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N°19 - AGOSTO – SETEMBRO - OUTUBRO DE 2015 ORIENTE MÉDIO E ÁFRICA: TERCEIRO PILAR DE CRESCIMENTO DO GRUPO Por que reduzir ainda mais os custos? Diálogo p. 4 Full kitting: maior flexibilidade Estratégia/explicação p. 6 Learning organization Destaque p. 14 Destaques 308 GTi BY PEUGEOT SPORT DS ELÉTRICO NA FÓRMULA E Depois do sucesso do RCZ-R e do 208 Gti, a Peugeot Sport agora concentra seu know-how e sua experiência no mais novo modelo esportivo do Grupo. Elevando à máxima potência a qualidade, o design, a eficácia e a experiência ao volante do Peugeot 308, a equipe fez questão de assinar seu sobrenome: Peugeot 308 GTi by Peugeot Sport. Desenvolvido para aficionados particularmente exigentes, ele concorre com o Golf Gti e reflete de forma exemplar a estratégia de posicionamento superior da marca. O modelo é produzido em Sochaux (França), na linha do Peugeot 308. Junho de 2015 Com a criação da equipe DS Virgin Racing, a marca DS e sua parceira Virgin Racing estão confiantes na vitória no campeonato de Fórmula E FIA. Disputada somente em circuito urbano, ela é a única competição que reúne veículos com motores elétricos. “Compartilhamos plenamente os valores que regem esse campeonato: tecnologia inovadora e proximidade com o público”, ressaltou Yves Bonnefont, diretor geral da marca DS. A largada será dada no início de outubro, em Pequim. Outubro de 2015 a junho de 2016 VALORIZAÇÃO DA HISTÓRIA DO GRUPO Graças à nova associação “L’Aventure Peugeot Citroën DS3”, que conta com o apoio da associação “L’Aventure Peugeot”, fundada há mais de 30 anos, a PSA Peugeot Citroën está dando uma nova dinâmica à história do Grupo e de suas três marcas. Xavier Peugeot, Diretor de Produto da Citroën e Presidente da associação “L’Aventure Peugeot Citroën DS”, explica: “a nova organização simboliza o reconhecimento do trabalho efetuado ao longo dos anos por pessoas dedicadas, que merecem nossos sinceros agradecimentos”. Julho de 2015 2 PLANETA / n°19 BLUESUMMER : PARCERIA ESTRATÉGICA COM A BOLLORÉ O conversível de quatro lugares totalmente elétrico do Grupo Bolloré será comercializado pela Citroën França. A parceria representa uma excelente oportunidade para que as concessionárias aumentem o faturamento e atraiam novos tipos de clientes para os showrooms. O acordo entre a PSA Peugeot Citroën e o Grupo Bolloré contempla também a montagem do veículo na fábrica de Rennes a partir de setembro, além de uma colaboração no campo de compartilhamento de carros na Europa e a criação de uma empresa conjunta para desenvolver essa atividade no mundo todo. Julho de 2015 OS NOVOS EMBAIXADORES DS Zhang Hai Ao, arquiteto, Iris Van Herpen (foto), designer de moda, e Sylvestre Maurice, doutor em astrofísica, são os ícones do novo DS 5. Cada um explica, em seu universo particular, o que representa o espírito de vanguarda – aliança entre design, tecnologia, requinte e conforto dinâmico. Venha também participar desse novo encontro no DS Inside. Maio de 2015 CARRO AUTÔNOMO: PSA PEUGEOT CITROËN PRONTA PARA O FUTURO! Em junho, os engenheiros do Grupo revelaram que a partir de 2018 o Grupo estará pronto para oferecer veículos equipados com funções de condução autônoma “sob controle do motorista” – por exemplo, nos engarrafamentos em vias de circulação rápida ou autoestradas, bem como nas manobras para estacionar. Essas situações, particularmente sujeitas a inatenção por parte do condutor, ganharão assim, mais segurança. No longo prazo, o condutor poderá entregar inteiramente a condução