Aspectos da Evolução dos Museus em Portugal no período 2000
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Aspectos da Evolução dos Museus em Portugal no período 2000
setembro 2006 21 > Transição dos museus da RPM de 2006, data de publicação deste 21.º Transição dos museus da RPM Boletim, corresponde ao período de referência No âmbito do Eixo da Credenciação e tendo em conta o período > Aspectos da Evolução dos Museus para a adaptação dos museus integrados de transição estipulado na Lei Quadro dos Museus Portugueses, em Portugal no período 2000-2005, nesta Rede aos parâmetros e aos requisitos a actividade da equipa da Estrutura de Missão RPM tem sido intensa estabelecidos pela Lei Quadro dos Museus para a conclusão atempada das várias visitas técnicas aos museus Portugueses. Como repetidamente temos da RPM com o objectivo de acompanhar a respectiva adaptação invocado ao longo destes últimos dois anos, ao novo enquadramento legal. Até ao final do mês de Agosto foram a publicação desta fundamental lei de efectuadas setenta e três visitas a museus distribuídos por todo o enquadramento não constituiu um acto País. legislativo isolado sem repercussões concretas Além dos técnicos e da Coordenadora-Adjunta da RPM, com na nossa vida museológica. Pelo contrário: formação em áreas diversas, estas visitas têm contado com a partici- > Outras Notícias o acompanhamento contínuo da sua apli- pação da Subdirectora do IPM e ainda de alguns Directores de - Bens Culturais Móveis sob tutela cabilidade, o levantamento das dificuldades Museus tutelados pelo IPM, nomeadamente Isabel Fernandes (Museu encontradas para satisfazer o seu cumpri- de Alberto Sampaio), Ana Margarida Ferreira (Museu de Aveiro), mento e a procura de soluções adequadas Dulce Helena Borges (Museu da Guarda), Luís Raposo (Museu - Mobilidade de Colecções em debate na para apoiar os museus têm sido constantes Nacional de Arqueologia), Silvana Bessone (Museu Nacional dos União Europeia, por Paulo Ferreira da linhas de trabalho prosseguidas pelo IPM, Coches), Joaquim Pais de Brito (Museu Nacional de Etnologia) e em especial através da equipa da Estrutura Isabel Silva (Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa). de Missão, sempre em estreita articulação A colaboração dos referidos Directores em visitas a museus das - João Faria com os museus. respectivas regiões ou áreas disciplinares tem-se revelado um - Manuel Lopes Materializam-se estas directrizes de tra- importante contributo para reflexão, induzindo a formulação de balho numa presença contínua no terreno, novas sugestões e ainda a partilha mútua do trabalho museal. designadamente através das visitas técnicas As visitas técnicas complementam-se com a elaboração de um efectuadas a todos os museus, de que relatório onde se procura plasmar de modo sucinto o ponto de resultam indicadores muito significativos: situação de cada museu, indicando os aspectos positivos verificados [ editorial ] No calendário que baliza as actividades da RPM, o mês de Setembro > Profissionais dos Açores visitam museus do continente por José Soares Neves e Jorge Alves dos Santos > Notícias Museus RPM > Edições de Museus RPM > Em Agenda... do IPM, classificados como “Bens de Interesse Nacional” - POC – Candidaturas abertas a Museus Costa - I Encontro Luso-Brasileiro de Museus- Casas, por Maria de Jesus Monge - Duncan Cameron > Dissertações > Encontros (cont. na página 2) (continuação da página anterior) mais de setenta visitas realizadas até ao fim de Agosto de encontros das áreas museológicos e patrimoniais, em de 2006 e produção de idêntico número de relatórios que, de Norte a Sul do País, é especialmente intenso o de análise. Trata-se de um período de avaliação rigorosa, próximo Outono. Como contraponto, destaquem-se as mas igualmente de grande diálogo com os directores dos notícias de participações de profissionais portugueses em museus e com os responsáveis das respectivas tutelas, encontros internacionais, Mobilidade de Colecções na o que se reflecte generalizadamente em compromissos União Europeia e I Encontro Luso-Brasileiro de Museus- face à concretização de soluções de gestão que visam a -Casa, este último com uma