Bahrein escrita cuneiforme

Transcrição

Bahrein escrita cuneiforme
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SUMÁRIO
Carta da Coordenação............................................................................................................04
Conheçam os coordenadores.................................................................................................05
Introdução .............................................................................................................................06
Jornalismo, vamos resumir essa história................................................................................08
Como funciona uma Cobertura Internacional........................................................................11
Fundamentos do CII..............................................................................................................12
Linguagens Jornalística..........................................................................................................13
Veículos Representados..........................................................................................................26
Anexo A..................................................................................................................................40
Anexo B..................................................................................................................................48
Anexo C..................................................................................................................................52
AnexoD...................................................................................................................................56
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CARTA DA COORDENAÇÃO
Nós estamos cada vez mais próximos. Oriente e Ocidente. Ásia, Europa, Oceania,
América e África. Nós estamos tão conectados quanto às argolas que simbolizam os jogos
olímpicos. E não são apenas os cabos de fibra óptica instalados nas profundezas do mar que
tornam eu e você algo como nós. A comunicação encontra-se cada vez mais veloz e eficiente.
Descobrimos o desconhecido ao ligar a TV, ao ler o jornal ou acessar algum site na internet.
Só evoluímos porque um dia aprendemos a nos comunicar e hoje a roda da evolução só gira
porque conseguimos nos conectar.
O Comitê de Imprensa Internacional da XIII Simulação de Organizações Internacionais
(SOI) não poderia girar no sentindo inverso da roda. Se a vida fez de nós três ponto zero (3.0),
precisamos adaptar o nosso Comitê para tempos de mudanças estruturais no jornalismo. Os
monopólios da comunicação ainda existem, mas se encontram cada dia mais fracos com as
possibilidades que a internet vem a oferecer. É preciso entender o dinamismo trazido à
profissão através da rede sem fronteiras.
Acompanhando essa dinâmica reservamos ao nosso Comitê uma variedade de opiniões.
Neste ano, o Comitê de Imprensa da SOI simulará cinco veículos comunicação. Esperamos
trazer a pluralidade para o jornalismo internacional através das visões do Clarín, CNN, The
New York Times, Al Jazeera e Meia Hora. A intenção é que possamos descobrir juntos como a
roda desse mundo três ponto zero tem girado para esses veículos. Cada um deles segue uma
linha editorial específica e um formato original. Então, dessa forma, usaremos deles para
cobrir os acontecimentos da XIII SOI.
Quando falamos que estamos mais conectados, não fazemos referência apenas aos
indivíduos, mas também as nações. Os países estão mais próximos. A rede mundial de
computadores tem sua responsabilidade sobre isso, e a conjuntura mundial tem aproximado
nações que até então estavam distantes no jogo político. Nesse cenário, a responsabilidade dos
meios de comunicação é tornar os resultados desses acordos mais claros para o público.
A coordenação do Comitê de Imprensa Internacional da XIII SOI espera que possamos
juntos alcançar esse objetivo maior que é deixar a comunidade internacional a par de todas as
discussões da XIII Simulação de Organizações Internacionais. Conectando mais pessoas, mais
nações e mais informações.
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CONHEÇA OS COORDENADORES
Kassandra Lopes é um ser que se divide entre cidades grandes, não que ela tenha
conhecido todas, mas vem marcando na agenda esses encontros. Entre os sonhos: um
apartamento em São Paulo, uma editoria de revista e sextas-feiras livres com uma Stella
Atrois mais que gelada em mãos na Augusta (sintam-se convidados). Pensa na docência como
opção de vida e de bolso. Odeia praia, gente besta e o choro dos descontentes. É clichê em
todos os sentidos, até na idolatria besta pelo barbudo Camelo. Fala miando, mas tem força
suficiente para gritar. E ai, vamos fazer juntos esse Comitê Maroto de Imprensa?! Prazer!
Renata Othon: estudante do 9º período de Jornalismo na UFRN e recém formada em
Publicidade e Propaganda pela Universidade Potiguar. Já estagiou na área de assessoria de
comunicação, mas sua verdadeira paixão se encontra na publicidade, não é a toa que trabalha
na Bora Comunicação, no setor de atendimento. Apesar do amor por Natal, não vê a hora de
fazer mestrado fora.
Victor Varcelly: Victor Varcelly é um estudante de direito pouco usual, tendo várias
influências das artes e da comunicação (audiovisual,dança de rua, skate, poesia e música). Em
meio a tantos interesses busca uma atuação transdisciplinar junto ao CII na SOI. Estudante do
9º período de direito da UFRN almejar continuar mesclando áreas do conhecimento em sua
vida profissional, atuando no direito à comunicação (mestrado) e nas artes (audiovisual,dança
e poesia). Em regra prefere a companhia de pessoas com interesses diversos, tendendo a ser
afastar do objetivismo jurídico ou de qualquer outra área.
Eduardo Oliveira é um graduando flutuante entre o 6º e o 7º período de Direito que
tem paixão por Linguagens, e por não se decidir entre uma coisa e outra acaba não sendo bom
em nada além de reclamar da vida. Vive em um estado de correria autoinduzida e depressão
pós-prazo. Defende o lado fraco na discussão, independente do posicionamento pessoal.
Sonha em um dia viajar pra fora do Brasil, nem que seja pela fronteira com o Uruguai. Curte
cultura popular, inclusive as músicas vergonha-alheia, mas não faz coraçãozinho com a mão.
Mentira. No mais, detesta briga de Facebook e sempre encontra dificuldade para escrever
perfis autodescritivos. Boas vindas ao CII!
Amanda Fernandes: estudante do 7º período de Direito na UFRN e estagiária da
Secretaria Estadual de Educação e Cultura. Apesar de cursar Direito, não consegue fugir da
paixão que é a produção de vídeos e o cinema, e já anseia uma futura formação acadêmica
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nessa área. Fissurada por viagens e pela diversidade das culturas ao redor do mundo planeja
seguir carreira nso Direitos Humanos Internacionais.
INTRODUÇÃO
A Imprensa Internacional pode ser definida como a atuação jornalística na cobertura
noticiosa além das fronteiras do país onde está sediado o veículo divulgador da informação.
Este modelo de jornalismo só tende a crescer, em função da nova ordem mundial
informacional, caracterizada pela expansão de recursos tecnológicos, portanto, a redução da
escala de tempo e espaço.
O jornalismo internacional é considerado, dessa forma, uma das áreas mais complexas
de atuação da profissão jornalística. Então, para que seja feito um trabalho de qualidade, é
preciso que o profissional tenha o domínio de diversos assuntos, como economia, cultura,
conflitos, natureza e outros tantos que aconteçam fora de seu país.
Baseado nisso e também visando uma maior integração dos cursos, garantindo a
pluralidade na transmissão dos acontecimentos, o Comitê de Imprensa Internacional (CII) da
SOI 2013 cria um propósito mais geral, englobando não só aqueles que são graduandos em
Jornalismo, mas incluindo outras habilitações do curso de Comunicação Social (Rádio e TV e
Publicidade e Propaganda). Para assim, trabalhar outras funções e enfoques que vão além da
escrita, como a cobertura fotojornalística, a produção audiovisual, o uso das mídias sociais,
entre outros, que irão facilitar e tornar ampla a difusão das decisões tomadas na SOI.
Portanto, a ação da Imprensa na SOI será realizada através do desenvolvimento de
ações ao longo do ano e desempenhando uma função estratégica durante o evento. O CII será
responsável pela propagação das importantes decisões nos comitês, ajudando a qualificar os
participantes para uma visão mais aberta e participativa da realidade, onde opiniões
qualificadas fazem a diferença e ajudam a formar pessoas com maior senso crítico.
Em 2013, o Comitê de Imprensa Internacional representará mais do que a difusão da
informação dentro da SOI. Organizado dentro de três plataformas midiáticas – jornal
impresso, WebTV e mídias digitais –, que juntas levarão as notícias internacionais ao público
da SOI, o comitê também estará representando, dentro de cada uma dessas plataformas,
diferentes veículos de comunicação conhecidos nacionalmente e internacionalmente, por meio
da linha editorial e do estilo jornalístico de cada um deles. Os renomados Clarín (Argentina),
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The New York Times (Estados Unidos), Al jazeera (Qatar) e CNN (Estados Unidos) serão
tomados como exemplo editorial na hora de fazer e divulgar a notícia, além da inserção de um
toque de humor com o jornal Meia Hora (Brasil).
Dentro do comitê, o grupo de Assessoria de Comunicação trabalhará para que as
atividades da SOI sejam vistas e divulgadas pela Imprensa Potiguar, por meio do envio de
releases e atualização de blog e redes sociais. Diferentemente dos veículos de comunicação
representados, que serão vistos de forma independente dentro do comitê, a assessoria estará
integrada e diretamente associada ao nome da SOI, fazendo parte da SOI NEWS, agência
voltada para assuntos internos do comitê.
Todos os profissionais da equipe devem seguir os princípios determinados pelo Código
de Ética dos Jornalistas Brasileiros (ver anexo) e ter amplo conhecimento sobre o veículo que
estará representando como repórter. Afinal, o propósito do Comitê ao atrelar veículos
internacionais às notícias da SOI é simular o trabalho real de um jornalista nesse próprio
veículo. O marasmo noticioso deve ser sempre evitado. Fujamos da propagação do mesmo, o
CII prega a produção e divulgação de conteúdo pautado pelo interesse público. Logo, o
objetivo é atingir o cidadão, não o indivíduo fragmentado, mas entendido na sua dimensão
exclusivamente pessoal.
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JORNALISMO, VAMOS RESUMIR ESTA HISTÓRIA
Em seu livro “O que é comunicação”, Bordenave (1997) afirma que a comunicação se
confunde com a própria vida. O ato de se comunicar é uma necessidade básica do ser humano,
do “homem social”. Desde a hora em que acordamos estamos nos comunicando, seja através
de gestos, olhares, da fala ou da escrita. A comunicação se tornou um elemento constante e
precioso na rotina da sociedade.
A história da comunicação humana é pautada por diversas fases, que têm início ainda
na pré-história, quando os homens das cavernas se comunicavam por gestos, ruídos e
posturas, e passam pelos mais evoluídos e claros sistemas de comunicação. A pictografia e a
escrita cuneiforme são dois exemplos dessas etapas que marcaram a comunicação. No
entanto, uma das mais significativas contribuições, que marcou o estágio moderno da
comunicação e abriu a era da comunicação social, foi a descoberta da tipografia pelo alemão
Johann Gutenberg, conhecida como Revolução da prensa gráfica.
Gutenberg construiu um novo tipo mecânico móvel capaz de imprimir com mais
velocidade e nitidez. A invenção de Gutenberg facultou novas formas de intercâmbio,
ampliando assim a difusão de ideias e, consequentemente, levando as novas invenções para
um espaço geográfico cada vez mais amplo.