do veículo ao sistema autônomo e desfrutar plenamente do trajeto. Junho de 2015 PLANETA / n°19 3 Diálogo Por que precisamos continuar reduzindo os custos fixos, se os resultados do Grupo já melhoraram? NO DIA 29 DE JULHO, O GRUPO APRESENTOU OS RESULTADOS DO PRIMEIRO SEMESTRE. Com o vento soprando a nosso favor, o lucro líquido voltou a ser positivo, alcançando 720 milhões de euros. Mas o futuro do Grupo depende, acima de tudo, de sua capacidade de melhorar o desempenho no longo prazo, a fim de garantir sua continuidade. “Os custos fixos continuam mui considerando a concorrencial” Carlos Tavares, Presidente Mundial da PSA Peugeot Citroën. OS RESULTADOS SEMESTRAIS POSITIVOS APRESENTADOS PELA PSA PEUGEOT CITROËN SÃO A PROVA DE QUE O PLANO BACK IN THE RACE CONTINUA DANDO FRUTOS. “Os bons resultados da PSA devem-se, em parte, à conjuntura favorável. Ainda não estamos suficientemente protegidos”. Carlos Tavares 4 PLANETA / n°19 O lucro operacional totalizou 1,4 bilhão de euros, o que representa um crescimento de quase 1 bilhão de euros, gerados principalmente pela atividade da Divisão Automotiva. Isso não significa que o processo de recuperação esteja concluído. Além disso, tudo indica que a conjuntura econômica venha a ser menos favorável no segundo semestre de 2015, com incertezas no mercado europeu e desaceleração nos mercados emergentes. Temos que aguardar os resultados do ano todo, em particular a margem operacional e a rentabilidade, para realmente avaliar a situação do Grupo. Naturalmente, nossos concorrentes foram impulsionados pelos mesmos ventos favoráveis e continuam no rumo do crescimento. A Volkswagen, por exemplo, registrou lucro operacional de 6,82 bilhões de euros, crescendo 10%. “Os bons resultados da PSA devem-se, em parte, à conjuntura favorável. Ainda não do Grupo to altos, dinâmica estamos suficientemente protegidos”, ressalta Jean-Baptiste de Chatillon, Diretor Financeiro. Portanto, reduzir os custos fixos é uma prioridade. “O ponto de equilíbrio (ponto morto) do Grupo deve baixar para menos de 2 milhões de veículos, nível que representa a meta de 2015. Quanto mais diminuirmos esse ponto de equilíbrio, mais rentáveis seremos e mais a empresa estará protegida contra os riscos do mercado”, acrescenta. O significado desse “ponto de equilíbrio” é simples: ele corresponde ao número de veículos a partir do qual as operações do Grupo começam a gerar lucros. Para diminuí-lo, a PSA Peugeot Citroën decidiu mobilizar uma série de recursos, a fim de aumentar a competitividade em meio aos movimentos cíclicos da indústria e às incertezas da economia: • melhorando o poder de precificação (pricing power), podemos ganhar um pouco mais em cada veículo vendido, além de valorizar as marcas e preservar o preço dos veículos ao longo de toda a sua vida útil; • reduzindo o custo de fabricação (PRF), diminuímos o custo de produção de cada veículo segundo o roteiro estabelecido, objetivando a meta de -500 euros por veículo entre 2015 e 2018; • custos fixos, ou seja, os custos estruturais em relação ao número de veículos vendidos pelo Grupo contribuíram de maneira determinante para as dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa recentemente. É verdade que os custos têm sido reduzidos de forma contínua desde 2012, mas o coeficiente total do custo salarial em relação ao faturamento ainda está muito elevado: 14,5% em 2013, com diminuição para 12,4% em 2015. Se conseguirmos descer para 12% até 2016, o Grupo terá um melhor posicionamento concorrencial (os grandes fabricantes de automóveis se