significativa representação qualificação nos vários domínios da acção do museu. nacional que muito nos apraz registar. A nosso ver, a presente fase de trabalho corresponde, O persistente trabalho do Observatório de Actividades seis anos passados do nascimento da RPM, a uma etapa Culturais na monitorização da realidade museológica que reflecte, por um lado, uma progressiva, mas segura, encontra uma vez mais divulgação neste boletim, através evolução do sistema museológico da própria RPM, e, por do artigo de José Soares Neves e Jorge Alves dos Santos, outro lado, evidencia resultados atingidos e sinais de Aspectos da Evolução dos Museus em Portugal no maior qualidade no universo dos museus integrados, não período 2000-2005, em que é apresentada uma panorâ- obstante a subsistência de alguns problemas estruturais, mica muito actualizada da mesma realidade. A leitura que continuarão a ser tidos em conta na prossecução deste artigo, cuja versão mais desenvolvida pode ser de medidas e de programas de apoio. encontrada na Internet, suscita questões da maior relevân- Se este calendário marca também o ritmo dos próprios cia para a política museológica prosseguida no âmbito museus, que ultimam a preparação de documentação da RPM, não apenas, e de forma mais imediata, quanto obrigatória e resolvem em conjunto com as suas tutelas ao contínuo crescimento de entidades auto-denominadas alguns dos problemas encontrados, não deixa de coexistir museus, mas também quanto à heterogeneidade de um com a “rentrée” museológica, em especial com o reinício universo, em que a disparidade de situações encontradas da actividade educativa dirigida ao público escolar. se mantém como uma tendência que o presente estudo As notícias enviadas pelos museus reflectem esta realidade, vem confirmar. quer pela programação da acção educativa, pelo Clara Camacho planeamento de algumas exposições e pela organização Subdirectora do Instituto Português de Museus (continuação da página anterior) Transição dos museus da RPM e a necessidade de solucionar alguns problemas que Para o efeito, muitos dos museus beneficiaram de ainda se encontram em aberto, os quais têm sido alvo apoio técnico e/ou financeiro através dos Programas de algumas observações, recomendações ou sugestões específicos da RPM, souberam ainda recorrer a outros em benefício da qualificação do museu. apoios financeiros disponíveis, designadamente do Estes relatórios têm-se revelado instrumentos muito Programa Operacional da Cultura (POC) e das Comis- úteis de trabalho e análise, tanto para os museus, sões de Coordenação e Desenvolvimento Regional como para a RPM. (CCDRs) e estabeleceram parcerias diversas, o que se Na maioria dos museus é evidente um avanço repercutiu na melhoria significativa das condições e assinalável na qualificação dos respectivos serviços, das acções desenvolvidas para o eficaz cumprimento quer técnicos, quer públicos, tendo sido observado, das funções museológicas fundamentais. em muitos casos, o cumprimento de recomendações Desde a construção de novos espaços museológicos, que foram feitas pela RPM aquando da apreciação da a ampliações dos existentes, a renovação de exposi- respectiva candidatura à adesão à RPM. ções permanentes, a implementação de medidas de 2 | Boletim Trimestral Notícias RPM conservação preventiva das colecções, a organização tização de alguns serviços, como as bilheteiras. e melhoria das condições das áreas de reserva, o reforço Finalmente, importa salientar o empenho dos profissio- do serviço educativo, do trabalho de documentação nais da quase globalidade dos museus da RPM na e gestão das colecções mediante a aquisição de progra- elaboração da documentação obrigatória à luz da Lei mas informáticos específicos, muito tem sido feito no Quadro dos Museus Portugueses, nomeadamente o domínio da qualificação dos museus da RPM. Outro Regulamento Interno do Museu, a Política de Incorpora- aspecto associado à qualificação dos museus que ções, as Normas e Procedimentos de Conservação interessa ressaltar é a crescente existência de profissio- Preventiva e o Plano de Segurança. Com efeito, poucos nais com formação em museologia ou em diversas eram os museus que