Entretanto, foram apenas três séculos depois (1789) que as luzes da Revolução
Francesa desenvolveram com ajuda das ideias iluministas (igualdade, liberdade e
fraternidade) o princípio do que hoje entendemos como imprensa. “A imprensa vai se
legitimar como fiscal de eventuais excessos cometidos pelo governo além de funcionar como
canalizador dos movimentos de mudança da sociedade”. 1
O desenvolvimento e expansão da imprensa por todo o mundo já antecipava a
importância dos meios e da mídia para a comunicação e a influência que eles exercem sobre a
população mundial – com individualidades e características próprias de cada cultura. Durante
as décadas de 1830, 1840 e 1850, na Europa, o órgão dominante de imprensa em Londres,
The Times, se considerava um “quarto poder” (tomando como lógica os poderes
constitucionalmente estabelecidos – Legislativo, Judiciário e Executivo). A expressão foi bem
aceita por diversos países e é cunhada até hoje, quando nos deparamos com o grande – e
assustador – poder que a mídia tem sobre os mais diversos nichos sociais. Em 1835, o jornal
nova-iorquino O Herald, criado por Gordon Bennett, já apresentava essa visão relacionada à
1
COELHO, M. Manual de Jornalismo Público. São Paulo: Editora Cultura, 2004.
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possessão da mídia, adequada, claro, ao contexto da época: “‘Minha ambição’, escreveu
Bennett (1795-1872), que havia nascido na Escócia, ‘é fazer da imprensa escrita o grande
órgão e pivô do governo, sociedade, comércio, finanças, religião e de toda a civilização
humana”. 2
O poder da imprensa em construir estereótipos, refletido hoje nos modelos publicitários
idealizados pela mídia, foi destacado pelo ganhador de dois prêmios Pulitzer, Walter
Lippmann, no seu famoso livro Public Opinion, em 1922:
Lippmann sugeria que o poder da imprensa era expresso menos pela
personalidade do editor de um jornal do que pelo próprio fluxo de notícias.
Em um mundo moderno e complexo as notícias eram inevitavelmente
seletivas, e os leitores, dependendo do que era oferecido – “histórias
condensadas” -, encontravam dificuldades enormes para construir
julgamentos por conta própria. Ofereciam-lhe “estereótipos”, “pseudorealidades” sobre questões públicas. A idéia de Lipmann sobre “esfera
pública”, como a de Habermas, dificilmente se sustenta, ao dar a impressão
de que a mídia distorce e os anunciantes manipulam. 3
No século XIX, o jornalismo de matriz industrial avança em meio a publicações
anarquistas, nacionalistas, monarquistas, sindicalistas e de grupos organizados. Cresce nesse
período os avanços tecnológicos das máquinas de impressão e aumentam o número de
tiragens dos jornais. A cobertura puramente informativa emerge em grande estilo e os
periódicos desprendem opinião das notícias.
O positivismo, corrente ideológica em destaque, influencia o pensamento da época. Os
fatos passam a ser relatados com presumido rigor e distanciamento científico. Técnicas como
a pirâmide invertida e o lead são criadas para “melhorar o desempenho do trabalho”.
No século XX, há o crescimento dos tabloides e consequentemente a formação dos
grandes conglomerados da indústria da imprensa. “O jornalismo não é o discurso da realidade,
mas um discurso sobre a realidade. Não pensar dessa maneira é dar razão e substância ao
jornalismo de voz única”. 4
Nos nossos tempos, os jornais impressos decretam seu fim. Tudo pode ser traduzido
como “convergência”. Os grandes veículos de comunicação investem cada vez mais em novos
conteúdos e novas plataformas como alternativa de trazer para o seu espaço o novo leitor da
2
BRIGGS; BURKE. Uma História Social da Mídia: de Gutemberg à Internet. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2003,
p. 193.
3
BRIGGS; BURKE. Uma História Social da Mídia: de Gutemberg à Internet. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2003,
p. 204.
4
COELHO, M. Manual de Jornalismo Público. São Paulo: Editora Cultura, 2004.
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Era da web. Alguns comunicólogos não afirmam de maneira tão enfática o fim das tiragens
dos impressos, mas o que vemos são jornais como o Jornal do Brasil e o centenário The New
YorkTimes dando adeus às páginas de papel.
Apesar de o ser humano utilizar diversas formas de comunicação, os meios de
comunicação de massa parecem tomar conta de do processo comunicativo. Esses meios tem
um enorme espectro de receptores, grande quantidade de informações que veiculam e estão
presentes na vida das pessoas por um longo tempo. Dessa forma, podemos entender que “A
comunicação de massa dissemina informação e entretenimento a uma grande quantidade de
destinatários pertencentes a classes sociais distintas” (SANTOS, 2008, p. 45). A sociedade de
massa é caracterizada pela participação de grande quantidade de pessoas na vida política e na
vida social.
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COMO FUNCIONA UMA COBERTURA INTERNACIONAL
O Jornalismo Internacional é provavelmente a área do Jornalismo com maior
abrangência de temas entre todas, já que deve dar conta de política, economia, cultura,
acidentes, natureza e todos os assuntos que aconteçam fora do país de origem da agência ou
do correspondente. Quando você abre um jornal é fácil encontrar textos produzidos por
agências internacionais, principalmente em matérias que falam de política externa, conflitos e
notícias internacionais variadas. Acontece que as agências mantêm correspondentes em vários
lugares do planeta e vendem o material noticioso para veículos de comunicação do mundo
todo.
Lista de agências de notícias e veículos de comunicação com cobertura internacional:
Deutsche Welle (Alemanha) <http://www.dw.de/dw/0,,7111,00.html>
EFE (Espanha) <http://www.efe.com/efe/noticias/brasil/3>
AFP – France Press (França) <http://www.afp.com/pt>
Agência Brasil (Brasil) <http://agenciabrasil.ebc.com.br/>
BBC (Reino Unido) <http://www.bbc.co.uk/portuguese/>
Lusa (Portugal) <http://www.lusa.pt/default.aspx?page=home>
Reuters (Reino Unido) <http://br.reuters.com/>
Associated Press (EUA) <http://www.ap.org/>
Al Jazeera (Catar) <http://www.aljazeera.com/>
CNN (EUA) <http://www.cnn.com>
France 24 (França) <http://www.france24.com/en/>
CCTV (China) <http://espanol.cntv.cn/01/index.shtml>
RT - RussiaToday(Rússia)< http://actualidad.rt.com/>
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FUNDAMENTOS DO CII
1.
Agilidade: precisamos ser ágeis para não perder a oportunidade de oferecer ao nosso
telespectador informação atualizada e mais completa.
2.
Clareza: toda informação deve ser comunicada sempre de forma límpida,
independente da natureza do assunto.
3.
Concisão: procure ser direto; consiga o máximo com o mínimo. Mas não entenda a
concisão como simplificação burocrática e nem aprofundamento com alongamento de
reportagens.
4.
Didatismo: parta do princípio de que o telespectador/leitor nunca está suficientemente
familiarizado com a notícia. Sem levar em conta pressupostos, tudo precisa ser detalhado e
explicado.
5.
Equilíbrio: ao cobrir um assunto, devemos assegurar às partes envolvidas o mesmo
tratamento editorial, reservando-lhes espaço e destaque similares.
6.
Foco: um lead bem definido reduz os riscos de uma reportagem mal construída. O
foco aberto ou intricado demais confunde a ação do repórter e sobrecarrega a edição.
7.
Informalidade: todo esforço de aproximação com o leitor/telespectador será bem-
vindo, desde que haja discernimento. Portanto, os recursos utilizados para esse fim não devem
ceder ao mau-gosto, à licenciosidade e ao desleixo travestido de irreverência.
8.
Objetividade: o distanciamento crítico assegura a isenção necessária na hora de
escolher sonoras, redigir textos ou determinar linhas de reportagem.
9.
Precisão: qualquer informação precisa ser checada com rigor. O erro ou a impressão
põem em risco a credibilidade do veículo.
10.
Rapidez: não confundir rapidez com instantaneidade burra, esta afetação irresponsável
de uma característica fundadora do jornalismo.
11.
Reflexão: confundir análise com aborrecidos jogos retórica só produz desinteresse no
telespectador, e acaba por privá-lo de visão mais ampla sobre determinado assunto.
12.
Simplicidade: ao lado da clareza e da concisão, a simplicidade compõe o tripé
responsável pela eficiência na comunicação dos fatos.
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LINGUAGENS JORNALÍSTICAS
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TELEVISÃO
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A televisão é a principal fonte de informação e diversão de uma parte significativa dos
brasileiros. No Brasil, a televisão tem pouco mais de meio século, tempo em que, para captar
olhares país afora, se popularizou e avançou em tecnologia. É uma concessão pública, que
pode ser explorada comercialmente, mas tem que oferecer qualidade à população, como todo
serviço dessa natureza.
O desafio diário do repórter de TV é relatar com precisão e síntese. A diferença é que,
ao contrário da pirâmide invertida dos jornais impressos, na TV a reportagem não precisa ter
início respondendo as perguntas do lead (como, onde, quando, quem e por que).
Normalmente, o lead está na cabeça.
O texto na televisão deve estar“casado” com a imagem. A palavra complementa e
esclarece a informação visual, não deve ser uma mera descrição. Devem-se usar palavras que
soem naturais e que não sejam pomposas demais. Deve-se falar com os telespectadores de
maneira coloquial, direta, com frases curtas para facilitar o entendimento. Um texto de jornal
pode ser relido; o de televisão, não. A comunicação deve ser instantânea.
Mas não confunda economia de palavras com pobreza de estilo. Um texto curto não
precisa ser desinteressante, sem graça, burocrático. O ideal é prender o telespectador já no
início da matéria.
Durante a SOI
A plataforma de WebTV representará o veículo CNN. Ao final da simulação, esse
grupo será responsável por apresentar a todos um programa especial sobre tudo o que
aconteceu nos quatro dias de simulação, mostrando entrevistas, notícias rápidas e matérias
sobre os acontecimentos mais marcantes.
O formato
Em televisão, construir uma matéria é como montar um quebra-cabeça. Algumas peças
se encaixam melhor na passagem do repórter, outras, nos trechos selecionados das entrevistas,
e as restantes compõem o off, que será coberto por imagens. O segredo é saber o que merece
ir para a passagem,o que vai ficar mais forte na fala do entrevistado e como encadear tudo
isso no texto. É preciso, inclusive, abrir uma deixa para introduzir a sonora.
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Termos
Cabeça: texto lido pelo apresentador para chamar a matéria. Geralmente, contém as
informações mais relevantes da reportagem que será mostrado a seguir.
Off: texto lido pelo apresentador, locutor ou repórter e coberto com imagens.
Passagem: é o momento em que o repórter aparece na matéria. É quando ele assina o
trabalho, e deve justificar essa intervenção fazendo algo imprescindível, que acrescentee
valorize a reportagem.
Sonora: entrevista gravada.
Deixa final: identificação do que encerra a matéria- pode ser uma frase, uma imagem
ou um sobe-som. Deve ser precisa, pois indica ao diretor de TV o momento de fazer um corte
com o jornal no ar.