situam em torno de 11%). Xavier Chéreau, DRH do Grupo, ressalta: “Devemos continuar a ajustar os custos fixos à realidade das operações do Grupo. Em comum acordo com os diversos setores da empresa, coordeno a redução dos custos fixos. Juntos, trabalhamos para diminuir os custos operacionais e estruturais. O objetivo é preservar a empresa, melhorando o seu desempenho”. RELAÇÃO CUSTO SALARIAL / FATURAMENTO 14,5% 13,4% 12,4% 2013 2014 2015 12% 11% Objetivo 2016 Bench OEMs PLANETA / n°19 5 Estratégia/explicação FULL KITTING: MAIS FLEXIBILIDADE PARA GARANTIR MAIOR COMPETITIVIDADE Full kitting é um novo método de abastecimento de peças na borda da linha que melhora o desempenho global das fábricas e, ao mesmo tempo, diminui a complexidade de determinadas operações. Yann Vincent, Diretor Industrial da PSA Peugeot Citroën, traça um panorama de suas vantagens. O que é full kitting? Qual a importância do full kitting para o Grupo? O full kitting é um método revolucionário de abastecimento de peças na borda da linha: todos os componentes necessários à montagem de vários modelos em uma mesma linha são organizados em kits e colocados à disposição dos operadores, que não precisam mais ir buscá-los – o que diminui o estresse e o cansaço. O abastecimento, antes repartido por posto de trabalho, agora é feito por veículo. Isso requer a segmentação do trabalho entre os operadores encarregados da preparação dos kits e os que efetuam a montagem das peças na linha. O transporte entre as duas equipes é feito por veículos AGV (autoguiados), que levam os kits para a borda da linha de produção e trazem de volta as caixas vazias para a área de preparação. YANN VINCENT, Diretor Industrial da PSA Peugeot Citroën 6 PLANETA / n°19 É simplesmente uma prioridade. O objetivo do programa Fábrica Excelente é a consolidação da competitividade do nosso parque industrial. Para cumpri-lo, estamos modernizando as fábricas e adaptando-as para que sigam os melhores padrões em vigor na indústria automotiva. A capacidade industrial do Grupo deve ser redimensionada para otimizar a taxa de utilização (índice Harbour) e reduzir o custo de produção por veículo. Quanto mais compacta a fábrica, menores os custos. Quais os benefícios do full kitting? Esse método promove uma melhor ergonomia na linha, maior flexibilidade no caso de mudanças de mix (variedade de modelos e faixa de posicionamento), e melhor desempenho na montagem e nas operações logísticas. A fábrica pode se adaptar com mais rapidez e facilidade às necessidades comerciais. Usado inicialmente nas unidades DPCA na China, o full kitting vem sendo adotado progressivamente na Europa e América Latina. A fábrica de Sevelnord ilustra bem essa transformação e os resultados são muito promissores. O principal objetivo na França é que as fábricas estejam em pé de igualdade com os concorrentes europeus na batalha pelo mercado. THIERRY ROBERT, Diretor de Montagem de Sevelnord “A fábrica de Sevelnord, especializada em veículos utilitários leves, se caracteriza pela diversidade dos modelos produzidos (20 modelos) e pela necessidade inerente de flexibilidade, com um mix extremamente variável. O grande desafio é melhorar o desempenho da fábrica para garantir seu futuro. Graças ao full kitting, podemos reduzir os custos, melhorar a qualidade da montagem e aumentar a reatividade nos casos em que é preciso adaptar a linha às exigências comerciais. Por ser mais simples e menos estressante, a nova organização do trabalho permite que os operadores se concentrem na montagem das peças e no controle da qualidade. No final, a fábrica ganha em termos de produtividade e rentabilidade”. De Mais informações? Conheça o full kitting em imagens: https://youtu.be/0Gpavw1F9pk PLANETA / n°19 7 Dossiê ORIENTE MÉDIO E ÁFRICA: GRANDES AMBIÇÕES PARA OS PROJETOS DO GRUPO As notícias são boas: um acordo com o Marrocos para a instalação de uma fábrica, a possibilidade de voltar em breve ao Irã e perspectivas de forte crescimento no continente. Que tal (re)descobrir essa região, que faz parte da história do Grupo? 