Resumo - Centro de Ciências Exatas e da Terra
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Resumo - Centro de Ciências Exatas e da Terra
Dedico este trabalho Aos meus pais, Gilvan Assunção de Figueiredo e Rosilda Carvalho de Figueiredo, pelo carinho, atenção, compreensão e dedicação que foram fundamentais principalmente nos momentos mais tortuosos dessa jornada. Agradecimentos Gostaria de inicialmente de agradecer a Deus por iluminar e guiar todos os meus passos. Sou grato a Professora Dra Helenice Vital pela orientação desta monografia, pelos “puxões de orelha”, pelas lições dos últimos quatro anos e ainda pela amizade construída durante este período. Agradeço ao Professor, Educador, Amigo e Ser Humano Fantástico, Antônio Carlos Galindo, pelas Palavras Sábias. Ao Departamento de Geologia da UFRN, por possibilitar o ingresso e realização do curso, disponibilizando infra-estrutura de laboratórios e equipamentos, como também pelo incentivo através de professores como: Antônio Carlos Galindo, Francisco Pinheiro Lima Filho, Helenice Vital, Jean Michel Legrand, Francisco Augusto de Medeiros Neto, Jaziel Martins Sá e Maria Helena de Freitas Macedo. A Agência Nacional do Petróleo (ANP), pelo apoio financeiro através da concessão da bolsa. A todo o suporte financeiro fornecido pelo Projeto de Encomenda PETROBRAS, intitulado Distribuição dos sedimentos cenozóicos nas Bacias Pernambuco-Paraíba, Potiguar e Ceará como Função da Epirogênia Cenozóica da Província Borborema- CRONOBORO (FINEP/ PETROBRAS). Aos colegas de sala, Luis Gustavo, Hênio Santana, Camila Almeida, Daniel Alexsander Silva dos Santos (tá ligado!) Armando Bezerra de Araújo e Magno Moreno de Lima pelos favores e por todo o apoio prestado, além da relação de cumplicidade e amizade durante a nossa vida acadêmica. A Zuleide Maria e Marcelo Chaves pelos conselhos e pela relação de amizade principalmente na etapa final deste trabalho. A Marco Antônio Leite do Nascimento por se mostrar sempre prestativo e atencioso no que diz respeito a sugestões, correções e empréstimo de materiais. A Sônia e a Maria do Céo (Bibliotecárias) pela eficiência e dinamismo. Agradeço aos meus pais, Gilvan Assunção de Figueiredo e Rosilda Carvalho de Figueiredo e Giovana Rôsula de Figueiredo pelo apoio e palavras de incentivo durante todos esses anos. Sem o trabalho e suor de vocês durante esses últimos 24 anos nada disso seria possível. Estendo meus agradecimentos a Rossana Helizabeth de Figueiredo e Heloisa Karla de Figueiredo (tias – irmãs), pelos conselhos e apoio prestados desde os tempos de ETFRN (VOCÊS SÃO DEMAIS!). Não poderia esquecer de Guilhermo Efrain Gonzalez Villalon pela amizade construída e pelo apoio durante esses últimos 14 anos. A meu irmão Carlos Augusto de Figueiredo Herrera a quem eu dedico de forma especial este trabalho. A Flávio José de Araújo Silva e Maria Francisca Domenech Silva pela compreensão e paciência. Sem vocês esta caminhada teria sido muito mais difícil! A minha doce companheira Fabiane Domenech Silva (riquinha), pelo carinho, conforto, pelas lições de vida, pela paciência nos momentos de ausência e stress. Eu te amo! i RESUMO Esta monografia trata da caracterização de minerais pesados ao longo do Rio Jaguaribe, enfatizando aspectos como distribuição e proveniência. Neste estudo foram levados em consideração os aspectos fisiográficos e climáticos da área fonte, bem como os processos envolvidos durante o transporte e regime hidráulico, que pudessem interferir na assembléia de minerais pesados observadas, buscando: (i) caracterizar e identificar a distribuição espacial de associações de minerais pesados ao longo do rio (ii) compreender o papel do intemperismo, transporte, condições hidráulicas e diagênese, que estariam envolvidos na geração de assembléias de minerais pesados. (iii) correlacionar as províncias identificadas com as respectivas áreas fontes. (iv) comparar a assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe com o Rio Piranhas - Açu, com intuito de se conhecer regionalmente a distribuição e ocorrência de minerais pesados. A Bacia do Rio Jaguaribe corta toda a porção leste e parte da porção centro-sul do Estado do Ceará, ocupando uma área de cerca de 74.600 km2. Os rios tributários apresentam cursos pequenos e um regime irregular, com suas nascentes localizadas em áreas de dominância semi-árida, onde existe uma percentagem de evaporação muito forte. Os sedimentos estudados apresentaram uma média de 8% de minerais pesados; constituídos de mais de 90% de minerais pesados transparentes e menos de 10% de minerais pesados opacos. Várias espécies de minerais pesados transparentes foram identificadas ao longo do rio Jaguaribe, tais como hornblenda, epídoto, zircão, turmalina, e rutilo com alta freqüência e andaluzita sillimanita, granada, cianita, estaurolita e apatita em freqüências menores. A análise das razões minerais mostraram que a decomposição seletiva (estabilidade mineral), demonstrada pelo índice ZTR/H, (zircão+turmalina+rutilo/hornblenda), não exerceu um papel significativo na variação de minerais pesados. No entanto, foi observado um discreto aumento desse índice após a confluência do Rio Jaguaribe com o Rio Salgado, mostrando portanto a eficiência desse rio no que diz respeito ao retrabalhamento de sedimentos provindos principalmente da porção sul do Ceará, adjacências da Bacia do Araripe. Observou-se também na confluência do Rio Banabuiú com o Rio Jaguaribe, picos do índice ZTR/H que sugere retrabalhamento dos sedimentos da borda da Bacia Potiguar, em especial dos Arenitos da Formação Açu e conglomerados e arenitos da Formação Faceira, nas adjacências de Limoeiro do Norte. Em termos gerais percebe-se que as barragens ao longo do rio influenciam diretamente a distribuição dos sedimentos, em especial aqueles de maior densidade. Os teores médios do índice de fracionamento hidráulico pela densidade, fornecidos pela relação O/NO (minerais ii opacos / não opacos) ao longo do rio Jaguaribe foram de 0,07; enquanto nas barragens este índice atingiu valores de 0,14 e 0,28. Os maiores valores (0,75) foram observados entre o Açude Orós – CE nas proximidades da cidade de Jaguaruana - CE, médio Rio Jaguaribe, setor onde ocorre a maior concentração de barragens. Os resultados obtidos neste trabalho permitiram identificar três setores ao longo do rio Jaguaribe, diferenciados de acordo com a assembléia de minerais pesados predominantes: Setor 1 – Caracterizado por uma assembléia de Hornblenda + epídoto + biotita, localizado desde a nascente até as adjacências do município de Orós. Setor 2 – Representado por um assembléia de Hornblenda + opacos + zircão localizado no trecho entre Orós e as adjacências do Município de Limoeiro do Norte. Setor 3 – Constituído por uma assembléia de Hornblenda + epídoto + zircão entre Limoeiro do Norte até a foz do Jaguaribe. A assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe mostrou-se bastante similar ao do Rio Piranhas-Açu. Entretanto, nota-se a partir do índice ZTR, que a assembléia do Rio Jaguaribe é mais imatura do que a assembléia de pesados do Rio Piranhas-Açu/RN. A decomposição seletiva, da mesma forma, mostrou-se mais importante neste último. v Sumário Dedicatória Agradecimentos Resumo....................................................................................................................................... Abstract....................................................................................................................................... Lista de Figuras........................................................................................................................... Lista de Fotos.............................................................................................................................. Lista de Gráficos......................................................................................................................... Anexos........................................................................................................................................ i iii vi vii vii viii Capítulo 1 – Introdução 1.1 Apresentação e Objetivos................................................................................................ 1.2 Localização e Vias de Acesso......................................................................................... 1.3 Aspectos Fisiográficos.................................................................................................... 1.3.1 Clima...................................................................................................................... 1.3.2 Vegetação............................................................................................................... 1.3.3 Fitoclimas............................................................................................................... 1.3.4 Solos....................................................................................................................... 1.3.5 Hidrografia............................................................................................................. 09 09 11 11 11 12 13 14 Capítulo 2 – Materiais e Métodos 2.1 Etapa Pré-Campo............................................................................................................ 2.2 Etapa de Campo.............................................................................................................. 2.3 Etapa Pós Campo............................................................................................................ 2.3.1 Preparação das Amostras....................................................................................... 2.3.2 Peneiramento......................................................................................................... 2.3.3 Minerais Pesados................................................................................................... 2.4 Integração dos Dados...................................................................................................... 16 16 17 17 18 18 21 Capítulo 3 – Geologia Regional 3.1 Introdução....................................................................................................................... 22 3.2 Domínio Ceará Central................................................................................................... 23 3.3 Faixa Orós-Jaguaribe...................................................................................................... 25 3.4 Bacia do Araripe............................................................................................................. 26 3.4.1 Litoestratigrafia..................................................................................................... 29 3.4.1.1 Formação Cariri........................................................................................ 29 3.4.1.2 Grupo Vale do Cariri................................................................................ 29 Formação Brejo Santo.............................................................................. 29 Formação Missão Velha........................................................................... 30 Formação Abaiara..................................................................................... 30 3.4.1.3 Grupo Araripe........................................................................................... 30 Formação Rio da Batateira....................................................................... 30 Formação Santana..................................................................................... 31 Formação Ararajara.................................................................................. 31 Formação Exu........................................................................................... 32 3.4.2 Contexto Tectono-Estratigráfico........................................................................... 32 3.5 Bacia Potiguar................................................................................................................. 34 3.5.1 Arcabouço Estrutural............................................................................................. 36 3.5.2 Evolução Tectono-Sedimentar.............................................................................. 36 3.5.3 Litoestratigrafia da Bacia Potiguar........................................................................ 40 vi 3.5.3.1 Grupo Areia Branca.................................................................................. 40 3.5.3.2 Grupo Apodi............................................................................................. 41 3.5.3.3 Grupo Agulha............................................................................................ 41 3.5.3.4 Magmatismo Meso-Cenozóico................................................................. 42 Formação Rio Ceará-Mirim...................................................................... 42 Formação Serra do Cuó............................................................................ 42 Formação Macau...................................................................................... 42 Capítulo 4 – Aspectos Geomorfológicos 4.1 Introdução....................................................................................................................... 44 4.2 Unidades Geomorfológicas............................................................................................. 45 4.2.1 Planalto da Borborema.......................................................................................... 45 4.2.1.1 Encosta Oriental........................................................................................ 45 4.2.1.2 Encosta Ocidental..................................................................................... 46 4.2.1.3 Planalto Central......................................................................................... 46 4.2.2 Depressão Sertaneja............................................................................................... 46 4.2.3 Tabuleiros Costeiros.............................................................................................. 47 4.2.3.1 Tabuleiros................................................................................................. 47 4.2.3.2 Chapadas do Litoral Norte........................................................................ 47 4.2.4 Faixa Litorânea...................................................................................................... 48 4.5 Geomorfologia da Área................................................................................................... 49 Capítulo 5 – Minerais Pesados 5.1 Introdução....................................................................................................................... 5.2 Estado da Arte................................................................................................................. 5.3 Caracterização de Minerais Pesados no Rio Jaguaribe................................................... 5.4 Processos Atuantes.......................................................................................................... 5.5 Proveniência.................................................................................................................... 5.6 Comparação entre a Assembléia de MP do Rios Jaguaribe/CE e Piranhas-Açu/RN..... 52 53 57 61 64 67 Capítulo 6 – Considerações Finais e Sugestões......................................... 71 Referências Bibliográficas........................................................................ 73 Lista de Figuras Capítulo 1 - Introdução Figura 1.1 – Mapa de Localização da Área e de Vias de Acesso............................................... 10 Figura 1.2 – Mapa Fitoclimático................................................................................................ 13 Figura 1.3 – Principais bacias hidrográficas do Ceará enfatizando a do Rio Jaguaribe............. 15 Capítulo 2 – Materiais e Métodos Figura 2.1 – Procedimento de separação de minerais pesados através de líquido denso........... 19 Figura 2.2 – Procedimento de confecção das lâminas................................................................ 20 Figura 2.3 – Fluxograma dos trabalhos realizados..................................................................... 21 Capítulo 3 – Geologia Regional Figura 3.1 – Província Borborema e principais domínios estruturais......................................... 23 Figura 3.2 – Mapa simplificado da Bacia do Araripe................................................................. 28 Figura 3.3 – Carta Estratigráfica da Bacia do Araripe............................................................... 34 vii Figura 3.4 – Mapa simplificado da Bacia do Potiguar............................................................... 35 Figura 3.5 – Distribuição da deformação na margem equat. atlântica durante o Albiano.......... 38 Figura 3.6 – Evolução da separação dos continentes Sul-Americano e Africano...................... 39 Figura 3.7– Carta estratigráfica da Bacia Potiguar.................................................................... 43 Capítulo 5 – Minerais Pesados Figura 5.1 – Fotomicrografia dos MP observados ao longo do Rio Jaguaribe........................... 60 Figura 5.2 – Assembléia de MP do Rio Jaguaribe e Açu e suas prováveis fontes..................... 70 Lista de Fotos Capítulo 1 – Introdução Foto 1.1 – Foz do Rio Jaguaribe, município de Fortim.............................................................. 11 Foto 1.2 – Nascente do Rio Jaguaribe, município de Tauá........................................................ 11 Capítulo 2 – Materiais e Métodos Foto 2.1 – Coleta de amostras utilizando barco-motor e draga pontual..................................... Foto 2.2 – Detalhe da draga utilizada para coleta de amostras na região da foz........................ Foto 2.3 – Coleta de amostra na foz do Rio Jaguaribe (Fortim)................................................. Foto 2.4 – Coleta de amostra na nascente do Rio Jaguaribe (Tauá)........................................... Foto 2.5 – Peneiramento a úmido............................................................................................... Foto 2.6 – Peneiramento a seco.................................................................................................. Foto 2.7 – Separação de Minerais Pesados................................................................................. Foto 2.8 – Descrição petrográfica utilizando microscópio polarizante...................................... Foto 2.9 – Contagem de pontos.................................................................................................. 17 17 17 17 18 18 19 20 20 Capítulo 4 – Geomorfologia Foto 4.1 – Serra de Arneiroz, Arneiroz –CE.............................................................................. Foto 4.2 – Serra dos Bastiões, Jaguaribara – CE........................................................................ Foto 4.3 – Escarpa da Chapada do Apodi, Limoeiro do Norte – CE......................................... Foto 4.4 – Afloramento da Formação Açu as margens do Rio Jaguaribe, Russas – CE............ Foto 4.5 – Afloramento da Fm Barreiras as margens do Rio Jaguaribe, Fortim – CE............... Foto 4.6 – Campos de dunas móveis e fixas, Fortim – CE......................................................... Foto 4.7 – Manguezais as margens do Rio Jaguaribe (Foz), Fortim – CE................................. 49 49 50 50 51 51 51 Lista de Gráficos Capítulo 5 – Minerais Pesados Gráfico 5.1 – Distribuição dos minerais pesados ao longo do Rio Jaguaribe............................ Gráfico 5.2 – Índice de decomposição seletiva ZTR/H - Rio Jaguaribe.................................... Gráfico 5.3 – Índice de fracionamento pela forma E/HT - Rio Jaguaribe................................ Gráfico 5.4 – Índice de fracionamento hidráulico O/NO - Rio Jaguaribe................................ Gráfico 5.5 – Distribuição dos minerais pesados ao longo do Rio Piranhas-Açu/RN............... Gráfico 5.6 – Índice de decomposição seletiva ZTR/H - Rio Piranhas-Açu/RN....................... Gráfico 5.7 – Índice de fracionamento hidráulico O/NO - Rio Piranhas-Açu/RN.................... Gráfico 5.8 – Índice de fracionamento pela forma E/HT - Rio Piranhas-Açu/RN.................... 58 62 63 64 68 68 69 69 viii Anexos Anexo 1 – Coordenadas dos pontos de coleta de amostra Anexo 2 – Ficha de Análise Granulométrica Axeno 3 – Ficha de Descrição Petrográfica de Minerais Pesados Anexo 4 – Mapa Geológico do Estado do Ceará E.R.H, Figueiredo – 2004 9 CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação e Objetivos Este trabalho representa a integração e interpretação dos dados obtidos em trabalhos de campo, realizados no Estado do Ceará mais especificamente ao longo do Rio Jaguaribe, representando a monografia de término de curso. Constitui-se na fase final da disciplina, GEO-0345 – Relatório de Graduação, do Curso de Bacharelado em Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), portanto, possibilitando ao autor o diploma de Bacharel em Geologia. Para a realização deste trabalho, foi possível contar com o apoio do Departamento de Geologia/UFRN na parte técnica-científica, assim como na infra-estrutura de laboratórios; todo o suporte financeiro necessário foi fornecido pelo Projeto de Encomenda PETROBRAS, intitulado Distribuição dos sedimentos cenozóicos nas Bacias PernambucoParaíba, Potiguar e Ceará como Função da Epirogênia Cenozóica da Província BorboremaCRONOBORO (FINEP/ PETROBRAS). O presente trabalho teve como principal objetivo a realização de estudos de distribuição e proveniência de associações de minerais pesados ao longo do Rio Jaguaribe. Neste estudo foram levados em consideração os aspectos fisiográficos e climáticos da área fonte, bem como os processos envolvidos durante o transporte e regime hidráulico, que pudessem interferir na assembléia de minerais pesados observadas, buscando: (i) caracterizar e identificar a distribuição espacial das associações de minerais pesados ao longo do Rio Jaguaribe/CE; (ii) compreender o papel do intemperismo, transporte, condições hidráulicas e diagênese, que poderiam estar envolvidos na geração das assembléias de minerais pesados, para tentar isolar os efeitos provenientes da fonte daqueles dos processos de sedimentação, através das razões de minerais pesados, que são comparativamente imunes a alterações durante os ciclos sedimentares; (iii) correlacionar as províncias identificadas com as respectivas áreas fontes; e (iv) comparar a assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe com o Rio Piranhas-Açu, com intuito de se conhecer regionalmente a distribuição e ocorrência de minerais pesados. 1.2 Localização e Vias de Acesso A área em estudo localiza-se na porção setentrional do nordeste do Brasil (Figura 1.1), mais exatamente no Estado do Ceará, com enfoque à bacia do Rio Jaguaribe. As principais vias de acesso são estradas de pavimentos fixos com capeamento asfáltico. Dentre essas se Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 1 E.R.H, Figueiredo – 2004 10 destaca a BR-304, que liga Natal a Fortaleza cortando principalmente a porção norte da bacia e ainda a BR-116. que vai desde a porção norte do Ceará, Fortim (Foto 1.1) até a sul nas proximidades da cidade de Icó, sempre margeando o Rio Jaguaribe. Já nas proximidades da cidade de Orós foram utilizadas as rodovias estaduais CE-153 e CE-284 que serviram de acesso aos municípios de Iguatu e Saboeiro, respectivamente. Como acesso a cidade de Tauá, (Foto 1.2) foram utilizadas estradas carroçáveis e a BR-020. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 1 E.R.H, Figueiredo – 2004 Foto 1.1 – Foz do Rio Jaguaribe, município de Fortim. (Foto: Vital, 06/2002). 11 Foto 1.2 – Nascente do Rio Jaguaribe, município de Tauá. (Foto: Vital, 06/2002). 1.3 Aspectos Fisiográficos 1.3.1 Clima A área em estudo encontra-se inteiramente situada na região fisiográfica do sertão nordestino e de acordo com a classificação de Köppen (1948), o clima pode ser classificado como BSw’h’, semi-árido, com duas estações distintas, uma chuvosa (Janeiro a Março) e outra seca (Abril a Dezembro). Os valores médios anuais de precipitação variam de 600 mm a 1.300 mm. No início do período chuvoso as precipitações são esporádicas, de curta duração, baixas taxas pluviométricas e quase sempre tempestuosas. As máximas pluviométricas podem prolongarse até meados de maio, quando então a correnteza dos principais rios atinge grandes vazões. Nas porções mais baixas, como o caso da região de Iguatu e Arneiroz a média anual é de 788 mm e 609 mm respectivamente, enquanto nas partes mais altas como Catarina e os cordões de serras ao sul da área estudada, a média atinge valores superiores a 1000 mm (Campos et al., 1979). As máximas termais diurnas ocorrem no período de setembro a dezembro com uma média de 34ºC nos terrenos baixos, e 27ºC para as zonas mais serranas. As mínimas ocorrem de junho até agosto, com uma média de 22ºC para as partes baixas e 19ºC para as partes elevadas. O rigor do clima, na faixa ribeirinha do Jaguaribe, é atenuado pela penetração de massa de ar úmido, conhecida como “aracati”, que se desloca do mar para o interior, ao longo da calha do rio. Essa influência, entretanto, diminui com o afastamento da costa em decorrência da redução progressiva da umidade, (Campos et al., 1979). 1.3.2 Vegetação A cobertura vegetal da área mapeada, como em todo sertão semi-árido, é heterogênea e adaptada a um conjunto de condições desfavoráveis do meio físico. Suas variações dizem Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 1 E.R.H, Figueiredo – 2004 12 respeito ao porte e densidade, isto, de acordo com as condições climáticas locais. A caatinga, vegetação típica da região sobrevive como que em equilíbrio quase crítico com o ambiente mesológico. O solo via de regra é pobre, pouco espesso e quase sempre com algum pedregulho, com baixos índices de permo-porosidade, e intensamente lixiviado durante as enxurradas. A evaporação consome em pouco tempo as águas infiltradas e o solo fica ressecado durante todo o período seco, (Salgado et al 1981). A caatinga apresenta-se composta essencialmente de formações arbustivas e herbáceas, com grande número de cactáceas e remanescentes arbóreos. Os arbustos e árvores são de modo geral baixos, multigalhados e de folhas miúdas muitas vezes transformadas em espinhos como forma extrema de proteção. A distribuição da vegetação modifica-se um pouco em função do relevo de cotas altas, onde a influência do meio físico é mais atenuada, dando condições mais favoráveis à sobrevivência vegetal. A insolação nestes locais é menos causticante e a umidade relativa do ar não sofre variações tão acentuadas nas duas estações, como nas áreas arrasadas, resultando uma fito-fisionomia mais constante durante todo o ano. Portanto a variação da intensidade do período seco é o fator climático preponderante nos processos ecológicos da atual cobertura vegetal, refletindo na sua fito-fisionomia e no comportamento das espécies que a compõem. É neste ambiente que a caatinga predomina sendo constituída basicamente pelos gêneros Aspidosderma (Pereiro), mimosa (Jurema), Cróton (Marmeleiro), Cobretum (Mofumbo), Cereus (Mandacaru), etc. (Salgado et al 1981). 