Resumo - Centro de Ciências Exatas e da Terra

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Resumo - Centro de Ciências Exatas e da Terra
Dedico este trabalho
Aos meus pais,
Gilvan Assunção de Figueiredo e Rosilda Carvalho de Figueiredo,
pelo carinho, atenção, compreensão e dedicação que foram fundamentais
principalmente nos momentos mais tortuosos dessa jornada.
Agradecimentos
Gostaria de inicialmente de agradecer a Deus por iluminar e guiar todos os meus passos.
Sou grato a Professora Dra Helenice Vital pela orientação desta monografia, pelos “puxões
de orelha”, pelas lições dos últimos quatro anos e ainda pela amizade construída durante este
período.
Agradeço ao Professor, Educador, Amigo e Ser Humano Fantástico, Antônio Carlos
Galindo, pelas Palavras Sábias.
Ao Departamento de Geologia da UFRN, por possibilitar o ingresso e realização do curso,
disponibilizando infra-estrutura de laboratórios e equipamentos, como também pelo incentivo
através de professores como: Antônio Carlos Galindo, Francisco Pinheiro Lima Filho, Helenice
Vital, Jean Michel Legrand, Francisco Augusto de Medeiros Neto, Jaziel Martins Sá e Maria
Helena de Freitas Macedo.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP), pelo apoio financeiro através da concessão da
bolsa.
A todo o suporte financeiro fornecido pelo Projeto de Encomenda PETROBRAS, intitulado
Distribuição dos sedimentos cenozóicos nas Bacias Pernambuco-Paraíba, Potiguar e Ceará como
Função da Epirogênia Cenozóica da Província Borborema- CRONOBORO (FINEP/
PETROBRAS).
Aos colegas de sala, Luis Gustavo, Hênio Santana, Camila Almeida, Daniel Alexsander
Silva dos Santos (tá ligado!) Armando Bezerra de Araújo e Magno Moreno de Lima pelos favores
e por todo o apoio prestado, além da relação de cumplicidade e amizade durante a nossa vida
acadêmica.
A Zuleide Maria e Marcelo Chaves pelos conselhos e pela relação de amizade
principalmente na etapa final deste trabalho.
A Marco Antônio Leite do Nascimento por se mostrar sempre prestativo e atencioso no que
diz respeito a sugestões, correções e empréstimo de materiais.
A Sônia e a Maria do Céo (Bibliotecárias) pela eficiência e dinamismo.
Agradeço aos meus pais, Gilvan Assunção de Figueiredo e Rosilda Carvalho de Figueiredo
e Giovana Rôsula de Figueiredo pelo apoio e palavras de incentivo durante todos esses anos. Sem o
trabalho e suor de vocês durante esses últimos 24 anos nada disso seria possível.
Estendo meus agradecimentos a Rossana Helizabeth de Figueiredo e Heloisa Karla de
Figueiredo (tias – irmãs), pelos conselhos e apoio prestados desde os tempos de ETFRN (VOCÊS
SÃO DEMAIS!). Não poderia esquecer de Guilhermo Efrain Gonzalez Villalon pela amizade
construída e pelo apoio durante esses últimos 14 anos. A meu irmão Carlos Augusto de Figueiredo
Herrera a quem eu dedico de forma especial este trabalho.
A Flávio José de Araújo Silva e Maria Francisca Domenech Silva pela compreensão e
paciência. Sem vocês esta caminhada teria sido muito mais difícil!
A minha doce companheira Fabiane Domenech Silva (riquinha), pelo carinho, conforto,
pelas lições de vida, pela paciência nos momentos de ausência e stress. Eu te amo!
i
RESUMO
Esta monografia trata da caracterização de minerais pesados ao longo do Rio
Jaguaribe, enfatizando aspectos como distribuição e proveniência. Neste estudo foram levados
em consideração os aspectos fisiográficos e climáticos da área fonte, bem como os processos
envolvidos durante o transporte e regime hidráulico, que pudessem interferir na assembléia de
minerais pesados observadas, buscando: (i) caracterizar e identificar a distribuição espacial de
associações de minerais pesados ao longo do rio (ii) compreender o papel do intemperismo,
transporte, condições hidráulicas e diagênese, que estariam envolvidos na geração de
assembléias de minerais pesados. (iii) correlacionar as províncias identificadas com as
respectivas áreas fontes. (iv) comparar a assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe
com o Rio Piranhas - Açu, com intuito de se conhecer regionalmente a distribuição e
ocorrência de minerais pesados.
A Bacia do Rio Jaguaribe corta toda a porção leste e parte da porção centro-sul do
Estado do Ceará, ocupando uma área de cerca de 74.600 km2. Os rios tributários apresentam
cursos pequenos e um regime irregular, com suas nascentes localizadas em áreas de
dominância semi-árida, onde existe uma percentagem de evaporação muito forte.
Os sedimentos estudados apresentaram uma média de 8% de minerais pesados;
constituídos de mais de 90% de minerais pesados transparentes e menos de 10% de minerais
pesados opacos. Várias espécies de minerais pesados transparentes foram identificadas ao
longo do rio Jaguaribe, tais como hornblenda, epídoto, zircão, turmalina, e rutilo com alta
freqüência e andaluzita sillimanita, granada, cianita, estaurolita e apatita em freqüências
menores.
A análise das razões minerais mostraram que a decomposição seletiva (estabilidade
mineral), demonstrada pelo índice ZTR/H, (zircão+turmalina+rutilo/hornblenda), não exerceu
um papel significativo na variação de minerais pesados. No entanto, foi observado um
discreto aumento desse índice após a confluência do Rio Jaguaribe com o Rio Salgado,
mostrando portanto a eficiência desse rio no que diz respeito ao retrabalhamento de
sedimentos provindos principalmente da porção sul do Ceará, adjacências da Bacia do
Araripe. Observou-se também na confluência do Rio Banabuiú com o Rio Jaguaribe, picos do
índice ZTR/H que sugere retrabalhamento dos sedimentos da borda da Bacia Potiguar, em
especial dos Arenitos da Formação Açu e conglomerados e arenitos da Formação Faceira, nas
adjacências de Limoeiro do Norte.
Em termos gerais percebe-se que as barragens ao longo do rio influenciam diretamente
a distribuição dos sedimentos, em especial aqueles de maior densidade. Os teores médios do
índice de fracionamento hidráulico pela densidade, fornecidos pela relação O/NO (minerais
ii
opacos / não opacos) ao longo do rio Jaguaribe foram de 0,07; enquanto nas barragens este
índice atingiu valores de 0,14 e 0,28. Os maiores valores (0,75) foram observados entre o
Açude Orós – CE nas proximidades da cidade de Jaguaruana - CE, médio Rio Jaguaribe, setor
onde ocorre a maior concentração de barragens.
Os resultados obtidos neste trabalho permitiram identificar três setores ao longo do rio
Jaguaribe, diferenciados de acordo com a assembléia de minerais pesados predominantes:
Setor 1 – Caracterizado por uma assembléia de Hornblenda + epídoto + biotita,
localizado desde a nascente até as adjacências do município de Orós.
Setor 2 – Representado por um assembléia de Hornblenda + opacos + zircão
localizado no trecho entre Orós e as adjacências do Município de Limoeiro do Norte.
Setor 3 – Constituído por uma assembléia de Hornblenda + epídoto + zircão entre
Limoeiro do Norte até a foz do Jaguaribe.
A assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe mostrou-se bastante similar ao do
Rio Piranhas-Açu. Entretanto, nota-se a partir do índice ZTR, que a assembléia do Rio
Jaguaribe é mais imatura do que a assembléia de pesados do Rio Piranhas-Açu/RN. A
decomposição seletiva, da mesma forma, mostrou-se mais importante neste último.
v
Sumário
Dedicatória
Agradecimentos
Resumo.......................................................................................................................................
Abstract.......................................................................................................................................
Lista de Figuras...........................................................................................................................
Lista de Fotos..............................................................................................................................
Lista de Gráficos.........................................................................................................................
Anexos........................................................................................................................................
i
iii
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vii
vii
viii
Capítulo 1 – Introdução
1.1 Apresentação e Objetivos................................................................................................
1.2 Localização e Vias de Acesso.........................................................................................
1.3 Aspectos Fisiográficos....................................................................................................
1.3.1 Clima......................................................................................................................
1.3.2 Vegetação...............................................................................................................
1.3.3 Fitoclimas...............................................................................................................
1.3.4 Solos.......................................................................................................................
1.3.5 Hidrografia.............................................................................................................
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Capítulo 2 – Materiais e Métodos
2.1 Etapa Pré-Campo............................................................................................................
2.2 Etapa de Campo..............................................................................................................
2.3 Etapa Pós Campo............................................................................................................
2.3.1 Preparação das Amostras.......................................................................................
2.3.2 Peneiramento.........................................................................................................
2.3.3 Minerais Pesados...................................................................................................
2.4 Integração dos Dados......................................................................................................
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Capítulo 3 – Geologia Regional
3.1 Introdução....................................................................................................................... 22
3.2 Domínio Ceará Central................................................................................................... 23
3.3 Faixa Orós-Jaguaribe...................................................................................................... 25
3.4 Bacia do Araripe............................................................................................................. 26
3.4.1 Litoestratigrafia..................................................................................................... 29
3.4.1.1 Formação Cariri........................................................................................ 29
3.4.1.2 Grupo Vale do Cariri................................................................................ 29
Formação Brejo Santo.............................................................................. 29
Formação Missão Velha........................................................................... 30
Formação Abaiara..................................................................................... 30
3.4.1.3 Grupo Araripe........................................................................................... 30
Formação Rio da Batateira....................................................................... 30
Formação Santana..................................................................................... 31
Formação Ararajara.................................................................................. 31
Formação Exu........................................................................................... 32
3.4.2 Contexto Tectono-Estratigráfico........................................................................... 32
3.5 Bacia Potiguar................................................................................................................. 34
3.5.1 Arcabouço Estrutural............................................................................................. 36
3.5.2 Evolução Tectono-Sedimentar.............................................................................. 36
3.5.3 Litoestratigrafia da Bacia Potiguar........................................................................ 40
vi
3.5.3.1 Grupo Areia Branca.................................................................................. 40
3.5.3.2 Grupo Apodi............................................................................................. 41
3.5.3.3 Grupo Agulha............................................................................................ 41
3.5.3.4 Magmatismo Meso-Cenozóico................................................................. 42
Formação Rio Ceará-Mirim...................................................................... 42
Formação Serra do Cuó............................................................................ 42
Formação Macau...................................................................................... 42
Capítulo 4 – Aspectos Geomorfológicos
4.1 Introdução....................................................................................................................... 44
4.2 Unidades Geomorfológicas............................................................................................. 45
4.2.1 Planalto da Borborema.......................................................................................... 45
4.2.1.1 Encosta Oriental........................................................................................ 45
4.2.1.2 Encosta Ocidental..................................................................................... 46
4.2.1.3 Planalto Central......................................................................................... 46
4.2.2 Depressão Sertaneja............................................................................................... 46
4.2.3 Tabuleiros Costeiros.............................................................................................. 47
4.2.3.1 Tabuleiros................................................................................................. 47
4.2.3.2 Chapadas do Litoral Norte........................................................................ 47
4.2.4 Faixa Litorânea...................................................................................................... 48
4.5 Geomorfologia da Área................................................................................................... 49
Capítulo 5 – Minerais Pesados
5.1 Introdução.......................................................................................................................
5.2 Estado da Arte.................................................................................................................
5.3 Caracterização de Minerais Pesados no Rio Jaguaribe...................................................
5.4 Processos Atuantes..........................................................................................................
5.5 Proveniência....................................................................................................................
5.6 Comparação entre a Assembléia de MP do Rios Jaguaribe/CE e Piranhas-Açu/RN.....
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Capítulo 6 – Considerações Finais e Sugestões......................................... 71
Referências Bibliográficas........................................................................ 73
Lista de Figuras
Capítulo 1 - Introdução
Figura 1.1 – Mapa de Localização da Área e de Vias de Acesso............................................... 10
Figura 1.2 – Mapa Fitoclimático................................................................................................ 13
Figura 1.3 – Principais bacias hidrográficas do Ceará enfatizando a do Rio Jaguaribe............. 15
Capítulo 2 – Materiais e Métodos
Figura 2.1 – Procedimento de separação de minerais pesados através de líquido denso........... 19
Figura 2.2 – Procedimento de confecção das lâminas................................................................ 20
Figura 2.3 – Fluxograma dos trabalhos realizados..................................................................... 21
Capítulo 3 – Geologia Regional
Figura 3.1 – Província Borborema e principais domínios estruturais......................................... 23
Figura 3.2 – Mapa simplificado da Bacia do Araripe................................................................. 28
Figura 3.3 – Carta Estratigráfica da Bacia do Araripe............................................................... 34
vii
Figura 3.4 – Mapa simplificado da Bacia do Potiguar............................................................... 35
Figura 3.5 – Distribuição da deformação na margem equat. atlântica durante o Albiano.......... 38
Figura 3.6 – Evolução da separação dos continentes Sul-Americano e Africano...................... 39
Figura 3.7– Carta estratigráfica da Bacia Potiguar.................................................................... 43
Capítulo 5 – Minerais Pesados
Figura 5.1 – Fotomicrografia dos MP observados ao longo do Rio Jaguaribe........................... 60
Figura 5.2 – Assembléia de MP do Rio Jaguaribe e Açu e suas prováveis fontes..................... 70
Lista de Fotos
Capítulo 1 – Introdução
Foto 1.1 – Foz do Rio Jaguaribe, município de Fortim.............................................................. 11
Foto 1.2 – Nascente do Rio Jaguaribe, município de Tauá........................................................ 11
Capítulo 2 – Materiais e Métodos
Foto 2.1 – Coleta de amostras utilizando barco-motor e draga pontual.....................................
Foto 2.2 – Detalhe da draga utilizada para coleta de amostras na região da foz........................
Foto 2.3 – Coleta de amostra na foz do Rio Jaguaribe (Fortim).................................................
Foto 2.4 – Coleta de amostra na nascente do Rio Jaguaribe (Tauá)...........................................
Foto 2.5 – Peneiramento a úmido...............................................................................................
Foto 2.6 – Peneiramento a seco..................................................................................................
Foto 2.7 – Separação de Minerais Pesados.................................................................................
Foto 2.8 – Descrição petrográfica utilizando microscópio polarizante......................................
Foto 2.9 – Contagem de pontos..................................................................................................
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Capítulo 4 – Geomorfologia
Foto 4.1 – Serra de Arneiroz, Arneiroz –CE..............................................................................
Foto 4.2 – Serra dos Bastiões, Jaguaribara – CE........................................................................
Foto 4.3 – Escarpa da Chapada do Apodi, Limoeiro do Norte – CE.........................................
Foto 4.4 – Afloramento da Formação Açu as margens do Rio Jaguaribe, Russas – CE............
Foto 4.5 – Afloramento da Fm Barreiras as margens do Rio Jaguaribe, Fortim – CE...............
Foto 4.6 – Campos de dunas móveis e fixas, Fortim – CE.........................................................
Foto 4.7 – Manguezais as margens do Rio Jaguaribe (Foz), Fortim – CE.................................
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Lista de Gráficos
Capítulo 5 – Minerais Pesados
Gráfico 5.1 – Distribuição dos minerais pesados ao longo do Rio Jaguaribe............................
Gráfico 5.2 – Índice de decomposição seletiva ZTR/H - Rio Jaguaribe....................................
Gráfico 5.3 – Índice de fracionamento pela forma E/HT - Rio Jaguaribe................................
Gráfico 5.4 – Índice de fracionamento hidráulico O/NO - Rio Jaguaribe................................
Gráfico 5.5 – Distribuição dos minerais pesados ao longo do Rio Piranhas-Açu/RN...............
Gráfico 5.6 – Índice de decomposição seletiva ZTR/H - Rio Piranhas-Açu/RN.......................
Gráfico 5.7 – Índice de fracionamento hidráulico O/NO - Rio Piranhas-Açu/RN....................
Gráfico 5.8 – Índice de fracionamento pela forma E/HT - Rio Piranhas-Açu/RN....................
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viii
Anexos
Anexo 1 – Coordenadas dos pontos de coleta de amostra
Anexo 2 – Ficha de Análise Granulométrica
Axeno 3 – Ficha de Descrição Petrográfica de Minerais Pesados
Anexo 4 – Mapa Geológico do Estado do Ceará
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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação e Objetivos
Este trabalho representa a integração e interpretação dos dados obtidos em trabalhos
de campo, realizados no Estado do Ceará mais especificamente ao longo do Rio Jaguaribe,
representando a monografia de término de curso. Constitui-se na fase final da disciplina,
GEO-0345 – Relatório de Graduação, do Curso de Bacharelado em Geologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), portanto, possibilitando ao autor o diploma de
Bacharel em Geologia. Para a realização deste trabalho, foi possível contar com o apoio do
Departamento de Geologia/UFRN na parte técnica-científica, assim como na infra-estrutura
de laboratórios; todo o suporte financeiro necessário foi fornecido pelo Projeto de Encomenda
PETROBRAS, intitulado Distribuição dos sedimentos cenozóicos nas Bacias PernambucoParaíba, Potiguar e Ceará como Função da Epirogênia Cenozóica da Província BorboremaCRONOBORO (FINEP/ PETROBRAS).
O presente trabalho teve como principal objetivo a realização de estudos de
distribuição e proveniência de associações de minerais pesados ao longo do Rio Jaguaribe.
Neste estudo foram levados em consideração os aspectos fisiográficos e climáticos da área
fonte, bem como os processos envolvidos durante o transporte e regime hidráulico, que
pudessem interferir na assembléia de minerais pesados observadas, buscando:
(i) caracterizar e identificar a distribuição espacial das associações de minerais pesados ao
longo do Rio Jaguaribe/CE;
(ii) compreender o papel do intemperismo, transporte, condições hidráulicas e diagênese, que
poderiam estar envolvidos na geração das assembléias de minerais pesados, para tentar
isolar os efeitos provenientes da fonte daqueles dos processos de sedimentação, através
das razões de minerais pesados, que são comparativamente imunes a alterações durante os
ciclos sedimentares;
(iii) correlacionar as províncias identificadas com as respectivas áreas fontes; e
(iv) comparar a assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe com o Rio Piranhas-Açu,
com intuito de se conhecer regionalmente a distribuição e ocorrência de minerais pesados.
1.2 Localização e Vias de Acesso
A área em estudo localiza-se na porção setentrional do nordeste do Brasil (Figura 1.1),
mais exatamente no Estado do Ceará, com enfoque à bacia do Rio Jaguaribe. As principais
vias de acesso são estradas de pavimentos fixos com capeamento asfáltico. Dentre essas se
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destaca a BR-304, que liga Natal a Fortaleza cortando principalmente a porção norte da bacia
e ainda a BR-116. que vai desde a porção norte do Ceará, Fortim (Foto 1.1) até a sul nas
proximidades da cidade de Icó, sempre margeando o Rio Jaguaribe. Já nas proximidades da
cidade de Orós foram utilizadas as rodovias estaduais CE-153 e CE-284 que serviram de
acesso aos municípios de Iguatu e Saboeiro, respectivamente. Como acesso a cidade de Tauá,
(Foto 1.2) foram utilizadas estradas carroçáveis e a BR-020.
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Foto 1.1 – Foz do Rio Jaguaribe, município de Fortim.
(Foto: Vital, 06/2002).
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Foto 1.2 – Nascente do Rio Jaguaribe, município de
Tauá. (Foto: Vital, 06/2002).
1.3 Aspectos Fisiográficos
1.3.1 Clima
A área em estudo encontra-se inteiramente situada na região fisiográfica do sertão
nordestino e de acordo com a classificação de Köppen (1948), o clima pode ser classificado
como BSw’h’, semi-árido, com duas estações distintas, uma chuvosa (Janeiro a Março) e
outra seca (Abril a Dezembro).
Os valores médios anuais de precipitação variam de 600 mm a 1.300 mm. No início do
período chuvoso as precipitações são esporádicas, de curta duração, baixas taxas
pluviométricas e quase sempre tempestuosas. As máximas pluviométricas podem prolongarse até meados de maio, quando então a correnteza dos principais rios atinge grandes vazões.
Nas porções mais baixas, como o caso da região de Iguatu e Arneiroz a média anual é
de 788 mm e 609 mm respectivamente, enquanto nas partes mais altas como Catarina e os
cordões de serras ao sul da área estudada, a média atinge valores superiores a 1000 mm
(Campos et al., 1979).
As máximas termais diurnas ocorrem no período de setembro a dezembro com uma
média de 34ºC nos terrenos baixos, e 27ºC para as zonas mais serranas. As mínimas ocorrem
de junho até agosto, com uma média de 22ºC para as partes baixas e 19ºC para as partes
elevadas.
O rigor do clima, na faixa ribeirinha do Jaguaribe, é atenuado pela penetração de
massa de ar úmido, conhecida como “aracati”, que se desloca do mar para o interior, ao longo
da calha do rio. Essa influência, entretanto, diminui com o afastamento da costa em
decorrência da redução progressiva da umidade, (Campos et al., 1979).
1.3.2 Vegetação
A cobertura vegetal da área mapeada, como em todo sertão semi-árido, é heterogênea
e adaptada a um conjunto de condições desfavoráveis do meio físico. Suas variações dizem
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respeito ao porte e densidade, isto, de acordo com as condições climáticas locais. A caatinga,
vegetação típica da região sobrevive como que em equilíbrio quase crítico com o ambiente
mesológico. O solo via de regra é pobre, pouco espesso e quase sempre com algum
pedregulho, com baixos índices de permo-porosidade, e intensamente lixiviado durante as
enxurradas. A evaporação consome em pouco tempo as águas infiltradas e o solo fica
ressecado durante todo o período seco, (Salgado et al 1981).
A caatinga apresenta-se composta essencialmente de formações arbustivas e
herbáceas, com grande número de cactáceas e remanescentes arbóreos. Os arbustos e árvores
são de modo geral baixos, multigalhados e de folhas miúdas muitas vezes transformadas em
espinhos como forma extrema de proteção.
A distribuição da vegetação modifica-se um pouco em função do relevo de cotas altas,
onde a influência do meio físico é mais atenuada, dando condições mais favoráveis à
sobrevivência vegetal. A insolação nestes locais é menos causticante e a umidade relativa do
ar não sofre variações tão acentuadas nas duas estações, como nas áreas arrasadas, resultando
uma fito-fisionomia mais constante durante todo o ano. Portanto a variação da intensidade do
período seco é o fator climático preponderante nos processos ecológicos da atual cobertura
vegetal, refletindo na sua fito-fisionomia e no comportamento das espécies que a compõem. É
neste ambiente que a caatinga predomina sendo constituída basicamente pelos gêneros
Aspidosderma (Pereiro), mimosa (Jurema), Cróton (Marmeleiro), Cobretum (Mofumbo),
Cereus (Mandacaru), etc. (Salgado et al 1981).
