revista revolução

Transcrição

revista revolução
Nem caneta, nem espada . Nossa revolução é com a Colher
www.revolucaodacolher.org
A REVOLUÇÃO COMEÇA COM CADA UM
TIRE A CARNE DO SEU PRATO!
sabedoria védica
Algumas pessoas escolhem
“empunhar as armas”, outras preferem
fazer sua parte com a caneta ou com a
diplomacia. Permita-nos dar-lhe uma
idéia sobre essas questões e
apresentar-lhe uma ferramenta útil
para todos os grupos de boas
intenções.
Esta 'Revolução' é diária,
persistente, efetiva e de
resultados imediatos. Não
são necessárias armas, não
se derrama sangue, ao
contrário. Não se corre riscos e nela
podem todos participar.
Rompendo todos os tipos de fronteiras (pois
seres humanos existem em toda parte), o lugar
reúne fotógrafos, pintores, cantores,
caricaturistas, artistas digitais entre outros, que
mostram seus trabalhos com a Arte: Esta é a
arma número “um” para despertar consciências
e não perdeu seu vigor, absolutamente. Pensar
“Quem sou eu?, “O que faço aqui?”, continua
valendo alguma coisa e a Arte ajuda a descobrir
e como sempre a, celebrar. Qualquer um que
tenha dois olhos, cabeça e coração, pode entrar.
O endereço na Internet
“www.sabiduriavedica.org”é o lugar
ideal para que o revolucionário da
colher obtenha informações, dados
exemplos, cifras e gráficos para sair e
liberar as mesas de todo vestígio de
sangue. Leia. Investigue. Explore.
Reúna informações. Aprenda sobre os
mitos que rodeiam o vegetarianismo .
Conhecimento é poder!.
carnívoros anônimos
“Quero deixar a carne, mas não posso.”
Por compaixão, por saúde, por economia ou por ecologia, você decidiu
deixar a carne, mas não pode?. Saiba que é melhor levar uma vida
vegetariana ou mesmo tentar por algum tempo, do que não se decidir-se em
deixar a carne. Bom, você já deu o primeiro passo e reconheceu o seu
problema. Existe um lugar que pode te ajudar a superar essa dificuldade..
Contate-nos através do site “www.revolucaodacolher.org” e conte-nos o
seu caso.
OUTRAS ATIVIDADES
Conferências de Sabedoria Védica
(Segunda, Quarta e Sexta às 19:00hs)
Escola Iniciática
IDÉIA ORIGINAL
Srila B. A. Paramadvati Swami
(Quinta às 19:00hs)
CORDENAÇÃO
Hari Caram das
Curso Bhagavad Gita
ASSESORIA GRÁFICA
Luis Fernando Arango
Bhagavata Purana das
INVESTIGAÇÃO E REDAÇÃO
Gupta Govardhan das
Hari Sankirtan das
TRADUÇÃO E REVISÃO
Mahesvari Devi dasi ([email protected])
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ADAPTAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO
Isaac Grow
Ekachakra das
Kalindi Devi dasi ([email protected])
ILUSTRAÇÃO
Camilo Álvares
Jey Govinda das
Vatsalya das
Seva Kunja Devi dasi ([email protected])
A re v o l u ç ã o da C o
lher
(Terca às 20:00hs)
Culinária Vegetariana
(Primeiro Sábado do mês às10:00hs)
Revolução da Colher- Reino Original (O.K.)
(Sexta às 19:00hs)
Festival Indiano
(Domingo às 18:30hs)
Rua Jorge Tibiriça, 175 - São Paulo
fone: 5908 1361 [email protected]
atrás do colégio Arquidiocesano
próximo ao metrô Santa Cruz
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REVO
O CAMINHO DE GANDHI
O mundo se lembra de Mahatma
Gandhi como um grande homem
que ensinou o poder da paz. Sem
por: Arun M. Sannuti esta mensagem, Gandhi teria sido
somente outro revolucionário, outro nacionalista,
em um país que estava lutando para livra-se do
domínio de uma nação estrangeira. Onde descobriu
Gandhi esta mensagem? Como foi capaz de
aprender seu método quando todos os demais
nacionalistas estavam aprendendo a lutar? Ele
aprendeu passo a passo e como um dos primeiros
passos, adotou o vegetarianismo.
Ao conhecer as razões morais para ser
vegetariano, a violência escondida em comer carne,
e a não violência que se poderia obter abstendo-se
dela, Gandhi compreendeu que a difusão do
vegetarianismo tinha que ser sua missão. Gandhi
havia decidido que o Ahimsa (na tradição védica,
consiste na rejeição constante da violência e no
respeito absoluto de toda forma de vida), era seu
objetivo. E assim ele converteu-se na essência de
seu movimento e de sua vida.
Com sua escolha pelo
vegetarianismo, demonstrou que
existiam outras fontes de força
contra o poder para acabar com a
soberania britânica, enquanto que a
Ringo
força física sozinha teria sido
derrotada.
Joey Ramone
Lisa Simpson
Sir Ian Mckellen
Gandalf
“Nada beneficiara tanto a
saúde humana nem
aumentara mais as
possibilidades da
sobrevivência da vida na
terra como a evolução a
uma dieta vegetariana.”
Diógenes
Empedocles
“Agora
posso ver a
paz, já não
te como.”
“O Esquilo
que mata por
piada morre
sério.”
Thoreau
Kafka
SUMÁRIO
Sócrates
Willian Blake
Platão
São Francisco
de Assis
Newton
“A não violência conduz à
ética mais elevada, a qual é
metade de toda a evolução.
Até que não deixemos de
prejudicar outros seres vivos
seguiremos sendo
selvagens.”
Thomas Alba Edson
Nikola Tesla
Séneca
“Enquanto nossos corpos
forem as tumbas vivas de
animais assasinados
como poderemos esperar
alguma condição boa na
Terra?.”
Eisntein
Montaigne
Tolstoy
Richard Wagner
Bob Marley
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veg grãos
Carl Sagan
Voltaire
Uma Solução para a Preservação Ambiental
O Vegetarianismo é Alternativa Contra a Fome...
Analisando a Lancheira
Alimentação Vegetariana e Saúde.
Mark Twain
Beastie Boys
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O Reinado de Ashoka
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Guia Incendiário
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Revolucionários da Colher
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Perguntas Frequentes
10
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Entrevista 09
Manifestações, Política ou Caridade
A Briga da Comida
Dieta Rica em Lucros
Política na Mesa
Etiqueta do Custo Real
O Jardim Subversivo
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A re vo lu çã o da C ol he
H
á pessoas que marcham pela paz, ou criam um
partido, ou apóiam determinado político, ou
fazem lobby internacional, ou denunciam, ou
defendem sua pátria, ou alguns tomam o poder pelas armas,
ou protestam contra as touradas, conspiram, se defendem,
pagam seus impostos ou não, ou impõe seus impostos, dão
bons exemplos aos seus filhos, pedem nota fiscal, etc. O
ponto aqui não é discutir se deveriam ou não continuar
fazendo isso; o ponto é mostrar que deixar de comer carne é
o passo mais coerente e mais nobre.
ocê pode ganhar muitíssimo mais tirando a carne
de seu prato do que fazendo protestos, política ou
caridade. É mais rápido do que gerar recursos,
mais fácil do que salvar os botos cor-de-rosa do Amazonas e
mais efetivo do que votar em branco. O resultado é direto e
sem efeitos colaterais.
s bons cidadãos, os que se dizem melhores, os
ativistas da paz, aqueles que lutam por uma saída
política do conflito, a sociedade civil, todos os
cidadãos de bem patrocinam, sem saber, a guerra no país.
Assim os grupos armados se financiam de coisas
abomináveis como o seqüestro, a extorção, o narcotráfico e
a pecuária. Assim, as manifestações, as cartas e o lobby
deveriam ser acompanhados de uma mudança na dieta; por
um menu que contribua para diminuir a fome nos países
pobres, como o nosso.
V
O
A re v o lu ç ã o d a C o
lher
Até que não
tenhamos a
oportunidade de
conhecer a
crueldade do
processo - seja a
vítima animal ou
humano - não
poderemos esperar
que as coisas
melhorem neste
mundo. Não
poderemos ter paz
entre os homens,
cujos corações
desfrutam matando
qualquer ser vivo.
Retardamos o
progresso da
humanidade com
cada ato que
glorifica ou mesmo
tolera o estúpido
desfrute de matar.
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fonte:peta
“NÃO É VERDADE QUE OS
HUMANOS PRECISAM COMER Tanto o” Departamento de Agricultura dos Estados Unidos”
CARNE PARAR MANTER-SE
quanto a “Associação Dietética dos Estados Unidos” apóiam as
S AUDÁVEIS?”
dietas vegetarianas. Os estudos mostraram também que os
vege tarianos têm sistemas imunológicos mais fortes que aqueles que
comem carne e que, quem come carne tem quase o dobro de probabilidades de morrer de
doenças do coração, 60% tem mais probabilidades de morrer de câncer e 30% tem mais
probabilidades de morrer por outras doenças. O consumo de carne tem sido definitivamente
ligado a diabete, artrite, osteosporose, arterias entupidas, obesidade, asma e impotência.
“É NATURAL COMER CARNE? NÃO SE COMEU
DURANTE MILHÕES DE ANOS? NOSSO CORPO
NÃO É FEITO PARA COMER CARNE?”