8 PLANETA / n°19 PLANETA / n°19 9 Dossiê “ORIENTE MÉDIO E ÁFRICA: TERCEIRO PILAR DE CRESCIMENTO DO GRUPO” Você dirige a Região Oriente Médio e África desde setembro de 2014. Qual a importância dessa região para o Grupo? Os mercados nessa região são muito diversificados. O Grupo dispõe de veículos adaptados a essa diversidade? Jean-Christophe Quémard: A África e o Oriente Médio são parte integrante da história do Grupo, em particular para a marca Peugeot, que tem grande notoriedade nesses mercados. A região atende perfeitamente às exigências de crescimento rentável do Grupo e oferece oportunidades de realizar investimentos bem planejados e rentáveis, com adaptação dos produtos a fim de satisfazer melhor à demanda local, bem como de estabelecer parcerias interessantes. J-C. Q.: Os países dessa região apresentam grandes disparidades em termos de poder aquisitivo, legislação e costumes. Entretanto, já identificamos uma base comum de exigências técnicas para esses mercados, como condições climáticas extremas (calor, umidade), poeira, padrão de qualidade dos combustíveis, etc. Os clientes têm preferência pelos modelos sedan, mas buscam também uma certa polivalência, a fim de conciliar uso profissional e particular. Além disso, prestam muita atenção no preço de compra do carro e no custo de utilização. Alguns dos nossos produtos atendem perfeitamente a esses critérios específicos, em particular certos VUL como o Peugeot Partner e o Citroën Berlingo. Porém, desde a criação dessa Região na organização estrutural do Grupo, dedicamos uma atenção especial aos futuros produtos, para que sejam realmente bem adaptados ao mercado. Paralelamente, toda a nossa linha de veículos é comercializada na região. O Peugeot 308 foi eleito “Carro do Ano” no Marrocos e lidera as vendas do segmento na Argélia. Podemos esperar um crescimento tão rápido quanto na Ásia? J-C. Q.: A previsão é de que haja um crescimento considerável na região: em 2025, o mercado deverá totalizar 8 milhões de veículos. Esse crescimento será alcançado de forma contínua e sustentável, principalmente porque a taxa de motorização é extremamente baixa em muitos países: 43 veículos para cada 1.000 habitantes. Portanto, é fundamental começar, desde agora, a reforçar nossa presença. Alguns concorrentes já estão bem instalados e compreenderam, há muito tempo, o valor estratégico desses mercados. Concretamente, nossa meta é vender 1 milhão de veículos daqui a dez anos em toda a região, incluindo o Irã. O fim das sanções econômicas internacionais impulsionou nossos esforços para estabelecer operações nesse país. Por um lado, um projeto de joint venture com transferência de tecnologia e integração local promoverá um salto de geração na frota de automóveis, com produtos desenvolvidos em nossas plataformas e motores de excelente desempenho, a fim de oferecer mobilidade sustentável e segura para a população iraniana. Por outro lado, com o restabelecimento das relações financeiras, serão reabertos os fluxos regulares de abastecimento de peças de reposição. Por que