A estrutura
Pauta: É na pauta que o repórter encontra as informações básicas para a construção da
sua matéria. A pauta precisa orientar o repórter quanto entrevistado, local da entrevista,
contato e direcionamento. Diferente dos outros veículos de comunicação, a pauta do
telejornalismo revela sua importância em virtude do agendamento. Em uma reunião entre
autoridades, por exemplo, é preciso não só dizer qual o motivo do encontro destas como
mostrar através do vídeo que estas se reuniram, entra ai a importância da pauta. Mas
lembremos que nenhum repórter deve ser o que o jornalista Ricardo Kotscho defini como
“filhos da pauta”- aqueles profissionais que constroem suas matérias apenas com as
orientações sugeridas nela. Nesse sentido cabe uma conversa com o chefe de reportagem
sobre mudanças que possam ocorrer na rua, alternado assim a pauta ou mesmo acréscimos as
informações desta.
“Lugar de repórter é na rua”: No livro “A prática da reportagem” o jornalista Ricardo
Kotscho inaugura a expressão acima. A rua é o lugar por excelência da notícia- é nela onde o
mundo acontece e são nesses acontecimentos diários que nascem o exercício do jornalismo. A
pauta como já foi dito se condiciona nesse sentido como uma ferramenta do repórter para a
construção da sua matéria, mas tudo pode ser alterado a partir do desencadear de
acontecimentos da rua.É na rua que o repórter terá a dimensão real e equilibrada daquilo que a
pauta o orientou. O repórter, então, conversará com seus entrevistados, trará as informações
mais elaboradas até a redação e orientará o cinegrafista a cerca das imagens que a matéria
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precisa ter. A pauta pode cair porque o entrevistado adoeceu, o entrevistado pode ser prolixo
ou mesmo não ter domínio algum do assunto, o presidente pode morrer e até o Osama Bin
Laden pode ser encontrado em uma caverna no Afeganistão. Todas essas mudanças implicam
diretamente nas matérias que serão feitas. Por isso, reafirmo o que Kostscho disse “lugar de
repórter é na rua, com o sapato sujo e sempre atento ao desenrolar dos acontecimentos
diários”.
Roteiro: Assim que chega à redação, o repórter precisa montar a matéria. Essa montagem
através da orientação de offs, passagens e sonoras (ver “Dicionário da Televisão”) chama-se
Roteiro. As grandes emissoras condicionam os repórteres a chegarem à redação com o roteiro
já feito, desta forma todos ganham em tempo- o que compromete em conteúdo. O roteiro
precisa estar detalhado não só para fazer com que o editor de vídeo cumpra sua atividade de
maneira mais rápida, como para orientar o editor de texto a respeito do que foi apurado, já que
a pauta apenas indica informações preliminares sobre o assunto.
Edição: Vamos neste item identificar dois tipos de edição: vídeo e texto. Os editores de
vídeo e de texto precisam trabalhar em harmonia. O editor de vídeo é responsável pela união
de offs, sonoras e passagens ajustando para isso alguns efeitos de áudio e vídeo que possam
esclarecer melhor o conteúdo da matéria. Já, o editor de texto fica a cargo do conteúdo
daquilo que está sendo dito, delimitando sonoras e corrigindo possíveis erros nos offs dos
repórteres. Desta forma integrada, com início na pauta, a matéria de TV chega até os
aparelhos de televisão mundo afora.
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WEB
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A Internet, inicialmente usada por poucos, conquista mais adeptos a cada dia com a
intenção de distribuição igualitária de computadores, redes banda larga e com o
desenvolvimento das mídias sociais, advergames, aplicativos e sites voltados para nichos de
mercado. Os consumidores, cada vez mais preocupados com temas como ecologia e
sustentabilidade, estão atentos ao impacto ambiental dos equipamentos eletrônicos,
apontando, sempre que necessário, ao uso responsável dos equipamentos. Por conter tantas
utilidades, podemos afirmar que a Internet é aquilo que as pessoas escolhem fazer com ela.
Por trás de tanta evolução tecnológica, vemos os chamados “nerds” crescendo social e
economicamente, a exemplo de Mark Zuckerberg, responsável pela criação do Facebook, e
Bill Gates, famosos mundialmente seu trabalho. Há necessidade da troca de experiência de
navegação e projetos gráficos, da constante atualização de sites e mídias sociais, e,
principalmente, consumidores que se preocupam com a clareza e a arquitetura da interface.
As mídias sociais, além de um espaço para contatos entre usuários, são vistas como
palco de lutas sociais. Como co-produtores de conteúdo, os próprios usuários colaboram para
a divulgação de notícias e furos jornalísticos. Faz parte da estratégia de muitos jornais, como
o Estadão, aceitar publicamente a participação dos seus seguidores na formação da própria
timeline (twitter), o que é extremamente importante, já que muitos acontecimentos são vistos
pela população antes de qualquer veículo noticiar. Dessa forma, percebemos a proximidade do
jornalista com o público. No entanto, antes de ser um jornalista de mídias sociais devemos ser
fortes usuários dessa rede. É preciso ter cuidado com as notícias, que nem sempre são
verdadeiras.
A Internet engloba temas pertencentes a diversos nichos da sociedade. Não são apenas
os “cidadãos comuns” que aderem ao processo de virtualização, as celebridades também são
usuários dessa rede, e oferecem aos seus seguidores notícias e acontecimentos inéditos, que
antes eram vistos em revistas e programas televisivos de fofocas.
No campo da política, as redes sociais ainda têm muitos pontos a serem desenvolvidos
para servirem como verdadeiras utilidades sociais. Muitos usuários não conhecem a fundo os
fatos políticos e são influenciados por noticiários televisivos e reportagens superficiais e
passam a publicar opiniões e informações errôneas e falsas. Os políticos, por sua vez, utilizam
as redes sociais para ganhar eleitores – apenas na época de eleições – e após essa época
abandona-os. As redes sociais podem ser uma forma de aproximação dos políticos e
administradores com o público em geral. Saber ouvir é fundamental para uma boa
administração, e a Internet viabiliza essa troca de informações entre população e política, já
que tem abertura para comentários e respostas. Comunidades, fóruns, grupos de discussão,
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tudo isso pode trazer bons resultados tanto para a sociedade quanto para o
administrador/político.
Essas mídias também são um ponto de encontro para manifestações sociais, onde os
usuários podem expor suas ideias e os formadores de opinião influenciar muitas outras, bem
como redes de educação. Cabe ao usuário filtrar o conteúdo para aprender, cada usuário desse
é “consumidor e potencial transmissor de informação, conhecimento e cultura” (pág. 167).
Hoje podemos perceber a presença de diversas vídeo aulas, postadas em canais de vídeo, sites
e blogs, e e-books- livros disponibilizados na rede que podem ser lidos por determinado
grupo.
Uma das características mais importantes do webjornalismo é a instantaneidade: a
possibilidade de acrescentar informações a qualquer momento torna a cobertura jornalística na
internet mais ágil que os demais meios de comunicação.
Durante a SOI
Nos quatro dias de simulação, o setor de web, parte da SOI NEWS, será responsável
por atualizar várias vezes ao dia o blog do CII com as principais notícias e reportagens do dia
(representadas pelos veículos de comunicação), matérias internas sobre a SOI (assessoria SOI
NEWS) e também atualizará as redes sociais twitter, facebooke tumblr, seguindo a linha
editoria do jornal Meia Hora.
O formato
A webnotícia ou webreportagem, como são nomeadas, são compostas de textos
relativamente curtos e com bastante ilustração, seja ela por meio de infográficos, vídeos e/ou
fotos. Um portal de notícia é composto por inúmeros elementos, incluindo não só a página
acessada, mas outras páginas do site ou até mesmo outras interfaces – entre elas as redes
sociais.
Termos
Título dos cadernos: temas que compõem as seções dos jornais;
Vinheta :mini-títulos que marcam um tema ou um assunto recorrente ou em destaque;
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Antetítulo: fixado acima do título principal, complementa a informação do título e
instiga à leitura do texto;
Título: resume a notícia e apresenta o principal fato;
Subtítulo (sutiã, linha fina): colocado abaixo do título principal, complementa a
informação do título e instiga à leitura do texto.
Intertítulo: colocado no meio do texto, para dividi-lo em seções e facilitar a leitura.
Intertítulo aberto: tem complemento do texto logo abaixo. Intertítulo fechado: hiperlink, esse
intertítulo leva a uma matéria para outra página.
Infográfico: inclui mapas, gráficos estatísticos, sequenciais e esquemas visuais.
Fotografia: apresentadas em slide show e acompanhadas de legendas descritivas e
crédito do fotógrafo.
Vídeos: composições com até 3 minutos.
Interação: redes sociais de interação.
A estrutura
Títulos dos cadernos, vinhetas e antetítulos: 1 (uma) palavra
Títulos: entre três a cinco palavras. Em casos especiais, até sete palavras (não são
considerados artigos ou preposições). Usar fontes não serifadas; não usar as mesmas palavras
iniciais no título e na chamada; evitar repetir qualquer palavra do título na chamada, exceto
para uma ou duas palavras-chave.
Subtítulo: média de 100 a 140 caracteres.
Textos: ajustar a régua do editor de texto de 2,5 a 12,5cm na tela. Para isso, sugerimos
parágrafos de textos compostos por até 20 linhas, com uma média de 200 a 250 palavras,
subdividida em parágrafos com no máximo 5 (cinco) ou 6 (seis) linhas. Para ampliar ainda
mais a legibilidade, cada parágrafo deve ser separado por espacejamento duplo e descrever
uma ideia, exceto quando o tema tratado justificar a junção de outros assuntos. Para textos
com mais de vinte linhas, aplicar os intertítulos.
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JORNAL IMPRESSO
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Primeiro e por um longo tempo o principal meio de exercício da profissão jornalista, o
jornal impresso é caracterizado como veículo de comunicação de massas com produção de
conteúdo generalista, que por sua vez são divididos em seções/ cadernos e/ou suplementos,
que facilitam sua organização prática. O jornal impresso deve respeitar quatro princípios
básicos para a produção de relevante conteúdo jornalístico:
Acessibilidade: conteúdo acessível para diferentes tipos de público
Periodicidade: ter definida seus intervalos de publicação.
Contemporaneidade: usar de informação atual na produção jornalística
Universalidade: cobrem um amplo número de assuntos
Confiabilidade: credibilidade conseguida ao seguir os princípios éticos da produção e
apuração jornalística.
Segundo o pesquisador Luíz Beltrão, no Brasil a produção jornalística está tipificada
em jornalismo informativo, interpretativo e/ou opinativo. Com o avanço da web 2.0, há
umamaior necessidade de interação do público com o meio de produção informativa,
interação instantânea que o jornal impresso não pode oferecer.