1.3.3 Fitoclimas
Neste trabalho optou-se pela utilização do estudo bioclimático realizado pela divisão
de vegetação do projeto RADAMBRASIL, que foi baseado nos conceitos de Bagnouls &
Gaussen (1963). Este estudo permitiu o estabelecimento de um modelo para fitoclima, com
base na interpretação da relação entre o clima e a vegetação. Em outras palavras seria como se
fosse uma resposta fisiológica dada pela vegetação ao número teórico de dias com deficiência
hídrica, em relação à temperatura. Esta classificação permitiu mostrar pontos críticos da vida
vegetal no contexto regional da área em estudo e inserir os limites teóricos das regiões
fitoecológicas para o espaço geográfico em questão, tendo sido identificado os seguintes
fitoclimas: superúmido, úmido, subúmido, semi-árido e árido (Figura 1.2).
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Figura 1.2 - Mapa Fitoclimático, modificado de Salgado et al., 1981.
1.3.4 Solos
Os solos existentes na região podem ser colocados em três grandes grupos gerais,
segundo Souza et al. (1981): lateríticos, semiáridos (solonchak) e azonais (aluviais ou em
formação).
Nas regiões de superfícies baixas, correspondentes aos vales dos principais rios, os
solos existentes são do tipo azonal; e localmente arenosos e/ou argilosos. Os leitos e terraços
aluviais dos rios são comumente arenosos e pedregosos, isentos de matéria orgânica. Nos
interflúvios da drenagem o solo é praticamente inexistente, predominando litossolos
pedregosos, apresentando não raro manchas silicosas e com uma película mínima de matéria
orgânica. São solos característicos e predominantes da região semi-árida nordestina.
Os solos zonais, de características lateríticas, aparecem nas superfícies mais elevadas,
adaptados ao clima mais úmido e quente. Nestas regiões os solos são ainda pouco espessos,
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mas formam uma capa relativamente contínua, só interrompida por projeções de “serras
graníticas”. Em alguns locais mostra características argilosas, (Souza et al. 1981).
Os solos estão mais relacionados à litologia e ao relevo do que propriamente às
diferenças climáticas pouco acentuadas.
Na região das chapadas, os solos são essencialmente arenosos, permeáveis,
provenientes da decomposição e transporte das rochas sedimentares subjacentes, como por
exemplo na chapada do Apodi. Nas áreas de ocorrência de sedimentos argilosos, por exemplo
a Bacia de Iguatu, bem como sobre rochas básicas e ultrabásicas, o solo apresenta-se escuro,
altamente argiloso (massapé). Sobre micaxistos e filitos apresenta-se também argiloso, de
coloração vermelha, contaminado por óxidos de ferro. Comumente observa-se níveis de
cascalho, derivada da desagregação de veios de quartzo e de pegmatitos. Os solos
desenvolvidos sobre rochas gnáissicas, graníticas e migmatíticas, apresentam tonalidades
claras e são basicamente arenosos e/ou areno argilosos, (Souza et al. 1981).
1.3.5 Hidrografia
A Bacia do Rio Jaguaribe corta toda a porção leste e parte da porção centro-sul do
Estado do Ceará, ocupando uma área de cerca de 74.600 km2. O padrão de drenagem da bacia
é o dentrítico sendo este bastante denso, devido à elevada impermeabilidade dos terrenos
cristalinos que cobrem maior parte da área em estudo. Entretanto, na foz e proximidades é
observado o padrão anastomótico e, no alto curso do Rio Banabuiú (afluente da margem
esquerda), o padrão subdentrítico. O padrão de drenagem paralelo e o subparalelo ocorrem em
boa parte do alto curso, assim como o padrão retangular. Os rios tributários apresentam cursos
pequenos e um regime irregular, com suas nascentes localizadas em áreas de dominância
semi-árida, onde existe uma percentagem de evaporação muito forte. São oriundos
essencialmente de águas pluviais que deslizam sobre a superfície do terreno e concentram-se
sobre as linhas mais baixas dos vales, com pouca influência das águas de infiltração e das
fontes. Os tributários de segunda e terceira ordens exibem, não raro, modelos retangulares de
drenagem, seguindo as linhas de fraturas, notadamente nas áreas de estruturas falhadas. Nos
locais onde afloram rochas de textura homogênea, como granitóides, predomina o modelo
dentrítico com uma ramificação menos densa. O curso do próprio rio Jaguaribe é um exemplo
notável desse condicionamento estrutural. No conjunto, é uma drenagem conseqüente
comandada pelos elementos tectônicos. O rio Jaguaribe mostra desvio de 90º no seu curso,
logo depois da barragem do Orós, acompanhando uma zona de falha na direção NE-SW,
(Campos et al., 1979).
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 1
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O vale em “V” traduz bem a topografia adjacente e o caráter torrencial durante as
enchentes. Ao penetrar na bacia de Iguatu a capacidade de carga da correnteza cai
sensivelmente e o rio começa a meandrar, embora incipientemente, ensejando um
aluvionamento mais conspícuo. O talvegue do rio Jaguaribe é geralmente suave e sua
declividade média é a menor de todos os rios cearenses. O seu perfil, representado por uma
série de declividades decrescentes, possui caimento mais acentuado nas regiões em que seu
leito torna-se estreito, formando gargantas, como em Orós e Arneiroz, (Campos et al., 1979).
A sua bacia possui uma forma bastante irregular, apresentando nos altos e médios
cursos uma largura de até 220 km enquanto que no baixo curso passa a ter uma largura de 80
km, que vai diminuindo de forma gradativa até o mar, onde atinge os 40 km de largura. O
marco indicativo do km “Zero” do Rio Jaguaribe localiza-se a aproximadamente 4 km do
município de Tauá, mais exatamente no encontro dos rios Carrapateira e Truçu (Foto 1.2). Os
principais afluentes do Jaguaribe são os rios Palhano e Banabuiú na margem esquerda, e os
rios Salgado, Bastiões, Conceição e Jucá na margem direita. As áreas de acumulação de água
mais importantes constituem-se nos açudes de Orós, Banabuiú, Castanhão e Cedro, (Figura
1.3).
Figura 1.3 – Principais redes hidrográficas do Ceará enfatizando a Bacia Hidrografia do Rio Jaguaribe,
(Modificado do Atlas Digital de Geologia – CPRM, 2003).
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 1
E.R.H, Figueiredo – 2004
16
CAPÍTULO 2 - MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Etapa Pré-Campo
Esta etapa constou da revisão bibliográfica e análise crítica sobre os aspectos
geológicos e geomorfológicos disponíveis sobre o Estado do Rio Grande do Norte e Ceará. O
principal direcionamento foi dado à Bacia Potiguar, Bacia do Araripe, coberturas interiores da
região, embasamento cristalino e aos aspectos tectono-metamórficos correlatos. Em especial
foram analisados os aspectos diretamente relacionados à bacia hidrográfica do Rio Jaguaribe.
Consulta a bibliografia especializada sobre estudos de proveniência e caracterização de
minerais pesados auxiliou e serviu de subsídio para o reconhecimento e interpretação das
assembléias.
Cartas topográficas da SUDENE na escala 1:100.000, fotografias aéreas convencionais
do ano de 1987 na escala 1: 70.000, imagens de satélite (LANDSAT de 2000), foram
analisadas com auxílio de softwares de processamento digital de imagens (ER-Mapper 5.2),
com o objetivo de selecionar pontos representativos para a coleta de sedimentos ao longo das
principais drenagens. Estas ferramentas serviram também de auxílio na confecção do mapa de
drenagem e vias de acesso assim como o reconhecimento das principais feições
geomorfológicas.
2.2 Etapa de Campo
Os trabalhos de campo foram desenvolvidos ao longo de todo o Rio Jaguaribe, desde a
região da foz (Fortim) até a nascente (Tauá). Nesta etapa foram visitados 16 alvos préselecionados na etapa anterior. Estes alvos foram distribuídos de forma a abranger as
diferentes litologias que poderiam contribuir com sedimentos, levando-se sempre em
consideração a influência dos principais afluentes. Para a coleta de algumas amostras na
região da foz do Rio Jaguaribe (Fortim) foi utilizado um barco-motor e uma draga pontual (2
a 3 kg por amostra, foto 2.1 e foto 2.2). Para as demais amostras foram utilizados os
procedimentos rotineiros de coleta de sedimentos, fotos 2.3 e 2.4. Em locais onde havia a
presença de barragens foram coletadas duas amostras, uma antes e outra logo após a
barragem, de forma a tentar reconhecer o efeito das mesmas sobre as assembléias. Para
localização e auxílio no controle de pontos de coleta de dados foram utilizados mapas
rodoviários, topográficos e geológicos, assim como um posicionador por satélite do tipo GPS
(Global Positioning System) da marca Garmim. Os anexos 1 e 4 exibem as coordenadas e os
respectivos pontos pontos de coleta de amostras.
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Capítulo - 2
E.R.H, Figueiredo – 2004
17
Foto 2.1 – Coleta de amostra utilizando barco-motor e
draga pontual. (Foto:Vital, 06/2002).
Foto 2.2 – Detalhe da draga utilizada para coleta de
amostra na região da foz. (Foto:Herrera, 07/2003).
Foto 2.3 – Coleta de amostra na foz do Rio Jaguaribe,
Fortim, (Foto:Vital, 06/2002).
Foto 2.4 – Coleta de amostra na nascente do Rio
Jaguaribe, Tauá, (Foto:Vital, 06/2002).
2.3 Etapa Pós-Campo
2.3.1 Preparação das Amostras
As amostras coletadas passaram por tratamentos diversos, de acordo com o tipo
(sedimento ou sedimento semi-consolidado). Os sedimentos (areias e lamas) passaram por
uma secagem prévia visando a eliminação da umidade da amostra; os sedimentos semiconsolidados (terraços fluviais) passaram por uma retirada manual prévia, dos seixos,
utilizando-se para análise apenas a matriz. Em seguida as amostras de sedimentos foram
quarteadas, retirando-se uma parte para arquivo (250g) e outra para análises granulométricas,
quantificação do teor de carbonato de cálcio (ataque com HCl) e do teor de matéria orgânica
(ataque com H2O2).
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Capítulo - 2
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18
2.3.2 Peneiramento
Em laboratório foram realizados estudos sedimentológicos tradicionais para
caracterização do sedimento. Antes de se iniciar o peneiramento a seco, as partículas finas
(silte/argila) foram removidas através do peneiramento a úmido (foto 2.5), utilizando-se uma
peneira com abertura de 0,0625 e 2mm. Após a secagem a fração areia foi peneirada à
intervalos de ½ em ½ phi (foto 2.6), entretanto, apenas a fração areia muito fina (0,125 a
0,062 mm) foi utilizada para análise de minerais pesados. Esta fração foi utilizada por ser a
que apresentou maior quantidade e diversidade de minerais pesados. Além disso, a escolha
desse intervalo possibilitou a comparação de resultados com outros trabalhos que utilizaram
metodologias similares e mesmo intervalo granulométrico como por exemplo os trabalhos de
Sousa (1998), Silva (1999), Figueiredo et al. 2004a e 2004b. O anexo 2 consiste num
exemplo de ficha de análise granulométrica que foi utilizada para padronização e
interpretação dos dados referentes ao peneiramento.
Foto 2.5 – Peneiramento a úmido utilizando as
peneiras de 0,062 e 2mm. (Foto: Moreno, 06/2003).
Foto 2.6 – Peneiramento a seco, através do vibrador
mecânico. (Foto: Moreno, 06/2003).
2.3.3 Minerais pesados
Na etapa seguinte os minerais pesados foram separados por gravidade, utilizando-se
como líquido denso o bromofórmio (foto 2.7). Ao todo foram confeccionadas 31 lâminas
correspondentes a 31 amostras coletadas. Foi utilizado como líquido de aderência o balsamo
do Canadá, cujo índice de refração (n) é igual a 1,54. Na figura 2.1 é possível observar o
esquema do procedimento utilizado para separação de minerais pesados através de líquido
denso (Bromofórmio – CHBr3). Inicialmente a fração areia muito fina é colocada no líquido
denso que se encontra no funil “1”. A porção mineral com densidade superior ao do
bromofórmio (minerais pesados) afundará, enquanto a menos densa (minerais leves) ficará
suspensa. Os minerais pesados são liberados através da torneira do funil 1 e são retidos em um
filtro de papel colocado no funil 2. O bromofórmio passa pelo filtro e fica retido no recipiente
colocado abaixo do funil 2, podendo ser reaproveitado.
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Foto 2.7 – Separação de minerais pesados realizada na capela devido a grande volatilidade e toxicidade do
Bromofórmio. (Foto: Domenech, 09/2003).
Figura 2.1 – Procedimento de separação de minerais pesados através de líquido denso.
A porção de minerais pesados retida no filtro foi submetida a sucessivas lavagens para
retirada de resíduos de bromofórmio, para só então seguir para a secagem. O procedimento
para confecção das lâminas envolveu a utilização de lâminas e lamínulas convencionais e
como líquido aderente o bálsamo do Canadá, como pode ser observado na figura 2.2. O peso
máximo de amostra para cada lâmina foi de até 6g.
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Figura 2.2 – Procedimento de confecção das lâminas. A) Lâmina convencional. B) Lâmina com balsamo do
Canadá. C) Lâmina com balsamo e minerais pesados. D) Lâmina com lamínula. E) Lâmina confeccionada
Por último foram efetuadas a análise mineralógica em cada uma das seções delgadas
em microscópio polarizante, seguida pela contagem de grãos, (foto 2.8 e foto 2.9). Foram
observadas feições diagnósticas características tais como: forma, cor, pleocroísmo, clivagem,
inclusões, alteração, zoneamento, etc. Foram contados um mínimo de 300 grãos transparentes
por lâmina através do método de contagem em faixa, que corresponde à seleção de bandas na
lâmina, que fornece resultados independentes do tamanho do grão, e em números de
freqüência. Com o intuito de auxiliar e padronizar os trabalhos de descrição mineralógica foi
confeccionada ainda uma ficha de descrição (anexo 3) que poderá vir a ser empregada por
trabalhos futuros que utilizem a mesma metodologia aqui aplicada, ou mesmo outras
metodologias que tenham como enfoque o estudo de minerais pesados.
Foto 2.8 – Descrição petrográfica utilizando
microscópio polarizante, (Foto: Moreno, 06/2003).
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Foto 2.9 – Contagem de pontos, (Foto: Domenech,
06/2003).
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21
2.4 Integração dos Dados
Nesta fase foram analisados e integrados todos os dados obtidos nas etapas anteriores.
Para tanto foram utilizados diversos softwares para a tabulação e exibição gráfica. A
integração dos dados permitiu a elaboração de gráficos de distribuição de minerais pesados ao
longo do rio e de razões que permitiram avaliar os índices de fracionamento pela forma,
fracionamento pela densidade e decomposição seletiva. Com a avaliação desses resultados foi
possível ainda confeccionar um mapa indicando os setores característicos de cada assembléia
e as possíveis áreas fontes desses sedimentos.
A metodologia empregada foi resumida na figura 2.3, onde é possível observar todos
os passos desde a pesquisa bibliográfica até o tratamento e interpretação dos dados.
Figura 2.3 – Fluxograma dos trabalhos realizados.
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Capítulo - 2
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22
CAPÍTULO 3 - GEOLOGIA REGIONAL
3.1 Introdução
A província Borborema foi definida por Almeida et al. (1977) como uma entidade
Brasiliana (Pan-Africana), situada entre os Crátons do São Francisco e de São Luiz; e
segmentada, em várias faixas ou sistemas de dobramentos e maciços medianos delineando
seus principais traços estruturais (Brito Neves, 1975), (Figura 3.1). Esta província geológica
ocupa uma área de aproximadamente 500.000 km2 do Nordeste do Brasil, sendo dividida em
três grandes domínios. Estes domínios são demarcados por duas grandes zonas de
cisalhamento transcorrentes, de direção E-W denominadas de Lineamento Patos e
Pernambuco. O setor central situado entre estes dois lineamentos é denominado de Zona
Transversal. O setor a norte do Lineamento Patos, é denominado de Domínio Setentrional e o
setor a sul do Lineamento Pernambuco, Domínio Meridional. Esses três grandes domínios
foram ainda subdivididos em sete grandes faixas orogenéticas (Jardim de Sá, 1994): Faixa
Noroeste do Ceará, Domínio Ceará Central, Faixa Orós-Jaguaribe e Faixa Seridó, compondo
o Domínio Setentrional. Faixa Salgueiro-Cachoeirinha incluída no Domínio Transversal e por
último as Faixas Riacho do Pontal e Sergipana compondo o domínio Meridional.
Uma característica marcante da Província Borborema é a sua complexa estruturação,
definida principalmente por zonas de cisalhamento com trends E-W (Patos e Pernambuco) e
NE-SW (Portalegre, Picuí – João Câmara, Jaguaribe, Orós e Santa Mônica) que representam
extensas zonas de mobilidade crustal, ativas principalmente durante o Ciclo Brasiliano, com
comprimento variando entre dezenas a centenas de quilômetros e largura que podem chegar a
5 km (Jardim de Sá, 1994). Essas zonas de cisalhamento dúctil possuem cinemáticas
transcorrentes ou transcorrentes-transpressivas e contracionais, em parte interpretadas como
rampas laterais e frontais.
Pela própria natureza deste trabalho, os aspectos geológicos serão abordados com um
enfoque regional. Entretanto será priorizada a faixa Orós-Jaguaribe, o Domínio Ceará Central
e a Bacia Potiguar além das coberturas cenozóicas, todas estas influenciando direta ou
indiretamente a bacia hidrográfica do Rio Jaguaribe.
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Capítulo - 3
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Figura 3.1 – Província Borborema e principais domínios estruturais, modificado do Mapa Geológico
do Brasil, CPRM – 2001.
3.2 Domínio Ceará Central
Constitui-se num amplo setor relativamente complexo sendo delimitado com a Faixa
Orós e pela Zona de cisalhamento Sobral-Pedro II. Litoestratigraficamente, segundo
Cavalcante (1999), este domínio encerra uma associação quartzito-pelito-carbonato (QPC)
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 3
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24
que ocorre emoldurado e, espacialmente, sobrepondo-se aos segmentos de cronologia
arqueana-paleoproterozóica (≥ 2,0 Ga por exemplo: Terreno Cruzeta/Maciço Tróia),
chegando a exibir seções com metamorfitos básico-ultrabásicos, (anexo 04).
No geral independentemente da idade de sedimentação e magmatismo correlato, é
freqüente admitir-se, para a associação QPC superior, a pré-existência de um amplo ambiente
colisional iniciado no Paleoproterozóico (Cavalcante et al,. 1983; Caby & Arthaud, 1986), de
assoalho continental, preenchido por seqüências transgressivas e regressivas com provável
episódio de sedimentação evaporítica (Cavalcante, 1999). Mostram-se normalmente
metamorfisados no fácies anfibolito alto a granulito, com importantes zonas migmatíticas, no
Complexo Ceará.
Com relação aos maciços gnáissicos-migmatíticos, o mais importante seria o de Tauá
(Tróia) que encontra-se constituído, segundo Cavalcante (1999), por uma associação com
características do tipo grauvaca-greenstone, metamorfisada no fácies anfibolito a eclogito.
Segundo Oliveira & Cavalcante (1993), encontra-se estratigraficamente, constituído
pelo Complexo Cruzeta (Unidade Tróia: seqüência metaplutono-vulcanossedimentar; Unidade
Pedra Branca: ortognaisses cinzentos TTG) e Unidade Mombaça (gnaisses diversos e
migmatitos,
com
lentes
de
metacalcários, anfibolitos, rochas calciossilicáticas e
metaultramáficas),
além
de
abundantes
corpos
de
jazimentos
estratiformes
de
metaleucogranitos (Unidade Cedro).
Algumas rochas do Maciço Tróia se sotopõem à associações QPC do sistema de
Dobramentos Rio Curu-Independência (SDRCI), como na região de Quixeramobim, onde
verifica-se a existência de seções de litotipos metamáficos (cumulatus locais) e
metassedimentares (Seqüência Algodões).
A noroeste, o sistema de Dobramentos Rio Curu-Indepêndencia, limita-se com o
maciço (Terreno) Santa Quitéria, caracterizado por uma associação plutônica de granitos e
migmatitos meso-neoproterozóicos (Cavalcante et al., 1983), além de granitos cambrianos,
com restos ou enclaves de ortognaisses granodioríticos, tonalíticos, em parte granitizados;
anfibolitos, rochas calciossilicáticas, paragnaisses quartzosos, parcialmente ferríferos e
granadíferos, com indicadores das fácies metamórficas anfibolito e granulito, lentes
eclogíticas anfibolitizadas ricas e grandes cristais de granada. Exibem seções que admitem a
existência de arco magmático continental.
Na porção meridional, Região de Cococi, encontram-se sedimentos “molássicos”,
destacando-se o Grupo Rio Jucá representado por conglomerados, arcóseos, arenitos diversos,
folhelhos, argilitos, ardoseas, siltitos e brechas. Ainda destacam-se as supracrustais de alto
grau representadas por quartzitos feldspáticos e muscovíticos, biotita gnaisses, sillimanitaRelatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 3
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25
biotita xistos, mármores e calciossilicáticas (Seqüência Feiticeiro). Ademais Jardim de Sá &
Fowler (1981) assinalam, para a mesma região, a existência de supracrustais de baixo grau
(supracrustais Fazenda Nova) de provável idade neoproterozóica (Cavalcante, 1999)
constituídas por ardósias, metagrauvacas, metassiltitos, filitos e meta-arcóseos.
3.3 Faixa Orós-Jaguaribe
Constituído por estreitas e contínuas faixas de supracrustais separadas por blocos
gnáissicos-migmatíticos, de dimensões variadas, destacando-se os blocos Banabuiú,
Jaguaretama e Iracema (Cavalcante et al., 1983), com algumas intercalações de micaxistos,
rochas calciossilicáticas, anfibolitos, quartzitos e mármores, encaixando granitóides
neoproterozóicos-cambrianos de dimensões variadas (complexos granitóides Pereiro, Senador
Pompeu, Saboeiro, Mel, São Paulo e Catarina). Esses granitóides são arranjados, geralmente,
segundo suítes magmáticas de cedo, sin, tardi a pós-tectônicas, com idades distribuídas entre
800 e 500 Ma (anexo 04).