Na realidade o corpo humano se adapta
melhor a dieta vegetariana. Os animais
carnívoros tem dentes largos e curvos,
garras e um trato digestivo curto. Os
seres humanos têm unhas achatadas e
flexiveis Os dentes chamados
"caninos" são minúsculos comparados
aos de animais carnívoros, ou mesmo
comparados aos primatas vegetarianos
como os gorilas. Nossos pequenos
dentes caninos estão melhor preparados
para mastigar frutas que para cravar
peles e músculos. Temos molares
chatos e um largo trato digestivo,
preparado para uma dieta a base de
vegetais, frutas e grãos.
"SE VOCÊ ESTIVESSE MORRENDO
DE FOME DENTRO DE UM BOTE NO
MEIO DO MAR JUNTO A UM ANIMAL
VOCÊ O COMERIA?”
Rachel Carson (bióloga marinha)
"POR QUE ME CULPAR SE NÃO MATEI O
ANIMAL?”.
Mas você contratou o assasino. Cada vez que você
compra carne significa que a matança foi feita para
você e que você pagou por ela.
"OS VEGETARIANOS NÃO
ENFRENTAM
DIFICULADADES PARA
CONSEGUIR PROTEÍNAS
SUFICIENTES??”
Não. Ao contrário, o
problema é a
posibilidade de obter
proteína demais. A maioria dos carnívoros obtem
7 vezes mais proteínas do que necessitam. Quase
todos os alimentos possuem proteínas. Os
vegetarianos podem obter proteína suficiente no
pão integral, batatas, feijões, amendoim ou
brócolis. Mesmo que você coma somente fastfood é impossivel não
obter proteína
suficiente para
sobreviver.
Não sei. os seres humanos chegam a extremos para
salvar suas próprias vidas, mesmo se isso implica em
machucar alguém inocente. Em certas circunstâncias
as pessoas podem chegar a comer outras pessoas.
Este exemplo, sem duvida, não é de relevância para
nossas escolhas cotidianas. Para a maioría de nós,
não existe emergência nem desculpa para matar um
animal e comê-lo.
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A re vo lu çã o da C ol he
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Você pode ganhar muito mais
tirando a carne do seu prato
do que fazendo manifestações,
política ou caridade.
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par
ser
"TUDO BEM QUE VOCÊ ACREDITA
NOS DIREITOS DOS ANIMAIS MAS
VOCÊ NÃO DEVE DIZER A OUTRAS
PESSOAS O QUE ELAS DEVEM FAZER”
Agora é você que está dizendo o que eu
tenho que fazer!
Cada um tem o direito de ter sua própria
opinião, mas a liberdade de pensamento nem
sempre implica em liberdade de ação. Você é livre
para acreditar no que quiser, se a sua liberdade
não acabar com a dos demais seres. Você pode
acreditar que os animais devem ser sarificados,
que as pessoas negras devem ser escravizadas,
que as mulheres mereçem pauladas, mas nem
sempre tem o direito de levar suas crenças á
pratica.
E quanto a dizer as pessoas o que devem
fazer, a sociedade existe para estabelecer regras
que governam a conduta das pessoas. A natureza
dos movimentos reformistas é dizer ao outro o que
fazer. Por exemplo: não utilizem humanos como
escravos, não abusem sexualmente das mulheres,
etc. Todos os movimentos inicialmente sofrem
oposição das pessoas que ainda querem agir de
maneira não apropriada.
"OS ANIMAIS NÃO M
ORRERIAM DE
QUALQUER MANEIRA?
”
Os seres humanos também. Mas não
temos o direito de decidir quando ou como, nem
mesmo infringir sofrimento em suas vidas.
"SE TODAS AS FORMAS DE EXPLORAÇÃO
DE ANIMIS FOSSEM RUINS ELAS SERIAM
ILEGAIS CERTO?”
Legalidade não é garantia de
moralidade. Quem tem ou não tem direito é só
uma opinião dos legisladores atuais. A lei
muda quando a opinião ou os interesses
políticos mudam, mas a ética não é tão
arbitraria. Considere outras coisas que já
foram legais, como a escravidão humana ou o
preconceito a mulher.
“SE TODAS AS PESSOAS SE TORNASSEM
VEGETARIANAS SERIA RUIM PARA MUITOS
ANIMAIS QUE NÃO PRECISARIAM NEM
NASCER".
A vida nos matadouros é tão triste e cheia de
sofrimento que é difícil pensar na vantagem de
trazer estas almas à vida para serem enclausuradas,
sofrerem, para depois serem abatidas.
"O QUE FARIAMOS COM TODOS ESTES
FRANGOS, VACAS E CORDEIROS SE TODO
O MUNDO VIRASSE VEGETARIANO?”
É ilusório esperar que todo o mundo
deixe de comer carne do dia para noite.
Quando a demanda de carne diminuir, o
número de animais criados também
diminuirá. Os granjeiros deixarão de criar
tantos animais e se voltarão para outras
formas de agricultura.
A r e v o lu çã o da C ol
her
"QUAL O SENTIDO DE EVITAR O
CONSUMO DE CARNE JÁ QUE É
PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL
DEIXAR DE USAR PRODUTOS
D E R I VA D O S D E A N I M A I S
CAUSANDO DOR
INCONSCIENTEMENTE?”
É impossível
viver a vida sem
causar nenhum
estrago. Todos nós pisamos acidentalmente em
formigas ou engolimos uma mosca, mas isso
não significa que devemos causar sofrimento
intencionalmente. Só porque você poderia
atropelar alguém acidentalmente não significa
que também possa fazè-lo conscientemente.
O gado de corte é um dos principais
o agentes
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contaminadores. A cada
in
m
a
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segundo geram 125 toneladas de resíduos
co
procedentes da indústria de carne. Esses resíduos
contaminam rios e produzem gases tóxicos como o amoníaco, metano e
dióxido de carbono, que por sua vez, contaminam a atmosfera,
aumentando o buraco na camada de ozônio e contribuindo com o
aquecimento global.
Na Colômbia, as três lagoas mais importantes da cidade de
Cundinamarca estão em estado de emergência pela contaminação
produzida pelas 170 mil cabeças de gado em seus arredores. Como se não
bastasse , na lagoa de Fuquene (um dos maiores recursos ambientas do
país) a diminuição de sua extensão foi de 5,3% no último ano e os
fazendeiros vizinhos aumentaram sua cerca conforme o “aparecimento”
água
Mais da metade da água
consumida no mundo é empregada na criação
de gado e na irrigação de terras para obter
alimentos para o gado. Enquanto que para
produzir um kilo de carne são necessários
mais de 20.000 litros de água, para um kilo de
trigo ocupa-se apenas 227 litros e ainda, para
um kilo de arroz, 454 litros.
Desde pequeno
desisti de comer
carne. E chegará
o dia em que os
homens verão o
assassinato de
um animal como
hoje vêm o de um
homem.
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A VINC
RDO D
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desmatamento
A produção de carne é uma das
causa do grande desmatamento das florestas
tropicais e sua posterior conversão em
deserto.
Mais 300.000 kilômetros de selva tropical
são destruídas a cada ano como conseqüência
da necessidade de pastos para o gado. Um
energia
A fim produzir um kilo de proteína animal, é gasto 25 vezes
mais poder e recursos naturais do que para produzir a mesma
quantidade de proteína vegetal. A produção de um único
hambúrguer, gasta os combustíveis fósseis equivalentes ao
necessário para dirigir um carro pequeno durante 32
quilômetros, ou água suficiente para 17 chuveiros.
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SALV R ANO
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A re vo lu çã o da C ol he
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Perguntas
pre ental
ambi
A AM ER ICA NA
coração
Perda da
beleza
Câncer de
cólon.
PENSE ANTES DE COMER!
Uma 'Revolução' que consiste simplesmente em
deixar de comer carne, tem a vantagem que, mesmo
sendo cético aos grupos e instituições você pode fazer
as coisas por conta própria. É perfeito
para você, a questão é entre
você e seu prato,
dificilmente poderia
ser mais direto.
A revolução da Colher
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Nossa relação com os
animais é fria e
desumana. Compramos
carne embalada e sem
sangue; o matadouro fica
de portas fechadas, não
tem janelas. Sabemos
que a máquina de abater
está em movimento
constante, mas não
temos o estômago para
ver o sangue nas
engrenagens.
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AS S O CIA ÇÃ O MÉ DIC
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A Adbuster mostra como “Mc Donald´s está sofrendo o mal da vaca louca e
os consumidores norte americanos estão assustados.”
Seu mercado está frágil e ao que parece, seguindo os passos de lixo tóxico e o
lixo do primeiro mundo, que depois de ser recusado em seu país é enviado à lixeira do
mundo, ou seja, os países do “terceiro mundo” (os exemplos vão desde Tetra Pack até
as longas excursões de bandas de rock da moda).