Assim o jornalismo impresso começa a passar por uma grave crise de circulação, isso
acontece pelo fato dos leitores mais jovens migrarem para plataformas digitais, onde o
conteúdo informativo, apesar de mais pulverizado, consegue ser mais atual e dinâmico do que
nas páginas de jornais.
A crise do jornalismo impresso se dá justamente por uma necessidade de atualização
desta ferramenta, deixando para a internet o caráter informacional e trazendo, no dia seguinte
ou horas depois do fato, uma análise mais profunda da notícia e não uma mera reprodução do
que foi noticiado na web ou na TV. Oferecendo ao leitor uma abordagem diferenciada, mais
profunda e reflexiva, fugindo da necessidade de instantaneidade características dos meios
eletrônicos.
Mesmo com a diminuição no número de leitores nos últimos anos, jornais de todo
mundo como o Le Monde, o El País e o The Guardian tentam interpretar e dar novas
perspectivas ao conteúdo informacional divulgado primeiro pela TV e internet. Os jornais
que tentam reproduzir o velho modelo de jornalismo informativo só irão se aprofundar na
crise, com consequente perda de leitores e diminuição da qualidade editorial. Cada vez mais,
os jornais passam a ser espaço de produção de jornalismo interpretativo/opinativo, a tradução
dos fatos para um público que não se contenta com a superficialidade da web.
24
Essa pode ser um das saídas para a grave crise que o jornal impresso ainda enfrenta
outra tendência forte para esse tipo de produção noticiosa é sua hibridização para formatos
diferentes do papel-jornal, alcançando seu público em versões online e aplicativos para
dispositivos móveis.
Durante a SOI
Durante a Simulação, a equipe do jornal impresso será responsável pela cobertura
direta das discussões e acordos de todos os outros comitês, ficando durante quase todo o
período infiltrado nas reuniões de cada um. Esse grupo escreverá as matérias que irão para o
jornal impresso do CII e também para a plataforma digital e representarão os veículos Al
Jazeera, Clarín e The New York Times.
Formato
O jornal impresso tem seu formato definido pelo tamanho, assim caracteriza-se por
quatro classificações diferentes: Standard, Tabloide, Tabloide Berlinense e microjornal. O
Texto jornalístico, o tamanho da foto, a diagramação e os destaques dado as manchetes de
primeira página, estão diretamente ligados ao formato do jornal.
Termos
Notícia:de carácter objetivo, composto pelo Lead e o corpo da notícia. No Lead tentase responder a seis perguntas: quem, o quê, onde, quando, por que e como. A ausência destas
pode dever-se a dados não apurados. No corpo da notícia desenvolve-se gradualmente a
informação em cada parágrafo, por isso a informação é cada vez mais elaborada, detalhada.
Matéria: todo texto jornalístico de descrição ou narrativa factual. Dividem-se em
matérias "quentes" (sobre um fato do dia, ou em andamento) e matérias "frias" (temas
relevantes, mas não necessariamente novos ou urgentes). Existem ainda os seguintes subtipos
de matérias:
Matéria leve ou feature: texto com informações pitorescas ou inusitadas, que não
prejudicam ou colocam ninguém em risco; muitas vezes este tipo de matéria beira o
entretenimento.
25
Suíte: é uma matéria que dá sequência ou continuidade a uma notícia, seja por
desdobramento do fato, por conter novos detalhes ou por acompanhar um personagem.
Perfil: texto descritivo de um personagem, que pode ser uma pessoa ou uma entidade,
um grupo; muitas vezes é apresentado em formato testemunhal.
Entrevista: é o texto baseado fundamentalmente nas declarações de um indivíduo a
um repórter; quando a edição do texto explicita as perguntas e as respostas, sequenciadas,
chama-se de ping-pong.
Opinião ou editorial: reflete a opinião apócrifa do veículo de imprensa (não deve ser
assinado por nenhum profissional individualmente)
Artigo: texto eminentemente opinativo, e geralmente escrito por colaboradores ou
personalidades convidadas (não jornalistas).
Crônica: texto que registra uma observação ou impressão sobre fatos cotidianos; pode
narrar fatos em formato de ficção.
Nota: texto curto sobre algum fato que seja de relevância noticiosa, mas que apenas o
lead basta para descrever; muito comum em colunas.
Chamada: texto muito curto na primeira página ou capa que remete à íntegra da
matéria nas páginas interiores.
Texto-legenda: texto curtíssimo que acompanha uma foto, descrevendo-a e
adicionando a ela alguma informação, mas sem matéria à qual faça referência; tem valor de
uma matéria independente.
26
VEÍCULOS REPRESENTADOS
27
CNN
História
Durante a época de setenta com a revolução da TV a cabo nos EUA, três canais
modificaram a forma de fazer televisão naquele país e no mundo, a ESPN (cobertura
exclusiva esportiva), a MTV (musical) e a CNN (notícias). A Cable News Network (CNN), a
princípio uma empresa de publicidade herdada por Ted Turner de seu pai, teve serias
dificuldades para se implantar na área televisiva, tendo conseguido algum lucro apenas após 5
anos de implantação.
A CNN, agência de notícias norte-americana, foi fundada em 1980 por Ted Turner,
tendo como braço direito Sidney Pike. A CNN teve como grande inovação o fato de ser um
canal com 24h de notícia, sendo o primeiro canal exclusivamente jornalístico do EUA.
Atualmente a CNN possui diversas filiais, incluindo uma versão internacional, tendo em 2010
alcançado 100 milhões de residências nos EUA. A cobertura internacional da CNN engloba
212 países e territórios, sendo realizada pela CNN internacional.
Dentre as grandes coberturas da CNN está a derrocada do Bloco de Leste, quando a
televisão romena foi ocupada por manifestantes anti-ceausescu, que realizaram uma emissão
contra o regime. A transmissão de guerras também marcou a história da emissora que
transmitia informações diretas de seus comunicadores presentes nos conflitos. Peter Arnett,
jornalista da CNN que cobria os bombardeamentos da Guerra do Golfo afirmou "se eu puser
o microfone perto da janela, crio que poderão ouvir as bombas", demonstrando a ousadia e
inovação da cobertura da emissora. Durante a guerra fria a CNN tornou-se marca
indispensável no cenário global, havendo, por exemplo, hotéis com e sem CNN.
A expansão da CNN permitiu que Turner expandisse seus investimentos e criasse a
TNT e o Cartoon Network. Na década de 90 a Time Warner comprava a Turner Broadcasting
System, realizando uma das fusões midiáticas mais comentadas da década.
CNN três ponto zero
A CNN continua inovando em suas plataformas de distribuição, como fora no
passando quando apresentou notícias globais aos seus telespectadores. Enveredou pela
utilização de tecnologias ligadas a internet e possui um site repleto de vídeos, notícias,
28
divididas em sessões peculiares como THE LATEST e 5 STORIES NOT TO MISS, dentre
outras mais clássicas como economia e política. Além de possuir sessões específicas sobre
Europa, América Latina, Ásia, África, dentre outros.
Em razão deu seu forte trabalho televisivo a CNN possui uma webtv também de
qualidade e com área específica em seu site. Nomeado CNN on TV o portal apresenta
diversos programas, bem como a programação televisiva disponível.
Aplicações para a SOI
Em razão de seu forte trabalho televisivo em relação às coberturas dos grandes eventos
históricos do mundo, a CNN se apresenta para a SOI como uma agência indispensável, que
por si só faz parte da história das grandes conferências, guerras e eventos diplomáticos. A
abordagem de um jornalismo televisivo ou webtelevisivo, por exemplo, não poderiam ocorrer
sem a influência da CNN.
29
CLARÍN
História
O Clarín é o maior jornal da Argentina. O tabloide, o primeiro formato do tipo no país,
foi fundado em 28 de agosto de 1945 pelo então Ministro da Província de Bueno Aires,
Roberto Noble. Depois da morte do seu fundador quem assumiu a direção do jornal foi a
viúva Ernestina Herrera de Noble.
O processo de expansão do tabloide teve início em 1977 quando o jornal comprou
outros veículos de comunicação. Começou, então, um período do Clarín confuso e manchado
por algumas incertezas. A família do proprietário do Papel Prensa, um dos jornais comprados
pelo Clarín, foi torturada pelo governo militar instalado na Argentina. A intenção era fazer do
Clarín o jornal de maior circulação da Argentina, poder que seria então, usado pelo regime
militar para controlar a opinião pública.
Com os anos o tabloide se transformou em um conglomerado de
comunicação. Estendendo suas ações para televisão, rádio e internet. O
Clarín é o principal veículo de oposição do governo Kirchner. As relações
entre o conglomerado e o governo argentino ficaram ainda mais acirradas
quando o Senado aprovou a Lei dos Meios. A nova lei atinge os meios
audiovisuais. A Ley de Medios estabelece restrições à propriedade e impõe
novas regras ao mercado midiático local. Antes de ser aprovada pelos
senadores, a nova lei foi intensamente discutida.5
De acordo com o portal oficial do governo argentino, “a nova lei substitui a lei 22.284
da ditadura militar e busca garantir a democracia, os direitos humanos, o pluralismo, a
promoção de emprego e os conteúdos nacionais”6. Ainda reforça a ideia de disponibilizar
33% das emissões para o setor comunitário. Boa parte do conteúdo da nova lei foi baseado em
propostas organizadas pelos movimentos sociais ligados ao tema das comunicações.
5
6
TAVARES,
Marcos.
A
Ley
de
Medios
argentina.
Disponível
em:<
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_a_ley_de_medios_argentin.>. Acesso em: 9 de set.
de 2013.
TAVARES,
Marcos.
A
Ley
de
Medios
argentina.
Disponível
em:<
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_a_ley_de_medios_argentina. > Acesso em: 9 de set.
de 2013.
30
Clarín três ponto zero
Mesmo com as controvérsias que envolvem o tablóide Clarín, o jornal possui boa
popularidade na internet. Na página do facebook, com mais de três milhões de curtidas. No
twitter cerca de 770 mil seguidores. A atuação do jornal nas mídias sociais apresenta um
padrão comum e típico dos outros veículos.
Aplicações para SOI
Por seu caráter polêmico, o Clarín foi um dos veículos escolhidos para ser
representados na XIII Simulação de Organizações Internacionais (SOI). As relações de poder
do veículo na Argentina e o duelo de forças travado com o governo só apimentam as
discussões na Simulação. O Clarín é um dos muitos exemplos desenhados na América Latina
de soberania de um veículo sob todo o mercado de comunicação local.
31
THE NEW YORK TIMES
História
O The New York Times é um dos jornais mais conhecidos no mundo. Publicado na
cidade de Nova Iorque e distribuído nos Estados Unidos e em muitos outros países, tem
circulação diária e exerce muita influência na opinião pública não só dos norte-americanos,
mas a todos que acessam, de alguma forma, as suas notícias e conteúdo editorial.