1.3.3 Fitoclimas Neste trabalho optou-se pela utilização do estudo bioclimático realizado pela divisão de vegetação do projeto RADAMBRASIL, que foi baseado nos conceitos de Bagnouls & Gaussen (1963). Este estudo permitiu o estabelecimento de um modelo para fitoclima, com base na interpretação da relação entre o clima e a vegetação. Em outras palavras seria como se fosse uma resposta fisiológica dada pela vegetação ao número teórico de dias com deficiência hídrica, em relação à temperatura. Esta classificação permitiu mostrar pontos críticos da vida vegetal no contexto regional da área em estudo e inserir os limites teóricos das regiões fitoecológicas para o espaço geográfico em questão, tendo sido identificado os seguintes fitoclimas: superúmido, úmido, subúmido, semi-árido e árido (Figura 1.2). Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 1 E.R.H, Figueiredo – 2004 13 Figura 1.2 - Mapa Fitoclimático, modificado de Salgado et al., 1981. 1.3.4 Solos Os solos existentes na região podem ser colocados em três grandes grupos gerais, segundo Souza et al. (1981): lateríticos, semiáridos (solonchak) e azonais (aluviais ou em formação). Nas regiões de superfícies baixas, correspondentes aos vales dos principais rios, os solos existentes são do tipo azonal; e localmente arenosos e/ou argilosos. Os leitos e terraços aluviais dos rios são comumente arenosos e pedregosos, isentos de matéria orgânica. Nos interflúvios da drenagem o solo é praticamente inexistente, predominando litossolos pedregosos, apresentando não raro manchas silicosas e com uma película mínima de matéria orgânica. São solos característicos e predominantes da região semi-árida nordestina. Os solos zonais, de características lateríticas, aparecem nas superfícies mais elevadas, adaptados ao clima mais úmido e quente. Nestas regiões os solos são ainda pouco espessos, Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 1 E.R.H, Figueiredo – 2004 14 mas formam uma capa relativamente contínua, só interrompida por projeções de “serras graníticas”. Em alguns locais mostra características argilosas, (Souza et al. 1981). Os solos estão mais relacionados à litologia e ao relevo do que propriamente às diferenças climáticas pouco acentuadas. Na região das chapadas, os solos são essencialmente arenosos, permeáveis, provenientes da decomposição e transporte das rochas sedimentares subjacentes, como por exemplo na chapada do Apodi. Nas áreas de ocorrência de sedimentos argilosos, por exemplo a Bacia de Iguatu, bem como sobre rochas básicas e ultrabásicas, o solo apresenta-se escuro, altamente argiloso (massapé). Sobre micaxistos e filitos apresenta-se também argiloso, de coloração vermelha, contaminado por óxidos de ferro. Comumente observa-se níveis de cascalho, derivada da desagregação de veios de quartzo e de pegmatitos. Os solos desenvolvidos sobre rochas gnáissicas, graníticas e migmatíticas, apresentam tonalidades claras e são basicamente arenosos e/ou areno argilosos, (Souza et al. 1981). 1.3.5 Hidrografia A Bacia do Rio Jaguaribe corta toda a porção leste e parte da porção centro-sul do Estado do Ceará, ocupando uma área de cerca de 74.600 km2. O padrão de drenagem da bacia é o dentrítico sendo este bastante denso, devido à elevada impermeabilidade dos terrenos cristalinos que cobrem maior parte da área em estudo. Entretanto, na foz e proximidades é observado o padrão anastomótico e, no alto curso do Rio Banabuiú (afluente da margem esquerda), o padrão subdentrítico. O padrão de drenagem paralelo e o subparalelo ocorrem em boa parte do alto curso, assim como o padrão retangular. Os rios tributários apresentam cursos pequenos e um regime irregular, com suas nascentes localizadas em áreas de dominância semi-árida, onde existe uma percentagem de evaporação muito forte. São oriundos essencialmente de águas pluviais que deslizam sobre a superfície do terreno e concentram-se sobre as linhas mais baixas dos vales, com pouca influência das águas de infiltração e das fontes. Os tributários de segunda e terceira ordens exibem, não raro, modelos retangulares de drenagem, seguindo as linhas de fraturas, notadamente nas áreas de estruturas falhadas. Nos locais onde afloram rochas de textura homogênea, como granitóides, predomina o modelo dentrítico com uma ramificação menos densa. O curso do próprio rio Jaguaribe é um exemplo notável desse condicionamento estrutural. No conjunto, é uma drenagem conseqüente comandada pelos elementos tectônicos. O rio Jaguaribe mostra desvio de 90º no seu curso, logo depois da barragem do Orós, acompanhando uma zona de falha na direção NE-SW, (Campos et al., 1979). Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 1 E.R.H, Figueiredo – 2004 15 O vale em “V” traduz bem a topografia adjacente e o caráter torrencial durante as enchentes. Ao penetrar na bacia de Iguatu a capacidade de carga da correnteza cai sensivelmente e o rio começa a meandrar, embora incipientemente, ensejando um aluvionamento mais conspícuo. O talvegue do rio Jaguaribe é geralmente suave e sua declividade média é a menor de todos os rios cearenses. O seu perfil, representado por uma série de declividades decrescentes, possui caimento mais acentuado nas regiões em que seu leito torna-se estreito, formando gargantas, como em Orós e Arneiroz, (Campos et al., 1979). A sua bacia possui uma forma bastante irregular, apresentando nos altos e médios cursos uma largura de até 220 km enquanto que no baixo curso passa a ter uma largura de 80 km, que vai diminuindo de forma gradativa até o mar, onde atinge os 40 km de largura. O marco indicativo do km “Zero” do Rio Jaguaribe localiza-se a aproximadamente 4 km do município de Tauá, mais exatamente no encontro dos rios Carrapateira e Truçu (Foto 1.2). Os principais afluentes do Jaguaribe são os rios Palhano e Banabuiú na margem esquerda, e os rios Salgado, Bastiões, Conceição e Jucá na margem direita. As áreas de acumulação de água mais importantes constituem-se nos açudes de Orós, Banabuiú, Castanhão e Cedro, (Figura 1.3). Figura 1.3 – Principais redes hidrográficas do Ceará enfatizando a Bacia Hidrografia do Rio Jaguaribe, (Modificado do Atlas Digital de Geologia – CPRM, 2003). Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 1 E.R.H, Figueiredo – 2004 16 CAPÍTULO 2 - MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Etapa Pré-Campo Esta etapa constou da revisão bibliográfica e análise crítica sobre os aspectos geológicos e geomorfológicos disponíveis sobre o Estado do Rio Grande do Norte e Ceará. O principal direcionamento foi dado à Bacia Potiguar, Bacia do Araripe, coberturas interiores da região, embasamento cristalino e aos aspectos tectono-metamórficos correlatos. Em especial foram analisados os aspectos diretamente relacionados à bacia hidrográfica do Rio Jaguaribe. Consulta a bibliografia especializada sobre estudos de proveniência e caracterização de minerais pesados auxiliou e serviu de subsídio para o reconhecimento e interpretação das assembléias. Cartas topográficas da SUDENE na escala 1:100.000, fotografias aéreas convencionais do ano de 1987 na escala 1: 70.000, imagens de satélite (LANDSAT de 2000), foram analisadas com auxílio de softwares de processamento digital de imagens (ER-Mapper 5.2), com o objetivo de selecionar pontos representativos para a coleta de sedimentos ao longo das principais drenagens. Estas ferramentas serviram também de auxílio na confecção do mapa de drenagem e vias de acesso assim como o reconhecimento das principais feições geomorfológicas. 2.2 Etapa de Campo Os trabalhos de campo foram desenvolvidos ao longo de todo o Rio Jaguaribe, desde a região da foz (Fortim) até a nascente (Tauá). Nesta etapa foram visitados 16 alvos préselecionados na etapa anterior. Estes alvos foram distribuídos de forma a abranger as diferentes litologias que poderiam contribuir com sedimentos, levando-se sempre em consideração a influência dos principais afluentes. Para a coleta de algumas amostras na região da foz do Rio Jaguaribe (Fortim) foi utilizado um barco-motor e uma draga pontual (2 a 3 kg por amostra, foto 2.1 e foto 2.2). Para as demais amostras foram utilizados os procedimentos rotineiros de coleta de sedimentos, fotos 2.3 e 2.4. Em locais onde havia a presença de barragens foram coletadas duas amostras, uma antes e outra logo após a barragem, de forma a tentar reconhecer o efeito das mesmas sobre as assembléias. Para localização e auxílio no controle de pontos de coleta de dados foram utilizados mapas rodoviários, topográficos e geológicos, assim como um posicionador por satélite do tipo GPS (Global Positioning System) da marca Garmim. Os anexos 1 e 4 exibem as coordenadas e os respectivos pontos pontos de coleta de amostras. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 2 E.R.H, Figueiredo – 2004 17 Foto 2.1 – Coleta de amostra utilizando barco-motor e draga pontual. (Foto:Vital, 06/2002). Foto 2.2 – Detalhe da draga utilizada para coleta de amostra na região da foz. (Foto:Herrera, 07/2003). Foto 2.3 – Coleta de amostra na foz do Rio Jaguaribe, Fortim, (Foto:Vital, 06/2002). Foto 2.4 – Coleta de amostra na nascente do Rio Jaguaribe, Tauá, (Foto:Vital, 06/2002). 2.3 Etapa Pós-Campo 2.3.1 Preparação das Amostras As amostras coletadas passaram por tratamentos diversos, de acordo com o tipo (sedimento ou sedimento semi-consolidado). Os sedimentos (areias e lamas) passaram por uma secagem prévia visando a eliminação da umidade da amostra; os sedimentos semiconsolidados (terraços fluviais) passaram por uma retirada manual prévia, dos seixos, utilizando-se para análise apenas a matriz. Em seguida as amostras de sedimentos foram quarteadas, retirando-se uma parte para arquivo (250g) e outra para análises granulométricas, quantificação do teor de carbonato de cálcio (ataque com HCl) e do teor de matéria orgânica (ataque com H2O2). Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 2 E.R.H, Figueiredo – 2004 18 2.3.2 Peneiramento Em laboratório foram realizados estudos sedimentológicos tradicionais para caracterização do sedimento. Antes de se iniciar o peneiramento a seco, as partículas finas (silte/argila) foram removidas através do peneiramento a úmido (foto 2.5), utilizando-se uma peneira com abertura de 0,0625 e 2mm. Após a secagem a fração areia foi peneirada à intervalos de ½ em ½ phi (foto 2.6), entretanto, apenas a fração areia muito fina (0,125 a 0,062 mm) foi utilizada para análise de minerais pesados. Esta fração foi utilizada por ser a que apresentou maior quantidade e diversidade de minerais pesados. Além disso, a escolha desse intervalo possibilitou a comparação de resultados com outros trabalhos que utilizaram metodologias similares e mesmo intervalo granulométrico como por exemplo os trabalhos de Sousa (1998), Silva (1999), Figueiredo et al. 2004a e 2004b. O anexo 2 consiste num exemplo de ficha de análise granulométrica que foi utilizada para padronização e interpretação dos dados referentes ao peneiramento. Foto 2.5 – Peneiramento a úmido utilizando as peneiras de 0,062 e 2mm. (Foto: Moreno, 06/2003). Foto 2.6 – Peneiramento a seco, através do vibrador mecânico. (Foto: Moreno, 06/2003). 2.3.3 Minerais pesados Na etapa seguinte os minerais pesados foram separados por gravidade, utilizando-se como líquido denso o bromofórmio (foto 2.7). Ao todo foram confeccionadas 31 lâminas correspondentes a 31 amostras coletadas. Foi utilizado como líquido de aderência o balsamo do Canadá, cujo índice de refração (n) é igual a 1,54. Na figura 2.1 é possível observar o esquema do procedimento utilizado para separação de minerais pesados através de líquido denso (Bromofórmio – CHBr3). Inicialmente a fração areia muito fina é colocada no líquido denso que se encontra no funil “1”. A porção mineral com densidade superior ao do bromofórmio (minerais pesados) afundará, enquanto a menos densa (minerais leves) ficará suspensa. Os minerais pesados são liberados através da torneira do funil 1 e são retidos em um filtro de papel colocado no funil 2. O bromofórmio passa pelo filtro e fica retido no recipiente colocado abaixo do funil 2, podendo ser reaproveitado. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 2 E.R.H, Figueiredo – 2004 19 Foto 2.7 – Separação de minerais pesados realizada na capela devido a grande volatilidade e toxicidade do Bromofórmio. (Foto: Domenech, 09/2003). Figura 2.1 – Procedimento de separação de minerais pesados através de líquido denso. A porção de minerais pesados retida no filtro foi submetida a sucessivas lavagens para retirada de resíduos de bromofórmio, para só então seguir para a secagem. O procedimento para confecção das lâminas envolveu a utilização de lâminas e lamínulas convencionais e como líquido aderente o bálsamo do Canadá, como pode ser observado na figura 2.2. O peso máximo de amostra para cada lâmina foi de até 6g. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 2 E.R.H, Figueiredo – 2004 20 Figura 2.2 – Procedimento de confecção das lâminas. A) Lâmina convencional. B) Lâmina com balsamo do Canadá. C) Lâmina com balsamo e minerais pesados. D) Lâmina com lamínula. E) Lâmina confeccionada Por último foram efetuadas a análise mineralógica em cada uma das seções delgadas em microscópio polarizante, seguida pela contagem de grãos, (foto 2.8 e foto 2.9). Foram observadas feições diagnósticas características tais como: forma, cor, pleocroísmo, clivagem, inclusões, alteração, zoneamento, etc. Foram contados um mínimo de 300 grãos transparentes por lâmina através do método de contagem em faixa, que corresponde à seleção de bandas na lâmina, que fornece resultados independentes do tamanho do grão, e em números de freqüência. Com o intuito de auxiliar e padronizar os trabalhos de descrição mineralógica foi confeccionada ainda uma ficha de descrição (anexo 3) que poderá vir a ser empregada por trabalhos futuros que utilizem a mesma metodologia aqui aplicada, ou mesmo outras metodologias que tenham como enfoque o estudo de minerais pesados. Foto 2.8 – Descrição petrográfica utilizando microscópio polarizante, (Foto: Moreno, 06/2003). Relatório de Graduação - UFRN Foto 2.9 – Contagem de pontos, (Foto: Domenech, 06/2003). Capítulo - 2 E.R.H, Figueiredo – 2004 21 2.4 Integração dos Dados Nesta fase foram analisados e integrados todos os dados obtidos nas etapas anteriores. Para tanto foram utilizados diversos softwares para a tabulação e exibição gráfica. A integração dos dados permitiu a elaboração de gráficos de distribuição de minerais pesados ao longo do rio e de razões que permitiram avaliar os índices de fracionamento pela forma, fracionamento pela densidade e decomposição seletiva. Com a avaliação desses resultados foi possível ainda confeccionar um mapa indicando os setores característicos de cada assembléia e as possíveis áreas fontes desses sedimentos. A metodologia empregada foi resumida na figura 2.3, onde é possível observar todos os passos desde a pesquisa bibliográfica até o tratamento e interpretação dos dados. Figura 2.3 – Fluxograma dos trabalhos realizados. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 2 E.R.H, Figueiredo – 2004 22 CAPÍTULO 3 - GEOLOGIA REGIONAL 3.1 Introdução A província Borborema foi definida por Almeida et al. (1977) como uma entidade Brasiliana (Pan-Africana), situada entre os Crátons do São Francisco e de São Luiz; e segmentada, em várias faixas ou sistemas de dobramentos e maciços medianos delineando seus principais traços estruturais (Brito Neves, 1975), (Figura 3.1). Esta província geológica ocupa uma área de aproximadamente 500.000 km2 do Nordeste do Brasil, sendo dividida em três grandes domínios. Estes domínios são demarcados por duas grandes zonas de cisalhamento transcorrentes, de direção E-W denominadas de Lineamento Patos e Pernambuco. O setor central situado entre estes dois lineamentos é denominado de Zona Transversal. O setor a norte do Lineamento Patos, é denominado de Domínio Setentrional e o setor a sul do Lineamento Pernambuco, Domínio Meridional. Esses três grandes domínios foram ainda subdivididos em sete grandes faixas orogenéticas (Jardim de Sá, 1994): Faixa Noroeste do Ceará, Domínio Ceará Central, Faixa Orós-Jaguaribe e Faixa Seridó, compondo o Domínio Setentrional. Faixa Salgueiro-Cachoeirinha incluída no Domínio Transversal e por último as Faixas Riacho do Pontal e Sergipana compondo o domínio Meridional. Uma característica marcante da Província Borborema é a sua complexa estruturação, definida principalmente por zonas de cisalhamento com trends E-W (Patos e Pernambuco) e NE-SW (Portalegre, Picuí – João Câmara, Jaguaribe, Orós e Santa Mônica) que representam extensas zonas de mobilidade crustal, ativas principalmente durante o Ciclo Brasiliano, com comprimento variando entre dezenas a centenas de quilômetros e largura que podem chegar a 5 km (Jardim de Sá, 1994). Essas zonas de cisalhamento dúctil possuem cinemáticas transcorrentes ou transcorrentes-transpressivas e contracionais, em parte interpretadas como rampas laterais e frontais. Pela própria natureza deste trabalho, os aspectos geológicos serão abordados com um enfoque regional. Entretanto será priorizada a faixa Orós-Jaguaribe, o Domínio Ceará Central e a Bacia Potiguar além das coberturas cenozóicas, todas estas influenciando direta ou indiretamente a bacia hidrográfica do Rio Jaguaribe. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 23 Figura 3.1 – Província Borborema e principais domínios estruturais, modificado do Mapa Geológico do Brasil, CPRM – 2001. 3.2 Domínio Ceará Central Constitui-se num amplo setor relativamente complexo sendo delimitado com a Faixa Orós e pela Zona de cisalhamento Sobral-Pedro II. Litoestratigraficamente, segundo Cavalcante (1999), este domínio encerra uma associação quartzito-pelito-carbonato (QPC) Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 24 que ocorre emoldurado e, espacialmente, sobrepondo-se aos segmentos de cronologia arqueana-paleoproterozóica (≥ 2,0 Ga por exemplo: Terreno Cruzeta/Maciço Tróia), chegando a exibir seções com metamorfitos básico-ultrabásicos, (anexo 04). No geral independentemente da idade de sedimentação e magmatismo correlato, é freqüente admitir-se, para a associação QPC superior, a pré-existência de um amplo ambiente colisional iniciado no Paleoproterozóico (Cavalcante et al,. 1983; Caby & Arthaud, 1986), de assoalho continental, preenchido por seqüências transgressivas e regressivas com provável episódio de sedimentação evaporítica (Cavalcante, 1999). Mostram-se normalmente metamorfisados no fácies anfibolito alto a granulito, com importantes zonas migmatíticas, no Complexo Ceará. Com relação aos maciços gnáissicos-migmatíticos, o mais importante seria o de Tauá (Tróia) que encontra-se constituído, segundo Cavalcante (1999), por uma associação com características do tipo grauvaca-greenstone, metamorfisada no fácies anfibolito a eclogito. Segundo Oliveira & Cavalcante (1993), encontra-se estratigraficamente, constituído pelo Complexo Cruzeta (Unidade Tróia: seqüência metaplutono-vulcanossedimentar; Unidade Pedra Branca: ortognaisses cinzentos TTG) e Unidade Mombaça (gnaisses diversos e migmatitos, com lentes de metacalcários, anfibolitos, rochas calciossilicáticas e metaultramáficas), além de abundantes corpos de jazimentos estratiformes de metaleucogranitos (Unidade Cedro). Algumas rochas do Maciço Tróia se sotopõem à associações QPC do sistema de Dobramentos Rio Curu-Independência (SDRCI), como na região de Quixeramobim, onde verifica-se a existência de seções de litotipos metamáficos (cumulatus locais) e metassedimentares (Seqüência Algodões). A noroeste, o sistema de Dobramentos Rio Curu-Indepêndencia, limita-se com o maciço (Terreno) Santa Quitéria, caracterizado por uma associação plutônica de granitos e migmatitos meso-neoproterozóicos (Cavalcante et al., 1983), além de granitos cambrianos, com restos ou enclaves de ortognaisses granodioríticos, tonalíticos, em parte granitizados; anfibolitos, rochas calciossilicáticas, paragnaisses quartzosos, parcialmente ferríferos e granadíferos, com indicadores das fácies metamórficas anfibolito e granulito, lentes eclogíticas anfibolitizadas ricas e grandes cristais de granada. Exibem seções que admitem a existência de arco magmático continental. Na porção meridional, Região de Cococi, encontram-se sedimentos “molássicos”, destacando-se o Grupo Rio Jucá representado por conglomerados, arcóseos, arenitos diversos, folhelhos, argilitos, ardoseas, siltitos e brechas. Ainda destacam-se as supracrustais de alto grau representadas por quartzitos feldspáticos e muscovíticos, biotita gnaisses, sillimanitaRelatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 25 biotita xistos, mármores e calciossilicáticas (Seqüência Feiticeiro). Ademais Jardim de Sá & Fowler (1981) assinalam, para a mesma região, a existência de supracrustais de baixo grau (supracrustais Fazenda Nova) de provável idade neoproterozóica (Cavalcante, 1999) constituídas por ardósias, metagrauvacas, metassiltitos, filitos e meta-arcóseos. 3.3 Faixa Orós-Jaguaribe Constituído por estreitas e contínuas faixas de supracrustais separadas por blocos gnáissicos-migmatíticos, de dimensões variadas, destacando-se os blocos Banabuiú, Jaguaretama e Iracema (Cavalcante et al., 1983), com algumas intercalações de micaxistos, rochas calciossilicáticas, anfibolitos, quartzitos e mármores, encaixando granitóides neoproterozóicos-cambrianos de dimensões variadas (complexos granitóides Pereiro, Senador Pompeu, Saboeiro, Mel, São Paulo e Catarina). Esses granitóides são arranjados, geralmente, segundo suítes magmáticas de cedo, sin, tardi a pós-tectônicas, com idades distribuídas entre 800 e 500 Ma (anexo 04). As rochas do embasamento, que ocorrem separando as faixas orogenéticas Orós e Jaguaribe, são correlacionadas lito-estratigraficamente ao complexo gnáissico-migmatítico denominado de Complexo Caicó. Esta unidade foi originalmente definida por Meunier (1964) como uma seqüência de gnaisses e migmatitos com intercalações de metarcósios, que encerra uma grande variedade litológica (supracitada), de elevado grau metamórfico, onde predominam as associações do domínio do fácies anfibolito e granulito. Parente & Arthaud (1995) interpretam o referido complexo como o embasamento da Faixa Orós e Jaguaribe, e não como produto de uma tectônica acrescionária ao longo de zonas de cisalhamento dúctil. Sá et al. (1988) obtiveram uma isócrona Rb-Sr que indicou idade em torno de 2,6 Ga para os ortognaisses pertencentes a esta unidade. Associados ocorrem ainda ortognaisses tonalíticos e granodioríticos, geralmente bandados e parcialmente migmatizados, e metassedimentos (principalmente pelíticos, com biotita-granada-sillimanita), com raras ocorrências de quartzitos e calciossilicáticas. As Faixas Orós e Jaguaribe são, no geral, constituídas por seqüências metavulcânicas, metassedimentos e rochas intrusivas dispostas em faixas contínuas de direção NNE, que próximo às cidades de Icó e Iguatu assumem direção ENE. A Faixa Orós (anexo 04) especificamente é composta por metassedimentos, metavulcânicas e metaplutônicas. Os metassedimentos são na sua maioria, pelíticos formados por xistos aluminosos com intercalações de quartzitos, mármores e calciossilicáticas. A seqüência metavulcânica é representada por rochas ácidas (dacitos, riodacitos, riolitos e tufos) e em menor proporção, por metavulcânicas básicas (metabasaltos e metandesitos). Os dados geocronológicos de Sá Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 26 et. al. (1988) indicam uma idade de 1,8 Ga para os litotipos da seqüência metavulcânica. Um conjunto metaplutônico recorta a seqüência vulcanossedimentar, sendo composto por vários tipos de ortognaisses, com composição variando de granítica a granodiorítica. São encontrados granitos porfiríticos (augen gnaisse de 1,673 ± 23 Ma, Sá 1991). Segundo Sá 1991 e Sá et al. 1994 e 1995, as vulcânicas máficas exibem assinaturas de basaltos tipo EMORB. Por sua vez, os meta-andesitos basálticos, do ramo sudoeste entre Antonina do Norte e Campos Sales – sudoeste do Estado do Ceará são de baixo potássio, plotando no campo dos magmatitos de ambiência intraplaca (Souza, 1993b). Já a Faixa Jaguaribe (anexo 04) é composta por uma associação vulcano-plutônica e subordinadamente, por metassedimentos, principalmente xistos e quartzitos. Os quartzitos são finos e puros ou muscovíticos, enquanto os xistos são ricos em muscovita, biotita e granada. As rochas plutônicas são compostas por augen-gnaisses e corpos dioríticos que ocorrem como diques intrusivos nos gnaisses. As rochas vulcânicas estão representadas por lavas e piroclásticas ácidas de composição dominantemente riolítica, (Campelo, 1999). Para a tipologia geoquímica dos metamigmatitos dessa faixa, Figueiredo Filho (1994) chegou a resultados similares aos reconhecidos por Sá (1991), mas assinalando uma grande complexidade quando do tratamento conjunto das metavulcânicas básicas da Faixa Jaguaribe com a Faixa Orós, com posicionamentos tanto no campo intraplaca como no orogênico. Para Sá et al. (1997), aqui também, os augen gnaisses admitem assinatura geoquímica de granitos intraplacas. A cronologia absoluta das rochas da Faixa Jaguaribe, a partir dos augen gnaisses e metariolitos, pelos métodos U-Pb e Rb-Sr (Figueiredo Filho, 1994 e Sá et al, 1997), situa-se entre 1,7 Ga e 1,8 Ga, numa média de 1,75 Ga. 3.4 Bacia do Araripe A Bacia do Araripe é a mais extensa das bacias interiores do Nordeste do Brasil (figura 3.2). Sua área de ocorrência não se limite à Chapada do Araripe, estendendo-se também pelo Vale do Cariri, num total de aproximadamente 9000 km2, ocupando a porção sul do Ceará e parte da porção noroeste do estado de Pernambuco (Assine, 1992). Inicialmente a Bacia do Araripe foi descrita por Small (1913), onde este propôs uma coluna estratigráfica, denominada, da base para o topo: Arenito Conglomerático; Arenito Inferior; Calcário de Santana e Arenito Superior. Moraes (1963) separaram a estratigrafia em: Formação Cariri (arenito conglomerático), Formação Missão Velha (arenito, siltito e folhelho, com troncos silicificados), Formação Santana: Membro Inferior (calcário e marga com peixes fósseis e gipsita) e Membro Superior (calcário laminado com gipsita) e Formação Arajara (arenito com Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 27 siltito na base). Beurlen (1963), chamou de Formação Crato o Membro Inferior, de Formação Santana o Membro Superior e de Formação Exu a Formação Arajara. Ponte & Appi (1990), dividiram a coluna estratigráfica em três seções distintas, limitadas por discordâncias angulares de extensão regional. Onde na base da coluna encontra-se a Formação Cariri (Maurití), com remanescentes de uma vasta cobertura de sedimentos terrígenos paleozóicos, repousando sobre o embasamento cristalino e limitada no topo por uma discordância regional, (figura 3.3). O Grupo Vale do Cariri engloba os registros da primeira fase de sedimentação contínua na bacia, incluindo três formações: Brejo Santo, Missão Velha e Abaiara. O Grupo é limitado na base pela discordância pré-Malm e no topo pela discordância pré-Aptiana. Esse grupo está correlacionado com as unidades das sequências Pré-Rift e Rift. O Grupo Araripe teve uma sedimentação meso-cretácea que ultrapassou muito os limites do rift neocomiano. Engloba quatro formações: Rio da Batateira, Santana, Arajara e Exu. Com relação aos sedimentos cenozóicos, Ponte & Appi (1990), tratou-os como sendo de modo indiviso, onde são constituídos por depósitos de talus, bordejando o sopé das falésias das chapadas, e por aluviões fluviais, pavimentando o fundo dos vales principais. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 Relatório de Graduação - UFRN 28 Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 29 3.4.1. Litoestratigrafia 3.4.1.1 Formação Cariri Small, (1914) denominou a unidade sedimentar localizada na base da Chapada do Araripe de Conglomerado basal. O termo Cariri veio ser adotado um pouco mais tarde, em 1962, por Beurlen. Em 1963 Anjos a denominou de Formação Mauriti, a qual seria mais tarde, por Braun (1966), correlacionada com a Formação Tacaram da Bacia do Jatobá. Segundo Beurlen (1962), na região de Juazeiro do Norte (CE), o conglomerado é bastante friável, no entanto, ao norte de Missão Velha (CE) esta mesma unidade mostra-se em grande parte silicificada. Beurlen (1963) concluiu que essa silicificação aconteceu após à deposição da Formação Cariri, e posteriormente à deposição da Formação Missão Velha, uma vez que a silicificação é restrita aos sedimentos da Formação Cariri. Ghignone et al., (1986), propõem para esta unidade uma representação através de quartzo-arenitos brancos, cinzas e amarelados, localmente manchados de verde, sendo feldspáticos e freqüentemente cauliníticos. Sob a forma de lentes inclusas nos corpos areníticos, ocorrem conglomerados finos. Estes arenitos e conglomerados mostram boas porosidades e permeabilidades, muito embora ocorram silicificações locais. A espessura é variável, chegando a atingir aproximadamente 100 m. Ponte & Appi, (1990) chamam esta formação de Mauriti, onde diz que esta formação repousa sobre o embasamento cristalino, ou seja, mantendo-a na base da coluna estratigráfica, sendo superposta discordantemente pela Formação Brejo Santo, de idade neojurássicas (?) e que por ser uma unidade afossilífera, sua idade neosiluriana a neodevoniana é apenas inferida. A Formação Cariri tem idade Siluro-Devoniana, composta por uma seqüência elástica continental, de regime fluvial, representado por um arenito grosso a conglomerático, esbranquiçado, imaturo, com estratificação cruzada irregular, e localmente friável ou silicificado. 3.4.1.2 Grupo Vale do Cariri Formação Brejo Santo Formação Brejo Santo foi o nome dado por Gaspary & Anjos (1964) e Caldasso (1967) à parte basal da Formação Missão Velha de Beurlen (1963). Braun, (1966) fez correlação desta formação com a Formação Aliança, datada do Jurássico Superior, localizada nas Bacias do Recôncavo, Tucano e Jatobá. Segundo Ponte & Appi (1990), a formação assenta-se em contato discordantemente sobre a Formação Carirí e é superposta, em contato concordante e transicional, pela Formação Missão Velha. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 30 Formação Missão Velha Small (1914, apud Silva, 1983) chamou de Arenito Inferior do Araripe os sedimentos que compõem a ampla baixada do Vale do Cariri, marcada pelas cidades do Crato, Barbalho, Missão Velha, Milagres e Mauriti (CE). Em 1963, Beurlen denominou de Formação Missão Velha todo o pacote sedimentar localizado imediatamente acima da Formação Cariri, e ainda destacou a presença de troncos de árvores fossilizados encontrados in situ Ghignone et al., (1986), correlacionaram esta formação com a Formação Sergi do Tucano, e afirmaram que seus sedimentos constituem-se de quartzo-arenitos, sedimentados em bancos espessos, com estratificações cruzadas, expondo deformação por fluidização, contendo troncos silicificados. Ponte & Appi (1990) mantiveram a designação de Formação Missão Velha, com abrangência estratigráfica restrita à Formação Sergi batizada por Braun, (1966). Definiram ainda que esta formação repousa em contato normal e gradacional, sobre a Formação Brejo Santo, sendo superposta da mesma forma pela Formação Abaiara. Formação Abaiara O termo Formação Abaiara, foi proposto por Ponte & Appi (1990), para designar a unidade superior do Grupo Vale do Cariri, constituída por intercalações bem estratificadas de arenitos finos, argilosos, micáceos, friáveis, laminados; siltitos e folhelhos. O conteúdo paleontológico inclui ostracóides de biozonas indicativas dos andares Rio Serra/Aratú (Neocomiano). A litologia e o conteúdo fossilífero desta formação são indicativos de sedimentação em ambientes lacustres raso e fluvial. O contato inferior com a Formação Missão Velha é normal e gradacional, enquanto que o contato superior com a Formação Rio da Batateira ou Formação Santana é discordante de idade pré-aptiana. 3.4.1.3 Grupo Araripe Formação Rio da Batateira Ponte & Appi (1990) incluem esta formação propondo nomear a seção terrígena de idade meso-cretácea (Alagoas Superior) que aflora nos barrancos do Rio Batedeira. Essa formação inicia-se com arenitos médios e grossos, mal selecionados, com estratificações cruzadas, exibindo clastos alóctones de argilito vermelho e crosta ferruginosa. Apresentam intercalações de arenitos médios a finos, e siltitos argilosos bem selecionados e com estratificações cruzadas de grande porte. Gradativamente passam a dominar camadas argilosas, siltitos e folhelhos, indicando uma granodecrescência ascendente, culminando em folhelhos verde-oliva e negros. Acima destes folhelhos, Ponte & Appi (1990) descrevem Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 31 ainda um novo ciclo de granodecrescência ascendente, iniciando-se por conglomerados e bancos espessos de arenitos médios gradando rapidamente até atingir novamente os folhelhos. Assim o sistema deposicional foi caracterizado por Ponte & Appi (1990), como flúviolacustre, onde os bancos de arenitos representam os depósitos de correntes fluviais de alta energia, os arenitos finos, siltitos e argilitos intercalados, constituem os depósitos de planícies. Um episódio de seca rápida teria exposto sub-aereamente as argilas lacustres marcando em seu registro gretas de ressecamento. Assim, pode-se dizer que a coluna completa desta formação é composta por dois ciclos flúvio-lacustre sucessivos, onde o primeiro ocorreu uma maior influência fluvial e o segundo de depósitos lacustres. Formação Santana Beurlen, (1971) destacou que a seqüência da Formação Santana se situa entre o arenito inferior (Missão Velha) e o arenito superior (Exú). Dividiu ainda a unidade em três membros, devido a sua diversificada litologia, são eles: Membro Crato: na base, constituído por calcários e siltitos laminados; Membro Ipubi: intermediário, com a gipsita e os calcários e as margas com concreções calcárias; Membro Romualdo: no topo, formado por argilas e siltitos, apresentando conchostráceos. Da base para o topo a seqüência inicia-se com um horizonte gipsífero, descontínuo e lenticular, sotoposto a uma seqüência de folhelhos, margas e siltitos, contendo ocasionalmente intercalações de arenito fino a grosseiro, esbranquiçado e amarelado, friável e raramente calcífero. Os calcários, micritos, finamente laminados com intercalações de calcarenitos, margas e siltitos denotam a influência marinha duradoura na área. Mostram-se ainda com níveis fossilíferos ricos, tanto de fósseis marinhos como não-marinhos, sendo interpretado então como um ambiente tipo estuarino com restrições impostas por barreiras físicas ou diferença de pressão no fluxo de correntes opostas. Formação Arajara Ponte & Appi (1990) propuseram a reabilitação do termo Formação Arajara, para designar a sequência de siltitos, argilitos e arenitos finos argilosos, bem estratificados exibindo estruturas sedimentares do tipo de marcas onduladas, laminações cruzadas e, eventualmente, estruturas de fluidização. O contato superior com a Formação Exu é uma discordância erosional. Os sedimentos Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 32 da Formação Arajara são indicativos de fácies lacustres-rasas, marginais, onde o afluxo de sedimentos terrígenos suplantava as taxas de subsidência, promovendo assim o assoreamento da bacia e o encerramento do segundo ciclo de deposição flúvio-lacustre, na Bacia do Araripe. Formação Exú Small (1914), apud Silva (1983), chamou de Arenito Superior os sedimentos que caracterizam o capeamento contínuo da própria chapada. Em 1963, Beurlen introduziu o termo Formação Exú. No geral, se mostra repousado sobre o complexo do embasamento, e representa a unidade que encerra a seqüência sedimentar da região do Araripe. Sua composição é caracterizada por arenitos amarelados e avermelhados, friáveis, argilosos, por vezes cauliníticos, apresentando estratificações cruzadas e plano paralelas. Esta seqüência elástica e espessa representa uma sedimentação essencialmente fluvial. 3.4.2 Contexto Tectono-Estratigráfico A origem da Bacia do Araripe correlaciona-se aos processos de rifteamento. Os movimentos observados ao longo dos lineamentos de Pernambuco e Paraíba são usados para explicar a teoria do complexo de rift-valley. Os referidos lineamentos são encontrados no continente em uma zona E-W e são caracterizados por rochas intensamente milonitizadas e também por conter rochas do embasamento que são deformadas por atividades tectônicas, o que resulta em um movimento de strike-slip com direções E-W e ENE-WSW. A Bacia do Araripe e outras bacias interioranas menores fazem parte da categoria de bacias tipo pull-apart. Os sedimentos jurássicos-cretácicos, da Bacia do Araripe também foram afetados pelo tectonismo e apresentam como resultado estruturas como falhas, dobras e soerguimento, esta deformação mostra uma distribuição preferencial em relação ao trend E-W do lineamento da Paraíba, Silva, (1983). A parte sudoeste da bacia mostra um padrão compressivo, englobando rochas do embasamento extensivamente dobradas apresentando trend SW-NE. A porção sudoeste apresenta um padrão compressivo menos expressivo; entretanto falhas horizontais e verticais são mais freqüentes. Ponte et al., (2001) definiu “tectono-sequência” como uma unidade estratigráfica de vasta distribuição geográfica, formadas por associações de sistemas deposicionais relacionados geneticamente e caracterizada por uma sucessão de estratos relativamente concordantes, identificável por suas características litológicas e resultante de sedimentação sob condições paleogeográficas semelhantes, durante um determinado estágio da evolução tectônica de uma bacia, sendo limitada, no topo e na base, por discordâncias ou descontinuidades deposicionais. Assim esse autor caracterizou a coluna estratigráfica da Bacia Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 33 do Araripe em cinco tectono-seqüências: Tectono-sequência Beta (neo-ordoviciana a Siluriana) - constitui o registro do segundo ciclo deposicional nas bacias intracratônicas brasileiras e o primeiro sob condições ortoplataformais, onde a plataforma brasileira já se encontrava consolidada e estabilizada. Representa a Formação Mauriti de modo incompleto por remanescentes de um extenso sistema deposicional fluvial-entrelaçado. Tectono-sequência Pré-Rift (neo-Jurássica a eocretácica) - registro sedimentar da fase inicial do episódio de rifteamento que deu origem à margem continental brasileira. Ou seja, fase evolutiva de rifteamento. Representada pelas formações Brejo Santo e Missão Velha. Tectono-sequência Sin-Rift (eocretácea, neocomiana) - registro do estágio tectônico de ruptura crustal, que deu origem ao atlântico sul e, como conseqüência, à margem continental brasileira. É formada por tratos de sistemas deposicionais alúvio-flúvio-deltáico-lacustre. Na Bacia do Araripe representa a Formação Abaiara, constituída por intercalações bem estratificadas de sedimentos de origem fluvial, deltáico-lacustre e lacustre. Tectono-sequência Pós-Rift (mesocretácica, neo-aptiana a eocenomaniana ?) - todos os estratos sedimentares, predominantemente continentais, contemporâneos das superseqüências transicional e marinha, das bacias pericratônicas brasileiras. Na Bacia do Araripe registra o ciclo completo transgressivo-regressivo. Representa o Grupo Araripe inteiramente, incluindo suas quatro formações. Tectono-sequência Zeta (Cenozóico) - Inclui as coberturas de depósitos eluvionares, coluvionares e aluvionares. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 34 Figura 3.3 – Carta estratigráfica da Bacia do Araripe, compilado de Ponte & Appi, (1990). 3.5 Bacia Potiguar A Bacia Potiguar está localizada no extremo leste da margem equatorial brasileira quase em sua totalidade no estado do Rio Grande do Norte e uma pequena porção no estado do Ceará, limitando-se a leste com a Bacia de Pernambuco-Paraíba, pelo Alto de Touros; a noroeste com a Bacia do Ceará, pelo Alto de Fortaleza; a sul com as rochas pré-cambrianas do embasamento cristalino; e a norte pela a cota batimétrica de 200m, aproximadamente entre as coordenadas 35° e 38° de longitude oeste e 4º50’ a 5º50’ de latitude sul, possuindo cerca de 48.000 Km2; deste total cerca de 21.000 km2 correspondem à área emersa e o restante à plataforma e aos taludes continentais, segundo Bertani et. al., 1990 (Figura 3.4). Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 Relatório de Graduação - UFRN 35 Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 36 3.5.1 Arcabouço Estrutural Segundo Bertani et al. (1990), o arcabouço estrutural da Bacia Potiguar estabelecido no início do Cretáceo (aproximadamente 135 Ma), é subdividido em quatro feições morfoestruturais (grabens assimétricos, altos internos, plataforma rasa do embasamento e talude) estando estas relacionadas com grandes eventos de estiramento crustal (rift) e da fase de deriva continental que afetaram a bacia. No graben central, os baixos assimétricos de Apodi, Umbuzeiro, Guamaré e Boa Vista, constituem feições lineares de direção NE-SW, encontrando-se levemente oblíquos aos principais lineamentos de direção NNE-SSW, no embasamento a sul da bacia. Esses baixos encontram-se separados pelos altos internos do embasamento (Quixabá, Serra do Carmo e Macau). As plataformas do embasamento representam feições rasas, sendo assim denominadas de plataforma de Touros e Aracati, situadas a E e W pelos sistemas de falhas de Carnaubais e de Areia Branca, ambos de direção NE-SW. Todo este arcabouço estrutural é controlado por um duplo sistema de falhas lístricas normais que provavelmente envolvem a reativação de zonas de cisalhamento Neoproterozóicas (Matos, 1987). Durante o Terciário, uma importante reativação atingiu ambos os sistemas, com uma compressão N-S causando uma transcorrência dextral no Sistema de Falhas de Afonso Bezerra, e uma transcorrência sinistral no Sistema de Falhas de Carnaubais. O mecanismo que gerou a compressão não está totalmente esclarecido, sendo, associado a um domo térmico delineado pelas ocorrências de vulcânicas básicas alcalinas da Formação Macau. No Quaternário, uma nova reativação atingiu ambos os sistemas aos quais estiveram subordinados a uma compressão WNW – SSE, ocasionando que o Sistema de Falhas de Carnaubais apresentasse uma cinemática oblíqua normal – dextral, enquanto o Sistema de Falhas de Afonso Bezerra obedecesse a uma cinemática normal com componente sinistral. Além das estruturas de direção NE-SW, Hackspacher et al., (1985) observaram outras importantes estruturas de direção NW-SE, como produto de reativações pós-campanianas. Matos (1992), interpretou estas estruturas como sendo falhas de transferência durante a fase rift inicial. Cremonini et al., (1996) caracterizaram como sendo produto de superposição de fase de rifteamento. 3.5.2 Evolução Tectono-Sedimentar A origem da Bacia Potiguar é tema de estudos de vários autores (Françolin & Szatmari 1987; Matos 1987, 1999, 2000) que propõem modelos evolutivos que se diferenciam pela Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 37 orientação dos esforços e pelos mecanismos que atuaram na época de sua geração à abertura do Atlântico Sul. Segundo Matos et al. (1987), a Bacia Potiguar teve sua origem através de um processo de rifteamento passivo, em resposta a um afinamento crustal atuante na Província Borborema, durante o fraturamento do Gondwana e a formação do Oceano Atlântico. Este evento corresponde ao mesmo que caracterizou a instalação das bacias do Recôncavo, Tucano, Jatobá, Rio do Peixe, Araripe e Sergipe-Alagoas, e estas bacias, juntamente com a Bacia Potiguar, compõem o “Sistema de Rifts do Nordeste Brasileiro”. Matos (1987) identificou três fases de rifteamento no Nordeste Brasileiro que são associadas com a evolução da ramificação e são responsáveis pela diferenciação espacial e temporal dessa bacia: sin-rift I, sin-rift II e sin-rift III. Dentre as três fases, as duas últimas são consideradas as principais de rifteamento, apresentando diferenças importantes no registro litoestratigráficos e no estilo estrutural. Mais recentemente, Matos (1999 e 2000) propôs uma nova abordagem para a evolução tectono-sedimentar da Bacia Potiguar (Figura 3.5), com dois estágios principais de evolução: o primeiro relacionado à evolução das bacias de margem leste brasileira e o segundo estágio referente à evolução da Margem Equatorial Atlântica, no contexto de uma margem equatorial transformante. A margem leste brasileira foi caracterizada por um longo estágio rift, que ocorreu entre o Neocomiano e Barremiano. No Aptiano, iniciou-se um período de distensão oblíqua no Atlântico Equatorial, que deu origem a um amplo fraturamento. A margem equatorial Atlântica (Aptiano-Albiano-Cenomaniano) tem sua evolução tectônica relacionada a três estágios principais, e sete sub-estágios, controlados cinematicamente pelos limites litosféricos das margens Africana e Sul-Americana. O estágio Pré-Transformante marca a fase anterior à separação dos continentes, sendo subdividido em Pré-Transtração (Paleozóico-Jurássico), caracterizado na Bacia Potiguar pela seção rift neocomiana, a Formação Pendência, e Sin-Transtração (Aptiano-Albiano), caracterizado por sedimentos das Formações Pendência e Pescada na porção submersa da bacia e pelos depósitos da Formação Alagamar na porção emersa e submersa. O estágio Sin-Transformante marca o processo de separação continental e a criação do assoalho oceânico, sendo subdividido em Transtração dominada por cisalhamento simples e Transpressão dominada por wrench. Na Bacia Potiguar este estágio é caracterizado pela seção Albo-Cenomaniana (Formação Açu, Ponta do Mel e Quebradas) depositada nos segmentos NW e E da Bacia. O estágio Pós-Transformante é caracterizado por um contexto tipicamente de margem passiva. Na Bacia Potiguar este estágio é representado pelas seções Turoniana-Campaniana Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 38 inferior (Formação Jandaíra) e Campaniana superior-recente (Formações Ubarana, Tibau e Guamaré). Figura 3.5– Distribuição da deformação na margem equatorial atlântica durante o Albiano, modificado de Matos, (2000). Françolin & Szatmari (1987) utilizaram um modelo envolvendo esforços compressivos e distensivos para explicar a separação América do Sul - África (Figura 3.6). Eles propuseram que as primeiras manifestações da separação Brasil-África, onde o extremo Nordeste Brasileiro foi submetido a uma variação de esforços com movimentos divergentes E-W, iniciaram no Jurássico Superior (Figura 3.6a). Esta movimentação possibilitou a implantação de uma fratura de milhares de quilômetros de extensão, que se iniciou no sul do Continente Gondwana e progressivamente alastrou-se em direção ao norte. Durante o Cretáceo inferior, a movimentação divergente dos dois continentes era maior a sul imprimindo, desta forma, uma rotação horária na placa sul-americana em relação à africana, em torno de um pólo situado a sul de Fortaleza a aproximadamente 39o W e 7o S. Como resultado, instalou-se na Província Borborema um processo de compressão a sul e distensão a norte. Tais esforços se inverteriam no Neocomiano para movimentos compressivos leste-oeste na margem equatorial e uma distensão norte-sul (Figura 3.6b). Esses esforços resultaram na formação e reativação de falhas normais de direção E-W, originando os grabens da atual porção onshore da Bacia Potiguar. Concomitante a esta tectônica, as falhas de direção NE-SW pré-existentes foram reativadas por movimentos transcorrentes Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 39 dextrais, com movimentação transtensional, em seu extremo NE, e transpressional na sua porção SW. O limite entre os regimes transpressional e transtensional é marcado pelo magmatismo Ceará-Mirim, de direção E-W. As falhas de direção NW-SE são pouco representativas no Neocomiano, enquanto que as de direção NE-SW são as mais importantes, pois condicionaram a abertura do rift Potiguar e têm como representante principal a falha de Portalegre-Carnaubais, que propiciou a formação e delimitou o graben Pendência. Durante o Aptiano a província esteve submetida apenas a uma distensão de direção NS e sob esse novo regime de esforços, interromperam-se a movimentação transcorrente dextral das falhas NE-SW e a sedimentação na porção onshore da Bacia Potiguar. Prosseguia, entretanto, o rifteamento através das falhas de direção leste-oeste, com a deposição de sedimentos na porção submersa da Bacia Potiguar (Figura 3.6c). É também nesta fase que o pólo de rotação da América do Sul em relação à África migra para noroeste, em direção ao atual estado do Amapá. No início do Albiano, movimentos divergentes E-W entre os continentes sulamericano e africano, causaram um cisalhamento lateral dextral na atual margem equatorial brasileira o que permitiu a entrada do mar, causando transgressão marinha em todas as bacias da margem equatorial brasileira entre o Albiano e o Campaniano (Figura 3.6d). Após o Campaniano (Maastrichiano) esses movimentos inverteram para uma compressão N-S (Figura 6e). A Bacia Potiguar sofreu reflexo desta compressão, evidenciado pelo soerguimento da plataforma carbonática da Formação Jandaíra e pela reativação de inúmeras falhas na bacia. Figura 3.6 – Evolução da separação dos continentes Sul-Americano e Africano proposta por Françolim & Szatimari (1987). Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 40 A evolução tectono-sedimentar da Bacia Potiguar segundo Bertani et al. (1990) é representada por três estágios tectônicos principais: Rift – primeiro pulso tectônico, onde se desenvolveram grandes falhas normais e de transferência ativa desde o Neocomiano, caracterizado pelo Grupo Areia Branca correspondendo as Formações Pescada e Pendência; Transicional – estiramento litosférico onde predominam meio-graben basculados controlados por um sistema de falhas extensionais, constituído pelo Grupo Apodi que é subdividido pela Formações Açu, Jandaíra, Ubarana e Ponta do Mel; Drift – nesta fase foi depositado sedimentos de maneira discordante, as modificações estruturais consistiram em falhas normais ao longo de lineamentos antigos, constituído pelo Grupo Agulha subdividido em Formações Guamaré, Macau e Tibau. 3.5.3 Litoestratigrafia da Bacia Potiguar De acordo com Araripe & Feijó (1994), as rochas sedimentares da Bacia Potiguar estão atualmente, organizadas em três grupos denominados da base para o topo de Areia Branca, Apodi e Agulha (Figura 3.7). Os litótipos destes três grupos são separados por discordâncias de magnitude regional associadas a três eventos: Magmatismo Rio Ceará-Mirim (120 a 140 Ma); Magmatismo Serra do Cuó (90 Ma; Oliveira et. al., 1998); e Magmatismo Macau (29 a 45 Ma; Mizusaki 1987, apud Araripe & Feijó 1994). 3.5.3.1 Grupo Areia Branca Reúne as Formações Pendência, Pescada e Alagamar, composta predominantemente por rochas clásticas e separadas por discordâncias entre si. Sobreposto discordantemente ao embasamento cristalino e sotoposto em discordância à Formação Açu. - Formação Pendência caracteriza-se por arenito muito fino a conglomerático de cor cinza esbranquiçado e com intercalações de folhelho e siltito cinzento. A interpretação paleoambiental aponta para leques aluviais associados a falhamentos e sistemas flúviodeltáicos propagando sobre pelitos lacustres, entremeados por freqüentes turbiditos (Della Fávera 1992 apud Araripe & Feijó 1994). - Formação Pescada é caracterizada por arenitos finos acinzentados a médios de coloração branca, possuindo intercalações de folhelhos e siltitos cinzento. Os sistemas deposicionais responsáveis pela deposição destes sedimentos são o de leques aluviais coalescentes e os flúvio-deltáicos com pelitos lacustres entremeados por turbiditos. - Formação Alagamar é constituída por dois membros separados por uma seção pelítica formada por calcarenitos, calcilutitos e folhelhos (Camadas Ponta do Tubarão). O Membro Upanema caracteriza-se por arenitos finos e grossos e folhelho e, o Membro Galinhos é, predominantemente, pelítico, com folhelhos e calcilutitos. Os sistemas Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 41 deposicionais interpretados são flúvio-deltáicos (Upanema), lagunar (Ponta do tubarão) e nerítico (Galinhos). As rochas deste Grupo indicam idades entre Neo-Rio da Serra e Neoalagoas (135-114Ma). 3.5.3.2 Grupo Apodi Em 1943, Oliveira & Leonardos denominaram o Grupo Apodi como sendo formado pelas Formações Açu e Jandaíra.Atualmente o Grupo teve seu sentido ampliado para conter também as Formações Ponta do Mel e Quebradas. Apresenta-se sobreposto à Formação Alagamar e em contato superior, discordante, com o Grupo Agulha. Datações apontam, para este grupo, idades entre Albiano e Mesocampaniano (107-74 Ma). - Formação Açu é caracterizada por camadas espessas de arenito médio a muito grosso de cor esbranquiçada intercalando-se com folhelho e argilito verde claro e siltito castanho avermelhado. São interpretados como sistemas deposicionais de leques aluviais, assim como sistemas fluviais entrelaçados e meandrantes e uma transgressão costeira estuarina (Vasconcelos et al., 1990). - Formação Jandaíra é composta por calcarenito bioclástico a foraminíferos bentônicos por vezes associados a algas verdes; há também a ocorrência de calcilutito com marcas de raízes, dismicrito e gretas de contração. Apresenta-se em contato inferior concordante com a Formação Açu ou Quebradas. - Formação Ponta do Mel contém calcarenitos oolíticos creme, doloesparito castanho claro e calcilutitos branco, com camadas de folhelhos; interdigita-se lateralmente e recobre concordantemente a Formação Açu. Foram interpretados como depósitos em plataforma rasa associada à planície de maré e mar aberto (Tibana & Terra 1981). - Formação Quebradas apresenta-se m contato inferior discordante com a Formação Ponta do Mel, contém arenitos finos de cor cinza clara, folhelhos e siltitos de cor cinza esverdeado. O ambiente deposicional interpretado para estes litotipos inclui plataforma e talude com turbiditos. 3.5.3.3 Grupo Agulha É composto pelas Formações Ubarana, Guamaré e Tibau, sua idade está compreendida entre o Neocampaniano e o Holoceno (a partir de 83 Ma). - Formação Ubarana caracteriza-se por uma grossa seção de folhelhos e argilitos de cor cinzenta, intercalados por camadas delgadas de arenito muito fino a grosso esbranquiçado, siltitos cinza acastanhado e calcarenitos fino creme claro. - Formação Guamaré constitui-se por calcarenitos bioclásticos e calcilutitos Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 42 depositados em plataforma e talude carbonáticos. - Formação Tibau caracteriza-se por arenitos grossos depositados por sistema de leques costeiros. 3.5.3.4 Magmatismo Meso-Cenozóico Araripe & Feijó (1994) reconheceu três eventos magmáticos durante a sedimentação da Bacia Potiguar, que estão diretamente ligados à sua evolução. Formação Rio Ceará-Mirim Datado entre 120 a 140Ma, ocorre no embasamento adjacente á borda sul da bacia sob a forma de diques de diabásio toleítico orientados com direção E-W. Segundo Oliveira (1994) esse evento magmático esteja relacionado à formação do rift Potiguar. Anjos et al., (1990) propuseram a ocorrência de rochas vulcanoclásticas, associadas ao magmatismo Rio Ceará-Mirim, intercaladas na seção basal da Formação Pendência, na porção emersa da bacia. Formação Serra do Cuó Com idade aproximadamente 90 Ma (Oliveira et al., 1998), é caracterizado por diques de diabásio com tendência alcalina, intercalados com sedimentos da Formação Açu, provavelmente relacionados com o final da deposição da Formação Jandaíra. Formação Macau Com idade entre 29 e 45 Ma (Sial et al., 1981), corresponde aos derrames, necks, plugs e diques de olivina basaltos e diabásios, ocorrem intercalando as Formações Tibau, Guamaré e Ubarana e formam as intrusões do Pico do Cabugi e de Pedro Avelino. A espessura destes derrames na porção submersa da bacia pode atinge dezenas de metros, na região do canyon de Ubarana, confirmando a grande magnitude deste evento. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 43 Figura 3.7 – Carta estratigráfica da Bacia Potiguar, modificado de Araripe & Feijó (1994). Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 3 E.R.H, Figueiredo – 2004 44 CAPÍTULO 4 - ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS 4.1 Introdução Os primeiros estudos geomorfológicos datam do início do século XX e marcam uma primeira fase que se estendeu até o final dos anos 40. Crandall (1910) desenvolveu pesquisas preliminares nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, destacando-se os traços fundamentais da diferenciação morfológica entre o litoral e o Planalto da Borborema. Afirmou que o Planalto da Borborema é um peneplano antigo que foi soerguido e posteriormente dissecado pela drenagem. Identificou uma área de desnudação entre o litoral e a Borborema. Referiu-se às baixas superfícies que se estendem a partir do sopé da serra de Baturité na direção dos vales do Jaguaribe e do Piranhas-Açu, denominando-as, planícies. A partir do final dos anos 40, início dos anos 50, diversos trabalhos de natureza geomorfológica, marcam uma segunda fase de estudos. Ab´Saber (1949) é a referência inicial desta fase. Neste trabalho o autor apresentou o quadro paleogeográfico regional e identificou a Chapada da Ibiapaba como uma cuesta com mergulho geral para oeste, considerando-a um dos mais característicos alinhamentos de escarpas de circundesnudação da Bacia do MeioNorte. Afirmou que a Chapada do Araripe e os demais testemunhos sedimentares apresentamse com superfícies tabulares em virtude da deposição dos sedimentos em camadas horizontais. Feio (1954), estudando o relevo do Rio Grande do Norte e Paraíba, identificou os seguintes elementos morfológicos: o litoral, o degrau entre o litoral leste e o Planalto da Borborema, o Planalto da Borborema e o Alto Sertão. Elaborou um esquema de evolução do relevo nordestino, onde concordando com Ab´Saber (1949), identificou como evento mais antigo a formação da superfície do nível superior da Borborema e deposição do material que a recobre. Afirmou que a este evento seguiram-se soerguimentos intercalados por fases erosivas e que o último desses soerguimentos resultou no desenvolvimento da fase erosiva do Baixo Sertão, que abrange as bacias superiores dos rios Piranhas-Açu, Apodi e Jaguaribe e estendese na direção do litoral norte, onde liga-se às plataformas com 100 a 130m de altitude representadas pelas Chapadas do Apodi, Serra do Carmo e outras. Nessa seqüência, o último evento registrado pelo autor é o abaixamento da região litorânea por flexura. Andrade (1968), dividiu o Nordeste em dois espaços geomorfológicos: a bacia do Parnaíba e o núcleo nordestino. Caracterizou essas unidades como Bacia Sedimentar Neopaleozóico-Mesozóico (Devoniano-Cretáceo), abrangendo os Estados do Piauí e Maranhão; e como Núcleo Gnáissico-Granítico com bacias intracratônicas que foram preenchidas por sedimentação durante o Cretáceo englobando os demais estados da região. Acrescentou que todo o relevo esculpido no Cenozóico se deve em parte a um tectonismo de Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 4 E.R.H, Figueiredo – 2004 45 reativação de dobramentos de fundo, acompanhado de fraturas e falhas, mas de modo geral, acentuado pela sucessão dos pediplanos e estudou, localizando e datando os seus depósitos correlativos. Ab´Saber (1969), caracterizou a Superfície Sertaneja como sendo formada por pediplanos modernos, localizando-a em torno da Borborema, dos maciços residuais e do Araripe até o sopé da Ibiapaba. Apesar de terem surgido diversos outros trabalhos durante este período, na década de 70 o projeto RADAMBRASIL marcou uma fase de estudos por se constituir num mapeamento geológico e geomorfológico genérico e sistemático através de imagens de radar na escala 1:1.000.000. Além de outros resultados as imagens de radar possibilitaram a visualização da distribuição e continuidade espacial das formas de relevo, funcionado como elemento de grande utilidade na compartimentação em Unidades Geomorfológicas. 4.2 Unidades Geomorfológicas 4.2.1 Planalto da Borborema Acha-se circundado pela Depressão Sertaneja, atingindo cotas de 600 a 1000 m. É constituído por litologia predominantemente pré-cambriana do Complexo Cristalino com testemunhos de sedimentos eoterciários e terciários, sendo um importante núcleo dispersor de drenagem no Nordeste Brasileiro. Pelas diferenciações morfológicas descritas por Prates et al. (1981), e tendo em vista a caracterização dos setores dotados de uma maior homogeneidade, encontra-se subdividida em três setores: Encosta Oriental, Encosta Ocidental e Planalto Central. 4.2.1.1 Encosta Oriental Dispõe-se de forma retilínea, paralela a linha de costa, da qual dista, em média, cerca de 70 km ao sul de Campina Grande (PB), estendendo-se até o vale do Capibaribe no Estado de Pernambuco, as altitudes variam de cerca de 400 m e alcançam cotas próximas a 800 m, com a superfície inclinada de modo suave para leste. Já ao norte da referida cidade, a morfologia é intensamente dissecada. Verifica-se a ocorrência de alinhamentos de cristas inseridas nos setores colinosos ao lado de espigões que se projetam para leste. Ainda participando desta subunidade destaca-se o conjunto fisiográfico constituído pela Serra da Formiga e Serra do Feiticeiro. Trata-se de uma área morfologicamente expressiva, caracterizada por extensos alinhamentos de cristas, com altitudes em torno de 500 m, limitando depressões fechadas, cujos níveis altimétricos não ultrapassam 350 m. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 4 E.R.H, Figueiredo – 2004 46 4.2.1.2 Encosta Ocidental Possui uma configuração semicircular, estendendo-se da Serra de Santana em direção a sudoeste até a cidade de Triunfo no Estado de Pernambuco. É caracterizada por formas predominantemente tabulares, talhadas em rochas graníticas e cristas esculpidas em filitos, biotita-xisto e quartzitos. No extremo norte desta subunidade localizam-se as serras da Formiga, João do Vale, do Pinga, do Estreito, da Garganta e de Santana. Estas serras exceto a de Santana, encontram-se isoladas do Planalto da Borborema pela Depressão Sertaneja. Num contexto geral a Encosta Ocidental detém um traçado extremamente irregular, tortuoso, nos limites com a Depressão Sertaneja. Este traçado tem conotações estreitas com eventos da tectônica e, sobretudo, com uma evolução morfogenética associada aos processos de pedimentação que justificam a expansão das depressões sertanejas no cenozóico, (Prates et al, 1981). 4.2.1.3 Planalto Central Assume feições mais conservadas, a superfície é bem mais regular e guarda semelhanças ambientais com largos trechos da Encosta Ocidental e da depressão Sertaneja. Os processos erosivos que atuaram no Planalto Central da Borborema conduziram a elaboração de extensa superfície aplainada atualmente submetida a um princípio de dissecação predominantemente em interflúvios tabulares. Só muito raramente a monotonia do relevo é quebrada pela ocorrência de alinhamentos de cristas, inselbergs, e amontoados de caos de blocos. 4.2.2 Depressão Sertaneja Compreende uma unidade geomorfológica de grande extensão cobrindo uma área aproximada de 112.413 km2. O posicionamento geográfico das depressões sertanejas revela o caráter periférico e interplanáltico das mesmas, circundando os compartimentos elevados de relevo ou se estendendo a partir das bases escarpadas dos planaltos. Comumente observa-se a presença de inselbergs esculpidos em rochas granulíticas, gnáissicas e graníticas. A Depressão Sertaneja foi subdividida, segundo a localização, as diferenças notadas quanto à intensidade de aprofundamento ou quanto a ordem de grandeza das formas de dissecação e ainda, considerou-se a significação territorial abrangida por esta, limitando os seguintes setores: Depressão Pré litorânea e as Chãs Pernambucanas, Depressões Interplanálticas Centrais e Depressões Periféricas da Ibiapaba-Araripe, (Prates et al. 1981). O Rio Jaguaribe corta o planalto Sertanejo, nas adjacências de sua nascente e após seccionar a Serra do Orós, abrindo um boqueirão, penetra na Depressão Sertaneja. Nesta unidade tem direção inicial leste, quando inflete bruscamente para nordeste formando um Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 4 E.R.H, Figueiredo – 2004 47 cotovelo diante do obstáculo oferecido pela Serra de São Vicente, que o leva a mudar sua direção inicial, continuando o seu percurso paralelo a esta serra. No trecho em que corta a Depressão Sertaneja recebe grande número de afluentes, principalmente pela margem esquerda. O Rio Jaguaribe tem o curso totalmente retilinizado devido a influências estruturais relacionadas a falhamentos (Prates et al. 1981). 4.2.3 Tabuleiros Costeiros Estende-se numa faixa contínua de cerca de 700 km ao longo do litoral dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Limita-se no interior com a Depressão Sertaneja. Sua largura média é de 50 km, atingindo o máximo de 150 km no divisor dos rios Jaguaribe e Apodi. A altitude média varia entre 70 e 100 m, sendo mais elevadas no trecho referente ao litoral setentrional do Rio Grande do Norte. 4.2.3.1 Tabuleiros São constituídos por sedimentos com espessura variando de 2 a 6 m visíveis, com camadas subhorizontais geralmente mergulhando para E e N. Localmente há variações de direção e de mergulho que ocorrem em compartimentos destacados pelos cursos dos principais rios, que desembocam no litoral leste. Esses sedimentos foram considerados pela maioria dos autores como pertencentes a Formação Barreiras. Os tabuleiros são representados por dois setores seccionados pela Chapada do apodi: setor oeste e setor leste. O setor oeste é o de menor extensão. Os tabuleiros do setor leste prolongam-se em direção norte até a foz do Rio Piranhas-Açu, apresentando diferentes intensidades de dissecação. 4.2.3.2 Chapadas do Litoral Norte A área compreendida entre os cursos inferiores dos Rios Jaguaribe e Piranhas-Açu e atravessada pelo Rio Apodi. Sua continuidade é interrompida pelo baixo curso do PiranhasAçu. Após este rio há uma porção desta chapada que é envolvida por tabuleiros que são drenados por pequenos cursos de água que desembocam nos litorais norte e leste. São constituídas por sedimentos cretácicos das formações do Grupo Apodi, com um capeamento de sedimentos da Formação Barreiras próximo ao litoral. O relevo reflete nitidamente essas influências litológicas. A chapada mostra-se bem definida com uma superfície plana conservada sobre os calcários da Formação Jandaíra (Foto 4.3). Sobre os sedimentos do grupo Barreiras a chapada perde o aspecto uniforme, sendo dissecada em interflúvios tabulares que caracterizam os Tabuleiros Costeiros. A planície fluvial do Rio Jaguaribe é marcada pela presença de extensos depósitos aluviais que se alargam a partir da confluência com o Rio Banabuiú. Nos trechos dos Relatório de Graduação - UFRN cursos Capítulo - 4 E.R.H, Figueiredo – 2004 48 de água super-impostos à chapada existem baixos terraços arenosos e áreas de colmatagem arenosa. Nas áreas de contato do embasamento com os sedimentos cretáceos como os rios Jaguaribe, apodi e Piranhas-Açu, é possível observar cascalheiras que formam, segundo Prates et al. (1981) três níveis de terraços. O material destes terraços, no caso do Rio Jaguaribe é constituído de seixos rolados, um pouco achatados, com diâmetro mais freqüente entre 15 e 18 cm, misturados em uma matriz areno-argilosa vermelha. Essas cascalheiras encontram-se atualmente dissecadas em interflúvios tabulares, posicionando-se aproximadamente ao nível da área aplainada a montante. 4.2.4 Faixa Litorânea Nesta unidade se incluem campos de dunas sobrepostas aos tabuleiros Costeiros, as planícies marinhas e fluviomarinhas quaternárias. Ocorre ao longo do litoral do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, sendo que em alguns trechos restringem-se a faixas estreitas de praias. Sua continuidade é rompida em alguns trechos pela presença de falésias formadas em sedimentos cenozóicos do Grupo Barreiras. A largura é variável, atingindo aproximadamente 4 km no litoral leste e mais de 30 km nas embocaduras fluviais do litoral norte. A maior extensão da faixa litorânea é ocupada por dunas parabólicas e transversais direcionadas respectivamente para NW e NNW. As dunas transversais apresentam alturas superiores a 90 m, alcançando em alguns locais 20 km de largura, (Prates et al. 1981). As planícies fluviomarinhas estão presentes nas embocaduras dos rios principais. Geralmente são colmatadas por um material argiloso, onde há proliferação generalizada de manguezais. Estas características são comumente encontradas no litoral norte onde apresentam maiores extensões em relação ao litoral leste. As áreas de destaque são às desembocaduras dos rios Jaguaribe, Apodi, Piranhas-Açu e Camurupim, com vastas acumulações deltaicas. No litoral leste destacam-se a foz dos rios: Maxaranguape, CearáMirim, Mamanguape e Paraíba que entalham os sedimentos do Grupo Barreiras. As planícies flúviomarinhas formadas pelos rios Apodi e Piranhas-Açu, são ocupadas por salinas e/ou viveiros de camarão. A influência do mar no estuário desses rios é maior do que aquela efetiva no rio Jaguaribe, razão pela qual, neles existem condições mais propícias para extração do sal. Por toda extensão da faixa litorânea observa-se uma extensa linha de recifes areníticos. Estes recifes apresentam textura fina, dureza variável, e contém seixos de quartzo arredondados e restos de conchas. São facilmente perceptíveis durante a preamar, quando formam pequenas lagoas entre o continente e a faixa de recifes. Estes são mais concentrados Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 4 E.R.H, Figueiredo – 2004 49 nas praias de Natal (RN), Tibau do Sul (RN), Galinhos (RN), Camurupim (RN), Barra de Mamanguape (PB) e Baía da Traição (PB), (Prates et al. 1981). 4.5 Geomorfologia da Área O relevo caracteriza-se por diferenciações locais, devidas a variações das características litológicas em parte, à tectônica que influiu decisivamente na formação de maciços montanhosos. A feição morfológica dominante na área é o extenso pediplano com cotas que variam entre 200 e 350 metros, profundamente entalhado por erosão diferencial sobre migmatitos, gnaisses, granitos porfiríticos e as extensas baixadas de rochas sedimentares. Inúmeros maciços residuais, em geral de gnaisses graníticos e granitóides sobressaem-se na paisagem arrasada. O campo de “inselbergs” constitui as formas residuais mais típicas, caracterizando a influência do clima semi-árido no modelado do relevo da região. As cristas de quartzito destacam-se igualmente na paisagem arrasada. As serras de Arneiróz (Foto 4.1), Dois Riachos, Maia, Flamengo e cordões de serras que se estendem desde a região norte de Banabuiú até o açude de Lima Campos se destacam no relevo com cotas de até 800 m, modeladas sobre rochas quartzíticas de mergulho geralmente forte. Os boqueirões entalhados por superimposição dos rios mais importantes constituem também uma feição morfológica muito característica na região, propiciando a instalação de barragens de grande importância na economia regional, como as barragens de Banabuiú, Lima Campos, Orós, etc. Os acidentes topográficos, que mais se destacam na paisagem se relacionam com as rochas graníticas e migmatíticas associadas, e aquelas laminadas tectonicamente. As serras Marruás, Bastiões, Pereiro, Boqueirão, entre outras são destaques especiais relacionados aos grandes falhamentos transcorrentes, com escarpas íngremes quase a pino (Foto 4.2). Estas formam as linhas de cumeada mais elevadas da área enfocada, com cotas de 800 m. Além de ostentarem uma capa vegetal mais amena contrastando com o pediplano rebaixado, mais árido e coberto por uma vegetação mais rala. Foto 4.1 – Serra de Arneiroz, Arneiroz –CE. (Foto: Vital, 2003). Relatório de Graduação - UFRN Foto 4.2 – Serra dos Bastiões, Jaguaribara – CE. (Foto: Vital, 2003). Capítulo - 4 E.R.H, Figueiredo – 2004 50 Ao lado das formas elevadas e onduladas de rochas cristalinas, dispõem-se as amplas baixadas dos sedimentos dos grupos Rio do Peixe e Jaibaras, embutidas no pediplano regional. São depressões que muito se assemelham às bacias morfológicas originais. Os limites desses sedimentos com o embasamento são marcados por flancos abruptos ao longo das falhas de abatimento, com desníveis pequenos, enquanto nos contatos discordantes a topografia eleva-se de modo mais ou menos gradual em direção às bordas da bacia. Os tabuleiros arenosos e a borda ocidental da Chapada do Apodi completam o quadro geomorfológico da área. Morfologicamente os tabuleiros caracterizam-se como ressaltos topográficos de topo aplainado (Calcários da Formação Jandaíra), limitados por escarpas que se elevam de 20 até 50 metros acima do nível topográfico da “depressão periférica” (Foto 4.3). Nas proximidades da mesma chapada (Tabuleiro do Norte, Limoeiro do Norte, Russas, etc.) observam-se ainda afloramentos da Formação Açu, expostos devido a ação fluvial do Rio Jaguaribe (Foto 4.4). As bordas festonadas e de perfil íngreme, separadas por vales às vezes profundos, sugerem uma superfície originalmente contínua e mais ampla que os limites atuais, Prates et al., (1981). Foto 4.3 – Escarpa da Chapada do Apodi, Limoeiro do Norte – CE. (Foto: Vital, 2003). Foto 4.4 – Afloramento da Formação Açu as margens do Rio Jaguaribe, Russas – CE. (Foto: Vital, 2003). Na porção sudoeste da área, os tabuleiros são formados por ablação e retrabalhamento do cristalino decomposto, cobrindo extensas áreas na região de Barão de Aquiraz e Serra da Quaresma. São segundo Campos et al., (1979), testemunhos do aplainamento geral que precedeu a fase de abrasão atual, além de patentear um evento morfogenético bastante singular na região. Os tabuleiros da região de Iguatu, mapeados como Formação Moura, e aqueles da margem do rio Jaguaribe, mapeados como Formação Faceira por Campos et al., (1979), constituem os depósitos correlativos da fase de aplainamento, acumulados ao longo do paleo-vale do Jaguaribe e dos tributários mais importantes. Na região costeira, nas proximidades do Rio Jaguaribe a influência marinha alcança distância de até 25 km para o interior, Prates et al., (1981). A planície flúvio-marinha deste rio, nas proximidades da cidade de Aracati (CE) se desenvolve na margem direita, enquanto Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 4 E.R.H, Figueiredo – 2004 51 na margem esquerda o canal é bordejado por uma falésia de 10 m de altura esculpida em sedimentos da Formação Barreiras (Foto 4.5). Para jusante a planície se alarga em ambas as margens. Naquela área a drenagem forma braços múltiplos que tendem a desaparecer em decorrência de uma colmatagem progressiva. Pequenos emissários, provenientes de lagoas situadas na margem direita, chegam ao canal principal contribuindo para intensificar o processo de colmatagem. Estes canais se constituem numa drenagem complementar que, apesar de se orientarem para a planície, são originários daquelas lagoas situadas nas áreas interfluviais com sedimentos da Formação Barreiras. Ainda na região litorânea destacam-se os campos de dunas subdivididos em dunas móveis e dunas fixas (Foto 4.6), estratigraficamente sotopostas a Formação Barreiras. Apresentam diferentes colorações relacionadas com idade, alteração e mobilidade, com predomínio das cores branca, amarela e vermelha. Ocupam uma faixa variável de 1,5 a 3 km de largura e estão intimamente associadas aos processos eólicos. Nesta região, principalmente na margem direita (sentido montante-jusante) nota-se uma proliferação generalizada de manguezais (Foto 4.7), que localmente chegam a medir mais de 5 m de altura. Em decorrência da atuação eólica natural, em alguns setores observa-se a interação das dunas móveis sobre os mangues resultando num soterramento dos mesmos. Foto 4.5 – Afloramento da Fm Barreiras as margens do Rio Jaguaribe, Fortim – CE. (Foto: Vital, 06/2003). Foto 4.6 – Campos de dunas móveis e fixas, Fortim – CE. (Foto: Vital, 06/2003). Foto 4.7 – Manguezais as margens do Rio Jaguaribe (Foz), Fortim – CE. (Foto: Vital, 06/2003). Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 4 E.R.H, Figueiredo – 2004 52 CAPÍTULO 5 – MINERAIS PESADOS 5.1 Introdução Os minerais ditos “pesados” são aqueles que possuem densidade maior que 2,85 g/cm3, densidade aproximada do tribromometano (bromofórmio-CHBr3), líquido comumente utilizado no processo de separação entre a fração leve e pesada. Normalmente, são constituintes acessórios de rochas ígneas e metamórficas e podem ser encontrados tanto em sedimentos como em rochas sedimentares, em proporções que variam de menos que 1 a mais de 80%, em depósitos do tipo placers. Compreendem mais de cem (100), minerais dos quais destacam-se apenas vinte (20); entre eles estão zircão, estaurolita, cianita, hornblenda, rutilo, hematita, apatita, turmalina, clorita, granada, hiperstênio, minerais do grupo do epídoto, ilmenita, magnetita, etc. Podem ainda ser subdivididos quanto à estabilidade química e física, densidade, diafaneidade, condutividade elétrica, susceptibilidade magnética, etc. Emery & Noakes (1968), sugeriram uma classificação com base nas diferenças de densidade, buscando orientar pesquisas em função das condições ambientais de formação dos depósitos de placers econômicos. Nesta classificação os minerais pesados podem ser divididos em minerais pesados “pesados”, constituído por minerais de alto peso específico (6,8 a 21), minerais pesados “leves” com peso específico relativamente baixo (4,2 a 5,3) e gemas que englobariam minerais de baixa densidade e elevada dureza, entre eles o diamante, que ocorre principalmente em aluviões, mas também, em depósitos de praias marinhas. Quanto a estabilidade química podem ser classificados em ultra-estáveis, estáveis, semi-estáveis e instáveis (Pettijohn, 1941). Contudo pouco se tem feito em termos de estudos mineralógicos dos minerais pesados opacos, a despeito de sua abundância em muitas rochas sedimentares e de sua importância em estudos de áreas-fonte. Em parte esse fato se deu em face a necessidade de técnicas especiais de preparação, que somente nos últimos anos vem sendo aplicada. Os minerais pesados são ferramentas importantes, no que tange avaliações de proveniência, além de correlações estratigráficas, rastreamento do transporte sedimentar, mapeamento dos padrões de dispersão dos sedimentos, demarcação de províncias petrológicas sedimentares, localização de depósitos potencialmente econômicos, etc. No entanto, alguns fatores podem interferir nas análises, destacando-se entre eles:1) ambiente fisiográfico, 2) clima da área fonte, 3) abrasão e destruição mecânica durante o transporte, 4) fator hidráulico e 5) efeitos diagenéticos pós-deposicionais. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 53 5.2 Estado da Arte Na porção setentrional da Província Borborema, o tema “minerais pesados”, mostra-se timidamente estudado, com alguns raros trabalhos de caráter mais regional. Aqui serão resumidos os trabalhos mais importantes da literatura. Coutinho & Coimbra (1974) abordaram os minerais pesados do Formação Barreiras desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Norte, onde através deles, caracterizaram duas províncias de minerais pesados: a primeira denominada Leste, estendendo-se do Rio de Janeiro até o sul da Bahia e a segunda denominada Nordeste que abrangia o sul da Bahia até o estado do Rio Grande do Norte nas proximidades da capital, Natal. Por sua vez cada província foi dividida em outras três subprovíncias, totalizando seis (6), sendo a subprovíncia VI, referente ao litoral da Paraíba e Rio Grande do Norte. Esta subprovíncia foi caracterizada por uma assembléia de cianita-estaurolita-turmalina, sendo esta associada aos ectinitos das faixas de dobramento centro-oeste pernambucano, sul e nordeste paraibano, corpos graníticos e migmatíticos do embasamento, sedimentos da bacia Pernambuco-Paraíba e os pegmatitos da Borborema. No trabalho de Palma (1979) é feita uma avaliação na distribuição dos minerais pesados na plataforma continental brasileira, quanto ao seu potencial como placers, sem conotação econômica. As áreas de anomalias identificadas na região nordeste pareceram ser de pouca expressão, sendo a mais importante de fronte ao trecho Jaguaribe-Apodi, fronteira do Ceará com o Rio Grande do Norte. Nesta localidade foram observadas concentrações de minerais pesados da ordem de 0,6 a 2,4% contidos em areias retrabalhadas e, parcialmente, em fácies carbonáticas. Estes minerais eram constituídos predominantemente de ilmenita, com zircão e monazita como constituintes secundários da assembléia de pesados. Srivastava & Oliveira (1981) realizaram algumas observações sobre a mineralogia e petrografia de “recifes”, além de sedimentos associados, na cidade de Natal (RN), mais especificamente entre a praia de Mãe Luiza e Praia do Forte. Neste trabalho, além de outros objetivos, foi analisada a assembléia de pesados onde constatou-se a presença dos seguintes minerais: zircão, turmalina, rutilo, granada além de anfibólio; estes representariam o grupo dominante de transparentes, enquanto que magnetita, ilmenita e limonita dominariam entre os opacos. Ocasionalmente foram identificados ainda monazita, topázio, andalusita, tremolita, estaurolita, actinolita, biotita, cordierita, cianita, como acessórios. Estes autores sugeriram como fontes principais da assembléia supracitada, os xistos, gnaisses e granitos. Os resultados foram ainda comparados com suas contrapartes em cidades como Fortaleza, Salvador e Recife e os resultados mostraram certa similaridade, em termos granulométricos e petrográficos, apenas com aquelas encontradas na cidade de Recife. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 54 Nogueira (1981), estudando o Cenozóico continental da região de Natal (RN) identificou 5 unidades estratigráficas, alvo principal do estudo, e observou que a assembléia de pesados apresentava uma predominância de opacos em relação aos transparentes. Na assembléia de transparentes foram identificados zircão, turmalina, epidoto, titanita, hornblenda, biotita como minerais principais e secundariamente, rutilo, piroxênio, topázio, clorita, estaurolita e coríndon. Os resultados da análise de minerais pesados sugeriram uma fonte mista de sedimentos, destacando uma contribuição significativa de rochas metamórficas para as unidades identificadas. As unidades 4 e 5 evidenciaram a presença do rutilo, interpretado como resultado de uma maior contribuição de sedimentos retrabalhados para estas unidades em relação as demais. A fonte desse material seria então as rochas do Precambriano (granitos, migmatitos e ganisses) aflorantes próximo da região estudada além de sedimentos retrabalhados do Cenozóico. Lima (1982) avaliou os aspectos morfológicos e sedimentológicos do médio Rio Potengi, região entre as cidades de São Tomé e Ielmo Marinho (RN). Dentro da avaliação sedimentológica, além de outros temas, foram analisados os minerais pesados, com ênfase aos transparentes. Nesta assembléia mineral foram identificados hornblenda, biotita, epidoto e zircão como minerais pesados essenciais e secundariamente: titanita, turmalina, granada, actinolita, apatita, rutilo, silimanita, topázio e clorita. A assembléia principal seria constituída por hornblenda-biotita nas amostras do leito e hornblenda-biotita, epidoto-zircão nas amostras das margens. As altas percentagens de hornblenda no leito (>60%) e nas margens (>40%) foram interpretadas como indicativa de forte influência das rochas metamórficas sobre o material aluvial que seria resultante de intensas fases erosivas. Lima (1984), retomou seu trabalho de 1982, agora com ênfase direta sobre o estudo de minerais pesados em aluviões do médio Rio Potengi (RN). Os resultados foram similares aos obtidos anteriormente, entretanto o referido autor sugeriu que os processos erosivos responsáveis pela contribuição da assembléia de pesados deve ter ocorrido sob condições climáticas de semi-aridez, mostrando ainda, que este fato seria comprovado pela predominância de minerais instáveis, como hornblenda, biotita e epídoto. O autor sugeriu ainda que a “preparação” do material para o transporte teria ocorrido durante as fases intermediárias mais úmidas. Cavalcanti et al. (1993) abordaram o tema minerais pesados sob o aspecto do potencial econômico. A área da pesquisa situou-se na plataforma continental entre a Fortaleza (CE) e a divisa dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, sendo limitadas pelas isóbatas de 0 e 20m. A análise de minerais pesados levou em consideração os opacos e transparentes onde foi identificada a seguinte assembléia: turmalina, ilmenita, zircão, epidoto, estaurolita, rutilo Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 55 granada, monazita, topázio, biotita e barita, os mais abundantes, além de limonita, cassiterita, anfibólio, silimanita, cianita, celestina, cromita, columbita-tantalita, andaluzita, olivina, brookita e piroxênio, os mais raros. Os resultados mostraram teores médios consideráveis para a turmalina e ilmenita, respectivamente 36,21% e 24,76% (% em peso). A análise da distribuição da assembléia de MP evidenciou o Rio Jaguaribe como principal responsável pelo aporte sedimentar, principalmente naqueles de interesse econômico, tais como: ilmenita, zircão e monazita. Os autores sugeriram ainda resultados relativos a proveniência, onde: a ilmenita estaria associada a rochas ígneas básicas, enquanto a turmalina, ilmenita, epídoto e estaurolita, estariam associadas a rochas metamórficas de alto grau. As granadas estariam associadas aos gnaisses e o Formação Barreiras forneceria sedimentos detríticos oxidados. Gopinath et al (1993), estudaram os minerais pesados e os processos deposicionais dos sedimentos da Formação Barreiras, no Estado da Paraíba. Nesta pesquisa foram analisados apenas os minerais transparentes, onde se destacaram zircão, turmalina, coríndon, rutilo, sillimanita e hornblenda. Estes autores demarcaram três áreas, associadas a três diferentes fácies deposicionais reconhecidas na Formação Barreiras: 1) fácies de fluxo de detrito não coesivo, 2) fácies de enxurradas/torrentes e 3) Fácies de fluxo de detritos coesivos. Os resultados mostraram a presença de três províncias de minerais pesados, reconhecidas em função da fonte fornecedora dos sedimentos e da variação textural das fácies litológicas da formação. Os autores sugeriram ainda que a abundância e distribuição de cada espécie mineral estaria relacionada a liberação dos fragmentos das rochas transportadas durante curto intervalo de tempo, que seria característica do sistema de leque aluvial. Souza (1998), estudou uma área na porção centro-sul da Bacia Potiguar, onde procurou, baseando-se no conteúdo mineralógico, determinar associações de minerais pesados, correlacionando-as com possíveis áreas fontes, além de tentar caracterizar unidades litoestratigráficas, mudanças no ambiente deposicional, variações geográficas e temporais das áreas fontes envolvidas, correlacionando com a dinâmica sedimentar do Rio-Açu e processos/eventos tectônicos. Os resultados permitiram a individualização de três terraços: 1) nível de várzea (T0), 2) terraços estruturais (Te) e 3) terraço de acumulação (Tc). Através da caracterização da assembléia de pesados nas cascalheiras e na Fomação Barreiras foi sugerido que ambas são unidades distintas e depositadas em condições diferentes. Silva (1999) caracterizou os minerais pesados ao longo do Rio Piranhas-Açu, tendo identificado, através de estudos de distribuição e proveniência, seis assembléias: (i) Granadahornblenda-turmalina com silimanita, ao cortar rochas da Formação Seridó; (ii) Hornblendagranada-zircão ao atravessar rochas do Complexo gnáissico-migmatitico Caicó; (iii) Hornblenda-zircão-epidoto-estaurolita ao cortar rochas da formação Jucurutu; (iv) Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 56 Hornblenda-zircão-epidoto ao atravessar a Formação Açu; (v) Hornblenda-zircão-estaurolita na região do baixo Rio Açu (coberturas cenozóicas) onde os processos costeiros atuam intensamente. Vital & Guedes (1999) por sua vez, realizaram o reconhecimento e mapeamento da distribuição espacial de associações de minerais pesados na plataforma interna adjacente a foz do Rio Açu, litoral norte do Rio Grande do Norte, com base em amostras de sedimentos de fundo, visando estudos de proveniência e delineamento do padrão de dispersão dos sedimentos. Os resultados obtidos por estes autores mostram que a composição de minerais pesados na plataforma interna adjacente ao Rio Açu indica o rio como o contribuinte de minerais pesados instáveis para a plataforma, e que a presença de minerais pesados estáveis provavelmente estaria relacionada tanto a contribuição do Rio Açu, quanto a contribuição da Formação Barreiras, que aflora ao longo do litoral. Sousa et al (2001) realizam um levantamento da assembléia de pesados na região costeira da cidade de Natal, desde a praia de Ponta Negra até a Redinha incluindo ainda os sedimentos de fundo do estuário do Rio Potengi. Neste estudo foi constatado o predomínio de minerais opacos em todos os setores. Na assembléia de pesados transparentes destacaram-se zircão, turmalina, andaluzita, epidoto, hornblenda e rutilo. As praias ao sul do Rio Potengi caracterizam-se pela predominância de minerais mais instáveis (hornblenda e epídoto) mostrando a influência dos sedimentos carreados por este rio. Figueiredo et al. (2003a) apresentam resultados preliminares quanto a caracterização da assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe enfatizando estudos de distribuição e proveniência e Figueiredo et al. (2003b) compararam as assembléias de pesados do Rio Jaguaribe/CE e do Rio Piranhas-Açu/RN. Estes resultados são complementados com aqueles obtidos neste relatório. Figueiredo et al (2004a) analisam a assembléia de pesados dos Rios Curimataú-RN e Guajú-RN (Bacia Pernambuco-Paraíba), e verificam que apesar da proximidade geográfica entre os rios, os resultados se mostraram bastante distintos. O Rio Curimataú-RN apresentou um predomínio de hornblenda e epídoto que juntos atingem 75% da assembléia. A biotita mostrou valores elevados nas proximidades da nascente onde chegou a atingir 40%, entretanto os valores caem bruscamente em direção à foz onde não ultrapassam 8%. Outros minerais identificados foram zircão, granada, turmalina, rutilo, apatita e sillimanita, todos ocorrendo como acessórios. O índice ZTR que não ultrapassou os 12% nas proximidades da nascente, tendeu a aumentar em direção a jusante chegando a 26% nas proximidades da foz. Figueiredo et al., (2004a) sugerem ainda que o predomínio de hornblenda + epídoto poderia ser explicado pela presença de granitóides na região do alto curso, e pelos gnaisses e anfibolitos do Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 57 complexo gnáissico-migmatítico, no seu médio curso. O aumento considerável de ZTR em direção a foz é justificado pela interação do rio com os sedimentos tercio-quaternários, efeito que foi potencializado devido aos processos naturais de enriquecimento de estáveis em direção a jusante. Já o Rio Guajú-RN mostrou uma assembléia mineral constituída basicamente por zircão, rutilo, cianita, apatita, e secundariamente por turmalina, hornblenda e epídoto. O zircão predomina possuindo uma média de 45%, mas podendo atingir 60% na região da foz. A apatita também é um importante constituinte perfazendo uma média de 18% e também mostrando um aumento em direção a foz, podendo alcançar 21%. As percentagens de cianita desde a nascente até a foz não apresentam grandes variações, com uma média de 10%. Os demais constituintes da assembléia ocorrem secundariamente. O índice ZTR mostra sensível aumento em direção a foz onde pode atingir 80%. Os altos índices de ZTR observados foram justificados pelo retrabalhamento dos sedimentos tercio-quaternários, recebendo uma componente aditiva na foz devido aos processos costeiros. 5.3 Caracterização de Minerais Pesados no Rio Jaguaribe As amostras como um todo apresentaram uma média de 90% de minerais leves e 10% de pesados; destes últimos aproximadamente de 15% foram de minerais opacos. Várias espécies de minerais pesados transparentes foram identificadas ao longo do rio Jaguaribe, tais como hornblenda, epídoto, zircão, turmalina, andaluzita, sillimanita, rutilo, granada, biotita, cianita, estaurolita e apatita, (gráfico 5.1). Observa-se que alguns minerais se destacam pela alta freqüência, como por exemplo: hornblenda, epídoto, zircão, turmalina, rutilo e biotita, que ocorrem em todas as amostras; esta última não ocorrendo apenas em uma das amostras da foz. Esta ausência já poderia sugerir atuação dos processos costeiros sobre a assembléia o que favoreceria um aumento relativo de estáveis e eliminação dos instáveis. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 58 Gráfico 5.1 - Distribuição dos minerais pesados ao longo do Rio Jaguaribe. A hornblenda é o anfibólio mais comum e mais abundante ao longo de todo o rio. Constitui aproximadamente 60% da assembléia dos pesados transparentes, (figura 5.1). Apresenta formas prismáticas, grãos angulosos a subangulosos, por vezes intemperizados. Normalmente é verde claro à verde escuro. Raramente ocorrem sob a cor marrom. O epídoto (figura 5.1) ocorre em proporções mais reduzidas, aproximadamente 7% em média dos minerais transparentes. Valores acima da média são encontrados nas amostras ERH-10A e ERH-10B, 24,2 e 14,4% respectivamente, localizadas nas proximidades de Jaguaruana. Normalmente são equidimensionais, angulosos, bastante intemperizados, evidenciando pleocroismo fraco. A biotita perfaz cerca de 7,5% dos transparentes (figura 5.1). Mostra-se raramente intemperizada em lamelas de cor marrom escura. As amostras ERH-18 e ERH-28 mostram valores anômalos, 52,7 e 23,8% respectivamente, foram coletadas nas proximidades do Açude Orós. O zircão, turmalina e o rutilo foram combinados para a quantificação da maturidade mineralógica, que variou de 5 a 55%, este último valor encontrado nas amostras ERH-12A e 12B nas proximidades de Russas. O zircão (figura 5.1) constitui em média 11% dos transparentes, podendo chegar a 46% na amostra ERH-12B. Os grãos encontrados vão desde prismáticos, idiomórficos, a fragmentos anedrais arredondados a subarredondados, muitas vezes incolores ou até rosados e amarelados. A turmalina (figura 5.1) constitui uma média de 3% entretanto pode chegar a atingir 13,6% na amostra ERH-12A (Russas). É normalmente euédrica, prismática de coloração caramelada. O rutilo é mais raro e não ultrapassa 1% ocorrendo desde grãos prismáticos até subarredondados. Assim como o rutilo, os demais constituintes da assembléia não ultrapassam 1%. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 Relatório de Graduação - UFRN 59 Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 60 Figura 5.1 – Fotomicrografia (nicóis //) dos principais minerais pesados observados ao longo do Rio Jaguaribe. Zr = zircão; op = opacos; ep = epídoto; cian = cianita; Tur = turmalina; Hb = hornblenda; Rut = rutilo; Bt = biotita; sill = sillimanita. A, B e C) ERH – 06; A) Zircões com inclusões, opacos e hornblenda prismática. B) Cianita euédrica, zircão arredondado, granada angulosa e fragmento de turmalina C) Turmalina primática com bordas subarredondadas e epídoto intemperizado. D e E) ERH-12 A ; D) Zircões arredondados. E) Zircão bipiramidal, rutilo arredondado, opaco e granada subarredondada. F e G) ERH – 13 A; F) Rutilo subarredondado. G) Zircão euédrico e diversos grãos de hornblenda. H, I, J, K) ERH-14; H) Cianita euédrica evidênciando sua clivagem. I) Turmalina e zircão euédricos. J) Rutilo subéuédrico, epídoto intemperizado e horblenda angulosa. K) Sillimanita euédrica circundada por diversas hornblendas. L e M) ERH – 16 B; L) Zircão euédrico com inclusões. M) Fragmento de turmalina. N e O) ERH – 17; N) Dois fragmentos de turmalina sendo um anguloso e outro subarredondado. O) Cianita euédrica evidenciando clivagem em duas direções. P) ERH – 22 Favela; Zircão euédrico. Q, R e U) ERH – 26; Q) Hornblenda subeuédrica com porções intemperizadas. R) Zircão mostrando sobrecrescimento metamórfico. U) Lamelas de Biotita. S, T, V, X e Z) ERH 29; S) Turmalina euédrica. T) Grão de Epídoto. V) Turmalina com diversas inclusões de opacos. X) Zircão metamórfico com inclusão de opacos. Z) Fragmento de zircão com dezenas de inclusões. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 61 5.4 Processos Atuantes Com o intuito de definir o papel de cada um dos processos envolvidos (intemperismo, transporte, condições hidráulicas, etc.) na geração de assembléias dos minerais pesados, e dessa forma, isolar os efeitos impostos pela fonte daqueles relacionados aos processos de sedimentação, foram utilizadas razões minerais, que são comparativamente imunes a alterações durante o ciclo sedimentar (Flores & Shideler, 1978; Vital, 1996 e Vital & Guedes, 1999). Inicialmente com o objetivo de eliminar a influência da granulometria, em reposta ao fracionamento hidráulico foi utilizada apenas a fração areia muito fina (0,125mm a 0,062mm). Além dessa fração ser a mais representativa para o estudo de minerais pesados, possibilitou a comparação com os resultados obtidos por Silva (1999), no Rio PiranhasAçu/RN. As razões aqui analisadas visam examinar a influência do fracionamento hidráulico pela forma e densidade dos minerais. O primeiro índice é o de fracionamento pela forma, que é expresso pela relação entre minerais equidimensionais (ex. granada e epídoto) e minerais alongados, prismáticos (ex. piroxênio, hornblenda, turmalina, etc.). A razão utilizada aqui foi epídoto/(hornblenda+turmalina). O segundo índice é o de fracionamento hidráulico pela densidade e é expresso pela relação entre minerais opacos (peso específico médio = 4,7) e minerais não opacos (peso específico = 3,7). Já a contribuição da decomposição química seletiva à variação dos minerais pesados foi inferida a partir do índice de instabilidade (zircão+turmalina+rutilo)/hornblenda, referidos como E/HT, O/NO e ZTR/H, respectivamente. A análise das razões supracitadas mostra que no caso da decomposição seletiva (estabilidade mineral), demonstrada pelo índice ZTR/H (gráfico 5.2), não exerceu um papel significativo na variação de minerais pesados, ou que pelo menos tenha sofrido interferências significativas devido a descarga de sedimentos de importantes rios tributários. Notou-se, que após a confluência do Rio Jaguaribe com o Rio Salgado houve um aumento desse índice, mostrando portanto a eficiência desse rio no que diz respeito ao retrabalhamento de sedimentos provindos principalmente da porção sul do Ceará, adjacências da Bacia do Araripe. As amostras ERH- 10A até a ERH-12B com exceção da ERH-11B, mostraram valores bem fora da média. Sugere-se que esses picos sejam resultados de retrabalhamento dos sedimentos da borda da Bacia Potiguar, em especial dos arenitos da Formação Açu, adjacências de Limoeiro do Norte. Nesta mesma região destaca-se ainda a ocorrência dos sedimentos da Formação Faceira que seria retrabalhada tanto pelo próprio Rio Jaguaribe quanto pelo Rio Banabuiú, provocando assim os altos valores observados de ZTR/H. O Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 62 retrabalhamento dos sedimentos é corroborado pelo notável aumento de grãos arredondados em destaque aos grãos de zircão. Gráfico 5.2 – Índice de decomposição seletiva ZTR/H e sua respectiva distribuição ao longo do Rio Jaguaribe. Os efeitos do fracionamento hidráulico são observados ao longo de todo o rio. O fracionamento hidráulico pela forma é sugerido pela razão E/HT (gráfico 5.3), que evidencia diferenças significantes, principalmente nas amostras ERH-10A e 10B (aproximadamente 50km da foz). Da mesma maneira, as contribuições do fracionamento hidráulico pela densidade, razão O/NO (gráfico 5.4), apresenta oscilações da nascente a foz. Nota-se que os picos são muito mais acentuados nas amostras coletadas nas barragens comprovando-se assim, um forte selecionamento hidráulico privilegiando a deposição dos mais densos e transporte dos mais leves. Esta afirmação é ratificada pela análise do índice E/HT que evidenciou em alguns momentos uma relação direta de selecionamento hidráulico pela forma associada ao selecionamento hidráulico pela densidade. Na região entre a nascente até as adjacências do Açude Orós esse índice (E/HT) mostra-se mais eficaz em relação ao O/NO. Contudo nota-se um pico considerável nas amostras ERH-10A e ERH-10B o que pode ser justificado pelo acentuado acréscimo de estáveis em especial o zircão, trazidos pelo Rio Banabuiú, e queda acentuada dos valores de hornblenda nestas amostras o que justificaria o aumento relativo do epídoto. Sugere-se ainda que tanto a Formação Faceira quanto a Formação Açu poderiam fornecer quantidades importantes de epídoto contribuindo assim com os altos valores constatados. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 63 Em termos gerais percebe-se que as barragens ao longo do rio influenciam diretamente a distribuição dos sedimentos, em especial aqueles de maior densidade. Os teores médios de O/NO ao longo do rio foram de 0,07 enquanto que nas barragens atingiu valores de 0,14 chegando até a 0,28. Verificou-se ainda que os maiores valores (acima da média) foram obtidos a partir do Açude Orós – CE até as proximidades da cidade de Jaguaruana - CE (0,75), médio Rio Jaguaribe, setor onde ocorre a maior concentração de barramentos. Da mesma forma as maiores percentagens de minerais pesados foram observadas exatamente nesse mesmo setor, com valores entre 5 e 22%. Os setores mais próximos da nascente e da foz mostraram valores muito baixos em torno de 0,01 a 0,04. Os valores médios de E/HT foram de 0,13 atingindo nas amostras próximas as barragens, valores extremamente altos como por exemplo 0,20 ; 0,29 e 0,71. Além da descaracterização da distribuição normal dos sedimentos a construção de barragens somada ao baixo fluxo natural do rio favorece as alterações ambientais em direção a jusante, com enfoque a zona costeira. Os efeitos desses processos podem ser constatados no estuário do rio onde é possível observar erosão das margens e afogamento de mangues, (Figueiredo et al., 2004b). Gráfico 5.3 – Índice de fracionamento pela forma E/HT e sua respectiva distribuição ao longo do Rio Jaguaribe. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 64 Gráfico 5.4 – Índice de fracionamento hidráulico O/NO e sua respectiva distribuição ao longo do Rio Jaguaribe. 5.5 Proveniência Os minerais pesados em certas circunstâncias perfazem menos de 1% do sedimento ou rocha sedimentar, e mesmo assim são extremamente importantes para interpretações de proveniência, e em reconstruções paleogeográficas. Contudo vários fatores influenciam na sua distribuição sendo necessário quantificá-los para que os resultados sejam confiáveis, (Pettijonh, 1941). Num primeiro instante as próprias rochas fonte impõem o controle inicial da suíte de minerais pesados. Objetivo dos estudos de proveniência é isolar este fator através da eliminação de outras influências que possam modificar esta suíte durante os processos de sedimentação e pós-sedimentação. A avaliação do “grau de reciclagem do sedimento” ou, maturidade mineralógica, é feita com base no índice ZTR (Zircão, Turmalina e Rutilo), proposto por Hubert (1962), que seria a relação entre o somatório dos minerais supracitados e os minerais transparentes nãomicáceos, onde quanto mais próximo de 100% o resultado, maior a maturidade mineralógica. A intensidade dos processos de intemperismo e formação do solo na área fonte dependem do clima, do relevo além da taxa de erosão. Durante estes processos a mineralogia original será fortemente alterada. O que fica evidenciado é que se o relevo da área fonte for muito elevado e a taxa de erosão alta, alguns minerais instáveis conseguirão resistir aos Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 65 extremos graus de intemperismo e serão transportados para a bacia. Já em áreas com baixo relevo e com taxas de erosão insuficientes, os minerais serão totalmente intemperizados in situ. Dessa forma, as variações no grau de intemperismo na área fonte resultarão em mudanças nas proporções de minerais pesados, (Pettijonh, 1941). Um outro parâmetro analisado é o da abrasão durante o transporte. Depois do intemperismo e da erosão inicia-se o transporte e a partir daí os grãos serão submetidos a abrasão mecânica até a deposição. Observando-se exemplos naturais fica claro que não há perdas consideráveis de minerais pesados durante o transporte, mesmo para distâncias consideráveis da área fonte. Morton (1985) propõem que os efeitos da abrasão mecânica durante o transporte sobre suítes de minerais pesados são mínimos e apenas podem ser significativos se os sedimentos forem submetidos a altas condições de energia por períodos prolongados. Durante o transporte e deposição deve ser avaliado também os efeitos das condições hidráulicas. Estudos mostram que o tamanho médio do grão de uma dada espécie de mineral pesado tende a ser menor que o tamanho médio da amostra. A teoria da equivalência hidráulica diz que “grãos de diferentes tamanhos e densidades, mas com a mesma velocidade de decantação, serão depositados sob as mesmas condições”. Contudo em muitas areias, os tamanhos dos equivalentes hidráulicos diferem sensivelmente daqueles previstos no campo teórico. Três fatores podem explicar este comportamento anômalo: forma do grão, disponibilidade do tamanho do grão e potencial de entrada em movimento do grão. A forma do grão influencia quando existem diferenças marcantes quanto a morfologia entre minerais de mesma densidade e tamanho. Já a disponibilidade do tamanho do grão está relacionada ao tamanho inicial do mineral na rocha fonte, e ainda, o potencial de entrada em movimento de um grão relaciona-se a resistência inicial que os grãos oferecem para se colocarem em movimento (Rittenhouse, 1943). Por fim num estágio pós-deposicional analisa-se o efeito das soluções intraestratais, que consiste em avaliar o aspecto das superfícies dos grãos tentando identificar possíveis alterações causadas por percolação de fluídos. Soluções intraestratais são, depois da proveniência, o fator mais importante no controle da distribuição dos minerais pesados nos arenitos. Em casos extremos, tais soluções são capazes de reduzir uma suíte contendo 20 ou mais espécies de minerais pesados para uma contendo apenas Zircão, Turmalina e Rutilo. O objetivo do estudo de proveniência é reconstruir e interpretar a história de um sedimento desde a erosão inicial de uma rocha até o soterramento final de seus detritos, isto é, desvendar a “linhagem” ou “descendência” do sedimento sob investigação. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 66 A pesquisa e análise bibliográfica acerca da mineralogia das principais unidades atravessadas pelo Rio Jaguaribe permitiu a associação entre os minerais pesados encontrados e sua provável rocha fonte. Neste trabalho foram identificados três setores de predominância de alguns minerais pesados, são eles (anexo 4): Hornblenda + epídoto + biotita: das proximidades da nascente até as adjacências do município de Orós, (Setor 1). Hornblenda + opacos + zircão: das proximidades de Orós até as adjacências do Município de Limoeiro do Norte, (Setor 2). Hornblenda + epídoto + zircão: das proximidades de Limoeiro do Norte até a foz. (Setor 3). O primeiro setor (setor 1) é aquele de ocorrência de vários litotipos, destacando-se aqueles do Complexo Jaguaretama, Complexo Acopiara, Complexo Ceará e Grupo Orós. A predominância dos gnaisses, xistos, anfibolitos e secundariamente de calciossilicáticas que seriam os principais constituintes desses complexos forneceriam quantidades expressivas de hornblenda, epídoto e biotita. O segundo setor (setor 2) é aquele em que há um predomínio das rochas do complexo Jaguaretama, entretanto logo em sua porção inicial a assembléia sofre influência dos sedimentos carreados pelo Rio Salgado. Este rio drena boa parte da porção sul do Ceará onde se destacam os arenitos e siltitos da Bacia do Araripe (Grupo Araripe) que poderiam justificar o incremento de estáveis em especial o zircão. Os litotipos constituintes do Complexo Granjeiro, Grupo Cachoeirinha e Complexo Jaguaretama contribuiriam com a manutenção das altas percentagens de hornblenda, justificadas pela predominante ocorrência de xistos, gnaisses e anfibolitos. A adição significativa de opacos seria justificada não só pela contribuição das metaultramáficas (Complexo Granjeiro), mas também, pela grande concentração de barramentos que provocariam uma seleção hidráulica natural privilegiando a deposição dos mais densos (opacos) e transporte dos mais leves. O terceiro setor (setor 3) seria influenciado pelos sedimentos da Formação Faceira e pelos sedimentos da Bacia Potiguar em especial os arenitos da Formação Açu. Ambos contribuiriam com adições significativas de zircão o que explicaria o pico observado nas amostras ERH-12 A e ERH-12 B. Os valores de epídoto seriam resultado não só da influência dos sedimentos carreados pelo Rio Banabuiú, que atravessa principalmente as litotipos do Complexo Acopiara e Cruzeta em destaque rochas granitóides, mas também da contribuição da Formação Faceira. Já nas proximidades da foz, a manutenção dos valores de hornblenda e zircão, seria feita principalmente pelos sedimentos da Formação Barreiras. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 67 5.6 Comparação entre a Assembléia de Minerais Pesados dos Rios Jaguaribe/CE e Piranhas-Açu/RN A assembléia de minerais pesados entre os rios Jaguaribe (RJ) e Piranhas-Açu (RPA) mostra-se relativamente similar. Como já mencionado anteriormente neste capítulo, a assembléia do Jaguaribe é composta por: hornblenda, epídoto, zircão, turmalina, andaluzita, sillimanita, rutilo, granada, biotita, cianita, estaurolita, apatita, e opacos. Enquanto a assembléia do Rio Piranhas-Açu/RN é constituída por hornblenda, epídoto, zircão, turmalina, andaluzita, sillimanita, rutilo, granada, cianita e opacos, (grafico 5.5). Um predomínio marcante da hornblenda sobre os demais constituintes da assembléia de minerais pesados é observado em ambos os rios. No caso do RJ a hornblenda perfaz aproximadamente 60% da assembléia, o epídoto corresponde a 7%, o zircão 11% e a turmalina 3% em média. Já no caso do RPA esses valores correspondem a 50, 5, 30 e 5% respectivamente. Os demais constituintes minerais ocorrem de forma secundaria e aleatória impossibilitando qualquer tipo de comparação. No caso dos minerais opacos os valores são menos significativos no Rio Jaguaribe, representando cerca de 10% do total de minerais pesados enquanto que no Rio Piranhas-Açu alcançam uma média de 30%. Em termos de maturidade mineralógica observa-se que a assembléia mineral do RPA é mais matura que aquela do RJ; sendo confirmado pelo índice ZTR que apresenta valores de 31 e 15% respectivamente. O processo de decomposição seletiva parece atuar mais eficazmente no RPA, sendo corroborado pelo índice ZTR/H (gráfico 5.6), que tende a ser maior em direção a foz. Este índice mostra altos valores na região da foz, o que seria justificado, segundo Silva (1999), pelo retrabalhamento dos sedimentos devido aos processos costeiros. No RJ esse índice mostra um comportamento mais heterogêneo devido a influências locais, tais como aporte sedimentar de importantes tributários no seu médio e baixo curso, descaracterizando o índice de decomposição seletiva (gráfico 5.2). No que diz respeito ao selecionamento hidráulico pela densidade (O/NO) e pela forma (E/HT) ao longo do Rio Jaguaribe/CE, foram observadas relações diretas com as barragens, ou seja, concentrações de minerais opacos (densos) devido ao selecionamento hidráulico imposto pelas barragens. No entanto para o Rio Piranhas-Açu/RN Silva, (1999) propôs que não só o índice (O/NO), mas também o (E/HT) mostraram diferenças significantes ao longo do rio e que esses resultados evidenciariam efeitos diferenciais no fracionamento hidráulico, mas que estas diferenças também poderiam ser induzidas pelo fator proveniência (gráfico 5.7 e 5.8). As conclusões não abordaram os barramentos nem mesmo qualquer outro fator de ação antrópica que interferissem na distribuição da assembléia de pesados. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 68 Gráfico 5.5 - Distribuição dos minerais pesados ao longo do Rio Piranhas-Açu/RN. Gráfico 5.6 – Índice de decomposição seletiva ZTR/H e sua respectiva distribuição ao longo do Rio Piranhas-Açu/RN. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 69 Gráfico 5.7 – Índice de fracionamento hidráulico O/NO e sua respectiva distribuição ao longo do Rio Piranhas-Açu/RN. Gráfico 5.8 – Índice de fracionamento pela forma E/HT e sua respectiva distribuição ao longo do Rio Piranhas-Açu/RN. A figura 5.2 exibe os minerais pesados e as respectivas áreas-fonte sugeridas por Silva 1999 e por este trabalho. Foram levadas em consideração aquelas litologias que são cortadas diretamente pelos rios, ou por suas bacias. Notou-se uma certa semelhança mineralógica entre Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 70 os rios, o que se explica por uma relativa similaridade entre as litologias fornecedoras de sedimentos. Minerais como hornblenda e epídoto são privilegiados por fatores hidráulicos mas também por uma expressiva distribuição ao longo das bacias o que justifica maior expressividade percentual. Outros minerais como por exemplo, augita e apatita parecem sofrer influência local (proveniência, etc.). Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 5 E.R.H, Figueiredo – 2004 71 CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES A avaliação dos dados obtidos a partir das análises da assembléia de minerais pesados associada a análises geomorfológicas, permitiram tecer algumas considerações, conclusões e ainda sugestões para trabalhos futuros. Delimitou-se, a partir da análise da assembléia de pesados e da bibliografia disponível, três setores de influência responsáveis pela contribuição de minerais pesados (anexo 4): Hornblenda - epídoto - biotita das proximidades da nascente até as adjacências do município de Orós, (Setor 1). Hornblenda + opacos + zircão das proximidades de Orós até as adjacências do Município de Limoeiro do Norte, (Setor 2). Hornblenda + epídoto + zircão das proximidades de Limoeiro do Norte até a foz. (Setor 3). Verificou-se a partir dos índices de fracionamento hidráulico pela forma (E/HT) e densidade (O/NO) que a atividade antrópica (construção de barragens) descaracterizou a distribuição natural da assembléia de pesados no Rio Jaguaribe. A assembléia mineral dos rios Jaguaribe e Piranhas-Açu mostraram-se relativamente similares, com predomínio de hornblenda e epídoto, juntos constituindo mais de 60% da assembléia mineral. Como proposto no item proveniência a assembléia de instáveis não resistiria a áreas com baixo relevo e taxas de erosão insuficientes, situação esta observada na área em estudo. Portanto, as altas percentagens de instáveis em ambos os rios seriam explicadas por uma grande quantidade de rochas-fonte portadoras desses minerais distribuídas ao longo de todo o rio, pois as condições geográficas e climáticas supracitadas não permitiriam o transporte a longas distâncias. No caso de minerais instáveis prismáticos (alongados) como no caso da hornblenda, sua distribuição tenderia também a ser otimizada provavelmente devido a efeitos hidráulicos, que favoreceriam seu transporte e dispersão. O Rio Salgado mostrou-se um importante contribuinte de minerais estáveis em especial o zircão. Esta contribuição deve-se provavelmente ao retrabalhamento de sedimentos trazidos principalmente da Bacia do Araripe, destacando-se os arenitos e siltitos do Grupo Araripe. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 6 E.R.H, Figueiredo – 2004 72 Nas adjacências de Limoeiro do Norte foram observados da mesma forma, valores elevados de estáveis (alto índice ZTR). Esses picos seriam o resultado do retrabalhamento dos sedimentos da borda da Bacia Potiguar, em especial dos Arenitos da Formação Açu. Nesta mesma região destaca-se ainda a ocorrência dos sedimentos da Formação Faceira que seriam retrabalhados tanto pelo Rio Jaguaribe quanto pelo Rio Banabuiú, provocando assim os altos valores observados de ZTR. A assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe/CE mostrou-se, a partir do índice ZTR, ser mais imatura do que a assembléia de pesados do Rio Piranhas-Açu/RN. A decomposição seletiva (ZTR/H) da mesma forma mostrou-se mais importante neste último. Entretanto nota-se que no caso do Rio Jaguaribe, a existência de importantes afluentes como os rios Banabuiú e Palhano, (médio a baixo curso do RJ) contribuiriam com importantes descargas de sedimentos que descaracterizariam o índice (ZTR/H). Já no caso do Rio Piranhas-Açu não se observa a existência de importantes contribuintes no mesmo setor o que justificaria os resultados. Sugere-se trabalhos de detalhamento nos rio Salgado, Banabuiú e Palhano para um reconhecimento de suas assembléias e posterior calibração dos efeitos destes sobre a assembléia do Rio Jaguaribe. Trabalhos na região costeira são necessários para se conhecer melhor os efeitos da dinâmica costeira sobre os sedimentos da foz. A batimetria associada a coleta de amostras poderiam elucidar os efeitos de dispersão e distribuição da assembléia minerais pesados na plataforma continental. Estudos de tipos varietais dos minerais pesados do Rio Jaguaribe, auxiliado pela microssonda eletrônica, favoreceria a interpretação dos dados e aumentaria a precisão no que diz respeito a indicações de proveniência. A caracterização dos minerais pesados aplicado à distinção de unidades estratigráficas nesta e em outras bacias hidrográficas como a do Rio Acaraú/CE e Apodi/RN, poderiam auxiliar nas interpretações da evolução cenozóica num âmbito mais regional. Relatório de Graduação - UFRN Capítulo - 6 ANEXO 1 Pontos de Coleta de Amostra - Coordenadas Amostra ERH – 01 ERH – 02 ERH – 03 ERH – 04 ERH – 05 ERH – 06 ERH – 07 ERH – 08 ERH – 09 ERH – 10a ERH – 10b ERH – 11a ERH – 11b ERH – 12a ERH – 12b ERH – 13 ERH – 14 ERH – 15a ERH – 15b ERH – 16a ERH – 16b ERH – 17 ERH – 18 ERH – 19 ERH – 20 ERH – 21 ERH – 22 ERH – 23 ERH – 24 ERH – 25 ERH – 26 ERH – 27 ERH – 28 ERH – 29 Coordenadas UTM Longitude Latitude 0636785 9511021 0636261 9510843 0636183 9510821 0635110 9509574 0635398 9509696 0634989 9508635 0634875 9508589 0633818 9507546 0634183 9504212 0630980 9483326 0630980 9483326 0637901 9464906 0637901 9464906 0623377 9454597 0623377 9454597 0602700 9427267 0588886 9422124 0562803 9395016 0562803 9395016 0541882 9374723 0541882 9374723 0541671 9349461 0509577 9310380 0332742 9349567 0332742 9349567 0358435 9331372 0358435 9331372 0358435 9331372 0372166 9900124 0372166 9900124 0399325 9276869 0399325 9276869 0428597 9277388 0467637 9295477 Observação Canto da barra (foz) Mangue soterrado (foz) Planície de maré (foz) Concentração de MP (foz) Canal (5.5m de profundidade) (foz) Canal em frente ao mangue (foz) Canal (4m de profundidade) (foz) Canal (foz) Canal (5m de profundidade) (foz) Barragem Aracati (antes) Barragem Aracati (depois) Barragem Jaguaruana (antes) Barragem Jaguaruana (depois) Barragem Russas (antes) Barragem Russas (depois) Limoeiro do Norte Ponte sobre o Rio Jaguaribe Açude Castanhão - Nova Jaguaribara canal) Açude Castanhão - Nova Jaguaribara(banco) Barragem Velha Jaguaribara (antes) Barragem Velha Jaguaribara (depois) Afloramentos do embasamento Açude Orós Rio Triçu (Tauá) Rio Triçu (Tauá) Rio Triçu (Tauá) Rio Carrapateira (Tauá) Rio Jaguaribe (Tauá) Arneiroz Arneiroz Saboeiro Saboeiro Oitiz Iguatu 42° 41° 40° 39° -56o -48 o -40 -32 o o 8o 0 -2 VENEZUELA -2 0 -10 o 0 o 5 EQUADOR Gu ar ib as alo nç Go h. da s Rc o Rch . Juá Sã R io ¦ h. Rc do Rio o inh aç Co # C horó Flo re s PR γ ã Jaguaribe o Ri ¦ ¹ ¹ Rio Ri o E T O N O ¦ Grupo Apodi D Grupo Araripe Grupo Iguatu Formação Santana: margas e folhelhos cinza-escuros (topo), calcários, gipsita, folhelhos negros e betuminosos (meio), calcários laminados e margas (base) / sistema com ingressão marinha episódica, lagunar euxínico e evaporítico, lacustre carbonático (sistema transicional e marinho raso, somado a fluviolacustre carbonático). K1arb Formação Rio Batateiras: arenitos finos a médios, argilosos, amarelados e cinzentos, siltitos e folhelhos cinzentos, bem estratificados e leitos de folhelhos negros betuminosos / fluvial e lacustre. K1il K1im K1ic Jsli Formação Icó: arenitos arcoseanos e líticos, grossos a conglomeráticos, em bancos espessos, com estratificação cruzada; intercalações de arenitos médios a finos, vermelhos, além de folhelhos e margas (Klicn - região da área-tipo, com tratos recobertos pela K1im - não cartografados) / leques aluviais coalescentes. Formação Mauriti: arenitos de granulometria variável (de fina a grossa até arenitos conglomeráticos) e de leque aluvial, fluvial entrelaçado e eólico. # Grupo Martinópole conglomerados / fácies Grupo Serra Grande: conglomerados e arenitos, em parte feldspáticos, com intercalações de siltitos e folhelhos / fluvial e marinho raso (com registro glacial?). Formação 2: arenitos quartzosos, arcoseanos, líticos e micáceos, de granulometria diversificada, matriz quartzofeldspática e cimento silicoso e ferruginoso; tonalidades escura, roxo-avermelhada e, subordinadamente, cinza-esverdeada e creme; estratificação plano-paralela, marcas de ondas e laminação; metamorfismo de muito baixo grau / fluvial (tratos distais). εOs1 Formação 1: conglomerados polimíticos, com seixos de quartzitos, granitóides, gnaisses e filitos, de matriz areno-arcoseana cinzenta, em contatos transicional-interfaciais com a Formação 2 / fluvial (trato proximal). Î3ôà ×ë Coité ÑÒÔî Umburanas Grupo Novo Oriente εOs2 Formação Aprazível: ortoconglomerados grossos e polimíticos, com matriz arcoseana e, normalmente, sem acamamento / fluvial. εOjpa Formação Parapuí: basaltos (em parte amigdaloidais/vesiculares e/ ou espilitizados/queratofirizados), andesitos, riolitos porfiríticas e ignimbríticas), gabros, diabásios e dacitos, somando-se seções marcadas por piroclástica (com bombas e lapílis). ε Ojp (com fases associações vulcano-vulcanoclástica e Formação Pacujá: arenitos líticos e arcoseanos, micáceos e de granulometria variável, folhelhos e siltitos vermelhos, micáceos, leitos conglomeráticos; cores escura, roxo-avermelhada e, acessoriamente, esverdeada e creme; estratificação plano-paralela e laminação; metamorfismo de muito baixo grau / fluvial. Formação Massapê: ortoconglomerados brechóides, de matriz areno-arcoseana cinzenta, com seixos de gnaisses, granitóides, quartzitos, filitos e arenitos, em contatos transicionais com a Formação Pacujá / fluvial. εOrjm Formação Melancia: conglomerados de matriz grossa (dominante), arenosa, e com importante diagênese; siltitos intercalados e alternados a arenitos litofeldspáticos, avermelhados e, não raro, folhelhos amarronzados e siltitos arenosos, além de brechas / fluvial. ε Orjc Palestina do Cariri ÒÔ3g2 i Bra va Formação Iara: conglomerados polimíticos, brechóides (fragmentos: gnaisses diversos, granitóides, vulcanitos ácidos e básicos, filitos, vidro vulcânico etc.), com níveis (lentes) de siltitos ardosianos e arenitos finos a muito finos, micáceos e ferruginosos, avermelhados e arroxeados; arcóseos (e/ou vulcanoclásticas com fragmentos angulosos de tufos) e subarcóseos cinzentos e de granulação média a grossa (incorpora, provavelmente, corpos de rochas vulcânicas brechificadas e/ou, em parte, modificadas hidrotermalmente), além de paraconglomerados; metamorfismo de muito baixo grau / fluvial. Magmatitos Araqueri: dacitos, andesitos, riolitos, riodacitos, diabásios e granitos, em jazimentos diqueformes. NP3 εg Magmatitos Guaribas: riolitos, andesitos, dioritos, lamprófiros, dacitos, riodacitos, traquitos e microgranitos, em jazimentos diqueformes. NP3a Granitóides aplíticos e pegmatitos (diques). NP3 δ3 Suíte Gabróide 3: dioritos incluindo, subordinadamente, gabros e granitóides. NP3 γ 3s Suíte Granítica Shoshonítica Ultrapotássica: egirina-augita e richterita-alcalifeldspato sienito e granito, localmente com enclaves e diques sinplutônicos de piroxenito. NP3 γ 3p Alcalifeldspatos granitos/sienitos, quartzo sienitos, quartzomonzonitos e, subordinadamente, granodioritos, com proporções variáveis de biotita, hornblenda e piroxênio, além de enclaves de micapiroxenitos; suíte ultrapotássica peralcalina. granitóides cinzentos, geralmente de granulometria média a grossa (fácies porfirítica subordinada), de NP3 γ 3i Indiferenciada: composição granítica dominante, em parte com enclaves dioríticos, em jazimentos individualizados ou embutidos nos corpos dos NP3 γ 2, onde ocorrem como uma fase mais nova. NP3 γ 2i Suíte Granitóide Itaporanga: granitos e granodioritos de granulação grossa e porfiríticos, à biotita +/- anfibólio, associados a dioritos e fases intermediárias de misturas; monzogranitos subordinados. NP3 δ2 Suíte Gabróide 2 (afinidade aos espaços dos granitóides 2): dioritos, gabros, noritos (às vezes, diferenciados ultramáficos), tonalitos e, acessoriamente, quartzomonzonitos e granodioritos. NPδ γ t Complexo Tauá: associação magmática híbrida diorito-granodiorítica (tonalitos subordinados), localmente gradando para gabro, sendo intrudida por fase granítica porfirítica e outra, subseqüente, de granitos equigranulares finos a médios, à biotita e anfibólio. NPγ o Ortognaisses facoidais, cinzentos e nacarados, de composição granítica dominante. PRγ Grupo Ubajara Formação Caipu: micaxistos de granulação fina a média, leitos ou lentes de metavulcânicas básicas e intermediárias, além de rochas calcissilicáticas, mica-quartzo xistos e quartzitos ( cpq - onde freqüentes) / marinho. NPlm Formação Lavras da Mangabeira: filitos, micaxistos, quartzitos (Imq), metaconglomerados e, acessoriamente, metavulcanitos e rochas calcissilicáticas / fluvial, transicional-marinho. NPmst Formação Santa Teresinha: clorita-sericita filitos, quartzo filitos, filitos carbonosos, filitos ardoseanos e metassiltitos; intercalações de metacarbonatos, chertes e metavulcânicas ácidas (riolitos)/ marinho e glacial-marinho. NPmc Formação Covão: muscovita xistos, em parte com cianita e feldspato, com percentagens variáveis de quartzo, fácies miloníticas e muscovita-albita-clorita xistos de provável derivação vulcânica (metakeratófiro ?) / marinho raso. NPmsj Formação São Joaquim: quartzitos puros e micáceos, compactos e laminados (fácies tectonítica), em parte com cianita ou sillimanita ou estaurolita; ocasionais intercalações de xistos quartzosos, rochas calcissilicáticas e formações ferríferas, além de milonitoxistos derivados de vulcanitos ácidos / marinho raso. NPmg Formação Goiabeira: muscovita-sericita xistos, estaurolita xistos, muscovita-clorita xistos, cianita xistos, quartrzitos ferríferos (mgq - onde dominantes) e, subordinadamente, paragnaisses / marinho (lagunar?). NP1c Suíte Magmática Caldeirão: metagabros com cumulados ultramáficos. MNPp Complexo Piancó: biotita-hornblenda gnaisses, em parte migmatizados, e micaxistos (+/- cordierita); anfibolitos, metacalcários e rochas calcissilicáticas, subordinados. PP4sa Unidade Vulcânica Saquinho: metatraquiandesitos e riolitos, com fácies miloníticas e cataclásticas. PP4(?)nc Formação Caraúbas: micaxistos (clorita, sericita, biotita, muscovita, subordinadamente sillimanita ou cianita ou granada-estaurolita), localmente nodulosos (sericita, clorita, formas vestigiais de estaroulita) ou com porfiroclastos de quartzo, além de tipos hornfélsicos granadíferos e de aspecto conglomerático; metassiltitos, filitos, metavulcanoclásticas (?), metavulcânicas básico-intermediárias, xistos ultramáficos, metacalcários (nca) e metarenitos finos, em parte feldspáticos / transicional-marinho. PP4(?)nb Formação Bonsucesso: quartzitos de tonalidades claras, compactas, em parte bastante recristalizados e/ou fraturados, granulometria variada, baixa porcentagem de micáceos, localmente feldspáticos; intercalações de muscovita-quartzo xisto, com ou sem biotita / transicional-marinho. PP4sd Suíte Granitóide Serra do Deserto (PP4sd? - em situação duvidosa): augenortognaisses graníticos, à biotita +/- hornblenda, servindo de encaixantes para corpos de tonalitos ou quartzodioritos e sienogranitos gnaissificados. PP4os Formação Santarém: micaxistos diversos (biotita, muscovita, granada, estaurolita, andaluzita, sillimanita), localmente com estreitas intercalações de metamagmatitos ácidos a básicos; quartzitos (osq), localmente feldspáticos ou granadíferos, por vezes associados a metachertes ferríferos e mica-quartzo xistos; filitos, metassiltitos, metacarbonatos (metacalcários a metadolomitos/magnesitas - osca) e rochas calcissilicáticas / marinho, transicional-lagunar. PP4oc Formação Campo Alegre: metarriolitos (ocr), por vezes associados a metarriodacitos e/ou dacitos e/ou metatufos ácidos, ou metassedimentos e metabasaltos-metandesitos (ocb). PP4og Formação Gnáissica: hornblenda-biotita gnaisses e biotita gnaisses (oqg - quartzitos associados a paragnaisses e, localmente, a anfibolitos/anfibólio gnaisses e metatufos). PP4ofb Formação Farias Brito: gnaisses à biotita e/ou hornblenda (em parte à biotita + muscovita) e com intercalações lenticulares de metacalcários (fbca) e, subordinadamente, rochas calcissicáticas, micaxistos feldspáticos e quartzitos. PP2 γ Ortognaisses granito-granodioríticos, acessoriamente tonalíticos, em parte facoidais e/ou associados a migmatitos. PP γ Ortognaisses granito-granodioríticos. PPg δ Dioritos e gabros. PPci Unidade Independência: paragnaisses e micaxistos aluminosos (em parte migmatíticos), incluindo quartzitos (iq), metacalcários (ica), rochas calcissilicáticas e, mais raramente, anfibolitos (iqx - micaxistos, paragnaisses e quartzitos; ipx - paragnaisses e micaxistos). PPcc Unidade Canindé: paragnaisses em níveis distintos de metamorfismo-migmatização, incluindo ortognaisses ácidos (p.ex: em cogn) e rochas metabásicas: cβ - metagabros, anfibolitos com ou sem granada, e gnaisses dioríticos, associados ou não a enderbitos; c1 - β metagabros e metaultramáficas serpentinizadas e xistificadas, lentes de quartzitos (cq), metacalcários (cca), rochas calcissilicáticas (ccs), formações ferríferas (cfe) e ferro-manganesíferas, além de metaultramáficas (c µ ); cgnl - granulitos máficos, enderbitos e leptinitos; caf - anfibólio gnaisses e/ou anfibolitos; PP(NP)cc - tratos onde são comuns os jazimentos estratóides e diqueformes de granitóides neoproterozóicos, cinzentos e rosados, gnaissificados ou não e, em parte, facoidais. Granodioritos, tonalitos e granitos gnaissificados, de granulação média a grossa, geralmente cinzentos. Formação Coreaú: subarcóseos e arcóseos de tonalidades cinzentas e cremes, grauvacas e grauvacas conglomeráticas, constituindo um conjunto com variações laterais e verticais de fácies / fluvial. Formação Frecheirinha: metacalcários pretos, cinza-escuros e cinza-azulados, raramente cremes e rosados, de granulação fina, bastante impuros e com intercalações eventuais de delgados leitos de margas, metassiltitos e quartzitos escuros / marinho raso (plataformal). NPuc NPuf NPuca Formação Caiçaras: ardósias vermelhas e roxo-avermelhadas, com clivagem bem desenvolvida, metassilitos e intercalações de metarenitos (ortoquartzitos), freqüentemente cristalizados e cortados por veios de sílica / marinho raso. Formação Trapiá: quartzitos conglomeráticos, arenitos grossos epimetamórficos, mal classificados, metarenitos finos a médios, com matriz síltico-argilosa de tonalidade cinza-clara / litorâneo-fluviomarinho. PPcar Unidade Arneiroz: paragnaisses diversos, em parte migmatíticos, e micaxistos, encerrando jazimentos de dimensões variadas de quartzitos (arq - quartzitos + micaxistos), metacalcários (arca), rochas calcissilicáticas, anfibolitos e talcoxistos; arg - predomínio de paragnaisses; arq - quartzitos, micaxistos e metavulcânicas básicas, em níveis distintos de deformação milonítica. PPa Unidade Acopiara: paragnaisses e ortognaisses, parcialmente migmatíticos, incluindo, subordinadamente, micaxistos grafitosos, anfibolitos, rochas calcissilicáticas (aca), por vezes scheelitíferas, metaultramáficas e quartzitos (aq); PPag - segmento com participação de ortognaisses graníticos e tonalíticos, de tonalidades cinzentas cortados por diques de rochas básicas metamorfizadas. PPj Complexo Jaguaretama: ortognaisses migmatizados, composição entre granito e tonalito, com paragnaisses, anfibolitos, quartzitos, metaultramáficas e rochas calcissilicáticas (PPjgn - segmento com importante participação desses matamorfitos de derivação sedimentar, incluindo lentes de metacalcários (jca). PP1g Complexo Granja: ortognaisses TTG, gnaisses kinzigíticos, granulitos e migmatitos bandados e dobrados, encerrando fácies miloníticas (PP1gg - segmento com marcante inclusão de granulitos, kinzigitos e migmatitos retrabalhados em tempos neoproterozóicos; gq - quartzitos, gga - anfibolitos/anfibólio gnaisses com leitos de leucognaisses). PPch Unidade Choró: quartzitos, micaxistos, metarcóseos, metarenitos conglomeráticos e metaconglomerados. PPad Unidade Algodões: paragnaisses diversos, em parte de protólito arcoseano, metabasaltos, anfibolitos, metaultramáficas e formações ferríferas, por vezes associados a sheets e diques de ortognaisses leucocráticos e mesotipos; adb - anfibolitos e/ou anfibólio gnaisses associados, em parte, a gnaisses dioríticos e metaultramafitos. Ortognaisses granito-granodioríticos de tonalidade cinzenta, incluindo leucogranitóides gnáissicos, migmatitos e lentes de rochas anfibolíticas. APgn AP γ Ortognaisses graníticos a granodioríticos, geralmente migmatizados, associados a migmatitos de paragnaisses, inserindo lentes de micaxistos, quartzitos (ferríferos ou não), metacarbonatos e anfibolitos. AP γ c Suíte Granitóide Cedro: leucogranitóides metamorfizados de granulação média a grossa, composição granito-granodiorítica raramente tonalítica. Indiferenciado: domínio de ortognaisses cinzentos (TTG), paragnaisses e migmatitos, encerrando lentes de anfibolitos/metabasaltos, metagabros, metaultramáficas, metacalcários, micaxistos, gonditos, formações ferríferas/itabiritos (czit) e rochas calcissilicáticas. APcz APczt Unidade Tróia: czt β - metagabros, metabasaltos (tmb) e, acessoriamente, metaultramáficas (czt µ ), metadioritos e metatufos básicos (associados ou não a metassedimentos); czts - quartzitos, xistos, metachertes, formações ferríferas, paragnaisses, gonditos, metacalcários impuros (cztca) e rochas calcissilicáticas; cztg - segmento realçado pela existência de paragnaisses e micaxistos cianíticos. APczm Unidade Mombaça: ortognaisses granodioríticos, graníticos e tonalíticos, geralmente cinzentos, e migmatitos, dominando sobre anfibolitos, metagabros, metaultramáficas, charnockitos (raros), metacalcários e rochas calcissilicáticas (czm - segmento com importante participação de ortognaisses granodioríticos paleoproterozóicos). Aγ Ortognaisses tonalito-granodioríticos, localmente trondhjemíticos, incluindo esparsas lentes de rochas metaultramáficas, metabásicas, calcissilicáticas, metacalcários e formações ferríferas, relacionadas ao Complexo Granjeiro. Ag Complexo Granjeiro: micaxistos (com ou sem cordierita), quartzitos (gq), metachertes, BIFs, metacarbonatos (gca) e rochas calcissilicáticas (gcs) e metabasaltos e/ou metagabros, metaultramáficas (g µ ) (serpentinitos, talcoxistos e raros peridotitos) e granada anfibolitos. Foliação com mergulho indicado 8° Foliação com mergulho medido GEOCRONOLOGIA Foliação vertical Lineação mineral ou de estiramento com caimento indicado U % K_Ar V & Pb_Pb Sm_Nd T $ Rb_Sr a % SHRIMP U_Pb Ñ U_Pb e Sm_Nd Lineação mineral ou de estiramento com caimento medido Limite estadual obtido de arquivo digital gerado pelo IBGE em convênio com o IPLANCE, melhorado na CPRM. RECURSOS MINERAIS Dique e Sill STATUS DAS MINERALIZAÇÕES R Ocorrência Base planimétrica extraída da Base Cartográfica Digital do Ceará, escala 1:100.000, lançada pela COGERH (2000) e consistida e complementada na CPRM - Residência de Fortaleza. Garimpo ativo Ì Mina ativa Garimpo inativo Mina inativa Isóbatas e modelo numérico do fundo da plataforma continental gerados pela interpolação de pontos batimétricos. Arquivo digital de pontos cedido pelo Laboratório de Geologia Marinha - LGMA/UFC. SUBSTÂNCIAS MINERAIS Y # Sede municipal Rodovia federal implantada Ferrovia Be - berilo; ca - calcário; ci - cianita; cm - caulim; Cr - cromo; Cu - cobre; dt - diatomito; F - flúor; fd - feldspato; Fe - ferro; gf - grafita; Rio e riacho intermitentes Rodovia estadual pavimentada Açude, barragem, lago, lagoa, Rodovia estadual implantada Linha de costa Rio perenizado Rodovia municipal pavimentada -20 Isóbata gp - gipsita; gr - granada; Li - lítio; mg - magnesita; Mn - manganês; mu - muscovita; Nb - nióbio; Ni - níquel; P - fósforo; Pb - chumbo; qz - quartzo; ro - rocha ornamental; ru - rutilo; Sn - estanho; Sr - estrôncio; Ta - tântalo; Ti - titânio; tl - talco; tu - turmalina; U - urânio; Va - vanádio; vm - vermiculita;W - tungstênio; Zn - zinco. Projeto executado pela CPRM sob a vigência de convênio firmado com a Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará. Governador do Estado, Secretário dos Recursos Hídricos, Chefe da Residência da CPRM em Fortaleza, à época, respectivamente, Tasso Ribeiro Jereissati, Hypérides Pereira de Macedo e Clodionor Carvalho de Araújo. Secretaria dos Recursos Hídricos F = pulsos (fases) granitóides brasilianos (660 - 540 Ma) inseridos e não diferenciados no Complexo Tamboril-Santa Quitéria. Esta publicação pode ser utilizada, sem restrição, no todo ou em parte, desde que citada a fonte. 