 19,25-27)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Maria compreendeu o coração de seu Filho Jesus,
captando bastante daquela plenitude de misericórdia que nele se
manifestava. Quanto Jesus teria aprendido de Maria ao proclamar-se
“manso e humilde de coração”?
Partilha
Animador/a: Quem o discípulo amado representa, quando Jesus
entrega Maria a ele, como sua mãe? Que sentimentos brotam em nós
ao contemplarmos a presença de Maria na vida e missão de Jesus?
38
UMBRASIL
Preces
Animador/a: Proclamemos a grandeza de Deus Pai todo-poderoso:
Ele quis que Maria, Mãe de seu filho, fosse celebrada por todas as
gerações. Peçamos humildemente:
Todos/as: Mãe cheia de graça, intercedei por nós!
Deus, autor de tantas maravilhas, que fizestes a Imaculada Virgem
Maria participar em corpo e alma da glória celeste de Cristo, conduz
para a mesma glória os corações de vossos filhos e filhas.
Vós, que nos destes Maria por Mãe, concedei, por sua intercessão,
saúde aos doentes, consolo aos tristes, perdão aos pecadores, e a
todos a abundância da vossa graça.
Fazei Senhor, que vossa Igreja seja, na caridade, um só coração e
uma só alma, e que todos os fiéis perseverem unânimes na oração
com Maria, Mãe de Jesus.
Vós, que coroastes Maria como Rainha do céu, fazei que nossos
irmãos e irmãs falecidos se alegrem eternamente em vosso reino, na
companhia dos santos.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Animador/a: Irmãos, cheios de alegria coloquemos diante do Senhor
nossas vidas rezando: Pai-nosso.
Todos/as: Ó Deus, que escolheste Maria para ser a Mãe de Jesus, teu
Filho, faze que pela força de sua oração junto a ti, nossas comunidades
sejam sinais da tua presença neste mundo. Por Cristo nosso Senhor.
Amém!
39
Maio com Maria
Canto final
Boa Mãe (Kairoi)
Boa Mãe estou aqui, vim pra rezar e te falar,
tua vida, Boa Mãe, modesta foi, fiel na fé,
em teu regaço eu quero estar, bem junto a ti
como um filhinho te darei, Todo o meu ser: aceita-me.
Boa Mãe, nossa Boa Mãe. (2x)
Boa Mãe, eu vejo em ti, a ideal mulher cheia de Deus,
Boa Mãe com tua fé, viveste até na solidão.
Olha teus filhos como vão buscando a luz!
Vê quantas dores e aflição! Dá-nos tua fé: acolhe-nos.
40
UMBRASIL
7 o Espirito Santo e Maria
“Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder
do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra;
por isso também o Santo, que de ti há de
nascer, será chamado Filho de Deus.”
(Lc 1,35)
Elaboração da oração: Márcio Issler Paulo e Ir. Lucas José Ramos
Lopes – Província Marista Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Cartaz escrito “O Espírito Santo virá a ti”, círculo
com doze pequenas velas (Pentecostes), imagem da Boa Mãe no
Centro e pegadas de papel com os nomes dos participantes.
Motivação e acolhida
Animador/a: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo e Maria Sua
Mãe. Amém!
Nos reunimos na alegria para com Maria irmos ao Pai, unidos a
Jesus e no Espírito de Amor. Queremos trilhar os passos da Boa Mãe
para escutarmos o que o Espírito endereça a cada um de nós e ter a
ventura de Cristo encarnar em nossa história. Cantemos.
Canto
Quando teu Pai Revelou (Waldeci Farias e Dom Navarro)
Quando teu Pai revelou o segredo a Maria que pela
força do Espírito conceberia
A ti Jesus ela não hesitou logo em responder:
Faça-se em mim pobre serva o que a Deus aprouver!
41
Maio com Maria
Hoje imitando Maria que é imagem da Igreja,
nossa família outra vez te recebe e deseja
Cheia de fé, de esperança e de amor dizer sim a Deus
Eis aqui os teus servos Senhor!
Que a graça de Deus cresça em nós sem cessar!
E de Ti, nosso Pai, venha o Espírito Santo de amor,
pra gerar e formar Cristo em nós
Por um decreto do Pai ela foi escolhida
Para gerar-te ó Senhor, que és origem da vida
Cheia do Espírito Santo no corpo e no coração
Foi quem melhor cooperou com a tua missão.
Na comunhão recebemos o Espírito Santo e vem contigo
Jesus o teu Pai sacrossanto
Vamos agora ajudar-te no plano da salvação: eis aqui
os teus servos Senhor!
Recordação da vida
Animador/a: Pela sua maternidade, Maria está fortemente ligada ao
Filho, laço esse que mais aparece e que mais nos fala ao coração.
Para nós ela é a mulher que tem Jesus em seus braços ou em seu
coração: ela é o ostensório de Jesus, o seu trono e santuário, porque é
a sua Mãe. É a pura verdade dos Evangelhos, onde Maria é chamada
28 vezes de Mãe de Jesus.
Leitor/a 1: Ainda assim, há um dom que precede o filho e o permite;
e esse é o dom do Espírito: “O Espírito Santo descerá sobre ti. Eis por
que aquele que vai nascer de ti será santo e será chamado Filho de
Deus” (Lc 1,35). Mateus também dá a entender esta prioridade: “Ela
concebeu por obra do Espírito Santo” (Mt 1,18).
42
UMBRASIL
Todos/as: Que a graça de Deus, cresça em nós sem cessar! E de ti nosso
pai venha o Espírito Santo de amor, para gerar e formar Cristo em nós.
Leitor/a 2: Esse dom do Espírito em Maria, como presença de Deus
a preceder a encarnação de Jesus, é perfeitamente conforme com
a lógica divina: o Espírito precede todos os grandes momentos da
Vida. Sobre as águas do caos original paira o Espírito; depois, segue a
plenitude da vida organizada (Gn 1,2). O povo de Israel não passa de
acumulação de ossos secos, mas o profeta chama o Espírito dos quatro
cantos da terra. Os ossos vestem-se de nervos, de carne, de pele e
se levantam como exército de vivos (Ez 37). Maria é virgem, mas o
Espírito virá sobre ela e da virgem nascerá o homem novo, Jesus.
No dia de Pentecostes, no cenáculo, havia um grupo de discípulos
fechados em si mesmos. Desce neles o Espírito como força e fogo, e
a boa-nova enche as ruas de Jerusalém: é o dia oficial do nascimento
da Igreja. As espécies eucarísticas são um pouco de pão e um pouco
de vinho; mas, desde que o Espírito desce sobre elas, temos o corpo
e o sangue de Cristo presentes entre nós. O Espírito é o autor das
grandes entradas promotoras de transformação.
Todos/as: Que a graça de Deus, cresça em nós sem cessar! E de ti nosso
pai venha o Espírito Santo de amor, para gerar e formar Cristo em nós.
Leitor/a 3: A partir da Anunciação, pode-se dizer que o Espírito não
mais deixa Maria. Quando ela parte para a casa de Zacarias, rica do
Filho que leva em si, a sua saudação a Isabel faz estremecer de alegria
o nascituro João Batista e, plena do Espírito, Isabel se põe a profetizar e
a tecer os primeiros grandes louvores à Mãe de Deus. De igual modo,
quando Maria passa o Filho para os braços de Simeão, este, cheio do
Espírito Santo, profetiza, glorificando o menino como “luz das nações
e glória de Israel”. Enfim, as últimas atenções de Jesus na cruz se
voltam para a Mãe e para o discípulo. Em seguida, morre, insuflando
o seu Espírito na mãe e no discípulo, primeira célula viva da Igreja. A
última presença simultânea do Espírito e de Maria sobrevém no dia de
Pentecostes. Mas, aí, a mãe Maria cede o lugar à mãe Igreja, enquanto
ela se confunde na comunidade dos fiéis.
Quando Deus faz um dom, é para sempre, o dom se torna fidelidade
de Deus. Em Maria, sempre haverá o Espírito, com Maria sempre
estará o Filho. Era verdade ontem, é verdade hoje.
43
Maio com Maria
Todos/as: Ir a Maria é colocar-nos no ambiente do Espírito. Ficar com
Maria é correr a sorte de escutar o que se endereça a cada um de nós:
“O Espírito Santo virá a ti”. Então teremos a ventura de Jesus também
se encarnar em nossa vida.
Canto de aclamação
Aleluia! Alguém do Povo (Waldeci Farias e Dom Navarro)
Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia! (2x)
Alguém do povo exclama como é grande, ó Senhor, quem te
gerou e alimentou. Jesus responde: Ó mulher, pra mim é feliz
quem soube ouvir a voz de deus e tudo guardou.
Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia! (2x)
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,34-37; 39-41)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Ir a Maria é colocar-se no ambiente do Espírito. Ficar
com Maria é correr a sorte de escutar o que Deus endereça a cada
um nós: “O Espírito Santo virá sobre ti”.
Partilha
Animador/a: Qual a minha sensibilidade e disponibilidade em
perceber e responder aos apelos de Deus e do mundo? Quais são as
novas terras para onde devo partir apressadamente como fez Maria?
Preces espontâneas
Animador/a: Celebremos nosso Senhor que se dignou nascer da
Virgem Maria e peçamos:
Para que tenhamos um coração sensível e disponível para escutar os
apelos de Deus e do mundo e responder generosamente.
44
UMBRASIL
Todos/as: Senhor escutai nossa prece!
Palavra eterna do Pai, que escolhestes Maria como a arca incorruptível
para a vossa morada, livrai-nos do conformismo e da indiferença.
Vós, que nos destes Maria por Mãe, concedei, por sua intercessão
saúde aos doentes, consolação aos tristes, perdão aos pecadores e a
todos a salvação e a paz.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Ó Deus todo-poderoso, pela intercessão de Maria, nossa Mãe, socorrei
os fiéis que se alegram com sua proteção, livrando-os de todo mal
neste mundo e dando-lhes a alegria do céu. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Ao contemplar-te Maria, mulher cheia de fé, sentimos que tuas
iniciativas e intuições nos impulsionam como a Marcelino, a
rezarmos... Pai-nosso.
Canto final
Anunciação (Alceu Valença)
Na bruma leve das paixões
Que vêm de dentro
Tu vens chegando
Pra brincar no meu quintal
No teu cavalo
Peito nu, cabelo ao vento
E o sol quarando
A voz do anjo
Sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido
Já escuto os teus sinais
Que tu virias
Numa manhã de domingo
Eu te anuncio
Nos sinos das catedrais...
Nossas roupas no varal...(2x)
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais (2x)
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais (2x)
Ah! ah! ah! ah! ah! ah!
Ah! ah! ah! ah! ah! ah!...
45
Maio com Maria
8
“a mulher na plenitude
dos tempos” (gl 4,4-7)
Festa de Nossa Senhora de Lujan
Elaboração da oração: Ir. Ricardo Demenech Fermo – Província
Marista do Rio Grande do Sul.
Ambientação: Se possível, colocar em destaque uma imagem de
Nossa Senhora de Lujan, Padroeira da Argentina, Uruguai, Paraguai
e alguns objetos que lembrem os países em festas. Vela acesa
recordando Jesus, Luz dos Povos e a bíblia lembrando Deus presente
na caminhada de toda a Humanidade.
Motivação e acolhida
Animador/a: Queridos, irmãs e irmãos em
Cristo, sejam todos bem-vindos para juntos
celebrarmos com Maria, Nossa Boa Mãe e
Mãe de todos os Povos. Neste dia, dedicado
a Sua memória, recordamos os nossos irmãos
da Argentina, Uruguai e do Paraguai que
hoje, juntamente conosco, celebram Maria,
com o título de “Nossa Senhora de Lujan”.
Também, desejamos fazer memória de todas
as mulheres que neste mês celebram o seu
dia: Dia das Mães. Maria, antes de ser Mãe,
foi mulher e como mulher procurou guiar o
coração do mundo rumo ao coração de Deus,
seu Amado. Celebrar com Maria, nossa Mãe
comum, é desejar que Ela faça parte de nossa
intimidade e de nossa história. É abrir “espaço
46
UMBRASIL
em nossa morada interior”, para que Ela ocupe o Seu lugar em nós,
esteja e permaneça conosco, seus filhos adotivos no amor. Como
Seus filhos te pedimos, fica conosco ó Mãe neste dia.
Canto
Mãe do Céu Morena (Padre Zezinho)
Mãe do Céu Morena
Senhora da América Latina
De olhar e caridade tão divina
De cor igual à cor de tantas raças
Virgem tão Serena
Senhora destes povos tão sofridos
Patrona dos pequenos e oprimidos
Derrama sobre nós as tuas graças
Derrama sobre os jovens tua luz
Aos pobres vem mostrar o teu Jesus
Ao mundo inteiro traz o teu amor de Mãe
Ensina quem tem tudo a partilhar
Ensina quem tem pouco a não cansar
E faz o nosso povo caminhar em paz
Derrama a esperança sobre nós
Ensina o povo a não calar a voz
Desperta o coração de quem não acordou
Ensina que a justiça é condição
De construir um mundo mais irmão
E faz o nosso povo, conhecer, Jesus...!
47
Maio com Maria
Recordação da vida
Animador/a: Preparemos nosso coração a fim de ouvirmos o relato da
ação misericordiosa de Deus para com a nossa humanidade, quando
chegada a plenitude dos tempos, nos oportunizando a afiliação divina
por meio de Maria, proporcionando o Reino dos céus como herança.
Somos herdeiros do Reino dos Céus e destinados diretamente ao
coração de Deus! Assim como uma carta tem o seu destinatário, o
nosso Destinatário é Deus, pois somos marcados com o Seu próprio
selo para Lhe pertencer como filhos tão amados.
Leitor/a 1: Mas, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus
enviou o seu Filho, nascido da mulher, nascido sujeito da lei, a fim
de resgatar os submetidos à lei, para nos conferir a adoção filial. E
a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o
Espírito do seu Filho que clama “Aba”, Pai, de modo que já não és
escravo, senão filho e, pois, herdeiro, da parte de Deus.
Todos/as: Somos pelo Sim de Maria a Deus “na plenitude dos tempos”,
co-herdeiros do Reino, pelo Espírito em nós depositados.
Leitor/a 2: Maria não é citada pelo nome, mas a mulher em tela
não pode ser outra. Paulo faz desta mulher a segurança mais certa da
humanidade do Senhor. Maria tem presença inelutável na encarnação
do Filho e essa encarnação conquista para nós a dignidade de filhos.
Todos/as: Somos pelo Sim de Maria “na plenitude dos tempos”, dignos
de sermos reconhecidos em nossa essência como filhos de Deus.
Leitor/a 3: Ainda assim, o grande valor desse texto é de estar escrito
na forma de quiasma, procedimento retórico que constrói o texto
em forma de U, tendo partes simétricas, ligadas entre si por palavras
ou personagens presentes nas duas partes. E as partes simétricas se
esclarecem reciprocamente. Vê-se bem como as diversas partes estão
interligadas. Contudo, o que o texto nos dá a entender é que Jesus,
nascido da mulher, nos faz nascer como filhos de Deus. O laço é de
causa: com efeito, o nascimento de Jesus implica o nosso nascimento
como filhos de Deus. Quando Maria é escolhida para mãe do Filho,
nós somos escolhidos como filhos de Deus, tendo em nós o mesmo
Espírito de Jesus, aptos, como ele, para clamar: Aba, Pai…
48
UMBRASIL
Todos/as: Pelo Sim de Maria “na plenitude dos tempos”, somos
escolhidos para sermos filhos de Deus, tendo o mesmo Espírito de
Seu Filho, nascendo como seus filhos e dignos para juntos proclamar
“Aba, Pai”.
Leitor/a 1: Acrescentemos que esse quiasma se divide em duas
partes: a primeira, descendente, compreende aqueles que intervêm
na salvação: Deus Pai, o Filho e a mulher que o acolhe; a segunda
parte, ascendente, compreende os salvados, isto é, aqueles que estão
sob a lei.
Todos/as: Pelo Sim de Maria “na plenitude dos tempos”, Deus Pai e o
seu Filho intervêm na Salvação de nossa humanidade, nos permitindo
experiementar a Vossa misericórdia.
Leitor/a 2: Nós: “A fim de conferir-nos a adoção filial”. – Vós: “A prova
de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito
do seu Filho que clama: ‘Aba, Pai’”. – Tu: “De modo que já não és
escravo, mas filho e, pois, herdeiro, da parte de Deus”.
Toda essa ventura de salvação é possível, porque o Filho, na plenitude
dos tempos, nasceu da mulher Maria.
Todos/as: Pelo Sim de Maria “na plenitude dos tempos”, confere-nos a
filiação divina, portadores do Espírito de seu Filho em nossos corações
e livres de todo o tipo de escravidão.
Leitor/a 3: Os laços com Jesus que nos salva são tão densos, que
temos toda a razão para dizer que formamos uma só família: temos
o mesmo Pai, somos habitados pelo mesmo Espírito que o Filho,
somos chamados filhos, temos Jesus por irmão e temos a mesma
mãe que ele. Nos escritos de Martinho Lutero, encontramos a seguinte
afirmação comovedora: “Eis a consolação e o amor desbordante
de Deus: o homem crente pode gloriar-se de tão grande tesouro,
isto é, Maria é a sua verdadeira mãe, Cristo é o seu irmão e Deus
é o seu Pai”. Lutero acrescenta: “Ela é a mãe da Igreja de todos
os tempos, porquanto é a mãe de todos os filhos que vão nascer
do Espírito Santo” (M. Luther, WA 10-1, 72.19-73.2 e WA 10-1,
107.2 e WA 4, 234.5-8). Lutero, em toda a sua vida, chama Maria
“a doce mãe de Deus”.
49
Maio com Maria
Todos/as: Pelo Sim de Maria, “na plenitude dos tempos”, participamos
da família de Jesus, tendo Deus como Pai, Jesus por Irmão e Maria
como nossa Mãe comum.
Canto de aclamação
Maria Guardavas Tudo (Paulo Roberto)
Maria guardavas tudo, com grande atenção, palavras e gestos de
Cristo em seu coração.
Ensina Maria tua gente escutar, disperta Teus filhos que o Pai
quer falar. (2x)
Maria, falavas pouco, deixavas falar. Aprende-se mais ouvindo,
aprende-se a amar.
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,26-38)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Neste momento de silêncio e interiorização dos textos
propostos, convide Maria para estar com você, visitar “a sua casa”,
sentar-se ao seu lado, e deixe-a falar, procure apenas escutar as
lembranças e relatos os quais Ela carrega em si, sobre o Seu chamado
“na plenitude dos tempos”, para ser a Mãe de Jesus e cooperadora na
obra salvífica, permitindo-lhe hoje, ser merecedor da filiação divina,
ter Jesus como irmão, e tê-La como Mãe. Reze com Ela a sua realidade
pessoal, social, seus medos, sonhos e ainda pelos teus irmãos e irmãs
aos quais és enviado, a fim de ser também, face materna de Deus em
suas vidas.
Partilha
Animador/a: Com base no que leste, rezaste e sentiste, compartilhe
a experiência que experimentaste. Algumas perguntas podem servir
de apoio:
50
UMBRASIL
• O que me dizem os textos?
• O que me fazem sentir?
• O que pude perceber em minha realidade e na realidade do
mundo em que vivo?
• Que compromisso sou convidado por Deus, a exemplo de
Maria, a dizer SIM? E a assumir?
• Em que aspectos estou cooperando com a missão de Deus
para com a Salvação do mundo?
Preces
Animador/a: Irmãos e irmãs, elevemos os nossos pedidos a Deus
dizendo:
Todos/as: Interceda por nós ó Santa Mãe de Deus!
Para que com a graça de Deus, possamos ser dignos de sua filiação
divina e co-herdeiros do Reino dos céus, procurando evitar ser escravo
do pecado que mata a vida de tantos irmãos e irmãs.
Para que, a exemplo de Maria, possamos dizer SIM a Deus e sermos
cooperadores para a Salvação do mundo.
Por todas as mulheres e mães para que, a exemplo de Maria, possam
educar seus filhos na fé e no amor, procurando guiá-los ao coração
de Deus.
Para que os países hoje em festa, Argentina, Uruguai e Paraguai vivam
a intensidade do amor de Deus manifestado por meio de Maria com
o título de Nossa Senhora de Lujan, e se comprometam a transmitir
esse amor a tantos homens e mulheres que ainda desconhecem o
amor de Deus, de Jesus e a pessoa de Maria.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Peçamos juntos a Intercessão de Nossa Senhora de Lujan:
51
Maio com Maria
Ó Virgem Santíssima de Lujan! A ti recorremos neste vale de
lágrimas, atraídos pela fé e pelo amor que tu mesma infundistes em
nosso coração. Ó Mãe querida! Alivia a nossa dor, consola as nossas
angústias, dá-nos o pão material e o alimento espiritual para fortalecer
o nosso corpo e a nossa alma. Elimina o ódio e o egoísmo do coração
de todos os homens.
Virgem Santíssima de Lujan! Ilumina o nosso caminho para
que, unidos na paz e fraternidade, com todos os irmãos da terra,
continuemos a marcha gloriosa para a casa do Pai. Abençoa, ó Mãe,
a Argentina, Uruguai, Paraguai e a todos àqueles que recorrem a
Vossa proteção cujos filhos cantam os teus louvores. Por Cristo Nosso
Senhor. Amém!
Deus nos comunicou o seu Espírito, como filhos seus amados, juntos
digamos: Pai-nosso.
Canto final
Maria de Nazaré (Pe. Zezinho)
Maria de Nazaré, Maria me cativou
Fez mais forte a minha fé
E por filho me adotou
As vezes eu paro e fico a pensar
E sem perceber, me vejo a rezar
E meu coração se põe a cantar
Pra Vigem de Nazaré
Menina que Deus amou e escolheu
Pra mãe de Jesus, o Filho de Deus
Maria que o povo inteiro elegeu
Senhora e Mãe do Céu
Ave-Maria (3x), Mãe de Jesus!
Maria que eu quero bem,
Maria do puro amor
Igual a você, ninguém
Mãe pura do meu Senhor
Em cada mulher que a terra criou
Um traço de Deus Maria deixou
Um sonho de Mãe Maria plantou
Pro mundo encontrar a paz
Maria que fez o Cristo falar
Maria que fez Jesus caminhar
Maria que só viveu pra seu Deus
Maria do povo meu
52
UMBRASIL
9 Um sim entusiasta
(lc 1,26-39)
“Eis aqui a serva do
Senhor; faça-se em mim
segundo a tua palavra!”
(Lc 1,38)
Elaboração da oração: Ir. Daniel Carvalho de Jesus e Josiel Marcos
Guimarães – Província Marista Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Imagem de Maria, vela, som ambiente e tecidos
(azul e branco).
Motivação e acolhida
Animador/a: O Fiat de Maria é força dinamizadora para a vida de
todo cristão. Que o exemplo dela nos auxilie a concretizar o projeto
do Deus Libertador, pelo nosso sim alegre e disponível. Procuremos
praticar a palavra do Senhor indo às últimas consequências de um sim
comprometido e vivido na fidelidade ao Deus que é fiel sempre.
Canto
Maria do Sim (Mary Cecília)
Maria do sim, ensina-me a viver meu sim. Ó roga por mim,
que eu seja fiel até o fim.
Um dia Maria deu o seu sim, mudou-se a face da terra, porque
pelo sim nasceu o senhor e veio morar entre nós o amor.
Um dia eu também dei o meu sim, um sim que mudou minha
vida. Porque dar o sim é igual a morrer a fim de que Deus possa
em nós viver.
53
Maio com Maria
Ensina-me a ser fiel como tu, vivendo o meu sim cada dia. Que
eu possa no mundo ser um sinal da tua humildade, Maria.
Recordação da vida
Animador/a: A Anunciação se concluiu com a resposta de Maria:
“Sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Partida do céu, a imensa e benfazeja nova atingiu a terra e agora
é confiada à responsabilidade de uma jovem sobre a qual paira o
Espírito Santo e na qual o filho já se vai formando.
Leitor/a 1: Muitas vezes, a palavra serva é sublinhada para indicar
a humildade da Virgem, o que ela própria recordará no Magnificat:
“Ele olhou a pequenez da sua serva”. Maria, na Anunciação, por
um momento perturbada diante da grandeza de Deus, sabe medir
o seu nada. Ela se coloca na multidão dos servos de Deus: Abraão,
Moisés, Davi, os profetas, até que chega o grande servo de Deus e
dos homens, Jesus, vindo “para servir e dar a sua vida como resgate
pela multidão” (Mt 20,28 e Lc 22,27).
Leitor/a 2: Mas Maria ouviu do anjo Gabriel que ela era cheia de
graça, cheia do amor de Deus, amiga de Deus. Ela também havia
compreendido bem a insistência de Gabriel: “Não temas, Maria, o
Senhor está contigo”. O convite de Gabriel à alegria e ao amor de
Deus esclarece e penetra o coração de Maria. Ela sente-se amada.
Ora, a fórmula de resposta de que se vale “sou serva” era também
uma das fórmulas de casamento e de amor. Ruth a disse a Booz, na
noite em que ela havia respigado do trigo do seu primo.
Todos/as: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua
palavra!
Leitor/a 3: Ela se põe ao lado dele e lhe diz: “Estende sobre a tua serva
o teu manto” (Rt 3,9). Abigail, de igual modo, pedida em matrimônio
por Davi, responde-lhe: “A tua serva é como uma escrava para
54
UMBRASIL
lavar os pés dos servos do meu Senhor” (1Sm 25,41). Rute e Abigail
respondem mediante um dom total de si mesmas ao amor humano.
Maria é a primeira que ousa valer-se de uma fórmula de casamento
com Deus. De fato, é resposta de amor ao amor, é a expressão de um
dom total. Maria se diz de todo preparada para o serviço do filho que
recebe. Em Maria, a aliança atinge o ponto mais alto, muitas vezes
sonhado por Deus e cantado pelos profetas: uma aliança de amor de
casamento.
Leitor/a 4: É muito belo que a humildade e o amor teçam no coração
de Maria o berço que acolhe Jesus. Isso se reforça pela segunda
parte da resposta: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. O verbo
optativo exprime grande desejo, a expressão da alegria ante a graça
imensa que é feita, como se Maria dissesse: “Oxalá isso me ocorra
como tu dizes”.
Todos/as: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo
a tua palavra!
Leitor/a 1: Davi conheceu situação similar, quando o profeta Natã
lhe disse: “O Senhor está contigo e ele construirá uma casa para ti.
Eu serei como pai para os teus descendentes e eles serão quais filhos
para mim. A tua casa e a tua realeza subsistirão para sempre” (2Sm
7,3-25). Perante essa promessa, Davi se prostra e suplica a Javé que
realize a sua palavra. “Guarda a tua palavra, e faze como disseste”.
Maria acabava de ouvir o eco dessa profecia de Natã em tudo quanto
o anjo disse do menino. Ela também reza como Davi, ela suplica que
Deus realize as suas palavras. Ela adere, com amor e entusiasmo, ao
plano de salvação.
Leitor/a 2: Então alguma coisa de único, de absolutamente novo
se passa. Nela começa a se formar o filho da promessa, que é
simultaneamente Filho do Pai e Filho de Maria, homem e Deus. A
humanidade viu nesse menino, sob a ação do Espírito, uma mutação
única que se vai expandindo em todos aqueles que o acolhem. “Em
todos os que o acolhem, ele lhes deu o poder de se tornarem filhos
de Deus” (Jo 1,12). Nós somos todos filhos do SIM de Maria.
55
Maio com Maria
Todos/as: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a
tua palavra!
Leitor/a 3: Com a Anunciação, Maria abre o caminho do acolhimento
ao Senhor. Com seu Sim, pela primeira vez Jesus é acolhido por um
ser humano, acolhido num amor pleno. Essa acolhida vai ser repetida
constantemente, entre o povo de Deus, por todos os séculos, todas
as culturas, em todos os tempos. Já no Evangelho, depois de Maria
é José com igual disponibilidade, depois a família do pequeno João
Batista entre cantos e na alegria, depois discretamente os pastores,
os magos concluem sua longa viagem, ajoelhados diante do nascido
Rei dos judeus.
Leitor/a 4: Na entrada do templo, é a alegria emocionada e profética
do velho Simeão que recebe em seus braços o menino, “Luz das
nações”, e a velha Ana que acorre para proclamar a todos a libertação
de Jerusalém. Com o mesmo entusiasmo Pedro dirá a Jesus: “Tu sabes
bem que eu te amo!” e Paulo ousa escrever: “Quem nos separará do
amor de Cristo”. É um acolhimento apaixonado que percorre toda a
história da Igreja para chegar até nós com João Paulo II, com a Madre
Teresa e tantos outros. A salvação caminha de Sim em Sim, de amor
em amor. Desde Maria, a chama da acolhida nunca se extinguiu.