Tudo isso mascarado pela magia do esnobismo. As lojas do Mc Donald´s
estão localizadas nas zonas mais elitistas de nossas cidades, enquanto que nos Estados
Unidos comer Mc Donald's equivale a comer algo como churrasco grego na Praça da
Sé. “Da mesma maneira, continua AdBsuters, os bebedores de Coca-Cola já não
sentem a mesma sede pela água gasosa de açúcar cor de café. Podemos aproveitar o
momento e começar uma campanha com adesivos atacando as máquinas de CocaCola e seus anúncios em cada loja. Uma única palavra “gordura” marcada nas mesas e
janelas dos Mc Donald´s ao redor do mundo. Vamos de boca em boca, utilizando
grafite, cartazes e internet, oferecendo às pessoas, uma maneira de sair da camisa de
força da comida-lixo. Enquanto suas vendas e o poder de seu logotipo caem,
demonstraremos, de uma vez por todas, que não são as agências de publicidade quem
fazem ou desfazem o atrativo de uma marca. Somos nós, o povo”
ÇÃ O comer carne causa:
S DO EN ÇA S DO CO RA
“ EN T RE 90 % E 97 % DA
DA S CO M UM A
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Doenças do
DI E TA V E GE TA RI AN A”
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A BRIGA DA COMIDA
por: Kalle Lans
AS VEZES É IM
POSSíVEL NÃ
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DIETA RICA EM LUCRO
Já é possível identificar
(não tão claro e
explicitamente como se
gostaria) os produtos
prejudiciais a saúde como
as bebidas alcólicas e o
tabaco. Mas você
realmente acredita que são
estes os únicos que afetam
a sua saúde?
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P
Os últimos estudos confirmam os benefícios da alimentação
vegetariana.
As idéias errôneas que ainda existem sobre a dieta vegetariana não se
dissiparam. Ainda muitos pensam que excluir por completo a carne e seus derivados
da alimentação, acarreta deficiências nutricionais, o certo é que, se bem planejada,
essa dieta é uma boa opção para gozar de boa saúde.
O tempo e a ciência lhes estão dando razão. Com intenção ou não, os
vegetarianos contribuem para reduzir o risco de sofrer milhares de enfermidades e a
gozar de um bom estado de saúde, graças aos seus hábitos alimentícios.
Existe uma forte correlação entre o consumo elevado de carne e a curta
esperança de vida. Assim, os esquimós, os lapões, os groelandeses e as tribos russas
Kurgi são as populações que mais consomem carne no mundo e, por sua vez, são as
que têm menor expectativa de vida, apenas 30 anos. Ao contrário, populações com
menor consumo de carne têm maior expectativa de vida, de 90 a 100 anos. Entre elas
estão as culturas dos vilca bombais, que moram nos Andes do Equador; os
Abkhazes, que vivem no Mar Negro e na antiga Rússia e os Hunzas que vivem
no alto vale do Himalaia, no nordeste do Paquistão.
Art
e
G
rupos de pessoas e organizações independentes e de reconhecimento mundial como a
Adbusters, enfrentaram as potèncias econômicas mais selvagens do mundo e mostraram
em repetidas ocasiões, como o Mc Donald´s, KFC, Bimbo, Fito Lay, Coca-Cola, Nabisco,
Kraft e Jell-o entre outras, afetam assustadoramente o bem-estar do mundo, sem impunidade
alguma. As grandes corporações de alimento seguem o mesmo caminho das indústrias de tabaco. A
obesidade mata 330.000 habitantes na América do Norte e a cada ano muito em breve ganhará do
tabaco, como maior causa de doenças e morte que poderia ser prevenida. Não é ao acaso de marcas
como Kraft e Jell-o, entre outras, pertençam a Phillip-Morris, famosa proprietária de marcas de
cigarros como a Marlboro. A boa notícia, segundo mostram essas organizações, é que temos à
nossa disposição as armas adequadas para vencê-las.
odemos vencer a luta de maneira simbólica, ou seja, tornando menos atrativas as grandes
marcas de alimento do mundo. Ou ainda, para reconquistar nossas crianças, construindo um
movimento que erradique o fast food das escolas. E para ganhar a guerra da informação,
mostrando todas as noites na televisão nacional, filmes com a matança animal que acontece além de
nossos olhos. É evidente que após as repetidas denúncias e escândalos contínuos que o brilho em
torno de marcas como Mc Donalds e Coca-Cola começaria a apagar-se
A
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L
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ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA
NA MESArada.
& SAÚDE
por: Alejandra Rodríguez. El Mundo, España.
A re v o lu ç ã o d a C o
lher
Proteger os animais tem resultados diretos na qualidade de vida
dos seres humanos. Conheça o ponto de vista do antropólogo
Marvin Harris.
“O verdadeiro exame
moral da humanidade
consiste na sua atitude
com os animais. E nesse
sentido o homem têm
sofrido uma derrota tão
fundamental, que todas as
demais derrotas vem daí.”
A
pós um sério estudo da sociedade indiana, muitos
antropólogos (ao contrário do que pensavam no início),
concluíram que o hábito de proteger os animais, longe de
ser algo sentimental e sem sentido, é uma prática lógica e eficaz em
termos ecológicos e econômicos.
Um exemplo disso é Marvin Harris e seu livro “Bom Para
Comer”. No capitulo chamado “O Enigma da Vaca Sagrada”,
Harris apresenta vários argumentos que o levam a concluir que esta
“proibição hindu oferece mais vantagens do que inconvenientes”.
A grande quantidade e variedade de gado que se encontra
aos cuidados dos hindus “quase não compete com os humanos pelos
recursos naturais, já que pastam em terras que poderiam ser
ocupadas pela agricultura”. Ao contrário, a vaca protegida oferece
uma grande variedade de alimentos e seu esterco continua sendo o
fertilizante mais utilizado na Índia.
“Aqueles que matam
Mesmo que muitos investidores estrangeiros quisessem
animais para comer sua
abrir
um
mercado livre de carne bovina na Índia, isso seria péssimo
carne tendem a
massacrar-se entre si”.
para esse país. “À medida que aumentasse a superfície destinada a
alimentar o gado ao invés de pessoas, uns poucos comerciantes e
agricultores ricos colheriam os benefícios, enquanto que o resto da
população se afundaria em níveis mais baixos de produção e
consumo”.
É superficial e ridículo acusar a vaca de promotora da
pobreza e da fome na Índia, pois não existe nenhuma prova disso. A
situação é oposta. Se não fosse por esse costume, a fome e a pobreza
se expandiriam em maior medida neste país, justamente como
acontece no nosso.
O
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como o de Marvin Harris, demonstram como a
REVOCOM A R criação deTrabalhos
gado é o pior uso que se pode dar à terra e o caminho
É HE
L
seguro para a desigualdade social e a pobreza. O acúmulo de gado e
CO
terras, está diretamente relacionado à má distribuição dos recursos.
A
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A re vo lu çã o da C ol he
07
Uma grande quantidade de estudos científicos tem
demonstrado que seguir uma dieta vegetariana reduz o risco de
sofrer enfermidades como arterioscleroses, diabetes tipo 2, vários
tipos de câncer, enfermidades coronárias, entre outras. Além disso, evita
a obesidade, um dos principais problemas da saúde pública do mundo
ocidental.
Um dos trabalhos de maior destaque é o Estudo Vegetariano de
Oxford, do qual participaram 6.000 vegetarianos e 5.000 onívoros. Esse
estudo demonstrou que o estado de saúde dos vegetarianos era muito melhor
do que o dos consumidores de carne.
Assim mesmo, vários estudos apresentados na última conferência do
Instituto Americano para a Investigação do Câncer, realizada em
Washington, Estados Unidos, exaltaram as qualidades da dieta baseada em
vegetais para prevenir a formação de tumores.
A respeito do câncer, também se comprovou que as dietas baixas em
gordura e altas em fibras, com frutas frescas em abundância, verduras e
cereais integrais, pode reduzir os riscos de desenvolver-se várias formas de
câncer.
Em relação às proteínas dos produtos lácteos, legumes, frutas secas e
sementes, estes provém ao vegetariano com a ingestão adequada de proteína.
Muitos outros estudos confirmaram que o valor energético de uma dieta
vegetariana é maior do que das dietas baseadas na carne. Na universidade de
Bruxelas, os doutores J. Iotekyo e V. Kipani demonstraram que os
vegetarianos se recuperavam da fadiga na quinta parte do tempo que
necessitavam os carnívoros.
Frente ao aumento da popularidade do vegetarianismo, a Associação
Dietética Americana (ADA) viu-se obrigada a fixar sua postura: “os estudos
indicam que os vegetarianos podem ter taxas de mortalidade e morbidez
menores em relação às enfermidades crônicas e degenerativas do que nos
não vegetarianos. Ainda que fatores não relacionados com a dieta, como o
exercício físico, a abstinência do fumo ou ingerir álcool, possam também
representar um papel importante; a dieta é claramente um fator decisivo”. No
informe se insiste que uma dieta vegetariana bem desenhada pode cobrir
perfeitamente as necessidades nutricionais de qualquer pessoa
g
sa vaca sa
Gado, nos
DO
CUSTO REAL
Muitas empresas nacionais poderiam se salvar se fosse criado um sistema para determinar
o custo do alimento que demonstre a verdade econômica. Nos supermercados da cidade,
se pode encontrar grande variedade de frutas importadas e outros produtos trazidos de
lugares onde demoram semanas para chegar de carro...
E
m que mundo podem esses vegetais “de
longa distância” competir com produtos
agrícolas locais? A realidade é que não
podem, a menos que fechemos os olhos para os
custos ambientais e sociais. Uma maçã da Nova
Zelândia é barata porque o petróleo é barato, e o
petróleo é barato porque está subsidiado pelos
impostos dos cidadãos e das gerações vindouras.