dispunham de alguns dos vertentes do trabalho museológico, através da frequên- documentos referidos, que se configuram importantes cia de mestrados ou pós-graduações em Museologia, instrumentos de gestão do trabalho museológico na sendo de mencionar ainda o recurso às acções de perspectiva de assegurar procedimentos qualificados formação especializadas promovidas pela RPM. e favoráveis ao seu bom funcionamento em harmonia Contudo, também são de referir alguns dos problemas com a sua missão e vocação. Tratam-se de documen- mais recorrentes identificados nas visitas efectuadas tos de elaboração morosa pois implicam reflexão, aos museus: falta de recursos humanos em diversas organização e estruturação nem sempre fáceis de áreas do trabalho museológico; falhas na comunicação implementar. Desde a publicação da Lei Quadro dos com os públicos a diversos níveis: falta de visibilidade Museus Portugueses notou-se um esforço imenso e de divulgação junto do público, escassa sinalética, por parte dos profissionais dos museus na concretiza- falta de serviço educativo com actividade continuada, ção destes documentos, estando agora em fase de ausência de uma política editorial, ausência de informa- conclusão. z Profissionais dos Açores visitam museus do Continente Por solicitação do Museu Carlos Machado, de Ponta Museu Nacional do Azulejo, o Museu Gulbenkian e o Delgada, o Instituto Português de Museus organizou Museu Municipal de Vila Franca de Xira e, no Porto, um conjunto de visitas de trabalho a serviços do foi visitado o Museu de Serralves. Instituto e a museus da RPM, situados na região de Ao longo desta jornada de trabalho foram abordadas Lisboa na semana de 10 a 14 de Julho, contando com questões relacionadas com diversas vertentes da a presença do Director e de Técnicos daquele museu actividade museal: Gestão de Museus, Programação e da Directora do Museu de São Jorge. Museológica, Museografia, Conservação Preventiva, O seu acolhimento teve início nas instalações do IPM, Serviço Educativo, Comunicação e Marketing, Avaliação tendo sido recebidos pela Direcção, a que se seguiu e Estudo dos Públicos, Parcerias, Mecenato, Lojas de uma reunião de trabalho nas áreas de inventário, de Museus e seus produtos e ainda Grupos de Amigos divulgação e da Rede Portuguesa de Museus. Foi ainda dos Museus e Voluntariado. visitada a Loja dos Museus, que se localiza no Os participantes consideraram o programa muito Palácio Foz, com o objectivo de dar a conhecer o profícuo por ter proporcionado o conhecimento de funcionamento da rede de lojas dos museus do IPM. cada um dos museus e das suas especificida- Na região de Lisboa, foram visitados o Museu Nacional des, bem como pela oportunidade de partilha de de Arte Antiga, o Museu Nacional de Arqueologia, o experiências. z Rede Portuguesa de Museus | 3 Artigo Aspectos da Evolução dos Museus em Portugal no período 2000-2005 José Soares Neves e Jorge Alves dos Santos* * Investigadores do Observatório das Actividades Culturais O presente texto1 tem como fonte de informação que permitem seleccionar os registos (referenciados 1 Para uma abordagem mais detalhada ver Neves e Santos, 2006, documento os dados produzidos desde 2000 no quadro do ao dia 31 de Dezembro de cada ano) a inquirir pelo projecto do Observatório das Actividades Culturais INE. De acordo com esses critérios, considera-se (OAC) Base de dados “Museus” (abreviadamente museu a entidade como tal auto-designada, em BDmuseus)2. funcionamento permanente ou sazonal, com pelo jecto apoiado pelo Instituto Português de O projecto BDmuseus visa a produção de dados menos uma sala ou espaço de exposição e com pelo Museus (IPM) que decorre do protocolo sobre o panorama museológico através do levanta- menos uma pessoa ao serviço (Santos, Neves, Santos assinado, em 2000, por aquela instituição, mento contínuo de novos casos e da actualização e Nunes, 2005: 23). da informação existente. Este projecto contribui O OAC procede também, regularmente, à reavaliação também para o conhecimento da evolução da da situação dos casos já anteriormente recenseados, resultante do Inquérito aos museus e núc- realidade museológica nacional através de indica- inquiridos ou não pelo INE. leos museológicos, realizado pelo OAC dores cuja base temporal é infra-anual. O universo Feita esta nota de carácter metodológico, abordam-se no ano anterior por encomenda do IPM observado inclui todas as entidades (existentes ou neste texto dois aspectos do panorama museológico projectadas) auto-designadas museu. português: a evolução dos registos por Situação e Uma vez cumpridas as fases iniciais do levanta- a caracterização dos museus segundo as variáveis n.