A Igreja nunca se desfez da túnica branca da esposa que acolhe o
esposo. Tudo começou com Maria.
Canto de aclamação
Escuta Israel (Paulo Roberto)
Escuta Israel, Javé teu Deus vai falar
Escuta Israel, Javé teu Deus vai falar
Fa..la Senhor Javé, Israel quer te escutar...
Fa..la Senhor Javé, Israel quer te escutar...
56
UMBRASIL
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,26-38)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Atentos a Palavra de Deus deixemos que ela ecoe em
nossos corações.
Partilha
Animador/a: Maria ouvia a Palavra do Senhor e a guardava em seu
coração. Atentos aos exemplos da Mãe de Deus, como eu busco
acolher e viver esta Palavra no cotidiano? No mundo moderno em
que a relação interpessoal é fragilizada, como busco perceber e sentir
o Cristo no próximo?
Preces
Animador/a: Assim como Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor,
faça-se em mim segundo a vossa Palavra”, eu também possa dar a
minha resposta.
Todos/as: Maria ajuda-nos a viver nosso sim!
Para que o Verbo encarnado em Maria seja trazido ao mundo por
meio de nossas ações.
Para que iluminados pelo Evangelho possamos ser presença de Maria
em nossas comunidades, ouvindo e vivenciando a Palavra de Deus.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Ao receber o Verbo, Maria: De Mulher que espera o Messias,
torna-se Aquela que traz o Messias. De Filha de Deus, torna-se a Mãe
de Deus. De escrava, torna-se rainha. De serva, torna-se Senhora. De
filha da humanidade, torna-se Mãe de todos os homens e mulheres.
Que através da vivência do nosso sim possamos um dia dizer: o
Senhor fez em mim maravilhas, Santo é o Seu Nome. Amém!
57
Maio com Maria
Motivados pela Luz do Evangelho e pela presença de Maria em nosso
meio rezemos a oração do Pai-nosso.
Canto final
Imaculada, Maria de Deus (José M. Thomaz Filho e Frei Fabreti)
Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus.
Imaculada, Maria do povo, Mãe dos aflitos que estão junto
à cruz!
Um coração que era “sim” para a vida, um coração que era
“sim” para o irmão, um coração que era “sim” para Deus: Reino
de Deus renovando este chão.
Olhos abertos pra sede do povo, passo bem firme que o medo
desterra, mãos estendidas que os tronos renegam; Reino de Deus
que renova esta terra.
Faça-se, ó Pai, vossa plena vontade, que os nossos passos se
tornem memória do amor fiel que Maria gerou; Reino de Deus
atuando na História.
58
UMBRASIL
10 a primeira missao crista
“Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor
me venha visitar?”
(Lc 1,43)
Elaboração da oração: Ir. Ronaldo Luzzi – Província Marista Brasil
Centro-Sul.
Ambientação: Imagem de Maria, sandálias representando o caminhar,
vela e a frase: “Com Maria, ide depressa para uma nova terra”.
Motivação e acolhida
Animador/a: Irmãos e irmãs, sintamo-nos acolhidos e bem-vindos.
Reunimo-nos para celebrar em comunidade, mais este dia dedicado
de forma especial à reflexão acerca da missão cristã preconizada na
pessoa de Maria Santíssima; ela nos inspira, assim como fez a toda a
comunidade cristã, a irmos depressa para uma nova terra e levarmos
a Boa-nova do Reino, o Evangelho de seu Filho e Senhor nosso, Jesus
Cristo. Iniciemos: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Amém!
Canto
Maria, Mãe dos Caminhantes (Pe. Geraldo Pennock)
Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar.
Nós somos todos viandantes, mas é difícil sempre andar.
Fizeste longa caminhada para servir a Isabel.
Sabendo-te de Deus morada, após teu sim a Gabriel.
59
Maio com Maria
Recordação da vida
Animador/a: Na Anunciação, a Boa-nova é acolhida; na Visitação,
ela é levada, partilhada e cantada; toda uma família se torna cristã:
“Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, […] entrou
na casa de Zacarias e de Isabel […]” (cf. Lc 1,39-40).
Leitor/a 1: Essa viagem é a primeira missão cristã: O que Maria leva
em si, o que ela traz à família de Isabel é Jesus, o Messias. Maria se
apressa, mas com seu nenê. Maria vai depressa e, de certo modo,
já cantando seu Magnificat. E todos os membros da família de Isabel
vão ser felizes com a vinda de Maria e de seu filho.
Leitor/a 2: Maria impulsiona o grande movimento da Boa-nova. As
viagens de Paulo, de Pedro, de todos os missionários que encheram o
império romano com a Boa-nova, os missionários de todos os tempos
e os atuais aprendem aqui seus primeiros passos.
Todos/as: Vem Maria, vem, vem nos ajudar neste caminhar tão difícil,
rumo ao Pai! (2x)
Leitor/a 3: Todos eles anunciam Jesus e aqueles que o recebem com
um coração reto exultam de alegria. É o caso do etíope encontrado
e batizado por Felipe (At 8), da família de Cornélio (At 10) e de Lídia
(At 16). Mas é a família de Zacarias a primeira envolta na alegria
messiânica, a primeira a acolher, como Senhor, o nenê que se forma
em Maria. Isabel diz bem: “Meu Senhor!” Estamos diante da primeira
profissão de fé cristã, da primeira família cristã, na primeira missão
cristã. Todo verdadeiro cristão diz a Jesus: “Tu és meu Senhor!”
Todos/as: Vem Maria, vem, vem nos ajudar neste caminhar tão difícil,
rumo ao Pai! (2x)
Leitor/a 1: Duas palavras-chave sugerem essa ideia de missão: “Maria
levantou-se depressa”, na expressão grega temos anastàsa – levantar-se,
palavra da mesma família que anàstasis – ressurreição. Depois da
ressurreição do Senhor, a jovem Igreja ergueu-se depressa e partiu
pelas estradas do mundo para levar a Boa-nova. Na Visitação,
60
UMBRASIL
Maria é a imagem da Igreja. A segunda palavra-chave é estrada, em
grego hodos, en te hodo – no caminho ou na estrada. É uma das
características de Lucas. Para ele, o caminho tem um valor teológico.
É ao longo da estrada que a evangelização se realiza.
Leitor/a 2: O olhar do evangelista está sobre Maria, mas, na verdade,
não é apenas sua missão que nos atinge, mas também aquela de
Lucas, da Igreja primitiva e de tantas gerações de discípulos cuja fé
alcança as praias de hoje e irriga nossa própria fé. Nossa fé tem sua
fonte na primeira missão cristã, aquela de Maria.
Leitor/a 3: Nos passos da mãe, Jesus também começa sua caminhada
pelas estradas dos homens. Ele é fiel e nos alcançará pelos caminhos de
Emaús. Ele nos envia em missão, mas nos diz também: “Eis que estou
com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20).
Todos/as: Vem Maria, vem, vem nos ajudar neste caminhar tão difícil,
rumo ao Pai! (2x)
Leitor/a 1: A missão de Maria teve um grande sucesso: houve toda
uma primavera de alegria na casa de Isabel, de seu filho, de Zacarias
e Maria; essa alegria brotou em cantos que proclamaram o amor
e a fidelidade de Deus e reconheceram a identidade do filho de
Maria: “O Senhor, o Sol levante, a Salvação que nos livra de nossos
inimigos!” Os pais do pequeno João Batista proclamam sua fé na
criança da jovem prima e iniciam o próprio filho para ser o Precursor
do Messias. A fé de Isabel e de Zacarias é o húmus em que se enraíza
a missão de Batista.
Leitor/a 2: Maria é invocada como “Rainha dos Apóstolos” por todos
os que anunciam o Senhor, e o Papa Paulo VI a chamou de “Estrela
da evangelização”. Nós também somos pessoas em caminho e nossa
estrada cruza a vida de muitas outras pessoas. Seremos felizes se
nossa saudação despertar nelas a criança do Reino.
Todos/as: Vem Maria, vem, vem nos ajudar neste caminhar tão difícil,
rumo ao Pai! (2x)
61
Maio com Maria
Canto de aclamação
Tua Palavra é Lâmpada (Simei Monteiro)
Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor!
Lâmpada para os meus pés, luz para o meu caminho! (2x)
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,39-45)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Façamos agora um pequeno momento de silêncio para
interiorização e meditação dos textos, e procuremos perceber em que
aspectos podemos ligar nossa vida com a realidade bíblica.
Partilha
Qual seria nossa atitude diante da visita de Maria em nossa casa,
hoje? Como a acolheríamos? Diante das nossas limitações, a exemplo
dos discípulos de Emaús, em que momentos reconhecemos a real
presença de Cristo que se nos manifesta?
Preces
Animador/a: Celebremos nosso Salvador, que se dignou nascer da
Virgem Maria e se pôs a caminho rumo à casa do Pai, e peçamos:
Todos/as: Maria, mãe dos caminhantes, intercedei por nós!
Sol de justiça, a quem a Virgem Imaculada precedeu como aurora
resplandescente, concedei que caminhemos sempre à luz da vossa
visitação.
Vós, que nos destes Maria por Mãe, concedei, por sua intercessão,
saúde aos doentes, consolo aos tristes, perdão aos pecadores, e a
todos a salvação e a paz.
Vós, que enviastes a Pedro e a Paulo para evangelizar as nações,
62
UMBRASIL
fazei que a palavra da salvação seja pregada a toda criatura.
Vós, que reunistes ao redor dos Apóstolos e de Maria toda a comunidade
cristã, fazei que nossa comunidade seja testemunha viva do Reino, hoje.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Ó Deus todo-poderoso, que inspirastes à Virgem Maria sua
visita a Isabel, a Pedro e a Paulo a audácia do anúncio do Evangelho,
e assim preconizou toda a atividade missionária da Igreja, fazei-nos
dóceis ao Espírito Santo, a fim de que consigamos, também nós, força
e coragem para nos colocar a caminho no anúncio da Boa-Nova de
Cristo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
Prossigamos implorando a vinda do Reino de Deus rezando: Pai-nosso.
Canto final
Pelas Estradas da Vida (M. Espinosa)
Pelas estradas da vida, nunca sozinho estás.
Contigo pelo caminho, Santa Maria vai.
Ó vem conosco, vem caminhar, Santa Maria vem.
Ó vem conosco, vem caminhar, Santa Maria vem.
Se pelo mundo os homens, sem conhecer-se vão,
não negues nunca a tua mão a quem te encontrar.
Mesmo que digam os homens, tu nada podes mudar
luta por um mundo novo de unidade e paz.
Se parecer tua vida inútil caminhar, lembra que abres caminho,
outros te seguirão.
63
Maio com Maria
11
o primeiro canto em louvor
a Maria (lc 1,42-45)
“Minha alma proclama a
grandeza do Senhor.”
(Lc 1,46)
Elaboração da oração: Daniel Zanol e Ir. Edicarlos Pereira Coelho –
Província Marista Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Imagem de Nossa Senhora e círio.
Motivação e acolhida
Animador/a: Queridos irmãos, sejam todos bem-vindos neste encontro
ao qual Maria se faz presente. Isabel faz um grande canto de ação
de graças a Maria e, em seguida, Maria proclama as maravilhas do
Senhor. Que neste dia, nós aproveitemos para fazer o nosso grande
canto de louvor assim como Maria e Isabel fizeram com grande
regozijo e júbilo.
Canto
O Senhor fez em Mim Maravilhas (Pe. Ney Brasil)
O Senhor fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome!
A minha alma engrandece o Senhor e exulta meu espírito em
Deus, meu Salvador. Pôs os olhos na humildade de sua serva,
doravante toda a terra cantará os meus louvores.
Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem.
Demonstrando o poder de seu braço dispersa os soberbos.
64
UMBRASIL
Recordação da vida
Animador/a: Habitualmente as nossas Bíblias apresentam o canto de
Isabel na forma de prosa; mas muitos exegetas notam que, efetuando
uma retrotradução do grego ao aramaico, para logo reaparece o
sopro poético.
Todos/as: Tu és bendita entre todas as mulheres.
E bendito é o fruto do teu ventre.
De onde me vem a grande honra? De vir a mim a mãe do
meu Senhor?
Porque, como tu vês,
Desde que a tua saudação
Chegou ao meu ouvido,
O filho estremeceu de alegria
No meu seio.
Sim, bem-aventurada aquela
Que acreditou no cumprimento
De quanto lhe foi dito
Da parte do Senhor.
Leitor/a 1: É o primeiro canto endereçado a Maria: ela é bendita,
ela é a mãe do Senhor. A sua saudação faz estremecer de júbilo o
pequeno João Batista. Ela é declarada bem-aventurada. É realmente a
mãe, Maria, que é exaltada.
Leitor/a 2: Mas esse canto apresenta uma riqueza espiritual única.
Em Maria repousa a primeira bênção dos evangelhos. Uma mãe
idosa abençoa a jovem mãe. É bênção de vida: a mãe e o menino são
envoltos na mesma bênção; a mãe e o filho são inseparáveis; Maria
e Jesus não podem mais ser dissociados.
Leitor/a 3: Finda a estrofe da bênção, Isabel dá a Maria o maior
título que se possa atribuir-lhe, porque Isabel confere ao menino o
65
Maio com Maria
maior título que lhe pertence: Senhor; aliás, com a afeição e com a
fé contidas no possessivo, ela diz “o meu Senhor”. Maria é a “Mãe do
meu Senhor”. Este título dado ao menino confirma a sua divindade;
ele exprime a fé da Igreja de Lucas dos anos oitenta. Lucas, porém,
inspira-se igualmente na passagem bíblica (2Sm 6,1-11), onde se
indica que a arca de Deus deve ser levada a Jerusalém. Davi exclama:
“Como a arca do Senhor poderia vir à minha casa?” E a arca se
deteve na casa de Obed-Edom; fica por três meses aí; a família de
Obed-Edom é copiosamente abençoada. Para Davi ela era a arca do
Senhor; para Isabel é a Mãe do Senhor; mas o Senhor é o mesmo.
Maria, quatrocentos anos antes do Concílio de Éfeso, recebe o título
de “Mãe de Deus”.
Todos/as: Para Davi ela era a arca do Senhor; para Isabel é a Mãe do
Senhor.
Leitor/a 1: Depois o canto se desenvolve na contemplação da primeira
bem-aventurança dos evangelhos: “Feliz és tu porque acreditaste”.
Esta bem-aventurança da fé é a base de todas as outras. Para chegar
às bem-aventuranças de Jesus, formulada nas palavras “felizes vós
os pobres”, cumpre ter fé. Esta bem-aventurança da fé é também a
última dos evangelhos: “Bem-aventurados antes aqueles que creram
sem ter visto” (Jo 20,29). Maria vive a maior das bem-aventuranças,
que é a fé. João, em Caná, também faz de Maria o modelo da fé.
Maria é a primeira a viver uma fé cuja razão e meta é Jesus; Maria é
a primeira que vive uma fé cristã.
Leitor/a 2: Se dispusermos em círculo as personagens do canto de
Isabel, teríamos a seguinte ordem: Maria e o menino, Maria e o
Senhor, Isabel e o menino, Maria e o Senhor. Na base o Senhor,
objeto da fé de Maria; no pináculo, o menino Senhor, objeto da fé
de Isabel. As personagens comparecem por duplas: Maria e Jesus;
Maria e o Senhor; Isabel e João; Maria e o Senhor; e, simetricamente,
as mães se contemplam, os meninos se contemplam, o Senhor está
na base e no pináculo. Damo-nos conta como os evangelistas são
escritores de alto desempenho profissional.
66
UMBRASIL
Leitor/a 3: Este primeiro canto em honra de Maria goza de garantias
as mais sólidas: é o Espírito que inspira; Lucas o insere no evangelho;
a comunidade de Lucas o acolhe; a grande Igreja dos Apóstolos o
reconhece como parte da revelação. Todas as Igrejas de hoje leem
este hino com emoção.
Todos/as: Para Davi ela era a arca do Senhor; para Isabel é a Mãe do
Senhor.
Leitor/a 1: Esse canto de Isabel e do Espírito anuncia e autoriza outros
cantos que, no curso dos séculos, vão florescer nas Igrejas: Ortodoxa,
Copta, Armênia, Anglicana e Católica, para cantar as glórias da Mãe
do Senhor. O louvor que segue, da Igreja copta da Etiópia, constitui
um exemplo.
Todos/as: Virgem Maria, Mãe de Deus,
Tu és o incensório de ouro,
Que trouxe o carvão aceso.
Bendito aquele que o recebe do santuário,
Porque ele perdoa os pecados
E destrói as faltas.
Ele é o Verbo do Senhor,
Que se encarnou em ti,
Aquele que se ofereceu ao próprio Pai
Como incenso e sacrifício agradável.
Regozija-te, Virgem Maria,
Santa Mãe de Deus, verdadeira advogada
Do gênero humano.
Roga por nós em presença de Cristo,
Teu Filho.
(Da liturgia copta da Etiópia)
67
Maio com Maria
Canto de aclamação
Aleluia! Aleluia! Aleluia, aleluia! (2x)
Rendei graças ao Senhor porque eterno é seu amor. (2x)
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,46-55)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Acolhamos o canto de louvor de Maria e percebamos
por meio de um breve tempo de silêncio e recolhimento o quanto esse
louvor nos fala e toca a nossa história. Meditemos essas maravilhas
proclamadas pela boca de Maria, mas saídas do terno coração de
discípula.
Partilha
O que o texto provoca-me a dizer a Deus como louvor?
O que tem me impedido de louvar a Deus nos dias de hoje?
Tenho consciência das maravilhas e obras que Deus tem feito em
minha história?
Preces
Animador/a: Com o coração grato, cheio de amor e alegria, louvemos
ao Senhor.
Todos/as: Maria, ajude-nos a glorificar Jesus.
Agradeçemos-te Pai querido por tantas maravilhas realizadas em
nossa vida e pedimos-te que não desanimemos no caminho por conta
de nossas dificuldades e problemas.
Assim como Maria, saibamos nos comprometer com a vontade do
Senhor e nos colocar a disposição d’Ele.
68
UMBRASIL
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Animador/a: Senhor proclamamos a tua grandeza em nossa vida e
pedimos a intercessão de sua Mãe para que nós, assim como Ela,
louvemos diariamente pela tua presença amorosa em nossa vida.
Obrigado pelas maravilhas que realizas diariamente em nossa vida.
Agradecemos-te, ainda, por ter nos dado uma mãe que nos ensina
a sermos gratos. Que as tuas maravilhas sejam sempre observadas.
Amém!
Façamos a oração que Jesus Cristo nos deixou como canto de
agradecimento e em seguida de coração alegre e humilde realizemos
a grande exaltação de Isabel pela oração que recordamos da mãe de
Jesus.
Canto final
Quando teu Pai Revelou (Dom Carlos A. Navarro e Valdeci Farias)
Quando teu pai revelou o segredo a Maria, que, pela força
do Espírito, conceberia, a ti, Jesus ela não hesitou logo
em responder: faça-se em mim, pobre serva, o que Deus
aprouver! Hoje, imitando Maria, que é a imagem da Igreja,
nossa família, outra vez te recebe e deseja, cheia de fé, de
esperança e de amor, dizer sim a Deus, Eis aqui os teus
servos, Senhor!
Que a graça de Deus cresça em nós, sem cessar! E de ti,
nosso Pai, venha o Espírito Santo de amor, pra gerar e formar
Cristo em nós.
Por um decreto do Pai, ela foi a escolhida para gerar-Te,
ó Senhor, que és a origem da vida; cheia do Espírito Santo
no corpo e no coração, foi quem melhor cooperou com a
69
Maio com Maria
tua missão. Na comunhão recebemos o Espírito Santo. E vem
contigo, Jesus, o teu Pai sacrossanto; vamos agora ajudar-te
no plano da salvação: Eis aqui os teus servos, Senhor!
No coração de Maria, no olhar doce, e terno, sempre tiveste na
vida um apoio materno. Desde Belém, Nazaré, só viveu para
te servir; Quando morrias na cruz, tua Mãe estava ali. Mãe
amorosa da Igreja, quer ser nosso auxílio. Reproduzir no
cristão as feições de seu Filho. Como Ela fez em Caná, nos
convida a te obedecer: Eis aqui os teus servos, Senhor!
70
UMBRASIL
12 o Magnificat
(lc 1,46-55)
“Maria, ide depressa
para uma nova terra.”
(21o Capítulo Geral dos
Irmãos Maristas)
Elaboração da oração: Ir. Luiz de Santana Lima – Província Marista
Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Na simplicidade de Maria, ornamentar o ambiente
com uma imagem de Nossa Senhora sobre uma toalha branca, uma
vela e, se possível, flores.
Motivação e acolhida
Animador/a: Olhando a história da Igreja, desde o dia do Pentecostes
até hoje, podemos ver como Maria está presente em todo o seu
percurso. Os filhos reconhecem a presença amorosa de sua Mãe e
proclamam-na bem-aventurada de geração em geração, como ela
mesma profetizou. Iniciemos esta celebração em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. Amém!
Canto
O Canto de Maria ao Povo (Padre Zezinho)
Minh’alma dá glórias ao Senhor
Meu coração bate alegre e feliz
Olhou para mim com tanto amor
Que me escolheu, me elegeu e me quis.
E de hoje em diante eu já posso prever,
71
Maio com Maria
Todos os povos vão me bendizer
O Poderoso lembrou-se de mim, Santo é seu nome sem fim
O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz
Maria carrega o Salvador porque Deus faz, sempre cumpre o
que diz
E quando os povos aceitam lei passa de pai para filho seu dom
Das gerações Ele é mais do que rei, ele é Deus pai, ele é bom
Minh’alma dá glórias ao Senhor
Meu coração bate alegre e feliz
Olhou para mim com tanto amor
Que me escolheu, me elegeu e me quis.
O orgulhoso Ele sabe dobrar, o poderoso Ele sabe enfrentar
O pobrezinho Ele defenderá, não nos abandonará
O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz
Maria carrega o Salvador porque Deus faz, sempre cumpre o
que diz
Quem tem demais qualquer dia vai ver o que é ter fome e não
ter pra comer
Quem passa fome comida terá, eis que a justiça virá
Recordação da vida
Animador/a: “O Magnificat, retrato, para assim dizer, da sua alma,
está bordado por inteiro com os fios da Escritura Santa, com fios
tirados das palavras de Deus. Vê-se, assim, aparecer que, na palavra
de Deus, Maria está verdadeiramente na sua casa; Maria dela sai e aí
entra com muita naturalidade. Ela fala e pensa por meio da palavra
de Deus. A palavra de Deus torna-se a sua palavra, e a sua palavra
nasce da palavra de Deus. Ademais, assim se manifesta que os seus
72
UMBRASIL
pensamentos estão no diapasão dos pensamentos de Deus, que a
sua vontade consiste em querer com Deus.
Estando profundamente penetrada pela palavra de Deus, ela pode
tornar-se a mãe da Palavra encarnada. Enfim, Maria é mulher que
ama. Como poderia ser de outra maneira? Ela, como crente que, na
fé, pensa com os pensamentos de Deus e quer com a vontade de
Deus, só pode ser uma mulher que ama” (Bento XVI, Encíclica Deus
Cáritas est, n. 41, 25-12-2005).
Leitor/a 1: O canto de Maria, resposta ao hino de Isabel, é conhecido
sob o nome de Magnificat. Maria, louvada, orienta todo o seu canto
para Deus, que ela glorifica do primeiro ao último versículo. É a perfeita
característica de Maria: ela torna a centrar-se sempre ou no seu Filho
Jesus, como em Caná, ou em Deus, como é o caso aqui. Nos lugares de
peregrinação, onde ela é honrada, celebra-se a Eucaristia, proclama-se
a Palavra e, de contínuo, anuncia-se e canta-se o seu Filho.
Leitor/a 2: O Magnificat inscreve-se nos salmos de louvor; nessa
grande corrente, entre os chamados cânticos novos. Um cântico novo
era um salmo improvisado, tecido de uma sequência espontânea de
citações bíblicas. Com efeito, Maria aqui é como uma Bíblia aberta.
É a teóloga protestante France Quéré que o diz no seu livro Maria.
O seu canto desliza de uma citação a outra, como se todo o Antigo
Testamento quisesse fazer-se presente na voz de Maria e, mediante
ela, passar ao Novo Testamento.
Leitor/a 3: Mas, se o Magnificat é um canto improvisado, então
podemos perguntar-nos que retrato espontâneo e cotidiano de Deus
Maria leva em si e, como ricochete, que é do retrato que emerge
nesse canto da jovem mulher que o improvisa?
Todos/as: O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz...
Leitor/a 1: É um Deus salvador. Não é salvador teórico, por ouvir
dizer, ou de experiência e convicção repetidas no povo de Israel; é
um Salvador pessoal. “Deus, meu Salvador.” É fácil adivinhar quem é
esse Salvador para Maria, pois ela ouviu do anjo que o nome do seu
Filho é Jesus: Deus que salva, Deus Salvador.
73
Maio com Maria
Leitor/a 2: É o Deus habituado em fazer maravilhas. Maria olha o
que está para lhe acontecer. É extraordinário. Ela torna-se mãe do
Filho de Deus. É a maravilha das maravilhas que Deus fez para o seu
povo: a libertação da escravidão do Egito, o dom da Aliança, da Lei,
a assunção de Israel como povo e propriedade particular de Deus,
povo santo, povo de sacerdotes... O Deus das maravilhas dá em
abundância vida, liberdade, nobreza.
Leitor/a 3: Isso é próprio de um Deus cuja natureza é ser santo.
“Santo é o seu nome.” Tudo o que Deus faz em Maria, tudo o que
ele faz em favor do povo, é porque ele é Santo.
Todos/as: O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz...
Leitor/a 1: Deus escolhe os pequenos. Ele dispersa os soberbos, ele
derruba os poderosos, ele despede os ricos de mãos vazias. Davi
e Acab sabem-no bem, quando se prevalecem do poder contra os
fracos e vão no rumo dos crimes. Deus os humilha por meio dos seus
profetas e os ameaça de destruição. Os salmos recordam, muitas
vezes, essa escolha em favor dos pequenos e contra os homens de
coração de ferro.
Leitor/a 2: Maria, lendo a história do seu povo, proclama que Deus
está presente, é ativo, preocupa-se dos seus. Ele já é no Antigo
Testamento aquilo que será no Novo Testamento, o Emanuel, aquele
que caminha com o seu povo.
Leitor/a 3: No seu canto, Maria percorre toda a história de Israel e
se une a Abraão, o pai que recebe as promessas. Deus é o Deus fiel.
O que ele prometeu a Abraão ele o realiza de geração a geração e o
leva ao seu termo no menino que se forma nela.
Todos/as: O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz...
Leitor/a 1: Sobretudo, para Maria, Deus é o Deus de amor. Toda
a história da humanidade está constantemente envolta do seu
amor, como o mostra a inclusão a seguir, que encerra sete ações
que sumariam a perfeição do agir de Deus (cf. Marie, la Mère de
Jésus, p. 180).
74
UMBRASIL
Quando ela reza, contempla o rosto de Deus, quando então já sonha
de ver o rosto do seu filho.
Lado 1: É mulher de alegria, alegria plena de gratidão e encantamento.
A primeira palavra de Gabriel havia sido: Alegra-te. Maria não vai
deixar cair tal saudação e convite. Ela se deixa esclarecer por essa
mensagem de alegria. O menino que se forma nela é a sua maior
fonte de alegria. Maria não é tocada pelos perigos possíveis: ser
despedida, perder o bom nome, em sociedade e perante os pais,
ser lapidada. Ela está estabelecida na alegria e a sua força vem
do céu: “Nada é impossível a Deus”. É desta mulher ditosa que
dizemos: Causa da nossa alegria, porque o filho que ela traz no seio
é toda a nossa alegria.
Lado 2: Maria é mulher inteligente. Ela compreende e proclama
o que Deus fez nela: “O Senhor fez em mim maravilhas”. A sua
característica será sempre refletir, procurar compreender, deixar as
coisas amadurecerem no coração, santuário da oração. Ela tem,
ademais, a sua justa intuição: a maravilha que Deus fez nela é de tal
grandeza que “doravante todas as gerações a proclamarão ditosa”.
Todos/as: O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz...
Lado 1: Não é orgulho, porque Maria se havia proclamado “humilde
serva”, o nada contemplado pelo amor, pequena como todos os
anauim de Israel.
Lado 2: É a mulher cujo coração já está modelado pelo Espírito,
pautado pelo coração do Filho. Como ele, ela escolhe os humildes,
os famintos. Ela toma distância dos soberbos, dos tiranos, dos ricos.
Ela faz escolhas corajosas.
Lado 1: É mulher profundamente enraizada na história do seu povo.
O seu Magnificat não é o canto de solitária, mas de mulher solidária.
Partindo do seu caso, ela percorre, em linha reversa, todas as gerações
do seu povo, até Abraão, o homem primordial dessa aventura com
Deus. No coração de Maria, vive a história e a esperança de Israel.