As rochas do embasamento, que ocorrem separando as faixas orogenéticas Orós e
Jaguaribe, são correlacionadas lito-estratigraficamente ao complexo gnáissico-migmatítico
denominado de Complexo Caicó. Esta unidade foi originalmente definida por Meunier (1964)
como uma seqüência de gnaisses e migmatitos com intercalações de metarcósios, que encerra
uma grande variedade litológica (supracitada), de elevado grau metamórfico, onde
predominam as associações do domínio do fácies anfibolito e granulito. Parente & Arthaud
(1995) interpretam o referido complexo como o embasamento da Faixa Orós e Jaguaribe, e
não como produto de uma tectônica acrescionária ao longo de zonas de cisalhamento dúctil.
Sá et al. (1988) obtiveram uma isócrona Rb-Sr que indicou idade em torno de 2,6 Ga para os
ortognaisses pertencentes a esta unidade. Associados ocorrem ainda ortognaisses tonalíticos e
granodioríticos, geralmente bandados e parcialmente migmatizados, e metassedimentos
(principalmente pelíticos, com biotita-granada-sillimanita), com raras ocorrências de
quartzitos e calciossilicáticas.
As Faixas Orós e Jaguaribe são, no geral, constituídas por seqüências metavulcânicas,
metassedimentos e rochas intrusivas dispostas em faixas contínuas de direção NNE, que
próximo às cidades de Icó e Iguatu assumem direção ENE. A Faixa Orós (anexo 04)
especificamente é composta por metassedimentos, metavulcânicas e metaplutônicas. Os
metassedimentos são na sua maioria, pelíticos formados por xistos aluminosos com
intercalações de quartzitos, mármores e calciossilicáticas. A seqüência metavulcânica é
representada por rochas ácidas (dacitos, riodacitos, riolitos e tufos) e em menor proporção,
por metavulcânicas básicas (metabasaltos e metandesitos). Os dados geocronológicos de Sá
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Capítulo - 3
E.R.H, Figueiredo – 2004
26
et. al. (1988) indicam uma idade de 1,8 Ga para os litotipos da seqüência metavulcânica. Um
conjunto metaplutônico recorta a seqüência vulcanossedimentar, sendo composto por vários
tipos de ortognaisses, com composição variando de granítica a granodiorítica. São
encontrados granitos porfiríticos (augen gnaisse de 1,673 ± 23 Ma, Sá 1991). Segundo Sá
1991 e Sá et al. 1994 e 1995, as vulcânicas máficas exibem assinaturas de basaltos tipo EMORB. Por sua vez, os meta-andesitos basálticos, do ramo sudoeste entre Antonina do Norte
e Campos Sales – sudoeste do Estado do Ceará são de baixo potássio, plotando no campo dos
magmatitos de ambiência intraplaca (Souza, 1993b).
Já a Faixa Jaguaribe (anexo 04) é composta por uma associação vulcano-plutônica e
subordinadamente, por metassedimentos, principalmente xistos e quartzitos. Os quartzitos são
finos e puros ou muscovíticos, enquanto os xistos são ricos em muscovita, biotita e granada.
As rochas plutônicas são compostas por augen-gnaisses e corpos dioríticos que ocorrem como
diques intrusivos nos gnaisses. As rochas vulcânicas estão representadas por lavas e
piroclásticas ácidas de composição dominantemente riolítica, (Campelo, 1999). Para a
tipologia geoquímica dos metamigmatitos dessa faixa, Figueiredo Filho (1994) chegou a
resultados similares aos reconhecidos por Sá (1991), mas assinalando uma grande
complexidade quando do tratamento conjunto das metavulcânicas básicas da Faixa Jaguaribe
com a Faixa Orós, com posicionamentos tanto no campo intraplaca como no orogênico. Para
Sá et al. (1997), aqui também, os augen gnaisses admitem assinatura geoquímica de granitos
intraplacas. A cronologia absoluta das rochas da Faixa Jaguaribe, a partir dos augen gnaisses
e metariolitos, pelos métodos U-Pb e Rb-Sr (Figueiredo Filho, 1994 e Sá et al, 1997), situa-se
entre 1,7 Ga e 1,8 Ga, numa média de 1,75 Ga.
3.4 Bacia do Araripe
A Bacia do Araripe é a mais extensa das bacias interiores do Nordeste do Brasil
(figura 3.2). Sua área de ocorrência não se limite à Chapada do Araripe, estendendo-se
também pelo Vale do Cariri, num total de aproximadamente 9000 km2, ocupando a porção sul
do Ceará e parte da porção noroeste do estado de Pernambuco (Assine, 1992).
Inicialmente a Bacia do Araripe foi descrita por Small (1913), onde este propôs uma
coluna estratigráfica, denominada, da base para o topo: Arenito Conglomerático; Arenito
Inferior; Calcário de Santana e Arenito Superior.
Moraes
(1963)
separaram
a
estratigrafia
em:
Formação
Cariri
(arenito
conglomerático), Formação Missão Velha (arenito, siltito e folhelho, com troncos
silicificados), Formação Santana: Membro Inferior (calcário e marga com peixes fósseis e
gipsita) e Membro Superior (calcário laminado com gipsita) e Formação Arajara (arenito com
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Capítulo - 3
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siltito na base). Beurlen (1963), chamou de Formação Crato o Membro Inferior, de Formação
Santana o Membro Superior e de Formação Exu a Formação Arajara.
Ponte & Appi (1990), dividiram a coluna estratigráfica em três seções distintas, limitadas
por discordâncias angulares de extensão regional. Onde na base da coluna encontra-se a
Formação Cariri (Maurití), com remanescentes de uma vasta cobertura de sedimentos
terrígenos paleozóicos, repousando sobre o embasamento cristalino e limitada no topo por
uma discordância regional, (figura 3.3).
O Grupo Vale do Cariri engloba os registros da primeira fase de sedimentação
contínua na bacia, incluindo três formações: Brejo Santo, Missão Velha e Abaiara. O Grupo é
limitado na base pela discordância pré-Malm e no topo pela discordância pré-Aptiana. Esse
grupo está correlacionado com as unidades das sequências Pré-Rift e Rift.
O Grupo Araripe teve uma sedimentação meso-cretácea que ultrapassou muito os
limites do rift neocomiano. Engloba quatro formações: Rio da Batateira, Santana, Arajara e
Exu.
Com relação aos sedimentos cenozóicos, Ponte & Appi (1990), tratou-os como sendo
de modo indiviso, onde são constituídos por depósitos de talus, bordejando o sopé das falésias
das chapadas, e por aluviões fluviais, pavimentando o fundo dos vales principais.
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Capítulo - 3
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3.4.1. Litoestratigrafia
3.4.1.1 Formação Cariri
Small, (1914) denominou a unidade sedimentar localizada na base da Chapada do
Araripe de Conglomerado basal. O termo Cariri veio ser adotado um pouco mais tarde, em
1962, por Beurlen. Em 1963 Anjos a denominou de Formação Mauriti, a qual seria mais
tarde, por Braun (1966), correlacionada com a Formação Tacaram da Bacia do Jatobá.
Segundo Beurlen (1962), na região de Juazeiro do Norte (CE), o conglomerado é bastante
friável, no entanto, ao norte de Missão Velha (CE) esta mesma unidade mostra-se em grande
parte silicificada. Beurlen (1963) concluiu que essa silicificação aconteceu após à deposição
da Formação Cariri, e posteriormente à deposição da Formação Missão Velha, uma vez que a
silicificação é restrita aos sedimentos da Formação Cariri.
Ghignone et al., (1986), propõem para esta unidade uma representação através de
quartzo-arenitos brancos, cinzas e amarelados, localmente manchados de verde, sendo
feldspáticos e freqüentemente cauliníticos. Sob a forma de lentes inclusas nos corpos
areníticos, ocorrem conglomerados finos. Estes arenitos e conglomerados mostram boas
porosidades e permeabilidades, muito embora ocorram silicificações locais. A espessura é
variável, chegando a atingir aproximadamente 100 m.
Ponte & Appi, (1990) chamam esta formação de Mauriti, onde diz que esta formação
repousa sobre o embasamento cristalino, ou seja, mantendo-a na base da coluna estratigráfica,
sendo superposta discordantemente pela Formação Brejo Santo, de idade neojurássicas (?) e
que por ser uma unidade afossilífera, sua idade neosiluriana a neodevoniana é apenas inferida.
A Formação Cariri tem idade Siluro-Devoniana, composta por uma seqüência elástica
continental, de regime fluvial, representado por um arenito grosso a conglomerático,
esbranquiçado, imaturo, com estratificação cruzada irregular, e localmente friável ou
silicificado.
3.4.1.2 Grupo Vale do Cariri
Formação Brejo Santo
Formação Brejo Santo foi o nome dado por Gaspary & Anjos (1964) e Caldasso
(1967) à parte basal da Formação Missão Velha de Beurlen (1963). Braun, (1966) fez
correlação desta formação com a Formação Aliança, datada do Jurássico Superior, localizada
nas Bacias do Recôncavo, Tucano e Jatobá. Segundo Ponte & Appi (1990), a formação
assenta-se em contato discordantemente sobre a Formação Carirí e é superposta, em contato
concordante e transicional, pela Formação Missão Velha.
Relatório de Graduação - UFRN
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Formação Missão Velha
Small (1914, apud Silva, 1983) chamou de Arenito Inferior do Araripe os sedimentos
que compõem a ampla baixada do Vale do Cariri, marcada pelas cidades do Crato, Barbalho,
Missão Velha, Milagres e Mauriti (CE). Em 1963, Beurlen denominou de Formação Missão
Velha todo o pacote sedimentar localizado imediatamente acima da Formação Cariri, e ainda
destacou a presença de troncos de árvores fossilizados encontrados in situ Ghignone et al.,
(1986), correlacionaram esta formação com a Formação Sergi do Tucano, e afirmaram que seus
sedimentos constituem-se de quartzo-arenitos, sedimentados em bancos espessos, com
estratificações cruzadas, expondo deformação por fluidização, contendo troncos silicificados.
Ponte & Appi (1990) mantiveram a designação de Formação Missão Velha, com
abrangência estratigráfica restrita à Formação Sergi batizada por Braun, (1966). Definiram
ainda que esta formação repousa em contato normal e gradacional, sobre a Formação Brejo
Santo, sendo superposta da mesma forma pela Formação Abaiara.
Formação Abaiara
O termo Formação Abaiara, foi proposto por Ponte & Appi (1990), para designar a
unidade superior do Grupo Vale do Cariri, constituída por intercalações bem estratificadas de
arenitos finos, argilosos, micáceos, friáveis, laminados; siltitos e folhelhos. O conteúdo
paleontológico inclui ostracóides de biozonas indicativas dos andares Rio Serra/Aratú
(Neocomiano). A litologia e o conteúdo fossilífero desta formação são indicativos de
sedimentação em ambientes lacustres raso e fluvial. O contato inferior com a Formação
Missão Velha é normal e gradacional, enquanto que o contato superior com a Formação Rio
da Batateira ou Formação Santana é discordante de idade pré-aptiana.
3.4.1.3 Grupo Araripe
Formação Rio da Batateira
Ponte & Appi (1990) incluem esta formação propondo nomear a seção terrígena de
idade meso-cretácea (Alagoas Superior) que aflora nos barrancos do Rio Batedeira. Essa
formação inicia-se com arenitos médios e grossos, mal selecionados, com estratificações
cruzadas, exibindo clastos alóctones de argilito vermelho e crosta ferruginosa. Apresentam
intercalações de arenitos médios a finos, e siltitos argilosos bem selecionados e com
estratificações cruzadas de grande porte. Gradativamente passam a dominar camadas
argilosas, siltitos e folhelhos, indicando uma granodecrescência ascendente, culminando em
folhelhos verde-oliva e negros. Acima destes folhelhos, Ponte & Appi (1990) descrevem
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 3
E.R.H, Figueiredo – 2004
31
ainda um novo ciclo de granodecrescência ascendente, iniciando-se por conglomerados e
bancos espessos de arenitos médios gradando rapidamente até atingir novamente os folhelhos.
Assim o sistema deposicional foi caracterizado por Ponte & Appi (1990), como flúviolacustre, onde os bancos de arenitos representam os depósitos de correntes fluviais de alta
energia, os arenitos finos, siltitos e argilitos intercalados, constituem os depósitos de planícies.
Um episódio de seca rápida teria exposto sub-aereamente as argilas lacustres marcando em
seu registro gretas de ressecamento. Assim, pode-se dizer que a coluna completa desta
formação é composta por dois ciclos flúvio-lacustre sucessivos, onde o primeiro ocorreu uma
maior influência fluvial e o segundo de depósitos lacustres.
Formação Santana
Beurlen, (1971) destacou que a seqüência da Formação Santana se situa entre o arenito
inferior (Missão Velha) e o arenito superior (Exú). Dividiu ainda a unidade em três membros,
devido a sua diversificada litologia, são eles:
Membro Crato: na base, constituído por calcários e siltitos laminados;
Membro Ipubi: intermediário, com a gipsita e os calcários e as margas com concreções
calcárias;
Membro Romualdo: no topo, formado por argilas e siltitos, apresentando conchostráceos.
Da base para o topo a seqüência inicia-se com um horizonte gipsífero, descontínuo e
lenticular, sotoposto a uma seqüência de folhelhos, margas e siltitos, contendo ocasionalmente
intercalações de arenito fino a grosseiro, esbranquiçado e amarelado, friável e raramente
calcífero. Os calcários, micritos, finamente laminados com intercalações de calcarenitos,
margas e siltitos denotam a influência marinha duradoura na área. Mostram-se ainda com
níveis fossilíferos ricos, tanto de fósseis marinhos como não-marinhos, sendo interpretado
então como um ambiente tipo estuarino com restrições impostas por barreiras físicas ou
diferença de pressão no fluxo de correntes opostas.
Formação Arajara
Ponte & Appi (1990) propuseram a reabilitação do termo Formação Arajara, para
designar a sequência de siltitos, argilitos e arenitos finos argilosos, bem estratificados
exibindo estruturas sedimentares do tipo de marcas onduladas, laminações cruzadas e,
eventualmente, estruturas de fluidização.
O contato superior com a Formação Exu é uma discordância erosional. Os sedimentos
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Capítulo - 3
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32
da Formação Arajara são indicativos de fácies lacustres-rasas, marginais, onde o afluxo de
sedimentos terrígenos suplantava as taxas de subsidência, promovendo assim o assoreamento
da bacia e o encerramento do segundo ciclo de deposição flúvio-lacustre, na Bacia do Araripe.
Formação Exú
Small (1914), apud Silva (1983), chamou de Arenito Superior os sedimentos que
caracterizam o capeamento contínuo da própria chapada. Em 1963, Beurlen introduziu o
termo Formação Exú. No geral, se mostra repousado sobre o complexo do embasamento, e
representa a unidade que encerra a seqüência sedimentar da região do Araripe. Sua
composição é caracterizada por arenitos amarelados e avermelhados, friáveis, argilosos, por
vezes cauliníticos, apresentando estratificações cruzadas e plano paralelas. Esta seqüência
elástica e espessa representa uma sedimentação essencialmente fluvial.
3.4.2 Contexto Tectono-Estratigráfico
A origem da Bacia do Araripe correlaciona-se aos processos de rifteamento. Os
movimentos observados ao longo dos lineamentos de Pernambuco e Paraíba são usados para
explicar a teoria do complexo de rift-valley. Os referidos lineamentos são encontrados no
continente em uma zona E-W e são caracterizados por rochas intensamente milonitizadas e
também por conter rochas do embasamento que são deformadas por atividades tectônicas, o
que resulta em um movimento de strike-slip com direções E-W e ENE-WSW.
A Bacia do Araripe e outras bacias interioranas menores fazem parte da categoria de
bacias tipo pull-apart. Os sedimentos jurássicos-cretácicos, da Bacia do Araripe também
foram afetados pelo tectonismo e apresentam como resultado estruturas como falhas, dobras e
soerguimento, esta deformação mostra uma distribuição preferencial em relação ao trend E-W
do lineamento da Paraíba, Silva, (1983). A parte sudoeste da bacia mostra um padrão
compressivo, englobando rochas do embasamento extensivamente dobradas apresentando
trend SW-NE. A porção sudoeste apresenta um padrão compressivo menos expressivo;
entretanto falhas horizontais e verticais são mais freqüentes.
Ponte et al., (2001) definiu “tectono-sequência” como uma unidade estratigráfica de
vasta distribuição geográfica, formadas por associações de sistemas deposicionais
relacionados geneticamente e caracterizada por uma sucessão de estratos relativamente
concordantes, identificável por suas características litológicas e resultante de sedimentação
sob condições paleogeográficas semelhantes, durante um determinado estágio da evolução
tectônica de uma bacia, sendo limitada, no topo e na base, por discordâncias ou
descontinuidades deposicionais. Assim esse autor caracterizou a coluna estratigráfica da Bacia
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Capítulo - 3
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33
do Araripe em cinco tectono-seqüências:
Tectono-sequência Beta (neo-ordoviciana a Siluriana) - constitui o registro do segundo
ciclo deposicional nas bacias intracratônicas brasileiras e o primeiro sob condições
ortoplataformais, onde a plataforma brasileira já se encontrava consolidada e estabilizada.
Representa a Formação Mauriti de modo incompleto por remanescentes de um extenso
sistema deposicional fluvial-entrelaçado.
Tectono-sequência Pré-Rift (neo-Jurássica a eocretácica) - registro sedimentar da fase
inicial do episódio de rifteamento que deu origem à margem continental brasileira. Ou seja,
fase evolutiva de rifteamento. Representada pelas formações Brejo Santo e Missão Velha.
Tectono-sequência Sin-Rift (eocretácea, neocomiana) - registro do estágio tectônico de
ruptura crustal, que deu origem ao atlântico sul e, como conseqüência, à margem continental
brasileira. É formada por tratos de sistemas deposicionais alúvio-flúvio-deltáico-lacustre. Na
Bacia do Araripe representa a Formação Abaiara, constituída por intercalações bem
estratificadas de sedimentos de origem fluvial, deltáico-lacustre e lacustre.
Tectono-sequência Pós-Rift (mesocretácica, neo-aptiana a eocenomaniana ?) - todos
os
estratos
sedimentares,
predominantemente
continentais,
contemporâneos
das
superseqüências transicional e marinha, das bacias pericratônicas brasileiras. Na Bacia do
Araripe registra o ciclo completo transgressivo-regressivo. Representa o Grupo Araripe
inteiramente, incluindo suas quatro formações.
Tectono-sequência Zeta (Cenozóico)
-
Inclui as coberturas de depósitos eluvionares,
coluvionares e aluvionares.
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Capítulo - 3
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Figura 3.3 – Carta estratigráfica da Bacia do Araripe, compilado de Ponte & Appi, (1990).
3.5 Bacia Potiguar
A Bacia Potiguar está localizada no extremo leste da margem equatorial brasileira
quase em sua totalidade no estado do Rio Grande do Norte e uma pequena porção no estado
do Ceará, limitando-se a leste com a Bacia de Pernambuco-Paraíba, pelo Alto de Touros; a
noroeste com a Bacia do Ceará, pelo Alto de Fortaleza; a sul com as rochas pré-cambrianas do
embasamento cristalino; e a norte pela a cota batimétrica de 200m, aproximadamente entre as
coordenadas 35° e 38° de longitude oeste e 4º50’ a 5º50’ de latitude sul, possuindo cerca de
48.000 Km2; deste total cerca de 21.000 km2 correspondem à área emersa e o restante à
plataforma e aos taludes continentais, segundo Bertani et. al., 1990 (Figura 3.4).
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Capítulo - 3
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36
3.5.1 Arcabouço Estrutural
Segundo Bertani et al. (1990), o arcabouço estrutural da Bacia Potiguar estabelecido
no início do Cretáceo (aproximadamente 135 Ma), é subdividido em quatro feições morfoestruturais (grabens assimétricos, altos internos, plataforma rasa do embasamento e talude)
estando estas relacionadas com grandes eventos de estiramento crustal (rift) e da fase de
deriva continental que afetaram a bacia.
No graben central, os baixos assimétricos de Apodi, Umbuzeiro, Guamaré e Boa
Vista, constituem feições lineares de direção NE-SW, encontrando-se levemente oblíquos aos
principais lineamentos de direção NNE-SSW, no embasamento a sul da bacia. Esses baixos
encontram-se separados pelos altos internos do embasamento (Quixabá, Serra do Carmo e
Macau). As plataformas do embasamento representam feições rasas, sendo assim
denominadas de plataforma de Touros e Aracati, situadas a E e W pelos sistemas de falhas de
Carnaubais e de Areia Branca, ambos de direção NE-SW.
Todo este arcabouço estrutural é controlado por um duplo sistema de falhas lístricas
normais
que
provavelmente
envolvem
a
reativação
de
zonas
de
cisalhamento
Neoproterozóicas (Matos, 1987).
Durante o Terciário, uma importante reativação atingiu ambos os sistemas, com uma
compressão N-S causando uma transcorrência dextral no Sistema de Falhas de Afonso
Bezerra, e uma transcorrência sinistral no Sistema de Falhas de Carnaubais. O mecanismo que
gerou a compressão não está totalmente esclarecido, sendo, associado a um domo térmico
delineado pelas ocorrências de vulcânicas básicas alcalinas da Formação Macau.
No Quaternário, uma nova reativação atingiu ambos os sistemas aos quais estiveram
subordinados a uma compressão WNW – SSE, ocasionando que o Sistema de Falhas de
Carnaubais apresentasse uma cinemática oblíqua normal – dextral, enquanto o Sistema de
Falhas de Afonso Bezerra obedecesse a uma cinemática normal com componente sinistral.
Além das estruturas de direção NE-SW, Hackspacher et al., (1985) observaram outras
importantes estruturas de direção NW-SE, como produto de reativações pós-campanianas.
Matos (1992), interpretou estas estruturas como sendo falhas de transferência durante a fase
rift inicial. Cremonini et al., (1996) caracterizaram como sendo produto de superposição de
fase de rifteamento.
3.5.2 Evolução Tectono-Sedimentar
A origem da Bacia Potiguar é tema de estudos de vários autores (Françolin & Szatmari
1987; Matos 1987, 1999, 2000) que propõem modelos evolutivos que se diferenciam pela
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37
orientação dos esforços e pelos mecanismos que atuaram na época de sua geração à abertura
do Atlântico Sul.
Segundo Matos et al. (1987), a Bacia Potiguar teve sua origem através de um processo
de rifteamento passivo, em resposta a um afinamento crustal atuante na Província Borborema,
durante o fraturamento do Gondwana e a formação do Oceano Atlântico. Este evento
corresponde ao mesmo que caracterizou a instalação das bacias do Recôncavo, Tucano,
Jatobá, Rio do Peixe, Araripe e Sergipe-Alagoas, e estas bacias, juntamente com a Bacia
Potiguar, compõem o “Sistema de Rifts do Nordeste Brasileiro”.