É como uma propaganda ruim na televisão: “O
preço não inclui o bilhão de dólares que é gasto
anualmente pelas forças militares dos Estados
Unidos para manter os carriles comerciais no
Oriente Médio; o bilhão de dólares que se gasta
em enfermidades causadas pela contaminação do
ar em Ontário; os bilhões de dólares que o Reino
Unido gastará para “adaptar-se” ao aquecimento
global; os 1,5 bilhões necessários para limpar o
rastro de cada furacão que surge com as
mudanças climáticas”. A lista continua. Os
grandes produtores de petróleo e os usuários não
cobrem esses custos.
O sistema econômico de nosso tempo
só mede “o bom” e deixa “o mal” de lado. Para
cada libra de pesticida, contam-se os galões de
milho, mas não os casos de câncer. Vemos os
hambúrgueres sem a obesidade, e sem o
sofrimento das vacas.
Uma corrente constante de estudos dos
meios de comunicação mostra que 95% dos
ocidentais quer etiquetas que assinalem que os
alimentos foram modificados geneticamente.
Então? O que vai acontecer agora...
Se você quiser...
Colocar etiquetas nos alimentos
modificados geneticamente não deve ser uma
batalha. Deve ser algo lógico, evidente, nosso
direito democrático. O “Gênio genético” acaba
de escapar da garrafa e temos o direito de saber
onde está. Com etiquetas confiáveis, podemos
decidir por nós mesmos o que queremos.
Certamente as etiquetas aterrorizam as
A re v o lu ç ã o d a C o
lher
alimentos, os estudos estimam que mais de 60%
dos consumidores, provavelmente não
comprariam alimentos geneticamente
modificados, se as etiquetas mostrassem isso
claramente.
Nossas Armas
O acesso à informação é sangue e vida
da democracia. O acesso à informação sobre
alimentos é sangue e vida de nosso corpo. Vamos
obtê-la !
Estratégia e Vitória
Depois, quando já soubermos se nossa
comida é ou não modificada geneticamente,
exigiremos mais informações nas etiquetas:
quanto viajou a comida antes de chegar às nossas
mãos; os históricos ambientais e sociais das
empresas envolvidas; todos os produtos
químicos utilizados, como sabores “naturais”
(atualmente já listados). E ponhamos toda a
informação em uma base de dados gigante e
solicitemos que sejam postos dentro das lojas
onde possamos ver os códigos de barra e ter
acesso a estudos completos do alimento que
vamos comprar. Nesta “nova economia”, os
produtos locais derrotarão os que vem de outros
lugares do mundo, os pequenos produtores
. terão
mais êxito que as multinacionais e a comida
fresca custará menos do que a comida rápida. Em
que lugar podemos inicar esta revolução? Na
mesa da sua cozinha...
Podemos substituir o alimento processado, por alimento fresco e cultivado no local
e claro, mudar o lanche requer aprender algo além do que alimento: necessita-se apoio dos
administradores e dos país, se uma mudança sustentável e sistemática é desejada. Nos
estados Unidos, onde a epidemia da obesidade já alcançou 75% dos adultos e 10% das
crianças entre dois e cinco anos, segundo informação da Associação Cardiológica
Americana, já começaram a preocupar-se com os lanches. Novo México, Florida, Iowa,
Kentucky, Pensilvania, California, Santa Monica, Malibu e Nova York são alguns dos
Estados onde o Centro de Ecoliteracy implementou uma visão inovadora do alimento
escolar como parte integrada do programa de materiais, utilizando a produção local como
contexto para a aprendizagem. Como resultado, obtiveram um aumento da rentabilidade no
campo e a melhoria da qualidade no alimento escolar. Para mais informações, visite o site
www.ecoliteracy.org
A conexão entre dieta, saúde, ambiente e nosso futuro coletivo esta demonstrada.
Em nossos países existem programas de alimentação escolar, buscando suprir as
necessidades alimentícias de crianças em etapa de aprendizagem, que podem ser
integradas ao modelo desenvolvido pelo Centro de Ecoliteracy, que tanto supre as
necessidades educativa, quanto alimentícia. Devemos recuperar a autoridade e decisão
sobre o que se serve nos colégios e refazer o vínculo entre consumidores e lavradores.
Você pode começar agora mesmo: consulte nossa página www.revolucaodacolher.org
com informações detalhadas sobre esse modelo. Se você tem alguma idéia ou sugestão,
por favor, entre em contato conosco.
O JARDIM SUBVERSIV
O
Armado com sementes e uma boa visão, a idéia é semear uma horta em
qualquer lugar. Em todos os lugares.
Uma aventura urbana no umbral da natureza e da cultura, apoderandose de nosso próprio tempo-espaço, transformando o deserto urbano em
uma dispensa de alimentos e um espaço onde as pessoas se encontrem
para discutir e participar
diretamente
reforma de seus bairros e
A rev
olução da na
Colher
cidades. Aprender a produzir nosso próprio alimento é essencial se queremos
verdadeiramente ter o
controle de nossas vidas. Isso nos libertará do papel de consumidores passivos, afastados das
decisões reais, alienados da natureza.
É um passo fora do agonizante capitalismo, um passo para fora da vida de concreto.
Semear alimento requer espaço. Olhe ao seu redor, há espaço em toda parte. Se não é
horizontal é vertical. Mas sempre existe em algum espaço. Sua imaginação é o limite: terrenos,
canteiros entre ruas, jardins, jardineiras, campos de golfe, estacionamentos. Sua colheita poderia
crescer em jardins públicos, no coração da paisagem do consumidor, dos anúncios de hambúrguer,
os supermercados e os armazéns em rede.
Os 'jardineiros subversivos' estão na rua agora. Por que não unir-se e cavar pela
'Revolução'?
Aprenda sobre plantas, solos e ferramentas, pontos de vista e exemplos de jardins e preocupe-se
mais pela sua própria guerra.
r
A re vo lu çã o da C ol he
21
ETIQUETA
por: Kalle Lans
As escolas e colégios, além de suas aulas de
biologia, exames anuais, provas de Estado e
olimpíadas, são, sobre tudo, lugares únicos para
montar verdadeiros laboratórios da 'Revolução'.
É um fato que em qualquer colégio mediano, todos os esforços para
preparar bons cidadãos com alguma consciência, terminam quando toca o sinal para o recreio.
Durante a refeição, qualquer conhecimento sobre economia, nutrição, ecologia e até
fisiologia é jogado fora juntamente com as últimas migalhas de pão. Refinados, enlatados e
tetrapacks dominam o lugar. A cena é normal e aparentemente nenhum dos inocentes protesta,
mas o que em aparência pode ser muito prático, no final, não traz resultados muito saudáveis
para crianças que apresentam obesidade, diabetes e anemia tipo 2, causadas pelas gorduras de
origem animal e pelo açúcar refinado.
A maneira incongruente com que o alimento chega até nossa mesa tornou-se
tão “natural”, que é comum que os tomates que comemos tenham de viajar muitos
quilômetros, enquanto o lavrador local vai à ruína. Esse percurso inclui também
grande perda de nutrientes e uma quantidade tal de pesticidas, que enjoaria a qualquer
um de nós.
A pergunta é: já ocorreu a você, repensar sobre o lanche de seu filho? Além de ver novos
e vistosos produtos na vitrine, repensar o lanche significa pensar mais na saúde de seus
filhos, o que implica também em mudar o processo de produção, transformação,
distribuição, acesso e consumo, colocando a balança ao lado da boa nutrição e da
sensatez, tornando tudo isto uma experiência educativa.
Para começar, os estudantes devem saber o que comem, qual a procedência,
quem prepara o alimento e quanto custa. A educação não deve e não pode terminar na
hora da refeição, ao contrário. Saber que apesar da produtividade agrícola ter crescido
significativamente, a fome mundial não diminuiu, é algo que nos faz pensar.
Os comerciais de alimentos dirigidos a crianças menores de 12 anos, ocultam
sistematicamente a relação entre a cultura e o alimento, o campo e as pessoas, a saúde e
o ambiente.
Ao repensar sobre seu lanche, as crianças descobrirão as granjas orgânicas, os
cultivos naturais e em coordenação com os produtores locais, poderão inclusive,
participar da semeadura e preparo de seus próprios alimentos. Provou-se que o
processo de aprendizagem melhora e as notas aumentam quando integrado com
experiências como essas. Granjas nos colégios, aulas de culinária, a qualidade dos
alimentos servidos... Podemos intervir diretamente nas diferentes etapas, desde a
semeadura até a colheita do alimento, nossa refeição será mais econômica, mais
saudável e mais ecológica.
A re v o lu ç ã o d a C o
lher
Características
dos animais
carnívoros...
...Das quais nosso corpo
não possui nenhuma!
Sistema digestivo
curto. Seu
estômago contém
habitualmente dez
vezes mais ácido
clorídrico do que
os dos animais
vegetarianos.
Caçam durante a
noite e logo
descansam,
dormindo durante
o dia. Precisam,
em geral, de
glândulas
sudoríparas. Além
de garras afiadas
todos os
carnívoros
possuem
mandíbulas
poderosas e
dentes
pontiagudos e
grandes. Os
carnívoros não
possuem molares
(dentes planos
posteriores) os
quais são
imprescindíveis
para que um
animal de dieta
vegetariana possa
mastigar seu
alimento.