Considerado como referência por jornais de todo o mundo, pertence à The New York
Times Company, que também publica outros jornais de grande circulação, e tem como
propósito "enhance society by creating, collecting and distributing high-quality news,
information and entertainment (melhorar a sociedade ao criar, coletar e distribuir notícias,
informação e entretenimento de alta qualidade)”.7
Com 162 anos de existência, o jornal foi fundado em 18 de setembro de 1851 por
Henry Jarvis Raymond e George Jones. As mais de 53 mil edições publicadas contemplam
uma vasta área de temas: notícias locais, nacionais e internacionais, economia, negócios,
cultura, ciência, opinião, educação, esportes e saúde. Atualmente se apresenta como um
veículo politicamente independente - sem filiações partidárias -, mesmo com um passado
envolvido com candidatos republicanos e democratas.
O NYT começou a ser publicado também na Internet, em 1996, e desde então seu site
tornou-se uma referência para conteúdo on-line. Atualmente com 804 milhões de pageviews
mensais8, é o site jornalístico mais visto nos Estados Unidos.
Linguagem/editorial
Desde que foi fundado, o NYT tem o propósito de produzir notícias com rigor,
profundidade e preservando, acima de tudo, a qualidade da informação, ao utilizar uma
linguagem clara, concisa e objetiva.
Por outras palavras, Raymond tentou fazer do New York (Daily) Times um
jornal popular, noticioso, generalista, suficientemente profundo, sério,
rigoroso e elaborado para agradar às elites (em especial no que respeitava à
informação política, internacional e econômica) e suficientemente
7
NYT Company. Código de Política e Ética. Disponível em: <http://www.nytco.com/press/ethics.html>.
Acesso em: 9 de set. de 2013.
8
Pesquisa datada de 2012. Fonte: http://jobs.nytco.com
32
diversificado e com uma linguagem suficientemente acessível para agradar
às restantes camadas da população.9
Por estar sediado em um dos países mais atuantes do mundo – economicamente e
politicamente -, sabe-se que o jornal tem uma forte influência na abordagem dos assuntos
mais comentados e vistos. Há um consenso universal que o NYT é um dos jornais mais
influentes na elite estadunidense. O posicionamento do jornal, refletido em sua página
editorial, é considerado uma das mais importantes fontes de opinião pública pelo círculo de
decisões políticas internacionais.
Sendo um país de extremo patriotismo, subentende-se que é estratégia política alinhar
os seus ideais e crenças com o editorial do jornal. Um dos exemplos mais claros para essa
abordagem é a relação entre o New York Times e a política externa norte americana no caso
do Irã, quando a imprensa norte-americana divulgou e fez uma imagem do Irã de acordo com
a que já existia entre a Política Americana Internacional. Ou a forma como o jornal se referia
à Venezuela e Honduras:
Nos últimos quatro anos, o ‘Times’ tem caracterizado Chávez como “ditador,
déspota, líder autoritário e um caudilho” em suas coberturas noticiosas. Se
incluirmos os artigos de opinião, o ‘Times’ publicou, pelo menos, quinze
trabalhos empregando tal linguagem, descrevendo Chávez como “ditador” o
“homem duro”. No mesmo período — desde o golpe militar que derrubou o
hondurenho Manuel Zelaya no dia 28 de junho de 2009 — nenhum
colaborador do ‘Times’ utilizou esses termos para referir-se a Micheletti, que
presidiu Honduras depois do golpe a Zelaya, ou Porfirio Lobo, que o
sucedeu. Ao invés disso, o jornal os têm descrito em suas coberturas como
“interino”, “de fato”, e “novo”.10
Claramente, o jornal está intimamente ligado à política norte americana. No jornalismo
comercial moderno, a diferenciação política dos jornais se dá muito mais pelas crenças
políticas e valores morais do que pela associação com uma organização partidária ou política
em particular. Hoje, o New York Times, no contexto americano, é considerado um jornal
liberal, mas não deve ser confundido como porta-voz do Partido Democrata.
The New York Times três ponto zero
Utilizando de todos os recursos disponíveis e possíveis com o desenvolvimento da
Internet, o NY Times, assim como outros jornais, adere ao uso de conteúdos multimídia. Um
9
SOUZA, J. P. Teorias das Notícias e do Jornalismo. Chapecó: Argos, 2002.
Trecho da petição assinada por mais de uma dúzia de especialistas no tema América Latina e meios de
comunicação,escrito por Noam Chomsky, professor emérito de linguística e filosofia no “Instituto
Tecnológico de Massachusetts”, em Cambridge (EUA), enviada a Margaret Sullivan, editora no ‘The New
York Times.
10
33
dos diferenciais do The New York Times na internet é que as notícias online não são apenas
cópias do impresso, mas em sua grande maioria são produções específicas para a internet, tem
uma linguagem e estrutura específicas para o meio. A meta do site NYTimes com é construir
uma plataforma totalmente interativa, atingindo posições de liderança sustentável nas áreas de
conteúdo mais rentáveis. O site continua a adicionar novidades e funções para enriquecer as
experiências dos usuários, incluindo artigos abrangentes e de referência, vídeos, podcasts,
apresentações de slides, colunas disponíveis apenas online e ferramentas interativas.
NYTimes.com tem hoje mais de 60 blogs ativos e oferece mais de 3.000 vídeos 11.
Aplicações para a SOI
Por ser um dos jornais mais conhecido pelo mundo, exercer forte influência sob a
opinião pública e ter sempre valorizado notícias de cunho internacional, o New York Times
foi escolhido para fazer parte da XIII SOI através da equipe de jornal impresso, responsável
pela cobertura dos acontecimentos nos comitês. Parte dessa equipe deverá se comportar como
se fosse um real repórter do veículo, prezando pela linguagem e editorial na sua redação.
11
VIANA, Bruno; LIMA, Érica. The New York Times: notícias que fazem história. Disponível em:
<http://www.insite.pro.br/2011/Fevereiro/nyt_noticias_historia.pdf> Acesso em: 25 mai. 2013.
34
AL JAZEERA
História
A Al Jazeera, sediada na cidade de Doha, capital do pequeno emirado do Catar, é uma
emissora de televisão jornalística em atividade desde o dia 1º novembro de 1996. O canal,
cujo nome remete à península arábica, foi lançado meses após o fechamento da BBC em
língua local, devido à pressão da monarquia saudita sob a investigação para um documentário
que destrinchava violações aos direitos humanos no Oriente Médio – inclusive exibindo uma
cena forte de decapitação de um criminoso.
A nova estação, fundada e financiada pelo xeque Hamad Bin ThamerAlThani, recebeu
um investimento inicial de 500 milhões de riais catarenses (equivalentes, aproximadamente, a
137 milhões de dólares norte-americanos) como empréstimo advindo do próprio dono, que é
primo do emir do país sede, Hamad Bin Khalifa Al Thani. A estação ganhou maior
notoriedade internacional após a cobertura das guerras no Afeganistão e no Iraque, na
primeira metade da década de 2000. O estilo jornalístico, elogiado pela Imprensa em geral por
sua responsabilidade com a notícia, situa-se no caminho da persecução de uma imprensa livre
no contexto árabe, ainda bastante fechado para interferências externas por via da mídia
jornalística.
Dada sua visibilidade, a TV passou a ser alvo maior de atenção, passando também por
crises de aceitação da opinião pública. A primeira mácula veio com a saturação da guerra ao
terror entre os Estados Unidos e países que serviam como base da Al Qaeda. A constante
presença da TV na mídia com o mesmo intuito – o de ser instrumento de transmissão de
mensagens de líderes terroristas ao restante do globo. Apesar de alcunhas como “TV do Bin
Laden” e “porta-voz da Al Qaeda”, a Al Jazeera continuou se expandindo no mercado
jornalístico mundial, espalhando sucursais por vários países e, em 2006, abrindo um canal em
inglês. O Al Jazeera English conta atualmente com filiais em 130 Estados, mas ainda luta para
se estabelecer como veículo jornalístico idôneo no Ocidente.
A segunda onda de desconfiança veio com o advento da primavera árabe, no início da
segunda década do século XXI; nesse período, a imagem da Al Jazeera foi vinculada mais
fortemente à força popular descontente com os governos árabes, perdendo uma parcela de
credibilidade jornalística devido à sua aparente parcialidade nas revoltas do Bahrein. No
entanto, a rede televisiva ainda foi destaque no pioneirismo da cobertura dos levantes
populares da Tunísia e do Egito, em 2010 e 2011, respectivamente.
35
Na atualidade, a Al Jazeera busca expandir seu contingente de interesses, passando a
noticiar fatos e acontecimentos desvinculados ao contexto estrito do Oriente Médio e de temas
ligados ao mundo árabe. A subsidiária estadunidense promete desenvolver uma estratégia a
ser prontamente aplicada em sua grade de programação, constante de matérias eminentemente
relacionadas aos Estados Unidos da América. A medida de multiplicação dos setores de
interesse já é visível na plataforma online, que proporciona um arcabouço de notícias e
reportagens com temas variados e regiões geográficas diversas.
Linguagem
Apesar da luta contra a censura, a emissora advoga por uma política de pauta muito
nítida: ao passo em que abre espaço para frentes libertárias muçulmanas fazerem seus apelos,
também permite o pronunciamento de vozes oficiais do governo israelense dentro de uma
realidade oposta. A proposta de combater o jornalismo dosado pelo radicalismo por vezes
presente nos governos islâmicos, de fato, destoa de interesses políticos regionais, que vão
além da busca por uma mera dominação midiática.
A emissora fora criada com o intuito de ser destaque; desde sua fundação, a ideia fora
trazer à tona uma linha jornalística inovadora em sua área de abrangência – qual sejam o
grupo de países muçulmanos e outras localidades com a presença de tais grupos de
imigrantes. Assim, sua visão se define a veiculação de informações relativas a fatos da
realidade do Oriente Médio, no intento de formular uma visão crítica por um ponto de vista
autêntico.
Ao mesmo tempo em que trabalha com a notícia de modo fidedigno à realidade, busca
recuperar em seus pronunciamentos o balanço ora desequilibrado pelo restante da mídia,
dando força às vozes menos consideradas em cada caso.
Al Jazeera três ponto zero
A rede, hoje, conta com uma massiva produção coletiva. Seu desempenho na
veiculação de notícias pertinentes à primavera árvore possui profunda relação com a
divulgação ostensiva de blogs e páginas virtuais. A Al Jazeera ainda conta com a contribuição
dos usuários, que divulgam fatos e acontecimentos quase instantaneamente na rede.
O trabalho da Al Jazeera ainda conta com a utilização de plataformas como Twitter e
Facebook, utilizados com frequência para a divulgação de notícias. A rede se insere na
36
realidade das redes sociais com grande força, fazendo-se valer do relevante alcance que a
Internet possui em regiões geograficamente afastadas.
Aplicações para SOI
Durante a Simulação de Organizações Internacionais, a Al Jazeera será simulada no
formato de jornal impresso e digital. Dessa forma, poderá ser experimentada tanto a dinâmica
detalhada da escolha de pauta quanto a rotina acelerada de produção online – e, valendo-se do
próprio princípio inerente à emissora, poderá ser explorada a vertente colaborativa na
ferramenta das redes sociais.
