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Apresentação do PowerPoint
O componente agricultura em sistema de iLPF
Flávio Jesus Wruck, M. Sci. – Pesquisador da Embrapa
CONTEÚDO
1. Principais Estratégias da iLPF envolvendo
agricultura
2. Principais características da agricultura
dentro da iLPF
3. Principais critérios utilizados na seleção das
culturas agrícolas para sistemas iLPF
4. Principais culturas utilizadas na iLPF
5. Considerações finais
1. Principais Estratégias da iLPF envolvendo
agricultura (lavoura)
A estratégia de iLPF contempla quatro
tipos de sistemas de produção:
1. integração Lavoura-Pecuária;
2. integração Pecuária-Floresta;
3. integração Lavoura-Floresta;
4. integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
1. integração Lavoura-Pecuária
Mais simples e mais utilizada
no Mato Grosso e no Brasil;
Recomendado para áreas
com aptidão de lavoura e
pecuária*;
* Nem toda área apta para
pecuária será para lavoura…
mas toda área apta para lavoura
também será para pecuária!!
1.1. Recuperação das pastagens
Implantação da
lavoura (SPC ou SPD)
nas áreas com
pastagens
degradadas usando
graníferas tais como
arroz, soja (?), milho
(?), sorgo…;
Recomendado para
áreas tradicionais de
pecuária
mecanizáveis (Norte;
Noroeste).
Ex.: Ben Hur Cabreira (Faz. Jamba / Juara), Chico Gamba (Alta Floresta)…
Exemplo 1. Recuperação de pastagem degradada
Fazenda Cinco Irmãos, Alta Floresta (MT). Prop.: Valdemiro Ferraresi. Foto: 23/10/2012.
Exemplo 1. Pastagem recuperada com arroz consorciado
com braquiária (Sistema Barreirão)
Fazenda Cinco Irmãos, Alta Floresta (MT). Prop.: Valdemiro Ferraresi. Foto: 23/10/2012.
Tecnologia empregada (estratégia da iLP): após correção e preparo
convencional do solo (degradação física), sementes da BRS Marandú
foram semeadas transversalmente ás linhas do arroz com
aproximadamente 20 DAE.
Fazenda Cinco Irmãos, Alta Floresta (MT). Prop.: Valdemiro Ferraresi. Foto: 23/10/2012.
1.2. Sucessão: “boi” safrinha ou “boi” de 3a safra;
“Boi safrinha”: recomendado para
regiões lavoureiras com restrições
pluviométricas na safrinha de
milho. Exemplos: Vale do Araguaia
e sul do MT, entre outras.
“Boi de 3a safa”: recomendado
para regiões lavoureiras sem
restrições
pluviométricas
na
safrinha de milho. Exemplos:
médio norte do MT, Vale do Xingu,
entre outras.
Fonte/foto: Marcelo Volf (24/03/2012).
Fazenda Felicidade, Novo São Joaquim, MT
Proprietário: Euclides Facchini
1.3. Rotação: lavoura/pecuária;
 Regiões recomendadas: lavoureiras, indispensavelmente aquelas
com solos de textura arenosa (10 a 25% de argila).
Ano Agrícola
Talhão 1
Talhão 2
Talhão 3
Talhão 4
2014-15
Pecuária
Lavoura
Lavoura
Pecuária
2015-16
Pecuária
Pecuária
Lavoura
Lavoura
2016-17
Lavoura
Pecuária
Pecuária
Lavoura
2017-18
Lavoura
Lavoura
Pecuária
Pecuária
2018-19
Pecuária
Lavoura
Lavoura
Pecuária
 Rotação: 2 anos
de lavoura por 2
anos de pecuária.
 Em área: 50% de
lavoura / 50% de
pecuária.
3. integração Lavoura-Floresta
- Menos complexa;
- Lavoura amortiza o custo de implantação do componente
florestal e viabiliza o controle de plantas daninhas;
- Indicado para áreas mecanizáveis onde as espécies florestais
inviabiliza, tecnicamente, a entrada de animais bovinos.
Exemplos: seringueira (látex), pupunha (palmito) e outros.
8m
21DEZ2009
24NOV2010
04JUN2011
iLF: linhas simples (2,5x8,0m) de Seringueira com 500 árvores/ha
(25%) integradas com lavoura nos primeiros 4 anos agrícolas.