SE OBSERVASSEMOS
TODO O PROCESSO DA CARNE
NÃO A COMERIAMOS
O que dizem os entendidos? Vamos conhecer a opinião de
acadêmicos consagrados no estudo deste assunto, aqueles que são
por direito chamados para liderar movimentos sólidos sobre a
maneira que nos alimentamos. Dando continuidade com uma
entrevista com Nelly Ospina, chefe do departamento de Engenharia
de Alimentos da Universidade de Antiqota, na Colômbia.
O Armonista: Vemos que sua carreira
passou de tecnologia a engenharia...
Nelly Ospina: Sim, isto se deu em
reposta às exigências do mercado de
trabalho.
O A.: Preocupa-nos que apesar de
hoje ser uma carreira profissional,
não haja um embasamento ético de
fundo, que possa oferecer dentro do
programa uma opção vegetariana
para os estudantes.
N.O.: Aqui respeitamos muito esse
tipo de posição. Mas no nosso país
temos níveis de desnutrição muito
grandes e consideramos que a carne
contém um tipo de ferro cujo
metabolismo é mais adequado para a
digestão.
O A.: A soja foi considerada?
N.O.: Efetivamente a soja é uma
grande fonte de proteína que pode
substituir a carne. Devemos
reconhecer isso.
O A.: Se considera, em algum
momento, o sofrimento dos animais?
N.O: Aqui, sem considerar as
posições de cada um, ensinamos os
processos necessários para que os
animais morram insensibilizados.
Ainda que não tenhamos lutado muito
em alguns matadouros,
principalmente nas vilas.
O A.: Existe na carreira algum espaço
para pleitear uma posição ética frente
a morte desnecessária dos animais?
N.O: Como disse, aqui respeitamos
muito essas posições, mas vemos o
mercado e nossa sociedade e nos
damos conta que mudar os costumes
alimentícios de um país é muito
difícil.
O A.: Porém concordamos que é
desde a universidade que essas
mudanças devem acontecer.
N.O: Sim claro, ante a pressão do
meio, não podemos ficar para trás e
somos obrigados a responder a essas
mudanças. Inclusive temos aqui uma
professora vegetariana. Em minha
casa tenho um cachorrinho e às vezes
ficam aterrorizados que em alguns
países possam comer cachorros. Na
realidade, se fomos olhar todo o
processo da carne, não comeríamos.
“85% das pessoas dos estados
unidos chegarão a ser
vegetarianas no ano de 2050”.
Publicou o “Guardiam Weekly”
na edição de 28 de abril de 1996.
r
A re vo lu çã o da C ol he
09
ISANDO
ANAALLANCHEIRA
ENTREVISTA
O REINADO
DE ASHOKA
por: geary j. C. Sheridan.
um fato que o maior tranformador da sociedade na história, foi o imperador Ashoka,
que governou a Índia de 273 até 232 a.C. A Índia de Ashoka era imensa, quase do
tamanho da Índia de hoje, ele dedicou todos os recursos do governo para o bem estar
físico e espiritual de seu povo, e as pessoas foram mais além do humano. Durante o
reinado de Ashoka, ele incluiu nas leis de seu governo todas as criaturas animadas e seres
existentes.
As evidências mostram que o experimento de Ashoka
era admirável; levando-se em conta o tamanho do país e a
Aonde se protegem
população envolvida, ele teve êxito em todos os aspectos. Desde
o ano 261 a.C. até a morte de Ashoka no ano 232 a.C. a paz reinou
os animais e se
dentro e fora da Índia. Essa paz sustentou-se por um período de
respeita seus
quase 40 anos depois da morte de Ashoka, fazendo deste o
direitos na mesma lei
período mais pacifico para um grande país na história do mundo.
dos homens, reina a
O sucesso do governo de Ashoka, orientado
para a paz, chama nossa atenção. Seu
paz e a properidade.
experimento funcionou não em uma comunidade
isolada, e sim em um país inteiro. Poderíamos
adotar esse método no mundo de hoje e chegar a resultados
parecidos? Acreditamos que sim e estamos dedicados a
apoiar essa tese.
Tendo em vista que a guerra e os
conflitos sempre entram em nosso mundo,
obviamente alguns de nossos mais arraigados
hábitos e costumes devem estar apoiando esses
conflitos. Devemos ter coragem suficiente para
fazer uma profunda auto-análise como
indivíduos e como nação, para descobrir a raiz
dessas tendências hostis. Devemos então,
tomar as medidas necessárias para corrigir
definitivamente este problema.
Apesar do progresso e
desenvolvimento, muitas vezes precisamos
reavaliar velhos hábitos. A escravidão foi uma
norma em todo o mundo. Hoje, quase
desapareceu por completo em sua forma mais
grosseira. Temos de reavaliar nossa relação com
o reino animal e ao menos procurar proteger os
animais da dor e morte desnecessária.
É
A re v o lu ç ã o d a C o
lher
O VEGETARIANISM
ALTERNATIVA CON O É
TRA
A FOME NO MUNDO
Consumir carne prejudica a saúde do planeta e contribui
significativamente para aumentar a fome no mundo.
Esta realidade, poucos conhecem.
Aparentemente os animais nos alimentam, mas uma
observação menos superficial nos mostrará que estamos alimentando os animais ao invés de
nos alimentar. Toneladas de proteínas que poderiam ser consumidas diretamente pelo homem
são desperdiçadas diariamente para alimentar os animais. Nos países pobres por exemplo,
grande parte das colheitas não são destinadas a alimentar a população local, mas são
exportadas para alimentar o gado.
O consumo de carne implica em cultivar muitos hectares a
mais. Isso se deve ao fato de que os animais consomem uma quantidade de proteínas e calorias
em seu crescimento, muito maior do que a que se vai obter deles.
O custo de um kilo de proteína de carne é 20 vezes mais
alto do que um kilo de proteína vegetal. Segundo números da FAO
(Organização das Nações Unidas para a agricultura e a alimentação),
para alimentar o gado utiliza-se 95% da produção mundial de soja e
44% da de cereais, isto é, os animais consomem 600 milhões de
toneladas de cereais anualmente, enquanto 40 a 60 milhões de pessoas
morrem de fome a cada ano.
Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 80 % do
amendoim e mais de 95% da aveia que se cultivam são destinados a
alimentar os animais. Somente 10% das proteínas e calorias
com que alimentamos o gado
retornam com a carne que comemos,
Ca
o resto é desperdiçado.
se n t d a ve z
a mo
q
Só o gado do mundo
s à m ue
c
e
consome uma quantidade de
estiv omo se sa é
comida equivalente às necessidades calóricas de 8.700
cabi éssemo
ou e ne de v s n a
milhões de pessoas, mais do que a população total da Terra.
o
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São 10 hectares semeados de legumes que
bata um ca tação
mp o
lh a.
alimentam 61 pessoas por dia, enquanto que os
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arne consu de
mesmos 10 hectares com pastos para gado,
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f
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alimentam somente 2 pessoas por dia.
i a l m i sa d o
tem
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i mp l
100 m² semeados com soja produzem 5 kg.
icaç te,
ões
de proteína que alimentam 70 pessoas por dia.
100 m² com bois que produzem ½ kg. de carne, que
alimenta três ou quatro pessoas ao dia.
Para cada 16 kilos de cereais e legumes oferecidos ao gado bovino, se obtém
somente 1 kilo de carne.
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A re vo lu çã o da C ol he
19
Proteger os animais e promover o
vegetarianismo é o primeiro passo
que devem dar o estado e seus
cidadões para viverem em paz.
E esta não é uma utopia qualquer.
Exemplos históricos comprovam:
1 kg de farinha de trigo
1 xícara (250 ml) de leite condensado (soja ou
tradicional)
½ xícara (120 ml) de óleo de girassol
45 g de fermento fresco
1 pitada de sal
½ litro de água
Recheio:
200 g de açúcar cristal
1 xícara de óleo de girassol
200 g de coco ralado
Misture bem o açúcar com o óleo e reserve. Aqueça ½
copo de água morna, dissolva o fermento nesta água e
acrescente 100 g de farinha de trigo. Misture bem e deixe
descansar por 15 minutos. Numa tigela grande misture
esse fermento com o leite condensado, o sal, o óleo e meio
litro de água e coloque a farinha restante aos poucos, até
obter uma massa macia. Deixe descansar por 10 minutos.
Divida a massa em duas partes. Abra uma metade com
rolo em uma mesa untada e enfarinhada. Espalhe sobre a
massa o óleo com o açúcar que você tinha reservado,
salpique o coco ralado e enrole como rocambole. Corte
em fatias e coloque na assadeira. Deixe descansar por duas
horas até dobrar o volume e leve para assar em forno
baixo até dourar.
Limonada do Oriente Médio
O ingrediente especial nesta bebida refrescante é a água de
flor de laranjeira. Essa essência de laranja destilada pode
ser comprada em mercearias especializadas. A maior parte
da água de flor de laranjeira vem do Sul da França.