Bate nela o coração do seu povo.
75
Maio com Maria
Lado 2: É mulher de fé profunda. Somente a fé permite ler a história,
descobrindo a presença e a ação de Deus. Somente a fé permite ler
o seu caso pessoal como obra de Deus: o menino que ela leva em si
não é um acidente, senão o dom do amor sem limites de Deus que
vem salvar. O retrato de Deus que emerge do seu canto é por inteiro
o fruto da sua fé.
Todos/as: O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz...
Lado 1: É sobremodo a mulher que sabe dizer o seu muito obrigado.
Entre os judeus, a gratidão exprimia-se sempre em louvores e na
bênção; a palavra obrigado não existia no idioma hebraico. Mas cantar
os louvores de alguém não seria a opção para substituir o obrigado
inexistente? Ser reconhecido, amado, abençoado, venturoso para
sempre não seria o equivalente do obrigado? Em Maria, a gratidão
irrompe espontânea, abundante e jubilosa.
Lado 2: Lemos, rezamos ou cantamos, muitas vezes, o Magnificat.
Fazemos nossa a fé, a alegria e o louvor mediante os quais Maria
glorifica a Deus. Sempre que dizemos todas as gerações me chamarão
venturosa, muito bem adivinhamos que no grande louvor de Deus,
essa pequena frase e essa profecia constituem o louvor reservado à
Mãe. Reiteramos essa profecia com júbilo, dando-lhe uma espécie
de cumprimento. Hoje somos a geração que diz com alegria e
reconhecimento: Todas as gerações me chamarão venturosa. Sim,
Mãe de Jesus, declaramos-te bem-aventurada; tu és a causa da nossa
própria alegria.
Lado 1: Lutero, no seu comentário do Magnificat, escreveu: “Este
santo cântico da bem-aventurada e doce mãe de Deus deveria ser
aprendido e decorado por todos. Neste canto Maria nos ensina como
devemos amar e louvar a Deus, com o coração desapegado, sem
buscar o nosso interesse”.
Lado 2: No seu canto, Maria percorre toda a história de Israel e se
une a Abraão, o pai que recebe as promessas. Deus é o Deus fiel.
O que ele prometeu a Abraão ele o realiza de geração a geração e o
leva ao seu termo no menino que se forma nela.
76
UMBRASIL
Todos/as: O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz...
Lado 1: É um Deus salvador. Não é salvador teórico, por ouvir dizer,
ou de experiência e convicção repetidas no povo de Israel; é um
Salvador pessoal. “Deus, meu Salvador.” É fácil adivinhar quem é
esse Salvador para Maria, pois ela ouviu do anjo que o nome do seu
Filho é Jesus: Deus que salva, Deus Salvador.
Canto de aclamação
Shemá Israel
Shemá Israel, Adonai helo Henu Adonai ehad!
Escuta Israel, o Senhor é nosso Deus grande é o Senhor.
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,46-55)
Tempo de silêncio, interiorização e partilha
Animador/a: Coloquemo-nos na presença do Senhor junto com
Champagnat e com a Boa Mãe. Depois de um momento de silêncio,
expressemos, uma vez mais, nossa confiança filial em Maria.
• De que modo as virtudes marianas podem ser vividas nos
dias atuais?
• ComooexemplodeMariapodenosinspirarparaavivência
em profundidade dos valores cristãos?
Preces
Animador/a: Cristo, Palavra única do Pai, é acolhido plenamente
no coração de Maria. Para que sirvamos a Ele como Maria o fez,
rezemos ao Senhor...
Todos/as: Senhor, escutai a nossa prece!
Cristo, nosso Mestre, deu-nos como modelo sua mãe Maria. Para que
imitemos essa mãe em toda a sua entrega.
77
Maio com Maria
Cristo, filho de Maria, confiou-a aos cuidados do apóstolo João. Para
que levemos uma vida de proximidade com Maria, aprendendo com
ela a sermos humildes e fervorosos.
Cristo – caminho, verdade e vida – foi a luz que iluminou os passos
de Maria. Para que, seguindo o exemplo de Maria, alcancemos a
experiência do amor de Deus.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Ó Deus todo-poderoso, pela intercessão de Maria, nossa Boa
Mãe, socorrei os fiéis que se alegram com a sua proteção, livrando-os de
todo mal neste mundo e dando-lhes a alegria do céu. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Confirmemos agora nossos louvores e pedidos com a oração do
Pai-nosso.
Canto final
Santa Mãe Maria (José Acácio Santana)
Santa mãe Maria nessa travessia,
cubra-nos teu manto cor anil.
Guarda nossa vida, Mãe Aparecida,
Santa Padroeira do Brasil.
Mulher peregrina, força feminina, a
mais importante que existiu. Com
justiça queres que nossas mulheres
sejam construtoras do Brasil.
A-ve, Maria! A-ve, Maria!
Com seus passos lentos enfrentando
os ventos, quando sopram noutra
Com amor divino guarda os peregrinos
direção. Toda a Mãe Igreja pede que
nesta caminhada para o além. Dá-lhes
tu sejas companheiras de libertação.
companhia pois também um dia foste
peregrina de Belém.
78
UMBRASIL
13
o coracao como morada
da oracao (lc 2,19.51)
“Entre cantos de festa e com grande alegria,
ingressam, então, no palácio real. Deixareis
vossos pais, mas tereis muitos filhos, fareis
deles os reis soberanos da terra.”
(Sl 44(45))
FESTA DE
NOSSA SENHORA DE FATIMA
Elaboração da oração: Adilson Follmann e Alexandre
de Bortoli – Província Marista Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Imagem de Nossa Senhora
de Fátima, cartaz com a frase: “Com Maria,
Maristas novos para uma nova terra”; folhas com
as palavras: Fé, Caridade e Esperança.
Motivação e acolhida
Animador/a: Neste dia, como “pastorinhos” somos
chamados a conversão. Que a Mãe Caminhante
ajude-nos a sermos bons discípulos. Maristas em
missão tornemo-nos sinais para o Mundo, da
ternura e fidelidade no seguimento a Cristo.
Todos/as: Oferecemos-te as crianças e jovens,
para que encontrem na oração o caminho para a
fé. Mãe querida estenda seu olhar e a tua proteção.
Seja nossa companhia e preserve nossa resposta ao
Senhor. Amém!
79
Maio com Maria
Canto
A treze de maio
A treze de maio, na cova da Iria, nos
céus aparece a Virgem Maria.
Ave, ave, ave-Maria!
A três pastorinhos, cercados de luz,
visita Maria, a mãe de Jesus.
Das mãos lhe pediam continhas de luz,
assim era o terço da mãe de Jesus.
A Virgem nos manda o terço rezar,
assim, diz, meus filhos, vos hei de salvar.
Recordação da vida
Animador/a: Duas vezes, em termos quase idênticos, Lucas apresenta
Maria assim: “Maria, do seu lado, guardava com cuidado todas essas
coisas, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19). “A sua mãe conservava
fielmente todas essas coisas no seu coração” (Lc 2,51).
Canto: Maria da Assunção, escuta a nossa voz e pede proteção a
cada um de nós.
Leitor/a 1: Maria é apresentada como a mulher que guarda e medita
no seu coração tudo o que acontece ao seu Filho. O coração, na
Bíblia, é a melhor parte da pessoa, como santuário dela; é onde a
pessoa é veraz; é onde Deus se faz presente. É no coração que Maria
reza, guardando com cuidado tudo o que se diz do seu Filho. Guardar
no coração é ação longa, cotidiana e que caracteriza a pessoa que
vive no seu interior.
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UMBRASIL
Leitor/a 2: Encontramos Maria nesse estado no dia de Natal e, doze
anos depois, quando Jesus perdido foi encontrado no templo. É um
hábito de Maria.
Canto: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus.
Imaculada, Maria do povo, mãe dos aflitos que estão junto à cruz.
Leitor/a 3: O que guarda ela com cuidado no seu coração? São todas
as mensagens que lhe vêm e que a esclarecem sobre Jesus. Tudo o
que Gabriel lhe disse, depois Isabel, os anjos, os pastores, Simeão e
Ana e a própria resposta de Jesus: “Não sabíeis que eu me devo às
obras do meu Pai?”
Leitor/a 4: Maria é, de contínuo, evangelizada por outros. Tudo isso
ela medita, aprofunda, reza e se torna nela uma visão cada vez mais
límpida do Filho. Ela não chega a compreender o que Simeão diz do
menino, o que Jesus lhe diz e responde, quando adolescente.
Todos/as: Ela, porém, tem atitude a mais justa da pessoa que acredita,
colocando tudo no seu coração, onde, na oração, a luz surgirá um dia.
Leitor/a 1: Os dois casos reportados por Lucas parecem semelhantes; de
fato eles são diferentes. A impressão é que, no primeiro momento,
Lucas havia terminado o seu segundo capítulo com a visita dos
pastores e a circuncisão, conclusão normal para o ciclo dos
acontecimentos de Natal e o paralelo que Lucas havia traçado entre
o caso de João Batista e aquele de Jesus. Aí o clima é de alegria,
como o anjo confirma:
Todos/as: “Venho anunciar-vos uma boa-nova, que será grande
alegria para todo o povo. Hoje nasceu para vós, na cidade de Davi,
o Salvador que é o Cristo Senhor” (Lc 2,10-11).
Leitor/a 2: Depois dessa conclusão, Lucas acrescenta a Apresentação
no Templo (Lc 2,22-38); e a perda de Jesus em Jerusalém (Lc 2,4152). Esses dois acontecimentos apresentam o anúncio do sofrimento:
a espada que vai transpassar a alma de Maria e o fato de perder o
menino, por três dias, em Jerusalém, no tempo de Páscoa, como um
primeiro e doloroso treino para a Paixão.
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Maio com Maria
Leitor/a 3: Em sintonia com as dores de Nossa Senhora, façamos um
minuto de silêncio, lembrando a espada que transpassara o coração
de MARIA. Ofereçamos – nós –, as nossas dificuldades.
Leitor/a 4: Nos dois casos, Lucas emprega o verbo guardar, em grego
terein, mas ele faz preceder o verbo de um prefixo diferente, syn. Para o
júbilo de Natal, ele escolhe synterein, porque os diversos elementos se
unem por si, eles têm movimento centrípeto. O prefixo syn indica isso,
como nas palavras sinfonia, simpatia, simpósio, síntese.
Leitor/a 1: No segundo caso, quando a dor predomina, os elementos têm
movimento centrífugo, sendo mais difícil de guardá-los juntos. Nesse
caso, Lucas emprega o prefixo dia dando diaterein, prefixo que indica a
tendência de separação, como nas palavras diafragma, diálise, diâmetro
e, sobretudo, diabo, o grande divisor do coração humano.
Todos/as: Na alegria e na angústia, Maria sabe juntar todas as coisas
no seu coração, guarda-as na oração e no esforço intelectual para
compreendê-las.
Leitor/a 2: Isso permite dizer que Maria é a primeira mística
e a primeira teóloga cristã. Essa mulher, que guarda tudo no seu
coração, admiramo-la, vemos nela a mulher de grande profundeza,
na qual reinam paz, reflexão e essa oração silenciosa que se chama
contemplação.
Canto: Virgem que sabe ouvir, o que o Senhor te diz. Crendo,
geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz!
Leitor/a 3: Se podemos dizer que esse modo de orar é o estilo padrão
de Maria, o evangelho reporta outras modalidades de oração da Mãe
do Senhor, as que poderíamos chamar orações de circunstância. A
Anunciação, por certo, constituiu um estado místico de profunda
intimidade com Deus. Em casa de Isabel, Maria rezou o canto da
alegria no Magnificat.
Todos/as: Quando o menino, que se formava nela, lhe estremecia
o ventre, certamente que ela lhe falava, para dizer-lhe palavras de
amor, a acariciá-lo com as mãos.
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UMBRASIL
Leitor/a 4: São palavras e gestos que o menino percebe muito bem
e lhe inspiram serenidade. No dia de Natal, ela olhou pela primeira
vez o rosto do seu Filho e a sua oração foi de júbilo, de êxtase, de
emoção, juntamente com louvores, enquanto ela envolve o menino.
Leitor/a 1: Lucas estabelece o seguinte paralelo surpreendente:
enquanto a mãe envolve o menino com panos, Deus, de noite, envolve
os pastores de luz. Caná, na sua vez, foi momento de oração, porque
ela diz ao Filho: “Eles não têm mais vinho”. Eis uma oração concreta.
Canto: Maria, Medianeira divinal, Se pedes, teu Jesus atendera!
Repete teu apelo maternal, Assim como nas bodas de Caná!
Leitor/a 2: Maria rezou, sobremodo ao pé da cruz, uma oração de
presença, de silêncio, de fé, de amargura profunda, deixando ao Filho
todo o espaço. Era oração de amor que não diz nada, em pura adesão
ao Filho, para que o Verbo encha o silêncio com sua Palavra:
Todos/as: “Mulher, eis o teu filho. Eis a tua mãe”. Jesus morre, ao
passo que nasce a Igreja, com mãe e filho.
Animador/a: Em Lucas, a derradeira imagem que temos de Maria
é aquela de uma mulher em oração, no Cenáculo, na comunidade
do primeiro grupo dos discípulos (At 1,14). Desse modo, Maria se
despede de nós nas Escrituras: Ela é na Igreja aquela que reza com a
Igreja, para que venha o Espírito. Ainda agora, Maria reza na Igreja e
pede o Espírito para que o Pentecostes continue no mundo.
Todos/as: Amém!
Canto de aclamação
Aleluia, quando Estamos Unidos (Pe. Zeca)
Aleluia, aleluia, aleluia! Aleluia, aleluia!
Quando estamos unidos, estás entre nós e falarás da tua vida.
Este nosso mundo, sentido terá se tua Palavra renovar.
83
Maio com Maria
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,39-55)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Encontramos em Maria o símbolo da força e da luta.
Sua liberdade em aceitar o “cordeiro” torna-a referência, nos
inspirando e animando a sermos também pessoas livres e desejosas
de servir o Evangelho. Maria, ao visitar sua prima, pôs-se a caminho
de novas terras. Talvez inovadoras para ela. Esse caminho de fé é
a base fundamental de toda nossa vida: viver a esperança no Deus
da Promessa. Meditemos as palavras do evangelista, motivados pela
reflexão do Irmão Giovanni.
Partilha
Animador/a: Caminhar em direção a “novas terras” implica saída
e determinação. Maria encontrou, na relação com Deus, a força
motora para fazer o caminho. Para os pastorinhos, foi a aparição
de Nossa Senhora de Fátima. Para nós, hoje, Champagnat com sua
intuição “tornar Jesus conhecido e amado entre crianças e jovens”.
Diante destes exemplos de fé e adesão, como eu vivo o apelo do 21o
Capítulo Geral: Com Maria, ide para uma nova terra?
A missão é construída pela escuta autêntica da Palavra de Deus.
Champagnat confiou, aos Irmãos e Leigos, a tarefa de educar os mais
necessitados. Qual a minha participação, tomando como referência
principal o Evangelho e as luzes do 21o Capítulo Geral?
Quais valores posso assumir em minha vida pessoal, profissional e
comunitária para que, a exemplo de Maria, o sonho de Champagnat
se concretize na realidade em que estou inserido?
Preces
Animador/a: Para que a Igreja, por intercessão de Nossa Senhora de
Fátima, dê testemunho vivo da ressureição de Jesus Cristo, rezemos.
Todos/as: Nossa Senhora de Fátima, medianeira de graças, atendei-nos!
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UMBRASIL
Pelo Santo Padre e todo seu Conselho, que possam ser exemplo da
fé, para todos os cristãos.
Para que, a exemplo dos “três pastorinhos”, assumamos a oração, e
sejamos testemunhas vivas do seguimento a Jesus.
Pelos governantes, que trabalhem pela justiça, respeitando os direitos
humanos.
Deus da Vida, abençoai os devotos de Sua Mãe e nossa. Que
perseverem na oração e pratiquem os mandamentos do amor.
Oração a Nossa Senhora de Fátima
Santíssima Virgem,
que nos montes de Fátima
vos dignastes revelar aos três pastorinhos
os tesouros de graças que podemos alcançar,
rezando o santo rosário,
ajudai-nos a apreciar sempre mais
esta santa oração, a fim de que,
meditando os mistérios da nossa redenção,
alcancemos as graças que insistentemente
vos pedimos (pedir a graça).
Ó meu bom Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno,
levai as almas todas para o céu
e socorrei principalmente
as que mais precisarem.
Nossa Senhora do Rosário de Fátima,
rogai por nós.
Amém!
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Maio com Maria
Canto final
Olhares que se Encontram (Jorge Trevisol)
No teu jeito de menina, no teu modo de sonhar,
há uma luz que não se apaga, há um segredo em teu olhar.
E me encanta tua vida o teu jeito de viver.
Que me ponho assim, Maria,
a pensar no que seria, não poder te conhecer.
Se eu te sigo, eu te encontro nas
fileiras. Mas se eu paro, logo
fico a imaginar. O olhar de Deus
amigo contemplando teu olhar.
Ele quis sonhar contigo, tu soubeste acreditar.
O teu jeito assim materno, teu olhar
e proteção, teu carinho pela vida,
faz tão bem ao coração. E nas horas
mais sombrias, no teu jeito de sofrer.
Eu encontro em ti Maria, no mistério
da agonia, um sentido pra viver.
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UMBRASIL
14 a busca de pedras preciosas
“Ela é o caminho que nos leva a Jesus.”
(São Marcelino Champagnat)
Elaboração da oração: Ir. Miguel Fernandes Ribeiro – Província
Marista Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Imagem de Maria (se possível, Nossa Senhora do Rosário
ou de Fátima), terço, panos, flores e velas para ornamentação.
Motivação e acolhida
Animador/a: Em nossa vida sentimos, sempre mais, as nossas
limitações e nossas impotências diante dos problemas que sobre nós
se abatem. Há momentos em que somente a fé em Deus nos vale.
E nessa hora a oração é o nosso grito de socorro, é nossa afirmação
de esperança. Nossa Senhora é para nós modelo de oração. Ela nos
aparece como Aquela que pode, por sua posição de Mãe de Deus
e Medianeira nossa, levar até Deus nossos pedidos e alcançar os
favores de que necessitamos na nossa caminhada.
Hoje somos convidados a refletir sobre a importância de bem rezar
em nossa vida, de bem cultivar nossa devoção mariana, se quisermos
ser fiéis discípulos de Cristo, assim como ela foi. Nossa devoção a
Maria quer ser despertadora de nossa confiança no poder da Mãe
e no amor do Pai. Com a oração do terço, por exemplo, não sinto
Deus e Maria longe de mim. Sinto-os “companheiros” de jornada e
auxílio para a contemplação dos mistérios de Cristo manifestados
no Evangelho. A oração mariana é verdadeira pérola preciosa que
nos leva a Deus. Esperamos que, pela simplicidade dessas “Orações
Marianas”, possamos todos aumentar nosso amor por Maria. Certos
disso, iniciemos esta celebração cantando.
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Maio com Maria
Canto
Ensina o teu Povo a Rezar (Pe. Zezinho)
Ensina o teu povo a rezar, Maria Mãe de Jesus. Que um dia o
teu povo desperta e na certa vai ver a luz. Que um dia o teu
povo se anima e caminha com teu Jesus.
Maria de Jesus Cristo, Maria de Deus Maria mulher, /:ensina o
teu povo o teu jeito de ser O que Deus quiser.
Maria senhora nossa, Maria do povo, povo de Deus /:ensina o
teu jeito perfeito de sempre escutar teu Deus.
Recordação da vida
Animador/a: Façamos a leitura atenta do texto em dois lados (Lado
1 e Lado 2):
Lado 1: Sucede-me questionar se vale a pena recitar o terço:
cinquenta vezes a mesma fórmula e o mesmo louvor. A dúvida não
brota da oração, mas da minha imensa distração. Muitas vezes,
chego ao fim da dezena com um pensamento que divaga por toda a
parte. Assim passam as ave-marias, as dezenas e o próprio terço.
Todos/as: A dúvida não brota da oração, mas da minha imensa
distração.
Lado 2: É verdade também que, por vezes, a atenção se firma, se
amplia, descobre matizes, deixa no coração algum entorpecimento
e um pouco de amor. Assim, produzem-se encontros com o
Senhor e com a sua Mãe, em momentos de grande iluminação.
Esses momentos de verdadeira oração encorajam-me a prosseguir,
apesar de todas as distrações. Se me digo que não vale a pena
continuar, vou abandonar a oração. Por certo, assim, não terei
mais distrações, visto que não há oração. Aí, porém, também não
terei esses instantes de densa espiritualidade, verdadeiras pepitas
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UMBRASIL
de ouro. Jesus é muito humano. Ele diz: “Deixem que o joio cresça
com o grão. Se arrancam o joio, desenraízam também o grão”
(Mt 13,24-30).
Todos/as: É verdade também que, por vezes, nossa atenção se firma
e, deixa no coração algum entorpecimento e um pouco de amor.
Lado 1: Nos meus primeiros anos de missão em Madagascar
fui atraído pelos garimpeiros de pedras preciosas, como berilos,
citrinas, amazonitas, topázios e ametistas. Algumas delas não tinham
pureza integral, exibindo pequenos fios interiores chamados pelos
especialistas “cabelos de vênus”. Essas pedras de coração impuro
valem mais que as outras.
Todos/as: Algumas pedras não tinham pureza integral. Porém, essas
pedras de “coração impuro” valiam mais que as outras.
Lado 2: Em certo dia acompanhei um garimpeiro. Chegamos à
encosta de uma montanha deserta. Na meia encosta, ele havia
aberto uma trincheira, adivinhando um veio de ametistas.
Entramos na trincheira. Havia muita terra mexida e pedraria,
trabalho enorme, quantidade incrível de ganga. Avançando mais, o
garimpeiro inclinou-se; depois fez brilhar na mão pequeno geodo de
ametista. Desabrochou em alegre ufania, como em êxtase diante
dessa pedra. Depois encontramos algo melhor: todo um conjunto
de geodos de ametistas em forma de castelo de teto em ponta. A
pedra começava na base como simples quartzo; mas a cor violeta
se ia tornando cada vez mais firme, à medida que avançava para
as pontas. Havíamos desenterrado um geodo raro, de grande valor.
Compensava por todo o trabalho, por toda a terra removida e pelo
monte de pedras que foi preciso retirar. Sem tal trabalho prévio e
sofrido de esvaziar o veio da ganga, fora impossível deparar com
a preciosa pedra, causa de tanta alegria e orgulho, pela descoberta
de algo digno dos mais prestigiados museus.
Todos/as: O garimpeiro inclinou-se; depois fez brilhar na mão
pequeno geodo de ametista de grande valor. Compensava por todo
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Maio com Maria
o trabalho, por toda a terra removida e pelo monte de pedras que
foi preciso retirar.
Lado 1: Ocorre o mesmo com as ave-marias. No terço, 49 podem
ser sem brilho e sem cor; depois, porém, irrompe uma de grande
intimidade com a Mãe de Deus; essa vale tanto ou mais que as outras
todas; essa vale o trabalho de retirar as 49 de pouco valor.
Todos/as: Uma Ave-Maria recitada com grande intimidade com
Maria, vale tanto ou mais que as outras 49 sem brilho.
Lado 2: Retornando à nossa trincheira, podemos dizer: a terra
removida e as pedras descartadas têm o seu valor, porque permitem
a coleta desses geodos que todo mundo procura. A pedra não
é diferente, em que pesem as muitas distrações; a paciência de
prosseguir catalisa os momentos em que o coração cai em êxtase.
Todos/as: A pedra distraída faz jus ao nosso respeito, porque é
antecâmara do santuário; ela é o atencioso encontro, ela é a subida
e descida do nosso modesto Tabor.
Canto
Ó Mãe neste Dia (Ir. Damião Clemente, fms)
Ó Mãe neste dia queremos cantar
Na visitação prorrompestes em louvor
Com grande alegria, teu nome exaltar Ao Deus que de ti fizeram um primor
Unidos aos anjos que cantam no além
De Deus as palavras guardavas na mente
É festa no céu e na terra também.
A graça crescia em tua alma ardente.
Leitura da Palavra de Deus (Jo 2,1-11)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Façamos um momento de silêncio a fim de
interiorizarmos os textos que acabamos de ler.
90
UMBRASIL
Partilha
Animador/a: Partilhemos irmãos e irmãs o que mais nos sensibiliza
após a leitura orante desses textos. De que maneira as devoções
e orações marianas nos ajudam a ser testemunho cristão onde
estamos inseridos?
Preces
Animador/a: A Ave-Maria é a mais bela de todas as orações. É a
saudação mais perfeita que podeis dirigir à Maria, uma vez que é
a saudação que o Altíssimo lhe mandou levar por intermédio de
um Arcanjo, a fim de conquistar-lhe o coração. Por essa saudação,
podemos, também nós, conquistar o coração de Maria se a fizermos
como convém. Peçamos a ela que, junto a Deus, atenda as nossas
súplicas. Após cada prece, cantaremos o refrão abaixo:
Todos/as: Ave Maria, cheia de graça, plena de raça e beleza, queres
com certeza que a vida renasça. Santa Maria, mãe do Senhor. Que
se fez pão para todos, criou mundo novo, só por amor.
Recitar o Rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de
Cristo. Pedimos-te Maria, que sejas para nós modelo de seguimento
de Cristo, Tu que foste a fiel discípula de Jesus.
A prática do Rosário é um meio muito válido para favorecer entre os
fiéis a exigência de comtemplação do mistério cristão. Pedimos-te
Maria, a capacidade de contemplar e vivenciar de forma autêntica e
comprometida os mistérios de Cristo Jesus.
Inspirados em Caná, possamos ser transformados em vinho novo, que
é sinal de vida em plenitude.
Preces espontâneas
Oração a Nossa Senhora do Rosário
Nossa Senhora do Rosário dai a todos os cristãos, a graça de
compreender a grandiosidade da devoção do Santo Rosário, na qual,
91
Maio com Maria
à recitação da Ave Maria se junta a profunda meditação dos Santos
mistérios da vida, morte e ressurreição de Jesus, vosso Filho e nosso
Redentor.
São Domingos, apóstolo do rosário, acompanhai-nos com a vossa
bênção, na recitação do terço, para que por meio desta devoção
à Maria, cheguemos mais depressa a Jesus, e como na batalha de
Lepanto, Nossa Senhora do Rosário nos leve à vitória em todas as
lutas da vida; por seu Filho, Jesus Cristo, na unidade do Pai e do
Espírito Santo. Assim Seja. Amém!
Recolhamos agora nossos louvores e pedidos com as palavras do
próprio Cristo: Pai-nosso.
Canto final
Primeira cristã (Pe. Zezinho)
Primeira cristã Maria da luz
Sabias, ó Mãe, amar teu Jesus
Primeira cristã Maria do amor
Soubeste seguir teu Filho e Senhor.
Primeira cristã Maria do lar
Ensinas, ó Mãe, teu jeito de amar
Primeira cristã, Maria da paz
Ensinas, ó Mãe, como é que Deus faz.
Nossa Senhora das milhões de luzes,
que meu povo acende pra te louvar.
Primeira cristã sempre a meditar
Vivias em Deus, sabias orar
Primeira cristã fiel a Jesus
Por todo o lugar, na luz e na cruz.
Iluminada, iluminadora, inspiradora de
quem quer amar e andar com Jesus.
92
UMBRASIL
15 shalom, cheia de graca
“Alegre-se, cheia de graça, o
Senhor está com você!”
(Lc 1,28)
Elaboração da oração: Daniel Zanol e Ir. Ronivom Luiz da Silva –
Província Marista Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Imagem de Nossa Senhora das Graças, vela e crucifixo.
Motivação e acolhida
Animador/a: Com a presença de Maria a casa de nosso coração
estará sempre preparada para acolher Jesus Cristo. Sua ação materna
será aos poucos, e a medida que nós deixarmos, transformadora e
libertadora daquilo que nos impede de acolher o Promotor da Paz
verdadeira. Acolhamos Maria, o primeiro sacrário vivo, cantando:
Canto
Uma Entre Todas
Uma entre todas foi a escolhida.
Foste tu Maria, serva preferida.
Mãe do meu Senhor.
Mãe do meu Salvador.
Roga pelos pecadores desta terra
Roga pelo povo que em seu Deus espera.
Mãe do meu Senhor.
Mãe do meu Salvador.
Maria, cheia de graça e consolo.
Venha caminhar com teu povo.
Nossa Mãe sempre serás.
93
Maio com Maria
Recordação da vida
Animador/a: Podemos ler o texto em dois coros, lado 1 e lado 2, por
parágrafo.