ESTRATÉGIA DE CONDUÇÃO:
Implantação: jun/2009  1o ano (2009-10): soja/milheto  2o ano (2010-11):
soja/milho  3o ano (2011-12): soja/milheto  4o ano (2012-13): soja/pousio
 5o ano (2013-1014): soja (?)/forrageira (leguminosa) ...  7o ano (201617): início da exploração do látex.
Exemplo 3. Fazenda Certeza, Querência (MT). Proprietário: Neuri Norberto Wink.
4. integração Lavoura-Pecuária-Floresta
- Mais complexo e
apresenta uso
intensivo do solo;
- Lavoura amortiza
o custo de
implantação dos
componentes
florestal e
pecuário;
- Indicado para
áreas com
múltiplas
aptidões.
Exemplo 4. Pastagem degradada recuperada com iLPF
Fazenda Rosane, Nova Bandeirante – MT
Proprietário: Henrique Della Rosa
iLPF: linhas simples (24x6m) de
Mogno africano (Kaia ivorensis)
com 69 árvores/ha (8,3%)
consorciadas com:
Foto: 14/05/2013
2. Principais características da agricultura
dentro da iLPF
1. Principal amortizador do investimento inicial
i. Retorno econômico mais rápido (~4 meses);
ii. Importante para um lavoureiro entrar na pecuária;
iii.Viabiliza o pecuarista reformar a pastagem;
iv.Maior relevância nos sistemas iLF e iLPF.
Perfil característico de um projeto iLPF
Receita
Líquida (R$)
Receita líquida
positiva
0
Tempo (anos)
Receita líquida negativa
devido aos investimentos
2. Proporciona maior flexibilidade técnica e
econômica dentro do sistema iLPF
i. Tamanho da área (iLP);
ii. Elevado número de espécies, cultivares ou
variedades (infinitas combinações);
iii.Ciclos diferenciados dentro da mesma espécie
(safra/safrinha);
iv.Mesma espécie para diferentes finalidades
(sorgo, milho...);
v. Materiais convencionais x transgênicos;
vi.Configurações infinitas dentro dos sistemas iLPF.
3. Principal componente mitigador dos efeitos
antrópicos indesejados
i. Nematóides x espécies mitigadoras;
i. Pratylenchus brachyurus x C. ocrholeuca
ii. Compactação do solo;
i. Nabo forrageiro na safrinha
iii. Solos pobres em nitrogênio;
i. Leguminosas na safra e/ou safrinha
4. Efeitos econômicos e sociais mais relevantes
i. Demanda maior mão-de-obra por unidade de área (maior
gerador de emprego);
ii. Maior cadeia de produção;
iii. Maior distribuidor de riqueza e renda;
iv. Proporciona a maior fixação do homem no campo
(menor êxodo rural).
5. Componente referência para correção,
adubação e dimensionamento do sistema
i. Fornecer adubos residuais;
ii. Adubações pontuais para o componente florestal;
iii. Dimensionamento do sistema (iLF ou iLPF).
3. Principais critérios utilizados na seleção das
culturas agrícolas para sistemas iLPF
 Passos para implantação dos sistemas iLPF
dentro da propriedade
1. Passo: Diagnóstico da propriedade (empresa rural);
2. Passo: Planejamento da iLPF dentro da propriedade;
i. O quê? (qual raça; qual espécie/cultivar/variedade?)
ii. Por quê? (finalidade e vantagens/desvantagens);
iii. Como implantar? (escolha da área, preparo do solo, arranjos,
espaçamentos, adubação, etc, ...), e;
iv. Como manejar? (cuidados zootécnicos, tratos culturais e
silviculturais, proteção florestal, prevenção ao fogo, colheita e
corte das árvores, etc, ...)
3. Passo: Projeto técnico;
4. Passo: Implantação, acompanhamento e avaliação do
projeto.
 Preconizações e premissas da iLPF
 Utilização dos princípios do manejo e conservação do
solo e da água;
 Respeito á capacidade de uso da terra e ao zoneamento
climático agrícola;
 Manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas;
 Otimização dos recursos de produção imobilizados (terra,
maquinários, ...);
 SPD ou cultivo mínimo (arroz e componente florestal);
 Balanço positivo de C (fixação de C);
 Sinergismo entre os componentes do sistema;
 Diversificação de receitas, e;
 Redução do custo e aumento e estabilidade do lucro.