a empresa decidiu construir uma fábrica no Marrocos, em vez de importar os veículos de outras regiões, como a Europa? J-C. Q.: Continuaremos importando veículos da Europa para dispor de modelos de todos os segmentos e cumprir nossos objetivos comerciais. Mas, para sermos mais competitivos na região, é essencial que o Grupo produza localmente veículos “primordiais” para esses mercados, em razão dos incentivos fiscais e alfandegários e dos custos menos elevados de produção e logística. A partir de 2019, a fábrica de Kenitra, no Marrocos, produzirá motores e veículos dos segmentos B e C, destinados principalmente aos mercados da região. Progressivamente, aumentaremos a capacidade de produção, a fim de sustentar nossa expansão comercial no continente. Como fixamos metas comerciais ambiciosas, contemplamos também a possibilidade de produzir em outros países, como Argélia, por exemplo – embora, por enquanto, nenhum acordo tenha sido assinado. Nosso objetivo é mobilizar todos os recursos e criar uma estrutura para que possamos atender à demanda local da melhor forma possível, transformando a Região Oriente Médio e África no terceiro pilar de crescimento rentável do Grupo. JEAN-CHRISTOPHE QUÉMARD, Diretor da Região Oriente Médio e África 10 PLANETA / n°19 PSA PEUGEOT CITROËN RUMO À CONQUISTA DA ÁFRICA E DO ORIENTE MÉDIO POTENCIAL DOS MERCADOS EM 10 ANOS Turquia Síria Líbano Iraque Israel Jordânia Tunísia Marrocos PRODUZIR PARA UM MERCADO EM PLENA EXPANSÃO Mauritânia Senegal Gâmbia Guiné Bissau Guiné Serra Leoa PREVISÃO PARA 2025 Libéria 8 mi Líbia Argélia Saara Ocidental Egito Arábia Saudita Níger Chade Sudão Eritreia Burkina Fasso Costa do Marfim Togo Benin Barein Catar EAU Omã Mali Gana Afeganistão Irã Iêmen Djibuti Nigéria Etiópia Rep. C. Africana Camarões Guiné Equatorial Congo Gabão Somália Uganda Quênia Ruanda R.D. Burundi do Congo Tanzânia Angola Zâmbia Malawi Moçambique Zimbabwe Namíbia META DE VENDAS PSA 2025 1mi Madagascar Botsuana África do Sul Potencial de evolução dos mercados em 10 anos Fábricas instaladas ou em fase de estudo Muito alto - Irã: projeto em estudo Alto - Marrocos: Kenitra (2019) Médio - Nigéria: montagem Baixo - Argélia: projeto em estudo Fonte: consenso de mercado PSA 05/2014 OS PONTOS FORTES DA PSA NA REGIÃO ORIENTE MÉDIO E ÁFRICA 100 mil veículos vendidos no 1° semestre de 2015 3° maior volume de vendas do Grupo, boa rentabilidade Grupo n°1 na Tunísia Grupo n° 2 na Argélia e no Marrocos Líder nos departamentos franceses de ultramar PLANETA / n°19 11 Dossiê O plano de desenvolvimento da marca DS prevê, até o final deste ano, a inauguração de DS Stores nas principais cidades da África e do Oriente Médio, entre as quais Túnis e Ancara. “A CONCORRÊNCIA É FEROZ!” A concorrência na região é acirrada: a Toyota lidera o mercado, principalmente com pick-ups, graças à reputação de robustez de seus produtos. A Renault e a Dacia também estão presentes na região do Magreb e vêm se desenvolvendo bem na África Subsaariana. As marcas chinesas e coreanas conseguem oferecer produtos baratos, que convêm aos clientes com poucos recursos. Portanto, para conquistar essa região, é necessário ter grandes projetos em perspectiva. Em termos de modelos, estamos bem posicionados no mercado de sedans, sobretudo com o Peugeot 301 e o Citroën C-Elysée, mas precisamos oferecer preços mais competitivos para nos adaptar à renda dos clientes. No médio prazo, deveremos também reforçar nossa oferta de veículos SUV, visto que os clientes apreciam particularmente os modelos maiores – e, quem sabe, um dia