Como a cobertura de notícias hoje se estende não só a reuniões eminentemente
temáticas do Oriente Médio, como da Liga Árabe, ou de assuntos pertinentes à participação
de Estados muçulmanos como países-membros de outras reuniões, a atuação do Al Jazeera
impresso não se limita a assuntos do mundo árabe, mas pode contribuir com uma visão crítica
de temas diversos através de seus correspondentes.
37
MEIA HORA
História
O Meia Hora é um jornal carioca pertencente ao grupo O Dia. Hoje ele é o quarto
jornal mais vendido no país e o segundo nas bancas 12. O tabloide foi criado em 2005 com o
objetivo de resgatar as pessoas que haviam abandonado a leitura dos jornais por diversos
motivos, e assim atrair novos leitores.
Com o slogan “Nunca foi tão fácil ler jornal”, o Meia Hora tem a missão de “fornecer
informação com pitadas de humor num jornal fácil de ler”. O tabloide de notícias populares é
publicado no Rio de Janeiro. Através da tríade manchetes criativas, preço barato e formato
reduzido, o jornal conseguiu em apenas dois anos de veiculação atingir a marca de 100 mil
exemplares.
O Meia Hora é considerado um jornal popular e sensacionalista. Popular por ter uma
forte absorção nas classes mais baixas e sensacionalista pelo apelo à emoção e ao escândalo.
Essas duas características se aproximam através de assuntos como futebol, violência,
programas televisivos, fofocas e erotismo.
Outras características que fazem do Meia Hora popular é o preço, um exemplar custa
setenta centavos, e o formato tabloide. O formato o torna acessível, de fácil transporte e com
conteúdo sintético. Diferente de outros jornais tradicionais que são considerados populares, o
Meia Hora tem como público alvo as classes C e D. Enquanto os mais tradicionais direcionam
os seus conteúdos para as classes B e C.
O Meia Hora tem atualmente tiragem média nos dias da semana de 230 mil
exemplares. O jornal é subdividido nas editorias de Serviço, Geral, Voz do Povo, Polícia,
Esporte, Saúde, De tudo um pouco, Tecnologia e Mundo. O Meia Hora chegou a ter uma
versão exclusiva para São Paulo, mas não repetiu o mesmo sucesso da verão original carioca e
foi retirado de circulação.
O tabloide consegue ser popular até na venda de seus exemplares. No Rio de Janeiro,
vendedores autônomos com coletes da empresa anunciam a venda do produto em transportes
públicos. A música vinculada nas estações sobre o jornal também tem ritmos populares.
12
FIGUEIREDO, Pedro; LUZ, Cristina; Os Novos Jornais Populares: Análise de uma tendência; 2010: Rio de
Janeiro. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sudeste2010/resumos/R19-01831.pdf>. Acesso em: 24 mai. 2013.
38
Linguagem
O fim dos jornais impressos já vem sendo decretado há um tempo. Possivelmente,
quando o Meia Hora começou a ser planejado esse “The end” já estava sendo especulado.
Mas o que torna o Meia Hora resistente a essa maré ruim que assola o jornalismo? A sua
linguagem.
O Meia Hora é um jornal sintético, criativo e com um forte apelo popular em seu
conteúdo. Mas o diferencial do jornal são as suas capas. Com uma combinação de
diagramação exagerada, o que até lembra os encartes de supermercados, manchetes criativas e
fotos mal feitas, o Meia Hora chama atenção também por seu amadorismo.
Na edição do dia 23 de maio de 2013, o Meia Hora circulou com a manchete “Instalou
câmera pra filmar fantasma e flagrou o Ricardão”. Na mesma capa é possível ainda observar
uma chamada sobre futebol em que há uma foto cômica do jogador Fred. Se na edição do dia
23 o jornal trazia como capa uma história curiosa de traição, no dia 24 de maio de 2013 o
Meia Hora estampou uma tragédia. Com a manchete de capa “Inferno: incêndio de grandes
proporções em depósito de distribuidoras de combustível mata um homem e deixa oito
feridos. Casas foram atingidas”. Estampando na capa um foto do depósito em chamas e logo
abaixo uma chamada que mostra uma mulher com um andador e a seguinte frase “Dona
Marineusa lutou pela vida com a ajuda de um andador”. Claros sinais sensacionalistas do
jornal.
Mas outro aspecto que o torna interessante é que o conteúdo das matérias diferem do
teor proposto nas chamadas de Capa. As matérias são estruturadas com um lead simples,
bastante coloquiais, mas não são utilizadas gírias e ironias no texto- ficando restritas à capa.
A exemplo desse aspecto, é possível perceber na edição do dia 25 de maio de 2013 (o
jornal circulou com a manchete “Filho de Naldo diz que pai é corno”). Abaixo, o lead da
matéria:
A notícia de que Naldo e Ellen Cardoso, a Mulher Moranguinho, vão
oficializar o relacionamento de três anos não agradou nadinha o filho do
cantor, Pablo Jorge, de 16 anos, nem a ex-mulher do astro, Branka Silva.
Mãe e filho usaram o Instagram para manifestar sua indignação.
Moranguinho retribuiu as críticas e respondeu às declarações através da
mesma rede social. 13
13
MEIA Hora. Disponível em: <http://www.meiahora.ig.com.br/>. Acesso em: 24 mai. 2013
39
Meia Hora três ponto zero
O Meia Hora também possui plataformas na internet. O site do jornal é bastante
simples e até insuficiente para a popularidade do tabloide. Nele é possível ver as capas das
edições e acompanhar algumas notícias. O jornal possui um material exclusivo para
assinantes. O que mostra que o Meia Hora está atento às mudanças estruturais no jornalismo.
Na fanpage14 do jornal no Facebook, a repercussão do Meia Hora é ainda maior. Com
um total de 102 mil curtidas (até o dia 25 de maio de 2013), percebe-se que nessa rede social
a variedade de públicos é bastante diversa. Na fanpage, o que se vê é a replicação do conteúdo
já disponível no site, matérias do jornal O Dia e vídeos enviados por internautas. A fanpage
chega a ser mais interativa do que o próprio site.
O que o Meio Hora faz pode ser considerado jornalismo?
Analisando um exemplar do Meia Hora, fica essa interrogação. O que ali é produzido
pode ser considerado jornalismo? É inegável que são publicados fatos noticiosos. Adotandose para isso os mesmos critérios de noticiabilidade usados pelos jornais tradicionais. Mas o
que diferencia o Meia Hora dos outros é a forma como a notícia ali é encarada. A
imparcialidade, por mais utópica que seja, passa distante dos textos do tabloide. Vê-se
também um apelo exagerado a determinados assuntos. Há também um desrespeito nada
contido em seu conteúdo. O Meia Hora se vende como jornal (o slogan do tabloide é a maior
prova disso), mas para nós fica a interrogação: o Meia Hora faz jornalismo?
Aplicações para SOI
As discussões que envolvem o jornal Meia Hora são bem interessantes. O seu caráter
popular, a ousadia de produzir um jornal em tempos de dominação da internet e
principalmente a linguagem do tabloide. Por essas e outras razões, ele foi um dos jornais
escolhidos para ser simulado na XIII Simulação de Organizações Internacionais (SOI).
O Meia Hora será simulado através da plataforma tumblr. Vamos reservar a esse jornal,
os momentos cômicos e engraçados da XIII SOI. Os tradicionais recadinhos do coração terão
14
JORNAL Meia Hora. Disponível em: <http://www.facebook.com/meiahora?fref=ts>. Acesso em: 25 mai.
2013.
40
um espaço especial no Meia Hora. É claro que a linguagem informal será dosada. Mas a ideia
é que dessa forma todos possam aprender e se adaptar as inúmeras linguagens.
O Meia Hora será controlado e gerenciado pela equipe de Mídias Sociais.
41
ANEXO A - ORIENTAÇÕES GRAMATICAIS
“Clareza na linguagem, precisão nas informações e bom gosto. Um
texto não precisa de muito mais do que isso para ser lido com
prazer.” (Carlos Marão)
Não existe uma fórmula de como se escrever da maneira adequada. Existem
ferramentas que podem ser utilizada e uma série de orientações produzidas por redações
afora. Abaixo vemos algumas delas:
Adjetivo: evite usar em textos noticiosos adjetivos que impliquem juízo de valor: bonito/feio;
verdadeiro/falso; certo/errado. Utilize o que torna mais preciso o sentido do substantivo:
amarelo/azul; redondo/quadrado; barraco/clássico. Em vez de “o artista trabalha com telas
grandes”, procure dar a dimensão, se não exata, pelo menos aproximada das telas. Nos
editoriais, comentários, críticas e artigos, permiti-se maior liberdade para o uso do adjetivo.
Mesmo assim, recomenda-se usá-lo com sobriedade. A opinião sustentada em fato é mais
forte do que a apenas ou excessivamente adjetivada.
Advérbio: evite começar um período com advérbios formados com o sufixo- mente,
sobretudo em textos noticiosos: Curiosamente, a convenção do partido transcorreu sem
incidentes. É melhor escrever: Ao contrário do que previam os governistas, a convenção do
partido transcorreu sem incidentes. Evite advérbios que expressem juízos de valor:
certamente, evidentemente, bastante, fielmente, levemente, definitivamente, absolutamente.
Não se fazem restrições a advérbios que ajudem a precisar o sentido, como os de lugar
(acima, abaixo, além) ou tempo (agora, acima, amanhã).
Ano: escreva sempre sem ponto de milhar: 1999, e não 1.999.
Aspas: sinal gráfico usado para delimitar a citação. Evite usar aspas para enfatizar palavras,
sobretudo para imprimir tom irônico. Utilize-as para destacar títulos de livros, obras artísticas,
revistas e jornais.
Assembleia Legislativa: escreva sempre com maiúscula, mesmo em segunda menção: Os
deputados da Assembleia. No plural, use também maiúsculas: As Assembleias Legislativas do
país; os representantes das Assembleias.
42
“Bi”:admite-se essa abreviatura de bilhão apenas para referir-se a quantias em dinheiro em
títulos, sobretítulos e legendas.
Bianual: evite. Se for para qualificar algo que acontece duas vezes ao ano use Semestral. Não
confunda com bienal, que significa uma vez a cada dois anos.
Briga: não use como sinônimo de polêmica, discussão ou disputa no campo das ideias. A
palavra implica agressão verbal ou física, luta, confronto.
Cacoete de linguagem: evite expressões pobres de valor informativo e, portanto,
dispensáveis em textos noticiosos: antes de mais nada, ao mesmo tempo, pelo contrário, por
outro lado, por sua vez, via de regra, com direito a, até porque. Dispense também modismos
ou chavões que vulgarizam o texto jornalístico.
Cacófato: evite a ocorrência de termos chulos ou desagradáveis formado pela união de
sílabas com as iniciais de outras: por cada, conforme já, marca gol, nunca gostou, confisca
gado, uma herdeira, boom da construção.