 Seleção das culturas agrícolas (configuração)
• São infinitas  diagnóstico dos fatores de produção:
 condições edafoclimáticas da região (limitantes
agronômicos);
Condições edafoclimáticas da região:
 Solo e relevo;
 Distribuição de
chuvas;
 Disponibilidade de
água;
 Temperatura;
 Luz (radiação e
insolação);
Precipitação Pluviométrica (Planaltina, DF): ano agrícola 2003/04
Safrinha
450
400
Precipitação (mm)
350
300
250
200
150
100
50
0
agosto
setembro
outubro
novembro
dezembro
janeiro
fevereiro
março
abril
maio
junho
Meses
(800 a 1000 mm)
(>300 mm)
Precipitação Pluviométrica (Planaltina, DF): Ano agrícola 2004/05
Safrinha??
400
350
Precipitação (mm)
300
250
200
150
100
50
0
agosto
setembro
outubro
novembro
dezembro
janeiro
fevereiro
março
abril
maio
Meses
(800 a 1000 mm)
(<150 mm)
 Seleção das culturas agrícolas (configuração)
• São infinitas  diagnóstico dos fatores de produção:
 condições edafoclimáticas da região (limitantes
agronômicos);
 mercado fornecedor e comprador (limitantes comerciais);
 infra-estrutura do produtor rural e da região (limitantes
estruturais);
Infra-estrutura do proprietário rural e da região:
rodovias, ferrovias e hidrovias (logística de transporte);
Infra-estrutura de armazenagem (pré-limpeza, secagem e
armazéns;
fornecedores de máquinas, insumos e sementes;
compradores idôneos da produção (comercialização);
assistência técnica (em todos os níveis).
 Seleção das culturas agrícolas (configuração)
• São infinitas  diagnóstico dos fatores de produção:
 condições edafoclimáticas da região (limitantes
agronômicos);
 mercado fornecedor e comprador (limitantes comerciais);
 infra-estrutura do produtor rural e da região (limitantes
estruturais);
 condições sócio-econômicas do produtor (limitantes
econômicos);
Condições sócio-econômicas do produtor rural:
 linhas de créditos (BB);
 possui perfil para acessar linhas de crédito (ex.: PROGRAMA
ABC);
 recursos financeiros (agentes financeiros e próprio);
 objetivos e anseios do produtor;
 aptidão, experiência e capacidade gerencial do
produtor.
 Seleção das culturas agrícolas (configuração)
• São infinitas  diagnóstico dos fatores de produção:
 condições edafoclimáticas da região (limitantes
agronômicos);
 mercado fornecedor e comprador (limitantes comerciais);
 infra-estrutura do produtor rural e da região (limitantes
estruturais);
 condições sócio-econômicas do produtor (limitantes
econômicos);
 aspectos legais e morais (limitantes legais)
Cana-de-açúcar no MT; soja no Pará
• São dinâmicas ao longo do tempo:
• Aspectos técnicos (cultivar melhorada);
• Aspectos econômicos (nichos de mercado, …)
4. Principais culturas utilizadas na iLPF
1. Arroz de terras altas
• Posicionamento da cultura dentro da iLPF
• Safra
 todo MT (desde que atendendo as condições edafo-climáticas
da cultura);
• Safrinha
 norte do MT, sul do Pará (desde que atendendo as condições
edafo-climáticas da cultura);
 palhada remanescente (como deixar palhada para o sistema?).