oferecer um modelo pick-up, segmento que representa atualmente 13% do mercado. Junto também com uma oferta de umsedan do segmento C na África, seria o ideal. Embora historicamente as marcas sejam bem conhecidas – em alguns países, são comercializadas há mais de 100 anos –, o Grupo perdeu terreno e notoriedade, e estamos longe de ter a preferência do mercado. Agora, é arregaçar as mangas e (re)conquistar os clientes da região! ONTEM E HOJE “AOS 20 ANOS, TODO MUNDO SONHAVA EM TER UM BELO PEUGEOT” MOHAMED TAHER LAABID, tunisiano, ex-motorista de ônibus e colecionador de veículos Peugeot THOMAS D’HAUSSY, Responsável por desenvolvimento de mercados no Oriente Médio e na África 12 PLANETA / n°19 “Nasci em 1936, no norte da Tunísia, que na época era protetorado francês. Meu pai foi um dos primeiros da região a comprar uma caminhonete 404 com capota de lona, que ele usou para expandir sua atividade de vendedor ambulante. Aos 20 anos, todo mundo sonhava em ter um belo Peugeot! Na Tunísia, a marca do leão era símbolo de robustez, desempenho e modernidade. Sempre apreciei muito a solidez e a elegância dos carros que dirigi quando era jovem, e ainda hoje: os modelos Peugeot 203, 403, 404 e 504. Meu sonho, agora, é dirigir um 508, que reflete com fidelidade a elegância e a força dos meus primeiros Peugeot…” “O CITROËN C4 CACTUS ATRAI 80% DE NOVOS CLIENTES” “O carro que eu mais vendo é o Citroën C-Elysée. O modelo atende perfeitamente às necessidades da família tunisiana”, garante: “amplo porta-malas, banco traseiro com espaço para transportar três crianças, um bom consumo de combustível para viajar no fim de semana, preço competitivo e visual sedutor, semelhante ao do Citroën C5”. Os numerosos diferenciais desse veículo “valem também para o BtoB”, explica. Nosso entrevistado conta também que, “desde que foi lançado, o DS 3 tem ótimas vendas, pois é mais forte que o Mini” no segmento de veículos urbanos de luxo. Por outro lado, lamenta a impossibilidade de comercializar, na Tunísia, o Citroën C1, que não foi homologado, para competir com o Mazda 2. Ainda bem que “o Citroën C4 Cactus, lançado no primeiro semestre, atrai 80% de novos clientes”, comemora ele. “Médicos, advogados ou farmacêuticos, que antes teriam comprado um Golf 7 ou até um Renault, agora adotam o C4 Cactus como segundo veículo, por puro prazer”. BASSEM LOUKIL, Importador Citroën e DS na Tunísia PLANETA / n°19 13 Destaque COMPARTILHAR CONHECIMENTO PARA REFORÇAR A COMPETITIVIDADE “A CAPACIDADE DE APRENDER É NOSSA PRINCIPAL FONTE DE COMPETITIVIDADE” Entrevista com Claudia Constant, Diretora da Universidade PSA Peugeot Citroën. No âmbito do plano Back in the Race, você pretende transformar a PSA Peugeot Citroën em uma “learning organization”. Como o fato de aprender de forma diferente poderia ajudar o Grupo? A maioria dos colaboradores dificilmente identifica o que, dentro de sua experiência, poderia ser útil aos colegas. Mas, não podemos esquecer que o conhecimento e o know-how dos colaboradores constituem o capital imaterial da PSA, ou seja, são fonte de eficiência para o Grupo. O objetivo da “learning organization” é promover a troca de competências e conhecimentos coletivos e individuais, contribuindo para a profissionalização contínua. É evidente que desenvolver as competências dos funcionários traz vantagens para a empresa, que aumenta sua competitividade, mas é também benéfico para o funcionário, que no longo prazo ganha mais empregabilidade. De que forma a PSA Peugeot Citroën vai se tornar uma “learning organization” ? Graças a uma