Lado 1: Pode ocorrer que as verdades da fé tenham de resistir à
inteligência; repeti-las cria como um deslizar distraído da atenção e
do coração. Que te dizemos, Maria, quando repetimos “Ave-Maria,
cheia de graça”? Se o Espírito nos vem auxiliar, faz-se luz na noite
da fé.
Lado 2: É começo da tarde. Tu desces para o santuário da Virgem.
O teto verde acompanha a verde inclinação da colina, casando-se à
natureza.
Lado 1: Entras no santuário. Diante de ti, no poente, enchendo toda a
parede da abside, imenso vitral de azul leve, atrás está o sol de maio,
que já declina. O vitral filtra o sol da tarde e deposita na toalha branca do
altar um bordado discreto de cores, ou melhor, marcas do arco-íris. Os
raios peneirados deslizam no mármore negro do soalho, que iluminam.
Lado 2: No interior, o santuário é nave imensa, redonda e branca.
Tu estás quase sozinho, com a impressão de que um manto de paz
repousa nos teus ombros, porque tudo é branco e silencioso, e o altar
está coberto de estilhaços de arco-íris. Caminhas para o altar, rumo
ao vitral imenso, onde dançam como vagas as palavras da ave-maria.
Tu te aproximas do altar, ultrapassando os bancos de filas silenciosas.
A luz é bela e apaziguada no altar, em que de manhã foi celebrada
a eucaristia.
Lado 2: Por trás, como formando seio na imensa nave branca, está
a pequena e discreta capela da adoração: pessoas na penumbra,
mudas. Cumpre permanecer simplesmente, porque o Cristo está
presente. Importa permanecer pelo tempo da amizade.
Lado 1: Um corredor em curva envolve a capela da adoração, e
é partilhada em capelas pela reconciliação. Vitrais de tonalidades
fortes enchem essas capelas com as alegres cores do perdão. Tudo
convida ao mistério e tu quase o tocas.
94
UMBRASIL
Lado 2: No santuário da Mãe de Deus, a imensa nave branca, o
altar da eucaristia, vestido do arco-íris, as capelas da adoração e do
perdão, o silêncio, o sol e a paz, a arte e a oração, as pessoas e Deus,
na plenitude da graça.
Lado 1: Então eu compreendo: Ave, cheia de graça, espaço do Filho,
vestida de silêncio e de sol, pessoa do encontro do homem com Deus,
lugar da graça proposta, da qual cada um vem beber, lugar em que
cada um reconhece a sua imagem e se descobre templo do Filho.
Lado 2: Nos teus olhos, Maria, o meu olhar e o teu; no teu coração,
Maria, bate o teu e o meu; tu és esse eu antecipado do imenso amor
de Deus. A mim também se diz: Ave, cheio de graça, porque todo o
homem é santuário de Deus e filho do seu amor.
Lado 1: Maria, tu és a humanidade santuário ao qual Deus se
dá sem conta. Maria, tu revelas a louca paixão de Deus pela
humanidade e por cada um de nós. Shalom, cheia de graça.
Todos/as: Tu estavas no “santuário do Divino Amor”. Por estranho
que pareça, quando nos dirigimos à Cheia de graça, encontramos
o Deus amor.
Canto de aclamação
Ponho-me a ouvir (Pe. Pedro Brito Guimarães)
Aleluia! Aleluia, aleluia! Aleluia!
Ponho-me a ouvir o que o Senhor dirá.
Ele vai falar, vai falar de paz.
Pela minha voz e pelas minhas mãos
Jesus Cristo vai, vai falar de paz.
95
Maio com Maria
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,26-35)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Recolhamo-nos na ternura de Maria. Ela é a Cheia de
Graça, a Bem-Aventurada. Soube ouvir e acolher a Palavra Encarnada.
Reflitamos esse Mistério de Amor.
Partilha
Animador/a: Estamos nós dispostos a receber a mensagem de Deus por
intermédio do anjo ou dos anjos d’Ele em nosso coração? Porque Maria
encontrou graça diante de Deus? Por meio de Maria podemos encontrar
também o amor de Deus? Como Marista, confio na presença Mariana?
Preces
Animador/a: Para que todos nós sejamos santuários de Deus e filhos
de seu amor, nós vos pedimos...
Todos/as: Maria, intercedei por nós!
Para que em ti Maria nós possamos reconhecer a voz do Senhor.
Para que nós possamos amar a Deus e dar-lhe o nosso sim.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Ó Maria Imaculada, cativados pelo esplendor de tua
beleza e impelidos pelos Montagne da realidade que nos rodeia,
lançamo-nos nos teus braços. Estamos certos de encontrar, em
tua santidade, força para renovar nossos corações e impulsionar o
nascimento de uma nova época para o carisma marista. Contigo, Ó
Imaculada, Irmãos, Leigos e Leigas, peregrinamos para uma nova
terra. Vamos depressa, levar Jesus Cristo às crianças e aos jovens,
especialmente aos mais pobres. Amém!
Rezemos juntos a oração que o próprio Cristo nos ensinou.
96
UMBRASIL
Canto final
Confiai, Recorrei
Confiai, recorrei, confiai na Boa Mãe, como o Padre
Champagnat.
Confiai, recorrei, mesmo quando nós falhamos, ela sempre há
de amar.
Pode a planta dar-nos flores e depois frutificar, se do chão não
suga a seiva, se o calor do sol faltar?
O Marista nasce e cresce e se alimenta cada dia, na oração e no
convívio de Jesus e de Maria.
97
Maio com Maria
16 Maria, Mae da Igreja
“Doravante todas as gerações me
chamarão de Bem-aventurada.”
(Lc 1,48)
Elaboração da oração: Ir. Jader Luiz Henz – Província Marista do Rio
Grande do Sul.
Ambientação: Imagem de Maria, algumas flores e velas.
Motivação e acolhida
Animador/a: Maria é a Virgem que sabe ouvir, que acolhe a palavra
de Deus com fé; fé, que foi para ela o prelúdio e caminho para
a maternidade divina; fé, ainda, que foi motivo de beatitude e de
segurança no cumprimento da promessa. Acolhamos-a também em
nosso coração, deixando que seu amor invada o mais íntimo do
nosso ser.
Canto
Maria, Guardavas Tudo (Fr. Luiz Turra)
Animador/a: Com fé e alegria entoemos o cântico: Maria,
guardavas tudo em seu coração...
Maria, guardavas tudo
com grande atenção,
palavras e gestos de Cristo
em teu coração.
Ensina, Maria,
tua gente a escutar.
Desperta teus filhos
que o Pai quer falar.
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UMBRASIL
Maria, falavas pouco,
deixavas falar.
Aprende-se mais ouvindo,
aprende-se a amar.
Recordação da vida
Leitor/a 1: O título Maria, Mãe da Igreja foi oficializado pelo papa
Paulo VI, no encerramento da terceira sessão do Concílio Vaticano
II, em 21 de novembro de 1964: “Maria, Mãe da Igreja, isto é,
de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis quanto dos pastores”.
No mesmo tempo, Paulo VI acrescentava: “Doravante, sob este
dulcíssimo título, a Virgem seja ainda mais honrada e invocada
pelo povo cristão” (AA 1964, 37).
Leitor/a 2: Maria leva em si todo o germe da Igreja, toda a identidade
do povo cristão; quando ela porta o Messias, sobrecarrega-se de todos
os que serão filhos pelo seu Filho. Tal revelação foi feita ao pé da
Cruz, quando Jesus faz da sua mãe a mãe do discípulo amado. Todo
o discípulo verdadeiro é o amado de Jesus e tem Maria por mãe.
Leitor/a 3: Nos primeiros dias de salvação, José ouve: “José, toma
contigo Maria”. Na hora da salvação, o discípulo ouve o Salvador
dizer-lhe: “Eis a tua mãe”. E desde essa hora, o discípulo a tomou
consigo (Jo 19,27). Tal qual José e o discípulo amado, a Igreja acolhe
a Mãe de Jesus, nos seus dias primordiais, quando ela estava na
espera do Espírito. Maria está aí como para legar a sua maternidade à
jovem mãe Igreja, que ia nascer no dia de Pentecostes. Dois mil anos
depois, Maria ainda é a Mãe amada do povo de Deus, a Igreja acolhe
com veneração aquela que é a Mãe de todos os discípulos, tanto dos
fiéis como dos pastores.
Todos/as: Ouviste a Palavra de Deus, guardaste em teu coração. Feliz
porque creste, Maria, por ti nos vem a salvação.
Animador/a: Que sentido, que realidades e que implicações esse título
Maria, Mãe da Igreja pode ter para um membro da família marista?
99
Maio com Maria
Leitor/a 1: A família marista, nos seus diversos ramos, é uma Igreja
em miniatura; as diversas realidades da Igreja nele se refletem. Como
em fragmento de hóstia consagrada há o corpo inteiro do Senhor,
assim em toda a família suscitada pelo Espírito há a Igreja inteira. Nós,
Maristas, sempre afirmamos, desde os fundadores, que somos obra
de Maria, que ela tudo fez entre nós, que somos a sua família, que
ela é a Boa Mãe, de cada membro e da família inteira. Constatamos
uma realidade: somos obra de Maria, ela nos caracteriza, a nossa
identidade é marial, o nosso “DNA” é marial.
Leitor/a 2: As implicações são múltiplas. Devemos herdar da Mãe, pela
graça e pela ascese, as suas qualidades, que se revelam na acolhida
do Filho, na abertura aos homens, nas suas atenções maternais para
com a Igreja. Maria é aquela que acolhe Jesus, porta Jesus, dá Jesus,
apresenta Jesus, procura Jesus, orienta Jesus, revela Jesus, guarda na
inteligência e no coração as palavras e os gestos de Jesus, ela se
mantém aos pés da cruz de Jesus, ela reza com a Igreja de Jesus. Ela
é a serva de Jesus, a Mãe de Jesus, a discípula de Jesus. Aqui reside e
tem domicílio toda a vocação dinâmica da Igreja e do Marista, todo
o seu campo de apostolado e o lar central da sua paixão: Jesus.
Leitor/a 1: Se, como Maristas, herdamos certos aspectos maternais
de Maria, isto quer dizer que, de consciência e em atos, devemos
amar a Igreja e gerá-la nos seus membros; deveríamos experimentar
entranhas maternais para com o povo de Deus, como pessoas que
permitem que a maternidade de Maria continue no nosso coração,
nos nossos sentimentos e gestos de simpatia e empatia humana.
Cumpre-nos cuidar desses aspectos maternais da nossa identidade
marista. Maria é a nossa Mãe para que, na nossa vez, sejamos
maternais. O nosso olhar deve pautar-se sempre por Maria e pela
Igreja, por Maria e pelos filhos da Igreja, sempre por nascer. Como
Maria, somos na Igreja filhos da Igreja, mas também responsáveis
pela Igreja. Ter alma maternal situa-se a montante do apostolado e a
jusante do seu dinamismo.
Todos/as: Ouviste a Palavra de Deus, guardaste em teu coração. Feliz
porque creste, Maria, por ti nos vem a salvação.
100
UMBRASIL
Canto de aclamação
Pela Palavra de Deus Saberemos (Fr. Luiz Turra)
Pela palavra de Deus saberemos por onde andar.
Ela é luz e verdade, precisamos acreditar.
Cristo me chama, Ele é Pastor. Sabe meu nome: Fala Senhor.
Sei que a resposta vem do meu ser: Quero seguir-te para viver.
Leitura da Palavra de Deus (Mt 2,13-18)
Tempo de silêncio, interiorização e partilha
Animador/a: Façamos um tempo de silêncio para interiorizar as
palavras que o Senhor nos envia nesta oração e depois coloquemos
em comum o que o Espírito nos sugere.
Preces
Animador/a: Senhor Deus, que tornaste Maria atenta à tua palavra e
a fizeste Serva Fiel, faze que por sua intercessão recebamos os frutos
do Espírito Santo.
Todos/as: Ensina, Maria, tua gente a escutar, desperta teus filhos
que o Pai quer falar.
Ó Maria, que o nosso coração seja tão dócil quanto o teu, que soube
acolher teu Filho desde a anunciação até a paixão e morte na cruz.
Maristas de Champagnat, queremos trazer Maria em nossos braços e
em nosso coração, ajuda-nos a agirmos com amor maternal para com
todos àqueles a nós confiados.
Que a nossa missão, como maristas membros da Igreja, não se reduza
a meros discursos emocionantes e comoventes, mas que se traduzam
em atos concretos.
101
Maio com Maria
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Animador/a: Bom Deus e Pai, obrigado por nos dar Maria Santíssima
como Mãe e protetora.
Todos/as: Boa Mãe Maria, ensina-nos a sermos discípulos de teu
Filho. Que tu sejas a mestra de nossa vida e educadora de nossa fé.
Peregrina com o povo de Deus na fé, na caridade e na união com
Cristo, ensina-nos a sempre caminharmos no ideal de vida marista.
Por Cristo nosso Senhor! Amém!
Animador/a: Filhos bem amados do mesmo Pai e sob os olhares
atentos de nossa Mãe Maria, rezemos: Pai-nosso.
Canto final
Pelas Estradas da Vida (M. Espinosa)
Pelas estradas da vida, nunca sozinho estás.
Contigo pelo caminho, Santa Maria vai.
Ó vem conosco, vem caminhar, Santa Maria vem.
Ó vem conosco, vem caminhar, Santa Maria vem.
Se pelo mundo os homens, sem conhecer-se vão,
não negues nunca a tua mão a quem te encontrar.
Mesmo que digam os homens, tu nada podes mudar
luta por um mundo novo de unidade e paz.
Se parecer tua vida inútil caminhar, lembra que abres caminho,
outros te seguirão.
102
UMBRASIL
17 Maria e a fe
“Eu creio! Vem em auxílio
da minha falta de fé.”
(Mc 9,24)
Elaboração da oração: Ir. Vinicius Duart – Província Marista Brasil
Centro-Sul.
Ambientação: Vela, imagem da Boa Mãe e Bíblia.
Motivação e acolhida
Animador/a: Maria soube acreditar no projeto do Pai e entregou sua
vida ao seu projeto de salvação da humanidade por meio do seu Filho
muito amado. Alegres celebramos as virtudes da Mãe concedidas
pela graça de Deus cantando.
Canto
Ouviste a Palavra de Deus (Pe. José Weber)
Ouviste a Palavra de Deus
Guardaste em teu coração
Feliz porque creste, Maria
Por ti nos vem a salvação.
Quando o anjo por Deus foi mandado
Dizer-te da escolha tão alta
Sendo Mãe tu quiseste ser serva
Do Deus que os humildes exalta.
Nas palavras da lei os profetas
Tua alma sedenta bebia
A Esperança do povo na vinda
De Deus que os famintos sacia.
Quando o viste nascer rejeitado
Perseguido até a morte cruel
Tua fé trouxe a Páscoa da vida
Pois Deus para sempre é fiel.
103
Maio com Maria
Recordação da vida
Animador/a: Na alegria da Visitação, Isabel termina o seu canto em
louvor da Mãe do Senhor com esta bem-aventurança: “Feliz és tu que
acreditaste”.
Leitor/a 1: Trata-se da primeira de todas as bem-aventuranças do
Novo Testamento e é endereçada à jovem Maria. É também a última
de todas as bem-aventuranças dos Evangelhos: “Bem-aventurados
aqueles que, sem ter visto, creram” (Jo 20,28). Pode-se ficar surpreso
pelo modo como aqui é formulada a bem-aventurança da fé, pela
tendência que temos de aplicar à nossa fé o que é dito. Hoje somos
aqueles que creem sem ter visto. O texto, porém, expressa o passado:
“Bem-aventurados aqueles que, sem terem visto, creram”. Quem
podem ser as pessoas que creram sem terem visto? Por certo uma
delas é Maria, porque, na Anunciação, presta a sua fé a todo o
futuro do seu Filho. Ela crê em coisas que vão vir. E são justamente
essas pessoas que se mantêm de pé, junto da Cruz e cuja fé é toda
fidelidade, amor, presença, apego, a tal Filho que sucumbe à morte.
Entre tais pessoas duas são postas em plena luz: a mãe e o discípulo
amado. Nas trevas que se estendem sobre o Calvário, a fé deles é
tensão para a luz da Páscoa.
Leitor/a 2: Essa bem-aventurança é também a bem-aventurança de base
sobre a qual se apoiam todas as outras: “Bem-aventurados os pobres,
bem-aventurados os mansos”. A bem-aventurança da fé acolhe o Cristo,
acolhe aquele que é pobre, manso, artífice da paz e perseguido, acolhe
aquele que é o modelo e o fim de todo o discípulo.
Todos/as: Feliz porque creste, Maria. Por ti nos vem a salvação.
Leitor/a 3: Se Isabel termina os louvores a Maria com essa bemaventurança, era também para sublinhar que a fé não é fácil. Maria
percebeu alguma coisa de inaudito: no seu seio vai formar-se um
filho que é o Santo e o Filho de Deus. Ela não conta com nenhum
exemplo passado sobre o qual se apoiar. Ela teria até mesmo, contra
a sua fé, a fé tradicional do seu povo: o Deus único, ainda não
manifestado como Trindade. Maria se conforma à palavra do anjo:
“A Deus nada é impossível”.
104
UMBRASIL
Leitor/a 4: O Evangelho de João, em relação a Maria, dá uma
imagem ainda mais luminosa da sua fé. Por ocasião do primeiro
sinal em Caná, João coloca Maria como o modelo da mulher que
crê. Quando Jesus lhe diz: “Mulher, que há entre mim e ti”? Ele
provoca a fé da sua mãe, que irrompe inteira, quando Maria diz aos
servos: “Façam tudo o que ele lhes disser”. E essa fé da mãe passa
aos discípulos: “Eles viram a sua glória e creram nele”. A partir daí,
a fé caminha de discípulo a discípulo e veio alumiar a nossa própria
fé. Na nossa fé brilha a fé da Mãe.
Todos/as: Feliz porque creste, Maria. Por ti nos vem a salvação.
Leitor/a 1: Todos os sinais em João demandam a fé. Mas formam
um tipo de V, em que, na primeira parte da letra, a fé sai da mãe e
baixa de sinal a sinal. O coxo do capítulo V não tem fé em Jesus;
muitos dos discípulos do capítulo VI abandonam Jesus. Nesses casos,
a fé se torna negativa. Na segunda parte da letra V a fé fica cada vez
mais forte: com Pedro no capítulo VI; depois o cego de nascença no
capítulo IX; com Marta e Maria na ressurreição de Lázaro. A pureza
absoluta é atingida na Cruz pelo discípulo amado e pela mãe: é féfidelidade, aconteça o que acontecer, nutrida, sem dúvida, pelo amor
daquele que amou até ao fim. Assim, a fé em Maria e a sua presença
maternal formam a inclusão do evangelho de João. Maria é a mãe de
Jesus, mas para nós ela é também o grande modelo de fé.
Canto de aclamação
Aleluia! Alguém do Povo (Waldeci Farias e Dom Navarro)
Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia! (2x)
Alguém do povo exclama como é grande, ó Senhor, quem te
gerou e alimentou. Jesus responde: Ó mulher, pra mim é feliz
quem soube ouvir a voz de deus e tudo guardou.
Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia! (2x)
105
Maio com Maria
Leitura da Palavra de Deus (Mt 5,1-12)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Iluminados pelos desafios da vida de Maria e os valores
transmitidos por Jesus façamos um instante de silêncio para meditar e
rezar com base em nossa história de vida e da iluminação dos textos.
Partilha
Animador/a: Das passagens bíblicas apresentadas sobre a vida de
Maria, qual delas tem mais relação com a minha história de vida? O
que o texto das Bem-aventuranças me leva a dizer a Deus hoje?
Preces
Animador/a: Maria, Mãe de Deus, intercede junto ao seu Filho e nos
ajude no caminho da salvação.
Todos/as: Intercede por nós Boa Mãe.
Maria, Medianeira de todas as graças, nos ajude na formação da
juventude para que sejam bons cristãos e virtuosos cidadãos.
Maria, auxílio dos cristãos, proteja seus filhos e filhas que colaboram
nos trabalhos da Igreja.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Senhor, Pai Santo nós te agradecemos pela vida de cada
Marista, que com o exemplo da Nossa Boa Mãe, buscam viver as
virtudes da simplicidade, humildade e modéstia orientadas pelo
nosso pai Champagnat. Pai, ajudai-nos também a cada dia crescer
na fé para que possamos tornar cada vez mais seu Filho conhecido
e amado entre as crianças e os jovens. Por Cristo Nosso Senhor.
Amém!
106
UMBRASIL
Animador/a: Em fraternidade e com muita fé, rezemos juntos a oração
que o próprio Jesus nos ensinou.
Canto final
Eu Canto Louvando (Pe. Élio Athayde)
Eu canto louvando Maria, minha Mãe.
A ela um eterno obrigado eu direi.
Maria foi quem me ensinou a viver,
Maria foi quem me ensinou a sofrer.
Maria em minha vida, é lua a me guiar.
É Mãe que me aconselha, me ajuda a caminhar.
Mãe do bom conselho, rogai por nós.
Quando eu sentir tristeza, senti a cruz pesar,
ó Virgem, Mãe das dores, de ti vou me lembrar:
Virgem Mãe das dores, rogai por nós.
Se um dia o desespero me vier atormentar,
a força da esperança em ti vou encontrar:
Mãe da esperança rogai por nós.
Nas horas de incerteza, ó Mãe vem me ajudar.
Que eu sinta confiança na paz do teu olhar:
Mãe da confiança, rogai por nós.
Que eu diga a vida inteira, o “sim” aos meus irmãos,
o sim que tu disseste, de todo o coração:
Virgem mãe de Deus, rogai por nós.
107
Maio com Maria
18 da mae ao filho
“Seu pai e eu estávamos
angustiados à sua procura.”
(Lc 2,48)
Elaboração da oração: Ir. Edicarlos Pereira Coelho e Eliseu Elias
Peruzzo Junior – Província Marista Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Figuras com mães e seus filhos/as, uma imagem ou
figura de Maria com o Menino Jesus nos braços.
Motivação e acolhida
Animador/a: Sejam todos bem-vindos a este encontro, para
encontrarmos a Mãe e chegarmos ao seu Filho que tanto nos ama.
Peçamos neste encontro a graça de Maria nos conduzir ao seu Filho,
para termos um encontro profundo com Ele.
Canto
Da Cepa Brotou a Rama (Reginaldo Veloso)
Da cepa brotou a rama,
da rama brotou a flor.
Da flor nasceu Maria,
de Maria o Salvador.
O espírito de Deus sobre ele pousará,
de saber, de entendimento este espírito será.
De conselho e fortaleza, de ciência e de temor.
Achará sua alegria no temor do seu senhor.
108
UMBRASIL
Não será pela ilusão do olhar, do ouvir falar,
Que Ele irá julgar os homens, como é praxe acontecer...
Mas os pobres desta terra com justiça julgará
E dos fracos o direito ele é quem defenderá.
A palavra de sua boca ferirá o violento
E o sopro de seus lábios matará o avarento...
A justiça é o cinto que circunda a sua cintura
E o manto da lealdade é a sua vestidura.
Recordação da vida
Lado 1: Em certa tarde, em um ônibus de Nairóbi, entra um jovem,
decidido a divulgar o seu anúncio charlatão para converter os
passageiros à verdadeira fé. Ele se coloca na frente do ônibus, pede
a atenção, enquanto ele abre um envelope. Toma o texto e joga o
envelope. “Compreendem este gesto?” Pergunta ele aos passageiros:
“É assim que se deve fazer na nossa fé: Maria é o envelope, Jesus, a
mensagem. Guardemos a mensagem e lancemos fora o envelope”.
Lado 2: Refletindo nisso, eu me digo: Esse rapaz insulta a própria
mãe. Porventura considera ele a própria mãe como mero envelope?
Na realidade, todas as mães são insultadas por esse gesto. A minha
mãe teria sido mero envelope, ou um coração que me quis, me amou,
me alimentou, balançou o meu berço, me protegeu, e que assumiu
toda a porção do sofrimento que a maternidade implica? A mãe, em
primeiro lugar, é pessoa que acolhe outra pessoa, que deseja outra
pessoa, que favorece a vinda de outra pessoa no melhor clima de
amor possível. Pelo seu amor e inteligência, a mãe tece o fundo da
psicologia da criança. A criança sabe isso tão bem que se agarra à
mãe, se refugia nos seus braços, procurando nisso esse calor humano
que vai ficar o melhor perfume da sua vida.
109
Maio com Maria
Todos/as: Vem Maria, vem, vem nos ajudar neste caminhar tão difícil,
rumo ao Pai.
Lado 1: Entre Maria e o seu filho Jesus, houve toda essa espessura de
humanidade, da mãe pelo filho e do filho pela mãe. A mãe penetrou
em toda a espessura da personalidade de Jesus. Se retirarmos de
uma pessoa o que a mãe nela colocou, é toda a personalidade desse
ser que desmorona: sem a mãe, a criança se torna uma abstração.
France Quéré, teóloga protestante, cheia de finura e inteligência,
dizia: “A mãe não é matriz, mas inteligência, coração e muita
audácia”. Por outro lado, a mãe é mudada por inteiro pelo ser que
ela leva no seio; há como uma profunda comunhão e osmose de
duas pessoas; mas aqui é entre Jesus e Maria. Jesus pode dizer à
sua mãe: “Eu sou osso de teus ossos e carne de tua carne”; e a mãe
pode responder ao filho: “Mas foste tu que me criaste à tua imagem
e à tua semelhança”.
Lado 2: Entre uma moça e uma jovem mulher que espera um
filho existe a diferença que há entre um eu e um nós. Uma
mulher grávida pensa no plural, vive no plural, é inteiramente
metamorfoseada pelo filho que nela faz surgir tantas palavras de
amor. Mas, pensar no plural equivale a tornar-se responsável: a
mãe sabe que é responsável por seu filho. Essa responsabilidade
chama-se amor, tempo, inteligência para educar, paciência para
que o filho cresça bem, capacidade de sofrer, comunhão na
alegria e nas lágrimas, fidelidade. A mãe se reconhece responsável
não apenas pela criança mas também pelo filho quando adulto.
Para Maria isso significa as alegrias do Natal e as dores de nova
maternidade, no Calvário. Quando Jesus nasce em Belém, Maria
o envolve em panos e no amor, enquanto Deus envolve de luz
os pastores e uma grande alegria é anunciada para todo o povo.
Quando Jesus é tirado da cruz, ele é envolvido num grande
sudário, ante o olhar de sua mãe, na expectativa da luz e da
alegria da ressurreição.
Todos/as: Vem Maria, vem, vem nos ajudar neste caminhar tão difícil,
rumo ao Pai.
110
UMBRASIL
Canto de aclamação
É Como Chuva que Lava (Frei Zeca)
E como chuva que lava, e como fogo que arrasa.
Tua palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.
Tenho medo de não responder, de fingir que eu não escutei.
Tenho medo de ouvir teu chamado, virar para o outro lado e
fingir que não.
Leitura da Palavra de Deus (Lc 2,41-51)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Pensemos e meditemos a Palavra de Deus, que é vida e
nos leva a conversão. Pensemos nas mães que perdem seus filhos e
não conseguem vê-los e reencontrá-los.
Partilha
Animador/a: O que mais me tocou neste texto bíblico? Como está
meu relacionamento com Maria? Qual a mensagem que levo para
minha vida?
Preces
Animador/a: Pelas Congregações Religiosas Marianas, para que
tenham o verdadeiro encontro com Jesus Cristo, por meio de Maria.
Todos/as: Maria, mãe querida, intercede por nós ao Senhor.
Peçamos que a graça de Deus, na presença de Maria, nos conduza
ao caminho da santidade, da caridade e do serviço ao próximo.
Peçamos pelas mães que são chefes de família, para que não
desanimem na sua missão de educar seus filhos.
111
Maio com Maria
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Obrigado Senhor pelo encontro com Sua Mãe. Pedimos-te
por aquelas mulheres que sofrem ao perderem seus filhos e não
conseguem reencontrá-los. Dai-nos a graça de cada vez mais amar
Maria e tê-la como modelo de seguimento a ti. Amém!
Animador/a: Rezemos ao Pai do Céu, para que possamos ter forças
para não desanimar no caminho. Pai-nosso.
Canto final
Maria de Minha Infância (Padre Zezinho)
Eu era pequeno, nem me lembro
Só lembro que à noite, ao pé da cama
Juntava as mãozinhas e rezava apressado
Mas rezava como alguém que ama
Nas Ave-Marias que eu rezava
Eu sempre engolia umas palavras
E muito cansado acabava dormindo
Mas dormia como quem amava
Ave-Maria, Mãe de Jesus
O tempo passa, não volta mais
Tenho saudade daquele tempo
Que eu te chamava de minha mãe
Ave-Maria, Mãe de Jesus
Ave-Maria, Mãe de Jesus
112
UMBRASIL
Depois fui crescendo, eu me lembro
E fui esquecendo nossa amizade
Chegava lá em casa chateado e cansado
De rezar não tinha nem vontade
Andei duvidando, eu me lembro
Das coisas mais puras que me ensinaram
Perdi o costume da criança inocente
Minhas mãos quase não se ajuntavam
O teu amor cresce com a gente
A mãe nunca esquece o filho ausente
Eu chego lá em casa chateado e cansado
Mas eu rezo como antigamente
Nas Ave-Marias que hoje eu rezo
Esqueço as palavras e adormeço
E embora cansado, sem rezar como eu devo
Eu de Ti Maria, não me esqueço
113
Maio com Maria
19 entre 12 e 30 anos
“Quem é minha mãe e quem
são meus irmãos?”