Sistemas de cultivo dentro da iLPF
• Plantio Convencional (SPC)
 não é premissa da iLPF (bom senso e engenharia);
 condições físicas e/ou químicas desfavoráveis
 abertura de áreas;
 recuperação/renovação de pastagens;
 exigência do manejo (compactação, irregularidades do solo...);
 mitigar os efeitos negativos
 umidade adequada do solo;
 máquinas e implementos bem dimensionados (escarificador, subsolador, semeadora de plantio direto...;
 otiminização das entradas das máquinas na área;
 uso do mata-broto;
Mata-broto
 Plantio Direto (SPD)
 premissa da iLPF e condição desejável;
 condições físicas favoráveis:
 textura com 30-50% argila;
 solo estruturado, poroso, não compactado (40cm);
 densidade < 1,1 g/cm3 (20cm)  < 1,0 g/cm3 (desejável);
 condições químicas favoráveis:
 teor de M.O. > 2%  > 3% (desejável);
 40 < V% < 50 (5,0 < pH < 5,7);
 Plantio Direto (SPD)
 precedentes e cobertura morta
 braquiária (≥ 3 anos) e leguminosa (safra imediatamente
anterior);
 diferentes forrageiras e/ou consórcios:
 milheto e braquiária ruziziensis (melhores);
 consórcios de milheto com ruziziensis (consagrado), feijãocaupi com ruziziensis, crotalária (juncei, spectabilis,
ocrholeuca) com ruziziensis (promissores); nabo-forrageiro
com ruziziensis (em teste!);
 cobertura morta do solo (~ 4-5 ton MS/ha);
 uso de botinhas e/ou disco de corte;
 intervalo de tempo após a dessecação
 > 30 dias (mínimo)  planejamento impecável do sistema;
 fitotoxicidade de exudados (ácidos fracos e glifosato);
Manejo fitotécnico dentro da iLPF
• Cultivares:
 BRS Monarca  SPD sob palhada de braquiária
(ciclo longo, ~ 115 dias);
 BRS Pepita  renovação/recuperação de pastagens e
mais tolerante á seca  safrinha (ciclo curto, ~ 102
dias) ;
 BRS Sertaneja, BRS Primavera, AN Cambará,
Materiais BRS CL, BRS Esmeralda...
• Semeadura uniforme (espaçamento,
profundidade e densidade de sementes) em f
(cultivar);
• Precedente: muito exigente (milho e sorgo são
péssimos);
• Antecedente: ruim para gramíneas de modo
geral;
• Pragas:
 idem ao cultivo tradicional com cuidados especiais
com cupim, formigas e cigarrinhas das pastagens;
• Doenças
 idem ao cultivo tradicional;
 atenção com brusone (multiplicar em algumas
gramíneas);
 Pratylenchus brachiurus (trabalhos não conclusivos
nos materiais de arroz);
• Plantas daninhas
 pior “gargalo” técnico;
 maior dificuldade ainda no arroz (implantação das
espécies florestais);
 estratégias em f (idade das espécies florestais, sistemas
de cultivo e quantidade de palhada no solo);
Exemplo 5. Arroz dentro da iLPF (4o ano), no SPD, sob
palhada de Marandú, após dois anos de pasto - Fazenda
Dona Isabina, Santa Carmem - MT, 2009.
BRS SERTANEJA
PRECEDENTES:
2005-06: soja / sorgo pastejo+Marandú;
2006-07: pasto de 1o ano (Marandú);
2007-08: pasto de 2o ano (Marandú);
Foto: 20/02/2009
2. Soja
• Características relevantes dentro da iLPF:
•
•
•
•
•
•
•
•
Mais utilizada e de maior importância no BR;
Elevado potencial produtivo (mais de 4.000 Kg/ha);
Facilidade para recuperar pastagens degradadas;
Planta fixadora de N e com sistema radicular
pivotante e razoavelmente agressivo;
Produz pouco resíduo e de degradação rápida;
Dificuldade para consorciar com forrageiras
(safrinha);
Após soja grande facilidade para outros cultivos
(ótima precedente);
Apropriada para PD sobre forrageiras.
• Posicionamento da cultura dentro da iLPF
• Safra
 todo BR (desde que atendendo as condições edafoclimáticas da cultura);
• Safrinha
 palhada remanescente (como deixar palhada para o
sistema?);
 em sistemas iLF ou iLPF em sua fase inicial (antes da
entrada do componente animal);
Sistemas de cultivo dentro da iLPF
• Plantio Convencional (SPC)
 não é premissa da iLPF (bom senso e engenharia);
 condições físicas e/ou químicas desfavoráveis
 recuperação/renovação de pastagens;
 exigência do manejo (compactação, irregularidades do solo...);
 mitigar os efeitos negativos.