º 1 do Boletim Rede Portuguesa de mento, os registos são segmentados em museus explicativas. Enfatiza-se, em ambos os aspectos, a Museus (Neves e Santos, 2001). e núcleos museológicos. Embora a recolha de infor- análise por concelho. electrónico disponível na página do OAC (www.oac.pt) 2 A Base de dados “Museus” é um pro- pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Observatório das Actividades Culturais (OAC) aquando do lançamento do livro (Santos, Neves e outros, 2000). Uma primeira análise dos dados produzidos no mação incida sobre as duas categorias, o trabalho de caracterização incide particularmente sobre os 1. Evolução do levantamento do panorama museus. Relativamente a estes, determinada a museológico Situação (numa das 4 categorias previstas: A fun- Através da leitura do quadro é possível constatar o cionar, Intenção, Projecto e Fechado), apuram-se crescimento dos valores da generalidade das os dados necessários à sua caracterização, em situações utilizadas na classificação dos registos da particular segundo as variáveis explicativas (Tipo, BDmuseus. No entanto, esse crescimento sugere Tutela, Região e Abertura), e à aplicação dos critérios diferentes leituras consoante a Situação em causa. Registos da BDmuseus por situação e por Ano (2000 e 2005) Situação A funcionar Ano 2000 2005 Taxa variação 728 1.018 39,8 Aberto ao público 650 920 41,5 Permanente ou sazonal 513 622 21,2 Esporádica 137 298 117,5 25,6 Encerrado ao público 78 98 Temporariamente encerrado (até 6 meses) 24 24 0,0 Projecto 129 326 152,7 Intenção 54 93 72,2 Fechado 6 39 550,0 Universo a inquirir pelo INE Percentagem do Universo INE nos registos A funcionar Fonte: OAC/BDmuseus. Base: registos a 31 de Dezembro. Exclui núcleos. Nota: Sobre o Universo a inquirir pelo INE ver adiante nota 3. 4 | Boletim Trimestral 533 618 15,9 73,2 60,7 -17,1 âmbito da BDmuseus foi publicada no Tendo em conta os museus A funcionar, refira-se que Adiante-se que o cruzamento destas duas situações estes são 1.018 em 2005. A evolução verificada nos pela Tutela permite avançar que é a Administração 6 anos em apreço traduz-se num crescimento de 40%. Local que explica parte substancial dos museus com Os museus Abertos ao público não só são claramente perspectivas de virem a ser criados. Embora secun- maioritários como registam ainda um crescimento dariamente, importa referir ainda os Privados. Uma assinalável (42%) no período em causa. Entre esses, outra abordagem significativa refere-se à distribuição a abertura Permanente ou sazonal é maioritária, por Região e por Concelho dos Projectos e Intenções mas o crescimento mais visível refere-se aos museus (ver mapa). Deste ponto de vista, é notória uma com abertura Esporádica (118% contra 21% forte presença destas situações por todo o país, daqueles). embora seja mais nítida no litoral Norte e Centro Num outro plano, mantém-se a tendência de e menos acentuada no Alentejo. Acrescente-se que crescimento do anúncio público de Projectos e de em vários casos a concretização dos projectos e/ou Intenções de criação de museus, com destaque para intenções significará que o concelho em causa os primeiros: são 326 em 2005, o que significa um passará a ter pelo menos um museu. Adiante-se que acréscimo de 153% relativamente a 2000. são 58 os concelhos em que tal sucede. Deste modo, os dados até aqui referidos dão conta de uma dinâmica geral positiva e continuada ao longo do período em análise. De 2000 para 2005 não só passaram a existir mais museus A funcionar, como cresceram também os Projectos e as Intenções de criação de museus. Porém, um outro indicador de sentido contrário, referente aos museus na Situação de Fechado, deverá merecer alguma