Cargos:escreva sempre com minúsculo: presidente, secretário, ministro, diretor, professor,
deputado, juiz, embaixador, desembargador.
Cerca de: evite. A melhor informação é sempre a mais precisa.
Chanceler: ministro das relações exteriores de um país. Na Alemanha e na Áustria, a palavra
é usada para designar o primeiro-ministro. Portanto, nesses casos não deve ser empregada
para identificar os ministros das relações exteriores.
Chefe de nação: só use para se referir a sociedades tribais. Nas sociedades não-tribais, os
chefes são de estado ou de governo. Além disso, a expressão forma um cacófato (danação).
Chefe de estado/de governo: apenas a palavra estado começa com maiúscula. As duas
funções não devem ser confundidas. Chefe de estado é aquele que representa simbolicamente
o estado nacional, como a rainha da Holanda ou o presidente de Portugal. Chefe de governo é
o que exerce as funções do poder executivo, como o primeiro-ministro de Portugal. Nos
43
regimes presidencialistas, o presidente é chefe de estado e chefe de governo ao mesmo tempo.
Nos regimes parlamentaristas, o chefe de estado é o presidente ou o rei/ rainha ( o chefe do
governo é o primeiro ministro).
Concisão: o texto jornalístico deve ser conciso. Tudo o que puder ser dito em uma linha não
deve ser dito em duas.
Crise: use com cuidado expressões como “a maior crise da história do país”. Ao longo dos
anos, todas as crises políticas e econômicas assim classificadas.
Data:para designar datas, use algarismos arábicos para o dia, letras minúsculas para o mês e
algarismos arábicos para o ano, sem ponto de separação do milhar: 31 de outubro de 2012.
Dias da semana: sempre com minúscula: domingo, segunda, terça.
Dias do mês: sempre com numeral cardinal, exceto o dia 1º, com ordinal: 1º de outubro, 25
de março.
Diplomacia: a diplomacia brasileira tem uma escala hierárquica cujo topo é o embaixador, ou
ministro de primeira classe. O primeiro estágio de um diplomata assim que ingressa no
Itamaraty, é o posto de terceiro secretário. Em seguida, vêm os postos de segundo secretário,
primeiro secretário, conselheiro, ministro de segunda classe e ministro de primeira classe (ou
embaixador).
E: evite começar frase com a conjunção “e”.
Então: a palavra pode ser usada para evitar o emprego do adjetivo antigo. Mas deve haver
antes a referência do período.
Estado de exceção/estado de sítio/estado de defesa: use em caixa baixa. São situações
caracterizadas pela restrição ou pela suspensão de algumas garantias constitucionais- como os
direitos de reunião e do sigilo de correspondência-, em casos de grave ameaça à ordem
pública ou à paz social. O termo estado de exceção, mais genérico, pode ser usado para
classificar os estados de defesa e de sítio. Só os dois últimos, porém, constam na constituição
brasileira (artigo 136 e 137, respectivamente).
44
Ex: não use no caso de pessoas mortas. Não é ex-presidente JohnKennedy, mas o presidente
americano JohnKennedy foi assassinado em 1963.
Forças armadas: as forças armadas brasileiras são compostas por exército, marinha e
aeronáutica. Não é certo classificá-las como armas- a palavras indica apenas a especialidade
do oficial do exercito.
Gerúndio: evite começar frase com essa forma verbal, que geralmente tem função adverbial
ou adjetiva. Pode encompridar o período e tirar a agilidade do texto sem acrescentar
informação relevante.
Identificação de pessoa: todo personagem de notícia deve ser identificado por profissão,
cargo, função ou condição. Ao identificar os personagens procure ser específico.
Indígena/índio: originalmente, indígena significa natural de um país ou localidade. A palavra
hoje é tomada como sinônimo de índio, natural das américas.
Justiça/justiça: escreva com maiúscula quando se referir ao poder judiciário.
Lei/lei: comece com maiúscula quando a lei tiver um nome, mas quando ela for conhecida
apenas pelo número. Use maiúscula para outros textos legais. Como constituição, código
penal e plano diretor.
Maomé/Muhammad: prefira Muhammad para designar o fundador do islamismo. Evite o
nome Maomé, considerado ofensivo por seguidores do islamismo por significar “o que não é
filho de Deus”.
Monarquia: escreva com minúscula quando se referir à forma de governo; com maiúscula
quando for sinônimo de estado.
Nação: escreva sempre com minúscula. Não use para designar o brasil. O termo não é
sinônimo de país. Designa qualquer população que compartilhe território, língua, costumes e
valores. Não designe chefe de governo ou chefe de estado como chefe de nação- até para
evitar o cacófato danação.
45
Nomes e cargos religiosos: o tratamento formal dado a membros da hierarquia da igreja
católica deve ser mencionado apenas na primeira referência. Nas outras vezes em que for
citado, o bispo, arcebispo ou cardeal deve ser tratado pelo sobrenome ou pelo cargo, a não ser
quando for mais conhecido pelo pronome.
Ocidente/oriente: escreva maiúscula quando designar hemisfério.
Palavras estrangeiras: não use se houver equivalente em português. Se não tiver, grafe entre
aspas.
Parlamento/congresso: não são sinônimos. Parlamento é o conceito mais geral. Congresso é
a palavra mais comum para designar a reunião de duas câmaras em regimes presidencialistas,
usualmente chamadas de câmara e senado. Use legislativo para designar congresso em
segunda opção. Não chame um parlamento de congresso.
Poderes- escreva com maiúscula.
Porcentagem: grafe sempre com algarismos.
Premiê: do francês premier, isto é, primeiro. Usado como forma reduzida de premier ministre
( primeiro ministro). Se o cargo for exercido por mulher, use primeira-ministra. Na Alemanha
e na Áustria, que também adotam o sistema parlamentarista, o cargo de chefe de governo tem
o nome de chanceler (se usar, explique que se trata de chefe de governo). Não use chanceler,
nesses casos, para designar os ministros das relações exteriores.
Quórum: escreva sempre com acento. Indica o número mínimo necessário de pessoas
presentes para o funcionamento de uma sessão.
República/república: com maiúscula quando designar instituição política. Quando designar
forma de governo, escreva com minúscula.
Siglas: em geral, criam dificuldades para o leitor, porque exigem ser decifradas. A regra é
evitar, principalmente em títulos, exceto em casos consagrados. 1) não use pontos: onu e não
o.n.u. 2) escreva por extenso seu significado, de preferência logo após a primeira menção.
Exceto quando a sigla for consagrada. 3) use apenas letras maiúsculas para sigla até três
46
letras. 4) use maiúscula apenas na primeira letra de siglas com mais de três letras que possam
ser lidas sem dificuldade como uma palavra. 5) use apenas letras maiúsculas para sigla que
exija leitura letra por letra. 6) há algumas exceções consagradas como cnpq, unb, moma. 7) se
precisar formar plural, acrescente s minúsculo.
Sua majestade: em textos noticiosos, não se refira a rei ou rainha por essa forma de
tratamento. Use apenas o título: rei Juan Carlos, rainha Elizabeth.
Suasantidade: em textos noticiosos, não se refira ao papa por essa forma de tratamento. Use
apenas o título papa JoãoPaulo 2º.
Superlativo: use expressões superlativas apenas quando puder comprovar sua adequação aos
números, dados e informações: o tempo do nadador foi o melhor da história dos jogos
olímpicos.
Terrorista/guerrilheiro: use apenas em sentido técnico, evitando a carga ideológica positiva
ou negativa.
Título: 1) não use pontos, dois pontos, ponto de interrogação, exclamação, reticências,
travessão ou parênteses. 2) evite ponto e vírgula. 3) jamais divida sílabas em duas linhas e
evite fazer o mesmo com nomes próprios de mais de uma palavra. 4) tente prender todo o
espaço destinado ao título na diagramação. 5) evite a reprodução literal das palavras inicias do
texto. 6) evite verbo no condicional; quando não puder assumir uma informação. Nos textos
noticiosos, o título deve: 1) conter verbo, de preferência na voz ativa. 2) estar no tempo
presente, exceto quando o texto se referir a fatos distantes no futuro ou no passado. 3)
emprega siglas com comedimento.
Verbos declarativos: use apenas para introduzir ou finalizar falas dos personagens da notícia,
não para qualificá-las ou para insinuar opinião a respeito deles. Evite, assim, verbos como
admitir, reconhecer, lembrar, salientar, ressaltar, confessar, garantir, a não ser quando usados
em sentido estrito. Nenhum deles é sinônimo de dizer. Ao empregá-los de modo inadequado,
o jornalista confere caráter positivo ou negativo às declarações que produz, mesmo que não
tenha a intenção. Use de preferência os verbos dizer, declarar, afirmar, os mais neutros quando
o objetivo é indicar autoria de uma declaração.
47
Informações retiradas do Manual de Redação da Folha de São Paulo.
48
ANEXO B - GEOPOLÍTICA
Arctic Council – AC
(REKACEWICZ,
Philippe;
UNEP/GRID-Arendal.
Disponível
em:
<http://www.grida.no/graphicslib/detail/states-organizations-and-strategical-issues-in-the-arctic-people-acrossborders_39d8>.)
De que maneira o mapa ajuda: Conhecer os povos do Ártico, não só os países, mas
também os grupos de cultura tradicional, associações, conselhos e povos indígenas.
Corte Internacional de Justiça – CIJ
1.
Disponível
em:
<http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/corte-internacional-de-
justi%C3%A7a-e-sua-contribui%C3%A7%C3%A3o-para-manuten%C3%A7%C3%A3o-daseguran%C3%A7a-internaciona>. Acesso em: 9 de set. de 2013.
49
2.
Disponível em: <http://jusvi.com/artigos/29812>. Acesso em: 9 de set. de 2013.
De que maneira os links acima podem ajudar: Os artigos tratam de um dos papéis
importantíssimos da CIJ, que é a emissão de pareceres consultivos sobre assuntos de vital
importância, de modo a influenciar as ações dos países afetados pelo caso analisado.
Organização Internacional de Polícia Criminal – INTERPOL
(Fonte: IBAMA)
De que modo o mapa acima pode ajudar: Apresentando vias de tráfico de animais
silvestre, mesmo que apenas da situação brasileira, serve para desenvolver um fundo de
conhecimento que pode servir para um melhor entendimento da situação geral a ser discutida
no comitê.
50
Liga dos Estados Árabes – LEA
1.
Disponível
em:<http://pt.euronews.com/2012/03/28/paises-arabes-nao-querem-
intervencao-estrangeira-na-siria/>. Acesso em: 9 de set. de 2013.
2.
Disponível
em:<http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1796667&seccao=%C1frica>.
Acesso em: 9 de set. de 2013.
De que maneira os links mencionados ajudam: Desenvolvem um pano de fundo quanto
às opiniões de diversos países e da Liga Árabe sobre a intervenção militar estrangeira nos
países árabes.
Organização dos Povos Americanos – OEA
1.