 Plantio Direto (SPD)
 premissa da iLPF e condição desejável;
 mais utilizado;
 condições físicas favoráveis;
 condições químicas favoráveis:
 teor de M.O. > 2%  > 3% (desejável);
 45 < V% < 55 (5,5 < pH < 6,0);
 Plantio Direto (SPD)
 precedentes e cobertura morta
 diferentes forrageiras e/ou consórcios:
cobertura morta do solo (~ 4-5 ton MS/ha);
 uso de botinhas e/ou disco de corte
 Pode ser dispensado em alguns casos;
 intervalo de tempo após a dessecação
 > 15 dias (mínimo)  planejamento do sistema;
Manejo fitotécnico dentro da iLPF
• Cultivares:
 infinidade (mais adequada para cada situação);
 utilize mais de uma!;
 Ciclos médio e precoce (com bom potencial
produtivo)  safrinha (cobertura morta + pecuária ou
apenas cobertura morta consorciada ou solteira);
 Convencional x transgênicos:
 Banco de sementes de PD da área;
 Tipo da iLPF (problemas com “F” no ano da implantação);
 Econômico.
• Semeadura uniforme (espaçamento,
profundidade e densidade de sementes) em f
(cultivar);
• Pragas:
 idem ao cultivo tradicional com cuidados especiais
com pragas polífagas (H. armigera);
 Grande desafio dos sistemas integrados.
• Doenças
 idem ao cultivo tradicional;
 atenção com “pontes verdes” na sucessão;
 Pratylenchus brachiurus;
• Plantas daninhas
 pior “gargalo” técnico na implantação quando tem o
componente florestal (nativas);
 estratégias em f (idade das espécies florestais, sistemas
de cultivo e quantidade de palhada no solo);
Exemplo 6. Soja integrada com Mógno africano dentro da iLPF (2o ano), no
SPD, sob palhada de braquiária e arroz (rebrote) - Fazenda Dona Isabina, Santa
Carmem - MT, 2013. Fonte: Flávio Jesus Wruck, 18/01/2013.
3. Milho
• Características relevantes dentro da iLPF:
 Alta produtividade, com bom valor de mercado (na
maioria dos anos agrícolas);
 Produção de grãos 2.000 a mais de 10.000 Kg/ha;
 Diferentes finalidades: forragem, silagem e grãos;
 Mais exigente que milheto;
 Boa resposta a adubação, especialmente N;
 Opção para safrinha (janela de semeadura);
 Fácil consórcio com forrageiras;
 Quantidade elevada de resíduos culturais.
• Posicionamento da cultura dentro da iLPF
• Safra
 todo BR (desde que atendendo as condições edafoclimáticas da cultura), solteiro ou consorciado;
 soja em baixa, milho e boi em alta  milho consorciado com
braquiária na safra e boi na safrinha (cuidado na colheita).
• Safrinha
 mais utilizado no MT (consorciado dentro da iLPF);
 em sistemas iLF ou iLPF em sua fase inicial (antes da
entrada do componente animal) pode fazer solteiro;
Sistemas de cultivo dentro da iLPF
• Plantio Convencional (SPC)
 não é premissa da iLPF (bom senso e engenharia);
 condições físicas e/ou químicas desfavoráveis
 exigência do manejo (compactação, irregularidades do solo...);
 mitigar os efeitos negativos.
 Plantio Direto (SPD)
 premissa da iLPF e condição desejável;
 mais utilizado;
 condições físicas favoráveis;
 condições químicas favoráveis.
 Plantio Direto (SPD)
 precedentes e cobertura morta
 evitar o precedente arroz.
 uso de botinhas e/ou disco de corte
 Pode ser dispensado em alguns casos;
Manejo fitotécnico dentro da iLPF
• Cultivares:
 infinidade (mais adequada para cada situação);
 utilize mais de uma!;
 Solteiro x consorciado
 biotipos diferenciados (altura da 1a espiga);
 tolerância á seca (materiais mais rústicos).
 Convencional x transgênicos:
 Econômico (custo x benefício);
 Janela de semeadura;
 Consórcio x solteiro
 perdas por competição (2 a 10 sacas/ha).
• Semeadura uniforme (espaçamento,
profundidade e densidade de sementes) em f
(cultivar);
• Pragas:
 idem ao cultivo tradicional com cuidados especiais
com pragas polífagas (H. armigera);
 Grande desafio dos sistemas integrados.