(Mt 12,48)
Elaboração da oração: Ir. Tiago Reus Barbosa Fedel – Província
Marista Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Imagem da Sagrada Família, Bíblia, círio e flores.
Motivação e acolhida
Animador/a: Oração é dialogar. É dispor de tempo para estar
com quem se ama e poder compartilhar a vida. Neste sentido, é
momento propício para cultivar nossa amizade com Deus e refletir
sobre seu projeto de amor e salvação para cada um de nós. Hoje,
somos convidados a dispor desse tempo para estarmos mais uma vez
com quem muito amamos, Maria. Em atitude de oração e reflexão,
desejamos orientar nosso olhar à pessoa dela. Focar nosso olhar
àquela que, muitas vezes, sem entender, dissera sim à vontade de
Deus, àquela que tudo guardava e meditava em seu coração, que
estivera sempre ao lado de Jesus, amando-o e educando-o junto com
José. Hoje, acolhemos a todos que querem compartilhar e refletir da
vida da Mãe do Céu, com ela estar, tê-la como exemplo de vida.
Canto
Maria, Guardavas Tudo (Fr. Luiz Turra)
Maria, guardavas tudo
com grande atenção,
palavras e gestos de Cristo
em teu coração.
Ensina, Maria,
tua gente a escutar.
Desperta teus filhos
que o Pai quer falar. (2x)
114
UMBRASIL
Maria, falavas pouco,
deixavas falar.
Aprende-se mais ouvindo,
aprende-se a amar.
Recordação da vida
Animador/a: A devoção a Maria é elemento qualificante da genuína
piedade cristã. Maria ouviu a Palavra de Deus e, docilmente, obedeceu
ao chamado como Serva do Senhor. Acreditando, concebeu o Cristo,
gestou-o, deu-o à luz, amamentou-o e o criou, conservando em seu
coração Imaculado os Mistérios de Jesus. A exemplo da Virgem que
sabe ouvir, ouçamos o que se segue:
Leitor/a 1: Entre 12 e 30 anos, as Escrituras parece silenciarem sobre
Jesus. Que há nesse intervalo? Como cresceu Jesus? Que se passou
na família? As Escrituras cobrem todo esse tempo de silêncio: é o
lento amadurecimento do Messias, entre a iluminação do menino
de 12 anos no Templo, e a sua decisão de deixar a família para se
desincumbir como profeta.
Leitor/a 2: Ainda assim, alguns traços desses longos anos perduraram.
Marcos chama Jesus de carpinteiro. Assim o conhecem as pessoas de
Nazaré. Essas pessoas admiram-se da sabedoria que lhe foi dada (Mt
13,54), ao passo que passou despercebido toda a sua juventude na vila.
Todos/as: Ensina, Maria, tua gente a escutar. Desperta teus filhos que
o Pai quer falar.
Leitor/a 3: Se nos voltamos para a Mãe, é certo que ele viveu todos
esses anos com ela, na mesma casa, partilhando refeições, orações
e comentários das leituras da Lei e dos Profetas que se fazem na
sinagoga.
Leitor/a 4: Duas coisas caracterizam esta mulher: Ela é aquela
que observa e guarda. Ela observa o Filho crescer. Duas vezes nos
deparamos com o olhar da Mãe no Filho. A primeira foi depois da
115
Maio com Maria
apresentação do menino no Templo, quando a família retorna a
Nazaré. A Mãe segue com o olhar o crescimento do menino. “O
menino crescia e se fortificava, repleto de sabedoria e o favor de
Deus estava com ele” (Lc 2,40). Toda mãe tem o olhar no filho,
para ver se ele cresce direito. O segundo olhar materno se manifesta
aos 12 anos, quando Jesus retorna de Jerusalém: “Jesus crescia em
sabedoria, em estatura e graça perante Deus e perante os homens”
(Lc 2,52). É certo que Maria continuou a ter o seu olhar em Jesus,
como faz toda mãe.
Todos/as: Ensina, Maria, tua gente a escutar. Desperta teus filhos que
o Pai quer falar.
Leitor/a 1: Esse olhar condiz com uma mãe que sabe guardar as
coisas do Filho no seu coração. De novo aqui nos deparamos com o
lapso dos 12 anos. No Natal, quando a visita dos pastores se encerra,
ela é a mulher que olha, guarda e medita. Doze anos depois, quando
a família de Jesus retorna da peregrinação de Jerusalém e ela retoma
a vida monótona de Nazaré, Maria é ainda aquela “que guarda os
acontecimentos no seu coração”. Olhar, guardar e meditar são hábitos
da mãe, hábitos que vão preencher o período em que o Messias
cresce, amadurece e adquire sabedoria.
Leitor/a 2: O que Lucas nos diz do menino que cresce e do adolescente
que faz progressos nos leva a pensar que a vocação do Messias não
tem sido golpe de raio, mas lenta diligência. Maria não podia estar
alheia dessa diligência. O Filho devia falar-lhe disso. Ele partilhava
com ela refeições, preces e leituras da Lei e dos Profetas do sábado,
na sinagoga. A Mãe via surgir um jovem sempre mais seguro de si,
sempre mais atraído pelas “coisas do Pai”. Ela sabia o que se passava
no coração do seu Filho. Ela ia amadurecendo com ele.
Todos/as: Ensina, Maria, tua gente a escutar. Desperta teus filhos que
o Pai quer falar.
Leitor/a 3: Certamente a Mãe sabia como o Filho havia evoluído.
Caná di-lo com clareza. É algo sério na festa do amor ter faltado
116
UMBRASIL
vinho. Sabedora, Maria vai logo ter com o Filho; ela lhe conhece
o poder no seu coração. Posta à prova, ela permanece firme com a
certeza de que Jesus vai intervir. Ela, como por instinto, conhece o
Filho. E ela tinha razão.
Leitor/a 4: Esta mulher, que acompanhou o desenvolvimento do
Filho até a idade adulta, depois de Caná vai seguir os passos do Filho.
Não é temerário pensar que a presença de Maria na Cruz tenha sido
possível, em face de tudo o que haviam partilhado em Nazaré. Em
todo o caso, estamos diante de uma mãe que olha, guarda, medita e
conhece. Em Caná, ao levar o Filho ao milagre, ela o transforma em
homem público, homem que já não pertence à família, nem à mãe,
mas à missão. Em Caná, Maria nos dá Jesus uma segunda vez.
Todos/as: Ensina, Maria, tua gente a escutar. Desperta teus filhos que
o Pai quer falar.
Canto de aclamação
Fala Senhor (Jorge Trevisol)
Fala, Senhor, fala da vida.
Só tu tens Palavras eternas, queremos te ouvir.
Leitura da Palavra de Deus (Lc 12,46-50)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Maria é, para nós, modelo de oração. O Magnificat,
cântico dos cânticos messiânicos, a prece em Caná, a oração com
os discípulos no cenáculo são alguns dos momentos altos da vida de
intimidade e diálogo de Maria com Deus. Mestra da vida espiritual
para todo cristão, que deve fazer de sua existência um culto perene
ao Criador, Maria nos convida a imitá-la no recolhimento, no silêncio
e na meditação da Palavra de Deus.
117
Maio com Maria
Neste momento, façamos um breve tempo em silêncio e interiorização
para que, a exemplo da Mãe do Céu, também nós possamos estar
atentos e solícitos aos apelos do Senhor.
Partilha
Animador/a: Maria é mãe, encontramo-la sempre ao lado de Jesus,
compartilhando de todas as suas alegrias e de todos os seus sofrimentos,
guardando no coração o Plano que Deus Pai tem para seu Filho.
• Quais os traços da maternidade de Maria podem inspirar as
mães hoje na missão de educar seus filhos?
• Maria presença constante na vida de seu filho, de seus
discípulos, dos mais necessitados, presença fiel na vida da
Igreja. Como a Virgem Maria nos é modelo de presença onde
somos chamados a ser testemunho de cristão?
• A confiança de Maria: muitas vezes sem entender, jamais
deixou de confiar e esperar em Deus. Como a Virgem Maria
nos é modelo de fé e esperança em Deus nos diversos
momentos de nossa vida?
Preces
Animador/a: A virgem, que ansiosa procura o filho, é símbolo vivo
daqueles que na dúvida e na obscuridade da fé, procuram a verdade
que se personifica em Cristo. Unidos em oração, pedimos a Maria
que nos ajude a compreender e a viver a vontade de Deus em nossas
vidas, suplicando:
A fim de que nós, como Maria, saibamos escutar e acolher com fé
humilde e generosa a Palavra de Deus em nossa vida.
Todos/as: Quero que faças em mim segundo a tua palavra, Senhor.
Quero dizer sempre sim ao teu projeto de amor.
A fim de que os jovens saibam, no silêncio e na oração, discernir o
próprio ideal vocacional e segui-lo com as mesmas disposições que
teve Maria.
118
UMBRASIL
Por aqueles que procuram a verdade, a fim de que a encontrem na
fé em Cristo.
Para aqueles que têm por missão ensinar os outros, a fim de que
jamais traiam a verdade e a fé.
Para que as famílias cristãs, a exemplo da família de Nazaré, saibam
rezar em comunidade.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Animador/a: Juntos, recorramos à Virgem Santíssima, Porta dos Céus
e Refúgio dos Pecadores, rezando:
Todos/as: Oh! Virgem Imaculada, Mãe de Jesus e nossa, que soubestes
ouvir e guardar as coisas do Filho em teu coração, seja nossa
conselheira e guia na caminhada, nas dificuldades e provações da
vida. Pedimos-te, querida Mãe, nunca nos abandoneis nas decisões
que precisamos tomar. Que a teu exemplo, tenhamos uma atitude
de escuta e atenção à Palavra de Deus de modo que possamos viver
em conformidade aos ensinamentos do vosso Filho. Orientai nosso
coração, guiai nossos pensamentos e ações, dirigi nossos passos e
levai-nos um dia para junto de vós e de Jesus. Amém!
Animador/a: Pela alegria de Maria e de José quando reencontraram
Jesus ensinando os Doutores da Lei no Templo e o viram tão
consciente e tão decidido na missão que o Pai lhe confiara, rezemos,
em agradecimento, ao Senhor: Pai-nosso.
Canto final
Oração pela Família (Padre Zezinho)
Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
119
Maio com Maria
E que nada no mundo separe um casal sonhador!
Que
Que
Que
Que
nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
ninguém interfira no lar e na vida dos dois
ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
eles vivam do ontem, do hoje, e em função de um depois!
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também. (2x)
Que
Que
Que
Que
marido e mulher tenham força de amar sem medida
ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
as crianças aprendam no colo, o sentido da vida
a família celebre a partilha do abraço e do pão!
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos!
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois!
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho,
seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois!
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também. (2x)
120
UMBRASIL
20 toma contigo Maria
“Não tenhamos medo de recorrer a Maria, nossa Boa Mãe.
Seu poder não tem limites, sua bondade e seu tesouro de
graças são inesgotáveis.”
(Champagnat)
Elaboração da oração: Cassiano Lima – Província Marista Brasil
Centro-Norte.
Ambientação: Bíblia, vela, imagem de Maria e São José e faixas de
papel com as palavras tomar, receber e acolher.
Motivação e acolhida
Animador/a: Sintamo-nos todos acolhidos e felizes por estarmos
reunidos como irmãos. Ao acolhermos Maria em nosso meio,
acolhemos a Trindade Santa que se fez presente em sua vida. Somos
todos convidados a fazer como São José e o discípulo amado que
acolheram e levaram Maria para suas casas. Peçamos a presença de
Maria cantando.
Canto
Salve Rainha da Paz (Ir. José Milson)
Filha querida do amor de Deus Pai,
ó santíssima Virgem Maria!
És alegria e ternura de Deus,
ó santíssima Virgem Maria!
Nossa esperança, vida, doçura,
salve, rainha da paz e do amor!
121
Maio com Maria
Lembra-te de nós, ó Mãe,
pede a Cristo, o Senhor, ó Maria!
Volve teus olhos a nós, peregrinos,
ó santíssima Virgem Maria!
Nós acolhemos a tua presença,
ó santíssima Virgem Maria!
Mãe de bondade, nossa advogada,
fonte de vida, amparo na dor!
Lembra-te de nós, ó Mãe,
pede a Cristo, o Senhor, ó Maria!
Dá-nos Jesus, o teu Filho querido,
ó santíssima Virgem Maria!
Juntos, no céu, estejamos um dia,
ó santíssima Virgem Maria!
Ó Mãe clemente, ó Mãe piedosa,
doce Maria, tão cheia de amor!
Lembra-te de nós, ó Mãe,
pede a Cristo, o Senhor, ó Maria! Amém.
Recordação da vida
Animador/a: Recordemos alguns fatos da vida de Maria.
Leitor/a 1: José, o justo, filho de Davi, é convidado a tomar Maria,
que ele amava como jovem mulher, cheia de nobreza e de graça,
virgem, como diz Lucas e já sua esposa. A mulher, porém, que agora
ele acolhe na sua casa, como lhe disse o anjo, é muito mais que uma
jovem cheia de graça. Ela é mãe, ela porta o Filho de Deus. José
é convidado a acolher esta jovem mãe de um Filho que é dom do
Espírito Santo.
122
UMBRASIL
Leitor/a 2: O seu amor humano pela jovem toma agora o caminho da
salvação, amor não mais restrito a ele e a Maria, senão amor centrado
em Jesus e da natureza do amor de Deus. José é a segunda pessoa, na
humanidade, que recebe o Filho dado, cabe-lhe submeter-se ao seu
serviço. Ainda assim, à segunda pessoa, que acolhe o Filho, é dito:
“Leva contigo Maria”, isto é, não só o Filho mas igualmente a Mãe.
Todos/as: Ensina teu povo a rezar, Maria, mãe de Jesus, que um dia
teu povo desperte e na certa vai ver a luz, que um dia teu povo se
anima e caminha com teu Jesus.
Leitor/a 3: Nessa acolhida, ele se torna modelo de todo o verdadeiro
cristão e da própria Igreja: “Toma contigo Maria, porque o que dela
nasce procede do Espírito Santo”. A Igreja, no seu turno, também
acolhe Maria, porque ela é repleta do Filho de Deus. A Igreja, da
mesma forma, não acolhe apenas Jesus, mas também a Mãe: “Toma
contigo Maria”.
Leitor/a 1: Situação similar vive o discípulo amado, quando Jesus lhe
confia a sua Mãe. O evangelista escreve: “A partir dessa hora, ele
a tomou na sua casa”. José é o homem da acolhida no começo de
Jesus, enquanto o discípulo amado é o homem da acolhida no fim.
As duas situações formam a grande inclusão da vida toda de Jesus.
Em ambos os casos, Maria está presente, é a acolhida. Maria é a
imagem da Igreja. “Não temas tomar contigo Maria”; aí, se dirige a
todo o discípulo: “Não temas tomar contigo a Igreja. Como Maria,
ela porta o Cristo. Ela também é mãe por obra do Espírito Santo”.
Todos/as: Que a graça de Deus, cresça em nós sem cessar, e de ti,
nosso Pai, venha o Espírito Santo de amor, para gerar e formar Cristo
em nós.
Leitor/a 2: Com José, que “toma Maria consigo”, começa a constante
acolhida da Mãe do Senhor, o que pode surpreender e confortar a
nossa devoção. Depois, Maria e o Filho são acolhidos pela família do
pequeno João Batista; depois os Magos vão prosternar-se perante o
menino, que está nos joelhos de Maria; na Apresentação no Templo,
Simeão toma o menino nos braços e se dirige à Mãe, para anunciar-lhe
123
Maio com Maria
a espada que a transpassará, implicando que ela vai participar da
paixão do Filho.
Leitor/a 3: Ao discípulo amado Jesus morituro lha entrega como mãe;
ele a toma consigo; por fim, a Igreja nascente reza com a Mãe do
Senhor, na espera do Espírito. Constatamos a acolhida constante da
Mãe e, nos dois últimos casos, em João e Lucas, Maria é acolhida
pela Igreja nascente. Maria, perene presença na Igreja, é a derradeira
imagem que dela temos nas Escrituras.
Todos/as: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos sempre a
caminhar. Nós somos todos viandantes, mas é dificil sempre andar.
Leitor/a 1: Essa acolhida se faz sempre em clima de amor: quanta
alegria para José tomar Maria, sua esposa, como esposa. Que alegria
para o discípulo amado levar Maria consigo como mãe. Essa
alegria irrompe na Igreja de todos os tempos; ela acolhe Maria como
mãe amada, louvada, digna de gratidão de todos os discípulos. Todos
os verdadeiros discípulos do Senhor põem Maria na sua vida. José
constitui a porta vanguardeira de tal acolhida.
Animador/a: De fato, Maria e José vivem duas situações muito
achegadas e paralelas; a graça une o casal fortemente, como nos
mostram Lucas e Mateus no quadro seguinte:
Lado 1
Maria (em Lucas)
Lado 2
José (em Mateus)
Maria é uma jovem casada com José.
José é um moço casado com Maria.
Maria recebe o anúncio do anjo.
José recebe o anúncio do anjo.
O anjo diz: “Não temas, Maria”.
O anjo diz: “Não temas, José”.
O anjo explica a Maria que ela terá o
filho pura por obra do Espírito Santo.
O anjo informa a José que o filho de
Maria procede do Espírito Santo.
O anjo revela a Maria o nome do
menino.
O anjo diz a José o nome do menino.
124
UMBRASIL
Lado 1
Maria (em Lucas)
Lado 2
José (em Mateus)
O anjo diz a Maria “Tu lhe darás o
nome e de Jesus”.
O anjo diz a José: “Tu lhe darás o nome
de Jesus”.
Maria se torna disponível: “Sou a serva
do Senhor”.
José se torna disponível. Ele fez como
o anjo lhe disse.
Por Maria Jesus se torna membro do
povo judeu.
Por José Jesus se torna membro da
família de Davi.
Maria se torna a mulher de José.
José se torna o esposo de Maria.
Jesus nasce numa família completa.
Ele tem mãe e pai. Assim, recebe amor
pleno. Tanto da mãe como do pai, o
que vai permitir-lhe adquirir uma
personalidade equilibrada.
Canto de aclamação
Toda Palavra de Vida (Zé Vicente)
Toda palavra de vida é Palavra de Deus
Toda ação de liberdade é a Divindade agindo entre nós
É a Divindade agindo entre nós.
Boa-nova em nossa vida, Jesus semeou
O Evangelho em nosso peito é prova de amor. (2x)
Leitura da Palavra de Deus (Mt 1,18-25)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Façamos um momento de interiorização da Palavra e
deixemos a mensagem do evangelho ecoar em nossos corações.
125
Maio com Maria
Partilha
Animador/a: Que rosto de Maria temos acolhido em nossas vidas
hoje? O que a pessoa de Maria representa para mim?
Preces
Animador/a: Pelas nossas comunidades, para que a exemplo de José
acolham com amor a presença amorosa de Maria.
Todos/as: Maria, fica conosco.
Pelas Marias e Josés que hoje estão à margem da sociedade, que
sejam reconhecidos e valorizados por todos.
Todos/as: Maria, olha para teus filhos e filhas.
Pela nossa Congregação, que ela nunca venha esquecer que Maria é
sua primeira superiora e que a tenha sempre como recurso habitual.
Todos/as: Maria, protege-nos e guia-nos.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Ó Deus pai e mãe, após acolhermos e rendermos culto a
nossa mãe Maria, concedei-nos ser fiéis a nossa vocação e missão.
Ensina-nos a sermos como Maria, mulher que guardava tudo no
coração. Assim como ela, sejamos um sinal de esperança para tantas
crianças e jovens que hoje estão a vista dos nossos olhos. Tudo isso
vos pedimos por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém!
Não podemos falar de Jesus sem falar de Maria, nem falar de Maria
sem falar de Jesus, pois se tornaram pessoas inseparáveis. Invoquemos
ao Pai e saudemos a mãe, rezando... Pai-nosso e Ave-Maria.
126
UMBRASIL
Canto final
Maria do Sim (Mary Cecília)
Maria do sim, ensina-me a viver meu sim. Ó roga por mim,
que eu seja fiel até o fim.
Um dia Maria deu o seu sim, mudou-se a face da terra, porque
pelo sim nasceu o senhor e veio morar entre nós o amor.
Um dia eu também dei o meu sim, um sim que mudou minha
vida. Porque dar o sim é igual a morrer a fim de que Deus possa
em nós viver.
Ensina-me a ser fiel como tu, vivendo o meu sim cada dia. Que
eu possa no mundo ser um sinal da tua humildade, Maria.
127
Maio com Maria
21 o caminho do acolhimento
“Ela guardava tudo no coração.”
(Lc 2,19)
Elaboração da oração: Francisco de Assis Barbosa Bezerra –
Província Marista Brasil Centro-Norte e Ir. Alison Humberto
Furlan – Província Marista Brasil Centro-Sul.
Ambientação: Uma vela, alguns tecidos ornamentais, um coração
com a frase: “Maria guardava tudo no coração”; imagem da Boa Mãe;
estampas dos “não acolhidos de hoje” ao redor de Maria (pobres,
mulheres, negros, crianças, jovens, idosos, presos etc.).
Motivação e acolhida
Animador/a: Queridos irmãos e irmãs, nossa Boa Mãe, Maria,
a mulher da acolhida, deu seu SIM a Deus quando aceitou ser
mãe de seu Filho e também quando saiu depressa para acolher
sua parenta Isabel, que precisava de cuidados especiais por
causa da gravidez em idade avançada. Maria acolhia tudo no
coração, por isso era capaz de transformar cada situação difícil
em oportunidade para se aproximar mais de Deus e daqueles aos
quais Ele a enviava.
Vejamos em Maria, em sua atitude de escuta e silêncio, um
coração simples de mãe e mulher, que na alegria e na dor, antes
de qualquer atitude, acolhia e amava. Animados e inspirados
por seu jeito de ser e de amar, olhemos para nossos irmãos
empobrecidos e os acolhamos em nossos corações. Iniciemos
nosso encontro cantando.
128
UMBRASIL
Canto
Maria de Nazaré (Padre Zezinho)
Maria de Nazaré, Maria me cativou
Fez mais forte a minha fé
E por filho me adotou
As vezes eu paro e fico a pensar
E sem perceber, me vejo a rezar
E meu coração se põe a cantar
Pra Virgem de Nazaré
Menina que Deus amou e escolheu
Pra mãe de Jesus, o Filho de Deus
Maria que o povo inteiro elegeu
Senhora e Mãe do Céu
Ave-Maria (3x), Mãe de Jesus!
Maria que eu quero bem, Maria do puro amor
Igual a você, ninguém
Mãe pura do meu Senhor
Em cada mulher que a terra criou
Um traço de Deus Maria deixou
Um sonho de Mãe Maria plantou
Pro mundo encontrar a paz
Maria que fez o Cristo falar
Maria que fez Jesus caminhar
Maria que só viveu pra seu Deus
Maria do povo meu
129
Maio com Maria
Recordação da vida
Leitor/a 1: Com a Anunciação, Maria abre o caminho da acolhida
ao Senhor. Por seu SIM, pela primeira vez, Jesus é acolhido por
um ser humano, acolhido com amor total. Maria abre um caminho
à humanidade para acolher o próprio Deus. Esse acolhimento vai
repetir-se, constantemente, entre o povo de Deus, por todos os séculos
e todas as culturas. No evangelho, depois de Maria, é José a vivê-lo
com uma disponibilidade igual, depois a família do pequeno João
Batista entre cantos de alegria, e ainda, discretamente, os pastores;
os magos concluem sua longa viagem, de joelhos, diante do Rei dos
judeus que nasceu. Na entrada do templo, é a alegria estupefata e
profética do velho Simeão que toma o menino entre seus braços:
“Luz das nações e glória de Israel”, e da idosa Ana que acorre para
proclamar a todos a libertação de Jerusalém.
Todos/as: Maria, mãe da acolhida, anima-nos a irmos depressa
acolher a nova terra que o Senhor nos indicar.
Leitor/a 2: No mesmo impulso, Pedro encontra o olhar de Cristo
e passa a “chorar amargamente”, mas a sua resposta final foi: “Tu
sabes que eu te amo”. Zaqueu vai receber Jesus com grande alegria e
total mudança de vida; a família de Lázaro abre para Jesus uma casa
amiga; a mulher pecadora unge os pés de Jesus com um perfume de
nardo puro. O bom ladrão aposta a sua morte e a sua eternidade com
a de Cristo: “Jesus, lembra-te de mim, no teu reino”.
Todos/as: Maria, mãe da acolhida, anima-nos a irmos depressa
acolher a nova terra que o Senhor nos indicar.
Leitor/a 3: O discípulo amado acolhe em sua vida a Mãe de Jesus;
José de Arimateia deposita o corpo do Senhor no seu próprio túmulo
por inaugurar. Os dois discípulos de Emaús dizem ao Ressuscitado:
“Fica conosco, Senhor, porque o dia já declina”; Paulo ousa escrever:
“Quem nos separará do amor de Cristo?”
Todos/as: Maria, mãe da acolhida, anima-nos a irmos depressa
acolher a nova terra que o Senhor nos indicar.
130
UMBRASIL
Leitor/a 4: É uma acolhida apaixonada que atravessa toda a história
da Igreja para chegar até nós com João Paulo II, com a Madre Teresa,
com o bispo Dom Romero e aqueles que, cada ano, perdem a vida
pelo Cristo. A salvação progride de sim em sim, de amor em amor,
de dificuldade em fidelidade. Nas pegadas de Maria, os braços da
acolhida estão sempre abertos. A Igreja nunca deposita a túnica
branca da esposa que espera o esposo e exclama: “Vem, Senhor
Jesus!” Foi o sim de Maria que abriu esse caminho do amor.
Todos/as: Maria, mãe da acolhida, anima-nos a irmos depressa
acolher a nova terra que o Senhor nos indicar.
Leitor/a 5: Hoje milhares de pessoas, milhares de jovens procuram o
Senhor, acolhem-no, seguem o seu caminho de renúncia, carregam
a cruz, proclamam a sua ressurreição, dizem sim ao Senhor. O sim
de Maria continua a florescer no sim de hoje. Como diz um canto
francês: “O preço do teu amor permanece para sempre escondido
nas nossas colheitas”.
Canto de aclamação
Envia tua Palavra (Pe. José Weber)
Envia tua Palavra, Palavra de Salvação.
Que vem trazer esperança, aos pobres libertação.
Tua Palavra de vida é como a chuva que cai,
Que torna o solo fecundo e faz nascer a semente;
É água viva da fonte, que faz florir o deserto.
É uma luz no horizonte, é novo caminho aberto.
Leitura da Palavra de Deus (Lc 2,9-19)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Como gesto de acolhida à Palavra que escutamos,
131
Maio com Maria
façamos um momento de silêncio e interiorização. Como Maria,
silenciemos para acolhermos o que Deus nos fala.
Partilha
Animador/a: Como estamos acolhendo a vontade de Deus no nosso
coração? Como estamos acolhendo as pessoas que encontramos no
dia a dia, em nossa casa, trabalho etc.? Como estamos nos acolhendo
em nossa comunidade? Temos nos inspirado nas atitudes de Maria?
Preces
Animador/a: Por todos os excluídos de nossa sociedade, que não
são acolhidos por causa do egoísmo e individualismo de um modelo
social que não gera a vida.
Todos/as: Senhor dá-nos a graça de acolher a vida.
Pelas crianças, para que sejam compreendidas e acolhidas em
suas famílias e delas recebam sempre a educação e o amor de que
necessitam para crescerem e se desenvolverem de forma saudável.
Pelos jovens que estão morrendo vitimados pela violência, para que
o Senhor nos ensine a acolhê-los e amá-los como reflexos de seu
amor pela sociedade e pela Igreja.