Disponível
em:<http://www.oas.org/dil/esp/indigenas_publicaciones_participacion_sistemta_interamerica
no.pdf > Acesso em: 9 de set. de 2013.
2.
Disponível em: <http://www.oas.org/pt/topicos/povos_indigenas.asp>. Acesso em: 9
de set. de 2013.
De que maneira os links fornecidos podem ajudar: Possuem uma série de relatórios e
planos de atuação da OEA ao longo dos anos quanto a situação dos povos indígenas.
Organização para Segurança e Cooperação na Europa – OSCE
1.
Disponível
em:<http://brazil.mfa.gov.ua/pt/press-center/news/9664-ukrajina-
rozpochinaje-golovuvannya-v-obse-z-metoju-vregulyuvannya-konfliktiv>. Acesso em: 9 de
set. de 2013.
2.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2004/05/26/ult1807u6109.jhtm>.
Acesso em: 9 de set. de 2013.
De que maneira os links podem ajudar: Introduzem as expectativas da nova presidência
da OSCE, e como isso deve influenciar num maior controle de armas nas fronteiras europeias.
51
Tribunal Internacional Militar de Nuremberg – TIMN
1.
Disponível em: <http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005144>.
Acesso em: 9 de set. de 2013.
De que maneira o link apresentado pode ajudar: A página mencionada possui uma
espécie de enciclopédia de modo a oferecer uma gama de conhecimento sobre a Segunda
Guerra Mundial, seus efeitos, depoimentos e mapas; fatos que certamente influenciam nas
decisões a serem tomadas no Tribunal nessa edição da SOI.
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime – UNODC
1.
Disponível em:
<http://www.otsh.mai.gov.pt/area=203&mid=000&sid=000&cid=CNT4c923d51c5829>.
Acesso em: 9 de set. de 2013.
2.
Disponível em:
<http://www.dhnet.org.br/direitos/novosdireitos/traficoseres/principais_rotas_trafico_pessoas.
pdf> Acesso em: 9 de set. de 2013.
De que modo os links podem colaborar com o trabalho no CII: oferecem pesquisa
sobre o tráfico de pessoas internacional, o papel do Brasil nessas rotas, diversas estatísticas e
relatórios pertinentes para um melhor aproveitamento da simulação.
52
ANEXO C – COMITÊS15
Arctic Council - AC
O Arctic Council é um fórum intergovernamental que discute e busca encontrar
soluções para os diversos problemas que a população e o meio-ambiente local sofrem com o
tempo. Possui oito membros permanentes, que são Canadá, Finlândia, Dinamarca, Noruega,
Islândia, Rússia, Suécia e Estados Unidos da América.
Esse comitê foi criado em 1996, através da Declaração de Ottawa, que consagrou a
formação o Arctic Council como um fórum que tem como fim buscar a interação e
cooperação entre os povos do ártico.
Na 13ª edição da SOI, a discussão vai ter como ponto de partida a fomentação de
governos mais sustentáveis na região do ártico, para de assim os estados possam de maneira
conjunta proteger o meio ambiente sem deixar de buscar o desenvolvimento.
Corte Internacional de Justiça – CIJ
A Corte Internacional de Justiça, criada em 1945, é o principal órgão judiciário da
Organização das Nações Unidas; e segue seu Estatuto, parte integrante da Carta da ONU, para
funcionamento legal. Devido a integração do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, os
membros que assinarem a Carta da ONU estão automaticamente sendo regidos pelo Estatuto
da Corte Internacional de Justiça.
A CIJ é composta por quinze juízes, cada um deles com mandato de nove anos.
É importante lembrar que a SOI sempre buscou manter um comitê jurídico, de modo a
debater e chegar a uma conclusão legal de casos específicos, que tem bastante aplicação
global.
Esse ano, a CIJ trará não somente a resolução de litígios internacionais, mas também
uma outra função da Corte, que é a emissão de parecer consultivo sobre a aplicabilidade da
responsabilidade de proteger.
15
Todas as informações desse anexo foram retiradas do site da SOI. Disponível em: < soi.org.br>
53
Organização Internacional de Polícia Criminal – INTERPOL
A Organização Internacional de Polícia Criminal, com sede em Lyon, na França; foi
fundada em 1956, mas somente reconhecida pela Organização das Nações Unidas como
organização intergovernamental em 1971.
Atualmente possui 190 países membros, e tem como objetivo ajudar na cooperação ao
combate de diversos crimes internacionais, além de funcionar como uma base de informações
que podem ser divididas entre as outras organizações, de modo a facilitar a comunicação entre
países e tornar o combate a criminalidade mais rápido e eficaz.
A INTERPOL, em suas discussões na 13ª edição da SOI, abrangerá o combate ao
crime ambiental, buscando maneiras de acabar com o tráfico ilegal de animais silvestres,
muitas vezes em extinção, além do comércio de madeira; costumeiramente feito por grandes
redes criminosas internacionais organizadas.
Liga dos Estados Árabes – LEA
A Liga dos Estados Árabes é uma organização internacional inicialmente constituída
por seis Estados-membros, sendo eles Iraque, Jordânia, Egito, Líbano, Arábia Saudita e Síria,
todos Estados livres. A LEA nasceu em 1945, através do Protocolo de Alexandria, no Cairo.
Após a origem da liga, vários outros países se juntaram a essa cooperação, hoje totalizando 22
Estados-membros.
É bastante relevante observar com atenção as discussões de uma organização que
costumava ser incrivelmente instável, mas hoje busca a tomada de decisões bastante objetivas
e resolução de diversos conflitos da região na qual está inserida.
Essa edição da SOI traz um debate sobre um tema bastante polêmico, que é a
intervenção militar de países estrangeiros em território de Estados árabes; e discutir se tais
ações são legítimas perante os direitos humanos e direitos de soberania.
Organização dos Estados Americanos – OEA
A Organização dos Estados Americanos, criada oficialmente em 1948, ao fim da IX
Conferência Internacional Americana, em Bogotá, é composta pelos 35 Estados livres do
continente americano.
Tem como finalidade a solidariedade, integridade, colaboração e defesa da soberania de
seus membros. A OEA é uma organização bastante complexa e diversificada, visto que é
composta por vários órgãos, dentre eles a Assembleia Geral, o qual será simulado na 13ª
54
Edição da SOI, discutindo a situação dos povos indígenas nas Américas e a efetivação da
soberania.
Organização para Segurança e Cooperação na Europa – OSCE
A Organização para Segurança e Cooperação na Europa, que se iniciou como uma
Conferência para Cooperação e Segurança na Europa em 1975 com 35 países participantes;
hoje é considerada a maior organização intragovernamental que discute a segurança, com 57
Estados-membros.
Vale ressaltar que na OSCE não existem patamares para hierarquizar os assuntos a
serem discutidos, uma vez que todos são importantes, sejam eles militares, econômicos,
ambientais ou políticos.
A OSCE na 13ª edição da Simulação de Organizações Internacionais vem com o intuito
de discutir o controle de armas e a segurança das fronteiras entre os países europeus,
entendendo se tratar de um momento bastante preocupante quanto aos armamentos e o
desrespeito às soberanias.
Tribunal Internacional Militar de Nuremberg – TIMN
Entendendo que a Segunda Guerra Mundial trouxe não somente grandes batalhas, mas
também incontáveis mortos, e acima de tudo uma das ações de maior desrespeito aos direitos
humanos já vistos na história mundial; o Tribunal Internacional Militar de Nuremberg foi
instaurado logo após o fim da guerra, em 1945, através do Acordo de Londres.
Na 13ª SOI, o Tribunal será simulado através de quatro magistrados à mesa
representando Reino Unido, França, Estados Unidos da América e União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas, representados por diretores do comitê que guiarão o Tribunal.
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime – UNODC
A UNODC, criada em 1997, a partir da união de interesses entre o Programa das
Nações Unidas para Controle de Drogas e o Controle para a Prevenção Internacional do
Crime, atua em diversas áreas, combatendo diferentes tipos de atos ilícitos. Tem sede em
Viena, e hoje já possui cerca de 150 Estados-membros dispostos a cooperar com suas ações.
55
As discussões esse ano na SOI tem como objetivo buscar novas maneiras de combater
o tráfico de pessoas, e todo o comércio ilegal que circunda essa atividade; visto que muitas
vezes o tráfico de drogas se conecta com o tráfico de pessoas.
56
ANEXO D – TERMOS JURÍDICOS
As simulações da SOI envolvem alguns termos jurídicos que podem, quando não
compreendidos, dificultar o entendimento dos comitês e documentos. Por isso, apresenta-se
em seguida um pequeno glossário jurídico para consulta durante a preparação e os dias de
simulação.
Alínea:cada uma das subdivisões de artigo, indicada por um número ou letra que tem à direita
um traço curso como o que fecha parênteses.
Acordo:no meio internacional, é o meio pelo qual as entidades internacionais regulam
interesses, celebram pactos ou convenções.
Artigo: cada uma das divisões, ordinalmente numeradas, da lei, decreto, código etc.
Cláusula: cada um dos artigos ou disposições de um contrato, tratado, testamento ou
qualquer outro documento semelhante, público ou privado.
Código:lei que disciplina integral e isoladamente uma parte substanciosa do direito positivo;
por exemplo; direito civil ou direito penal.
Data Venia (Lat.): com (a devida) permissão. Dada a sua licença. O mesmo que permissa
vênia ou concessa vênia.
Decoro:decência; respeito próprio; dignidade; conveniência.
Emenda: proposição apresentada como acessória de outra, sendo a principal um projeto de lei
ordinária, complementar, projeto de código e etc.
Inciso: subdivisão de um artigo de lei que se presta À enumeração, podendo ser dividido, por
sua vez, em alíneas.
Moção: proposta, em assembleia, sobre o estudo de uma questão ou relativa a qualquer
incidente que surja nessa assembleia.
Maioria absoluta: constitui-se de mais da metade daqueles que manifestam sua vontade por
meio de voto.
Maioria relativa: superioridade numérica simples dos votos sem necessariamente atingir
mais da metade dos votos.
Maioria qualificada:também designada maioria especial ou reforçada, dá-se quando se
atinge o número exigido por lei ou conforme regulamento do colegiado, em relação a
determinadas matérias que devem ser deliberadas.
Parágrafo:seção de discurso ou de capítulo que forma sentido completo e que usualmente se
inicia com a mudança de linha e entrada; sinal que separa tais seções.
57
Quórum:empregado na terminologia jurídica para indicar o número de pessoas que devem
comparecer às assembleias ou reuniões para que estas, validamente, possam deliberar. Indica
a quantidade de membros indispensáveis à constituição legal.
Resolução: decisão final do comitê com as diretrizes a serem seguidas pelos países.
Tratado: designação genérica para qualquer Acordo entre dois ou mais Estados (ou outras
entidades sujeitas de Direito Internacional), acordo esse submetido às regras do direito
internacional e que cria uma obrigação jurídica para os mesmos Estados.