• Doenças
 idem ao cultivo tradicional;
 atenção com “pontes verdes” na sucessão;
 Pratylenchus brachiurus;
• Plantas daninhas
 idem ao cultivo tradicional;
 Cuidados especiais nos consórcios.
Exemplo 7. Consórcio de milho com BRS Piatã dentro da iLPF (6o ano), no
SPD, na sucessão da soja - Fazenda Dona Isabina, Santa Carmem - MT, 2011.
Fonte: Flávio Jesus Wruck, 31/05/2011.
4. Sorgo
• Características relevantes dentro da iLPF:
 Diferentes finalidades: grãos, forragem e energia;
 Produção de grãos 1.000 a mais de 7.000 Kg/ha;
 Elevadas produções de forragem (pastejo ou corte);
 Mais exigente que milheto e bem menos que o
milho;
 Tolerante a seca (fechamento de safrinha,
principalmente se for consorciado);
 Baixa tolerância a Al+++;
 Opção para safrinha onde milho é muito arriscado;
 Maior competição com forrageiras dentro dos
consórcios.
Sorgo granífero consorciado com BRS
Marandu visando silagem
Fonte: Ademir Zimmer, 09/04/2007.
Rebrota de sorgo granífero pastejado
por ovinos.
Fonte: Ademir Zimmer, 2009.
5. Milheto
• Características relevantes dentro da iLPF:
 Crescimento rápido e com rebrota;
 Produção de grãos entre 500 a 1.500 Kg/ha
(dificilmente será a finalidade dentro da iLPF);
 Razoável produção de massa;
 Degradação rápida da palhada;
 Boa ciclagem de nutrientes;
 Semeadura com forrageiras (fácil de ser
consorciado);
 Fácil dessecação;
 Mais tolerante ao milho e ao sorgo (fechamento de
semeadura na safrinha).
Exemplo 8. Consórcio de milheto com B. ruziziensis dentro da iLPF (5o ano),
no SPD, na sucessão da soja - Fazenda Dona Isabina, Santa Carmem - MT,
2010. Fonte: Flávio Jesus Wruck, 05/05/2010.
6. Outras alternativas
Feijão caupi
Exemplo 9. Consórcio de Caupi com B. ruziziensis dentro da iLPF (6o ano), no
SPD, na sucessão da soja - Fazenda Dona Isabina, Santa Carmem - MT, 2011.
Fonte: Flávio Jesus Wruck, 05/05/2011.
6. Outras alternativas
C. ocrholeuca
Exemplo 10. Consórcio de C. ocrholeuca com B. ruziziensis dentro da iLPF (6o
ano), no SPD, na sucessão da soja - Fazenda Dona Isabina, Santa Carmem MT, 2011. Fonte: Flávio Jesus Wruck, 05/05/2011.
6. Outras alternativas
Nabo forrageiro
Exemplo 11. Consórcio de Nabo forrageiro com B. ruziziensis dentro da iLPF
(7o ano), no SPD, na sucessão da soja - Fazenda Dona Isabina, Santa Carmem
- MT, 2012. Fonte: Flávio Jesus Wruck, 10/04/2012.
5. Considerações Finais
 Adoção aumentando consideravelmente
• programações dos principais eventos;
 Modelo EQUILIBRADO para condição (região);
 Desafios Técnicos
• Inserção da cana-de-açúcar, do algodoeiro e de
palmáceas para biodiesel;
• Inserção de forrageiras leguminosas em grande escala;
• Manejo integrado de plantas daninhas em grande escala
(espécies florestais nativas);
 Desafios (continuação)
• MIP x espécies nativas em grande escala;
• consórcio de espécies (?);
• inimigo natural (?);
• MIP x pragas polífagas;
• Mosca-branca (Bemisia tabaci - biótipo B),
Helicoverpa armigera...
• inimigo natural (?);
• iLPF visando agricultura familiar (90 mil famílias).
 Desafios Gerenciais
• Dividir e cobrar responsabilidades;
• Administrar conflitos entre os setores;
• Internalizar a filosofia iLPF entre os colaboradores;
• Trabalhar em grupo multidisciplinar;
• Administrar “egos”.
Flávio Jesus Wruck
Obrigado!
[email protected]
(66) 3211-4283

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