¾ xícara (185 ml) de suco de limão
¾ xícara (185 ml) de açúcar
2 colheres de chá de água de flor de laranjeira ou o
quanto for necessário
2 colheres de sopa de hortelã picada finamente
8 xícaras (2 litros) de água, soda ou água mineral
Cubos de gelo
Bata no liquidificador o suco de limão, açúcar, água de flor
de laranjeira e hortelã. Misture com água ou bebida gasosa
e sirva em copos gelados individuais com gelo.
1 kg de farinha de trigo branca
2 xícaras de farinha de trigo integral
3 xícaras de açúcar cristal
2 xícaras de leite de coco
2 xícaras de suco de laranja
½ xícara de óleo de girassol
1 tablete de fermento biológico
açúcar de confeitero para decorar
raspas de duas laranjas
Bata no liquidificador o suco de laranja com o leite de
coco, o óleo, a farinha de trigo integral, o açúcar cristal e o
fermento. Coloque esta mistura numa tigela grande e vá
acrescentando a farinha de trigo, misturado com uma
colher e depois sovando com as mãos por mais 5 minutos.
Cubra a tigela com um pano e deixe a massa descansar
em um lugar abafado até que dobre de tamanho. Agora
faça pequenos pãezinhos e leve para assar em assadeira
untada com óleo e farinha, previamente aquecido. Deixe
no forno até que estejam bem dourados. Tire do forno e
decore com o açúcar de confeiteiro e as raspas de laranja e
deixe esfriar.
Néctar de Laranja e Amêndoas
Essa bebida sem lactose rica em proteína, combina a
suavidade e delicado sabor do leite de amêndoa com o
refrescante suco de laranja. Sirva a qualquer hora para uma
surpresa deliciosa.
1 xícara (250 ml) de amêndoas inteiras escaldadas
1 xícara (250 ml) de suco de laranja fresco
5 xícaras (1,25 litros) de água
½ xícara (125 ml) de açúcar
Deixe as amêndoas de molho na água uma noite num
recipiente com tampa. Passe á água e as amêndoas na
peneira e recolha o liquido numa tigela. Coloque as
amêndoas e um pouco da água do molho num
processador ou liquidificador, tampe, e bata até ficar macio
(aproximadamente 3 a 4 minutos). Forre a peneira com 3
gazes grossas. Despeje o leite da amêndoa; então, extraia
tanto liquido quanto possível espremendo. (A polpa
residual pode ser guardada para usar os pedaços ou em
molho para saladas). Misture com a água do molho.
Misture o leite de amêndoa, suco de laranja, açúcar e
mexa bem. Refrigere e sirva gelado.
O
M
O
C
E
GUIA INCENDIÁRIO
PARA TORNAR-SE
VEGETARIANO
?
…
R
FAZE
E
m primeiro lugar, pense em três
alimentos vegetarianos que você
goste. Em segundo lugar, pense em
três receitas que você prepare habitualmente,
que possam ser adaptadas com facilidade a
um cardápio vegetariano. Por exemplo, uma
receita favorita pode ser elaborada com os
mesmos ingredientes; apenas substitua a
carne por proteína vegetal texturizada.
Muitas sopas, guisados e recheados podem
ser convertidos em pratos vegetarianos com
mudanças simples e fáceis. Finalmente,
revise alguns livros de cozinha vegetariana
na biblioteca e experimente as receitas
durante uma semana aproximadamente, até
que encontre três delas que sejam deliciosas e
fáceis de preparar. Dessa forma, com
mudanças mínimas em seus cardápios,
disporá de nove jantares vegetarianos.
O importante numa dieta
vegetariana, como em qualquer outra dieta, é
a variedade. Para tanto, é igualmente
importante não alimentar-se unicamente de
hambúrgueres, batatas fritas e salada. Uma
dieta vegetariana saudável deve incluir
frutas, uma grande variedade de vegetais e
verduras, grãos, nozes,
sementes e legumes.
A QUESTÃO NÃO É
SE NÃO “PODEM FALAR”
NÃO “PODEM SOFRER”
fonte: www.vrg.
Rosquinhas recheadas de coco
Algumas boas fontes de proteínas
são os feijões, o pão integral, os cereais, as
nozes, a manteiga de amendoim, o tofu e o
leite de soja. As frutas, as gorduras, os
açucares e o álcool por si não oferecem
muitas proteínas. Por tanto, uma dieta
baseado unicamente nestes alimentos corre o
risco de ser muito baixa em proteínas. As
verduras como as hortaliças verdes e as
couves são também uma ótima fonte de
cálcio.
Os pratos mais simples são os que
mais satisfazem. Um arroz integral,
suavemente condimentado com ervas e limão
e um punhado de sementes de girassol ou
frutos secos em pedaços constitui um prato
perfeito.
Adicione variedade a sua dieta com
facilidade preparando alimentos conhecidos
de novas e interessantes maneiras. Comece
com o arroz! Cozinhe-o em uma mistura de
água e polpa de maçã, misture brócolis,
passas e sementes de girassol ou amêndoas.
Cozinhe nabo ou repolho em suco de laranja.
As linhas aéreas oferecem comidas
vegetarianas ou veganas se for feito um
pedido com antecedência. Solicite ao seu
agente de viajem que reserve para você ou
telefone para a companhia aérea.
Ao viajar, leve frutas frescas,
verduras cruas, frutas secas,
oleaginosas, barrinhas
energéticas de cereais e
biscoitos de aveia feitos em
casa. Encha uma geladeira
portátil de sanduíches e
garrafas individuais com
sucos de leite de soja.
ÃO COMA”
“SE CORRER NJEREMY
BENTHAM
r
A re vo lu çã o da C ol he
11
Pão doce de laranja
Sopa de Ervilha Partida (DAHL)
O ser humano não precisa recorrer à carne animal,
ovos ou peixe para encontrar as proteínas
necessárias em sua alimentação. Elas existem em
profusão e com qualidade superior nas leguminosas
(feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilha,etc), no trigo
integral (glúten), na carne de soja ou tofu, nas
nozes, etc. O Dahl representa uma das principais
fontes de proteínas na cozinha vegetariana.
500 g de ervilha partida
1 pimentão vermelho picado em cubinhos
½ couve-flor ou brócolis em florzinhas
3 colheres de sopa de óleo vegetal
2 pimentas vermelhas (dedo de moça)
2 folhas de louro
1 colher de chá de curry
1 colher de chá de cominho
1 canela em pau pequena
1 colher de sobremesa de gengibre ralado
½ xícara de folhas de coentro picadas
½ xícara de salsinha picada
1 pitada de assa-fétida*
sal marinho
Cozinhe a ervilha partida com o louro, uma colher
de óleo e sal até que os grãos estejam macios.
Aqueça o óleo à parte e em seguida coloque a
assafétida. Junte a pimenta, a canela em pau, o
gengibre e o pimentão, acrescente em seguida a
couve-flor, tampe e deixe cozinhar. Coloque menos
que a metade de um copo de água e ferva até que a
couve-flor esteja macia, e vá acrescentando pouca
água. Junte com a ervilha previamente cozida e
guarneça com o coentro e a salsinha.
Serva com arroz quente.
*Tempero indiano que substitui o alho e cebola.
Dicas de saladas variadas:
Salada agridoce
são servidas com molhos. Os vegetais mais
apropriados para fazer estas são batata, repolho,
couve-flor, espinafre e rabanete branco. As koftas
tradicionais são servidas com molho de tomate.
Experimente com outros molhos e sirva como parte de
uma refeição ou como acompanhamento. Elas são
ótimas servidas com arroz quente ou com seu molho
de espaguete favorito sobre a massa.
1 pé de alface americana
50 g de uvas passas
2 maçãs fuji picadinhas
½ kg de batatas em cubinhos, cozidos
½ kg de cenouras em cubinhos, cozidas
250 ml de creme de leite (soja ou tradicional)
suco de limão
azeite de oliva e sal á gosto
Massa das bolas de repolho:
1 repolho médio
5 colheres de sopa de farinha de trigo (a original
indiana é feita com farinha de grão-de-bico)
1colher de sobremesa de sal marinho
½ xícara de salsinha picada
1colher de sobremesa de cominho
Misture á batata, a cenoura, a uva passa, a maçã picadinha,
o creme de leite (soja ou tradicional), o suco de limão,
azeite e sal. Corte a alface bem fininha para decorar a
borda da saladeira.
Rale o repolho e misture numa tigela com o sal, a
salsinha e o cominho. Junte a farinha de trigo até dar
liga suficiente para se formar pequenas almôndegas,
frite-as em óleo quente.
Deixe escorrer bem.
200 g de ameixa seca sem caroço
2 xícaras (500 ml) de leite condensada (soja ou
tradicional)
200 g de coco ralado
2 xícaras de açúcar cristal
Molho de tomate:
8 tomates médios, cortados em 4
1colher cheia de óleo vegetal
1colher de sopa de gengibre fresco ralado
½ pimentão picado
2 folhas de louro
1colher de chá de curry
1pitada de pimenta baiana ou caiena
1colher de chá de sal marinho
1colher de chá de açúcar
manjericão picado
Numa panela de fundo grosso misture o leite condensado
(soja ou tradicional) e o coco. Leve ao fogo médio,
mexendo sempre por mais o menos 30 minutos ou até que
esteja bem durinho e desgrudando completamente do
fundo da panela. Desligue e deixe esfriar bem.
Unte suas mãos com óleo e enrole uma ameixa por vez
nesta cobertura com bastante cuidado para que fique
uniforme. Coloque as bolinhas arrumadas numa superfície
untada de óleo ou manteiga.