42° 41° 40° 7° PPcqu Unidade Quixeramobim: paragnaisses e micaxistos aluminosos; níveis subordinados de quartzitos (quq), metacalcários (quca) e rochas calcissilicáticas. Dioritos associados a fácies gabróicas e, subordinadamente, granitóides. Granitóides diversos: biotita-granitos, monzogranitos, sienitos, quartzomonzonitos e granitos porfiríticos, em parte somados num mesmo espaço cartografado. NP(?) γ- granitóides de cronologia NP duvidosa. NP(PP)ts Complexo Tamboril-Santa Quitéria: associação granito-migmatítica, envolvendo granitóides neoproterozóicos, cinzentos e rosados, de granulação variável até termos porfiríticos, gnaissificados ou não, em jazimentos de geometrias e dimensões diversas; para e ortognaisses migmatíticos, além de rochas calcissilicáticas, anfibolitos e, localmente, rochas ferríferas e metaultramáficas (relacionadas, no geral, ao Complexo Ceará e sendo, as primeiras, freqüentes como enclaves dos granitóides); ts γ - granitóides dominantes (corpos menores fotointerpretados); ts γo - ortognaisse facoidal milonítico. NP(PP) γc - conjunto similar ao NP(PP) ts. ÒÔáñå NPcp NP3 γ 2c Suíte Magmática Conceição: quartzodiorito e tonalito com epidoto primário e autólitos de rochas máficas. NPγ # Formação Santana dos Garrotes: filitos, micaxistos (sericita, muscovita e biotita), de tonalidades cinzentas e esverdeadas (rocha sã), metassiltitos, metarenitos, metarcóseos e, mais raramente, intercalações de metagrauvacas, metaconglomerados intraformacionais e níveis ferríferos (por vezes de aspecto brechoso); localmente, micaxistos e paragnaisses, com paragênese à muscovita + biotita +/- cordierita +/- granada +/- sillimanita +/- estaurolita; seções com metarritmitos, metavulcânicas básicas espilitizadas e/ou metakeratófiros (em parte com marcantes modificações hidrotermais e/ou cataclásticas), metavulcânicas ácidas e metavulcanoclásticas / marinho. PP4sj Grupo São José: biotita +/- anfibólio paragnaisses, metacarbonatos, quartzitos, xistos, metaconglomerados, metavulcânicas e metatufos. compactos, às vezes calcíferos, com intercalações de arenitos mais finos, siltitos e argilitos, no topo; tonalidade preferencial entre nacarada e avermelhada / fluvial. NPδ ÒÔ3g2á NPcsg Formação Cococi: ardósias, folhelhos, argilitos e siltitos calcíferos, de tons cinzentos e chocolates, com intercalações esporádicas de arenitos grossos e conglomerados; ardósia cinzenta em zona de cisalhamento / fluvial. εOrjrt Formação Riacho Torto: conglomerados polimíticos, brechas, arcóseos, subarcóseos e arenitos litofeldspáticos, geralmente duros e ×ë 6° Formação Lima Campos: arenitos arcoseanos grossos, ritmitos de arenitos finos a médios, micáceos e intercalados com arenitos finos sílticos, siltitos e folhelhos vermelhos e verdes; margas em camadas intercaladas / aluviofluvial e lacustre raso. Formação Malhada Vermelha: ritmitos de siltitos, folhelhos e arenitos finos, vermelhos e verdes, bem estratificados em delgadas intercalações subsidiárias de margas e calcários / lacustre. Grupo Cachoerinha E ¹ Formação Arajara: arenitos finos, às vezes caulínicos, siltitos amarelados e arroxeados, finamente estratificados / lagunar e planície de maré (sistema transicional e marinho raso). K1as Unidade Basáltica: basalto de textura subofítica, composto, essencialmente, de plagioclásio e augita e, acessoriamente, de hematita e magnetita. Formação Iborepi: arenitos branco-amarelados, de granulação grossa a conglomeráticos, mal classificados, friáveis, com acamamento espesso e irregular, além de estratificações cruzadas / leques aluviais e bancos de arenitos fluviais anastomosados. # Ì PALEOPROTEROZÓICA ¹ Am pa ro São Miguel Supersuíte Granitóide Tardia Pós-orogênica # Supersuíte Granitóide SinTardi-orogênica Ì PALEONEOARQUEANA Jslβ # Ag - prata; ag - argila; am - amianto; at - ametista; Au - ouro; ba - barita; Porto e Aeroporto Formação Exu: arenitos médios a grossos, avermelhados, mal selecionados, por vezes conglomeráticos, friáveis, porosos e permeáveis (exceto silicificados) / fluvial torrencial (sistema fluvial entrelaçado e meandrante). K1aa Formação Serrote do Limoeiro: arenitos vermelhos a roxos, finos a médios, friáveis, bem classificados, caulínicos, com boa estratificação em acamamento médio, intercalados com siltitos e argilitos vermelhos, além de folhelhos verde-oliva, localmente fossilíferos / lacustre raso e fluvial. Rodovia municipal leito natural T ? K2ae Jsls Rodovia federal pavimentada Limite Interestadual K2apa Formação Jandaíra: calcários esbranquiçados, homogêneos, em parte litográficos e ritmicamente intercalados com margas friáveis; intercalações de folhelhos, siltitos de cores esverdeadas e cinzentas, nos tipos margosos basais (no geral, predominam os calcarenitos e calcilutitos bioclásticos, cinza-claros a amarelados, com níveis evaporíticos na base) / marinho (planície de maré - plataforma carbonática). Formação Açu: arenitos cinzentos e avermelhados, de granulação fina a média localmente conglomeráticos, interestratificados com siltitos cinzentos (com variações amarronzadas, avermelhadas e esbranquiçadas), calcíferos ou não e folhelhos cinza-escuros e amarronzados (ocasionais intercalações de argilitos avermelhados e verde-escuros e lentes de calcários no topo) / marinho litorâneo e fluvial com esporádicos ingressos marinhos. Formação Brejo Santo: folhelhos e siltitos de cores variadas e com intercalações de arenitos finos, argilosos, vermelhos / lacustre raso, com influência fluvial e, secundariamente, eólica. Vila e povoado Capital K2apj J3vb # Ortognaisses 3600 Po rco s do R ch. Grupo Jaibaras Grupo Rio Jucá P ¹ Aγ Ortognaisses TTG Grupo Barreiras ã Grupo Vale do Cariri Grupo Riacho S. Lourenço Grupo Riacho Sairi A ¹ Ag Complexo Granjeiro Suíte Magmática Messejana: tefritos, fonolitos, traquitos, tufos alcalinos e essexitos porfiríticos, ocorrendo associados ou isoladamente. J3K1vm Formação Missão Velha: arenitos brancos e amarelos, grossos, mal selecionados, friáveis e contendo madeira fóssil / fluvial torrencial. R ¹ ¹ ¹ Ortognaisses R Ba rb ad a ¦ ( ( o ré A im I Sã o ¹ ¹ ¹ AP γ Jaguaribe ã da s Rc h. J ag do uari Rc be h. Bo m R ch . A B # Maragua ÒÔ3g3ñ GEOGRÁFICAS APgn Formação Camocim: ortoconglomerados grossos, oligomíticos, duros, compactos e cimentados por materiais lateríticos síltico-ferruginosos, de tonalidades castanhas e avermelhadas. Eλm # ##### # # ÒÔáñå ÑÒÔî Rc h. ¹ Suíte Granitóide Cedro N ¹ Í va Bra Ser ra . Rc h i rit # Ì APcz ¦ ¹ ¹¹ ZC R ### ¹ Porcos dos ###### # Cana h. Ì Complexo Cruzeta Umburamas Rc h. Pirangi Ri o ¹ ¹ ¦ Ñ Jag uari be Rio ####### # ######## # ###### S alg ado ### A Sa lg ad o Rio #### ### Rc ## Ju Umbu ranas Açude Quixabinha PP2 γ Ortognaisses Ñ . Rc h ¹ ¹ na bara Jutu ou ¹ ã ¦ ¹¹ ¹# # # ## # # # Pe dr e ¹ ## ##### ##### # ¦ 2500 AP γc Complexo Jaguaretama PPc Complexo Ceará Ri ac hin ho ¦ Ri o h. ##### La jes da s Ca va lo s Se co Ma no el Rch. ¦ ### ## ## ###### ¹ ¹ ## ¹ ¹ ##### Sã Rch. ¹ ¹ Ortognaisses Complexo Ceará PPa Complexo Acopiara ¦¦ ¦ Rc ¹ ¹ dos Rc h. Rc h. ¹ ã ¦ ZC Orós E W Orós ¹ ¹ ¹ ¦ Miguel o Ñ Rc h. Ñ Ma c ac os Ch or ó ¹ Porc o s ZC do dos ## ã ¦ Valentim Ri o u m pe Po r na do Se ###### ##### ########## Far ia s ¦ Ñ Qu ix Ba na bu iú h. Rc ãã ¦ ã ¹ Ca r iús u Ma ra n gu ap Pa ra m ot i ¦ Ñ Rch. Sujo Rch. Ñ Ñ Ñ ró Sib Ñ R ch. ZC ¦ ¹ Rio ¦ ¹ ¹ ¦ ¹ ¹ ma Sirie Rch. ¹ indé Rio ibu Rc h. na ã ra u Ca Fo rq uin ha ZC H ebron ã ¹ Ñ h. Rc Ma ch ad o ¹ ¹ Ca n Rio Mac ac os dos Rc h Ca nin dé Rio Canindé P ir as Rch. Ip ue ir h. Rc era mo bim Barrigas Ñ ¹ ¹ ¹ ¹ ¹¹ ã ¹ ¦ P itom eir b a ¹ . Rch ( ab ####### ## # ## ## ## # # # # ## # # # # # # ## # # # # ##### # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # ## # ## # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # ## # # ### ######### # ¹ ¦ ¦ ã ã ã ¦¹ ã ¹ ¹ ¹ Ñ C uri ó . ¹ ã Cu ru Rio Ba to qu e ¦ ¦ ¦ Ñ Ri o el São M igu Meio ( ( ¦ ¹ ¦ Rio ( ¦ ¹ ( ( ( Rc h # # # # # # ### ###### ####### ###### ######## ####### ### Rc ¹ ¹ ( ¦ ¹ ¦ ¹ ( ¹ ( ¹ ( ( ¹¹ ( ¦ ¹ ( ¹¦ ¦ ¹ ( o çã h. ¹ ¹ dos Rc h. Cr ux ati ã ¦ ¦ ¹ ã ¹ ¹ ¹ ( ¦ ¹ ¹ Sa co ¦ ã h. Rc do ¹ ¹ Rch . Ñ ¦ ( ( ( ¹ ( ( ( ¦ ( ( ¹ Rio Rc h ira pate Carr a Ñ ¹ ¦ Cipó do . Rch Carrapateiras na pos Cam ¹ ¦ ¦ ¹ h. Rc ¹ ¹ Jo ão ¹ ¹ ¹ ( ¹ ( ¹¹ Ñ ¦ ¦ Santa u iaç cat A ra Rio Ñ i Miss do Rio ¹ ( ¦ Po rc os s do Rch . ( ( (¹ ¦ ¦¹ ( timir im Rio te Garr o Rch. R io ¹ ro do u g ra Lo ¦ gu a h. Rc Ñ ã ¦ ÒÔ 3ßi Rio ¹ ¹ Rc h. #### ##### Pajé do ¦ Rch. os S. J ¹ ¹ ¦ ¹ ¹¹ ¹ ¹ ¹ ¦ ( ( ( ( (( ( ( ¹ ( ( (( (( (( ¹ ( (( ( ¹ã ( ( ¦ ( (( ( ( ( ã e Filip ã Zumbi Rio Ac a Ri o ¦ ¹¹ Rio Ci pó ¹¹ ¹ ¹¹ ¦ ¹ ã ( ãã ( (¹ ( ( ¹( ( Ri o Ñ d´ Á ¹ ¹ ¹ ¹ã ¹ ¦ Rch. ¦ ¹ Ac ar aú #### ¦ ¹ ZC ZC Rio do ¦ ¹ ¹ ¹ ¹ ¹ ¹ Rc h. Cor ren tes ¹ ¦ Dentro ¹ ¦ ¹ sucess o Bon ¹ ¹ Rch. Ñ Ac a Ca rir é raú - Ñ So br al A cara ú ¹ ¹¹ ¦ Rc h. Rch. do ( ( Tr ês Rch . ¦ ¹ Mato ¹ ã ¹ ¹ ¹ ¹ ¹ ¹¹ Ara c at iaç u ê sa p Ma s ##### ###### aíras G ro Pe dr o ###### ###### ÑÑ ã Feitosa é ¹ Rio ¦ Rch . ¹¹ ã Acaraú raú Ñ lha Fa ###### ###### ###### ##### ##### II ##### ## ###### L in ea me n to ##### ú a ra Ac ¹ Jato bá ¹ ¹¹ ¹ . Rc h Rch. ¹ ¹ Bes o ur o Rch. Rio do und uba Tuc ( Ñ Ita q ## ### ##### ##### Ri o av a Br ¹ ¦ io Me do ¹ Flôres Rio Arac a ( (½ ZC Pa ul ist a M ar tin ZC ( Pi au í Sã o Grande Canindé . Rc h Mel Rch. ZC J Ria c ho óp o Ñ le ¹ ### ## ######## Ñ ira s Ip ue - Ca fé lha Fa ¹ h. Rc ¦ ¦ h. ##### ( ( Ñ Ñ Rc ##### ã ### ¹ ¦ Rch. ¹ ap iá Tr ZC Luzitâ ni a Rio Pr ai a da ão Jo o Rio Sã tre ito Es po lis Ad ria nó ZC Ñ ¦ ¦ ############################################ ¦ ¹ SP ( ( Ì ZC . ### ¹ Co rren tes Rc Ì S C uru Ì ## ### ¦¦ do ¦ ##### Ì # ##### ##### Peq ue n o ZC ## # # # # # # ## ## ## # # # # # # # # # Ì ¹ . h. 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( ( ¹ ¹ ¦ ( (¦ ½ ¹ ( ( ZC J ## ¹ SEQUÊNCIA EPSILON * ¹ ¦ ZC SP ¦ (¦ ( ( ¦ ¦ SP ½ ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ¦ J2 ¹ ¹ ¹ ( ¦ ZC ã ( ( ( ( ( ¹( ¹ ¦ ¦ S ### ¹ ¦ ZC ¹ ¹ ¹ ##### ZCT ¦ ã # ####### ## ZC S ¹¹ ¦ ¦ K2 ¦ ¹ ## # # ## ##### ##### #### ## ¦ K1 ¦¦ ####### ###### Ì Unidade Choró Complexo Granja PPj ¹ ¦ ¦ ¹ ## ## # ### ### ## ########### J3 Ì (( ### ##### ## ¹ Unidade Algodões PP γ PPc ¦ ¦ ¦ ¦ ¹ ( PALEOZÓICA ¹ ã ¦ ¦ ¹ # # # #¹# ¹¹ ã( ( PP1g PPch ¹ Ì Rc ¦ ¹ ¹ ¹ ¹ ##### Ortognaisses 2300 SIDERIANO PPad ¦ Ì ¹ ¹ ## ### ###### ## ### # ## ## ## NEOPROPEROZÓICA ¹ã ¹ ¹ ã ¹ h. ( ( ( ¹ ¹ PP2 γ RIACIANO Rio ¹ ÑÒÔî Zona de cisalhamento transcorrente à esquerda 2050 ¦ ¹ ×ë Lineamentos estruturais Sinforma revirada b P ENbc Formação Abaiara: arenitos micáceos, argilosos, intercalados com siltitos e folhelhos castanhos, cinzentos e esverdeados, bem estratificados / ambiente lacustre raso e fluvial. b Zona de cisalhamento transcorrente à direita Grupo Serra de São José # b PP4sj Grupo Orós # O Sinforma duplamente mergulhante Indiviso: arenitos argilosos de tonalidade variegada (amarelada, avermelhada e esverdeada), matriz argilo-caulínica, com cimento argiloso, ferruginoso e, às vezes, silicoso; granulação fina a média, com leitos conglomeráticos e nódulos lateríticos na base (pode-se encontrar, no topo, areias sílticas bem classificadas) / sistema fluvial com esporádicas corridas de lamas. K1va b OROSIRIANO PP4o Zona de cisalhamento transcorrente contracional C PP4sd Suíte Granitóide Serra do Deserto Sinforma mergulhante I Grupo Novo Oriente Zona de cisalhamento (ZC) contracional T PP4n 10 a Malíci Unidade Vulcânica Saquinho Sinforma m Belé ( ( MNPp Antiforma revirada . Rch PP4sa I Zona de cisalhamento ou falha indiscriminada, tracejada onde duvidosa Complexo Piancó 1800 Antiforma mergulhante h. Rc Fratura Grupo Cachoeirinha 1600 ESTATERIANO NP γ Granitóides diversos NPc Falha normal ENb NPutm Termometamorfitos derivados de litotipos das Nput, Npuf e Npuco (evento térmico cambriano/pós-orogênico). Caboclo 45 b # # # ¹ ¦ ½ ã ã Formação Faceira: conglomerados basais, avermelhados, com seixos e calhaus de rochas cristalinas diversas; arenitos pouco litificados e avermelhados, siltitos vermelhos com níveis de argilas e cascalhos (horizonte laterítico na base) / fluvial. Suíte Magmática Ceará-Mirim: diabásios (dominantes) e gabros, em jazimentos diqueformes. NPut Antiforma b bb Granitóides ####### NPcp Formação Caipu Contato SGTPO SGSTO N b Suíte Magmática Caldeirão Formação Lavras da Mangabeira NP3 γ2 b 1000 Gabróides Suíte Gabróide 3 u Urub Np1c NPlm SGTPO b TONIANO SGb2 b Granitóides diversos NP δ NP γ NP3 δ 2 SGSTO ENbf JK1β c NP3 εa Anauá # Santo André NP3 γ3 Formação Moura: conglomerados polimíticos, na base, de matriz arenosa grossa e de fraca diagênese, mal selecionados e pobremente cimentados por material síltico-arenoso de cor vermelha a creme; areias de granulometria variável, de tonalidades avermelhadas e amarelo-claras; siltitos vermelhos no topo / fluvial. granulação de média a grossa, incluindo fácies porfiríticas; tons avermelhados a cinzentos ou esbranquiçados. CONVENÇÕES GEOLÓGICAS ¹ ¹¦ NP γ Complexo Tamboril- Granitóides Sta. Quitéria diversos SGTPO NP3δ3 ¹ SGb2 NP3 γ3 h. Rc Complexo Tauá Gabróides Augenortognaisses Grupo Martinópole NP(PP)ts NP3δ2 NP3γ2 NQm ε γ 4m Suíte Granitóide Meruoca: monzonitos, granodioritos e sienitos (rara fase diorítica) com predomínio da fácies equigranular, com # 850 NP δ NP3 γ2 SGSTO NP3γ3 b ## # # # # ## NPm Grupo Ubajara NPγ o NPδγt F ¦ã ¹ ÒÔg #Cumbé h. Rc CRIOGENIANO NP3 δ2 Suíte Gabróide 2 (SGb2) Suíte Gabróide 3 (SGb3) Depósitos de tálus relacionados, dominantemente, às formações Santana e Arajara. Coberturas sedimentares de espraiamento aluvial (inclui capeamentos de planaltos e coluviões holocênicas): sedimentos argilo-arenosos e areno-argilosos, de tons alaranjado, avermelhado e amarelado; apresentam-se, em certos locais, cascalhosos e laterizados na base (geralmente, o cimento é argiloso e ferruginoso) / fluvial. Formação Sitiá: conglomerados polimíticos, arenitos conglomeráticos arcoseanos e siltitos-argilitos de cores variegados; estratificação cruzada e alto grau de silicificação / fluvial. εOja Y BARRO # # NPu Supersuíte Granitóide Tardi- a Pós-Orogênica (SGTPO) NP3 δ3 ÒÔ3g2ç ã NQt NQc K1(?)s ε Oi RPb ##### ## 650 NP3 γ 2 SGSTO Magmatitos Guaribas Depósitos eólicos litorâneos 1 (dunas fixas/paleodunas): areias de granulação fina a média, raramente siltosas, quartzosas ou quartzofeldspáticas, bem selecionadas, de tonalidades cinza-clara e alaranjada no topo, e avermelhadas na base (inconsolidadas ou consolidadas) / eólico litorâneo. Formação Antenor Navarro (Grupo Rio do Peixe): arenitos grossos, amarelados, conglomeráticos, acamamento médio a grosso, com estratificação cruzada; conglomerados quartzosos e polimíticos; arenitos finos a médios, vermelhos e bem acamados / leques aluviais coalescentes. Formação Rio dos Bastiões: arenitos arcoseanos, grossos a conglomeráticos, com estratificação cruzada; microconglomerados de seixos rolados de quartzo (na parte superior, intercalações de arenitos finos e siltitos de cores variadas) / sistema fluvial. Î3ôà ### Supersuíte Granitóide Sin- a Tardi-Orogênica (SGSTO) NP3 εg Figueiredo Açude Prazeres ## NP3 γ 2 NEOPROTEROZÓICO III NP3 γ3 Rio Felizardo Suíte Granitóide Meruoca Magmatitos Araqueri ¦ ¦ b 116 . Rch NP3εa ε γ 4m Figueiredo b R ÅÔg ca ##### # # # # # # ### Suíte Granitóide Meruoca Qd b R am Caboclo Y # bb ¹ ¹ o Ri b b / # # ε γ 4m ¦ ¦ b b am ÒÔáñå Formação Iara b b ¦ ¹ ã ¹ ¹¹ ã ¹ ¦ # b ## # # # # # # # # ## b b R ca ÒÔ3g2á #Bom Maver / b b b b b ¦ ¦ã ### ## b Cava los ## ## # # # # # Imburana  b b ¹ b b R ia am ênc ÒÔáñå JATI Depósitos eólicos litorâneos 2 (praias atuais/dunas móveis; inclui, localmente, sedimentos fluviomarinhos : areias esbranquiçadas, quartzosas, de granulometria variável, bem classificadas, em corpos maciços ou com partes exibindo arranjos estratiformes, onde ocorrem leitos mais escuros com concentrações de minerais pesados (somam-se níveis de cascalhos e outros com marcante estratificação cruzada, além de fácies com fragmentos de matéria orgânica) / eólico marinho e fluviomarinho. # bo Pu b s do J1 Ì L b b b ##### # Capitã o Capim Pen d ##### Rio ##### # ## Y # RFe # ÒÔ3g3î Juá # ¹¦ ¦ ã ¹ ¹ ¹ h. Rc Rch. b h. Jardim Carnaba # ×ë ÒÔ3g2 Joãozinho Açude # Atalho Q2e Formação 3: ortoconglomerados polimíticos, geralmente de matriz areno-feldspática sem acamamento marcante / sistema fluvial. Cu Cu nca s Cuncas # Î3Ï1ôë # Poço Depósitos aluviais (localmente coluviais): argilas, areias argilosas, quartzosas e quartzofeldspáticas, conglomeráticas ou não, cascalhos e argilas orgânicas / fluvial, em parte com influência marinha. Depósitos fluviomarinhos e marinhos (planícies e canais de marés): vasas escuras (mangues), areias de praias e recifes areníticos (cordões de beach rocks), pelitos arenosos, carbonosos ou carbonáticos. Milag res R Ssg # # Beleza Î3ôà do ×ë Bálsamo do b b Pitombe iras # # # # # #¹ ## b # Õ2ß Q2a Q2m Tipi Ï1ôß Î3Ï1ôë ### Baixa Funda b b ¹ ( ¹ #### ############ ÒÔ3g3î ×ë (¦ ¦ ( ( ã ( ( ¹ ( ¹ b ¹ Rc # ÒÔ3g3î # Corrente Î3ôà ( ( ÒÕá Sm # Umbuzeiro Rc h. b b b ¦ ¦ ¹ ¹ ¹ ¦ ( ¦ ¹ãã ã ¦ ####### ( ¦ ## # # # # ¹ ## ¹ ¦ ¹ ## ¦ ¹ ¦ ¹ ¦ ¹ã ¦ ¦ ¹ ¹ ã ¹ ¹ ¹ ã Jar # b b bb ¹ ¹ ¦ ¹ b b b b b b do gp # Sobradinho Õ2ß b b ¹ ¹ ¦ ¹ ¹ ¦ ¹ ¹ b # ÔÔè Ï1ôß Î3Ï1ôë Î3ôà ( 10 Rch . # Y # Baixio do Boi Cacimbas # Muquém # b b b ¹ b ## ¹ ¹ ã ##### # Ï1ôß # ÒÕá b b b b b ¦ b ##### ¹ ¹ ¹ ã ¹ ×ë Y # Rch. b b b é inx ¹ ¹ ¹ ¹ ¹ BAIXIO Y # Î3Ï1ôë MAURITI Y BREJO SANTO # R Be 40 #### Santo Antonio ÒÕá Sao Felipe # Simião # gp PORTEIRAS Jardim Mirim b b b inx Qu b o ró or h. M b Pb b b b ¹ ¹ b Rc b gp Î3ôà Î3ôà D POTIRETAMA Y # ÒÔ3g2ç tl Ì Ï1ðîß am am Rc h. Y # Pb gpÌ # Y # b ¹ b b ¹ ¹¹ gp Olho d'Água Fetter, A. H. 1999. U/P and Sm/Nd Geochronological Constraints on the Crustal Framework and Geologic History of Ceará State, NW Borborema Province, NE Brazil: implications for the Assembly of Gondwana. Department of Geology of the Graduate School of the Univesrsity of Kansas, Tese de Doutoramento, 164 p. # ÒÔ3d2 Macambira K1rpa ßå # ×ë # Õ2ß Î3ôà Pb Pb Ï1ôß Pb,Zn,Cu Jamacaru # Santo Antonio Rc h. b b ¹ b alos Ca v 060 b b b b b s ABAIARA gp b b b b b b b MILAGRES Por Y c os # Podimirim # T b b ¹ da b Ï1ßß b b b b b b # b b b ¹ ###### Pombas am Mararupá Î3ôà ! O dos Missao Nova Geocronologia Campos Velhos O Õ2ß # R gp Rch. R #Santo Antonio Torres, P. F. M. & Prado, F. da S. 2000. Prgrama Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, Jaguaribe NE, Folha SB.24-X, Escala 1:500000, Carta Geológica. MME-SMM, CPRM-REFO, Fortaleza. (Inédito). Be G ## # ## # # # # # # # # # # # ### # # # # # # # # # # # # ## ## # # # # # # # # # # # # # # # # # R ## #### # # # # R # # # # R R R ###### ###### #### # # # # # # # # # ##### ### # # # # # # # ## # # # # # # # # # # # ## ### # # # R # # ## # # # # ### # # # # # # # # # # # # # # # # # # # R# # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # ## # # # # # # # # # ## ## # # # # # # # # # ## ## ## # # # ## # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # ###### Ï1ßðà BARBALHA ag Y # ÒÕò Ï1ßñ A b b CENOZÓICA b b ¹ b ã R 55 #### # # # # ######## ##### ###### Souza Filho, O. A 1998. Geologia e Mapa de Previsão de Ocorrência de Água Subterrânea , Folha SA.24-Y-D-V, Irauçuba, Ceará. Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Minas, Departamento de Geologia, Ouro Preto, Dissertação de Mestrado, 99p. Silva, L. C. da et al. 1997. U/Pb SHRIMP ages in Southern State of Ceará, Borborema province, NE Brazil. 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MME-DNPM, Recife. ca am,tl ( # ε Ojm 293 ##### PALEOZÓICA ¹ b b b R ! gp # IRACEMA CAMBRIANO 540 8° b R ##### Õ2ß nca Õ2ß ma ala ca Î3ôà ε Oi Grupo Rio Jucá b ### o Ri Arajara # ÒÕá Estrela # Bela Vista MISSÃO VELHA Y # # R# gp,ca ÒÕá Î3Ï1ôë ### # Tiradentes ×ë Gentil # Grupo Jaibaras Rc am h. ca Barro Velho ÔÔ4ñè ÅÔg das # Serrota 58 55 Brejinho # # PENAFORTE Grupo.Riacho Sairi b Y # ÒÕò R Î3ôà SUBDOMÍNIO PIANCÓ-ALTO BRÍGIDA ε Orj Anil b b JUAZEIRO Y DO NORTE # # # # # # #R# # # # # # # # # # ORDOVICIANO εOj R ca UMARI Y # R tlFe R ×ë 116 εOs ¹ ¹ CRATO Î3ôà Batat eiras ipa peiro a J en de Cim do Cu Rch. Cu,Au ×ë Quimami Î3ôà 500 ¹ 1270Ma ×ë R CuR Î3Ï1ôë Cu ######## ## ×ë Ï1ßñ SUBDOMÍNIO GRANJEIRO Cu ÒÔ3g2ç Ì o ¦ R R R RR CuR Cu s Cunca # am Tipi Ingazeiras ÒÔáñå #### #### ## ## # # # # R ## #### ×ë ÒÕá R Cu ¹ R Cu ÒÕá SUBDOMÍNIO JAGUARIBEANO # # # am am # 40 52 Se c Ï2ßîß 57 am Rch. Cu Fe Ï1ðîß Icozinho ÔÔè / Åg 1240Ma# Juiz am das Cim a ca ca am RÅg R tl Fe 30 do Rch. Miguel Xavier Fe ¦ ¦ Åg Rch. ã ca R ZC DOMÍNIO CENTRAL (TRANSVERSAL) SUBDOMÍNIO CEARÁ CENTRAL R ca Ì Y ERERÊ # ( Mendonça, J. C. G. de S.; Campos, M. de; Braga, A. de P. G.; Souza, E. M de. 1982. Caracterização estratigráfica dos metassedimentos da região de Itataia-CE (Grupo Itataia).in: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia, 32, Salvador, Anais, 1:325-338. Unidade litoestratigráfica / litologia / ambiente (s) sedimentar (es) # 30 Gorayeb, P. S de S. & Abreu, F. de A. M. de. 1985. A Faixa de alto grau da região de Cariré - CE. In: SBG, Simp. Geol. Nordeste, 13, Simp. Nac. Est. Tect., 2, Fortaleza, Atas, Bol 11, p. 261-264. # Macacos ( K1(?)b Õ2ß ÔÔ4íäà ca 35 # Y Jenipapeiro AURORA ÒÔáñå LITOESTRATIGRAFIA SUBDOMÍNIO MÉDIO COREAÚ ### ### # R vm R Fe 35 # ÔÔ4ñè 60 R ÒÔêë Fe Canto das Lages # 2770Ma PEREIRO Y # 2580Ma # Pedrinhas # ÒÔ3d2 IPAUMIRIM de Ga # to Y # Sítio Velho R Åg do ( ( ÎÏ1bá a tan an Mor 230 Unha tl Rch. Extremo am de # Tomé ÒÔ3g2ç % RU ecreio Canindezinho Crioulos ÔÔ4ñâ ca # 2730Ma # d´Água o Olh Rch. 45 R Be Cu ÒÔ3g3î IDADE (Ma) ¹ . Rch Maraca já b Rcm ** Província Parnaíba 435 do ¹ ¦ ¦ Iborepi Îñêç ÒÔ3g2ç RELAÇÕES TECTONOESTRATIGRÁFICAS PRÉ-CAMBRIANO-EOFANEROZÓICAS PERÍODO b b ####### ### ¹ 40 am am R R Îñêñ do Rch. ÒÔáñå ÒÔ3g3 i JARDIM ERA b b b b b b b ti po m ha Îñê ( Quitaius ÒÔêë # ¹ tl # Alto da Várzea # ca Fe LAVRAS DA MANGABEIRA ( ( ( Îñêb Îñêñ 70 ### # # # # #### ×ë Î3Ï1ôë ORDOVICIANO (O) CRONOESTRATIGRAFIA b b b b b ¹ Õ2ß CARIRIAÇU dim DOMÍNIO SETENTRIONAL b b bb ( b b åï io Me hado Mac b ÒÔêë 30 F R am êëï Ï2ßîß 135Ma # o ed eir gu Fi Õ2ß Rch. íïå # # ¹ # #### ## ## ## ¦ R # # # ## # # # # # # # # ##### # Åg Rca R at Varginha # . ch ÒÔ3g2ç S Rch. Cacimbas # Au Y # R ¦ Gomes, J. R. de C.; Vasconcelos, A. M.; Torres, P. F. M. 1999. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, Jaguaribe SW, Folha SB.24-Y, Escala 1:500000, Carta Geológica MME-SMM, CPRM-REFO, Fortaleza. Brito Neves, B. B. de,1975. Regionalização geotectônica do Precambriano nordestino. Inst. de Geociências, Universidade de São Paulo, Paulo, Tese de Doutoramento, 198 p. ÒÔ3ß S. José ÔÔè ### ## ## # # ¦ Amaniutuba Rch . ## ### ########### ZC Cu Cará s Grupo Serra Grande * Classificação de Soares et al (1978) ICÓ Y # ÒÔ3g2ç Ï1ðîß ch . R Fe J Ferreira, C. A. & Santos, E. J. dos. 2000. Prgrama Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, Jaguaribe SE, Folha SB.24-Z, Escala 1:500000, Carta Geológica. MME-SMM, CPRM-SUREG-RE, Recife ca % 122Ma U ÒÔ3g2ç Ï1çáì Õ2ß ÔÔè R R ca ( Açude Canafístula bá ato ca Ì # Lagoinha Vertente 60 F gf åáñ ( ( Rio ÒÔ3g2ç R åï % a Îñêñ åï ¦ R R 552Ma ##### RR tlR do R Rtl Y # ###### ## U C b b b Rtl am 2550Ma # am R 32 ÔÔ4íá R W åï % a R 2541Ma am R R R Fe Fe R amR vm Fe R Rch. am ßå R RFe #Feitosa Patos R am R Açude Manoel Balbino ###### 435 Ssg Rtl tl R gp B ##### % a 2193Ma ÅÔg Pb,Zn M ¹ bb R R Fe R åáß tl ßå åm åm #Mangabeira b na Ï2ßã íáð 30 Ï1çáì R Y # # fd R íáð ### 75 am # Bastioes #Bastiões íáà Cruzeirinho # Jaguaribe ca Baixio # # ÔÔè ÎÏ1bá Y ÒÔ3g2ç # Bom Sucesso # Mundial íáð Rio 60 40 R ÔÔ4íá ÔÔè Sao Vicente iros ch. s 55 1040Ma Arrojado Fe ca Fe Be # am S Ï2ßã R P E Formação Mauriti b b R tl GRANJEIRO # Y Miragem Ï1ßß # Alm a ( W # b r tu Fo Sm ¦ b bb ¦ h. ##### Bebida Nova Pb R# # A Fe W Assunção at ÒÔ3g2ç 410 SILURIANO (S) b ira de Ma b Rc 250 b b ¹ da ¹ ¹ R Pb Dom Leme N b Mel ( o Rc h. ¹ ¦ b # # Rch. # Serra Verde # Rc h. Baixio das Palmeiras# Grupo Riacho São Lourenço R R #YCEDRO Canindezinho T $ as eir ÒÔ3g3i # á( ( ca Santo Antonio # ÔÔ4íñ 60 Açude Ema #Ema W Rch. dos ( Ìca 5° Cavalcante, J. C. 1999. Limites e Evolução Geodinâmica do Sistema Jaguaribeano, província Borborema, Nordeste do Brasil. Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica, Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio grande do Norte, Natal. Dissertação de Mestrado, 183 p. Ì 2168Ma 15 15 R Miguel (R( ÔÔ4ñâ íáð ( 70 W 15 ca åï 386 R Santa Fé # # Santa Rosa d h. os Ríáð ( 55 30 o ss ce Su Rca Ì 30 W ã ÔÔ4ñâ Brandão, R. de L. 1996. Mapa Geológico da Região Metropolitana de Fortaleza. Escala 1:150000. MME-SMM, CPRM-REFO Cavalcante, J. C. et al. 1983.Mapa Geológico do Ceará.Escala 1:150000. MME-DNPM/MI-SUDENE/Governo do Estado do Ceará, Fortaleza. Ï2ßîè Lagoa da Salina ¹ ( 15 Jurema # R ÔÔ4íñ íáà Mapuá # W 1673Ma 45 Ï1çáì RSão Miguel # R ca # Baixio # Fe gp 203 Rc 2690Ma# 624Ma Pb Y # VÁRZEA ALEGRE R R tl ! Rio Pb 60 São R # 70 Brava ÔÔ2g Õ2ß ×ë b ÎÏ1 ÒÔ3g2ç Ï1çê # Lajedo # ca Naraniu 45 am Belmonte Jsl ¹ do t cin Ja b ¹ ¦ R Pb,Zn SEQUÊNCIA DELTA-A* Ï1çá i Umar Várzea da Conceição Candeias São Vicente Åg tl JK1 β c # o tã pi Ca Rch. b b ¹ ¦ ÒÔ3g2ç R at b R SANTANA ! R#Y gp,ca DO CARIRI 292 íñï ÔÔ4ñâ at # Lima Campos # QUIXERÉ TABULEIRO DO NORTE ( 2596Ma Ú ca e uarib Jag S. João de Deus # ê er uix Õ2ß Q # Y # 15 W PRINCIPAIS TRABALHOS UTILIZADOS Lagoa Vermelha Juremal ( íïå ÒÔg ribe gua Rio J a # Macedo, M. H. F. ; Sá, J.M.; Kawashita, K. 1988. Idade da faixa Orós: Dados preliminares. Rev. Bras. de Geoc. v. 18(3). p. 362-368 ALTO SANTO ( (( bá R ÔÔ4íñ íáð das h. Rc ÔÔ4íå 1790Ma Açude Lima Campos ( / 15 ( Gr # Olho d'Água da Bica ÒÔ3ß 50 ÔÔ4íñ ÒÔd 116 Y # ÎÏ1 ( 75 (( T $ íáà íáð íñï Ï1çë 55 ÒÔ3g2ç tl RRFe # # # Monte Alverne Ï1çë Ì Mg . Rc h 25 Ï1ßß # Rio h. Rc o Ri d im b b ess o ¹ m ué uq M 75 Açude Thomaz Osterne Sr Ï1ßß Jar b Suc alo Brito 060 Riacho Verde Ï1ßñ Pontal da Santa Cruz Brejo Grande ( (¹ ( ¹ b Bom nç Go Quinc oê h. gp,ca Ì b Rch. b ¹ Rch. Rc ca ¦ ¹ b ¹ ã ( ( ¦¦( ¦ ( ( ¹ ( ( ¹ ¹ ( ¹ ( ( h. Rc ¹ . Rc h # MgÌ ÌMg Mg 55 ÒÔáñå íñáß # 40 ÔÔè 50 Palestina R # 50 # 10 Vista Alegre ÔÔ4ñâ # Mg ÔÔ4íäà 1220Ma # Caipu ÒÔáî ¹ Ì ( ( ( b Souza Cipó ¹( ( ¹ ( ( ( ( ¹ ¹ ! 712Ma R atR Fe v Le gp,ca gp,ca Sr Ï1ßß ¹ Ipueiras . Rc h Rio bibu Pira ¹ ¹ Rch. ¹ ¹ R b Riacho Grande Î3ôà s ca m Bo Rch. ¹ ¹ ¹ ¹ b José de Alencar Rch. # am Umarizeira áîï R Y # # ¦ # 2600Ma Sn Feiticeiro # ORÓS Y Ï1çá Mg Ì ÒÔ3g2ç Lagoa Redonda # ÔÔè b MESOZÓICA . Rch ¹ ã ( ( ã ( ã( ( ( ( ( ( ¹ ¦ ¦ ¹ ¦ ¦ Umari Ï1çê Ì íñáß Ì Mg 175 TRIÁSSICO (T) # Castanhão 30 2191Ma W Mutambeira # 1790Ma ## Varzea Grande Ï1çá Gadelha Quixoá ## ibe ar gu a J # NOVA OLINDA Pereiro ÔÔè h. ( # T $ ÒÕë e ( (( ÎÏ#1bá ( ÒÔg 65 (( Sn 65 Açude Orós Mata Pasto # Açude Castanhão JAGUARIBE 55 Amêndoa 1060Ma íñï ÒÔ1á Õ2ß íñï ¹ ÒÔg 10 # Ï1çê ÔÔ4íå äàáß ×ë Co Ï1çë rtad a íñï ÒÕë ib uar Jag ÎÏ1bá ÔÔ4íá ( ÎÏ1bá (( ÒÔg Açude Joaquim Távora 20 QUIXELÔ # Y Ï1çê Ï1çë R Santarém Ï1çë Caldeirão Ï1çê ÒÕë # ÒÕë Õ2ß Ï1çë 154 (J) b b b b ¹ ¹ ¦ gp,ca Ì Araporanga # Ìgp,ca Õ2ß ( ( ÒÔg Sn Sn 75 ÒÕá # ca ca Y # Manibu íñï ande ÒÔ3g2ç ocr V & ÒÔ3g3ç 20 # # Pontal ÔÔ4ñâ Õ2ß Rio ( ( 55 s Rc Sn Sn ÔÔ4íñ # Antonico # Antonico Õ2ß 30 ¹ ×ë Ï1çá Carnaubinha Ï1çá ZC # # gf íáð # Cun ÒÔ3g3ç Y IGUATU # b roR h. Rc Bomsucesso 50 ÔÔß Dia W 75 ÔÔè 1796Ma # Mata Fresca ca Cartografia Geológica # Y LIMOEIRO DO NORTE ÔÔ4íñ ¦ Melancias Giqui Ï2ßîß Õ2ß #Peixe Gordo # Y S. JOÃO DO JAGUARIBE # o Ri 2540Ma # Õ2ã Ibicuitaba Be R V & ÔÔ4ñâ ( ( 70 35 70 ( ( 30 R ÒÔ3g2ç # Pedras ¦ ÔÔè Rio Y RUSSAS # Be Cu ( ãR (( ( ÔÔè 20 Rch . Ï1çá ( ÉÒàä ÉÒàä ÒÔd gf íñáß ( ¦ ( ( ( ( ( Rch. dos Sn ÒÔ3g3ç 40 L W ( ( ! 2550Ma ( F 25 h. R ÒÔg ICAPUÍ Y # JAGUARUANA Õ2ß Y # Õ2ß h. Barreiras # u hib Ara Rc Be # Peixe ! ÔÔ4íñ ( 75 ÒÔd ÎÏ1bá 40 # ÔÔ4ñâ 85 Jagu aribe Au Dom Quintino R ÔÔß u BarreirasTruç ÒÕë Rat -70 Trairí b ã ¦ ã b # Åg Suíte Magmática Ceará-Mirim Rio ú nda Mu de b b # Õ2ß -60 Rio ¦ b b Y ARARIPE # das b ÒÕá ¹ ¹ b # da Trin b # Pajeú b ¦ ÒÕá Ï1ßñ h. Rc b J3v SALITRE b K1(?)s Formação Sitiá ¹ K1(?)b Formação Rio dos Bastiões #Anjinhos Cariú s R gf R h. RcÔÔß e 37 1 F W Be Be # # #Capim Grosso ÔÔèåì to en am i vr íïå JAGUARETAMA íñï 70 Rch. 2150Ma u ng Y # íáð R Be 40 Flores R ( Õ2ã 304 Borges # ÒÔ3g3ç Uiraponga # W NOVA JAGUARIBARA# Y Rch. Retirinho / 123 ÉÒàä ÒÔg ÔÔè ÔÔè Õ2ß Deserto ¹ RW Sa Li,Be,Ta,Nb R 25 37 1 Õ2ß Y ITAIÇABA # Y PALHANO # R Pb ¹ ¹ íñï ÔÔ4ñâ buiú Bana 20 Açude Boa Esperança ( 60 # Y SOLONÓPOLE # 70 ÔÔ4íñ ÒÔg ¦ Rio Açude Poço do Barro # Quixaba # ano Palh ÔÔ4íñ íñï MORADA NOVA Y # ÒÔ3g2ç ( ( ÒÕá Rc 2420Ma Be Jenipapo W gf Baixio ! # Lopes # Rch. ca ZC R gf Nb,Be gf # # Barreira dos Vianas ÔÔ4íñ # ÒÕá ca ÔÔèåì nc a Bra Majorlândia ARACATI # Y 75Cabreiro # Pedra ÔÔè Aro eira 70 # ÉÒà 2217Ma Rc # h. Escud eir Sao Pedro o Bonhu ÒÕá Roldão Olho d' Água # ( R R ÒÔ3g2ç Li,Be,Ta,Nb Sang ue Riacho # Vermelho 50 # K1rpa Grupo Rio do Peixe b K1i Grupo Iguatu ca ca Brejinho ÒÕá # ¹ Grupo Vale do Cariri Y # Åg / 226 ( at R Brava tl Y FARIAS BRITO # ALTANEIRA Y # ho in ej Br Lagoa dos Crioulos K1v J3K1v ÒÕá ÒÕá ÒÕá K1a ÒÕá R Barro Alto # Rio 60 ca ca # SINÉCLISE INTERIOR/ PRÉ-RIFTE Grupo Apodi ! io 135 292 R ca Nova Betânia # ÒÕá 176 Me # # Grupo Araripe ÒÔ3d2 # R do Li,Be,Ta,Nb Li,Be Be,Li,Ta,Nb Li,Ta,Nb 2570Ma ÔÔ4íäà # ÔÔ4ñâ(?) ÔÔ4íäà 292 ! MILHà ( Y # # Rio ÔÔ4ñâ(?) ÒÔ3g2ç do FRATURA INTERIOR/ RIFTE # K2ap K2a Y # Li Li,Be,Ta,Nb W 60 Cariutaba Quincuncá tu,Ta # ÒÔ3g3ç mu mu Melancias 65 2500Ma Canoa Quebrada # R dt Jirau R èáß 40 # Rch. Õ2ã Santa Tereza do ÎÏ1bá ÒÔ3g3 ÔÔ4íñ ( Li,Be,Ta,Nb # ca Ibicatu ca Cafunda R ÒÔ3g2ç Vila Nova ( ã 20 Palhano 5 ( Õ2ß R dtR # R dtR dtCarnaubinha R dt R Córrego R # dos Fernandes dt Sao Jose Lagoa Grande Rch # Mundo Novo . # Be mu mu mu mu mu Be # mu Li Cajazeiras Mn mu mu 5 mu ÒÕá 35 ( gf,Mn Patos # ( # Y # 116 35 ÒÔ3ß Barra dt / ÔÔè 60 Õ2ã Guajiru FORTIM Açude Medeiros # ÎÏ1bá Açude Santa Rosa 35 # 80 R # Pontal de Maceió # dt # 2600Ma 25 ( ( ( ( de ran Rc h. G na Ba ÒÔ3g2ç W # W 40 Lagoa Grande Ï1?