Pelas mulheres, sobretudo por aquelas que ainda não são acolhidas
com gratuidade e sofrem preconceito de uma sociedade machista e
excludente. Que sejam acolhidas como geradoras de vida e como
expressão do amor de Deus pela humanidade.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Senhor, Tu és o Deus da acolhida e nos inspiras
constantemente a acolhermos aqueles que a sociedade despreza e
exclui. Através de teu Filho Jesus acolhestes toda a humanidade na
intimidade de teu coração paterno. Ele, nascido do ventre de Maria,
132
UMBRASIL
recebeu o abraço acolhedor dos homens e mulheres que aguardavam
a salvação. Ajuda-nos, Senhor, a acolhermos e promovermos a vida
e a dignidade dos pobres e injustiçados. Que não haja mais crianças
sem educação e amor; jovens prematuramente ceifados pela violência;
idosos excluídos do convívio familiar. Conduza-nos, Senhor, nas
pegadas de Maria, à nova terra onde abundam a justiça e a paz, ao
teu Reino, onde todos são acolhidos e amados simplesmente porque
são teus filhos. Amém!
Na certeza da acolhida de nossas preces, com amor e confiança,
rezemos juntos: Pai-nosso.
Canto final
Uma entre todas
Uma entre todas foi a escolhida.
Foste tu Maria, serva preferida.
Mãe do meu Senhor.
Mãe do meu Salvador.
Maria, cheia de graça e consolo.
Venha caminhar com teu povo.
Nossa Mãe sempre serás.
Roga pelos pecadores desta terra.
Roga pelo povo que em seu Deus espera.
Mãe do meu Senhor.
Mãe do meu Salvador.
133
Maio com Maria
22
um gladio transpassara
tua alma (lc 2,22-35)
“Eis que este menino vai ser causa de
queda e elevação de muitos em Israel.”
(Lc 2,35)
Elaboração da oração: Ir. Renê Ramon – Província Marista Brasil
Centro-Norte.
Ambientação: Vela, Bíblia, pano colorido e fotos de pessoas em
situações de pobreza.
Motivação e acolhida
Animador/a: A palavra de Deus é como uma espada afiada que
transpassa o coração daqueles que a ouvem e coloca em prática.
Maria é o modelo de discípula que ouviu e colocou em prática o que
Deus prometera a seus antepassados. A esperança da salvação nasce
no meio dos pobres, Simeão e a profetiza Ana representam os pobres
que são fiéis ao projeto de Deus. Como Maria, Ana e Simeão vivamos
a esperança e a fidelidade de Deus para com os pobres.
Canto
Virá o Dia em que Todos (Pe. Manoel Machado)
Virá o dia em que todos ao levantar a vista, veremos nesta
terra reinar a liberdade. (2x)
Minha alma engrandece ao Deus libertador, se alegra meu
espírito em Deus meu Salvador, pois ele se lembrou do seu povo
oprimido, e fez da sua serva a mãe dos esquecidos.
134
UMBRASIL
Imenso é seu amor sem fim sua bondade, pra todos que na terra
Lhe seguem na humildade. Bem forte é nosso Deus, levanta o
seu braço, espalha os soberbos, destrói todos os males.
Derruba os poderosos dos seus tronos erguidos, com sangue
e suor do seu povo oprimido, e farta os famintos, levanta os
humilhados, arrasa os opressores, os ricos e os malvados.
Recordação da vida
Animador/a: No Templo, na apresentação de Jesus, primogênito
do Pai, o velho Simeão havia tomado o menino nos braços. Havia
entoado um hino repleto de alegria, ele que aguardava a Consolação
de Israel. O menino é contemplado com títulos magníficos: “Salvação
preparada para todos os povos, Luz para esclarecer as nações e Glória
de Israel, teu povo”. Este profeta, cheio do Espírito, havia terminado
com uma grande bênção do menino. Era tudo muito bonito.
Leitor/a 1: De repente o hino se torna sombrio e dramático,
anunciando muito sofrimento para o menino e para a mãe: “Este
menino veio para a queda e reedificação de muitos em Israel e para
ser sinal de contradição. Tu mesma terás o coração atravessado pela
espada. Assim, serão revelados os segredos de muitos corações”. O
díptico sobre o menino comporta luzes e sombras.
Leitor/a 2: Por que Simeão se dirige a Maria e não a José, chefe da
família; por que somente a Maria? É provável que seja porque apenas
a mãe estará presente em toda a vida de Jesus e assistirá ao drama do
Calvário. Por certo também porque Maria constitui sempre a imagem
e a antecipação da Igreja. O que se diz aqui da mãe Maria é dito
também da mãe Igreja, que no suceder dos séculos será transpassada
pelo gládio. A Igreja não será diferente do seu Mestre, ela não terá
vida pacífica. A última das bem-aventuranças vai ser a sua condição
mais ordinária: “Bem-aventurados sois quando vos insultarem e
perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa
de mim” (Mt 5,11). É terrivelmente verdade hoje.
135
Maio com Maria
Leitor/a 3: A segunda parte da profecia, aquela endereçada a
Maria, une o menino e a mãe na mesma aventura espiritual: Ele,
sinal contradito; ela, transpassada; o todo “revela os segredos dos
corações”. Como a bênção de Isabel ligava a mãe e o menino, assim
a aventura dramática do Filho vai repercutir na alma da mãe, depois
na Igreja. É admirável que as palavras de Simeão não terminem no
menino, mas na mãe. Será porque a mãe Igreja terá de viver uma
paixão mais longa que a do seu Mestre? Ela não partilhará a paixão
do seu Senhor; mas, como ele, ela vai ser para todos os homens “sinal
de contradição”, sinal que incomoda e obriga os homens a revelarem
as suas escolhas, os segredos e debates dos seus corações.
Todos/as: Ter a alma transpassada é a condição indispensável para
estar do lado de Jesus.
Leitor/a 1: Essa espada aponta apenas o momento dramático do
Calvário? A mãe não partilha em tudo o martírio do Filho? A espada
certamente figura isso e a rejeição do Filho, por parte dos chefes do seu
povo, mas não só. A mãe Igreja e até cada discípulo são constantemente
desafiados pela Palavra, e por Jesus, a preferi-lo sempre. Ele é o sinal
que revela as escolhas dos corações. Ele é a Palavra apresentada na
carta aos Hebreus, na sua força de penetração e divisão: “Com efeito,
a palavra de Deus é viva, enérgica e mais cortante que gládio de duplo
fio. Na sua invasão, chega a dividir alma e espírito, articulações e
medulas, porque passa no crivo os movimentos e pensamentos dos
corações” (Hb 4,12; Ap 19,13-15).
Leitor/a 2: Simeão diz profeticamente a Maria que permanecer
fiel ao Filho significa assemelhar-se a ele, colocar-se do seu lado,
tornar-se, pois, experimentada pelo sofrimento: “No decurso da
sua vida terrestre, ofereceu preces e súplicas, com grande clamor e
lágrimas, àquele que podia salvá-lo da morte. Mesmo como Filho,
aprendeu a obediência nos seus sofrimentos” (Hb 5,7-8). Como o
Filho, Maria não teve vida tranquila, tampouco a Igreja, tampouco
nenhum discípulo que siga o seu Mestre com seriedade. Todos são
convidados a tomar a sua cruz.
Leitor/a 3: Ter a alma transpassada é a condição indispensável para
estar do lado de Jesus. A espada aqui aponta a fidelidade. Encontramos
136
UMBRASIL
Maria ao pé da cruz, com o seu coração materno transpassado, de
coração sempre fiel ao Filho. Ela, porque teve a alma transpassada,
pode verdadeiramente ajudar a Igreja, como a todo fiel, para que se
mantenham leais e firmes.
Todos/as: Ter a alma transpassada é a condição indispensável para
estar do lado de Jesus.
Canto de aclamação
Ponho-me a Ouvir (Pe. Pedro Brito Guimarães e Fr. Fabreti)
Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Ponho-me a ouvir o que o Senhor dirá.
Ele vai falar, vai falar de paz.
Pela minha voz e pelas minhas mãos, Jesus Cristo vai, vai falar
de paz.
Leitura da Palavra de Deus (Lc 2,22-35)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: As palavras de Jesus são como uma espada afiada e
tudo o que Ele dizia estava em consonância com o projeto de Deus.
As palavras de Jesus, quando ouvidas e seguidas na fidelidade, nos
fazem ser profetas num mundo fragmentado e com propostas que
vem do Reino de Deus.
Partilha
Animador/a: Quais são os apelos proféticos que escuto hoje? Quais
são as minhas respostas aos apelos de Deus?
Preces
Animador/a: Colaboradores de Jesus para um mundo melhor, sejamos
atentos aos gritos proféticos de nossos irmãos e irmãs na sociedade.
137
Maio com Maria
Todos/as: Senhor fazei-nos sensíveis aos teus apelos.
Que o exemplo de fidelidade de Maria nos ajude em nossa caminhada
de irmãos.
Que as palavras de Jesus sejam espadas em nossas vidas nos tirando do
comodismo e nos levando ao verdadeiro compromisso com os pobres.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Maria da presentação, tu fostes fiel a palavra de Deus.
Ajudai-nos para que sejamos também fiéis as palavras de Deus. Por
Cristo Senhor Nosso. Amém.
Na certeza que caminhas conosco, rezemos juntos a oração que nos
une neste projeto de amor.
Canto final
Cântico de Simeão (ODC)
Agora, Senhor, podes deixar partir em paz teu servidor,
Porque os meus olhos já contemplam, da salvação o resplendor!
Segundo a tua palavra, vi a tua salvação;
Manda em paz teu servidor, no fulgor do teu clarão!
Pra todos os povos preparaste a salvação que resplendeu, a luz
que ilumina as nações todas, a glória deste povo teu!
Glória ao Pai, glória ao Menino, Deus que veio e Deus que vem;
Glória seja ao Divino, que nos guarde sempre. Amém!
138
UMBRASIL
23 quem e minha mae?
“Minha mãe e meus irmãos são
aqueles que ouvem a Palavra de
Deus e a põem em prática.”
(Lc 8,21)
Elaboração da oração: Ir. Paulo Henrique O. Soares – Província
Marista Brasil Centro-Norte.
Ambientação: Imagem de Maria, fotos de família, fotos de grupos,
velas, flores e Bíblia.
Motivação e acolhida
Animador/a: Meus irmãos e irmãs, sintam-se todos acolhidos
neste nosso momento celebrativo em que, iluminados pela
Palavra de Deus, faremos memória da Mãe de Jesus e nossa.
Queremos rezar e partilhar um pouco sobre a grandiosidade da
vida de Maria na missão de Jesus. Maria não foi apenas mãe,
mas discípula de seu filho. Soube ouvir e colocar em prática
os valores do Reino; por isso se tornou para nós Auxílio dos
Cristãos. Iniciemos com alegria cantando.
Canto
Mãezinha do Céu (Joana)
Mãezinha do céu, eu não sei rezar;
Eu só sei dizer: “Quero te amar”
Azul é teu manto, branco é teu véu
Mãezinha, eu quero te ver lá no céu
139
Maio com Maria
Mãezinha do céu, Mãe do puro amor,
Jesus é teu filho, eu também sou
Azul é teu manto, branco é teu véu
Mãezinha, eu quero te ver lá no céu
Mãezinha do céu, vou te consagrar
A minha inocência, guarda-a sem cessar.
Azul é teu manto, branco é teu véu
Mãezinha, eu quero te ver lá no céu.
Recordação da vida
Animador/a: Recordar é trazer no coração o que foi vivido e
testemunhado ao longo de nossa vida. Quando nos lembramos
de nossa mãe e de nossos irmãos, vários sentimentos e cenas
invadem o nosso coração. Pode ser um momento de carinho, de
alegria, de tristeza, pode ser um papo legal ou até mesmo aquela
comidinha gostosa que mamãe preparava. Vamos, neste momento,
fazer memória de alguma experiência familiar que nos recorda
da relação que fizemos com nossa mãe? Ela sempre entendeu os
nossos sonhos e projetos? Foi preciso dialogar muito?
Acolhendo a Palavra para iluminar a vida
Tua Palavra é Lâmpada (Simei Monteiro)
Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor!
Lâmpada para os meus pés, luz para o meu caminho! (2x)
Leitura da Palavra de Deus (Mt 12,46-50)
Refletindo à luz da Palavra
Leitor/a 1: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”
140
UMBRASIL
Aparentemente, parece pergunta descortês, sobretudo porque Maria
estava perto e podia ouvi-la do seu Filho.
Ainda assim, a pergunta está toda do nosso lado. Aqui Jesus se
distancia da família de sangue, para dizer que, no ponto de vista da
salvação, o que importa é a família espiritual. A pessoa é membro
desta pela escuta e prática da Palavra, e não pelos estreitos limites
do sangue. Contra tal família, feita sem nenhum mérito das pessoas,
Jesus optou pela família espiritual, aberta a todos os homens de toda
a raça, língua, povo e nação.
Leitor/a 2: Todo aquele que faz a vontade de Deus, eis o meu irmão,
irmã e mãe. Jesus nos abre as portas da sua família e, para dela
participar, dependemos apenas de nós. Sangue, cultura e história não
podem ter pretensões sobre Jesus, para guardar alguma exclusividade.
A nova família espiritual está ao redor de Jesus; em casa. A família de
sangue está fora de casa. Mateus e Lucas, embora matizando a versão
rugosa de Marcos, mantêm essa boa-nova da família universal.
Leitor/a 3: Os irmãos, as irmãs, Maria, toda a família de sangue
escuta e entende a graça que lhe é feita: “Para ser verdadeiramente
de Jesus, é preciso acolher a sua palavra, aderir à sua pessoa e fazer
a vontade de Deus”.
Mesmo assim, por que, na recusa da família de sangue, Jesus insiste
na recusa da mãe? “Quem é a minha mãe?” Porque a mãe é a pessoa
mais representativa da família de sangue, a mais afetivamente ligada
também ao seu filho pelo amor, tempo, educação e sofrimento. Mil
laços unem mãe e filho. A mãe é a mais autorizada para reclamar
direitos sobre o filho.
Todos/as: Todo aquele que faz a vontade de Deus, eis o meu irmão,
irmã e mãe.
Leitor/a 1: De certo modo, Jesus corta esses laços do sangue para criar
oportunidades para todos os homens. O termo católico quer dizer
universal. Uma Igreja que não quer ser universal, como implicada
em certo apartheid, nunca será a Igreja de Cristo.
141
Maio com Maria
Leitor/a 2: Jesus afirma que, para ser da sua família, cumpre acolher
a sua palavra. Ora Maria é exatamente aquela que, por primeira,
acolheu tão bem as palavras do anjo, que mereceu que Jesus nascesse
dela. Isabel a louva pela sua fé. João também apresenta Maria como a
pessoa modelo da fé. Ademais, Maria é aquela que segue a Cristo, é-lhe
fiel da Anunciação ao Natal; depois, na adolescência e nas estradas
do profeta e ainda no Calvário, Ela se mantém de pé; finalmente, no
cenáculo ela faz parte do primordial grupo de discípulos.
Leitor/a 3: Mais ainda, ela será a primeira, com o discípulo amado,
a formar a célula que estreia essa família espiritual de que Jesus havia
falado. No Calvário, onde se encontram os crentes de verdade, Maria
se torna mãe de todos os discípulos. Sobre ela e sobre o seu novo
filho, discípulo amado, Jesus agonizante infunde o seu Espírito.
No prólogo, o evangelista João tinha dado o critério-chave para ser
membro da família de Deus: “A todos aqueles que o recebem, Ele
dá o poder de se tornarem filhos de Deus!” Maria é a primeira, nessa
acolhida; por isso, será a primeira a ser recebida na família de Jesus.
Todos/as: Todo aquele que faz a vontade de Deus, eis o meu irmão,
irmã e mãe.
Interiorizando a Palavra
Animador/a: Maria, quando não entendia muito bem os gestos e as
ações de Jesus, procurava guardar tudo em seu coração. Meditava em
silêncio, oferecia a Deus em oração e assim ia aprendendo a ser cada
vez mais mãe e discípula de Jesus. Seguindo essa atitude mariana
vamos fazer um tempo de silêncio para contemplar a passagem do
Evangelho e as palavras do Ir. Giovanni Bigotto.
Partilha
Animador/a: Com base no encontro de Jesus com Maria e seus irmãos,
quais os sentimentos que vem ao coração? Para ser verdadeiramente
142
UMBRASIL
de Jesus significa que devemos ouvir sua Palavra e colocá-la em
prática. O que significa isso em minha vida? Quais os exemplos da
vida de Maria me ajudam a perceber que ela cumpriu a vontade de
Deus e, além de mãe, se tornou discípula e seguidora de Jesus?
Preces
Animador/a: Ó Maria, em tua juventude foste corajosa pois ouviste
a Palavra de Deus e aceitaste ser Mãe de Jesus. Ajuda-nos no nosso
cotidiano a interiorizar essa palavra e traduzi-la em gestos de amor
e vida.
Todos/as: Mãe da escuta, rogai por nós!
Ó Maria, teu carinho de Mãe e tua compreensão nos faz lembrar
de nossas famílias. Ajuda-nos a manter um diálogo atento quando
nossos sonhos e projetos forem diferentes dos almejados por nossos
familiares.
Ó Maria, Jesus te tornou mãe de toda a humanidade por tua fidelidade
do presépio ao pé da cruz. Ajuda-nos também a sermos fiéis ao
projeto de justiça e paz oferecido por Jesus.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Animador/a: Elevemos ao Pai do Céu nossas preces rezando as
orações que nos tornam participantes da família de Jesus. “Minha
mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a
põem em prática.” Pai-nosso e Ave-Maria.
Todos/as: Ó Maria nossa Boa Mãe, contamos com teu exemplo para
vivermos unidos como a grande família de Deus. Sê nossa intercessora
quando nosso coração se fecha para o irmão e para as Palavras de
Jesus, fonte de vida. Abençoai nossas famílias e nossa vida com teu
amor maternal, hoje e sempre. Amém!
143
Maio com Maria
Canto final
Vem Maria, Vem, Vem nos Ajudar (Lindenberg Pires)
Vem Maria, vem, vem nos ajudar neste caminhar
Tão difícil, rumo ao Pai.
Vem, querida Mãe, nos ensinar
A ser testemunhas do amor
Que fez do teu Corpo sua morada
Que se abriu pra receber o Salvador.
Nós queremos, ó Mãe, responder
Ao amor do Cristo Salvador cheios de ternura
colocamos confiantes em tuas mãos esta oração.
144
UMBRASIL
24 o olhar do discipulo amado
“Quando Jesus viu sua mãe e perto
dela o discípulo que amava, disse à
sua mãe: Mulher, eis aí teu filho.”
(Jo 19,26)
Elaboração da oração: Ir. Renê Ramon – Província Marista Brasil
Centro-Norte.
Ambientação: Tecido colorido, Bíblia, crucifixo, círio e imagem de
Maria.
Motivação e acolhida
Animador/a: No evangelho de João vemos a presença de Maria e dos
amigos de Jesus no início e no fim ou seja no início da missão (Boda
de Caná) e no fim da missão de Jesus (na Cruz). Maria está presente
na vida e missão de Jesus, seu exemplo nos convida a participarmos
desse mesmo caminho.
Canto
Teu nome, Ó Maria (Zé Vicente)
Como é bonito teu nome, ó Maria. Cantando a vida, quanta
alegria! (2x)
No teu nome o nome de cada mulher, que na vida busca sempre
o que Deus quer. (2x)
Como é bonito teu rosto, ó Maria. Paz e ternura, luz irradia. (2x)
Nos teus olhos todo jovem pode ver a certeza do futuro renascer. (2x)
145
Maio com Maria
Como são lindas tuas mãos, ó Maria. Porta-estandarte da
estrela-guia. (2x)
Uma mão pra consolar quem está chorando e a outra encorajar
quem está lutando. (2x)
Como são belos teus pés, ó Maria. Descendo os montes, paz
anuncias. (2x)
Companheira mais fiel deste meu povo, nos caminhos do
amanhã, do mundo novo. (2x)
Como é bendito teu ventre, ó Maria. Trazendo o fruto da
profecia. (2x)
Quem na vida ao amor se faz fiel, é profeta do divino Emanuel. (2x)
Como é bonito te ver, ó Maria.
Recordação da vida
Animador/a: No seu Evangelho, João confere a Maria dois
lugares-chave: Caná, onde Jesus oficializa o começo da sua vida
pública com o primeiro sinal, o do vinho da melhor qualidade;
a Cruz, onde Jesus ultima a sua vida pública. A presença de
Maria no primeiro sinal, depois no sinal da Cruz, forma como a
inclusão da vida pública de Jesus.
Leitor/a 1: Isso é intencional no evangelista que, entre esses dois
sinais, tece muitos laços. Em Caná e na Cruz, Maria é a primeira
citada. Em Caná e na Cruz, Maria é chamada, por três vezes, Mãe
de Jesus e uma vez mulher. Em Caná, ainda não era a hora; mas na
Cruz, era exatamente a HORA. Em Caná, trata-se de água e vinho, ao
passo que na Cruz do coração do Senhor jorram sangue e água.
146
UMBRASIL
Leitor/a 2: Em Caná, os convidados recebem de Jesus vinho do melhor
para estancar a sede. Na Cruz, é Jesus quem tem sede e dão-lhe de
beber vinagre. Em Caná, Jesus espera a fé de Maria; na Cruz, essas
coisas foram escritas “para que vós creiais” (Jo 19,35). Em Caná,
Maria vem em auxílio da fé dos discípulos; ela se põe entre o Filho
e os discípulos. No Calvário, ela se acha ao pé da Cruz de Jesus, e o
discípulo amado se encontra ao lado dela.
Lado 1
Em Caná
Lado 2
Na Cruz
Maria está presente.
Maria está presente.
Maria é a primeira citada.
Maria é a primeira citada.
Maria é chamada por três vezes “Mãe
de Jesus”.
Maria é chamada por três vezes “Mãe
de Jesus”.
Uma vez Maria é chamada “mulher”.
Uma vez Maria é chamada “mulher”.
Em Caná, trata-se de água e vinho.
Na Cruz, trata-se de sangue e água.
Em Caná, os convidados recebem o
vinho melhor.
Na Cruz, Jesus tem sede e dão-lhe de
beber vinagre.
Em Caná, Jesus espera pela fé de
Maria.
Na Cruz, “essas coisas foram escritas
“para que vós creiais”.
Em Caná, Maria se põe entre o Filho e
os discípulos.
No Calvário, ela está ao pé da Cruz de
Jesus, e o discípulo ao lado dela.
Em Caná, ainda não era a HORA.
Na cruz, era exatamente a HORA.
Leitor/a 3: Esses laços todos atestam bem que não é por acaso que
João coloca Maria no começo e no fim da vida pública de Jesus.
Ele a quer como a personagem por excelência para ser testemunha
e modelo.
147
Maio com Maria
Canto de aclamação
Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Disse a mãe de Jesus aos serventes: “fazei tudo que ele disser”.
Leitura da Palavra de Deus (Jo 2,1-12.19,25-27)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: No início da missão de Jesus, Maria estava presente
marcando a alegria da festa significada no vinho novo. É uma
esperança gerada com a presença de Jesus que atende ao pedido de
sua mãe. É o vinho da nova aliança de Deus para com o seu povo. E
a alegria se contrasta com a tristeza, com a morte do mestre. Diante
do cenário de tristeza há uma sutil alegria. Maria é nomeada a mãe
da comunidade cristã, ela que gera Jesus, e Jesus que faz parte
dela. Jesus vai, mas a comunidade fica com aquela que se torna
sacramento vivo da presença de Jesus em meio à comunidade.
Partilha
Animador/a: Qual o sinal do “vinho novo” em minha vida? O que
significa a afirmação “Maria é a mãe da comunidade”? O que significa
a presença de Maria na minha caminhada vocacional?
Preces
Animador/a: Para que sejamos vinho bom que desperte alegria
e esperança na vida das pessoas, principalmente das crianças e
dos jovens.
Todos/as: Maria, mãe do Brasil, rogai por nós!
Que a presença de Maria seja estímulo em nossa missão Marista
do Brasil.
Que a presença de Maria diante de Jesus na cruz, nos dê força para
enfrentar as dificuldades e superar nossos limites.
148
UMBRASIL
Preces espontâneas
Oração2
Todos/as: Maria, que bom te chamar de mãe, receber-te como nossa
educadora e guia na fé. Obrigado, pois tu nos conduzes a Jesus,
não guardando nada para ti. Ensina-nos a perseverar na fé, a manter
nosso seguimento a Jesus, nos fracassos e nas vitórias. Sustenta-nos
de pé, como tu ficaste, solidários na vida, morte e ressurreição do
Senhor. Amém!
Animador/a: Rezemos juntos, um Pai-nosso como oração da
fraternidade que nos une enquanto cristãos.
Canto final
Santa Mãe Maria (José Acácio Santana)
Santa Mãe Maria, nesta travessia, cubra-nos teu manto cor de
anil. Guarda nossa vida, Mãe Aparecida, Santa Padroeira do
Brasil.
Ave, Maria, Ave, Maria! (2x)
Com amor divino, guarda os peregrinos, nesta caminhada para o
além. Dá-lhes companhia, pois também um dia foste peregrina
de Belém.
Mulher peregrina, força feminina, a mais importante que existiu.
Com justiça queres que nossas mulheres sejam construtoras do
Brasil.
Com seus passos lentos, enfrentando ventos, quando sopram
noutra direção, toda a Mãe Igreja pede que tu sejas Companheira
de libertação.
2
MURAD, Afonso. Maria, toda de Deus e tão humana. São Paulo: Paulinas; Valencia, Esp: Siquem, 2004
(coleção livros básicos para a teologia 8.2).
149
Maio com Maria
25 a festa do amor
“Façam tudo o que ele lhes disser.”
(Jo 2,5)
Elaboração da oração: Ir. Paulo Henrique Martins de Jesus e Ir. Rogério
de Medeiros Silva – Província Marista Brasil Centro-Norte.
Ambientação: Imagem de Maria, velas, flores, panos coloridos,
aparelho de som, CD instrumental, vinho ou suco, copos ou taças.
Motivação e acolhida
Animador/a: Com Maria, vamos depressa para uma nova terra
celebrar a festa do amor. Confiantes na intercessão da Boa Mãe e da
ação de Jesus em nosso favor, nos coloquemos em atitude de servos
obedientes à sua vontade e com o coração aberto para fazer tudo o
que Ele nos disser.
Canto
Nossa Festa com Maria (Ir. Miria T. Kolling)
Celebremos, na alegria,
Nossa festa com Maria:
Pelo Pai amado, somos convidados
Ao banquete do Senhor!
É a festa de Jesus que vai acontecer:
Feliz está meu coração.
O vinho do amor que Deus hoje me der,
Depois eu servirei ao meu irmão!
150
UMBRASIL
Maria sempre está lá onde está seu Deus!
Viver eu quero assim também,
Pois onde está Jesus, é festa, vida e céu:
Cantar comigo vem, amigo, vem!
Recordação da vida
Leitor/a 1: Maria e Jesus são convidados à festa do amor, às
núpcias de Caná. Isso é muito bonito e muito simbólico. João nos
faz sinal para que convidemos Jesus e Maria às nossas alegrias e às
nossas festas. Ambos são convidados; creio, porém, que Maria era
convidada especial, encarregada de cuidar da festa. Com efeito, ela
se dá conta de que o vinho veio a faltar; ela assume o problema, fala
aos servidores e é escutada como pessoa de autoridade.
Todos/as: Quando o vinho do amor nos faltar, e a gente ao irmão
se fechar:
Ensina-nos, Maria, a fazer o que ele disser!
Tudo é possível, nas tuas mãos, meu Senhor!
A eucaristia é teu milagre de amor!
Leitor/a 2: Maria é admirável em dois pontos. Ela dá-se conta de um
problema humano, isto é, a festa do amor ameaçada; ela a assume
e a faz sua, solidarizando-se com a dificuldade humana. Depois
ela, como por instinto, vai ao Filho. Ela poderia tentar resolver o
problema com outras pessoas responsáveis da organização da festa,
deixando Jesus tranquilo, porque ele é apenas um convidado. Mas
ela o conhece; o fato de ir a ele muda por inteiro toda a história das
núpcias. Já estamos passando das núpcias de um casal humano às
núpcias do Messias; de uma festa local passa-se à festa do céu e da
terra. Jesus irrompe como a personagem central e é a iniciativa de
Maria que o coloca no centro. É ainda Maria quem faz com que os
serventes obedeçam a Jesus: “Façam tudo o que ele lhes disser”.
151
Maio com Maria
Todos/as: Quando na mesa do nosso irmão. Faltar água, vida e pão:
Ensina-nos, Maria, a fazer o que ele disser!
Tudo é possível, nas tuas mãos, meu Senhor!
A eucaristia é teu milagre de amor!
Leitor/a 3: Maria não diz senão estas palavras: “Eles não têm mais
vinho”. Ela entrega a Jesus o nosso problema. “Façam tudo o que ele
lhes disser”, eis a chave para sermos escutados. Uma vez ultimadas
essas duas diligências, ela se retira, deixando pleno espaço a Jesus.