melhor organização dos planos de capacitação? A empresa que pratica o autoaprendizado não pode existir por decreto, ela deve ser construída passo a passo, no médio prazo. Primeiro, devemos pôr fim à mentalidade de qualificação intermitente e adotar uma mentalidade de profissionalização e aquisição contínua de competências. Os responsáveis pelas equipes precisam ter uma visão transversal das necessidades dos colaboradores em matéria de competências e avaliar o descompasso entre o que é “ideal” e a realidade – graças, principalmente, à ferramenta GHR Skills. Todo mundo sabe que os cursos presenciais deixaram de ser o único modo de aprender. Atualmente, usamos métodos de e-learning, aulas virtuais, MOOC (cursos on-line abertos), etc. A transição para a empresa que aprende requer também o desenvolvimento de recursos didáticos integrados às situações de trabalho, que possam ajudar a revelar talentos. O coaching, o desenvolvimento conjunto e os programas de tutoria são exemplos de métodos alternativos para a transmissão de conhecimentos dentro da empresa. Esses métodos foram recentemente integrados de maneira formal às entrevistas individuais. A Universidade PSA Peugeot Citroën pretende oferecer novas ferramentas aos colaboradores e gerentes para ajudá-los a compartilhar competências e aprender uns com os outros? Sim, estamos implementando uma nova ferramenta, o Learn’in PSA (leia o box), que estará à disposição de todos os colaboradores a partir de setembro. Entretanto, não basta ter uma ferramenta. A “learning organization”é, acima de tudo, uma questão de estado de espírito, uma cultura que sabe aproveitar as oportunidades para aprender. Em relação às competências identificadas como necessárias, graças principalmente ao plano Back in the Race, a Universidade PSA Peugeot Citroën coloca à disposição dos diversos setores uma série de recursos didáticos que integram módulos multimodais (e-learning, cursos CLAUDIA CONSTANT, Diretora da Universidade PSA Peugeot Citroën 14 PLANETA / n°19 * Pequeno glossário RH EARNING ORGANIZATION: L empresa que pratica o autoaprendizado. -LEARNING: E curso on-line interativo. presenciais, aulas virtuais, etc.) em áreas técnicas ou culturais (liderança, idiomas, desenvolvimento intercultural, etc.). O Learn’in PSA possibilitará uma troca colaborativa de experiências. Só seremos realmente uma empresa que aprende no dia em que todo indivíduo que adquirir um novo conhecimento tiver o reflexo imediato de questionar para quem esse saber pode ser útil e qual a melhor maneira de transmiti-lo, seja qual for sua posição na hierarquia, seu tempo de serviço ou o setor em que trabalha. MOOC: em inglês, “Massive Open Online Course”. Curso a distância aberto a todos, na forma de videoconferência ministrada por um palestrante, com diálogos colaborativos. AULAS VIRTUAIS: cursos para pequenos grupos, ministrados por videoconferência. possibilidade de diálogo direto. WEBINARS: seminários apresentados pela internet. : APRENDER DE FORMA DIFERENTE Para aprender quando quiser, onde quiser, basta um clique. Sua profissão evolui, o mundo se transforma, e você precisa aprender depressa a usar tecnologias modernas, a compreender estratégias ou a melhorar o inglês? A partir de setembro, o Learn’in PSA, nova interface da Universidade PSA Peugeot Citroën, passa a oferecer um grande número de cursos. Em função do país em que você vive e do seu perfil, graças a uma ferramenta de busca simples e eficaz, você pode visualizar, com um simples clique, todos os recursos de conhecimento à sua