Matos (1987) identificou três fases de rifteamento no Nordeste Brasileiro que são
associadas com a evolução da ramificação e são responsáveis pela diferenciação espacial e
temporal dessa bacia: sin-rift I, sin-rift II e sin-rift III. Dentre as três fases, as duas últimas são
consideradas as principais de rifteamento, apresentando diferenças importantes no registro
litoestratigráficos e no estilo estrutural.
Mais recentemente, Matos (1999 e 2000) propôs uma nova abordagem para a evolução
tectono-sedimentar da Bacia Potiguar (Figura 3.5), com dois estágios principais de evolução:
o primeiro relacionado à evolução das bacias de margem leste brasileira e o segundo estágio
referente à evolução da Margem Equatorial Atlântica, no contexto de uma margem equatorial
transformante. A margem leste brasileira foi caracterizada por um longo estágio rift, que
ocorreu entre o Neocomiano e Barremiano. No Aptiano, iniciou-se um período de distensão
oblíqua no Atlântico Equatorial, que deu origem a um amplo fraturamento. A margem
equatorial Atlântica (Aptiano-Albiano-Cenomaniano) tem sua evolução tectônica relacionada
a três estágios principais, e sete sub-estágios, controlados cinematicamente pelos limites
litosféricos das margens Africana e Sul-Americana.
O estágio Pré-Transformante marca a fase anterior à separação dos continentes, sendo
subdividido em Pré-Transtração (Paleozóico-Jurássico), caracterizado na Bacia Potiguar pela
seção rift neocomiana, a Formação Pendência, e Sin-Transtração (Aptiano-Albiano),
caracterizado por sedimentos das Formações Pendência e Pescada na porção submersa da
bacia e pelos depósitos da Formação Alagamar na porção emersa e submersa.
O estágio Sin-Transformante marca o processo de separação continental e a criação do
assoalho oceânico, sendo subdividido em Transtração dominada por cisalhamento simples e
Transpressão dominada por wrench. Na Bacia Potiguar este estágio é caracterizado pela seção
Albo-Cenomaniana (Formação Açu, Ponta do Mel e Quebradas) depositada nos segmentos
NW e E da Bacia.
O estágio Pós-Transformante é caracterizado por um contexto tipicamente de margem
passiva. Na Bacia Potiguar este estágio é representado pelas seções Turoniana-Campaniana
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 3
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38
inferior (Formação Jandaíra) e Campaniana superior-recente (Formações Ubarana, Tibau e
Guamaré).
Figura 3.5– Distribuição da deformação na margem equatorial atlântica durante o Albiano,
modificado de Matos, (2000).
Françolin & Szatmari (1987) utilizaram um modelo envolvendo esforços
compressivos e distensivos para explicar a separação América do Sul - África (Figura 3.6).
Eles propuseram que as primeiras manifestações da separação Brasil-África, onde o extremo
Nordeste Brasileiro foi submetido a uma variação de esforços com movimentos divergentes
E-W, iniciaram no Jurássico Superior (Figura 3.6a). Esta movimentação possibilitou a
implantação de uma fratura de milhares de quilômetros de extensão, que se iniciou no sul do
Continente Gondwana e progressivamente alastrou-se em direção ao norte.
Durante o Cretáceo inferior, a movimentação divergente dos dois continentes era
maior a sul imprimindo, desta forma, uma rotação horária na placa sul-americana em relação
à africana, em torno de um pólo situado a sul de Fortaleza a aproximadamente 39o W e 7o S.
Como resultado, instalou-se na Província Borborema um processo de compressão a sul e
distensão a norte. Tais esforços se inverteriam no Neocomiano para movimentos
compressivos leste-oeste na margem equatorial e uma distensão norte-sul (Figura 3.6b). Esses
esforços resultaram na formação e reativação de falhas normais de direção E-W, originando
os grabens da atual porção onshore da Bacia Potiguar. Concomitante a esta tectônica, as
falhas de direção NE-SW pré-existentes foram reativadas por movimentos transcorrentes
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dextrais, com movimentação transtensional, em seu extremo NE, e transpressional na sua
porção SW.
O limite entre os regimes transpressional e transtensional é marcado pelo
magmatismo Ceará-Mirim, de direção E-W. As falhas de direção NW-SE são pouco
representativas no Neocomiano, enquanto que as de direção NE-SW são as mais importantes,
pois condicionaram a abertura do rift Potiguar e têm como representante principal a falha de
Portalegre-Carnaubais, que propiciou a formação e delimitou o graben Pendência.
Durante o Aptiano a província esteve submetida apenas a uma distensão de direção NS e sob esse novo regime de esforços, interromperam-se a movimentação transcorrente dextral
das falhas NE-SW e a sedimentação na porção onshore da Bacia Potiguar. Prosseguia,
entretanto, o rifteamento através das falhas de direção leste-oeste, com a deposição de
sedimentos na porção submersa da Bacia Potiguar (Figura 3.6c). É também nesta fase que o
pólo de rotação da América do Sul em relação à África migra para noroeste, em direção ao
atual estado do Amapá.
No início do Albiano, movimentos divergentes E-W entre os continentes sulamericano e africano, causaram um cisalhamento lateral dextral na atual margem equatorial
brasileira o que permitiu a entrada do mar, causando transgressão marinha em todas as bacias
da margem equatorial brasileira entre o Albiano e o Campaniano (Figura 3.6d).
Após o Campaniano (Maastrichiano) esses movimentos inverteram para uma
compressão N-S (Figura 6e). A Bacia Potiguar sofreu reflexo desta compressão, evidenciado
pelo soerguimento da plataforma carbonática da Formação Jandaíra e pela reativação de
inúmeras falhas na bacia.
Figura 3.6 – Evolução da separação dos continentes Sul-Americano e Africano proposta por Françolim
& Szatimari (1987).
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Capítulo - 3
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A evolução tectono-sedimentar da Bacia Potiguar segundo Bertani et al. (1990) é
representada por três estágios tectônicos principais: Rift – primeiro pulso tectônico, onde se
desenvolveram grandes falhas normais e de transferência ativa desde o Neocomiano,
caracterizado pelo Grupo Areia Branca correspondendo as Formações Pescada e Pendência;
Transicional – estiramento litosférico onde predominam meio-graben basculados controlados
por um sistema de falhas extensionais, constituído pelo Grupo Apodi que é subdividido pela
Formações Açu, Jandaíra, Ubarana e Ponta do Mel; Drift – nesta fase foi depositado
sedimentos de maneira discordante, as modificações estruturais consistiram em falhas normais
ao longo de lineamentos antigos, constituído pelo Grupo Agulha subdividido em Formações
Guamaré, Macau e Tibau.
3.5.3 Litoestratigrafia da Bacia Potiguar
De acordo com Araripe & Feijó (1994), as rochas sedimentares da Bacia Potiguar
estão atualmente, organizadas em três grupos denominados da base para o topo de Areia
Branca, Apodi e Agulha (Figura 3.7). Os litótipos destes três grupos são separados por
discordâncias de magnitude regional associadas a três eventos: Magmatismo Rio Ceará-Mirim
(120 a 140 Ma); Magmatismo Serra do Cuó (90 Ma; Oliveira et. al., 1998); e Magmatismo
Macau (29 a 45 Ma; Mizusaki 1987, apud Araripe & Feijó 1994).
3.5.3.1 Grupo Areia Branca
Reúne as Formações Pendência, Pescada e Alagamar, composta predominantemente
por rochas clásticas e separadas por discordâncias entre si. Sobreposto discordantemente ao
embasamento cristalino e sotoposto em discordância à Formação Açu.
- Formação Pendência caracteriza-se por arenito muito fino a conglomerático de cor
cinza esbranquiçado e com intercalações de folhelho e siltito cinzento. A interpretação
paleoambiental aponta para leques aluviais associados a falhamentos e sistemas flúviodeltáicos propagando sobre pelitos lacustres, entremeados por freqüentes turbiditos (Della
Fávera 1992 apud Araripe & Feijó 1994).
- Formação Pescada é caracterizada por arenitos finos acinzentados a médios de
coloração branca, possuindo intercalações de folhelhos e siltitos cinzento. Os sistemas
deposicionais responsáveis pela deposição destes sedimentos são o de leques aluviais
coalescentes e os flúvio-deltáicos com pelitos lacustres entremeados por turbiditos.
- Formação Alagamar é constituída por dois membros separados por uma seção
pelítica formada por calcarenitos, calcilutitos e folhelhos (Camadas Ponta do Tubarão). O
Membro Upanema caracteriza-se por arenitos finos e grossos e folhelho e, o Membro
Galinhos é, predominantemente, pelítico, com folhelhos e calcilutitos. Os sistemas
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deposicionais interpretados são flúvio-deltáicos (Upanema), lagunar (Ponta do tubarão) e
nerítico (Galinhos). As rochas deste Grupo indicam idades entre Neo-Rio da Serra e
Neoalagoas (135-114Ma).
3.5.3.2 Grupo Apodi
Em 1943, Oliveira & Leonardos denominaram o Grupo Apodi como sendo formado
pelas Formações Açu e Jandaíra.Atualmente o Grupo teve seu sentido ampliado para conter
também as Formações Ponta do Mel e Quebradas. Apresenta-se sobreposto à Formação
Alagamar e em contato superior, discordante, com o Grupo Agulha. Datações apontam, para
este grupo, idades entre Albiano e Mesocampaniano (107-74 Ma).
- Formação Açu é caracterizada por camadas espessas de arenito médio a muito
grosso de cor esbranquiçada intercalando-se com folhelho e argilito verde claro e siltito
castanho avermelhado. São interpretados como sistemas deposicionais de leques aluviais,
assim como sistemas fluviais entrelaçados e meandrantes e uma transgressão costeira
estuarina (Vasconcelos et al., 1990).
- Formação Jandaíra é composta por calcarenito bioclástico a foraminíferos
bentônicos por vezes associados a algas verdes; há também a ocorrência de calcilutito com
marcas de raízes, dismicrito e gretas de contração. Apresenta-se em contato inferior
concordante com a Formação Açu ou Quebradas.
- Formação Ponta do Mel contém calcarenitos oolíticos creme, doloesparito castanho
claro e calcilutitos branco, com camadas de folhelhos; interdigita-se lateralmente e recobre
concordantemente a Formação Açu. Foram interpretados como depósitos em plataforma rasa
associada à planície de maré e mar aberto (Tibana & Terra 1981).
- Formação Quebradas apresenta-se m contato inferior discordante com a Formação
Ponta do Mel, contém arenitos finos de cor cinza clara, folhelhos e siltitos de cor cinza
esverdeado. O ambiente deposicional interpretado para estes litotipos inclui plataforma e
talude com turbiditos.
3.5.3.3 Grupo Agulha
É composto pelas Formações Ubarana, Guamaré e Tibau, sua idade está compreendida
entre o Neocampaniano e o Holoceno (a partir de 83 Ma).
- Formação Ubarana caracteriza-se por uma grossa seção de folhelhos e argilitos de
cor cinzenta, intercalados por camadas delgadas de arenito muito fino a grosso esbranquiçado,
siltitos cinza acastanhado e calcarenitos fino creme claro.
- Formação Guamaré constitui-se por calcarenitos bioclásticos e calcilutitos
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depositados em plataforma e talude carbonáticos.
- Formação Tibau caracteriza-se por arenitos grossos depositados por sistema de
leques costeiros.
3.5.3.4 Magmatismo Meso-Cenozóico
Araripe & Feijó (1994) reconheceu três eventos magmáticos durante a sedimentação
da Bacia Potiguar, que estão diretamente ligados à sua evolução.
Formação Rio Ceará-Mirim
Datado entre 120 a 140Ma, ocorre no embasamento adjacente á borda sul da bacia sob
a forma de diques de diabásio toleítico orientados com direção E-W.
Segundo Oliveira (1994) esse evento magmático esteja relacionado à formação do rift
Potiguar.
Anjos et al., (1990) propuseram a ocorrência de rochas vulcanoclásticas, associadas ao
magmatismo Rio Ceará-Mirim, intercaladas na seção basal da Formação Pendência, na porção
emersa da bacia.
Formação Serra do Cuó
Com idade aproximadamente 90 Ma (Oliveira et al., 1998), é caracterizado por diques
de diabásio com tendência alcalina, intercalados com sedimentos da Formação Açu,
provavelmente relacionados com o final da deposição da Formação Jandaíra.
Formação Macau
Com idade entre 29 e 45 Ma (Sial et al., 1981), corresponde aos derrames, necks,
plugs e diques de olivina basaltos e diabásios, ocorrem intercalando as Formações Tibau,
Guamaré e Ubarana e formam as intrusões do Pico do Cabugi e de Pedro Avelino. A
espessura destes derrames na porção submersa da bacia pode atinge dezenas de metros, na
região do canyon de Ubarana, confirmando a grande magnitude deste evento.
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Figura 3.7 – Carta estratigráfica da Bacia Potiguar, modificado de Araripe & Feijó (1994).
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CAPÍTULO 4 - ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS
4.1 Introdução
Os primeiros estudos geomorfológicos datam do início do século XX e marcam uma
primeira fase que se estendeu até o final dos anos 40. Crandall (1910) desenvolveu pesquisas
preliminares nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, destacando-se os traços
fundamentais da diferenciação morfológica entre o litoral e o Planalto da Borborema.
Afirmou que o Planalto da Borborema é um peneplano antigo que foi soerguido e
posteriormente dissecado pela drenagem. Identificou uma área de desnudação entre o litoral e
a Borborema. Referiu-se às baixas superfícies que se estendem a partir do sopé da serra de
Baturité na direção dos vales do Jaguaribe e do Piranhas-Açu, denominando-as, planícies.
A partir do final dos anos 40, início dos anos 50, diversos trabalhos de natureza
geomorfológica, marcam uma segunda fase de estudos. Ab´Saber (1949) é a referência inicial
desta fase. Neste trabalho o autor apresentou o quadro paleogeográfico regional e identificou
a Chapada da Ibiapaba como uma cuesta com mergulho geral para oeste, considerando-a um
dos mais característicos alinhamentos de escarpas de circundesnudação da Bacia do MeioNorte. Afirmou que a Chapada do Araripe e os demais testemunhos sedimentares apresentamse com superfícies tabulares em virtude da deposição dos sedimentos em camadas horizontais.
Feio (1954), estudando o relevo do Rio Grande do Norte e Paraíba, identificou os
seguintes elementos morfológicos: o litoral, o degrau entre o litoral leste e o Planalto da
Borborema, o Planalto da Borborema e o Alto Sertão. Elaborou um esquema de evolução do
relevo nordestino, onde concordando com Ab´Saber (1949), identificou como evento mais
antigo a formação da superfície do nível superior da Borborema e deposição do material que a
recobre. Afirmou que a este evento seguiram-se soerguimentos intercalados por fases erosivas
e que o último desses soerguimentos resultou no desenvolvimento da fase erosiva do Baixo
Sertão, que abrange as bacias superiores dos rios Piranhas-Açu, Apodi e Jaguaribe e estendese na direção do litoral norte, onde liga-se às plataformas com 100 a 130m de altitude
representadas pelas Chapadas do Apodi, Serra do Carmo e outras. Nessa seqüência, o último
evento registrado pelo autor é o abaixamento da região litorânea por flexura.
Andrade (1968), dividiu o Nordeste em dois espaços geomorfológicos: a bacia do
Parnaíba e o núcleo nordestino. Caracterizou essas unidades como Bacia Sedimentar
Neopaleozóico-Mesozóico (Devoniano-Cretáceo), abrangendo os Estados do Piauí e
Maranhão; e como Núcleo Gnáissico-Granítico com bacias intracratônicas que foram
preenchidas por sedimentação durante o Cretáceo englobando os demais estados da região.
Acrescentou que todo o relevo esculpido no Cenozóico se deve em parte a um tectonismo de
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E.R.H, Figueiredo – 2004
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reativação de dobramentos de fundo, acompanhado de fraturas e falhas, mas de modo geral,
acentuado pela sucessão dos pediplanos e estudou, localizando e datando os seus depósitos
correlativos.
Ab´Saber (1969), caracterizou a Superfície Sertaneja como sendo formada por
pediplanos modernos, localizando-a em torno da Borborema, dos maciços residuais e do
Araripe até o sopé da Ibiapaba.
Apesar de terem surgido diversos outros trabalhos durante este período, na década de
70 o projeto RADAMBRASIL marcou uma fase de estudos por se constituir num
mapeamento geológico e geomorfológico genérico e sistemático através de imagens de radar
na escala 1:1.000.000. Além de outros resultados as imagens de radar possibilitaram a
visualização da distribuição e continuidade espacial das formas de relevo, funcionado como
elemento de grande utilidade na compartimentação em Unidades Geomorfológicas.
4.2 Unidades Geomorfológicas
4.2.1 Planalto da Borborema
Acha-se circundado pela Depressão Sertaneja, atingindo cotas de 600 a 1000 m. É
constituído por litologia predominantemente pré-cambriana do Complexo Cristalino com
testemunhos de sedimentos eoterciários e terciários, sendo um importante núcleo dispersor de
drenagem no Nordeste Brasileiro. Pelas diferenciações morfológicas descritas por Prates et al.
(1981), e tendo em vista a caracterização dos setores dotados de uma maior homogeneidade,
encontra-se subdividida em três setores: Encosta Oriental, Encosta Ocidental e Planalto
Central.
4.2.1.1 Encosta Oriental
Dispõe-se de forma retilínea, paralela a linha de costa, da qual dista, em média, cerca
de 70 km ao sul de Campina Grande (PB), estendendo-se até o vale do Capibaribe no Estado
de Pernambuco, as altitudes variam de cerca de 400 m e alcançam cotas próximas a 800 m,
com a superfície inclinada de modo suave para leste. Já ao norte da referida cidade, a
morfologia é intensamente dissecada. Verifica-se a ocorrência de alinhamentos de cristas
inseridas nos setores colinosos ao lado de espigões que se projetam para leste. Ainda
participando desta subunidade destaca-se o conjunto fisiográfico constituído pela Serra da
Formiga e Serra do Feiticeiro. Trata-se de uma área morfologicamente expressiva,
caracterizada por extensos alinhamentos de cristas, com altitudes em torno de 500 m,
limitando depressões fechadas, cujos níveis altimétricos não ultrapassam 350 m.
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4.2.1.2 Encosta Ocidental
Possui uma configuração semicircular, estendendo-se da Serra de Santana em direção
a sudoeste até a cidade de Triunfo no Estado de Pernambuco. É caracterizada por formas
predominantemente tabulares, talhadas em rochas graníticas e cristas esculpidas em filitos,
biotita-xisto e quartzitos. No extremo norte desta subunidade localizam-se as serras da
Formiga, João do Vale, do Pinga, do Estreito, da Garganta e de Santana. Estas serras exceto a
de Santana, encontram-se isoladas do Planalto da Borborema pela Depressão Sertaneja. Num
contexto geral a Encosta Ocidental detém um traçado extremamente irregular, tortuoso, nos
limites com a Depressão Sertaneja. Este traçado tem conotações estreitas com eventos da
tectônica e, sobretudo, com uma evolução morfogenética associada aos processos de
pedimentação que justificam a expansão das depressões sertanejas no cenozóico, (Prates et al,
1981).
4.2.1.3 Planalto Central
Assume feições mais conservadas, a superfície é bem mais regular e guarda
semelhanças ambientais com largos trechos da Encosta Ocidental e da depressão Sertaneja.
Os processos erosivos que atuaram no Planalto Central da Borborema conduziram a
elaboração de extensa superfície aplainada atualmente submetida a um princípio de
dissecação predominantemente em interflúvios tabulares. Só muito raramente a monotonia do
relevo é quebrada pela ocorrência de alinhamentos de cristas, inselbergs, e amontoados de
caos de blocos.
4.2.2 Depressão Sertaneja
Compreende uma unidade geomorfológica de grande extensão cobrindo uma área
aproximada de 112.413 km2. O posicionamento geográfico das depressões sertanejas revela o
caráter periférico e interplanáltico das mesmas, circundando os compartimentos elevados de
relevo ou se estendendo a partir das bases escarpadas dos planaltos. Comumente observa-se a
presença de inselbergs esculpidos em rochas granulíticas, gnáissicas e graníticas. A Depressão
Sertaneja foi subdividida, segundo a localização, as diferenças notadas quanto à intensidade
de aprofundamento ou quanto a ordem de grandeza das formas de dissecação e ainda,
considerou-se a significação territorial abrangida por esta, limitando os seguintes setores:
Depressão Pré litorânea e as Chãs Pernambucanas, Depressões Interplanálticas Centrais e
Depressões Periféricas da Ibiapaba-Araripe, (Prates et al. 1981).
O Rio Jaguaribe corta o planalto Sertanejo, nas adjacências de sua nascente e após
seccionar a Serra do Orós, abrindo um boqueirão, penetra na Depressão Sertaneja. Nesta
unidade tem direção inicial leste, quando inflete bruscamente para nordeste formando um
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cotovelo diante do obstáculo oferecido pela Serra de São Vicente, que o leva a mudar sua
direção inicial, continuando o seu percurso paralelo a esta serra. No trecho em que corta a
Depressão Sertaneja recebe grande número de afluentes, principalmente pela margem
esquerda. O Rio Jaguaribe tem o curso totalmente retilinizado devido a influências estruturais
relacionadas a falhamentos (Prates et al. 1981).
4.2.3 Tabuleiros Costeiros
Estende-se numa faixa contínua de cerca de 700 km ao longo do litoral dos Estados do
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Limita-se no interior com a Depressão
Sertaneja. Sua largura média é de 50 km, atingindo o máximo de 150 km no divisor dos rios
Jaguaribe e Apodi. A altitude média varia entre 70 e 100 m, sendo mais elevadas no trecho
referente ao litoral setentrional do Rio Grande do Norte.
4.2.3.1 Tabuleiros
São constituídos por sedimentos com espessura variando de 2 a 6 m visíveis, com
camadas subhorizontais geralmente mergulhando para E e N. Localmente há variações de
direção e de mergulho que ocorrem em compartimentos destacados pelos cursos dos
principais rios, que desembocam no litoral leste. Esses sedimentos foram considerados pela
maioria dos autores como pertencentes a Formação Barreiras. Os tabuleiros são representados
por dois setores seccionados pela Chapada do apodi: setor oeste e setor leste. O setor oeste é o
de menor extensão. Os tabuleiros do setor leste prolongam-se em direção norte até a foz do
Rio Piranhas-Açu, apresentando diferentes intensidades de dissecação.