Leitor/a 1: Pode-se ter a impressão de que o milagre não foi fácil
de obter: “Mulher, que queres de mim, se a minha hora ainda não
chegou?” Nada de descortês da parte de Jesus, quando diz à mãe
“mulher”. É muito comum Jesus dirigir-se assim às mulheres (cf. Jo
4,21; 8,10; 20,13; Mt 15,28 e Lc 13,12). Essa palavra comparece
igualmente na Cruz, onde esse vocativo não comporta nenhuma
conotação negativa. O vocativo mulher não faz com que Maria
compreenda que é a nova Eva, aquela que está em relação com o
novo Adão? Este pedido, que aparentemente recebe uma primeira
recusa, em seguida, é atendido copiosamente; a água enche as
jarras, símbolo do batismo, e se torna vinho do melhor, símbolo
da Eucaristia. Jesus revela a sua glória, os discípulos creem nele,
novo grupo se forma: Jesus como cabeça, acompanhado da sua Mãe,
dos seus irmãos, dos discípulos. Jesus, que nas núpcias compareceu
como segundo, após a intervenção da Mãe se torna primeiro. Esse
sinal obtido por Maria, quando não era ainda a hora, vai permitir
que todos os outros sinais se produzam, quando o tempo ainda não
chegou. Todos esses sinais vão na direção do SINAL da CRUZ, o
SINAL da HORA, e anunciam-na.
Todos/as: Quando faltar a justiça entre nós, e muitos ficarem sem voz:
Ensina-nos, Maria, a fazer o que ele disser!
Tudo é possível, nas tuas mãos, meu Senhor!
A eucaristia é teu milagre de amor!
152
UMBRASIL
Leitor/a 2: Jesus também, em Getsêmani, vê a sua petição recusada:
“Pai, se é possível, afasta de mim este cálice”. O Pai, porém, pede
que o Filho aceite subir ao Calvário, onde pode mostrar-nos que
ele é Deus e amor sem limites; na cruz Jesus revela a sua glória
infinitamente mais que em Caná; é aí que ele nos salva. É uma lição
para que compreendamos que as nossas orações são escutadas,
mesmo quando temos a impressão contrária.
Em Caná, o movimento do texto caminha da fé manifestada por Maria
para a fé dos discípulos, que se torna a fé da Igreja e a nossa fé hoje.
Em Maria, a fé põe Jesus no centro e atinge os discípulos que vão
entrar na fé da mãe. Caná anuncia as núpcias do Filho e Maria facilita
tais núpcias.
Canto de aclamação
Como Maria, Agora Vou Ouvir (Ir. Miria T. Kolling)
Como Maria, agora vou ouvir
O que Jesus quer hoje me dizer:
Feliz é quem sabe escutar a Deus no coração!
Eu quero, ó meu Senhor, te amar.
Aleluia, aleluia,
O evangelho vamos nós ouvir!
Aleluia, aleluia,
A Jesus queremos aplaudir!
Leitura da Palavra de Deus (Jo 2,1-12)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Com Maria, façamos silêncio para interiorizar a Palavra
e guardá-la em nosso coração.
153
Maio com Maria
Partilha
Animador/a: Que atitude aprendemos de Maria? Como costumamos
celebrar nossas festas? O que fazemos quando falta o “vinho”? Que
lugar têm Jesus e Maria nas festas que costumamos celebrar?
Preces espontâneas
(Cada irmão recebe uma taça/copo com vinho ou suco de uva para
realizar as preces/brinde)
Animador/a: Celebrando a festa do amor, somos convidados a fazer
nossas preces como grandes brindes:
• Um brinde à vida!
• Um brinde à nossa vocação!
• Um brinde à juventude!
Seguem brindes com intenções espontâneas.
Oração conclusiva
Todos/as: Tu, Senhora, estavas ali, na festa de Caná e com a tua
presença a fizeste mais festa ainda. Era a festa da presença do teu
Filho com seus discípulos e era também a festa de tua presença
silenciosa de mãe. Faze com que descubramos sempre tua presença
quando o Senhor nos enche de alegria e faze que saibamos levar
a nossos irmãos tua presença que transforma. Que nossa presença
na festa seja sempre como a tua, um clamor que diga aos homens:
“façam o que ele vos disser”. Que nossa presença abra caminho aos
que têm que ser discípulos da Palavra.3
Animador/a: Embuídos do amor por Deus Pai e engrandecidos pelo
testemunho de Maria, mãe e fiel discípula, rezemos.
3
PIRONIO, Eduardo. Poema e Oração. In: MURAD, A. Quem é essa mulher. São Paulo: Paulinas, 1996.
p. 206.
154
UMBRASIL
Canto final
Brinde ao Amor (Zé Vicente)
Ó Maria serve o vinho
Um copo pra todos nós
Um pão pra todas as fomes
Um só canto em toda voz!
A luz sangra em nosso peito
Cheiro bom transborda no ar
Em cada rosto um sorriso
Muito axé pra partilhar
O mesmo canto
O mesmo copo
Um grande brinde
Ao nosso amor
Tantos trigos num só pão
Tantas uvas para o vinho
Todos num só coração
Tanta fé, tanto carinho
Nos beijemos irmãos todos
Mulheres, jovens, crianças
Os velhos contando histórias
Comunhão de esperanças
155
Maio com Maria
26 eis a tua mae
“Eis a tua mãe.”
(Jo 19,27)
FESTA DE
NOSSA SENHORA DE CARAVAGGIO
Elaboração da oração: Ir. José Rogério e Ir. Maicon Donizete – Província
Marista Brasil Centro-Norte.
Ambientação: Dispor as cadeiras em forma circular. Colocar no centro
a imagem de Maria e, à sua frente, construir um coração utilizando
panos coloridos; dentro do coração, colocar os nomes das pessoas
que compõem a comunidade (Ex.: Irmãos, Leigas e Leigos). Criar um
ambiente acolhedor e familiar que propicie a vivência orante.
Motivação e acolhida
Animador/a: Queridos irmãos e irmãs!
Motivados pelas palavras de Jesus: “eis a
tua mãe” (Jo 19,27), somos convidados
a colocar-nos diante do Deus da vida
para acolhermos, como irmãos e irmãs,
sua presença amorosa e compassiva no
meio de nós.
Como filhos e filhas de Maria, queremos
celebrar a certeza do amor de Deus por
cada um de nós que nos une como
irmãos e irmãs, verdadeiras dádivas que
se colocam a serviço do Reino.
156
UMBRASIL
Canto
Maria Mãe dos Homens
Eu canto louvando Maria, minha Mãe. A ela um eterno obrigado
eu direi. Maria foi quem me ensinou a viver, Maria foi quem
me ensinou a sofrer.
Maria em minha vida, é luz a me guiar. É Mãe que me aconselha,
me ajuda a caminhar. Mãe do bom conselho, rogai por nós.
Quando eu sentir tristeza, senti a cruz pesar, ó Virgem, Mãe das
dores, de ti vou me lembrar: Virgem Mãe das dores, rogai por nós.
Se um dia o desespero me vier atormentar, a força da esperança
em ti vou encontrar: Mãe da esperança rogai por nós.
Nas horas de incerteza, ó Mãe vem me ajudar. Que eu sinta
confiança na paz do teu olhar: Mãe da confiança, rogai por nós.
Que eu diga a vida inteira, o “sim” aos meus irmãos, o sim que tu
disseste, de todo o coração: Virgem mãe de Deus, rogai por nós.
Recordação da vida
Animador/a: Com Maria, serva do senhor e mãe da comunidade
dos discípulos e discípulas de Jesus, meditemos, contemplando o
encontro amoroso entre mãe e filho. Num gesto amoroso, Jesus se
dá a nós e nos convida a experienciar seu amor como entrega livre
e gratuita.
Leitor/a 1: Junto à cruz de Jesus, havia um grupo de mulheres e o
discípulo amado. O olhar de Jesus se detém sobre ambos, a mãe e
o discípulo amado; ele os põe de parte e neles vai fazer maravilhas.
“Vendo assim a mãe e ao lado dela o discípulo que ele amava, Jesus
disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí o teu filho’. Em seguida, disse ao
discípulo: ‘Eis a tua mãe’.”
157
Maio com Maria
Todos/as: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós
somos todos viandantes, mas é difícil sempre andar.
Leitor/a 2: Jesus completa o círculo do amor. Jesus amava sua mãe
e sua mãe o amava. Jesus amava seu discípulo e o discípulo amava
seu Mestre. Aqui Jesus estabelece um laço de amor novo entre a mãe
e o discípulo, que é admitido à dignidade de filho. Agora, o círculo
de amor se fecha: do Filho Jesus à mãe, da mãe ao discípulo-filho, do
discípulo-filho ao Mestre. É o amor de Jesus que circula nas pessoas.
Porque ama o discípulo, Jesus lhe dá a própria mãe que ele ama: ela é
puro dom do amor do Filho. O discípulo é dado como filho a Maria,
porque Jesus ama o discípulo; ele é dom à Mãe do amor do Filho.
Assim, mãe e filho, no caso o discípulo, estão fortemente unidos pelo
amor do Senhor que agoniza. Nisso ele assina seu testamento e sua
última vontade.
Todos/as: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós
somos todos viandantes, mas é difícil sempre andar.
Leitor/a 3: O Filho se vale de dois termos de família: mãe e filho; ele
quer significar que aqueles que o seguem formam uma família, a sua
família, animada pelo seu amor e pelo seu Espírito. Ressuscitado, Jesus
chama os seus discípulos de irmãos; acrescenta que vai ao Pai e nosso
Pai (Jo 20,17). Jesus cria duas responsabilidades. A primeira, ele a
confia à mãe: “Mulher, eis o teu filho”. Confia uma responsabilidade
similar ao filho: “Eis a tua mãe”. É também uma figura da Igreja,
simultaneamente maternal e filial.
Todos/as: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós
somos todos viandantes, mas é difícil sempre andar.
Leitor/a 1: A quem é entregue a mãe? Muitas vezes, se responde que
a João. Mas o texto não emprega esse nome próprio; vale-se do nome
comum de “discípulo amado”. Então compreendemos que o dom é
feito a todos os discípulos; todos os discípulos de Jesus são discípulos
amados. Todos recebem a mãe como prova do amor de Jesus. Tu
recebes a Mãe porque Jesus te ama.
158
UMBRASIL
Todos/as: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós
somos todos viandantes, mas é difícil sempre andar.
Leitor/a 2: Quando é que Jesus dá a sua Mãe? No preciso instante
em que ele próprio é dom total; é quando ele está imerso no amor
que se diz amor extremo, o amor sem limites do fim. Maria constitui
um dos grandes amores do fim. Jesus dá a sua vida, o seu sangue, a
água que brota do seu coração transpassado; ele dá o Espírito quando
morre; ele dá a sua Igreja, que começa com a mãe e o novo filho; ele
nos introduz e nos apresenta ao Pai. Maria faz parte desses grandes
dons. Ela faz parte dos dons do Testamento. O discípulo amado
compreende bem isso tudo, porque, depois dessa hora, “ele a recebe
na sua casa”. Ele responde com o amor ao amor. “Ama-me aquele
que observa os meus mandamentos” (Jo 14, 15 e 21).
Todos/as: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós
somos todos viandantes, mas é difícil sempre andar.
Leitor/a 3: Qual é a mãe que Jesus nos dá? Sem dúvida, é a sua Mãe,
mulher cuja fé no amor extremo é fidelidade absoluta ao Filho; mulher
cuja fé é amor, seja o que for que aconteça. João já havia apresentado
a mãe de Jesus, em Caná, como modelo de fé; aqui ele deixa ver até
onde vai a fé dessa mãe. Ela é também a mulher provada no cadinho
da Cruz, passada pelo martírio integral do Filho. Jesus nos concede
uma mãe experimentada no sofrimento, capaz de compreender as
nossas dores e de acolhê-las no seu coração materno.
Todos/as: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós
somos todos viandantes, mas é difícil sempre andar.
Leitor/a 1: Quando Jesus faz da sua mãe a nossa mãe, ele lhe confere
também todo o poder para ser esse tipo novo de mãe. Jesus não lhe
etiqueta um título de honra, vazio de poder. Maria é feita a nossa mãe
com capacidade infinda de ser mãe. Isso, porém, provém de Jesus,
do único mediador. Maria pode ou não interceder por nós? Podemos
reclamar o seu auxílio? Por certo que sim, senão tornaríamos vã a
palavra de Jesus. O próprio Deus que disse: Faça-se a luz e a luz foi
159
Maio com Maria
feita, disse também: Eis a tua mãe. É o próprio Jesus que nos leva à
sua mãe. Eis o que justifica todas as nossas orações, quando vamos a
Maria com os nossos problemas.
Todos/as: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós
somos todos viandantes, mas é difícil sempre andar.
Canto de aclamação
Ponho-me a Ouvir (Pe. Pedro Brito Guimarães e Fr. Frabetti)
Aleluia, Aleluia!
Aleluia! Aleluia! (2x)
Ponho-me a ouvir o que o Senhor dirá
Ele vai falar, vai falar de paz
Pela minha voz e pelas minhas mãos
Jesus Cristo vai, vai falar de paz!
Leitura da Palavra de Deus (Jo 19,25-27)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Façamos um tempo de silêncio para repassar no coração
o que ouvimos.
Partilha
Animador/a: Como vivenciamos nossa relação filial com Maria? A
dimensão do cuidado é elemento significativo e transversal durante
toda a passagem bíblica. Olhando para nossa comunidade, quais são
os sinais visíveis que percebemos da dimensão do cuidado entre os
membros que a compõem. A exemplo de São João, somos convidados
a receber Maria em nossa própria comunidade. Quais os desafios que
160
UMBRASIL
enfrentamos no nosso cotidiano que impedem uma acolhida sincera
e profética? Qual o grande apelo que o texto sagrado nos faz?
Preces
Animador/a: Imbuídos pelo espírito de doação e entrega de Jesus
que reaproxima a comunidade em torno de Maria, apresentemos ao
Senhor nossos louvores e pedidos:
Todos/as: Ó Senhor, enchei-nos das graças do vosso amor!
Nós te agradecemos por nos terdes dado Jesus, teu Filho muito amado,
e nos unir, cotidianamente, como irmãos e irmãs.
Nós te louvamos por Maria, nossa mãe e perfeita discípula, que nos
acolhe como filhos e filhas e nos conduz ao Cristo Jesus.
Fortalecei a caminhada de nossa Igreja, para que seja sinal vivo e
visível do seu infinito amor.
Recebe ó Deus de misericórdia, o cansaço e a luta que hoje viveram
tantos irmãos e irmãs que vivem o carisma Marista.
Recebe o que de ti mesmo recebemos: a capacidade de criar uma
comunidade nova a cada dia, capaz de cuidar-nos como irmãos e irmãs.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Ó Deus, que escolheste Maria para ser mãe de Jesus
e disgnaste alegrar o mundo com a ressurreição de Jesus, teu
Filho, concede-nos a graça de gozar um dia das alegrias eternas,
testemunhando o Cristo ressuscitado e evidenciando os sinais do
Reino já presente no meio de nós. Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor.
Amém!
Animador/a: Louvar, agradecer, pedir, suplicar, interceder pela
humanidade, é tarefa de cada comunidade cristã como povo
sacerdotal. Como comunidade de fé, demo-nos as mãos e digamos
todos juntos: Pai-nosso.
161
Maio com Maria
Canto final
Dizer teu Nome, Maria (D. Pedro Casaldáliga)
Dizer teu nome, Maria,
é dizer que a pobreza
compra os olhares de Deus.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer ao pé da cruz
e nas chamas do Espírito.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer que a promessa
vem com leite de mulher.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer que todo nome
pode estar cheio de graça.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer que a nossa carne
veste o silêncio do Verbo.
Dizer teu nome, Maria,
é chamar-te toda Sua,
causa da nossa alegria.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer que o Reino chega
caminhando com a história.
162
UMBRASIL
27
depois dessa hora, o discipulo
a recebeu na sua casa (jo 19,27)
“Quem não carrega sua cruz
e não caminha após mim, não
pode ser meu discípulo.”
(Lc 14,27)
Elaboração da oração: Ir. James Pinheiro dos Santos e Ir. Luiz André
da S. Pereira – Província Marista Brasil Centro-Norte.
Ambientação: Caminho do discipulado com imagem de Maria,
sandálias, cruz e velas.
Motivação e acolhida
Animador/a: Irmãos e irmãs sejam bem-vindos e bem-vindas a nossa
celebração. Celebração esta que refletirá e rezará a presença de
Maria, aquela que seguiu seu Filho sendo a primeira discípula, na
vida do discípulo de Jesus Cristo. Iniciemos invocando a Santíssima
Trindade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Canto
Maria de Deus, Maria da Gente (Fr. Domingos dos Santos)
Com Maria em Deus exultemos, neste canto de amor-louvação.
Escolhida d’entre os pequenos. Mãe profeta da libertação. (2x)
És a imagem da nova cidade, sem domínio dos grandes ou
nobres. O teu canto nos mostra a verdade que teu Deus é do
lado dos pobres. (2x)
Maria de Deus, Maria da gente, Maria da singeleza da flor.
Vem caminhar, vem com teu povo, de quem provaste a dor.
163
Maio com Maria
És a força da nossa esperança, ó Maria da fraternidade. No cansaço
de nossas andanças, guia os passos da real liberdade. (2x)
Com as flores e o pão partilhado, preparamos a mesa da história.
Da opressão, afinal, libertados, cantaremos contigo vitória. (2x)
Recordação da vida
Leitor/a 1: A partir dessa hora... Era a hora de Jesus, aquela da Cruz,
uma hora que não tem fim. A hora dura ainda, porque é hoje que os
discípulos devem receber a mãe na sua casa.
Leitor/a 2: O verbo receber ou tomar, em grego lambano, exprime
um matiz muito particular no evangelho de João. O evangelista o
reserva sempre para Jesus: acolher, ou não acolher. Empregado aqui
para a mãe, ele faz-nos compreender quão profundamente a mãe
faz parte do Filho. Jesus, com efeito, não confere senão o que lhe
pertence e que está no fundo do seu coração e que faz uma coisa só
com ele próprio.
Leitor/a 3: Maria, dom de Jesus e, portanto, amor de Jesus, que
poderia recusar-lhe? O filho-discípulo a leva para a sua casa, eis ta
idia, em grego. Eis ta idia é susceptível de diversas traduções, como
essas: na sua casa, na sua família, na partilha dos seus bens, dos seus
tesouros. Desse modo, a mãe, que era um dos tesouros do Filho,
torna-se tesouro do discípulo. É normal, pois que o discípulo amado
seja agora filho dela. Mas a sua casa, a do discípulo, é igualmente a
comunidade ao seu redor, isto é, a Igreja. Maria, acolhida na Igreja,
no novo Povo de Deus, se depara com o seu lugar final. É a derradeira
imagem que temos de Maria: a mãe entre os discípulos, tudo como
em Lucas. Vai ser também a escolha do Concílio Vaticano II, que
insere a Mãe do Senhor não acima do Povo de Deus, mas dentro:
membro eminente, mas dentro do Povo de Deus.
Todos/as: Ó Surpresa de Deus, Maravilha de Deus, preferida de
Deus, alegria de Deus. Ó Silêncio de Deus, ó Arco-íris de Deus, ó
sonho lindo de Deus, sacrário vivo de Deus!
164
UMBRASIL
Leitor/a 1: Jesus, pelas suas palavras, cria dupla responsabilidade,
a da mãe para com o filho, a do filho para com a mãe. Por vezes,
pergunta-se: Mas como podemos ser responsáveis de Maria?
Simplesmente fazendo como o discípulo amado: ele a recebeu na
sua casa, no seu coração, na sua vida, na sua comunidade. Mas
também ele lhe reservou dois lugares seletos no seu evangelho: em
Caná, festa do amor; na Cruz, onde tudo toma sentido e sentido de
eternidade. Aliás, o discípulo amado chama sempre Maria a Mãe de
Jesus. É o seu sinal de respeito; é a sua maneira de dizer o que esta
mulher tem de único. Toda a glória lhe vem de Jesus. O amor para
com o Mestre ilumina a mãe.
Leitor/a 2: Orígenes escreve: “Nas Escrituras, os Evangelhos ocupam
certamente o primeiro lugar; e, entre os Evangelhos, o primeiro lugar
cabe ao de João. No entanto, ninguém pode compreender o sentido
de seu Evangelho se não tiver pousado sua cabeça sobre o coração
de Jesus e, se deste, não tiver recebido Maria como sua própria mãe”.
O que Orígenes diz do Evangelho de João todo cristão, um pouco
familiarizado com as Escrituras, o considera totalmente justo: o
Evangelho de João é profundo, místico e apresenta Jesus de modo rico
e audacioso; cada capítulo traz um novo rol de títulos messiânicos.
Leitor/a 3: Está Maria presente em João por algum motivo? É muito
provável, o que não impediu uma grande pesquisa teológica.
Mas, todos os santos fazem a experiência de que ter Maria em sua
companhia, como um bem espiritual próprio, torna a vida mais
centrada no Filho, adquirindo, simultaneamente, uma dimensão
apostólica fecunda e audaciosa.
Canto de aclamação
Aleluia, alegria minha gente. Aleluia, aleluia. (2x)
O discípulo em sua casa, minha gente. A recebeu com alegria,
aleluia!
165
Maio com Maria
Leitura da Palavra de Deus (Lc 14,26-33)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Façamos desse tempo silencioso um momento de
acolhida a Jesus e Maria em nossa vida de discípulo, refletindo sobre
essa atitude no nosso cotidiano.
Partilha
Animador/a: Como eu vivo o discipulado a Jesus no meu cotidiano?
Maria me inspira em que quando penso no seguimento a seu Filho?
Preces
Animador/a: Senhor, que a vossa Igreja, no caminho do discipulado,
proclame sempre, com palavras e ações, que Jesus é o mestre da
nossa vida de discípulos.
Todos/as: Senhor, acolhe-nos e fazei-nos seus discípulos!
Senhor, fazei com que os discípulos e missionários de Cristo Jesus o
reconheçam na vida cotidiana, fazendo-o conhecido e amado.
Senhor, que por intermédio de Maria, a discípula primeira, estejamos
sempre mais unidos como um só povo, vivendo a acolhida.
Senhor, ajudai-nos a compreender a missão de tomar a cruz a cada
dia, assumindo como Jesus o projeto de doação que resulta na vida.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Concede-nos, Deus de bondade, a graça de a cada dia,
assim como o discípulo acolheu Maria em sua casa, acolher sempre a
proposta de seguimento a Jesus em nossa vida, e assim nos tornando
verdadeiros discípulos e missionários do Reino.
166
UMBRASIL
Animador/a: Rezemos a oração que nos reúne como discípulos e
missionários do Senhor.
Canto final
Consagração à Nossa Senhora
Ó minha Senhora e também minha mãe, eu me ofereço
inteiramente todo a vós.
E em prova de minha devoção, eu hoje vos dou meu coração.
Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca tudo o
que sou desejo que a vós pertença, incomparável mãe guardai-me
defendei-me, como coisa e propriedade vossa. Amém.
Como bem de propriedade vossa. Amém.
167
Maio com Maria
28 os santuarios da Virgem
“Maria, meditava e guardava todos
os fatos em seu coração.”
(Lc 2,19)
Elaboração da oração: Ir. André Levy Bezerra de Castro – Província
Marista Brasil Centro-Norte.
Ambientação: Colocar em lugar de destaque imagens ou ícones da
Virgem Maria, faixas de papel com nome dos santuários e dos países
onde estão localizados, vaso com flores, um botão de rosa ou flor
para ser ofertado a Virgem na hora das preces, velas. (Pode-se pedir
previamente aos participantes para trazer imagens de Maria para
compor o local de oração.)
Motivação e acolhida
Animador/a: Juntos com Maria e Champagnat, coloquemo-nos na
presença do Senhor da vida. Maria para nós é nosso recurso habitual
que nos impulsiona por meio da fé e devoção a meditar e guardar em
nosso coração os ensinamentos de Cristo.
Canto
Mãe do Céu Morena (Padre Zezinho)
Mãe do Céu Morena
Senhora da América Latina
De olhar e caridade tão divina
De cor igual à cor de tantas raças
Virgem tão serena
Senhora destes povos tão sofridos
Patrona dos pequenos e oprimidos
Derrama sobre nós as tuas graças
168
UMBRASIL
Derrama sobre os jovens tua luz
Aos pobres vem mostrar o teu Jesus
Ao mundo inteiro traz o teu
amor de Mãe
Ensina quem tem tudo a partilhar
Ensina quem tem pouco a não cansar
E faz o nosso povo
caminhar em paz
Derrama a esperança sobre nós
Ensina o povo a não calar a voz
Desperta o coração de quem
não acordou
Ensina que a justiça é condição
De construir um mundo mais irmão
E faz o nosso povo,
conhecer, Jesus...!
Recordação da vida
Animador/a: Na Igreja católica, como na Igreja ortodoxa, a presença
dos santuários da Virgem Maria é fenômeno que se impõe. Milhões
de fiéis afluem a Lourdes, Fátima, Loreto, Czestochowa, a Rua du
Bac, Pompeia, Aparecida, Luján ou Vailankanni e outros. Pode-se
dizer que não há país católico, ou até diocese, que não tenha o seu
santuário, às vezes diversos santuários dedicados à Virgem Maria.
Leitor/a 1: O cardeal José Saraiva Martins explicava isso, dizendo que
é o mistério da Visitação que continua. Maria se compraz em se fazer
presente em todos os povos, em todas as culturas, como ela fez para
Zacarias e Isabel. Ela vem, saúda; ela é acolhida, com ela canta-se o
Magnificat. Maria se faz membro do povo equatoriano, colombiano,
mexicano, argentino, zambiano, marfinense, congolês, brasileiro,
português etc. Cumpre dizer também que ela atrai o povo simples,
são fiéis que a louvam da sua maneira: peregrinação, ramalhetes
de flores, carícias no manto, discreto beijo de mão, crianças que as
mães oferecem à Mãe do Senhor. O povo tem ainda a generosidade
e os gestos do coração, como Maria, irmã de Marta e de Lázaro: ela
derrama um vaso de perfume de puro nardo nos pés de Jesus, depois
os enxuga com os cabelos; ou como a viúva que lança no gazofilácio
do Templo duas moedinhas, que era tudo o que possuía para o
seu sustento. Jesus admirava isso. Certos teólogos, hoje, são muito
169
Maio com Maria
severos com as pessoas ordinárias. O povo simples ainda continua
como o grande reservatório do amor. Ele comparece com as suas
alegrias e dores, na simplicidade e verdade e, muitas vezes, com fé
e entusiasmo.
Todos/as: Boa Mãe, nossa Boa Mãe. Boa Mãe, nossa Boa Mãe.
Leitor/a 2: A Igreja se vale desse clima marial e popular. Nesses
santuários, as missas celebram-se, a palavra de Deus é lida e
explicada, o Santo Sacramento é levado em procissão, e aos doentes;
a reconciliação com Deus é proposta. Jesus toma o lugar no centro
dos santuários dedicados à sua Mãe. A fé dos fiéis se confirma ou
se recupera; é fé que honra o Filho da Virgem. Hoje, a Igreja faz
a função de Isabel: ela se encarrega do louvor da Mãe e do Filho,
justamente porque, como na primeira Visitação, Maria comparece
sempre com o Filho.
Todos/as: Ó vem conosco, vem caminhar, Santa Maria vem.
Leitor/a 3: Os santuários de Maria, grandes encruzilhadas para educar
a fé, são também grandes encruzilhadas de humanidade. Os peregrinos
vêm com as suas doenças e feridas e, muitas vezes, são cuidados, com
grande dedicação, por voluntários. Nos santuários da Virgem, repetem-se
os gestos do evangelho: de toda a parte, as pessoas levavam a Jesus os
seus enfermos. Maria nos ensina a sermos pessoas de coração, pessoas
prontas a servir, capazes de gestos gratuitos. Nos santuários da Virgem
Maria volta-se a aprender a amar.
Todos/as: Boa Mãe, nossa Boa Mãe. Boa Mãe, nossa Boa Mãe.
Leitor/a 4: É normal que cada santuário tenha o seu estilo, estátua ou
ícone, a sua festa e os seus ritos. Cada cultura veste a Virgem Maria
das suas qualidades, para lhe dizer: “Vem, que tu és do nosso povo.
Como mãe, aqui tu estás em casa”. Isso é verdade, porque Jesus quer
estar presente em toda a parte, benquisto em toda a cultura. Assim
sucede com a sua Mãe. Cada cultura apresenta as suas riquezas e, em
conjunto, formam grande tesouro na Igreja.
Todos/as: Ó vem conosco, vem caminhar, Santa Maria vem.
170
UMBRASIL
Todos/as: É importante fazer a experiência da verdadeira
peregrinação, para se dar conta de como o coração é tocado e
atraído ao bem, pelo belo, pela necessidade de dar-se. O coração
torna-se semelhante ao da Mãe e, portanto, apto a acolher Jesus.