atenção. Apesar de os contingentes em causa serem relativamente baixos (não ultrapassam os 39 registos) são significativos numa perspectiva diacrónica, uma vez que a taxa de crescimento registada é de 550% no arco temporal em análise. O cruzamento com a Tutela mostra que, em 2005, os Privados e a Administração Local são as tutelas que mais acusam esta situação. A perspectiva por Concelho evidencia a presença destes casos sobretudo nos do litoral (que são também aqueles onde se localizam mais museus). Em grande parte dos concelhos o fecho de museus é compensado pela projectada abertura de outros. Feito o balanço, é possível adiantar que apenas 5 concelhos passam a integrar o grupo daqueles que não registam qualquer museu. Esta questão merece ser ainda um pouco mais detalhada. Entre as justificações para o fecho encontram-se problemas derivados do mau estado das infra-estruturas onde estavam implantados, Rede Portuguesa de Museus | 5 ao desaparecimento da própria tutela e (e mais 2. Caracterização segundo as variáveis explicativas comummente) a processos de reorganização do sector Constatada esta segmentação importa agora destacar dos museus por parte das tutelas. Estes processos alguns dados de caracterização relativos aos museus referem-se a fusões de unidades museológicas com a (que compõem o Universo a inquirir pelo INE) mesma tutela, à alteração das funções atribuídas ao segundo as variáveis explicativas. espaço até aí reservado para exposição ou à redis- Uma primeira constatação remete para o elevado, tribuição dos acervos e das missões das unidades maioritário e relativamente estável peso das tutelas tuteladas. públicas. Nestas, a Administração Local detém a No essencial, não se trata, portanto, de indícios de percentagem mais significativa, e em crescimento, crise, mas sim de opções de gestão que visam racio- o que significa que é a Administração Central que nalizar o funcionamento de algumas unidades mais tem vindo a diminuir o seu peso relativo. Especifi- deficitárias. Efectivamente, como facilmente se pode cando um pouco mais, o Ministério da Cultura concluir, um processo de qualificação tem implícita tutela a parte mais significativa, e praticamente a melhoria das condições de funcionamento da inalterada ao longo do período em análise, dos generalidade dos museus existentes (de acordo com museus da Administração Central. Na Administração a actual Lei Quadro dos Museus Portugueses em alguns Local, destacam-se claramente as Câmaras Munici- casos eventualmente mais próximos da noção de pais. As Empresas Municipais fazem-se notar igual- colecção visitável) e a abertura em boas condições de mente, não pelo número em questão, mas enquanto novas unidades, mas também a desactivação de outras realidade emergente. que, embora auto-designadas museu, estão muito Quanto ao Tipo de museu, mantêm-se constantes longe dos requisitos mínimos inerentes ao cumpri- os mais significativos (Arte, Etnografia e Antropo- mento das funções museológicas ou sequer de se logia, Especializados e Mistos e Pluridisciplinares). virem a enquadrar na noção de colecção visitável. De referir ainda a queda registada pelos Museus de Assim, tendo em conta as entidades auto-designadas Ciências Naturais e de História Natural. museu, pode dizer-se que o panorama permanece em Relativamente à Região, assinale-se que, embora expansão. Mas até que ponto o crescimento quanti- Lisboa e Vale do Tejo seja e permaneça a principal tativo se mantém quando se aplicam os 5 critérios localização das unidades museológicas, o seu peso de selecção um pouco mais rigorosos, ou seja, quando relativo tem vindo a descer, ao passo que a região se passa ao Universo a inquirir pelo INE ? Vale a pena Norte mostra movimento inverso. Tanto o elevado 3 fazer duas notas a este propósito: por um lado, número de museus nela situados como a elevada o universo inquirido pelo INE (ou seja, o crescimento, fraco, mas crescimento, do número taxa de crescimento indiciam uma região particular- de unidades correspondente (16% é a taxa de variação mente dinâmica neste sector cultural. Embora quan- no período, como se pode verificar no quadro); titativamente menos significativa, também a Madeira