4.2.3.2 Chapadas do Litoral Norte
A área compreendida entre os cursos inferiores dos Rios Jaguaribe e Piranhas-Açu e
atravessada pelo Rio Apodi. Sua continuidade é interrompida pelo baixo curso do PiranhasAçu. Após este rio há uma porção desta chapada que é envolvida por tabuleiros que são
drenados por pequenos cursos de água que desembocam nos litorais norte e leste.
São constituídas por sedimentos cretácicos das formações do Grupo Apodi, com um
capeamento de sedimentos da Formação Barreiras próximo ao litoral. O relevo reflete
nitidamente essas influências litológicas. A chapada mostra-se bem definida com uma
superfície plana conservada sobre os calcários da Formação Jandaíra (Foto 4.3). Sobre os
sedimentos do grupo Barreiras a chapada perde o aspecto uniforme, sendo dissecada em
interflúvios tabulares que caracterizam os Tabuleiros Costeiros.
A planície fluvial do Rio Jaguaribe é marcada pela presença de extensos depósitos
aluviais que se alargam a partir da confluência com o Rio Banabuiú. Nos trechos dos
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cursos
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de água super-impostos à chapada existem baixos terraços arenosos e áreas de colmatagem
arenosa. Nas áreas de contato do embasamento com os sedimentos cretáceos como os rios
Jaguaribe, apodi e Piranhas-Açu, é possível observar cascalheiras que formam, segundo
Prates et al. (1981) três níveis de terraços. O material destes terraços, no caso do Rio
Jaguaribe é constituído de seixos rolados, um pouco achatados, com diâmetro mais freqüente
entre 15 e 18 cm, misturados em uma matriz areno-argilosa vermelha. Essas cascalheiras
encontram-se
atualmente
dissecadas
em
interflúvios
tabulares,
posicionando-se
aproximadamente ao nível da área aplainada a montante.
4.2.4 Faixa Litorânea
Nesta unidade se incluem campos de dunas sobrepostas aos tabuleiros Costeiros, as
planícies marinhas e fluviomarinhas quaternárias. Ocorre ao longo do litoral do Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, sendo que em alguns trechos restringem-se a faixas
estreitas de praias. Sua continuidade é rompida em alguns trechos pela presença de falésias
formadas em sedimentos cenozóicos do Grupo Barreiras. A largura é variável, atingindo
aproximadamente 4 km no litoral leste e mais de 30 km nas embocaduras fluviais do litoral
norte. A maior extensão da faixa litorânea é ocupada por dunas parabólicas e transversais
direcionadas respectivamente para NW e NNW. As dunas transversais apresentam alturas
superiores a 90 m, alcançando em alguns locais 20 km de largura, (Prates et al. 1981).
As planícies fluviomarinhas estão presentes nas embocaduras dos rios principais.
Geralmente são colmatadas por um material argiloso, onde há proliferação generalizada de
manguezais. Estas características são comumente encontradas no litoral norte onde
apresentam maiores extensões em relação ao litoral leste. As áreas de destaque são às
desembocaduras dos rios Jaguaribe, Apodi, Piranhas-Açu e Camurupim, com vastas
acumulações deltaicas. No litoral leste destacam-se a foz dos rios: Maxaranguape, CearáMirim, Mamanguape e Paraíba que entalham os sedimentos do Grupo Barreiras.
As planícies flúviomarinhas formadas pelos rios Apodi e Piranhas-Açu, são ocupadas
por salinas e/ou viveiros de camarão. A influência do mar no estuário desses rios é maior do
que aquela efetiva no rio Jaguaribe, razão pela qual, neles existem condições mais propícias
para extração do sal.
Por toda extensão da faixa litorânea observa-se uma extensa linha de recifes areníticos.
Estes recifes apresentam textura fina, dureza variável, e contém seixos de quartzo
arredondados e restos de conchas. São facilmente perceptíveis durante a preamar, quando
formam pequenas lagoas entre o continente e a faixa de recifes. Estes são mais concentrados
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nas praias de Natal (RN), Tibau do Sul (RN), Galinhos (RN), Camurupim (RN), Barra de
Mamanguape (PB) e Baía da Traição (PB), (Prates et al. 1981).
4.5 Geomorfologia da Área
O relevo caracteriza-se por diferenciações locais, devidas a variações das
características litológicas em parte, à tectônica que influiu decisivamente na formação de
maciços montanhosos. A feição morfológica dominante na área é o extenso pediplano com
cotas que variam entre 200 e 350 metros, profundamente entalhado por erosão diferencial
sobre migmatitos, gnaisses, granitos porfiríticos e as extensas baixadas de rochas
sedimentares. Inúmeros maciços residuais, em geral de gnaisses graníticos e granitóides
sobressaem-se na paisagem arrasada. O campo de “inselbergs” constitui as formas residuais
mais típicas, caracterizando a influência do clima semi-árido no modelado do relevo da
região. As cristas de quartzito destacam-se igualmente na paisagem arrasada. As serras de
Arneiróz (Foto 4.1), Dois Riachos, Maia, Flamengo e cordões de serras que se estendem
desde a região norte de Banabuiú até o açude de Lima Campos se destacam no relevo com
cotas de até 800 m, modeladas sobre rochas quartzíticas de mergulho geralmente forte. Os
boqueirões entalhados por superimposição dos rios mais importantes constituem também uma
feição morfológica muito característica na região, propiciando a instalação de barragens de
grande importância na economia regional, como as barragens de Banabuiú, Lima Campos,
Orós, etc.
Os acidentes topográficos, que mais se destacam na paisagem se relacionam com as
rochas graníticas e migmatíticas associadas, e aquelas laminadas tectonicamente. As serras
Marruás, Bastiões, Pereiro, Boqueirão, entre outras são destaques especiais relacionados aos
grandes falhamentos transcorrentes, com escarpas íngremes quase a pino (Foto 4.2). Estas
formam as linhas de cumeada mais elevadas da área enfocada, com cotas de 800 m. Além de
ostentarem uma capa vegetal mais amena contrastando com o pediplano rebaixado, mais árido
e coberto por uma vegetação mais rala.
Foto 4.1 – Serra de Arneiroz, Arneiroz –CE. (Foto:
Vital, 2003).
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Foto 4.2 – Serra dos Bastiões, Jaguaribara – CE.
(Foto: Vital, 2003).
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50
Ao lado das formas elevadas e onduladas de rochas cristalinas, dispõem-se as amplas
baixadas dos sedimentos dos grupos Rio do Peixe e Jaibaras, embutidas no pediplano
regional. São depressões que muito se assemelham às bacias morfológicas originais. Os
limites desses sedimentos com o embasamento são marcados por flancos abruptos ao longo
das falhas de abatimento, com desníveis pequenos, enquanto nos contatos discordantes a
topografia eleva-se de modo mais ou menos gradual em direção às bordas da bacia.
Os tabuleiros arenosos e a borda ocidental da Chapada do Apodi completam o quadro
geomorfológico da área. Morfologicamente os tabuleiros caracterizam-se como ressaltos
topográficos de topo aplainado (Calcários da Formação Jandaíra), limitados por escarpas que
se elevam de 20 até 50 metros acima do nível topográfico da “depressão periférica” (Foto
4.3). Nas proximidades da mesma chapada (Tabuleiro do Norte, Limoeiro do Norte, Russas,
etc.) observam-se ainda afloramentos da Formação Açu, expostos devido a ação fluvial do
Rio Jaguaribe (Foto 4.4). As bordas festonadas e de perfil íngreme, separadas por vales às
vezes profundos, sugerem uma superfície originalmente contínua e mais ampla que os limites
atuais, Prates et al., (1981).
Foto 4.3 – Escarpa da Chapada do Apodi, Limoeiro
do Norte – CE. (Foto: Vital, 2003).
Foto 4.4 – Afloramento da Formação Açu as margens
do Rio Jaguaribe, Russas – CE. (Foto: Vital, 2003).
Na porção sudoeste da área, os tabuleiros são formados por ablação e retrabalhamento
do cristalino decomposto, cobrindo extensas áreas na região de Barão de Aquiraz e Serra da
Quaresma. São segundo Campos et al., (1979), testemunhos do aplainamento geral que
precedeu a fase de abrasão atual, além de patentear um evento morfogenético bastante
singular na região. Os tabuleiros da região de Iguatu, mapeados como Formação Moura, e
aqueles da margem do rio Jaguaribe, mapeados como Formação Faceira por Campos et al.,
(1979), constituem os depósitos correlativos da fase de aplainamento, acumulados ao longo
do paleo-vale do Jaguaribe e dos tributários mais importantes.
Na região costeira, nas proximidades do Rio Jaguaribe a influência marinha alcança
distância de até 25 km para o interior, Prates et al., (1981). A planície flúvio-marinha deste
rio, nas proximidades da cidade de Aracati (CE) se desenvolve na margem direita, enquanto
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51
na margem esquerda o canal é bordejado por uma falésia de 10 m de altura esculpida em
sedimentos da Formação Barreiras (Foto 4.5). Para jusante a planície se alarga em ambas as
margens. Naquela área a drenagem forma braços múltiplos que tendem a desaparecer em
decorrência de uma colmatagem progressiva. Pequenos emissários, provenientes de lagoas
situadas na margem direita, chegam ao canal principal contribuindo para intensificar o
processo de colmatagem. Estes canais se constituem numa drenagem complementar que,
apesar de se orientarem para a planície, são originários daquelas lagoas situadas nas áreas
interfluviais com sedimentos da Formação Barreiras.
Ainda na região litorânea destacam-se os campos de dunas subdivididos em dunas
móveis e dunas fixas (Foto 4.6), estratigraficamente sotopostas a Formação Barreiras.
Apresentam diferentes colorações relacionadas com idade, alteração e mobilidade, com
predomínio das cores branca, amarela e vermelha. Ocupam uma faixa variável de 1,5 a 3 km
de largura e estão intimamente associadas aos processos eólicos. Nesta região, principalmente
na margem direita (sentido montante-jusante) nota-se uma proliferação generalizada de
manguezais (Foto 4.7), que localmente chegam a medir mais de 5 m de altura. Em
decorrência da atuação eólica natural, em alguns setores observa-se a interação das dunas
móveis sobre os mangues resultando num soterramento dos mesmos.
Foto 4.5 – Afloramento da Fm Barreiras as margens
do Rio Jaguaribe, Fortim – CE. (Foto: Vital, 06/2003).
Foto 4.6 – Campos de dunas móveis e fixas, Fortim –
CE. (Foto: Vital, 06/2003).
Foto 4.7 – Manguezais as margens do Rio Jaguaribe
(Foz), Fortim – CE. (Foto: Vital, 06/2003).
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CAPÍTULO 5 – MINERAIS PESADOS
5.1 Introdução
Os minerais ditos “pesados” são aqueles que possuem densidade maior que 2,85
g/cm3, densidade aproximada do tribromometano (bromofórmio-CHBr3), líquido comumente
utilizado no processo de separação entre a fração leve e pesada. Normalmente, são
constituintes acessórios de rochas ígneas e metamórficas e podem ser encontrados tanto em
sedimentos como em rochas sedimentares, em proporções que variam de menos que 1 a mais
de 80%, em depósitos do tipo placers. Compreendem mais de cem (100), minerais dos quais
destacam-se apenas vinte (20); entre eles estão zircão, estaurolita, cianita, hornblenda, rutilo,
hematita, apatita, turmalina, clorita, granada, hiperstênio, minerais do grupo do epídoto,
ilmenita, magnetita, etc. Podem ainda ser subdivididos quanto à estabilidade química e física,
densidade, diafaneidade, condutividade elétrica, susceptibilidade magnética, etc.
Emery & Noakes (1968), sugeriram uma classificação com base nas diferenças de
densidade, buscando orientar pesquisas em função das condições ambientais de formação dos
depósitos de placers econômicos. Nesta classificação os minerais pesados podem ser
divididos em minerais pesados “pesados”, constituído por minerais de alto peso específico
(6,8 a 21), minerais pesados “leves” com peso específico relativamente baixo (4,2 a 5,3) e
gemas que englobariam minerais de baixa densidade e elevada dureza, entre eles o diamante,
que ocorre principalmente em aluviões, mas também, em depósitos de praias marinhas.
Quanto a estabilidade química podem ser classificados em ultra-estáveis, estáveis,
semi-estáveis e instáveis (Pettijohn, 1941). Contudo pouco se tem feito em termos de estudos
mineralógicos dos minerais pesados opacos, a despeito de sua abundância em muitas rochas
sedimentares e de sua importância em estudos de áreas-fonte. Em parte esse fato se deu em
face a necessidade de técnicas especiais de preparação, que somente nos últimos anos vem
sendo aplicada.
Os minerais pesados são ferramentas importantes, no que tange avaliações de
proveniência, além de correlações estratigráficas, rastreamento do transporte sedimentar,
mapeamento dos padrões de dispersão dos sedimentos, demarcação de províncias petrológicas
sedimentares, localização de depósitos potencialmente econômicos, etc. No entanto, alguns
fatores podem interferir nas análises, destacando-se entre eles:1) ambiente fisiográfico, 2)
clima da área fonte, 3) abrasão e destruição mecânica durante o transporte, 4) fator hidráulico
e 5) efeitos diagenéticos pós-deposicionais.
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Capítulo - 5
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5.2 Estado da Arte
Na porção setentrional da Província Borborema, o tema “minerais pesados”, mostra-se
timidamente estudado, com alguns raros trabalhos de caráter mais regional. Aqui serão
resumidos os trabalhos mais importantes da literatura.
Coutinho & Coimbra (1974) abordaram os minerais pesados do Formação Barreiras
desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Norte, onde através deles, caracterizaram duas
províncias de minerais pesados: a primeira denominada Leste, estendendo-se do Rio de
Janeiro até o sul da Bahia e a segunda denominada Nordeste que abrangia o sul da Bahia até o
estado do Rio Grande do Norte nas proximidades da capital, Natal. Por sua vez cada província
foi dividida em outras três subprovíncias, totalizando seis (6), sendo a subprovíncia VI,
referente ao litoral da Paraíba e Rio Grande do Norte. Esta subprovíncia foi caracterizada por
uma assembléia de cianita-estaurolita-turmalina, sendo esta associada aos ectinitos das faixas
de dobramento centro-oeste pernambucano, sul e nordeste paraibano, corpos graníticos e
migmatíticos do embasamento, sedimentos da bacia Pernambuco-Paraíba e os pegmatitos da
Borborema.
No trabalho de Palma (1979) é feita uma avaliação na distribuição dos minerais
pesados na plataforma continental brasileira, quanto ao seu potencial como placers, sem
conotação econômica. As áreas de anomalias identificadas na região nordeste pareceram ser
de pouca expressão, sendo a mais importante de fronte ao trecho Jaguaribe-Apodi, fronteira
do Ceará com o Rio Grande do Norte. Nesta localidade foram observadas concentrações de
minerais pesados da ordem de 0,6 a 2,4% contidos em areias retrabalhadas e, parcialmente,
em fácies carbonáticas. Estes minerais eram constituídos predominantemente de ilmenita,
com zircão e monazita como constituintes secundários da assembléia de pesados.
Srivastava & Oliveira (1981) realizaram algumas observações sobre a mineralogia e
petrografia de “recifes”, além de sedimentos associados, na cidade de Natal (RN), mais
especificamente entre a praia de Mãe Luiza e Praia do Forte. Neste trabalho, além de outros
objetivos, foi analisada a assembléia de pesados onde constatou-se a presença dos seguintes
minerais: zircão, turmalina, rutilo, granada além de anfibólio; estes representariam o grupo
dominante de transparentes, enquanto que magnetita, ilmenita e limonita dominariam entre os
opacos. Ocasionalmente foram identificados ainda monazita, topázio, andalusita, tremolita,
estaurolita, actinolita, biotita, cordierita, cianita, como acessórios. Estes autores sugeriram
como fontes principais da assembléia supracitada, os xistos, gnaisses e granitos. Os resultados
foram ainda comparados com suas contrapartes em cidades como Fortaleza, Salvador e Recife
e os resultados mostraram certa similaridade, em termos granulométricos e petrográficos,
apenas com aquelas encontradas na cidade de Recife.
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 5
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Nogueira (1981), estudando o Cenozóico continental da região de Natal (RN)
identificou 5 unidades estratigráficas, alvo principal do estudo, e observou que a assembléia
de pesados apresentava uma predominância de opacos em relação aos transparentes. Na
assembléia de transparentes foram identificados zircão, turmalina, epidoto, titanita,
hornblenda, biotita como minerais principais e secundariamente, rutilo, piroxênio, topázio,
clorita, estaurolita e coríndon. Os resultados da análise de minerais pesados sugeriram uma
fonte mista de sedimentos, destacando uma contribuição significativa de rochas metamórficas
para as unidades identificadas. As unidades 4 e 5 evidenciaram a presença do rutilo,
interpretado como resultado de uma maior contribuição de sedimentos retrabalhados para
estas unidades em relação as demais. A fonte desse material seria então as rochas do
Precambriano (granitos, migmatitos e ganisses) aflorantes próximo da região estudada além
de sedimentos retrabalhados do Cenozóico.
Lima (1982) avaliou os aspectos morfológicos e sedimentológicos do médio Rio
Potengi, região entre as cidades de São Tomé e Ielmo Marinho (RN). Dentro da avaliação
sedimentológica, além de outros temas, foram analisados os minerais pesados, com ênfase aos
transparentes. Nesta assembléia mineral foram identificados hornblenda, biotita, epidoto e
zircão como minerais pesados essenciais e secundariamente: titanita, turmalina, granada,
actinolita, apatita, rutilo, silimanita, topázio e clorita. A assembléia principal seria constituída
por hornblenda-biotita nas amostras do leito e hornblenda-biotita, epidoto-zircão nas amostras
das margens. As altas percentagens de hornblenda no leito (>60%) e nas margens (>40%)
foram interpretadas como indicativa de forte influência das rochas metamórficas sobre o
material aluvial que seria resultante de intensas fases erosivas.
Lima (1984), retomou seu trabalho de 1982, agora com ênfase direta sobre o estudo de
minerais pesados em aluviões do médio Rio Potengi (RN). Os resultados foram similares aos
obtidos anteriormente, entretanto o referido autor sugeriu que os processos erosivos
responsáveis pela contribuição da assembléia de pesados deve ter ocorrido sob condições
climáticas de semi-aridez, mostrando ainda, que este fato seria comprovado pela
predominância de minerais instáveis, como hornblenda, biotita e epídoto. O autor sugeriu
ainda que a “preparação” do material para o transporte teria ocorrido durante as fases
intermediárias mais úmidas.
Cavalcanti et al. (1993) abordaram o tema minerais pesados sob o aspecto do
potencial econômico. A área da pesquisa situou-se na plataforma continental entre a Fortaleza
(CE) e a divisa dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, sendo limitadas pelas isóbatas de
0 e 20m. A análise de minerais pesados levou em consideração os opacos e transparentes onde
foi identificada a seguinte assembléia: turmalina, ilmenita, zircão, epidoto, estaurolita, rutilo
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granada, monazita, topázio, biotita e barita, os mais abundantes, além de limonita, cassiterita,
anfibólio, silimanita, cianita, celestina, cromita, columbita-tantalita, andaluzita, olivina,
brookita e piroxênio, os mais raros. Os resultados mostraram teores médios consideráveis para
a turmalina e ilmenita, respectivamente 36,21% e 24,76% (% em peso). A análise da
distribuição da assembléia de MP evidenciou o Rio Jaguaribe como principal responsável
pelo aporte sedimentar, principalmente naqueles de interesse econômico, tais como: ilmenita,
zircão e monazita. Os autores sugeriram ainda resultados relativos a proveniência, onde: a
ilmenita estaria associada a rochas ígneas básicas, enquanto a turmalina, ilmenita, epídoto e
estaurolita, estariam associadas a rochas metamórficas de alto grau. As granadas estariam
associadas aos gnaisses e o Formação Barreiras forneceria sedimentos detríticos oxidados.
Gopinath et al (1993), estudaram os minerais pesados e os processos deposicionais dos
sedimentos da Formação Barreiras, no Estado da Paraíba. Nesta pesquisa foram analisados
apenas os minerais transparentes, onde se destacaram zircão, turmalina, coríndon, rutilo,
sillimanita e hornblenda. Estes autores demarcaram três áreas, associadas a três diferentes
fácies deposicionais reconhecidas na Formação Barreiras: 1) fácies de fluxo de detrito não
coesivo, 2) fácies de enxurradas/torrentes e 3) Fácies de fluxo de detritos coesivos. Os
resultados mostraram a presença de três províncias de minerais pesados, reconhecidas em
função da fonte fornecedora dos sedimentos e da variação textural das fácies litológicas da
formação. Os autores sugeriram ainda que a abundância e distribuição de cada espécie
mineral estaria relacionada a liberação dos fragmentos das rochas transportadas durante curto
intervalo de tempo, que seria característica do sistema de leque aluvial.
Souza (1998), estudou uma área na porção centro-sul da Bacia Potiguar, onde
procurou, baseando-se no conteúdo mineralógico, determinar associações de minerais
pesados, correlacionando-as com possíveis áreas fontes, além de tentar caracterizar unidades
litoestratigráficas, mudanças no ambiente deposicional, variações geográficas e temporais das
áreas fontes envolvidas, correlacionando com a dinâmica sedimentar do Rio-Açu e
processos/eventos tectônicos. Os resultados permitiram a individualização de três terraços: 1)
nível de várzea (T0), 2) terraços estruturais (Te) e 3) terraço de acumulação (Tc). Através da
caracterização da assembléia de pesados nas cascalheiras e na Fomação Barreiras foi sugerido
que ambas são unidades distintas e depositadas em condições diferentes.
Silva (1999) caracterizou os minerais pesados ao longo do Rio Piranhas-Açu, tendo
identificado, através de estudos de distribuição e proveniência, seis assembléias: (i) Granadahornblenda-turmalina com silimanita, ao cortar rochas da Formação Seridó; (ii) Hornblendagranada-zircão ao atravessar rochas do Complexo gnáissico-migmatitico Caicó; (iii)
Hornblenda-zircão-epidoto-estaurolita ao cortar rochas da formação Jucurutu; (iv)
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Capítulo - 5
E.R.H, Figueiredo – 2004
56
Hornblenda-zircão-epidoto ao atravessar a Formação Açu; (v) Hornblenda-zircão-estaurolita
na região do baixo Rio Açu (coberturas cenozóicas) onde os processos costeiros atuam
intensamente.