ñ T2000Mabuiú $ tu mu Be,Ta,Nb ÉÒà # da mu tu,Li fd ( ca at tu Be ÔÔè R äàáß # tu,mu Monte Grave gf 50 ASSARÉ ÒÔ3d2 Li ( ÔÔè ca São Bartolomeu # äàáß b Parnaíba ** im ob am Potiguar Rio Açude Arrojado Lisboa Lagoa de Cima Ì Be mu,tu tu Ì tu,mu,Li Ì Rch. W íñï tiões #Sitiá 2 # Lagoa de Baixo # 67 Água ( íáð s ÒÔ3d2 Amaro #### Sitiá 375 ¹ ## #### #Curralinho Rinare Ì #R R o adinh Salg h. Rc ! ÔÔèåì Rch. ( Parajuru # Rdt dt dt # R# Campestre R Tapuio dt Boqueirao do Cesário ÔÔè 265 R ÒÕá 60 ( Ï1çá Ï1çá Mg 35 Bela Vista # ! RW # Açude Belo POTENGI Y Horizonte # ÔÔ4íäà # ca # ## # # # # # ## Rio dos Bastiões 187 ada Baix MARGEM PASSIVA JURÁSSICO R. S. Lourenço ! # Aratama ! ÒÔ3g2ç da E (K) Rio do Peixe Tanques SINÉCLISE INTERIOR/ PÓS-RIFTE * 96 CRETÁCEO Iguatu # Alagoinha Santo Araripe 65 Açude Alagoinha EspirítoÒÕá . Rc h (E) (( ( Eλ m ENb BACIAS SEDIMENTARES SILURIANO-CRETÁCEAS ¦ R ¹ ¦ # cm ¹ São Gonçalo do Åg Rch. 23,5 Suíte Magmática Messejana b Grupo Barreiras ¹ NQm ¹ NQc # r xe ui Q # ão ceiç / Qd SEQUÊNCIA ZETA * (N) PALEOGENO Q2e NQt 1,75 NEOGENO Q2m CAMPOS SALES Y # . Rch Q2a 70 s Ba 35 Sitiá 62 ( 060 JUCÁS # Y # CARIÚS Y Ì íñï Ï1_à 375 #Rosário #Barreiros Ì ( Rch. R Paripueira R dt dt Pirangi dt Be 138 Capim Rio Li Açude Olho d´Água Boa Vista ! 40 á ÎÏ1b Ï1?ñ Õ2ß R fd Be 40 Viçosa Rch. # Salão R dt Ì Rio Serra do Félix 40 Rch. ÔÔè íáð # mu Rch. # Itapeim ÔÔèåì Rio # Y # # IBICUITINGA 70 Li 60 Be 2730Ma # # Cama rá # ÒÕá # ÒÕá # Pedras Brancas Y # Be Be Be mu Panelas Açude dos Pinheiros ¦ BANABUIÚ Be 60 ßï Ì Palmeira Be ca # ( Be 70 ÔÔ4íñ -1 0 R dt R dt cm# Li Cristais Boa Água 65 ÒÕá ÔÔß # #Codia Rc o ijã R dt 040 dt ÔÔáá Be JuaBe zeir Be o Be do Canafistula h. # 2200Ma# 85 ÔÔáá ÒÔ3g2ç bátu ÎÏ1 do Baú # Ï1çë Canafístula z a Cru h. d ZC # Fe Boa Vista ## # # # # ## # # # # # # # # # # # # # # # # # # #### ######### ###### ### R # # # # ## ### # # # # # # # # # # # ### ¹ ####### ########## # # # # # ¹ # ¹ ¹ ! ###### ### ¹ 55 Mg obim 2400Ma ! APgn TARRAFAS 1600Ma # ÒÕá cio ÔÔ4ñâ e uarib J ag Rch. / Ar r do na Se u pe 35 Quin in # Nenelândia ÒÔ3g2ç Ï1çá Rio e rê 45 eição nc ã APgn S. Sebastião ÒÔ3g2ç ¹ 230 Con QUATERNÁRIO (Q) MAGMATITOS ã DEPÓSITOS CENOZÓICOS (APROX.) Rio Canadá ram tu R Suassurana m Po # R! dt R dt Be Li Rc h. Be ¹ ¹ 80 # Tesouro ÔÔ2g( ( ÉÒà Nova Vida Açude Pedra Branca Ìmu,Li,tu Betânia 40 Açude Trussu ÔÔg es stiõ ÒÔ3g2 230 am ÔÔ4ñâ ¹¦ LITOESTRATIGRAFIA ÔÔ4ñâ b PERÍODO # TIPO/SEQUÊNCIA IDADE (Ma) íáð Ba # Quix e Y DEPUTADO IRAPUAN # gf PINHEIRO # ÒÔ3g3ç ( ÔÔß tu Ca rr ap ate ira 50 # # Santo Antonio Isidoro ÒÔ3g3ç 40 ÒÔ3g2ç s do 25 ÔÔè Itaguá # C h. Rc # Poço da Pedra Açude Poço da Pedra ¦ aré ERA PÓS-ORDOVICIANAS ã ¹ ¹ ¹ ¹ ¹ ¹ ã ¹ ¹¹ ¹ ¹ ¹ ¹ ¹ ¹ ¦ ¹ ¹ 㠹㠹 ¹ ¹ ¹ ¦ ¹ ¹ ¹ ã ¹ ¹ ã ¹ ¹ ¹ ¹ã ¹ ¹¹ íáð ão ei ç ZC # Co Õ2ß inc Qu # CRONOESTRATIGRAFIA TECTONOESTRATIGRÁFICAS c on iro oe Lim Rch. íáð RELAÇÕES ZC ¹ ¹ ÒÕá Carmelópolis ¹ # Monte Castelo ÒÕá 7° 65 ão Jord # 50 ÒÔ3g3ç íáð ¹ ( ßï Rio Rch. 35 ÒÕá ( Itaguarassu R R Mn ßï tl dt Sucatinga Be ÉÒà ÔÔáá Oiticica Uruquê # T $ Quincoé ÒÔg Angico ¹ ba taju Ta es stiõ Ba íáà 65 ¹( Subdomínio Granjeiro b # Quixariú # ßðïà 30 Rc 284 Y # # 2560Ma ¹ R R ! R ca ¦! áb1 ÉÒà # Mn 30 Curimatá 50 R # ÔÔß Y ACOPIARA # 277 # 30 IBARETAMA Y# # # tu,Be gf Açude Quincoê ÒÕá ca Be,tu,Nb R gf,Mn R ÒÕá Be Be REVISÃO DO TEXTO Homero Coelho Benevides Õ2ã R# Timbaúba dos Marinheiros Pirangi ( QUIXADÁ Açude Cedro bá ÎÏ1 Barra do Ingá ÒÔ3g3ç R tl R gf ¹ ÒÔ3d2 ANTONINA # Taboleiro DO NORTE Y ZC # ca % a R # ( ¹( ( SDG ¦ ¹ ca Barão de Aquiraz b Subdomínio Jaguaribeano ã SDJ Rca # 35 R 55 am R 122 Mn ÔÔ2g tl tl 585Ma R # # gf ¹ Ibicuã ÒÔ(?)g 373 ei nc Co 40 2187Ma ÔÔè Cedro ÔÔ4ñâ 1 - Iguatu 2 - Lima Campos 3 - Icó 4 - Rio do Peixe 5 - Lavras da Mangabeira 6 - Araripe ¦ Subdomínio Ceará Central o Ri # 40 b Ri o ¹ 58 SDCC ¹ ¹ ã R 40 # Mesozóicas (1 a 5) Siluriano--Cretáceas (6) Subdomínio Piancó-Alto Brígida Ipu SDPB h. Rc Subdomínio Médio Coreaú ¹ ¦ SDMC Rch. ÔÔ4ñâ # 060 85 Uruaú ÔÔáá % 29Ma U Mn R Mn R Mn # Cipó dos Anjos Jordão 50 S # ão ! ¦ ru bu Ja # Ebron ÒÔg ÒÔ3g2 São Nicolau # tl T $ Y # R QUIXERAMOBIM João Açude São José II ÔÔáßð R gf ÒÔg ! # Mulungu R 50 ¹ 1730Ma ( (( Rio Felipe R W ( (( ( #Poço Grande # ¹ ÉÒà 45 ca PIQUET CARNEIRO Y # 85 ( r ên Flo . Mel Rch # Barrinha R 15 Mn10 # Fe W 20 h. Rc Sac o ÒÔ3ß 2270Ma Tijuca 500Ma # # 15 (( ÔÔß Cruzeta Juá ca ÔÔ4ñâ Catingueira ÔÔè DOMÍNIO CENTRAL ÔÔ4ñâ ÒÕá BACIAS/SUB-BACIAS INTERIORES dos ÔÔ4ñâ DOMÍNIO SETENTRIONAL C 30 ( R dt Be ha RR R R Mn R R # Curupira Mn Mn áï Mn R Mn ÉÒà R R 65 áï 2260Ma Rc Mn Be h. ÒÔd # Rch R . Mn da Mn R s Rch . / R Cavalo s Mn ÒÕá # Uruquê ÒÔ3g3ç # do íñáß atin ir a gue ÔÔß ba Aiua ZC ã ÒÕá ÔÔ4íñ ÒÕá PROVÍNCIA BORBOREMA . Rc h ÔÔ4íñ R ch . Um ÔÔáßð Patos ¹ P- ¹ (¹ ¹ ( FB - Farias Brito PROVÍNCIA PARNAÍBA PP h. Rc (MZ) Mesozóico ÒÕá iro ze bu # AIUABA Y Um bu # 30 ÒÔ3g2ç ÒÔ3g2ç Barra ÒÔ3g2ç ÔÔáßð 70 S - Sobral-Pedro II SP - Senador Pompeu (CZ) Cenozóico ßðå 15 PPag SABOEIRO Y # iro ze PROVÍNCIA COSTEIRA PC ßðáß ¹ Zona de Cisalhamento (ZC) Limite de Subdomínio Tectonoestratigráfico 20 PPag # Juazeiro # 35 ¦ ÒÔ3d2 Malhada ßðáß R ¹ ÔÔáïó áï Mn # Y Mn OCARA Mn Mn ÒÔ3d3( ( ÒÕá ITAPIÚNA # Tabuleirinho Praia das Fontes dt Lagoa do Uruaú Be ÉÒà B # Borges Õ2ß # Ideal ÒÔg # ááß ÒÔ3g2ç Caiçara # Solidao # Baixio da Donana 25 Eng. José Lopes 30 h. Rc ¦ ¹ ÒÕá ¹ R ca ca 50 # 5 ÔÔßå ( ßðï 55 e ca ¦R ÒÕá ßðå Rio ¹ ESTRUTURAS da ÒÔ3g2ç ( R Fe 45 ÔÔß ßðï ¦ ( Jaguarao gf Nova R ÔÔáá Rio W 42 53 rib ua 100 km Kilometers ÒÔ3g2ç R at lha Rch. eíðè ð ò ( ( Jag 50 at -38 eíðèá Bata á ÎÏ1b ( ( R W ÒÔ3g3ç . Rch ßðå ( ca ßðï Oiticica # co Sê 80 ( APgn 35 ÔÔáßð ( ( ( ã Ramalhete ca ( ( ¦ 0 Cu #### -8 -40 R R or ó ÔÖg São José # Cu Barrra 25 R ¹ cá Ju Ba á # -42 eíðè ð ò M ot a 40 ( ( Flamengo Sao Goncalo R# ca ( ¦ ¹ ã ¹ ¦ ¹ J uc Ba eíðèë R ca # ( ca ÒÔ3g2ç ( 35 ca # ir in re ar -5 0 # Triângulo Choró Rio R dt Rio BEBERIBE Y # dt Li dt José Emilson Cavalcante Antônio Celso R. de Melo Vicente Calixto Duarte Neto -3 0 # Morro Branco Õ2ß dt RMn 4° Y # cm Be Base planimétrica extraída da Base Cartográfica Digital do Ceará, escala 1:100000, lançada DIGITAL pela COGERH, circulação restrita, consistida e CARTOGRAFIA complementada na CPRM - Residência de Fortaleza. Francisco Edson Mendonça Gomes (Coordenador) Limite estadual obtido de arquivo digital gerado pelo IBGE em convênio Nogueira Cavalcante com o IPLANCE,Selêucis melhorado na CPRM. -4 0 -2 0 dt Barra Nova Malcozinhado # Jacarecoara # CASCAVEL R ÉÒà Ara coia 70 ba ÉÒà # # áøëg Mn # ( Mn #Juatama # ca 20 ( Be # 2492Ma Carnaubinha ca ÔÔg # ÒÕá ca Juá 35 Sitiá R Criancó Rch. # R 040 Mn # Belo Horizonte Y ARACOIABA # ca # Caponga ÔÔáá # áb ßâb 20 Canhotinho Flore s ¹ ÒÔ3g3ç Sao paulo çáß# Õ2ã ÉÒà Açude Pacajus # R# R dt a Guanacés Mn BARREIRA CHOROZINHO # Y Y # Córrego # 354 # Antonio Diogo ca 060 2236Ma ïóáß Rio ÒÔ3g2ç ca ( ca Lag 45 oa ! 30 Rch. # Dom Mauricio Rch. SENADOR POMPEU Y # ! Guarani áï Campestre # 1980Ma 80 Açude Patu ÒÔ3d2 ca ÔÔáßð( ßðï # Xixá ca # Curimatá ! Preaoca dt R # Y PACAJUS am # 2400Ma São Bernardo CHORÓ Y # ca ( 80 gf Belém ÅÔáøë ¹ 70 55 ¦ ã ¹¹ Ba Cococi Rio R ßðáß ca at 45 at Ba r ¦ Mira do (( ã eíðè ð ò ¦ do # eíðèá Cana Brava # ua ¦ã 6 Ja g do Rch. R ### # R # # # # ############ ## ## # # R# # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # ## ## ## ## ## # # # # # # # ## # # # # # # # # # # # # # # # # R ### SDPB -8 ¹ 45 ÒÔ3g2ç R tl #ARNEIROZ Y ÒÔ3g3ç Rch. a st Co da Ba Rc h. Con dad Rch. o ( ( ( ¦ ¹ ( ( ( ( Jucá # 2780Ma Rio ÒÔ3g2ç (( ( b ( R ¦ b ( ÒÔ3ß ( Rc h. Z CP ( ( ( ( ão Jo 5 B Z CF (( ( ¹ h. Rc 4 ( h. Rc (( ( ( s íra oa Gr 1 SDG Miranda R ca do 2857Ma # ïóï # 45 50 ÒÔ3g2ç ßáß CATARINA Y # ÒÔ3g2ç Puiú #Cococa R ÒÔ3g2ç ÔÔß 60 66 Tr uç u Trussu ã ám ááß 3 176 # ( ( ááß ßáß ¹ 2 ca ( ! ( Rch. ZC gro Ne e ri b -6 30 ÔÔáá ( ÅÔáøë ¹ R ca Rca ca Y # ÔÔáç ÔÔáïó R 40 ca Primavera ÒÔ3d2 ( 44 ¹ 24 ca Y CAPISTRANO( # ÒÔg # 2056Ma ÒÔ3g2ç Lacerda São# # ca ( Y # ÔÔáæ # 1860Ma ( ca o Ri 60 r do na Se 15 ßáß ã Rc ÒÔ3g2ç 5 Pom h. u pe ¹ 10 ã # -6 R ca MonteSion R 52 ÒÔ3g3ç 28 Cr 40 ZC ( ( # é nd co Ca # Sao Vicente o Rio Encantado # 45 80 ¹ ã ca çáß California# Sossego # R 85 ca Rtl ¦ R Ì dt # R dt ca Cantagalo # tl ca ÒÕá ca Açude ááß Castro áøëg São Bento 1875Ma Rch. # Y vm ca # # # 24 2794Ma 76 ( Marruás 65 Y # MOMBAÇA ÒÔ3g2ç # Tanquinho ïóáß ca ÔÔg ÒÔ3g3ç 72 ( ( ca ( ( 226 29 ¦ ¹¹ ! # / eto Pr am ¦ ¹ # 30 # Senegal Y Açude# Quixeramobim # Bonfim ÅÔáøë rote Ser # / Queimados rê Itaipaba Are # R Mn R ca Rch.# Ìdt 622Ma ÒÔg Oiticica ti co ACARAPE Cajazeiras 80 30 40 Pa ¹ #Barra Nova Caponguinha # HORIZONTE # Y Fun d Roseira # Rodeador R 116 10 # Vazante # Açude Pompeu Sobrinho 36 ïóï Rc h. Baú ÒÔg PINDORETAMA # Y ponga Ì ch. Ca dt Projeto integrante do Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB, que é executado pela CPRM - Serviço Geológico do Brasil, através de suas Unidades Regionais, sob a coordenação da Divisão de Geologia Básica - DIGEOB do Departamento de Geologia - DEGEO, chefiado pelo geólogo Carlos Schobbenhaus Filho. Este projeto foi executado pela Residência de Fortaleza, sob a coordenação regional dos geólogos Antonio Maurilio Vasconcelos e Francisco Edson Mendonça Gomes e coordenação nacional do geólogo Inácio de Medeiros Delgado (DIGEOB). Õâ Cap ong a Rch. # ÔÔáá R R dt Justiniano . de SerpaRc h ááß Açude Pacoti # REDENÇÃO # Y cm R R tl # ¹ R ag Rtl GUAIÚBA Y # ¦ # R R Fagundes # dt dt Patacas # dt dt tu Ca # São Gerardo 45 ca 1690Ma # #Açude Y ÒÔg Riachão Dourados R MnMnR # # Caio Prado Serra Branca 50 Rch . Rch. R 83 ca Marrecas ÒÔ3g3ç ¹ ¹ ¹ ÒÔ3ß SDJ Rch. ( R Fe velas e t ne o b Sa s da 57 10 # áøòáß ¦ ¹R ¹ ã h. Rc Fa das ¹ ¦ ( iú Pu Ò Ô3 ß é ar Inh Açude Favelas ¦ ( ( 30 PARAMBU Y # ×ñå #( ( ( Rc h. # s # Inhamuns363 ra Va ÒÔ3ß 060 25 áøòm ARATUBA # Rch. Y ( Custódio 35 13 70 # São Miguel # ca Flores # 2450Ma MICROPETROGRAFIA Iaponira Gomes Paiva # ITAITINGA agua Verde 20 65 Tanques # ca Alfredo Dutra am Cangati Córrego do Lima 30 ca Morada Nova áøòb ã 40 R ca ! PEDRA BRANCA 48 # 60 # 30 71 ¹ PC ( ( Oiticica ( (MZ) ÒÔ3g2ç 21 # ( R ( ( Riacho Verde va No . ch . Pau d' Arco ab uiú ã 5 ÒÔd ¹ R José ¹ ca ( 020 ( o Sã ß ÒÔ3 (CZ) / (( Rch . R vm ( 45 ¹ ( ÒÔd ¹ ¦ SDCC ÒÔgí 50 Rc h 35 60 57 # Santa Rita 76 ( ( ( ( Rat 20 Novo Assis # Ro sá r io PC # ( ã ( ¹( ( ( ( ( ( ¹ ( ( ¹( ( ( ¹( ¹ ( ¹ Rch. PP Cachoeirinha # ro 69 ÒÔ3g3ç TAUÁ Y # 3ß ÒÔ ã R 10 # Gavião ca ÒÔ(ÔÔ)gá ¹ã 10 75 ¹ ÔÔ(ÒÔ)áá b 20 Jag ua ¹ # ã¹ 10 -4 -4 Algodões Rio ( ( 44 Ba n ã (¹ ã ¹ # ÒÔd 3040Ma # 20 ¹ # 10 Açude Várzea do Boi Açude Trici Carrapateiras 13 Boa Vista # 30 ÅÔáø Mineirolândia 9 10 ( R( ( Malhada ¹ Santa Maria SDMC ß Ô3 Ò ( T 550Ma$ 15 bi lu m Ca ÔÔ4(?)ìá ( 25 # ¹ 22 11 áøòm 30 30 R Cr ca Fe / áøòb am am 537Ma ( Trici ( % U ÒÔ3g3ç 404 ã ( Altamira # ¹ ¹ ÒÔ(ÔÔ)gá (CZ) R ca45 ¹ PC PC Be 37 ã Mor ( ÒÔ3xå ( ( ÒÔd Rch. ¦ 6° áøòb e ri b ÒÔ3g2ç ¹ ¦ T $ T 550Ma $ ã ÒÔ 3x å 40 550Ma áøòb 065 2130Ma 2178MaV & 2137Ma ÔÔßâ # 40 2773Ma áøçò 10 ¹¹ ¹ Açude Acarapé do Meio çáß fd as rib ua # ¹ 15 40 Logradouro 20 ã ¹ ¹ ( ¹¦( ( ( ( ( ¹ (( (( ¹( Mineira # ÒÔg ! ca G 4 56 Damião Carneiro Pirabibu S. Francisco R am 30 Y # áøòb ã ( ã ÅÔgá # 21 Capitão b R -38 60 ( R ( ã¹ ( ( -40 40 ( ááß 15 ¹ -42 ca ( ( # Manituba # Jenipapeiro 30 R R 21 Cr Cr R CrCr Cr Troia áøòñ áøòm ( ÒÔ 3xå ( ÔÔáá ÒÔ3ß # ( R am Cr RR ã 38 Barra Nova b b COMPARTIMENTAÇÃO TECTÔNICA ( ( 3ß( ÒÔ ¹ ¹ ¦ 25 ca ( áøòm R # b 639Ma ( ( Ú áøòb ( ( ÒÔdgò 15 Santo Antonio Sta.Teresa # # Trici Rc h. Alto Poti ÒÔ(ÔÔ)gá ¹ ã ¦ QUITERIANÓPOLIS 40 Y # Açude ( ( ( ( iras rre ( Ba ( ( 45 Bom Jesus áøòb Boa 25 2776Ma Lages # PALMÁCIA Y # Ouro # ca Rio 35 ßâb Ten en t e R GEOCRONOLOGIA (base de dados) Antonio Maurilio Vasconcelos Iaponira Gomes Paiva Jacauna Ponta do Iguape Tapera # # Jubaia # Y cm PACOTI Guassi # GUARAMIRANGA Y cm # R çáß ! ÔÔ2g am Vista # Piedade 35 # # # ¦ R 2875Ma # Açude 50 Itaguaí Poço de Pedra São José # ¹ ¹ã qz ari 2370Ma # Caiçarinha ïóï Cr áøòb 586Ma # 5 ( ( ( ( 30 70 30 ááß ( ( ( ( # Iapi ( ( Rch . 30 ¦¹ Rch. de R ca 657Ma V & ÒÔd ( ¦ áøòå 5 ÒÔ ( 3xå ( 40 Santa Cruz do Banabuiú 10 ¹ # R ca ( áøòb # 2280Ma # 020 40 2340Ma ( ( ( Espera nça RTi # Açude Fogareiro % 3270Ma a 2500Ma 15 Açude Vieirão 40 R ci Jandragoeira ( Balança 15 # # & 2123Ma V # Passagem 40 # ¦ # ÔÔ2g ßâb # Mo r R ro Y # # ¹ ¦ 30 15 BATURITÉ Rio Um Santa Catarina Massapê RECURSOS MINERAIS MINERAIS: Antonio Maurilio Vasconcelos Marcelo de Freitas Medeiros Õ2ã Monguba Umarizeiras 40 ÒÕá çáß # cm Pico Alto ca ÔÔáç Li Monte Castelo 40 40 / ( ¹ (¦ ¹ ( ( ¹ ¹( ¹( ( 35 1 Santa Rita # ¹ b ! aro 20 V & 50 ( ( h. Rc Fe ( c Sussu -36 40 ¹R¹ Bo a ¦ ¹ . ( . á J uc R Fe áäã ÒÔd ( ( V & ÒÔg ( ( # BOA VIAGEM ÒÔg cm Cas tr # ßâb Õâ PACATUBA # Y # 5 ca ca ÔÔáá Rio # Amanari # MULUNGU Y # U,P áøëg Barrigas T Õâ Penedo Açude Papara ca 2360Ma Rch. # 50 R R R#ca ( ( 60 R 2151Ma ca ( ( Bom Tempo ¹ -38 ho ¹ ¹ b Ol ÒÔ3g2ç Rc h -40 V & 643Ma Fonte: CPRM -42 R at ( 30 ( ÒÔg ( Rc h R Pitombeiras Ti ca s te b 100 km Kilometers 50 ¹R ¦ ¹ ( S. Raimundo # ÔÔ4(?)ìáFe 620MA S. Francisco ua# g Á d´ tã ima b b Intra-subdomínio J - Jaguaribe; T - Tauá Fraturas Ceará-Mirim (FCM) Cur ca ìáß ca R Ti Ti Ti R ( Ipiranga Ti çï R 15 Ti # 2470Ma # ÔÔáç Cu riú S ÒÔ(ÔÔ)gá oa 20 ( ( ¹( R ca Rio çáß Mor 065 çáß Itapebussu Palmatória U,P Açude Marengo Cap 2330Ma it ão # ( (R ( Ti do Ti 30 (( 30 30 15 Ti ¦ R ca ( ( ca R R ÔÔáá 2390Ma 40 res Rca b at at ca b R ch. ¦ ÔÔ4(?)ìà ÒÕá RRNi,Cr tl tl R ca . n rte Ve ¹ ( ( ÒÔ 3x å R ca R 772Ma Rch. 40 Palestina # 50 Tranqueiras # . Rc h ESTRUTURAS Zona de Cisalhamento (ZC) Limite de Subdomínio Tectonoestratigráfico S - Sobral-Pedro II; SP - Senador Pompeu; FB - Farias Brito; P - Patos ¹¹ ¹ -8 35 ¹ nT -8 0 at ÒÕá b ÒÔ(ÔÔ)gá 30 40 h. Rc -88 ÒÕá ( . ( ( s da ão s Jucá R ci ÒÕá I rm -73 Õ2ß R Ti ( 40 ¹ -50 30 Rc h 50 h. Rc ÒÔd R ¹ Monte Sinai P m Bo ( ( ÒÔg 20 # ( ( 35 60 40 at R Ni,Cr b NOVO ORIENTEFe Y # ÒÔ(ÔÔ)gá ÒÕá do ááñ ZCP 36 Rc h ( Y INDEPENDÊNCIA # ú ( ( ca Rch. B h. -30 ZCF Rc ÒÔg 60 Itaim 10 R R / Açude Jaburu II # ( ( do ( ca Mel 226 Cu ri Lagoa das Pedras 35 ÒÕá Fe 1900Ma # Õ2ß 15 # R 25 30 Rch. ÔÔáá ÒÕá ÒÔd R Ba 50 30 -24 -37 ¹¹¹ 30 R ca Ti do Rch. ( Ematuba ( ( 50 R io cí p rin ( (R ca 60 35 35 ca ( ( Tapera 25 Ti ÒÔg ( 60 ca ! ááñ Açude Amanari RMn ca Inhuporanga ( Teotonio ÔÔåd José Carvalho Cavalcante Õ2ã CAUCAIA Y # am # Bom Principio 50 ca # # çáß 020 Y MADALENA # GEOLOGIA BÁSICA ( INTEGRAÇÃO E REVISÃO) ÒÕá # ca Lagoa do Juvenal 70 ru / and es 60 25 ááß 38 ( ¦¹ ¦¹ e huip Ca 40 30 ca ÔÔáç áíåì Rch. Esperança 25 Açude S. José ado Salg Rch. Barreiros# ( Rc h. R ¹ R ca ÒÔg ( rã o ( 20 ááß Fer n 35 # ¦ # Macaoca 65 32 Ba Açude # Teotônio # Guia Rc h. ÔÔáç Ing á ¹ ÔÔ(ÒÔ)áá 40 o Capitã Rc h. Montenebo # Í -19 a gu ÒÕá ááß ( ( Rch. 70Tou R ou 28 Rch. . ( (ã R ( ( ( ¹ 69 ( ÎÏ1bá 2130Ma o Ibuaçu rros ca 25 Onç a ¹ ÒÔ ( 3xå( ( ( R R am ca b -6 -15 b -6 ca Rch . ¦¦ Rc h çáß R 42 Rca 26 # s a ra ÔÔáç ca ca C # ach çáß 45 35 Rtl Õ2ß áï Mn 40 # 3 66 16 Salgado / Targinos ca ! 14 çáß 45 Rch . á Irapu Rch. Lopes ¹ 70 ÒÔg çáß çáß Nossa Senhora do Livramento # #Curatis 10 ca b -12 187 R 50 ã # ááß 10 ! # Oliveiras o urã # Irapuá To R caR ca ¹ Santana ca 65 70 Graças # at Rch. ( ca Ar ÒÔ(ÔÔ)òñ Olho Campo ÔÔáá 45 30 b ´Á o d Olh ¦ h. Rc U -9 Cu 40 60 A FCM Cavalos I 4 -0.1 R ÒÕá Ô 3xå Ò ¹ ¦ ¹ ¹ R ca # Tucuns -6 Rca Rca ÒÔ3 xå 15 R dtR RdtRdt Õâ Õ2ã R ÉÒà dtR dt dt Guararu Sitios Novos Ba U,P # # Iguaçu 2085Ma 2030Ma ca -1 0 ( ( R ( ( ( ( ( R( R ( ( ( ( ( ( ( ¹ ( ¦ ( ( ( ( ( ( ( ( ( 50 ¹( R ( R Catuana ca 020 # # Monte Alegre Bandeira ca # ca Lagoa do Mato çï Águas Belas ( 40 Õâ dt # çáß R Mn Rch. 50 Rio 80 1777Ma ÔÔáç çáß . ch 28 ú Acara da ( CRATEÚS Y # Rch. ¹ ca 25 7 -3 ¹ Rch. 60 ( R Jacampari # Fe lix òñg ¦ h. ÒÔg Rc Pinhe iro Rio 25 50 b -4 11 Baié ÔÔ(ÒÔ)áá dos P -4 30 ti ÒÕá 10 jeú Pa Õ2ß ÔÔ(ÒÔ)áá 20 Mo rc e go 40 80 Po R 21 15 R ca Poti ¦ vm ÒÕá Rch . nvento Co o Ri . do h Rc 28 # ÒÔd ( Rio Õ2ß 20 h. Rc ÒÔ(ÔÔ)gá ( . i ¦ ¦¦ R # Umarituba R Mn Ipueiras dos Gomes Y CANINDÉ # ( ááß 30 # 34 1 45 Bra n # R dt T Pecém dt Y # 222 ca # 2250Ma ca Bonito ITATIRA Y # ¦! çï 1647Ma çïö 35 ( ( ( (R¦ Boa vista # Rio ÒÔ 3x å ( ¹ Ibiapaba # ( ÔÔ(ÒÔ)áá Rch. 44 Poti ¦ ubal arna Rch. do C # 75 ¹ MAPA AEROMAGNETOMÉTRICO SOMBREADO (Campo Total Reduzido do IGRF) Rio ÔÔáá Açude Timbaúba ÒÔ(ÔÔ)gá ¹ Oiticica Assis # Sucesso # bá ( å 3x ÒÔ -2 -2 ÔÔ(ÒÔ)áá to Ja Rio -36 85 2 66 do R U,P iá Trap MONSENHOR TABOSA # Y # çáß ( ( (¦ ca Itataia# 20 1540Ma R ¦ o rã Po -38 ¹ ! h. 80 # 50 Y TAMBORIL # Imbu rana R ca R 2227Ma òñg 176 h. Rc ! çï çáß ¦ Rca 20 Rc h Ar ar as çï ca çáß ( ¦ -40 ¹ 30 sa ito Fe -42 20 Ti ¹ 50 Sacramento 55 Rc ¹ ca áï b ×ñå ú ara Ac ca ca ca b b ááß ¦ # Carvalho #Canindezinho iro im ss Ca ÔÔ(ÒÔ)áá b -38 Y # IPAPORANGA Araras # ÔÔáá gua d´ Á ira oe ch Ca Tauá ( ( Rch. R ÔÔáç Martins # Raimundo do # 1340Ma Holanda # ( ¦( Fr ad e Rio 12 # áb ca gf u Cu r 45 ca ca do ! 30 25 45 . Rc h. Açude Carão 25 Rc h R ca 32 ¹ ra s CARIDADE Y # São Domingos áíåì 14 T 2387Ma$ 22 ! 162 # Trapiá R gf Muribeca çï ÔÔáá 15 35 ca PARAMOTI Y # 257 Rcaçáß # R Fe ujá arac ch. M çáß ÔÔáç a eir ad / Croatá Porcos ! çáß 12 R tl ÔÔáç 1647Ma Y # Boa Esperança 265 Novo ¹ ¹ ¹ Olho Buritizal 60 R gf Ti CATUNDA # NOVA RUSSAS b ÒÔd Fe # São ca òñg Rca grR ÒÔgí ra Açude Farias i ça 25 de Sousa Ca 25 . b -40 Rc h b Modelo digital derivado de grade numéríca regular gerada no Laboratório de Geofísica, de Prospecção e de Sensoriamento Remoto (LGPSR) - UFC, a partir de dados levantados pelas seguintes instituições: UFC, UFRN, UFPA, IAG/USP, UFOP, IBGE, PETROBRÁS, CPRM, DNPM e ON/CNPq. Intra-subdomínio J - Jaguaribe; T - Tauá Fraturas Ceará-Mirim (FCM) João 30 R Br an co áï 1690Ma Br av a # Macambira Rch . # ¹¹ ! Ca na265 ARARENDÁ Rc h. -8 Y # # ááß Y # Santo Antonio # nte ma Dia Carna # Nova Betânia # São Pedro ZC Gázea ¦ PORANGA Y uba # Zona de cisalhamento (ZC): Limite de subdomínio tectonoestratigráfico S - Sobral-Pedro II; SP - Senador Pompeu; FB - Farias Brito; P - Patos 5° ¹ 20 Livramento # ÒÕá 40 Rc h. Açude Aroeiras áï òñg Fe au o Ri ZCP 100 km Kilometers -42 40 25 ESTRUTURAS -8 ¹ tl Rch . ca ¹ # 55 ¦R R ca çáß # 1470Ma ß( ( Rch Major Simplicio Ô3 . Ò # ( P ca b 50 55 ca ¹ 0 15 b B ZCF mgal ¦ ¹ -49 ( ( ( # ¦ ( R ! 176 Fe Paraiso # Sa lga do Betania . Rc h ( Eng. João Tomé # # -33 ( Õ2ß Pequizeiro iro Pequize Cachoeira Grande -25 ( 3ß ÒÔ Rio # Matriz # ( #Conceição b b b -17 # IPUEIRAS Y( # 20 ( ca ¦ do -6 -11 Vis ta h. Rc -6 25 ¹ São Jose das Lontras -8 Boa ¹ 25 h. Rc Rch. ÒÕá 20 15 b -6 15 ¹ FCM -4 # Nova Fátima çï GENERAL SAMPAIO Y # ÔÔáá çîö # 2310Ma ca 20 45 òñg ÒÔ(ÔÔ)òñ ÔÔáá # çáß # R çïö caR do s Co nc e içã o Campestre çáß Pe d Canafístula ca ¹ ÒÔg -3 dos APUIARÉS Y # ÒÔ3d3 Açude Gal. Sampaio . Siupe das 40 Açude Tejuçuoca Õ2ã Rdt FORTALEZA 30 30 ÔÔáá ÒÔg # çáß R # Co # Açude ca có Jurema 840Ma R dt dtR ? ÔÔáá Sítios Novos Açude 60 ÒÔg 630Ma ca Cahuipe % 32MaU R T $ Parangaba Õ2ß ááß Cu PENTECOSTE dt # ca Y # 34Ma Açude R á r 45 a Pereira de Miranda T $ Ce Mondubim ÉÒà É lë 2350Ma dt Õâ # ca RMessejana # ÒÕá io R # ÒÕá Rdt RÉlë tl ÒÕá Rio Cágado # ÔÔáç R Pajuçara dt Õ2ã 60 # ÉÒà É lë MARANGUAPE Ti,Va,Ni R # ÔÔáç YMARACANAÚ # Tucunduba EUSÉBIO çï Erva Moura Mn Y # ám # Açude Y # R Ram ÒÕá Õ2ß Gavião Élë Rc AQUIRAZ h. ÒÕá # Y # çáß Matias Pavuna dt ÒÕá # # Cachoeira Rio R R Õ2ß R dt Prainha ÉÒà Élë o 70 ÔÔ(ÒÔ)áá ca Ri 15 b ( Rc h Rch. ¦ Bois ca s ca ue nq Ta Rch. ¦ ÒÔg M ac ac os R o 10 ¹ Rch. # do s ( R ca Abilio Martins R Rch. ca R ca # Caxitoré 40 ca ÔÔáç ¦ 75 ro R U,P # ( ÔÔ(ÒÔ)áá ( ( ( ( òñg Rc h. ( Y HIDROLÂNDIA # cim # Cana òñgí SANTA QUITÉRIA 50 28 30 o Cam América ¦ # i ra oe ch Ca # Y CROATÁ ( ## Y Rch. 187 R Au ! 257 ¹ -1 ! # São Roque ¹ 1 ¹ ÔÔ(ÒÔ)áá 1860Ma ÒÔ 3ß 860Ma ááß ca ÒÔgí RcaUbiracu# çïö Fre sc Açude Caxitoré SÃO LUÍS DO CURU Y # # SÃO GONÇALO DO AMARANTE h. Rc çïö R RRch. Mn 20 # ca 30 ca . Rch. 1020Ma # Frio ÔÔ(ÒÔ)áá 40 R ca Batoque 1010Ma # Jur ema 20 # Y TEJUÇUOCA # ¦ Rch. òñg ( Açude Edson Queiroz òñg ( Iraja Rc h R ca Pitombeira # é 40 35 çï çï do ÎÏ1bá Rc h. ( 70 ¹¦ # Roq ue ¦ 3 # Betânia b Santa Tereza 5 # Barra do Sotero ra bi am ac M -4 7 0 Y # Cru z h. Rc 9 ¹ Açude Santo Isidro # ÔÔáç R ro Onça ( # itor Rio Caxitore 28 çáß u 11 -4 R ca IPU R ca Bonita Flores # ca R 45 Au Açude Paulo Sarasate áßä R c h. Darlan Filgueira Maciel Taiba # d´Óleo M # Vila Soares ÒÔg ÔÔáç ti ( ( ÎÏ1bá # 2330Ma òñg R Jabo da # Logradouro ro òñg R Fe 366 ¦ 40 S. 15 Delmiro Gouveia Martinslândia ( ca Jira # R Fe ! # ¹ Rch. ×ñå 22 xg4ë #( 1210Ma Trapiá T $ Au h . # Mucambo Rc ( ( Rc h. x Ca áï çïö (( ( Ì ats # CHEFE DA RESIDÊNCIA DE FORTALEZA Jardim # Pa u çïö Ì 55 870Ma ¦ ca Rch. 1440Ma # # São Joaquim Iratinga # 50 áíåì Taperuaba # # 1920Ma ÒÔ3g3ç òñg ÒÔ 3x ß ( # # ÔÔ(ÒÔ)áá T $ xg4ë s ( 587Ma b Rch. # Grossos do s s Groaíra 510Ma ( 3ß ÒÔ áßä ( 900Ma # PIRES FERREIRA # Y ( VARJOTA # Y # Croatá ¹ 2430Ma ÒÔg ¹¹ MAPA GRAVIMÉTRICO DE ANOMALIAS RESIDUAIS h. ##### # Rc Pir e ááß xg4ë s Morrinhos Novos Malhada Grande ucu Rio rut u #J Açude Cavalo Morto Y # UMIRIM Aguai # ír a Au # # Saco Verde 622Ma Cruz # # 34 1 Õâ # Soledade Manoel Barretto Rocha Neto ! Conceição Gameleira Y ITAPAGÉ # áíåì Jua R dt DIRETOR DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS Õ2ã ÉÒà Santa Luzia # # ÔÔ(ÒÔ)áá 25 òñg T524Ma $ áßä s . Rc h. Juca Macaraú # YJosé RERIUTABA # Pb Sã o Ri o co Sussuanha Garrancho # # ÔÔáá a ac M -2 -2 Rc h b CARNAUBAL Y # # PARAÍPABA ¦( ¹ ( ¦ ( ( ( ( ( ( R ¹ ( ( ¹ ¹ ãã ¦ ( ¦ ( R ( ( ( R ( ( ¦( R ¹ R ¦ Ara cati áßä aç u 1270Ma ca Ì oa Gr ÒÔ3g3ç Rio Y # URUBURETAMA # Y # ¦ ( ¦ o Ri 80 1200Ma ! do GUARACIABA DO NORTE Y # -38 Au b -40 ## # # # # ## # Au ##### Amanaira b -42 Au ¹ # Inhuçu # # o c hã Ria ÔÔáá Açude Aracatiaçu dt #Serrote òñg Aro eira # R #Y Õ2ß # Guadrapas # Parra # Y TURURU # IRAUÇUBA Y # 222 ca # 73 # # Deserto # Assunção Rc h. / Agamenon Sérgio Lucas Dantas -2 0 PARACURU Camboas Mutamba R dt Y # ITAPIPOCA ca ( ÔÔáá h. Rc ## ## # # # # ##### # Lapa ÔÔáç R dt # Lages # Edinardo Ximenes Rodrigues DIRETOR PRESIDENTE DA CPRM Boa Vista Ì # Cemoaba / 1180Ma ÒÔg 50 ca 40 ÒÕá # R dt çïö dt oc a 1350Ma 1150Ma Ì 30 ZC # Campo Lindo Trapia R Açude Poço Verde Baixa Grande Rch. 362 R R 1630MaAu R # Au R 40 ¹ ¹¦ # # Ta b # Missi # 1790Ma# # Lagoinha Córrego Fundo # SECRETÁRIO DOS RECURSOS HÍDRICOS Giles Carriconde Azevedo dt ÒÕá 30 ÔÔáç ( # ÔÔ(ÒÔ)áá ÒÔg R 085 402 # Brotas òñg T1981Ma $ R R ci36 Y GROAÍRAS # Tapuio T $ áåìê GRAÇA Y # ## # # # # # # # Inharé Barra R ÔÔáá çáß ca ÒÔg # Y Au CARIRÉ ¹ SÃO BENEDITO Y # ÔÔáá ! am # Arrodeador Riachao # Alto Alegre 55 60 ci ÔÔáç # eÓèîß Y FORQUILHA# R ro ½ 1350Ma 600Ma R dt Lúcio Gonçalo de Alcântara SECRETÁRIO DE MINAS E METALURGIA Õâ dt GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ Dilma Vana Rousseff -100 R R R dtR dt ÔÔáá ÒÕá # # Caracará áßä # Ú R # MINISTRA DE MINAS E ENERGIA O TRAIRI # Y ÉÒà 20 60 Rroxg4ë # Itamaraca # 574Ma 15 Y PACUJÁ # 70 # MIRAÍMA Y # ÒÔ(ÔÔ)òñ Açude Forquilha ¦ # -38 RF ga an ## # # # # # Barreiro -40 pir ÔÔáá 2095Ma 60 Õ2ß xÓèßRio 2110Ma 40 2170Ma 546Ma áåìê Ri a Õ2ß ¹ -10 -10 Ita xÓèî ÔÔáç ira de Ma ! Alto Lindo 187 # Pejuaba Rio xÓèß ( ¹ IBIAPINA ## # # # # # Sto. Antonio da Pindoba xÓèß # # Poço Verde s ra# ib a Arariús Ja chão Pitu ba MUCAMBO Y # # 4° -42 eÓèîß xÓèß Y # eÓèîß ¹ Cacimbas xÓèß ##### ## Rch. Y # # # ÒÔóòë ÒÔóò # Produto resultante da interpolação de curvas de nível e pontos cotados extraídos da Base Cartográfica Digital do Ceará - 1:100.000 lançada pela COGERH (Cia. de Gestão de Recursos Hídricos) e consistida e complementada na CPRM, Residência de Fortaleza. ipu h. Rc Jaburuna Rafael Arruda Carqueijo ( ha uil rq Fo # Rch. Ta xÓèß #### # # # # ### ( ( # 100 km Kilometers ÒÔóá UBAJARA Y # # R Cu RCu 403 40 Õ2ã dt 2290Ma 72 Caioca ¹ Caruatai R Fe xg4ë ( # # Açude Aires de Sousa ÒÔóá 532Ma Araticum Nova Veneza 50 ¹ 60 -8 Aprazível Ìca ÒÔóò ( ¹( 70 ÒÔóä iá b ca xÓèî xÓèë Ì / Ì ÒÔg # -200 dt 2108Ma AMONTADA # Y # 1910Ma Flecheiras # # ÉÒà # ( # Barrento# ÒÔd Canaa Curralinho . ZC xÓèß SOBRAL xÓèß ## # # Açude Jaburu I ca Ubaúna FRECHEIRINHAÌ Y # uatiara ## # # # # # # # ÒÔóä ca Tabocas -8 ÒÔóáß ( 1610Ma Rio RESIDÊNCIA DE FORTALEZA N Õâ Bela Vista # SECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL # Mundaú Mundaú Betânia Ri o s rc o xÓèî #### # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # ## ## # # C Pindoguaba # Rc h. o Ri TIANGUÁ Y # aú ore Trap Altimetria (m) Aroeiras # ÒÔóá ÔÔ4ñß ÒÔóò 80 ÒÔóá ×ñå 21 Ú # Palestina do Norte ( ( ( 1785Ma ( ( Quatiguaba 41 ÒÕá Açude Angicos ##### / 222 ( ## # # # # # # #Saco # 55 ( Rio 81 ( Nascente 40 # Patriarca # Arapá # 102 # Araquém Lagoa Grande ÔÔáá Õ2ß Rio ## # # # # ## lha Fa Rc h ÒÔ3ß R Po R dt # s do ×ñå xÓèî xÓèîß xÓèî ro Y # xÓèß Y MASSAPÊ # # Mumbaba # São Francisco # Y ÒÔóä Õ2ß ( xÓèß ALCÂNTARAS xg4ë ( ( # 1700Ma ca b # ( ( ca ( ( 40 ##### # Jaguaribe 121 ( ( ( b -6 154 (( ß ( 3x ÒÔ ( ¹ Y xÓèë # ( ( ( ( ( ( xÓèë MERUOCA 60 Anil # Y # #1340Ma ÔÔ1å # Ventura ###### R R# Õ2ß Arencas # ##### SANTANA DO ACARAÚ R dt dt Õâ Marinheiros # dt R dt R A # 168 GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA Baleia ! R dt dt # xÓèî # Icarai # # Aracatiara # ÔÔ1å ### ÒÔëñè á ap Ar Lambedouro ( ( Garças Poço Comprido ÔÔáá # Õ2ß 402 ##### # Padre Vieira 194 COREAÚ ( ( # 50 ## # # # # # ## 2286Ma ÔÔ1å 1240Ma 85 ÒÔëñè Parapui # 25 VIÇOSA DO # Y CEARÁ # 212 ¹ ÒÔëá ÔÔ1å # Pe. Linhares ÔÔ1å 251 # Aiua xÓèë #### 281 ÒÔëñè ÒÔëñè 2357Ma Rca Z#C # xÓñ3 Tangente / xÓèî ## # # # # # ## ¹ Cu,Pb,Zn,Ag 310 ÔÔ1å xÓèîß 65 60 R dt R R dt Carvoeiro 574Ma te en ng Ta 55 MORAÚJO Y # # do Sabiaguaba # R dt dt MORRINHOS ÒÔëñè ZC ÔÔ1å ÒÔëñè ÉÒà MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA E # 434 Oriente Saco Y # Sá C Caetano Y # o ÒÔ3g2ç 3° Õ2ã ! . Rch ## Y SENADOR SÁ ÒÔëñè Moitas Santo Antonio Õ2ß # 30 2610Ma ¹ ¹ ¹ 2480Ma ÔÔ1å 60 # Tabainha 40 o # # r do na Se 70 # 40 paná ri Mucambo 2450Ma O # Õâ ÉÒà 2 ¹ ÒÕá # # 80 Y URUOCA # B ranca C am # Jordão ÒÕá 40 ÒÕá 57 # C eg ó rr Açude Tucunduba 50 2355Ma ÒÔëñè Á gua Campanário 40Cor 80 ea ú 35 Fe ZC ZC ÒÔëñè Rio Fe Fe ÒÔëñè 350 olo 65 364 60 ZC Fe ÒÕá c lomi Ita Itaco R ca ÒÔëñò ¹( ( ( ( ¹ ¹ # Grande ÉÒà ÉÒà ÔÔ1å ZC # Lagoa do Carneiro MARCO ¹ ¹ ¹ . ÒÔëá mi 20 Córrego Grande ÔÔ1å # Panacui ca uo Ur ( Sistema de Coordenadas Geográficas. Datum Planimétrico SAD69 baseado no Esferóide GRS_1967 Almofala R Patos # BELA CRUZ # Y ## # # # # # # # Rc h 15 Fe ÒÔëá 0 50 Kilometers km R # ## # # # # # ## ÒÔëñò Mn Õ2ß Rio 650Ma xÓñ2 Fe Fe 45 Fe ¹ b R ÔÔ1å 377 Õ2ß 50 416 -6 45 dt dt Õ2ß ## # # # # ## ÒÔëñè ca 468 Mn Mn Pessoa Anta Fe Mn # Mn R ÒÔëñò ca 45 ÉÒà R ÉÒàá ÒÔëñè ¹ ÒÕá ## b 522 ÒÕá 10 ca ÒÔëå 598 xÓñ2 dt # Y MARTINÓPOLE 70 # # # # # # $T R ! 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Rc h Maceió Õ2ã Bitupitá Õ2ã Õâ ÒÔëñè Guriu # Õ2ã Õ2ã #Moréia # Barrinha # # Prea ## -16o # o Õâ Õ2ã # -24 10 Jericoacoara ##### BOLIVIA -16o 5 o # A T L  N T IC O BRASIL PERU -8 ##### -8o # ######### ######### O E AN O C CEARÁ 0 -10 Grupo Orós 0 ESCALA 1:500.000 -2 0 COLÔMBIA Complexo Ceará 8 0 -3 -64o Complexo Cruzeta o 0 -4 -72 MAPA GEOLÓGICO DO ESTADO DO CEARÁ 0 -7 o o 37° 0 -5 -80 0 -6 Mapa de Localização 38° 39° 38° 37°