os seguintes: (1) ter pelo menos uma sala e por outro lado, a percentagem correspondente ao regista um crescimento assinalável. de exposição; (2) estar aberto ao público Universo a inquirir pelo INE nos museus A funcionar Fazendo agora uma breve análise por Concelho, permanente ou sazonalmente; (3) ter pelo cai para os 61% em 2005, quando em 2000 era de tendo por base o período de 2000 a 2005, pode 73%. dizer-se que, neste último ano, o mapa se apresenta, Deste modo, e de acordo com estes dados, o aumento por um lado, mais preenchido e distribuído geogra- mínima de conhecimento do total da do número total de museus confirma a actual ficamente e, por outro lado, com uma maior inten- despesa; (5) ter inventário (óptica mínima: dinâmica de crescimento do sector. Contudo, uma sificação do número de museus em muitos dos parte não despicienda do aumento constatado refere- concelhos. Especificando, em 2005, constata-se a se a uma franja relativamente heterogénea que mostra diminuição do número de concelhos sem museu, alguma instabilidade quanto ao cumprimento dos ou seja, do total de concelhos existentes no país critérios em causa. (308), 72% possui pelo menos um museu (contra 3 Adiante-se que os critérios que delimitam na fase de recolha da informação) são os já referidos. Na fase de difusão, os critérios mínimos tornam-se mais exigentes. São menos um conservador ou técnico superior (incluindo pessoal dirigente); (4) 6 | Boletim Trimestral ter orçamento segundo uma óptica inventário sumário) (INE, 2005: 27). os 63% de 2000). É no Continente que se verificam alguns museus nos anos mais recentes, o panorama as maiores alterações, uma vez que, aliado ao museológico em Portugal permanece, de acordo aumento do número de museus aí localizados, se com os dados recolhidos, numa fase de expansão. regista uma diminuição do número de concelhos Trata-se de um universo tão dinâmico como que não possuem museu. Nas regiões autónomas heterogéneo. Sendo um universo em crescimento, as oscilações não são notórias, destacando-se apenas, caracteriza-se ainda pela segmentação entre um na Madeira, o aumento do número de concelhos contingente de museus que cabem em critérios de com museu. maior exigência e um outro, menor mas signifi- Finalmente, quanto à Criação e Abertura, é previsível cativo, que mostra alguma turbulência associada a que, a julgar pelos museus abertos e pelo crescimento dificuldades no cumprimento sustentado dos referidos verificado de 2000 para 2005, a primeira década do critérios. presente século tende a superar a anterior (actualmente a mais pesada). É também uma década com Bibliografia citada uma distribuição percentual relativamente incomum: INE (2005), Estatísticas da Cultura, Desporto e Recreio 2004, os museus abertos ultrapassam largamente os criados. Lisboa. A conjugação da concretização de expectativas NEVES, José Soares e SANTOS, Jorge Alves dos (2001), antigas com o menor tempo decorrido entre a criação “Museus portugueses: evolução recente do seu levantamento e a abertura resultará, de algum modo, de um (1999-2001)” in Boletim Rede Portuguesa de Museus n.º 1, contexto particularmente favorável ao sector. Lisboa, RPM, Junho, pp. 10-12. SANTOS, Maria de Lourdes Lima dos (coord.), NEVES, José Conclusões Soares e outros (2000), Inquérito aos Museus em Portugal, São várias as tendências detectáveis nos dados agora Lisboa, MC/IPM. divulgados para o período compreendido entre 2000 SANTOS, Maria de Lourdes Lima dos (coord.), NEVES, José e 2005. No essencial, elas confirmam as já identifi- Soares, SANTOS, Jorge Alves dos e NUNES, Joana Saldanha cadas nos anteriores trabalhos produzidos pelo OAC (2005), O Panorama Museológico em Portugal [2000-2003], tendo como fonte a BDmuseus. A tendência que, Lisboa, OAC e MC/IPM-RPM. porventura, mais se destaca é a persistência da fase NEVES, José Soares e SANTOS, Jorge Alves dos (2006), de crescimento ancorada no número de museus e Museus em Portugal no Período 2000-2005: Dinâmicas e na persistência dos elevados valores dos projectos Tendências, OAC, http://www.oac.pt/pdfs/OAC_Museus%20 e das intenções. Deste modo, apesar do fecho de em%20Portugal_2000-2005.pdf. z Notícias Museus