Agora derreta o açúcar cristal, acrescente umas três
colheres de água e deixe ferver por uns 2 minutos.
Desligue. Com esta calda ainda quente e com a ajuda de
uma pinça ou pegador de salada passe rapidamente as
bolinhas, uma de cada vez, na calda e volte para a
superfície untada. Deixe esfriar e se quiser coloque-as em
forminhas de papel celofane para servir.
Rende cerca de 40 bombons aproximadamente.
Ferva os tomates em 1 xícara (250ml) de água numa
panela de 2 litros. Cozinhe por 15 minutos, com a
panela parcialmente tampada. Retire a panela do fogo
e deixe esfriar por 10 minutos; liquidifique os tomates
na água quente e logo passe na peneira até que todo o
purê de tomate fique separado da pele e das sementes.
Deixe de lado o purê enquanto prepara os temperos
para o molho. Em uma panela coloque o óleo a
esquentar, acrescente o pimentão, o gengibre e as
folhas de louro e deixe fritar por algum tempo. Junte o
molho de tomate, o sal, o curry, a pimenta, o
manjericão e o açúcar, agregue um pouco de água e
deixe cozinhar. Quando o molho engrossar, retire do
fogo. Próximo a hora de servir, mergulhe as
almôndegas no molho.
Agrião, tomate cereja, ricota ou tofu em
cubinhos, limão, azeite e sal.
Repolho roxo, abacaxi, maça e pouco sal.
Repolho branco, cenoura ralada, passas,
abacate, azeite e sal.
Banana em rodelas, maionese sem ovos, limão,
sal e granola (sem açúcar)
Brotos de alfafa, abacate, gengibre, limão e sal.
Couve manteiga, azeitonas sem caroço,
gengibre ralado, azeite e sal.
doces e su
cos
Bombom delicioso
Sorvete de manga
Esta deliciosa receita de sorvete de manga usa uma
combinação de leite condensado e creme de leite (soja ou
tradicional). É melhor preparar este sorvete quando as
mangas estiverem no pico da estação, macias, maduras e
cheirosas.
1 ½ xícara (375 ml) de creme de leite (soja ou
tradicional)grosso
1 xícara (250 ml) de leite gelado (soja ou tradicional)
1 xícara (250 ml) de leite condensado (soja o
tradicional)
1 ½ xícara (375 ml) de polpa de manga
Coloque o creme de leite (soja o tradicional) em uma
tigela e bata um pouco.Bata o leite e o leite condensado
(soja o tradicional) juntos em outra tigela até ficar bem
misturado. Derrame o leite e a mistura do leite condensado
no creme de leite batido e jogue a polpa de manga.
Misture bem. Derrame numa tigela de metal e congele por
aproximadamente 10 a 12 horas ou até ficar sólido. Cerca
de 1 hora antes de servir, coloque o sorvete na geladeira
para amolecer ligeiramente.
Doce de abóbora em calda
1 kg de abóbora em pedaços de 5 cm mais ou menos
700 g de açúcar cristal
2 pedaços de canela em rama
6 cravinhos da Índia
Coloque todos os ingredientes em uma panela de pressão.
Leve ao fogo até que ferva. Quando começar a ferver
conte 5 minutos e desligue o fogo. Deixe descansar por 6
horas, sem abrir a panela. Após essas horas estará pronto o
seu doce de abóbora em calda. Obs.: não coloque água.
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os Almôndegas vegetarianas (KOFTA)
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e g Kofta são bolas de vegetais de diversas variedades que
Numa tigela, coloque a farinha de trigo branca e integral, o
sal e o óleo. Misture tudo com as pontas dos dedos, juntando
água morna devagar. Sove até obter uma massa homogênea
e leve. Cubra com um pano e deixe descansar enquanto
prepara o recheio. Corte as batatas e a couve-flor em
pedacinhos. Doure o cominho no óleo quente, a pimenta e
acrescente as batatas e a couve flor com um pouco de água e
deixe cozinhar até ficarem bem macias. Junte as ervilhas, o
sal e os demais temperos. Deixe a mistura esfriar na
temperatura ambiente. Separe a massa em pequenas
bolinhas e abra-as com um rolo em círculos finos. Coloque 1
colher de sopa de recheio no centro e feche. Partindo de sua
esquerda, faça pequenas dobras em toda a borda, formando
um desenho semelhante a uma parte de uma trança. Frite no
óleo de girassol ou asse em forno médio até que esteja
dourada. Sirva quente.
Maionese sem ovos
2 xícaras (500 ml) de tofu firme amassado
½ xícara (125 ml) de azeite de oliva
4 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de chá de mostarda em pó
1 colher de chá de sal
água (se necessário)
Misture todos os ingredientes (exceto o suco de limão e a
água) no liquidificador. Bata até ficar cremoso e macio.
Gradualmente, adicione suco de limão. Se a maionese ficar
muito grossa, coloque um pouco de água. Refrigere.
Sirva como acompanhamento de saladas ou vegetais.
saladas
Salada de amendoim e repolho:
½ repolho médio (apenas as folhas
internas), bem cortado em tiras finas
(aproximadamente 6 xícaras ou 1,5 litros)
4 tomates médios, finamente cortados
½ xícara (125 ml) de amendoim torrado,
moído
2/3 xícara (165 ml) de coco seco ralado na
hora
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de açúcar mascavo
6 colheres de chá de suco fresco de limão
2 colheres de sopa de óleo de milho
½ colher de chá de sementes de mostarda
½ colher de chá de sementes de cominho
¼ colher de chá de cúrcuma
1 colher de sopa de pimenta malagueta
verde, sem sementes e picadas
4 colheres de sopa de folhas cortadas de
coentro fresco
Coloque o repolho, o tomate, o amendoim
moído, o coco, o sal, o açúcar e o suco de
limão em uma tigela grande. Misture bem e
reserve. Frite as sementes de mostarda em
óleo numa panela pequena em fogo médio até
elas estourarem. Adicione as sementes de
cominho, a cúrcuma e a pimenta. Frite até as
sementes de cominho ficarem escuras. Retire
do fogo. Adicione os temperos ao repolho.
Misture a salada completamente e enfeite
com folhas de coentro. Refrigere e sirva
gelado. Esta salada pode ser feita
antecipadamente, pois o sabor aprimora
enquanto marina.
Tempo de preparo: 10 minutos
Rendimento: suficiente para 6 a 8 pessoas
Strogonofe vegetariano
Esta deliciosa combinação de vegetais com ervas e creme de leite é aprimorada pela adição de cubos de tofu
que foram congelados e descongelados. A textura do tofu muda dramaticamente depois de ter sido congelado
e descongelado, ele se torna mais firme e mastigável. Você pode congelar um pedaço inteiro de tofu ou cortálo em tiras ou cubos e então congelar. Se você congelar e deixar descongelar naturalmente, você obterá um
tofu de textura esfarelada, parecendo proteína texturizada de soja (pts). Se você descongelar rapidamente o
tofu congelado em água fervendo, ele reterá a forma. Esta receita de strogonofe requer cubos de tofu
congelados e descongelados rapidamente, temperados e marinados. Sirva com macarrão ou arroz para uma
refeição principal completa.
Retire o tofu do congelador, separe os pedaços do
prato
lavando com água quente, e mergulhe-os em
Tempo de congelamento do tofu: 2 dias
água fervendo. Quando os pedaços de tofu ficarem
Tempo de tempero e marinada: 15 minutos
macios e flutuarem, retire-os e escorra. Lave-os em
Tempo de Preparo e Cozimento: 40 minutos
água gelada, então esprema com as mãos até
Rendimento: suficiente para 4 pessoas quando
ficarem completamente secos.
servido com arroz ou macarrão
Aqueça o óleo numa frigideira grande em fogo
médio. Salpique a metade da assafétida, mexa
450 gramas de tofu firme cortado em cubos de 2,5
rapidamente, e acrescente a metade da pimenta do
cm. Colocados em um prato, e congelados por 2
reino e os pedaços secos de tofu. Refogue por 1
dias.
minuto, então adicione o shoyu e o suco de uva.
Levante fervura e cozinhe por mais 2 minutos.
4 colheres de sopa (40ml) de óleo vegetal
Retire do fogo e deixe marinar por 15 minutos.
½ colher de chá (2ml) de assafétida
Numa panela com capacidade para 4 litros, aqueça
½ colher de chá (2ml) de pimenta do reino
o óleo em fogo médio. Acrescente a assafétida, a
2 colheres de sopa (40 ml) de shoyu
abobrinha e os pimentões, frite mexendo por 2 ou 3
¼ xícara (60 ml) de suco de uva branca
minutos. Adicione os tomates, o endro, a páprica, o
3 abobrinhas grandes, cortadas em cubos
sal e a pimenta, e cozinhe até que a abobrinha e os
1 pimentão médio verde ou vermelho, cortado em
pimentões fiquem macios, adicionando água se
cubos
necessário.
2 tomates grandes, escaldados, sem pele e
Acrescente o tofu com a marinada, o milho cozido,
cortados
as azeitonas e cozinhe por mais 5 minutos. Junte o
creme de leite e sirva quente com arroz ou
½ xícara de milho verde cozido
macarrão, batata frita e uma boa salada.