Vital & Guedes (1999) por sua vez, realizaram o reconhecimento e mapeamento da
distribuição espacial de associações de minerais pesados na plataforma interna adjacente a foz
do Rio Açu, litoral norte do Rio Grande do Norte, com base em amostras de sedimentos de
fundo, visando estudos de proveniência e delineamento do padrão de dispersão dos
sedimentos. Os resultados obtidos por estes autores mostram que a composição de minerais
pesados na plataforma interna adjacente ao Rio Açu indica o rio como o contribuinte de
minerais pesados instáveis para a plataforma, e que a presença de minerais pesados estáveis
provavelmente estaria relacionada tanto a contribuição do Rio Açu, quanto a contribuição da
Formação Barreiras, que aflora ao longo do litoral.
Sousa et al (2001) realizam um levantamento da assembléia de pesados na região
costeira da cidade de Natal, desde a praia de Ponta Negra até a Redinha incluindo ainda os
sedimentos de fundo do estuário do Rio Potengi. Neste estudo foi constatado o predomínio de
minerais opacos em todos os setores. Na assembléia de pesados transparentes destacaram-se
zircão, turmalina, andaluzita, epidoto, hornblenda e rutilo. As praias ao sul do Rio Potengi
caracterizam-se pela predominância de minerais mais instáveis (hornblenda e epídoto)
mostrando a influência dos sedimentos carreados por este rio.
Figueiredo et al. (2003a) apresentam resultados preliminares quanto a caracterização
da assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe enfatizando estudos de distribuição e
proveniência e Figueiredo et al. (2003b) compararam as assembléias de pesados do Rio
Jaguaribe/CE e do Rio Piranhas-Açu/RN. Estes resultados são complementados com aqueles
obtidos neste relatório.
Figueiredo et al (2004a) analisam a assembléia de pesados dos Rios Curimataú-RN e
Guajú-RN (Bacia Pernambuco-Paraíba), e verificam que apesar da proximidade geográfica
entre os rios, os resultados se mostraram bastante distintos. O Rio Curimataú-RN apresentou
um predomínio de hornblenda e epídoto que juntos atingem 75% da assembléia. A biotita
mostrou valores elevados nas proximidades da nascente onde chegou a atingir 40%, entretanto
os valores caem bruscamente em direção à foz onde não ultrapassam 8%. Outros minerais
identificados foram zircão, granada, turmalina, rutilo, apatita e sillimanita, todos ocorrendo
como acessórios. O índice ZTR que não ultrapassou os 12% nas proximidades da nascente,
tendeu a aumentar em direção a jusante chegando a 26% nas proximidades da foz. Figueiredo
et al., (2004a) sugerem ainda que o predomínio de hornblenda + epídoto poderia ser explicado
pela presença de granitóides na região do alto curso, e pelos gnaisses e anfibolitos do
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 5
E.R.H, Figueiredo – 2004
57
complexo gnáissico-migmatítico, no seu médio curso. O aumento considerável de ZTR em
direção a foz é justificado pela interação do rio com os sedimentos tercio-quaternários, efeito
que foi potencializado devido aos processos naturais de enriquecimento de estáveis em
direção a jusante.
Já o Rio Guajú-RN mostrou uma assembléia mineral constituída basicamente por
zircão, rutilo, cianita, apatita, e secundariamente por turmalina, hornblenda e epídoto. O
zircão predomina possuindo uma média de 45%, mas podendo atingir 60% na região da foz.
A apatita também é um importante constituinte perfazendo uma média de 18% e também
mostrando um aumento em direção a foz, podendo alcançar 21%. As percentagens de cianita
desde a nascente até a foz não apresentam grandes variações, com uma média de 10%. Os
demais constituintes da assembléia ocorrem secundariamente. O índice ZTR mostra sensível
aumento em direção a foz onde pode atingir 80%. Os altos índices de ZTR observados foram
justificados pelo retrabalhamento dos sedimentos tercio-quaternários, recebendo uma
componente aditiva na foz devido aos processos costeiros.
5.3 Caracterização de Minerais Pesados no Rio Jaguaribe
As amostras como um todo apresentaram uma média de 90% de minerais leves e 10%
de pesados; destes últimos aproximadamente de 15% foram de minerais opacos. Várias
espécies de minerais pesados transparentes foram identificadas ao longo do rio Jaguaribe, tais
como hornblenda, epídoto, zircão, turmalina, andaluzita, sillimanita, rutilo, granada, biotita,
cianita, estaurolita e apatita, (gráfico 5.1). Observa-se que alguns minerais se destacam pela
alta freqüência, como por exemplo: hornblenda, epídoto, zircão, turmalina, rutilo e biotita,
que ocorrem em todas as amostras; esta última não ocorrendo apenas em uma das amostras da
foz. Esta ausência já poderia sugerir atuação dos processos costeiros sobre a assembléia o que
favoreceria um aumento relativo de estáveis e eliminação dos instáveis.
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Capítulo - 5
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58
Gráfico 5.1 - Distribuição dos minerais pesados ao longo do Rio Jaguaribe.
A hornblenda é o anfibólio mais comum e mais abundante ao longo de todo o rio.
Constitui aproximadamente 60% da assembléia dos pesados transparentes, (figura 5.1).
Apresenta formas prismáticas, grãos angulosos a subangulosos, por vezes intemperizados.
Normalmente é verde claro à verde escuro. Raramente ocorrem sob a cor marrom. O epídoto
(figura 5.1) ocorre em proporções mais reduzidas, aproximadamente 7% em média dos
minerais transparentes. Valores acima da média são encontrados nas amostras ERH-10A e
ERH-10B, 24,2 e 14,4% respectivamente, localizadas nas proximidades de Jaguaruana.
Normalmente são equidimensionais, angulosos, bastante intemperizados, evidenciando
pleocroismo fraco. A biotita perfaz cerca de 7,5% dos transparentes (figura 5.1). Mostra-se
raramente intemperizada em lamelas de cor marrom escura. As amostras ERH-18 e ERH-28
mostram valores anômalos, 52,7 e 23,8% respectivamente, foram coletadas nas proximidades
do Açude Orós. O zircão, turmalina e o rutilo foram combinados para a quantificação da
maturidade mineralógica, que variou de 5 a 55%, este último valor encontrado nas amostras
ERH-12A e 12B nas proximidades de Russas. O zircão (figura 5.1) constitui em média 11%
dos transparentes, podendo chegar a 46% na amostra ERH-12B. Os grãos encontrados vão
desde prismáticos, idiomórficos, a fragmentos anedrais arredondados a subarredondados,
muitas vezes incolores ou até rosados e amarelados. A turmalina (figura 5.1) constitui uma
média de 3% entretanto pode chegar a atingir 13,6% na amostra ERH-12A (Russas). É
normalmente euédrica, prismática de coloração caramelada. O rutilo é mais raro e não
ultrapassa 1% ocorrendo desde grãos prismáticos até subarredondados. Assim como o rutilo,
os demais constituintes da assembléia não ultrapassam 1%.
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Figura 5.1 – Fotomicrografia (nicóis //) dos principais minerais pesados observados ao longo do Rio
Jaguaribe. Zr = zircão; op = opacos; ep = epídoto; cian = cianita; Tur = turmalina; Hb = hornblenda;
Rut = rutilo; Bt = biotita; sill = sillimanita.
A, B e C) ERH – 06; A) Zircões com inclusões, opacos e hornblenda prismática. B) Cianita euédrica,
zircão arredondado, granada angulosa e fragmento de turmalina C) Turmalina primática com bordas
subarredondadas e epídoto intemperizado.
D e E) ERH-12 A ; D) Zircões arredondados. E) Zircão bipiramidal, rutilo arredondado, opaco e
granada subarredondada.
F e G) ERH – 13 A; F) Rutilo subarredondado. G) Zircão euédrico e diversos grãos de hornblenda.
H, I, J, K) ERH-14; H) Cianita euédrica evidênciando sua clivagem. I) Turmalina e zircão euédricos.
J) Rutilo subéuédrico, epídoto intemperizado e horblenda angulosa. K) Sillimanita euédrica
circundada por diversas hornblendas.
L e M) ERH – 16 B; L) Zircão euédrico com inclusões. M) Fragmento de turmalina.
N e O) ERH – 17; N) Dois fragmentos de turmalina sendo um anguloso e outro subarredondado.
O) Cianita euédrica evidenciando clivagem em duas direções.
P) ERH – 22 Favela; Zircão euédrico.
Q, R e U) ERH – 26; Q) Hornblenda subeuédrica com porções intemperizadas. R) Zircão mostrando
sobrecrescimento metamórfico. U) Lamelas de Biotita.
S, T, V, X e Z) ERH 29; S) Turmalina euédrica. T) Grão de Epídoto. V) Turmalina com diversas
inclusões de opacos. X) Zircão metamórfico com inclusão de opacos. Z) Fragmento de zircão com
dezenas de inclusões.
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Capítulo - 5
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61
5.4 Processos Atuantes
Com o intuito de definir o papel de cada um dos processos envolvidos (intemperismo,
transporte, condições hidráulicas, etc.) na geração de assembléias dos minerais pesados, e
dessa forma, isolar os efeitos impostos pela fonte daqueles relacionados aos processos de
sedimentação, foram utilizadas razões minerais, que são comparativamente imunes a
alterações durante o ciclo sedimentar (Flores & Shideler, 1978; Vital, 1996 e Vital & Guedes,
1999). Inicialmente com o objetivo de eliminar a influência da granulometria, em reposta ao
fracionamento hidráulico foi utilizada apenas a fração areia muito fina (0,125mm a
0,062mm). Além dessa fração ser a mais representativa para o estudo de minerais pesados,
possibilitou a comparação com os resultados obtidos por Silva (1999), no Rio PiranhasAçu/RN.
As razões aqui analisadas visam examinar a influência do fracionamento hidráulico
pela forma e densidade dos minerais. O primeiro índice é o de fracionamento pela forma, que
é expresso pela relação entre minerais equidimensionais (ex. granada e epídoto) e minerais
alongados, prismáticos (ex. piroxênio, hornblenda, turmalina, etc.). A razão utilizada aqui foi
epídoto/(hornblenda+turmalina). O segundo índice é o de fracionamento hidráulico pela
densidade e é expresso pela relação entre minerais opacos (peso específico médio = 4,7) e
minerais não opacos (peso específico = 3,7). Já a contribuição da decomposição química
seletiva à variação dos minerais pesados foi inferida a partir do índice de instabilidade
(zircão+turmalina+rutilo)/hornblenda,
referidos
como
E/HT,
O/NO
e
ZTR/H,
respectivamente.
A análise das razões supracitadas mostra que no caso da decomposição seletiva
(estabilidade mineral), demonstrada pelo índice ZTR/H (gráfico 5.2), não exerceu um papel
significativo na variação de minerais pesados, ou que pelo menos tenha sofrido interferências
significativas devido a descarga de sedimentos de importantes rios tributários. Notou-se, que
após a confluência do Rio Jaguaribe com o Rio Salgado houve um aumento desse índice,
mostrando portanto a eficiência desse rio no que diz respeito ao retrabalhamento de
sedimentos provindos principalmente da porção sul do Ceará, adjacências da Bacia do
Araripe.
As amostras ERH- 10A até a ERH-12B com exceção da ERH-11B, mostraram valores
bem fora da média. Sugere-se que esses picos sejam resultados de retrabalhamento dos
sedimentos da borda da Bacia Potiguar, em especial dos arenitos da Formação Açu,
adjacências de Limoeiro do Norte. Nesta mesma região destaca-se ainda a ocorrência dos
sedimentos da Formação Faceira que seria retrabalhada tanto pelo próprio Rio Jaguaribe
quanto pelo Rio Banabuiú, provocando assim os altos valores observados de ZTR/H. O
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Capítulo - 5
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retrabalhamento dos sedimentos é corroborado pelo notável aumento de grãos arredondados
em destaque aos grãos de zircão.
Gráfico 5.2 – Índice de decomposição seletiva ZTR/H e sua respectiva distribuição ao longo do Rio
Jaguaribe.
Os efeitos do fracionamento hidráulico são observados ao longo de todo o rio. O
fracionamento hidráulico pela forma é sugerido pela razão E/HT (gráfico 5.3), que evidencia
diferenças significantes, principalmente nas amostras ERH-10A e 10B (aproximadamente
50km da foz). Da mesma maneira, as contribuições do fracionamento hidráulico pela
densidade, razão O/NO (gráfico 5.4), apresenta oscilações da nascente a foz. Nota-se que os
picos são muito mais acentuados nas amostras coletadas nas barragens comprovando-se
assim, um forte selecionamento hidráulico privilegiando a deposição dos mais densos e
transporte dos mais leves. Esta afirmação é ratificada pela análise do índice E/HT que
evidenciou em alguns momentos uma relação direta de selecionamento hidráulico pela forma
associada ao selecionamento hidráulico pela densidade. Na região entre a nascente até as
adjacências do Açude Orós esse índice (E/HT) mostra-se mais eficaz em relação ao O/NO.
Contudo nota-se um pico considerável nas amostras ERH-10A e ERH-10B o que pode ser
justificado pelo acentuado acréscimo de estáveis em especial o zircão, trazidos pelo Rio
Banabuiú, e queda acentuada dos valores de hornblenda nestas amostras o que justificaria o
aumento relativo do epídoto. Sugere-se ainda que tanto a Formação Faceira quanto a
Formação Açu poderiam fornecer quantidades importantes de epídoto contribuindo assim
com os altos valores constatados.
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Capítulo - 5
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63
Em termos gerais percebe-se que as barragens ao longo do rio influenciam diretamente
a distribuição dos sedimentos, em especial aqueles de maior densidade. Os teores médios de
O/NO ao longo do rio foram de 0,07 enquanto que nas barragens atingiu valores de 0,14
chegando até a 0,28. Verificou-se ainda que os maiores valores (acima da média) foram
obtidos a partir do Açude Orós – CE até as proximidades da cidade de Jaguaruana - CE
(0,75), médio Rio Jaguaribe, setor onde ocorre a maior concentração de barramentos. Da
mesma forma as maiores percentagens de minerais pesados foram observadas exatamente
nesse mesmo setor, com valores entre 5 e 22%. Os setores mais próximos da nascente e da foz
mostraram valores muito baixos em torno de 0,01 a 0,04. Os valores médios de E/HT foram
de 0,13 atingindo nas amostras próximas as barragens, valores extremamente altos como por
exemplo 0,20 ; 0,29 e 0,71.
Além da descaracterização da distribuição normal dos sedimentos a construção de
barragens somada ao baixo fluxo natural do rio favorece as alterações ambientais em direção
a jusante, com enfoque a zona costeira. Os efeitos desses processos podem ser constatados no
estuário do rio onde é possível observar erosão das margens e afogamento de mangues,
(Figueiredo et al., 2004b).
Gráfico 5.3 – Índice de fracionamento pela forma E/HT e sua respectiva distribuição ao longo do Rio
Jaguaribe.
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Capítulo - 5
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Gráfico 5.4 – Índice de fracionamento hidráulico O/NO e sua respectiva distribuição ao longo do Rio
Jaguaribe.
5.5 Proveniência
Os minerais pesados em certas circunstâncias perfazem menos de 1% do sedimento ou
rocha sedimentar, e mesmo assim são extremamente importantes para interpretações de
proveniência, e em reconstruções paleogeográficas. Contudo vários fatores influenciam na sua
distribuição sendo necessário quantificá-los para que os resultados sejam confiáveis,
(Pettijonh, 1941).
Num primeiro instante as próprias rochas fonte impõem o controle inicial da suíte de
minerais pesados. Objetivo dos estudos de proveniência é isolar este fator através da
eliminação de outras influências que possam modificar esta suíte durante os processos de
sedimentação e pós-sedimentação.
A avaliação do “grau de reciclagem do sedimento” ou, maturidade mineralógica, é
feita com base no índice ZTR (Zircão, Turmalina e Rutilo), proposto por Hubert (1962), que
seria a relação entre o somatório dos minerais supracitados e os minerais transparentes nãomicáceos, onde quanto mais próximo de 100% o resultado, maior a maturidade mineralógica.
A intensidade dos processos de intemperismo e formação do solo na área fonte
dependem do clima, do relevo além da taxa de erosão. Durante estes processos a mineralogia
original será fortemente alterada. O que fica evidenciado é que se o relevo da área fonte for
muito elevado e a taxa de erosão alta, alguns minerais instáveis conseguirão resistir aos
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Capítulo - 5
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65
extremos graus de intemperismo e serão transportados para a bacia. Já em áreas com baixo
relevo e com taxas de erosão insuficientes, os minerais serão totalmente intemperizados in
situ. Dessa forma, as variações no grau de intemperismo na área fonte resultarão em
mudanças nas proporções de minerais pesados, (Pettijonh, 1941).
Um outro parâmetro analisado é o da abrasão durante o transporte. Depois do
intemperismo e da erosão inicia-se o transporte e a partir daí os grãos serão submetidos a
abrasão mecânica até a deposição. Observando-se exemplos naturais fica claro que não há
perdas consideráveis de minerais pesados durante o transporte, mesmo para distâncias
consideráveis da área fonte. Morton (1985) propõem que os efeitos da abrasão mecânica
durante o transporte sobre suítes de minerais pesados são mínimos e apenas podem ser
significativos se os sedimentos forem submetidos a altas condições de energia por períodos
prolongados.
Durante o transporte e deposição deve ser avaliado também os efeitos das condições
hidráulicas. Estudos mostram que o tamanho médio do grão de uma dada espécie de mineral
pesado tende a ser menor que o tamanho médio da amostra. A teoria da equivalência
hidráulica diz que “grãos de diferentes tamanhos e densidades, mas com a mesma velocidade
de decantação, serão depositados sob as mesmas condições”. Contudo em muitas areias, os
tamanhos dos equivalentes hidráulicos diferem sensivelmente daqueles previstos no campo
teórico. Três fatores podem explicar este comportamento anômalo: forma do grão,
disponibilidade do tamanho do grão e potencial de entrada em movimento do grão. A forma
do grão influencia quando existem diferenças marcantes quanto a morfologia entre minerais
de mesma densidade e tamanho. Já a disponibilidade do tamanho do grão está relacionada ao
tamanho inicial do mineral na rocha fonte, e ainda, o potencial de entrada em movimento de
um grão relaciona-se a resistência inicial que os grãos oferecem para se colocarem em
movimento (Rittenhouse, 1943).
Por fim num estágio pós-deposicional analisa-se o efeito das soluções intraestratais,
que consiste em avaliar o aspecto das superfícies dos grãos tentando identificar possíveis
alterações causadas por percolação de fluídos. Soluções intraestratais são, depois da
proveniência, o fator mais importante no controle da distribuição dos minerais pesados nos
arenitos. Em casos extremos, tais soluções são capazes de reduzir uma suíte contendo 20 ou
mais espécies de minerais pesados para uma contendo apenas Zircão, Turmalina e Rutilo.
O objetivo do estudo de proveniência é reconstruir e interpretar a história de um
sedimento desde a erosão inicial de uma rocha até o soterramento final de seus detritos, isto é,
desvendar a “linhagem” ou “descendência” do sedimento sob investigação.
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A pesquisa e análise bibliográfica acerca da mineralogia das principais unidades
atravessadas pelo Rio Jaguaribe permitiu a associação entre os minerais pesados encontrados
e sua provável rocha fonte. Neste trabalho foram identificados três setores de predominância
de alguns minerais pesados, são eles (anexo 4):
Hornblenda + epídoto + biotita: das proximidades da nascente até as adjacências do
município de Orós, (Setor 1).
Hornblenda + opacos + zircão: das proximidades de Orós até as adjacências do
Município de Limoeiro do Norte, (Setor 2).
Hornblenda + epídoto + zircão: das proximidades de Limoeiro do Norte até a foz.
(Setor 3).
O primeiro setor (setor 1) é aquele de ocorrência de vários litotipos, destacando-se
aqueles do Complexo Jaguaretama, Complexo Acopiara, Complexo Ceará e Grupo Orós. A
predominância dos gnaisses, xistos, anfibolitos e secundariamente de calciossilicáticas que
seriam os principais constituintes desses complexos forneceriam quantidades expressivas de
hornblenda, epídoto e biotita.
O segundo setor (setor 2) é aquele em que há um predomínio das rochas do complexo
Jaguaretama, entretanto logo em sua porção inicial a assembléia sofre influência dos
sedimentos carreados pelo Rio Salgado. Este rio drena boa parte da porção sul do Ceará onde
se destacam os arenitos e siltitos da Bacia do Araripe (Grupo Araripe) que poderiam justificar
o incremento de estáveis em especial o zircão. Os litotipos constituintes do Complexo
Granjeiro, Grupo Cachoeirinha e Complexo Jaguaretama contribuiriam com a manutenção
das altas percentagens de hornblenda, justificadas pela predominante ocorrência de xistos,
gnaisses e anfibolitos. A adição significativa de opacos seria justificada não só pela
contribuição das metaultramáficas (Complexo Granjeiro), mas também, pela grande
concentração de barramentos que provocariam uma seleção hidráulica natural privilegiando a
deposição dos mais densos (opacos) e transporte dos mais leves.
O terceiro setor (setor 3) seria influenciado pelos sedimentos da Formação Faceira e
pelos sedimentos da Bacia Potiguar em especial os arenitos da Formação Açu. Ambos
contribuiriam com adições significativas de zircão o que explicaria o pico observado nas
amostras ERH-12 A e ERH-12 B. Os valores de epídoto seriam resultado não só da influência
dos sedimentos carreados pelo Rio Banabuiú, que atravessa principalmente as litotipos do
Complexo Acopiara e Cruzeta em destaque rochas granitóides, mas também da contribuição
da Formação Faceira. Já nas proximidades da foz, a manutenção dos valores de hornblenda e
zircão, seria feita principalmente pelos sedimentos da Formação Barreiras.
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5.6 Comparação entre a Assembléia de Minerais Pesados dos Rios
Jaguaribe/CE e Piranhas-Açu/RN
A assembléia de minerais pesados entre os rios Jaguaribe (RJ) e Piranhas-Açu (RPA)
mostra-se relativamente similar. Como já mencionado anteriormente neste capítulo, a
assembléia do Jaguaribe é composta por: hornblenda, epídoto, zircão, turmalina, andaluzita,
sillimanita, rutilo, granada, biotita, cianita, estaurolita, apatita, e opacos. Enquanto a
assembléia do Rio Piranhas-Açu/RN é constituída por hornblenda, epídoto, zircão, turmalina,
andaluzita, sillimanita, rutilo, granada, cianita e opacos, (grafico 5.5).