RPM* * Notícias exclusivamente baseadas em informações enviadas pelos Museus integrados na RPM Novos directores de Museus Desde o início do corrente ano entraram em funções novos directores de museus integrados na RPM: Museu Carlos Machado – Duarte Melo (Março) Museu das Comunicações – Cristina Weber (Maio) Casa-Museu Anastácio Gonçalves – José Alberto Ribeiro (Julho) Museu de Ciência – Ana Eiró (Setembro) Museu Nacional de Soares dos Reis – Maria João Vasconcelos (Setembro) Rede Portuguesa de Museus | 7 Museus do IPM – Aumento de visitantes O Instituto Português de Museus registou, no final do tutelados, aponta a programação de exposições, o especial primeiro semestre de 2006, um crescimento do número sucesso das actividades em torno do Dia Internacional total de visitantes nos museus dependentes da ordem dos Museus e da Noite dos Museus e as ofertas diversificadas dos 25%, face a igual período do ano transacto, de actividades educativas como os principais factores correspondendo a um acréscimo de 118.191 visitantes. que contribuem para justificar a capacidade de atracção O IPM, que está a proceder a uma monitorização rigorosa dos museus junto do público, objectivo que tinha sido da evolução dos números de visitantes dos museus traçado pelo Instituto para este ano. – Obras no Museu de José Malhoa e no Museu de Aveiro Informações e contactos Instituto Português de Museus Encerraram recentemente para obras de ampliação e obra e o Museu de José Malhoa avançou com a Palácio Nacional da Ajuda, Ala Sul, remodelação o Museu de José Malhoa (a 12 de Junho) abertura do Núcleo Provisório de Pintura de José 4.º Andar e o Museu de Aveiro (1 de Julho). Ambos os museus Malhoa, desde o dia 28 de Junho, nas instalações do adoptaram estratégias para evitar o seu encerramento Museu do Ciclismo, disponibilizadas pela Câmara completo. Assim, o Museu de Aveiro terá um circuito Municipal das Caldas da Rainha. z 1349-021 Lisboa Tel.: 21 365 08 00 de visita de acordo com as limitações impostas pela – Ateliers de Verão 2006 Realizam-se todos os anos na Casa-Museu Abel Salazar actividades educativas nos meses de Verão. No presente ano, a Casa-Museu Abel Salazar organizou, entre 24 de Julho e 1 de Setembro os Ateliers de Verão 2006, destinados a crianças/jovens entre os 7 e os 13 anos. Deu-se início às actividades com o atelier Pintura Sobre Lenços de Seda durante a última semana de Julho, orientado por Otília Cancela. Seguiu-se a técnica de desenho com o atelier Desenha a Casa de Abel Salazar entre 7 e 18 de Agosto, orientado por André Azevedo. As actividades terminaram com a técnica de pintura e colagem em Pintura Reciclada, de 21 de Agosto a 1 de Setembro, orientado por André Azevedo. No final de cada atelier foi organizada uma exposição com os trabalhos realizados para os pais e/ou encar- Informações e contactos regados de educação visitarem. Casa-Museu Abel Salazar Rua Dr. Abel Salazar 4465-012 S. Mamede de Infesta tendo na sua grande maioria participado crianças do concelho de Matosinhos e da área envolvente à casa-museu. z 8 | Boletim Trimestral [email protected] www.ipmuseus.pt Casa-Museu Abel Salazar Os ateliers decorreram nos jardins da casa-museu, Fax: 21 364 78 21 Tel.: 22 901 08 27 Fax: 22 901 08 27 [email protected] Museu de Alberto Sampaio – Colaboração na inventariação do património móvel da diocese de Braga No caso do arciprestado de Guimarães, a coordenação da inventariação do património móvel está a cargo do Museu de Alberto Sampaio, e envolve as igrejas de Nossa Senhora da Oliveira, Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos e Igreja de S. Domingos. Desde há quatro anos que o Museu de Alberto Sampaio vem colaborando com as três igrejas acima referidas na preservação do património móvel, na organização No passado dia 12 de Junho, em Guimarães, no de reservas, nos cuidados primários de conservação auditório da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, preventiva e no inventário. foi apresentado ao público o projecto de inventariação Com este projecto pretende-se implementar a catalo- do património móvel da diocese de Braga. gação do património móvel das três igrejas, prevendo- Este projecto é tutelado