Canto de aclamação
É como a Chuva que Lava (Padre Zezinho)
É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa.
Tua palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,39-45)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Com Maria, mulher do silêncio e da contemplação
façamos nossa meditação e interiorização da Palavra de Deus.
Partilha
Animador/a: De que modo tenho cultivado a dimensão mariana em
minha vida? Que significado tem os santuários da Virgem Maria para
devoção e fé das pessoas?
Preces
Animador/a: Por aqueles e aquela que tem a coragem de se colocar
a caminho para uma nova terra.
Todos/as: Intercede por nós Maria.
Por todos os peregrinos e peregrinas que vão ao encontro de Maria
em seus diversos santuários.
Por toda a família Marista: Imãos, Irmãs, Padres, Leigos e Leigas que
tem Maria como ícone de sua espiritualidade.
171
Maio com Maria
Preces espontâneas
Oração conclusiva (as mãos são impostas uns sobre os outros para
bênção final)
Todos/as: A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar, a bênção do
Deus Filho, nascido de Maria, a bênção do Espírito Santo de Amor
que cuida com carinho, qual mãe cuida da gente, esteja sobre todos
nós. Amém!
Animador/a: Rezemos juntos o Pai-nosso.
Canto final
Santa Mãe Maria (José A. Santana)
Santa Mãe Maria, nesta travessia, cubra-nos teu manto cor de anil.
Guarda nossa vida, Mãe Aparecida, Santa Padroeira do Brasil.
Ave, Maria, Ave, Maria! (2x)
Com amor divino, guarda os peregrinos, nesta caminhada para
o além.
Dá-lhes companhia, pois também um dia foste peregrina de Belém.
Mulher peregrina, força feminina, a mais importante que existiu.
Com justiça queres que nossas mulheres sejam construtoras do
Brasil.
Com seus passos lentos, enfrentando ventos, quando sopram
noutra direção.
Toda a Mãe Igreja pede que tu sejas companheira de libertação.
172
UMBRASIL
29 a Imaculada
“Não temas, Maria,
pois achaste graça
diante de Deus.”
(Lc 14,27)
Elaboração da oração: Ir. Fabrício Basso – Província Marista do Rio
Grande do Sul.
Ambientação: Imagem de Maria e flores brancas.
Motivação e acolhida
Animador/a: A Igreja afirma que Maria, por consideração aos méritos
de Jesus Cristo, seu Filho, foi revestida desde o primeiro instante de
sua existência com a graça santificante que, por conseguinte, não se
encontrou jamais no estado que chamamos pecado original.
Canto
Imaculada Maria de Deus
(Frei Fabreti)
Imaculada, Maria de Deus,
coração pobre acolhendo Jesus!
Imaculada, Maria do povo,
Mãe dos aflitos que estão
junto à cruz!
Um coração que era sim para Deus,
Reino de Deus renovando este chão.
Olhos abertos pra sede do povo,
passo bem firme que o medo desterra,
mãos estendidas que os tronos
Um coração que era sim para a vida, renegam,
um coração que era sim para o irmão. Reino de Deus que renova esta terra.
173
Maio com Maria
Recordação da vida
Animador/a: “Não mais vos recordeis dos primeiros acontecimentos,
não mais repiseis os fatos de outrora. Eis que estou fazendo coisas
novas, estão surgindo agora e vós não percebeis?” (Is 43,18-19)
Leitor/a 1: Falar da Imaculada é dizer coisas muito lindas de Deus,
de Maria e da humanidade. O Filho vem e Deus está por fazer
coisas novas, ele invade a santidade da humanidade, a bênção dos
primórdios reaparece com força, a humanidade muda de chefe e de
origem: passa do velho Adão a Jesus, de uma criatura ao criador; a
humanidade enraíza-se na santidade e na eternidade do Filho.
Leitor/a 2: Paulo, na carta aos Romanos, no capítulo V, traça grande
paralelo entre Adão e Jesus. Se a morte e a amargura do pecado
se legam em herança a todos os homens pelo primeiro, a vida e a
santidade desfraldam sobre todos os homens pelo segundo. É tudo
em honra de Deus, porque se trata de graça, beleza e humanidade
dirigida ao bem. É tudo em favor igualmente da humanidade, que vê
fluir nas suas veias o sangue imaculado do Filho de Deus.
Leitor/a 3: Maria Imaculada constitui realidade profética daquilo
que seremos pela salvação, aportada pelo Filho que ela acolhe no
coração, na sua fé e no seu seio. Ela é Imaculada também no sentido
de que tudo nela está ao serviço do Filho, nenhuma sombra ofusca
nela esse dom.
Todos/as: Ouviste a Palavra de Deus. Guardaste em teu coração.
Feliz porque creste, Maria. Por ti nos vem a salvação.
Leitor/a 1: Nesse quadro de coisas novas deve estar compreendida a
Imaculada, “a cheia de graça”; ela é a primeira resgatada, a primeira
vitória do Filho, a nova Eva que Jesus chama mulher, retomando o
nome de Adão a respeito de Eva, quando esta lhe foi apresentada nas
origens da humanidade. Aliás, aqui também estamos nas origens, mas
aquelas de Jesus. Tudo o que diz a Escritura de Jesus forma o contexto
escriturário que esclarece o que dizemos de Maria Imaculada. Ela não
foi submetida ao pecado original, essa tendência da natureza para o
mal, o que todos conhecemos. Na primeira vez que encontramos
174
UMBRASIL
Maria nos Evangelhos, ela comparece “cheia de graça”. Assim a
conhece Gabriel.
Leitor/a 2: Em 1854, Pio IX, na Bula Ineffabilis, proclama solenemente
o dogma da Imaculada Conceição, que vem sumariada em poucas
palavras: “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina
que afirma que a Bem-aventurada Virgem Maria, desde o primeiro
instante da sua conceição, por graça e por privilégio especial de Deus
onipotente, em consideração dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do
gênero humano, foi preservada de toda a mácula do pecado original,
é doutrina revelada por Deus”.
Leitor/a 3: Voltemos ao projeto do Pai. Nas origens, Deus cria o homem
e a mulher à sua imagem e os abençoa. Essa é a nossa identidade
radical: somos a imagem daquele que é Santo, somos abençoados
por aquele que é Pai, somos amados por aquele que é Deus. O
pecado sobrevém como acidente, corpo estranho e alienação. Ainda
assim, ele nunca terá a força da bênção original de Deus, nunca
poderá apagar a imagem de Deus que somos. Em face da alienação
do pecado, o Pai retoma o seu projeto, desta vez colocando-nos no
Filho, “perfeita imagem do Pai, resplendor da glória de Deus” (Hb
1,3) e modelo de toda a humanidade. “Ele nos escolheu no Cristo,
antes que o mundo fosse criado, para sermos santos e sem pecado
(imaculados) diante da sua face, graças ao seu amor” (Ef 1,4).
Todos/as: Ouviste a Palavra de Deus. Guardaste em teu coração.
Feliz porque creste, Maria. Por ti nos vem a salvação.
Leitor/a 1: Embora seja a Imaculada, Maria não teve vida fácil. Desde
a Anunciação, esteve sujeita ao risco de ser despedida e apedrejada.
Simeão lhe anuncia a espada que vai transpassar a sua vida; ela
conhece a fuga e o exílio com o seu Filho. Ela, por três dias, esteve
em busca do seu Filho, mergulhada na angústia. Quando começa o
seu trabalho de profeta, as autoridades religiosas se levantam contra
ele, acusam-no de estar acordado com Belzebu, chefe dos demônios;
na sua família há quem diga que ele perdeu a cabeça. Finalmente,
o seu Filho termina na Cruz; ela aí o vê morrer. Escolher o bem e
colocar-se do lado de Deus não dispensa do sofrimento; senão, pelo
175
Maio com Maria
contrário, como o Filho, nos prova pela dor. Optar por Deus significa
maior liberdade interior, humanidade mais nobre, mas não ausência
de sofrimento.
Leitor/a 2: Mesmo assim, quando sobrevém a festa de Maria
Imaculada, é o senso da beleza que domina: é belo que o Filho de
Deus tenha mãe “cheia de graça”; é muito digno dele, muito digno
que Deus faça tal coisa. Os santos adivinham tal beleza e a cantam
com lirismo. Eis como a vê Clara Lubich (1920-2008), fundadora dos
Focolarinos:
Leitor/a 3: “Toda a humanidade floresce em Maria. Maria é a Flor da
humanidade. Ela, Imaculada, é a Flor sem mácula. A humanidade,
que conhecia o pecado, refloresceu em Maria, toda bela. Como a flor
rubra sobressai no caule verde, nas raízes e no adubo que a fazem
florescer, assim Maria é em relação a nós. Temos sido pecadores e
levamos a Deus a pensar em Maria. Para nós recebeu a vida, por meio
dela recebemos a salvação. Quão bela é Maria. Ela é a humanidade
que floresce, a humanidade que se torna bela. Deus se deixa seduzir
por esta flor e envia a ela o Espírito. Maria dá ao céu e à terra o Fruto
dos frutos, Jesus”.
Todos/as: Ouviste a Palavra de Deus. Guardaste em teu coração.
Feliz porque creste, Maria. Por ti nos vem a salvação.
Canto de aclamação
Como são Belos (Padre Zezinho)
Como são belos os pés do mensageiro
que anuncia a paz.
Como são belos os pés do mensageiro
que anuncia o Senhor.
Ele vive, Ele reina,
Ele é Deus e Senhor. (2x)
176
UMBRASIL
Leitura da Palavra de Deus (Rm 8,29-30)
Partilha
Animador/a: Com base nos textos rezados, tendo consciência que
Maria concebida sem pecado, é para nós exemplo de salvação, quais
os sentimentos brotam em meu coração?
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para vosso
Filho pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preservando-a
de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos
chegar até vós, purificados também de toda a culpa por sua materna
intercessão. Por Cristo Senhor Nosso! Amém!
Rezemos juntos a oração do Pai-nosso.
Canto final
Olhares que se Encontram (Jorge Trevisol)
No teu jeito de menina, no teu modo de sonhar,
há uma luz que não se apaga. Há um segredo em teu olhar
e me encanta a tua vida, o teu jeito de viver.
Que me ponho, assim, Maria, a pensar no que seria não poder
te conhecer.
Se eu te sigo eu te encontro nas fileiras.
Mas se eu paro logo fico a imaginar.
O olhar de Deus amigo contemplando teu olhar.
Ele quis sonhar contigo; Tu soubeste acreditar.
O teu jeito assim materno, teu olhar e proteção.
Teu carinho pela vida faz tão bem ao coração.
E nas horas mais sombrias, no teu jeito de sofrer eu encontro em
ti, Maria, no mistério da agonia, um sentido pra viver.
177
Maio com Maria
30
a Assuncao da
Bem aventurada Virgem Maria
“Terminado o curso da sua vida
terrena, Maria foi assunta em
corpo e alma à glória do céu.”
(Papa Pio XII)
Elaboração da oração: Ir. Neimir P. Mentges – Província Marista do
Rio Grande do Sul.
Ambientação: Imagem de Maria, de preferência de Nossa Senhora
da Assunção, um pano azul, representando o céu, coroa, velas,
estrelas, lua e flores.
Motivação e acolhida
Animador/a: Irmãos e irmãs, alegremo-nos com todos os santos
de Deus, celebrando a festa em honra da Virgem Assunta aos
céus. Maria é o grande sinal do rosto materno e misericordioso da
proximidade do Pai e do Filho com quem ela nos convida a entrar
em comunhão. Na visitação, Maria dirigiu-se depressa a uma
cidade de Judá, na região montanhosa, indo oferecer a sua ajuda.
Assim, após uma vida de doação, de generosidade, de lucidez,
Maria vêm nos mostrar pela Assunção o sentido e o deslocamento
do corpo santificado pela graça.
Canto
Maria Concebida sem Culpa Original (José de Acácio Santana)
Maria concebida sem culpa original, trouxeste a luz da vida na
noite de Natal.
Tu foste imaculada na tua conceição, ó mãe predestinada da
nova criação.
178
UMBRASIL
Maria da Assunção, escuta a nossa voz e pede proteção a cada
um de nós.
Maria, mãe querida, sinal do eterno amor. No ventre deste a
vida e corpo ao Salvador.
Ao céu foste elevada por anjos do Senhor, na glória coroada,
coberta de esplendor.
Maria, mãe, rainha, protege com teu véu, o povo que caminha
na direção do céu.
Tu foste a maravilha das obras do Senhor: esposa, mãe e filha do
mesmo Deus de amor.
Recordação da vida
Animador/a: A glorificação do corpo
No corpo imaculado de Maria, nosso corpo material começa a ter
parte no corpo ressuscitado de Cristo.
Leitor/a 1: Celebrar nossa Mãe Maria, em sua assunção, a mulher
vestida de sol, é celebrar uma pessoa plenamente salva, inclusive
com seu corpo já glorificado. Nisso, a Igreja nos dá um testemunho
extraordinário de sua fé, relativa a nosso corpo mortal, destinado à
glória. O corpo, maravilha de Deus, é nosso santuário, assim como
foi templo de Cristo. Tudo o que é humano passa por ele, nele vibra
e, graças a Ele, é dele um aspecto.
Leitor/a 2: É em e por nosso corpo que expressamos nosso amor a
Deus e ao próximo. Nada está em nós que não esteja no corpo. Deus
que é dele o autor, sabe-o e glorificou o corpo de seu Filho e o corpo
de Maria, revelando-nos, assim, sua intenção de glorificar também
nosso corpo, isto é, a pessoa inteira: espírito e corpo.
Todos/as: Maria da Assunção escuta nossa voz e pede proteção a
cada um de nós! (2x)
179
Maio com Maria
Animador/a: Cristo ressuscitou
Tudo começa na ressurreição de Jesus cujo corpo retorna à vida
gloriosa. Jesus mostra suas chagas; pede a Tomé de tocar com a mão o
lado trespassado; come com os seus; caminha com os dois discípulos
de Emaús; é abraçado por Maria Madalena e pelas outras mulheres.
Não é um fantasma, tem corpo real. Ele é primícia, anúncio de tudo
o que nos acontecerá e do que já foi realizado em sua Mãe.
Todos/as: “Cristo ressuscitou dos mortos, primícia dos que morreram.
Com efeito, como a morte veio por um homem, é também por um
homem que vem a ressurreição dos mortos: como todos morrem em
Adão, em Cristo todos terão a vida.”
Lado 1: Maria, o corpo de teu Filho que na Paixão suou gotas
de sangue.
Lado 2: Maria, o corpo de teu Filho que foi flagelado pelos verdugos.
Lado 1: Maria, na cabeça de teu Filho foi colocada uma coroa
de espinhos.
Lado 2: Maria, as mãos e os pés de teu Filho foram traspassados
por pregos.
Lado 1: Maria, o lado de Jesus foi atravessado por uma lança,
manando sangue e água.
Lado 2: Maria, o corpo de Jesus foi depositado num túmulo.
Lado 1: Maria, esse é o corpo que trouxeste em tuas entranhas.
Lado 2: Maria, teu Filho ressurgiu e sobre Ele a morte não tem
poder algum.
Animador/a: Maria, glorificada em sua alma e em seu corpo
Maria, tu és o primeiro santuário de Jesus. Teu coração e teu corpo
o acolhem; e, acima de tudo, tu o amas, desejas e esperas. Quando
Jesus vem, ele compromete todo o teu ser; tu dás do teu corpo,
quando Jesus se forma em ti e o carregas pelos caminhos dos homens.
180
UMBRASIL
Quando Jesus volta, Ele te envolve em sua ressurreição, como diz o
prefácio dessa festa:
Todos/as: Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação
dar-vos graças, sempre, e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus
eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.
Hoje, a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória do céu…
Preservastes da corrupção da morte Aquela que gerou, de modo
inefável,vosso próprio Filho feito homem, autor de toda a vida.
Animador/a: Deus preservou da corrupção da morte o teu corpo,
Maria:
Leitor/a 3: Foi em teu seio que o levaste por nove meses.
Leitor/a 4: Foram tuas mãos que o envolveram em panos, na noite
de Natal.
Leitor/a 1: Foram teus braços que o estreitaram contra teu coração.
Leitor/a 2: Alimentaste-o com teu leite.
Leitor/a 3: Foram teus olhos que o viram crescer em idade, sabedoria
e graça.
Leitor/a 4: Deus preservou da corrupção da morte o teu corpo,
Maria.
Animador/a: Destinados à glória
Maria, em tua Assunção, cantamos nosso próprio futuro e a
glorificação de nossos corpos: “Creio na ressurreição da carne e na
vida eterna!”
Maria, tua festa nos lembra a vida eterna, a alegria de pertencer à
família de Deus, de viver a vida de teu Filho ressuscitado. O prefácio
da festa anuncia nossa glorificação:
Todos/as: Porque a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória
do céu: aurora e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e
esperança para o vosso povo ainda em caminho.
181
Maio com Maria
Animador/a: Sim, nossos corpos serão glorificados:
Lado 1: Neles afloram nossas alegrias e brilham nossas lágrimas.
Lado 2: Em nossos corpos vibram nossas emoções e angústias.
Lado 1: São capazes tanto de maravilhas quanto sujeitos a doenças.
Lado 2: Os corpos, santuários de nossa virtude e casas arruinadas por
nossos vícios.
Todos/as: Nossos corpos serão glorificados na vida do Senhor
ressuscitado: nós o cremos, Maria, ao celebrarmos tua própria
glorificação.
Canto de aclamação
Maria Guardavas Tudo (Paulo Roberto)
Maria guardavas tudo, em seu coração: palavras e gestos de
Cristo em teu coração.
Ensina, Maria tua gente a rezar, desperta teus filhos que o pai
quer falar.
Maria falavas pouco, deixavas falar. Aprende-se mais ouvindo,
aprende-se amar.
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,39-56)
Tempo de silêncio, interiorização e breve partilha
Animador/a: A Virgem Maria é consolo e esperança do povo ainda
em caminho. João Batista, ainda no seio de sua mãe recebe o Espírito
e aponta para o Messias.
Preces
Animador/a: Proclamemos a grandeza de nosso Salvador, por
intermédio de sua Mãe.
182
UMBRASIL
Todos/as: Maria da Assunção, escuta a nossa voz e pede proteção
a cada um de nós.
Senhor, que coroastes Maria como rainha sem pecado, dai-nos a
alegria de participar de sua mesma glória eterna.
Salvador do mundo, vós encontrastes em Maria força, dai-nos a fé
necessária que precisamos para entrar no vosso Reino eterno, assim
como vossa Mãe.
Que possamos Senhor estar sempre disponíveis para auxiliar o
próximo em suas dificuldades, assim como Maria foi depressa ao
encontro de Isabel.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Todos/as: Ó Deus, Pai dos céus e da terra, que inspirastes Maria na
sua visita a Isabel, que a elevastes de corpo e alma a sua morada
eterna, dai que possamos viver atentos às coisas do alto a fim de
participarmos de sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
Animador/a: Cumprindo os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus
Cristo, fiéis e perseverantes como Maria digamos: Pai-nosso.
Canto final
O Cântico de Maria (Paschoal Rotta)
O Senhor fez em mim maravilhas, Santo,
santo, santo é o seu nome.
A minh’alma engrandece o Senhor
e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador,
pois ele viu a pequenez de sua serva,
desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.
183
Maio com Maria
O poderoso fez em mim maravilhas
e Santo é o seu nome!
Seu amor, de geração em geração,
chega a todos que o respeitam.
Demonstrou o poder de seu braço,
dispersou os orgulhosos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
E os humildes exaltou.
De bens saciou os famintos
e despediu, sem nada os ricos.
Acolheu Israel, seu servidor,
Fiel ao seu amor.
Como havia prometido aos nossos pais,
em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no princípio, agora e sempre.
Amém!
184
UMBRASIL
31
Maria, presenca unica
na Igreja
“Bem-aventurada aquela que
acreditou, porque vai acontecer
o que o Senhor lhe prometeu.”
(Lc 1,45)
visitacao de nossa senhora
Elaboração da oração: Ir. Jardel Dallabrida – Província Marista do
Rio Grande do Sul.
Ambientação: Imagem de Maria, vasos com flores e folhas com
alguns títulos dados a Maria pelo povo.
Motivação e acolhida
Animador/a:
No
relacionamento
com
Deus, descobrimos que somos amados
incondicionalmente, e a medida que esse amor
se aprofunda, acaba de abranger a totalidade
da vida. Com Maria, descobrimos que a
experiência de vida é dom maravilhoso de
Deus: “O Senhor fez em mim maravilhas;
santo é o seu nome!” Ela, no seu silêncio e
na sua postura de ouvinte, nos aproxima de
Deus ensinando-nos a rezar. Por isso muitas
pessoas lhe dão os mais variados títulos,
sinal do carinho sentido para com a Mãe do
Salvador, presença singular para o povo de
Deus. Celebremos com alegria o momento
de graça e fé presente na Visitação de Nossa
Senhora.
185
Maio com Maria
Canto
Imaculada Maria de Deus (Frei Fabreti)
Imaculada, Maria de Deus,
coração pobre acolhendo Jesus!
Imaculada, Maria do povo,
Mãe dos aflitos que estão junto à cruz!
Um coração que era sim para a vida,
um coração que era sim para o irmão.
Um coração que era sim para Deus,
Reino de Deus renovando este chão.
Olhos abertos pra sede do povo,
passo bem firme que o medo desterra,
mãos estendidas que os tronos renegam,
Reino de Deus que renova esta terra.
Recordação da vida
Animador/a: Passamos o mês de maio fazendo companhia a Maria com
uma breve reflexão. Encontramo-la sobretudo nas Escrituras, refletindo
hoje a presença de Maria em nossas vidas e na vida da Igreja.
Leitor/a 1: Jesus é o sol de nossa fé, o único Salvador, o único
Mediador; somente nele encontramos a salvação. Mas, quando de
Jesus vamos à humanidade santificada, Maria é aquela que tem um
lugar único e extraordinariamente grande.
Leitor/a 2: Em julho de 2009, tive a oportunidade de visitar os
mosteiros ortodoxos dos “Meteores”, na Grécia. Os ícones do
mosteiro “Aghios Stephanos” acabavam de ser restaurados em
todo seu esplendor, o ouro ressaltando sua iluminação suntuosa.
Na Igreja do mosteiro, os ícones de Maria estavam por toda
186
UMBRASIL
parte, recapitulando o ciclo marial das Escrituras: a Anunciação,
a Visitação, o Natal, a Apresentação ao Templo, Caná, a Cruz e,
evidentemente, na “iconostase” como Mãe de Deus; também na
abside está, solenemente, a Mãe com o Filho sobre os joelhos.
Todas as igrejas ortodoxas atestam, profusamente, a presença e
a devoção marial. Nenhum outro santo consegue uma presença
tão densa.
Leitor/a 3: Também a Igreja católica concede um lugar único à Mãe de
Jesus. Os santuários que lhe são dedicados surgem por toda parte, na
geografia do mundo católico: Lourdes, Fátima, Loreto, Czestochowa,
Guadalupe, no México, Aparecida, no Brasil, Vailankanni, na Índia.
Esses santuários atraem centenas de milhões de fiéis que reencontram
ou reafirmam sua fé em Jesus Cristo.
Todos/as: Maria do sim, ensina-me a viver meu sim. Oh, roga por
mim, que eu seja fiel até o fim.
Leitor/a 1: Florescem também, na Igreja, milhares de modos de
proclamar o amor a Maria: o rosário, as ladainhas, as medalhas,
o escapulário, as imagens piedosas com alguma oração particular,
como o “Lembrai-vos” ou fórmulas de consagração à Mãe de Deus.
Os cantos expressam o louvor a Maria sob formas as mais variadas.
Em muitas famílias, a imagem de Maria é colocada na sala de estar
ou no quarto de dormir. Ainda, anualmente, aparecem os livros, os
opúsculos, artigos, reflexões pastorais ou exegéticas. Além disso,
Maria está presente nas artes, como a música, a pintura, a escultura
e a arquitetura.
Leitor/a 2: Outra presença muito forte de Maria são as numerosas
famílias religiosas que trazem seu nome, como os Irmãos Maristas,
os Marianistas, os Oblatos de Maria Imaculada e, ainda, numerosas
famílias religiosas femininas. Essas multiplicam a presença de Maria
em seus estabelecimentos: escolas, colégios, universidades, centros
de juventude, dispensários, hospitais, casas de oração, transmitindo
seu estilo marial particular.
Leitor/a 3: Maior influência têm as festas oficiais que a Igreja instituiu
187
Maio com Maria
para celebrar a Mãe do Senhor: Imaculada Conceição, Maternidade
Divina, Assunção ao céu e as Memórias. Quatro dogmas se referem
diretamente a Maria: a Maternidade divina, a Virgindade perpétua,
a Conceição imaculada e a Assunção ao céu. Nesses, a Igreja se
compromete como garantia e como educadora da fé.
Todos/as: Maria do sim, ensina-me a viver meu sim. Oh, roga por
mim, que eu seja fiel até o fim.
Leitor/a 1: Seria demais? Alguns protestantes veem aí uma espécie
de câncer espiritual; mas, entre eles, há também aqueles que dizem:
Maria, em sua relação com o Filho, é única; e Lutero não hesitava em
afirmar que Maria é a Mãe de todos os discípulos do Filho e a Mãe
de toda a Igreja; em toda sua vida, invocou-a sob o título de “doce
Mãe de Deus”!
Todos/as: Para nós, trata-se de avenidas, caminhos e sendas para
chegar ao Filho, o único sol de nossa fé, amado por corações
educados pela Mãe.
Canto de aclamação
És, Maria, a Virgem que Sabe Ouvir (Waldecir Farias)
És, Maria, a Virgem que sabe ouvir, e acolher com fé a santa
palavra de Deus. Dizes “sim” e logo te tornas Mãe; dás à luz
depois o Cristo que vem nos remir.
Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz, crendo gerastes
quem te criou! Ó Maria, tu és feliz!
Leitura da Palavra de Deus (Lc 1,39-45)
Tempo de silêncio e interiorização
Animador/a: Com base na leitura de A Visitação, narrada por São
Lucas, retome e medite o encontro entre Maria e sua prima Isabel,
188
UMBRASIL
percebendo a grandiosidade do projeto de Deus que se reflete no
ser humano.
Partilha
Animador/a: Como podemos ser sinais de esperança na sociedade
em que vivemos? Como podemos irradiar a presença de Maria na
Igreja e em nossas relações?
Preces
Animador/a: Virgem serena, apaixonai-nos pelas causas do povo
que sofre com as desigualdades sociais. Pedimos-te...
Todos/as: Oh! Vem conosco, vem caminhar, Santa Maria, vem.
Maria, que proclamaste o amor de Deus, faze que não falte em nós a
coragem de anunciar a libertação evangélica.
Mãe de todos, fazei-nos fiéis na acolhida ao projeto de Deus em
nossa vida.
Presença única na Igreja, congregai-nos em torno de teu filho e nosso
irmão Jesus Cristo.
Maria, ouvinte atenta da Palavra, ensina-nos a termos um coração
aberto e acolhedor para a prática da Palavra do Senhor.
Preces espontâneas
Oração conclusiva
Animador/a: Irmãos e irmãs, confiantes no Deus de Maria, que levanta
os humildes e enche de bens os famintos, rezemos... Pai-nosso...
Ave-Maria...
Bênção: Maria, Mãe de Deus e presença única na Igreja, forma em
nós um coração amoroso, um espírito sensível, uma consciência
crítica. Que sejamos testemunhas da justiça e da misericórdia
de Deus. Dá-nos um coração humilde para reconhecer que tudo
189
Maio com Maria
é dom de Deus; um coração agradecido, que se alegre com as
pequenas e grandes realizações humanas. Maria, vós que sois
presença singular para o povo de Deus, ensina-nos a estarmos
junto aos que mais necessitam, anunciando o amor de Teu Filho
Salvador. Amém!
Canto final
Mãe do Novo Homem (Mensagem Brasil)
Singela doce e pura, Maria de José,
Mãe terna e escolhida, és mãe leal da fé.
Seu nome é Maria de Deus.
Maria santa e fiel, ensina-nos a viver como escolhidos.
Olhos voltados para o céu e por Ele construir a nova vida.
Mãe da obediência, da graça e do amor.
Que os homens se encontrem no filho desta flor.
Seu nome é Maria de Deus.
190
UMBRASIL
referencias
BIGOTTO, Giovanni Maria. Maria dos Evangelhos. São Paulo:
Paulinas, 2010.
CNBB. Bíblia Sagrada. Tradução CNBB.
Site do Instituto dos Irmãos Maristas. Disponível em: www.
champagnat.org/pt/260900000.php. Acesso em: 10 out. 2010.
UMBRASIL. Ano Mariano 2011: orientações gerais. UMBRASIL:
Brasília, 2010.
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