Um predomínio marcante da hornblenda sobre os demais constituintes da assembléia
de minerais pesados é observado em ambos os rios. No caso do RJ a hornblenda perfaz
aproximadamente 60% da assembléia, o epídoto corresponde a 7%, o zircão 11% e a
turmalina 3% em média. Já no caso do RPA esses valores correspondem a 50, 5, 30 e 5%
respectivamente. Os demais constituintes minerais ocorrem de forma secundaria e aleatória
impossibilitando qualquer tipo de comparação. No caso dos minerais opacos os valores são
menos significativos no Rio Jaguaribe, representando cerca de 10% do total de minerais
pesados enquanto que no Rio Piranhas-Açu alcançam uma média de 30%.
Em termos de maturidade mineralógica observa-se que a assembléia mineral do RPA é
mais matura que aquela do RJ; sendo confirmado pelo índice ZTR que apresenta valores de
31 e 15% respectivamente. O processo de decomposição seletiva parece atuar mais
eficazmente no RPA, sendo corroborado pelo índice ZTR/H (gráfico 5.6), que tende a ser
maior em direção a foz. Este índice mostra altos valores na região da foz, o que seria
justificado, segundo Silva (1999), pelo retrabalhamento dos sedimentos devido aos processos
costeiros. No RJ esse índice mostra um comportamento mais heterogêneo devido a influências
locais, tais como aporte sedimentar de importantes tributários no seu médio e baixo curso,
descaracterizando o índice de decomposição seletiva (gráfico 5.2).
No que diz respeito ao selecionamento hidráulico pela densidade (O/NO) e pela forma
(E/HT) ao longo do Rio Jaguaribe/CE, foram observadas relações diretas com as barragens,
ou seja, concentrações de minerais opacos (densos) devido ao selecionamento hidráulico
imposto pelas barragens. No entanto para o Rio Piranhas-Açu/RN Silva, (1999) propôs que
não só o índice (O/NO), mas também o (E/HT) mostraram diferenças significantes ao longo
do rio e que esses resultados evidenciariam efeitos diferenciais no fracionamento hidráulico,
mas que estas diferenças também poderiam ser induzidas pelo fator proveniência (gráfico 5.7
e 5.8). As conclusões não abordaram os barramentos nem mesmo qualquer outro fator de ação
antrópica que interferissem na distribuição da assembléia de pesados.
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Gráfico 5.5 - Distribuição dos minerais pesados ao longo do Rio Piranhas-Açu/RN.
Gráfico 5.6 – Índice de decomposição seletiva ZTR/H e sua respectiva distribuição ao longo do Rio
Piranhas-Açu/RN.
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Gráfico 5.7 – Índice de fracionamento hidráulico O/NO e sua respectiva distribuição ao longo do Rio
Piranhas-Açu/RN.
Gráfico 5.8 – Índice de fracionamento pela forma E/HT e sua respectiva distribuição ao longo do Rio
Piranhas-Açu/RN.
A figura 5.2 exibe os minerais pesados e as respectivas áreas-fonte sugeridas por Silva
1999 e por este trabalho. Foram levadas em consideração aquelas litologias que são cortadas
diretamente pelos rios, ou por suas bacias. Notou-se uma certa semelhança mineralógica entre
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Capítulo - 5
E.R.H, Figueiredo – 2004
70
os rios, o que se explica por uma relativa similaridade entre as litologias fornecedoras de
sedimentos. Minerais como hornblenda e epídoto são privilegiados por fatores hidráulicos
mas também por uma expressiva distribuição ao longo das bacias o que justifica maior
expressividade percentual. Outros minerais como por exemplo, augita e apatita parecem sofrer
influência local (proveniência, etc.).
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 5
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71
CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES
A avaliação dos dados obtidos a partir das análises da assembléia de minerais pesados
associada a análises geomorfológicas, permitiram tecer algumas considerações, conclusões e
ainda sugestões para trabalhos futuros.
Delimitou-se, a partir da análise da assembléia de pesados e da bibliografia disponível,
três setores de influência responsáveis pela contribuição de minerais pesados (anexo 4):
Hornblenda - epídoto - biotita das proximidades da nascente até as adjacências do
município de Orós, (Setor 1).
Hornblenda + opacos + zircão das proximidades de Orós até as adjacências do
Município de Limoeiro do Norte, (Setor 2).
Hornblenda + epídoto + zircão das proximidades de Limoeiro do Norte até a foz.
(Setor 3).
Verificou-se a partir dos índices de fracionamento hidráulico pela forma (E/HT) e
densidade (O/NO) que a atividade antrópica (construção de barragens) descaracterizou a
distribuição natural da assembléia de pesados no Rio Jaguaribe.
A assembléia mineral dos rios Jaguaribe e Piranhas-Açu mostraram-se relativamente
similares, com predomínio de hornblenda e epídoto, juntos constituindo mais de 60% da
assembléia mineral.
Como proposto no item proveniência a assembléia de instáveis não resistiria a áreas
com baixo relevo e taxas de erosão insuficientes, situação esta observada na área em estudo.
Portanto, as altas percentagens de instáveis em ambos os rios seriam explicadas por uma
grande quantidade de rochas-fonte portadoras desses minerais distribuídas ao longo de todo o
rio, pois as condições geográficas e climáticas supracitadas não permitiriam o transporte a
longas distâncias. No caso de minerais instáveis prismáticos (alongados) como no caso da
hornblenda, sua distribuição tenderia também a ser otimizada provavelmente devido a efeitos
hidráulicos, que favoreceriam seu transporte e dispersão.
O Rio Salgado mostrou-se um importante contribuinte de minerais estáveis em
especial o zircão. Esta contribuição deve-se provavelmente ao retrabalhamento de sedimentos
trazidos principalmente da Bacia do Araripe, destacando-se os arenitos e siltitos do Grupo
Araripe.
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 6
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Nas adjacências de Limoeiro do Norte foram observados da mesma forma, valores
elevados de estáveis (alto índice ZTR). Esses picos seriam o resultado do retrabalhamento dos
sedimentos da borda da Bacia Potiguar, em especial dos Arenitos da Formação Açu. Nesta
mesma região destaca-se ainda a ocorrência dos sedimentos da Formação Faceira que seriam
retrabalhados tanto pelo Rio Jaguaribe quanto pelo Rio Banabuiú, provocando assim os altos
valores observados de ZTR.
A assembléia de minerais pesados do Rio Jaguaribe/CE mostrou-se, a partir do índice
ZTR, ser mais imatura do que a assembléia de pesados do Rio Piranhas-Açu/RN. A
decomposição seletiva (ZTR/H) da mesma forma mostrou-se mais importante neste último.
Entretanto nota-se que no caso do Rio Jaguaribe, a existência de importantes afluentes como
os rios Banabuiú e Palhano, (médio a baixo curso do RJ) contribuiriam com importantes
descargas de sedimentos que descaracterizariam o índice (ZTR/H). Já no caso do Rio
Piranhas-Açu não se observa a existência de importantes contribuintes no mesmo setor o que
justificaria os resultados.
Sugere-se trabalhos de detalhamento nos rio Salgado, Banabuiú e Palhano para um
reconhecimento de suas assembléias e posterior calibração dos efeitos destes sobre a
assembléia do Rio Jaguaribe.
Trabalhos na região costeira são necessários para se conhecer melhor os efeitos da
dinâmica costeira sobre os sedimentos da foz. A batimetria associada a coleta de amostras
poderiam elucidar os efeitos de dispersão e distribuição da assembléia minerais pesados na
plataforma continental.
Estudos de tipos varietais dos minerais pesados do Rio Jaguaribe, auxiliado pela
microssonda eletrônica, favoreceria a interpretação dos dados e aumentaria a precisão no que
diz respeito a indicações de proveniência.
A caracterização dos minerais pesados aplicado à distinção de unidades estratigráficas
nesta e em outras bacias hidrográficas como a do Rio Acaraú/CE e Apodi/RN, poderiam
auxiliar nas interpretações da evolução cenozóica num âmbito mais regional.
Relatório de Graduação - UFRN
Capítulo - 6
ANEXO 1
Pontos de Coleta de Amostra - Coordenadas
Amostra
ERH – 01
ERH – 02
ERH – 03
ERH – 04
ERH – 05
ERH – 06
ERH – 07
ERH – 08
ERH – 09
ERH – 10a
ERH – 10b
ERH – 11a
ERH – 11b
ERH – 12a
ERH – 12b
ERH – 13
ERH – 14
ERH – 15a
ERH – 15b
ERH – 16a
ERH – 16b
ERH – 17
ERH – 18
ERH – 19
ERH – 20
ERH – 21
ERH – 22
ERH – 23
ERH – 24
ERH – 25
ERH – 26
ERH – 27
ERH – 28
ERH – 29
Coordenadas UTM
Longitude
Latitude
0636785
9511021
0636261
9510843
0636183
9510821
0635110
9509574
0635398
9509696
0634989
9508635
0634875
9508589
0633818
9507546
0634183
9504212
0630980
9483326
0630980
9483326
0637901
9464906
0637901
9464906
0623377
9454597
0623377
9454597
0602700
9427267
0588886
9422124
0562803
9395016
0562803
9395016
0541882
9374723
0541882
9374723
0541671
9349461
0509577
9310380
0332742
9349567
0332742
9349567
0358435
9331372
0358435
9331372
0358435
9331372
0372166
9900124
0372166
9900124
0399325
9276869
0399325
9276869
0428597
9277388
0467637
9295477
Observação
Canto da barra (foz)
Mangue soterrado (foz)
Planície de maré (foz)
Concentração de MP (foz)
Canal (5.5m de profundidade) (foz)
Canal em frente ao mangue (foz)
Canal (4m de profundidade) (foz)
Canal (foz)
Canal (5m de profundidade) (foz)
Barragem Aracati (antes)
Barragem Aracati (depois)
Barragem Jaguaruana (antes)
Barragem Jaguaruana (depois)
Barragem Russas (antes)
Barragem Russas (depois)
Limoeiro do Norte
Ponte sobre o Rio Jaguaribe
Açude Castanhão - Nova Jaguaribara canal)
Açude Castanhão - Nova Jaguaribara(banco)
Barragem Velha Jaguaribara (antes)
Barragem Velha Jaguaribara (depois)
Afloramentos do embasamento
Açude Orós
Rio Triçu (Tauá)
Rio Triçu (Tauá)
Rio Triçu (Tauá)
Rio Carrapateira (Tauá)
Rio Jaguaribe (Tauá)
Arneiroz
Arneiroz
Saboeiro
Saboeiro
Oitiz
Iguatu
42°
41°
40°
39°
-56o
-48
o
-40
-32 o
o
8o
0
-2
VENEZUELA
-2
0
-10
o
0
o
5
EQUADOR
Gu
ar ib
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Jaguaribe
o
Ri
¦
¹
¹
Rio
Ri
o
E
T
O
N
O
¦
Grupo Apodi
D
Grupo Araripe
Grupo Iguatu
Formação Santana: margas e folhelhos cinza-escuros (topo), calcários, gipsita, folhelhos negros e betuminosos (meio), calcários laminados e margas (base) / sistema com ingressão marinha episódica, lagunar euxínico e
evaporítico, lacustre carbonático (sistema transicional e marinho raso, somado a fluviolacustre carbonático).
K1arb
Formação Rio Batateiras: arenitos finos a médios, argilosos, amarelados e cinzentos, siltitos e folhelhos cinzentos, bem estratificados e leitos de folhelhos negros betuminosos / fluvial e lacustre.
K1il
K1im
K1ic
Jsli
Formação Icó: arenitos arcoseanos e líticos, grossos a conglomeráticos, em bancos espessos, com estratificação cruzada; intercalações de arenitos médios a finos, vermelhos, além de folhelhos e margas (Klicn - região da
área-tipo, com tratos recobertos pela K1im - não cartografados) / leques aluviais coalescentes.
Formação Mauriti: arenitos de granulometria variável (de fina a grossa até arenitos conglomeráticos) e
de leque aluvial, fluvial entrelaçado e eólico.
#
Grupo Martinópole
conglomerados / fácies
Grupo Serra Grande: conglomerados e arenitos, em parte feldspáticos, com intercalações de siltitos e folhelhos / fluvial e marinho
raso (com registro glacial?).
Formação 2: arenitos quartzosos, arcoseanos, líticos e micáceos, de granulometria diversificada, matriz quartzofeldspática e cimento
silicoso e ferruginoso; tonalidades escura, roxo-avermelhada e, subordinadamente, cinza-esverdeada e creme; estratificação
plano-paralela, marcas de ondas e laminação; metamorfismo de muito baixo grau / fluvial (tratos distais).
εOs1
Formação 1: conglomerados polimíticos, com seixos de quartzitos, granitóides, gnaisses e filitos, de matriz areno-arcoseana cinzenta,
em contatos transicional-interfaciais com a Formação 2 / fluvial (trato proximal).
Î3ôà
×ë
Coité
ÑÒÔî
Umburanas
Grupo
Novo Oriente
εOs2
Formação Aprazível: ortoconglomerados grossos e polimíticos, com matriz arcoseana e, normalmente, sem acamamento / fluvial.
εOjpa Formação Parapuí: basaltos (em parte amigdaloidais/vesiculares e/ ou espilitizados/queratofirizados), andesitos, riolitos
porfiríticas e ignimbríticas), gabros, diabásios e dacitos, somando-se seções marcadas por
piroclástica (com bombas e lapílis).
ε Ojp
(com fases
associações vulcano-vulcanoclástica e
Formação Pacujá: arenitos líticos e arcoseanos, micáceos e de granulometria variável, folhelhos e siltitos vermelhos, micáceos,
leitos conglomeráticos; cores escura, roxo-avermelhada e, acessoriamente, esverdeada e creme; estratificação plano-paralela e
laminação; metamorfismo de muito baixo grau / fluvial.
Formação Massapê: ortoconglomerados brechóides, de matriz areno-arcoseana cinzenta, com seixos de gnaisses, granitóides,
quartzitos, filitos e arenitos, em contatos transicionais com a Formação Pacujá / fluvial.
εOrjm Formação Melancia: conglomerados de matriz grossa (dominante), arenosa, e com importante diagênese; siltitos intercalados e
alternados a arenitos litofeldspáticos, avermelhados e, não raro, folhelhos amarronzados e siltitos arenosos, além de brechas / fluvial.
ε Orjc
Palestina do Cariri
ÒÔ3g2 i
Bra
va
Formação Iara: conglomerados polimíticos, brechóides (fragmentos: gnaisses diversos, granitóides, vulcanitos ácidos e básicos, filitos,
vidro vulcânico etc.), com níveis (lentes) de siltitos ardosianos e arenitos finos a muito finos, micáceos e ferruginosos, avermelhados e
arroxeados; arcóseos (e/ou vulcanoclásticas com fragmentos angulosos de tufos) e subarcóseos cinzentos e de granulação média a
grossa (incorpora, provavelmente, corpos de rochas vulcânicas brechificadas e/ou, em parte, modificadas hidrotermalmente), além de
paraconglomerados; metamorfismo de muito baixo grau / fluvial.
Magmatitos Araqueri: dacitos, andesitos, riolitos, riodacitos, diabásios e granitos, em jazimentos diqueformes.
NP3 εg
Magmatitos Guaribas: riolitos, andesitos, dioritos, lamprófiros, dacitos, riodacitos, traquitos e microgranitos, em jazimentos diqueformes.
NP3a
Granitóides aplíticos e pegmatitos (diques).
NP3 δ3
Suíte Gabróide 3: dioritos incluindo, subordinadamente, gabros e granitóides.
NP3 γ 3s Suíte Granítica Shoshonítica Ultrapotássica: egirina-augita e richterita-alcalifeldspato sienito e granito, localmente com enclaves e
diques sinplutônicos de piroxenito.
NP3 γ 3p Alcalifeldspatos granitos/sienitos, quartzo sienitos, quartzomonzonitos e, subordinadamente, granodioritos, com proporções variáveis de
biotita, hornblenda e piroxênio, além de enclaves de micapiroxenitos; suíte ultrapotássica peralcalina.
granitóides
cinzentos, geralmente de granulometria média a grossa (fácies porfirítica subordinada), de
NP3 γ 3i Indiferenciada:
composição granítica dominante, em parte com enclaves dioríticos, em jazimentos individualizados ou embutidos nos corpos dos
NP3 γ 2, onde ocorrem como uma fase mais nova.
NP3 γ 2i Suíte Granitóide Itaporanga: granitos e granodioritos de granulação grossa e porfiríticos, à biotita +/- anfibólio, associados a dioritos e
fases intermediárias de misturas; monzogranitos subordinados.
NP3 δ2 Suíte Gabróide 2 (afinidade aos espaços dos granitóides 2): dioritos, gabros, noritos (às vezes, diferenciados ultramáficos), tonalitos e,
acessoriamente, quartzomonzonitos e granodioritos.
NPδ γ t
Complexo Tauá: associação magmática híbrida diorito-granodiorítica (tonalitos subordinados), localmente gradando para gabro, sendo
intrudida por fase granítica porfirítica e outra, subseqüente, de granitos equigranulares finos a médios, à biotita e anfibólio.
NPγ o
Ortognaisses facoidais, cinzentos e nacarados, de composição granítica dominante.
PRγ
Grupo Ubajara
Formação Caipu: micaxistos de granulação fina a média, leitos ou lentes de metavulcânicas básicas e intermediárias, além de rochas
calcissilicáticas, mica-quartzo xistos e quartzitos ( cpq - onde freqüentes) / marinho.
NPlm
Formação Lavras da Mangabeira: filitos, micaxistos, quartzitos (Imq), metaconglomerados e, acessoriamente, metavulcanitos e rochas
calcissilicáticas / fluvial, transicional-marinho.
NPmst Formação Santa Teresinha: clorita-sericita filitos, quartzo filitos, filitos carbonosos, filitos ardoseanos e metassiltitos; intercalações de
metacarbonatos, chertes e metavulcânicas ácidas (riolitos)/ marinho e glacial-marinho.
NPmc
Formação Covão: muscovita xistos, em parte com cianita e feldspato, com percentagens variáveis de quartzo, fácies miloníticas e
muscovita-albita-clorita xistos de provável derivação vulcânica (metakeratófiro ?) / marinho raso.
NPmsj
Formação São Joaquim: quartzitos puros e micáceos, compactos e laminados (fácies tectonítica), em parte com cianita ou
sillimanita ou estaurolita; ocasionais intercalações de xistos quartzosos, rochas calcissilicáticas e formações ferríferas, além de
milonitoxistos derivados de vulcanitos ácidos / marinho raso.
NPmg
Formação Goiabeira: muscovita-sericita xistos, estaurolita xistos, muscovita-clorita xistos, cianita xistos, quartrzitos ferríferos
(mgq - onde dominantes) e, subordinadamente, paragnaisses / marinho (lagunar?).
NP1c
Suíte Magmática Caldeirão: metagabros com cumulados ultramáficos.
MNPp
Complexo Piancó: biotita-hornblenda gnaisses, em parte migmatizados, e micaxistos (+/- cordierita); anfibolitos, metacalcários e rochas
calcissilicáticas, subordinados.
PP4sa
Unidade Vulcânica Saquinho: metatraquiandesitos e riolitos, com fácies miloníticas e cataclásticas.
PP4(?)nc Formação Caraúbas: micaxistos (clorita, sericita, biotita, muscovita, subordinadamente sillimanita ou cianita ou granada-estaurolita),
localmente nodulosos (sericita, clorita, formas vestigiais de estaroulita) ou com porfiroclastos de quartzo, além de tipos hornfélsicos
granadíferos e de aspecto conglomerático; metassiltitos, filitos, metavulcanoclásticas (?), metavulcânicas básico-intermediárias, xistos
ultramáficos, metacalcários (nca) e metarenitos finos, em parte feldspáticos / transicional-marinho.
PP4(?)nb Formação Bonsucesso: quartzitos de tonalidades claras, compactas, em parte bastante recristalizados e/ou fraturados, granulometria
variada, baixa porcentagem de micáceos, localmente feldspáticos; intercalações de muscovita-quartzo xisto, com ou sem biotita /
transicional-marinho.
PP4sd
Suíte Granitóide Serra do Deserto (PP4sd? - em situação duvidosa): augenortognaisses graníticos, à biotita +/- hornblenda, servindo
de encaixantes para corpos de tonalitos ou quartzodioritos e sienogranitos gnaissificados.
PP4os
Formação Santarém: micaxistos diversos (biotita, muscovita, granada, estaurolita, andaluzita, sillimanita), localmente com estreitas
intercalações de metamagmatitos ácidos a básicos; quartzitos (osq), localmente feldspáticos ou granadíferos, por vezes associados a
metachertes ferríferos e mica-quartzo xistos; filitos, metassiltitos, metacarbonatos (metacalcários a metadolomitos/magnesitas - osca)
e rochas calcissilicáticas / marinho, transicional-lagunar.
PP4oc
Formação Campo Alegre: metarriolitos (ocr), por vezes associados a metarriodacitos e/ou dacitos e/ou metatufos ácidos, ou
metassedimentos e metabasaltos-metandesitos (ocb).
PP4og
Formação Gnáissica: hornblenda-biotita gnaisses e biotita gnaisses (oqg - quartzitos associados a paragnaisses e, localmente, a
anfibolitos/anfibólio gnaisses e metatufos).
PP4ofb
Formação Farias Brito: gnaisses à biotita e/ou hornblenda (em parte à biotita + muscovita) e com intercalações lenticulares de
metacalcários (fbca) e, subordinadamente, rochas calcissicáticas, micaxistos feldspáticos e quartzitos.
PP2 γ
Ortognaisses granito-granodioríticos, acessoriamente tonalíticos, em parte facoidais e/ou associados a migmatitos.
PP γ
Ortognaisses granito-granodioríticos.
PPg δ
Dioritos e gabros.
PPci
Unidade Independência: paragnaisses e micaxistos aluminosos (em parte migmatíticos), incluindo quartzitos (iq), metacalcários (ica),
rochas calcissilicáticas e, mais raramente, anfibolitos (iqx - micaxistos, paragnaisses e quartzitos; ipx - paragnaisses e micaxistos).
PPcc
Unidade Canindé: paragnaisses em níveis distintos de metamorfismo-migmatização, incluindo ortognaisses ácidos (p.ex: em cogn) e
rochas metabásicas: cβ - metagabros, anfibolitos com ou sem granada, e gnaisses dioríticos, associados ou não a enderbitos; c1 - β
metagabros e metaultramáficas serpentinizadas e xistificadas, lentes de quartzitos (cq), metacalcários (cca), rochas calcissilicáticas
(ccs), formações ferríferas (cfe) e ferro-manganesíferas, além de metaultramáficas (c µ ); cgnl - granulitos máficos, enderbitos e
leptinitos; caf - anfibólio gnaisses e/ou anfibolitos; PP(NP)cc - tratos onde são comuns os jazimentos estratóides e diqueformes de
granitóides neoproterozóicos, cinzentos e rosados, gnaissificados ou não e, em parte, facoidais.