disposição. Inteiramente digital no início (e-learning, aulas virtuais e vídeos), a oferta será ampliada partir de 2016, com inscrições em cursos presenciais, gestão do plano de desenvolvimento individual e programas de aprendizado colaborativo. A plataforma pode ser acessada por computador ou telefone, no idioma que você selecionar. Deu vontade de aprender? Visite hoje mesmo o Learn’in PSA, disponível no Live’in, seção RH. ANNA TAVARES, Responsável pela Universidade da América Latina “A América Latina será a locomotiva da mudança cultural” Para implementar o novo sistema de gerenciamento de formação, estamos trabalhando em estreita colaboração com a equipe da Universidade de Paris. Os módulos de e-learning estarão disponíveis a partir de setembro de 2015 e os cursos presenciais terão início em 2016. Além da oferta mundial de capacitação, vamos incluir, no catálogo do Learn’in PSA, cursos e módulos desenvolvidos e adaptados especificamente para as necessidades locais em matéria de competências. Paralelamente, estamos criando diversos programas destinados a grupos específicos de profissionais– por exemplo, um programa de desenvolvimento do TOP 100 de talentos da América Latina, experiências de trabalho de campo para equipes comerciais, etc. Vamos constituir uma rede de especialistas em diversas áreas, que atuarão como tutores na transmissão de conhecimentos técnicos. Por último, uma série de iniciativas estruturam o aprendizado coletivo dentro da empresa, como treinamentos internos e módulos de ensino por setor (Supply Chain, Gestão Custos e Finanças, Gerenciamento de Projetos, etc.). PLANETA / n°19 15 Infográfico RESULTADOS DO GRUPO NO 1° SEMESTRE DE 2015 RESULTADOS COMERCIAIS EURÁSIA Evolução em relação ao 1° semestre de 2014 5.160 veículos - 81% Número total de unidades vendidas 1.547.000 + 0,4% EUROPE CHINA E SUDESTE ASIÁTICO 984.000 veículos 368.000 veículos + 2,9% + 2,2% AMÉRICA LATINA 76.000 veículos ORIENTE MÉDIO E ÁFRICA ÍNDIA-PACÍFICO 101.000 veículos - 28,6% 13.000 veículos + 23,5% + 35,8% No primeiro semestre, as vendas cresceram na Europa, na China, na região Índia-Pacífico e região Oriente Médio e África. Esta última tornase, assim, o terceiro pilar de desenvolvimento do Grupo. RESULTADOS FINANCEIROS RENTABILIDADE (em euros) Faturamento Resultado Operacional Corrente 27.026 Me 28.904 Me 1.424 Me Resultado Operacional Corrente da Divisão Automotiva Lucro líquido 720 Me 975 Me 387 Me 7 Me S1 2014 S1 2015 S1 2014 S1 2015 S1 2014 - 42 Me S1 2015 S1 2014 S1 2015 No primeiro semestre, houve crescimento em todas as regiões: o Resultado Operacional Corrente foi positivo em cinco de seis regiões. “Esses resultados são bons, mas devemos aguardar para avaliar o desempenho do ano todo. O futuro da PSA Peugeot Citroën depende, acima de tudo, de nossa capacidade de melhorar o desempenho no longo prazo”. Carlos Tavares, Presidente Mundial do Grupo PSA Diretoria de publicação: B. Blaise – Redatores-chefes: B. Aussel, C. Candeiller – Ilustrações e coordenação: J. Stehlin, Edição PSA Peugeot Citroën – 07/2015 – Fotografias: Pascal Anziani, François Barthout, Birdog21, Azzouz Boukalouch, Monique Dupont Sagorin, Nicolas Gouhier, Greg, Hasselbao, Jérôme Lejeune, Dominique Pizalla, Joël Stehlin, Jan Steinhilber, Nicolas Zwickel, Studio Prod, Comunicação Sevelnord, DS Virgin Racing, Automobiles Peugeot DPCO/PME, L’Aventure Peugeot Citroën DS, Comunicação Bolloré, Mediateca Peugeot, Mediateca Citroën, Mediateca DS, Mediateca PSA Peugeot Citroën, Realização:–
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