½ xícara de azeitona verde sem caroço
1 colher de chá (5 ml) de endro seco
* Outra alternativa do strogonofe vegetariano é
1 colher de sopa (20 ml) de páprica doce
substituir o tofú pela proteína de soja texturizada
1 ½ colher de chá (7ml) de sal
(grossa), previamente desidratada em agua fervendo
1 xícara (250 ml) de creme de leite (soja ou
por 5 minutos e escorrida, para ser refogada no óleo
tradicional)
com os temperos.
Vegetais ao curry
4 batatas cortadas em cubos
1 maço de brócolis em buquês
1 pimentão vermelho em rodelas
3 cenouras cortadas em rodelas bem finas
1 colher de sobremesa de curry
1 pitada de mostarda em grãos
1 colher de sopa de gengibre ralado
sal à gosto
óleo para refogar
creme de leite (soja ou tradicional)
Frite as batatas bem douradinhas e reserve.
Refogue todos os condimentos com o pimentão no
óleo. Acrescente o brócolis e a cenoura: abafe um
pouco até ficarem macios. Se necessário coloque
um pouquinho de água. Agora acrescente a batata e
o creme de leite e desligue o fogo.
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Pastel de legumes (samosa)
Massa:
300 g de farinha de trigo branca
200 g de farinha de trigo integral
3 colheres de sopa de óleo vegetal
1 colher de chá de sal
¾ xícara (200 ml) de água morna
Recheio:
1 couve flor pequena
2 a 3 batatas médias
200 g (1xícara) de ervilhas cozidas no vapor
2 colheres de chá de sementes de cominho
½ colher de chá de coentro moído
½ colher de chá de cúrcuma
½ colher de chá de canela em pó
1 pitada de pimenta calabresa
1 colher de sopa de salsinha picada
1 ½ colher de chá de sal
½ xícara (125g) de arroz
(pode optar por branco ou integral)
3 xícaras (750ml) de água (leve em consideração
que o arroz integral leva mais tempo e água para
seu cozimento, para isso reserve água fervente para
acrescentar segundo a necessidade)
2 colheres de chá de óleo vegetal
1 xícara de passas pretas
1 colher de chá de gengibre fresco ralado
1 colher de chá de grãos de mostarda
2 pimentas fortes amassadas ou bem picadas
1 colher de chá de sal
Lave o arroz e deixe escorrer. Aqueça o óleo e frite a
mostarda, tampe a panela e deixe pipocar por uns
segundos. Em seguida acrescente a pimenta e o
gengibre e logo junte o arroz e frite. Logo acrescente a
água fervente e sal. Tampe e deixe cozinhar em fogo
baixo. Um pouco antes da água secar acrescente as
passas e misture suavemente para não empapar. Deixe
um tempo mais no fogo até o arroz estiver macio. Este
arroz é muito vistoso e saboroso. Sirva-o com saladas,
purês, vegetais, etc.
Feijoada vegetariana
1 kg de feijão preto
3 batatas cortadas em cubos
300g de proteína texturizada de soja (em pedaços
grandes), já hidratadas e escorridas
1 coco seco grande cortado em filetes
300g de tofu ou ricota defumada
3 folhas de louro
1 pimentão verde cortado em cubinhos
1 colher de chá de cominho
1 colher de chá de pimenta calabresa
1 colher de chá de curry
salsinha e sal a gosto
Deixe o feijão de molho; depois cozinhe com folhas
de louro e reserve. Frite as batatas em óleo de girassol
quente até que estejam bem douradinhas. Escorra e
reserve. Frite também a ricota e tofu defumado e as
fatias de coco até dourarem e reserve.
Refogue num pouco de óleo a proteína de soja, o
pimentão, o curry, o cominho e a pimenta calabresa.
Coloque-os no feijão e deixe fervendo até engrossar o
caldo a seu gosto. Por último acrescente a batata, o
coco, a ricota defumada e desligue o fogo.
Sirva com os acompanhamentos tradicionais da
feijoada brasileira: arroz branco, couve refogada,
farofa, molho de pimenta, etc.
Torta de vegetais
4 xícaras de farinha de trigo
½ xícara de farelo de trigo
4 xícaras de água morna
1 xícara de óleo de girassol
1 colher de sopa de sal
3 cenouras cozidas picadinhas
1 maço de espinafre picado
1 xícara de salsinha picada
1 xícara de pimentão vermelho picadinho
2 colheres de sobremesa de curry
2 colheres de sobremesa de fermento químico
Azeite e orégano á gosto
Bata no liquidificador o óleo, a água, uma colher de
curry, o farelo e vá acrescentando a farinha de trigo.
Deixe batendo por uns 3 minutos, desligue e
acrescente o fermento mexendo com uma colher.
Coloque numa assadeira média, untada e
polvilhada com farinha de trigo, a metade da massa.
Agora, coloque o espinafre, a cenoura e o pimentão
previamente refogados com curry, azeite, orégano e
sal. Acrescente o restante da massa com a salsinha
misturada. Leve para assar em forno médio por
aproximadamente 40 minutos. Teste com um palito
para saber se está assada. Coloque um palito no
centro da forma. Se sair seco, já está no ponto. Esta
torta é mais saborosa quando servida fria.
Patê de grão-de-bico
Grão de bico é uma grande fonte de proteína e ferro
bem como fibra, vitamina A B6, riboflavina,
tiamina, niacina, cálcio, fósforo, sódio e potássio.
Uma xícara de grão de bico tem proteína
equivalente a 130 g de carne.
2 xícaras de grão-de-bico
5 colheres de sopa de azeite
1 colher de sobremesa de curry
1 xícara de salsinha picada
1 xícara de azeitona sem caroço bem picadinha
1 colher de sobremesa de sal
suco de 1 limão
Deixe o grão-de-bico de molho durante 12 horas.
Cozinhe-o na panela de pressão com sal e curry.
Reserve uma xícara de caldo do cozimento e deixe
esfriar. Bata o grão de bico e o caldo no liquidificador
com o suco do limão e o azeite. Leve á geladeira e sirva
com pães, torradas, chapati ou chips.
Kibe Vegetariano
3 xícaras de triguilho
1 limão
3 batatas
1 xícaras de hortelã
2 colheres de sopa de salsinha
1 colher de chá de cominho em pó
1 colher de chá de pimenta do reino
1 colher de sopa de sal
1/2 xícara de azeitonas
tofu
óleo para fritar
Coloque o triguilho de molho na água fria por
15 minutos, escorra e deixe secar. Coloque as
batatas sem a casca para cozinhar, deixe esfriar
e esprema. Junte todos os ingredientes e misture
bem. Se quiser acrescente nozes moídas. Forme
os quibes e recheie com tofu amassado com um
pouco de sal e salsinha. Aqueça o óleo e frite
poucos de cada vez. Sirva com limão.
Chips de gergelim
1/2 Kg de farinha de trigo branca
2 colheres de chá de sal
1colher de sopa de óleo vegetal
2 colheres de sopa de gergelim
½ xícara de água fria
1 colher de chá de fermento químico (em pó)
óleo de girassol ou algodão para fritar
Misture e amasse bem todos os ingredientes.
Abra bem fino com um rolo, corte em
quadradinhos e frite em óleo quente até dourar.
É um acompanhamento gostoso e nutritivo
pães
e
mass
as
Pão sem fermento assado na chapa (CHAPATI)
O dito popular: “O pão é o sostén da vida” tem mas
sentido para aqueles que cozinham seus próprios
pães naturais e integrais, com mais virtudes
nutritivas e sem os agregados químicos do mercado.
O chapati é um dos pães mais populares da Índia. O
pão de todo dia, chamado chapati, é preparado com
farinha integral e assado sobre uma chapa ou
frigideira seca, e, em seguida, colocado diretamente
sobre uma chama, para que se infle. Além do
preparo e sabor diferente, o chapati é mais rápido e
fácil de preparar que os pães que levam fermento.
250 gramas de farinha integral (1 xícara)
1 colher de sobremesa de óleo
1pitada de sal
farinha de trigo extra para salpicar
água morna
Numa tigela, misture a farinha, o óleo e o sal,
juntando água morna aos poucos. Sove a massa por
10 minutos ou até estar lisa e firme. Cubra com um
pano úmido e deixe descansar por 30 minutos. Se
for possível, deixe descansar de um dia para outro,
os chapatis ficarão mais leves e crocantes. Forme
bolinhas de 4 cm de diâmetro, e 3 mm de espesura.
Achate a bola da massa, passe-a na farinha de trigo,
e cuidadosamente abra a bola em um disco de massa
fino, perfeitamente plano, com aproximadamente
15 cm de diâmetro.
Aqueça uma frigideira de ferro ou outra (antiaderente) sem gordura, mas de fundo grosso e
coloque aí o chapati. Espere por 1 a 2 minutos e vireo com um pegador tipo pinça, peque o chapati e
coloque-o diretamente sobre o fogo até que se infle
como um balão. É interessante saber, que
originalmente, o chapati se termina de preparar ao
cozinhá-lo diretamente na brasa, num fogão a lenha,
que conserva seu sabor mais natural. Mantenha-o
quente, embrulhado num pano até a hora de servir.
Preparação da massa: 15 minutos + 30 de repouso
Tempo de preparo: 2 a 3 minutos por chapati
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Arroz ao curry com passas