Granodioritos, tonalitos e granitos gnaissificados, de granulação média a grossa, geralmente cinzentos.
Formação Coreaú: subarcóseos e arcóseos de tonalidades cinzentas e cremes, grauvacas e grauvacas conglomeráticas, constituindo
um conjunto com variações laterais e verticais de fácies / fluvial.
Formação Frecheirinha: metacalcários pretos, cinza-escuros e cinza-azulados, raramente cremes e rosados, de granulação fina,
bastante impuros e com intercalações eventuais de delgados leitos de margas, metassiltitos e quartzitos escuros / marinho raso
(plataformal).
NPuc
NPuf
NPuca Formação Caiçaras: ardósias vermelhas e roxo-avermelhadas, com clivagem bem desenvolvida, metassilitos e intercalações de
metarenitos (ortoquartzitos), freqüentemente cristalizados e cortados por veios de sílica / marinho raso.
Formação Trapiá: quartzitos conglomeráticos, arenitos grossos epimetamórficos, mal classificados, metarenitos finos a médios, com
matriz síltico-argilosa de tonalidade cinza-clara / litorâneo-fluviomarinho.
PPcar
Unidade Arneiroz: paragnaisses diversos, em parte migmatíticos, e micaxistos, encerrando jazimentos de dimensões variadas de
quartzitos (arq - quartzitos + micaxistos), metacalcários (arca), rochas calcissilicáticas, anfibolitos e talcoxistos; arg - predomínio de
paragnaisses; arq - quartzitos, micaxistos e metavulcânicas básicas, em níveis distintos de deformação milonítica.
PPa
Unidade Acopiara: paragnaisses e ortognaisses, parcialmente migmatíticos, incluindo, subordinadamente, micaxistos grafitosos,
anfibolitos, rochas calcissilicáticas (aca), por vezes scheelitíferas, metaultramáficas e quartzitos (aq); PPag - segmento com participação
de ortognaisses graníticos e tonalíticos, de tonalidades cinzentas cortados por diques de rochas básicas metamorfizadas.
PPj
Complexo Jaguaretama: ortognaisses migmatizados, composição entre granito e tonalito, com paragnaisses,
anfibolitos,
quartzitos, metaultramáficas e rochas calcissilicáticas (PPjgn - segmento com importante participação desses matamorfitos de
derivação sedimentar, incluindo lentes de metacalcários (jca).
PP1g
Complexo Granja: ortognaisses TTG, gnaisses kinzigíticos, granulitos e migmatitos bandados e dobrados, encerrando fácies miloníticas
(PP1gg - segmento com marcante inclusão de granulitos, kinzigitos e migmatitos retrabalhados em tempos neoproterozóicos;
gq - quartzitos, gga - anfibolitos/anfibólio gnaisses com leitos de leucognaisses).
PPch
Unidade Choró: quartzitos, micaxistos, metarcóseos, metarenitos conglomeráticos e metaconglomerados.
PPad
Unidade Algodões: paragnaisses diversos, em parte de protólito arcoseano, metabasaltos, anfibolitos, metaultramáficas e formações
ferríferas, por vezes associados a sheets e diques de ortognaisses leucocráticos e mesotipos; adb - anfibolitos e/ou anfibólio gnaisses
associados, em parte, a gnaisses dioríticos e metaultramafitos.
Ortognaisses granito-granodioríticos de tonalidade cinzenta, incluindo leucogranitóides gnáissicos, migmatitos e lentes de rochas
anfibolíticas.
APgn
AP γ
Ortognaisses graníticos a granodioríticos, geralmente migmatizados, associados a migmatitos de paragnaisses, inserindo lentes de
micaxistos, quartzitos (ferríferos ou não), metacarbonatos e anfibolitos.
AP γ c
Suíte Granitóide Cedro: leucogranitóides metamorfizados de granulação média a grossa, composição granito-granodiorítica raramente
tonalítica.
Indiferenciado: domínio de ortognaisses cinzentos (TTG), paragnaisses e migmatitos, encerrando lentes de anfibolitos/metabasaltos,
metagabros, metaultramáficas, metacalcários, micaxistos, gonditos, formações ferríferas/itabiritos (czit) e rochas calcissilicáticas.
APcz
APczt Unidade Tróia: czt β - metagabros, metabasaltos (tmb) e, acessoriamente, metaultramáficas (czt µ ), metadioritos e metatufos básicos
(associados ou não a metassedimentos); czts - quartzitos, xistos, metachertes, formações ferríferas, paragnaisses, gonditos,
metacalcários impuros (cztca) e rochas calcissilicáticas; cztg - segmento realçado pela existência de paragnaisses e micaxistos
cianíticos.
APczm Unidade Mombaça: ortognaisses granodioríticos, graníticos e tonalíticos, geralmente cinzentos, e migmatitos, dominando sobre
anfibolitos, metagabros, metaultramáficas, charnockitos (raros), metacalcários e rochas calcissilicáticas (czm - segmento com
importante participação de ortognaisses granodioríticos paleoproterozóicos).
Aγ
Ortognaisses tonalito-granodioríticos, localmente trondhjemíticos, incluindo esparsas lentes de rochas metaultramáficas, metabásicas,
calcissilicáticas, metacalcários e formações ferríferas, relacionadas ao Complexo Granjeiro.
Ag
Complexo Granjeiro: micaxistos (com ou sem cordierita), quartzitos (gq), metachertes, BIFs, metacarbonatos (gca) e rochas
calcissilicáticas (gcs) e metabasaltos e/ou metagabros, metaultramáficas (g µ ) (serpentinitos, talcoxistos e raros peridotitos) e granada
anfibolitos.
Foliação com mergulho indicado
8°
Foliação com mergulho medido
GEOCRONOLOGIA
Foliação vertical
Lineação mineral ou de estiramento com caimento indicado
U
%
K_Ar
V
&
Pb_Pb
Sm_Nd
T
$
Rb_Sr
a
%
SHRIMP
U_Pb
Ñ U_Pb e Sm_Nd
Lineação mineral ou de estiramento com caimento medido
Limite estadual obtido de arquivo digital gerado pelo IBGE em
convênio com o IPLANCE, melhorado na CPRM.
RECURSOS MINERAIS
Dique e Sill
STATUS DAS MINERALIZAÇÕES
R
Ocorrência
Base planimétrica extraída da Base Cartográfica Digital do Ceará,
escala 1:100.000, lançada pela COGERH (2000) e consistida e
complementada na CPRM - Residência de Fortaleza.
Garimpo ativo
Ì
Mina ativa
Garimpo inativo
Mina inativa
Isóbatas e modelo numérico do fundo da plataforma continental gerados
pela interpolação de pontos batimétricos. Arquivo digital de pontos cedido
pelo Laboratório de Geologia Marinha - LGMA/UFC.
SUBSTÂNCIAS MINERAIS
Y
#
Sede municipal
Rodovia federal implantada
Ferrovia
Be - berilo; ca - calcário; ci - cianita; cm - caulim; Cr - cromo; Cu - cobre;
dt - diatomito; F - flúor; fd - feldspato; Fe - ferro; gf - grafita;
Rio e riacho intermitentes
Rodovia estadual pavimentada
Açude, barragem, lago, lagoa,
Rodovia estadual implantada
Linha de costa
Rio perenizado
Rodovia municipal pavimentada
-20
Isóbata
gp - gipsita;
gr - granada; Li - lítio; mg - magnesita; Mn - manganês; mu - muscovita;
Nb - nióbio; Ni - níquel; P - fósforo; Pb - chumbo; qz - quartzo; ro - rocha
ornamental; ru - rutilo; Sn - estanho; Sr - estrôncio; Ta - tântalo; Ti - titânio;
tl - talco; tu - turmalina; U - urânio; Va - vanádio; vm - vermiculita;W - tungstênio;
Zn - zinco.
Projeto executado pela CPRM sob a vigência de convênio firmado com a
Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Governador do Estado, Secretário dos Recursos Hídricos, Chefe da Residência
da CPRM em Fortaleza, à época, respectivamente, Tasso Ribeiro Jereissati,
Hypérides Pereira de Macedo e Clodionor Carvalho de Araújo.
Secretaria dos Recursos Hídricos
F = pulsos (fases) granitóides brasilianos (660 - 540 Ma) inseridos e não diferenciados no Complexo Tamboril-Santa Quitéria.
Esta publicação pode ser utilizada, sem restrição,
no todo ou em parte, desde que citada a fonte.
42°
41°
40°
7°
PPcqu Unidade Quixeramobim: paragnaisses e micaxistos aluminosos; níveis subordinados de quartzitos (quq), metacalcários (quca) e
rochas calcissilicáticas.
Dioritos associados a fácies gabróicas e, subordinadamente, granitóides.
Granitóides diversos: biotita-granitos, monzogranitos, sienitos, quartzomonzonitos e granitos porfiríticos, em parte somados num mesmo
espaço cartografado. NP(?) γ- granitóides de cronologia NP duvidosa.
NP(PP)ts Complexo Tamboril-Santa Quitéria: associação granito-migmatítica, envolvendo granitóides neoproterozóicos, cinzentos e rosados, de
granulação variável até termos porfiríticos, gnaissificados ou não, em jazimentos de geometrias e dimensões diversas; para e
ortognaisses migmatíticos, além de rochas calcissilicáticas, anfibolitos e, localmente, rochas ferríferas e metaultramáficas (relacionadas,
no geral, ao Complexo Ceará e sendo, as primeiras, freqüentes como enclaves dos granitóides); ts γ - granitóides dominantes
(corpos menores fotointerpretados); ts γo - ortognaisse facoidal milonítico. NP(PP) γc - conjunto similar ao NP(PP) ts.
ÒÔáñå
NPcp
NP3 γ 2c Suíte Magmática Conceição: quartzodiorito e tonalito com epidoto primário e autólitos de rochas máficas.
NPγ
#
Formação Santana dos Garrotes: filitos, micaxistos (sericita, muscovita e biotita), de tonalidades cinzentas e esverdeadas (rocha sã),
metassiltitos, metarenitos, metarcóseos e, mais raramente, intercalações de metagrauvacas, metaconglomerados intraformacionais e
níveis ferríferos (por vezes de aspecto brechoso); localmente, micaxistos e paragnaisses, com paragênese à muscovita + biotita
+/- cordierita +/- granada +/- sillimanita +/- estaurolita; seções com metarritmitos, metavulcânicas básicas espilitizadas e/ou
metakeratófiros (em parte com marcantes modificações
hidrotermais
e/ou cataclásticas), metavulcânicas ácidas e
metavulcanoclásticas / marinho.
PP4sj Grupo São José: biotita +/- anfibólio paragnaisses, metacarbonatos, quartzitos, xistos, metaconglomerados, metavulcânicas e metatufos.
compactos, às vezes calcíferos, com intercalações de arenitos mais finos, siltitos e argilitos, no topo; tonalidade preferencial entre
nacarada e avermelhada / fluvial.
NPδ
ÒÔ3g2á
NPcsg
Formação Cococi: ardósias, folhelhos, argilitos e siltitos calcíferos, de tons cinzentos e chocolates, com intercalações esporádicas de
arenitos grossos e conglomerados; ardósia cinzenta em zona de cisalhamento / fluvial.
εOrjrt Formação Riacho Torto: conglomerados polimíticos, brechas, arcóseos, subarcóseos e arenitos litofeldspáticos, geralmente duros e
×ë
6°
Formação Lima Campos: arenitos arcoseanos grossos, ritmitos de arenitos finos a médios, micáceos e intercalados com arenitos finos sílticos, siltitos e folhelhos vermelhos e verdes; margas em camadas intercaladas
/ aluviofluvial e lacustre raso.
Formação Malhada Vermelha: ritmitos de siltitos, folhelhos e arenitos finos, vermelhos e verdes, bem estratificados em delgadas intercalações subsidiárias de margas e calcários / lacustre.
Grupo
Cachoerinha
E
¹
Formação Arajara: arenitos finos, às vezes caulínicos, siltitos amarelados e arroxeados, finamente estratificados / lagunar e planície de maré (sistema transicional e marinho raso).
K1as
Unidade Basáltica: basalto de textura subofítica, composto, essencialmente, de plagioclásio e augita e, acessoriamente, de hematita e
magnetita.
Formação Iborepi: arenitos branco-amarelados, de granulação grossa a conglomeráticos, mal classificados, friáveis, com acamamento
espesso e irregular, além de estratificações cruzadas / leques aluviais e bancos de arenitos fluviais anastomosados.
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PALEOPROTEROZÓICA
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São Miguel
Supersuíte
Granitóide Tardia Pós-orogênica
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Supersuíte
Granitóide SinTardi-orogênica
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PALEONEOARQUEANA
Jslβ
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Ag - prata; ag - argila; am - amianto; at - ametista; Au - ouro; ba - barita;
Porto e Aeroporto
Formação Exu: arenitos médios a grossos, avermelhados, mal selecionados, por vezes conglomeráticos, friáveis, porosos e permeáveis (exceto silicificados) / fluvial torrencial (sistema fluvial entrelaçado e meandrante).
K1aa
Formação Serrote do Limoeiro: arenitos vermelhos a roxos, finos a médios, friáveis, bem classificados, caulínicos, com boa
estratificação em acamamento médio, intercalados com siltitos e argilitos vermelhos, além de folhelhos verde-oliva, localmente
fossilíferos / lacustre raso e fluvial.
Rodovia municipal leito natural
T ?
K2ae
Jsls
Rodovia federal pavimentada
Limite Interestadual
K2apa
Formação Jandaíra: calcários esbranquiçados, homogêneos, em parte litográficos e ritmicamente intercalados com margas friáveis; intercalações de folhelhos, siltitos de cores esverdeadas e cinzentas, nos tipos margosos
basais (no geral, predominam os calcarenitos e calcilutitos bioclásticos, cinza-claros a amarelados, com níveis evaporíticos na base) / marinho (planície de maré - plataforma carbonática).
Formação Açu: arenitos cinzentos e avermelhados, de granulação fina a média localmente conglomeráticos, interestratificados com siltitos cinzentos (com variações amarronzadas, avermelhadas e esbranquiçadas),
calcíferos ou não e folhelhos cinza-escuros e amarronzados (ocasionais intercalações de argilitos avermelhados e verde-escuros e lentes de calcários no topo) / marinho litorâneo e fluvial com esporádicos ingressos
marinhos.
Formação Brejo Santo: folhelhos e siltitos de cores variadas e com intercalações de arenitos finos, argilosos, vermelhos / lacustre
raso, com influência fluvial e, secundariamente, eólica.
Vila e povoado
Capital
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Riacho S. Lourenço
Grupo
Riacho Sairi
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Complexo
Granjeiro
Suíte Magmática Messejana: tefritos, fonolitos, traquitos, tufos alcalinos e essexitos porfiríticos, ocorrendo associados ou isoladamente.
J3K1vm Formação Missão Velha: arenitos brancos e amarelos, grossos, mal selecionados, friáveis e contendo madeira fóssil / fluvial torrencial.
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GEOGRÁFICAS
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Formação Camocim: ortoconglomerados grossos, oligomíticos, duros, compactos e cimentados por materiais lateríticos síltico-ferruginosos, de tonalidades castanhas e avermelhadas.
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Lineamentos estruturais
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Formação Abaiara: arenitos micáceos, argilosos, intercalados com siltitos e folhelhos castanhos, cinzentos e esverdeados, bem
estratificados / ambiente lacustre raso e fluvial.
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Zona de cisalhamento transcorrente à direita
Grupo Serra de
São José
#
b
PP4sj
Grupo Orós
#
O
Sinforma duplamente mergulhante
Indiviso: arenitos argilosos de tonalidade variegada (amarelada, avermelhada e esverdeada), matriz argilo-caulínica, com cimento argiloso, ferruginoso e, às vezes, silicoso; granulação fina a média, com leitos
conglomeráticos e nódulos lateríticos na base (pode-se encontrar, no topo, areias sílticas bem classificadas) / sistema fluvial com esporádicas corridas de lamas.
K1va
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OROSIRIANO
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Zona de cisalhamento transcorrente contracional
C
PP4sd
Suíte Granitóide
Serra do Deserto
Sinforma mergulhante
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Grupo Novo Oriente
Zona de cisalhamento (ZC) contracional
T
PP4n
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Malíci
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Antiforma revirada
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Zona de cisalhamento ou falha indiscriminada,
tracejada onde duvidosa
Complexo Piancó
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Antiforma mergulhante
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Fratura
Grupo Cachoeirinha
1600
ESTATERIANO
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diversos
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Falha normal
ENb
NPutm Termometamorfitos derivados de litotipos das Nput, Npuf e Npuco (evento térmico cambriano/pós-orogênico).
Caboclo
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Formação Faceira: conglomerados basais, avermelhados, com seixos e calhaus de rochas cristalinas diversas; arenitos pouco litificados e avermelhados, siltitos vermelhos com níveis de argilas e cascalhos (horizonte
laterítico na base) / fluvial.
Suíte Magmática Ceará-Mirim: diabásios (dominantes) e gabros, em jazimentos diqueformes.
NPut
Antiforma
b
bb
Granitóides
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Formação Caipu
Contato
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Suíte
Magmática
Caldeirão
Formação Lavras
da Mangabeira
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1000
Gabróides
Suíte Gabróide 3
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TONIANO
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Granitóides
diversos
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Santo André
NP3 γ3
Formação Moura: conglomerados polimíticos, na base, de matriz arenosa grossa e de fraca diagênese, mal selecionados e pobremente cimentados por material síltico-arenoso de cor vermelha a creme; areias de
granulometria variável, de tonalidades avermelhadas e amarelo-claras; siltitos vermelhos no topo / fluvial.
granulação de média a grossa, incluindo fácies porfiríticas; tons avermelhados a cinzentos ou esbranquiçados.
CONVENÇÕES
GEOLÓGICAS
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Depósitos de tálus relacionados, dominantemente, às formações Santana e Arajara.
Coberturas sedimentares de espraiamento aluvial (inclui capeamentos de planaltos e coluviões holocênicas): sedimentos argilo-arenosos e areno-argilosos, de tons alaranjado, avermelhado e amarelado; apresentam-se, em
certos locais, cascalhosos e laterizados na base (geralmente, o cimento é argiloso e ferruginoso) / fluvial.
Formação Sitiá: conglomerados polimíticos, arenitos conglomeráticos arcoseanos e siltitos-argilitos de cores variegados; estratificação
cruzada e alto grau de silicificação / fluvial.
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Depósitos eólicos litorâneos 1 (dunas fixas/paleodunas): areias de granulação fina a média, raramente siltosas, quartzosas ou quartzofeldspáticas, bem selecionadas, de tonalidades cinza-clara e alaranjada no topo,
e avermelhadas na base (inconsolidadas ou consolidadas) / eólico litorâneo.
Formação Antenor Navarro (Grupo Rio do Peixe): arenitos grossos, amarelados, conglomeráticos, acamamento médio a grosso, com
estratificação cruzada; conglomerados quartzosos e polimíticos; arenitos finos a médios, vermelhos e bem acamados / leques aluviais
coalescentes.
Formação Rio dos Bastiões: arenitos arcoseanos, grossos a conglomeráticos, com estratificação cruzada; microconglomerados de
seixos rolados de quartzo (na parte superior, intercalações de arenitos finos e siltitos de cores variadas) / sistema fluvial.
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Depósitos eólicos litorâneos 2 (praias atuais/dunas móveis; inclui, localmente, sedimentos fluviomarinhos : areias esbranquiçadas, quartzosas, de granulometria variável, bem classificadas, em corpos maciços ou com
partes exibindo arranjos estratiformes, onde ocorrem leitos mais escuros com concentrações de minerais pesados (somam-se níveis de cascalhos e outros com marcante estratificação cruzada, além de fácies com
fragmentos de matéria orgânica) / eólico marinho e fluviomarinho.
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Formação 3: ortoconglomerados polimíticos, geralmente de matriz areno-feldspática sem acamamento marcante / sistema fluvial.
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Depósitos aluviais (localmente coluviais): argilas, areias argilosas, quartzosas e quartzofeldspáticas, conglomeráticas ou não, cascalhos e argilas orgânicas / fluvial, em parte com influência marinha.
Depósitos fluviomarinhos e marinhos (planícies e canais de marés): vasas escuras (mangues), areias de praias e recifes areníticos (cordões de beach rocks), pelitos arenosos, carbonosos ou carbonáticos.
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Torres, P. F. M. & Prado, F. da S. 2000. Prgrama Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, Jaguaribe NE, Folha SB.24-X, Escala 1:500000, Carta Geológica.
MME-SMM, CPRM-REFO, Fortaleza. (Inédito).
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Mendonça, J. C. G. de S.; Campos, M. de; Braga, A. de P. G.; Souza, E. M de. 1982. Caracterização estratigráfica dos metassedimentos da região de Itataia-CE (Grupo
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Unidade litoestratigráfica / litologia / ambiente (s) sedimentar (es)
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Atas, Bol 11, p. 261-264.
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Ferreira, C. A. & Santos, E. J. dos. 2000. Prgrama Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, Jaguaribe SE, Folha SB.24-Z, Escala 1:500000, Carta Geológica.
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e Geofísica, Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio grande do Norte, Natal. Dissertação de Mestrado, 183 p.
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1:100000,
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pela COGERH, circulação restrita, consistida e
CARTOGRAFIA
complementada na CPRM - Residência de Fortaleza.
Francisco
Edson Mendonça Gomes (Coordenador)
Limite estadual obtido de arquivo digital gerado pelo IBGE em convênio
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melhorado
na CPRM.
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que é executado pela CPRM - Serviço Geológico do Brasil, através de suas Unidades
Regionais, sob a coordenação da Divisão de Geologia Básica - DIGEOB do Departamento
de Geologia - DEGEO, chefiado pelo geólogo Carlos Schobbenhaus Filho.
Este projeto foi executado pela Residência de Fortaleza, sob a coordenação regional dos
geólogos Antonio Maurilio Vasconcelos e Francisco Edson Mendonça Gomes e
coordenação nacional do geólogo Inácio de Medeiros Delgado (DIGEOB).
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de Prospecção e de Sensoriamento Remoto
(LGPSR) - UFC, a partir de dados levantados
pelas seguintes instituições: UFC, UFRN,
UFPA, IAG/USP, UFOP, IBGE, PETROBRÁS,
CPRM, DNPM e ON/CNPq.
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Cartográfica Digital do Ceará - 1:100.000 lançada pela COGERH (Cia. de Gestão de
Recursos Hídricos) e consistida e complementada na CPRM, Residência de Fortaleza.
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