pelo Instituto de História e se terminar a inventariação de todo o espólio da Igreja Arte Cristãs (IHAC) e coordenado pelo Senhor Cónego de Nossa Senhora da Oliveira e uma parte significativa José Paulo Leite de Abreu, e integra-se num candidatura do espólio das igrejas dos Santos Passos e S. Domingos apresentada à Comissão de Coordenação e Desen- (cerca de 60%). volvimento Regional do Norte (CCDRN): Eixo 1, Deste modo pretende o Museu de Alberto Sampaio, medida 1.4. tutelado pelo Instituto Português de Museus, dar o Nesta fase do projecto estão envolvidos: o Museu Pio seu contributo, através de apoio técnico e científico, XII e os arciprestados de Guimarães, Vila do Conde/ para a salvaguarda, estudo e dinamização do riquíssimo Póvoa do Varzim e Esposende. património móvel que se encontra nas mãos da Igreja. – À sombra da Oliveira No passado dia 7 de Julho, na Sala de Santa Clara e nos jardins do Museu de Alberto Sampaio, foi servido um jantar volante organizado pelo museu designado À sombra da Oliveira: jantar no Museu. Após o jantar foi feita a apresentação de alguns dos projectos mais recentes em que o museu tem estado envolvido, nomeadamente o protocolo com a IBM, que vai proporcionar a existência de dois quiosques multimédia no museu, um com ligação ao site da Museu Hermitage, o outro com acesso a informação Informações e contactos sobre o processo de restauro da Pietà, de Miguel Museu de Alberto Sampaio Ângelo. Procedeu-se ainda ao lançamento de uma Rua Alfredo Guimarães nova linha editorial dos serviços educativos – os 4810-251 Guimarães Tel.: 253 423 910 Fax: 253 423 919 [email protected] Roteirinhos do Museu –, tendo-se editado, numa primeira fase, três volumes, com a colaboração dos Amiguinhos dos Museu (v. p. 16). z Rede Portuguesa de Museus | 9 Museu do Caramulo – Doação de Ana Hatherly O Museu do Caramulo recebeu uma nova doação que do Caramulo, com uma peça em bronze e pedra, de veio enriquecer a sua colecção de arte moderna e 1946, da autoria de António Duarte (1912-1998) contemporânea. Esta doação é o resultado de uma intitulada “Cabeça de navegador” e com seis obras de política de crescimento, altamente qualificado, do espólio pintura, desenho e colagem. Além de artista e poetisa do museu, que é integralmente constituído por doações. portuguesa com carreira internacional, Ana Hatherly é A obra foi doada pela própria artista, Ana Hatherly. professora catedrática da Faculdade de Ciências Sociais Trata-se de uma colagem de papel sobre papel, de e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e especialista 1980, sem título. Ana Hatherly já era doadora do Museu em literatura e cultura do período barroco. – Festival Internacional de Automóveis Clássicos e Desportivos competição de uma rampa e um conjunto de acções diversas, como sejam o Rally Histórico Luso-Caramulo, a Feira de Automobilia, as visitas às colecções permanentes e temporárias do museu, além de outras actividades no exterior adjacentes ao projecto. Este evento, que teve lugar entre os dias 8 e 10 de Setembro, O Museu do Caramulo apresentou oficialmente o veio ainda reactivar a Rampa da Caramulo, passados Caramulo Motorfestival – Festival Internacional de mais de 15 anos desde a última subida. No último dia Automóveis Clássicos e Desportivos, o primeiro grande do Festival teve lugar a Rampa Histórica do Caramulo, evento dedicado aos automóveis e motociclos clássicos concessionada aos automóveis e motociclos históricos, e desportivos em Portugal, incluindo a parte de clássicos e de competição. – Empréstimo de Automóveis para exposição Informações e contactos O Museu emprestou dois automóveis do seu espólio N (1929), igual ao utilizado pelo Papa Pio XI (1857- Museu do Caramulo para a exposição dos automóveis sobre o tema da -1939). Rua Jean Lurçat, 42 marca Fiat intitulada “La Bella Maquina”. Organizada pelo Fiat Clássicos Clube de Portugal, a 3475-031 Caramulo Os automóveis emprestados foram um Fiat Tipo 1 exposição decorreu no Museu do Transportes e (1909), onde andou o Rei Humberto II de Itália durante Comunicações, situado na Alfândega do Porto, até ao a sua visita ao Caramulo nos anos 50, e um Fiat 525 fim do mês de Maio. z Tel.: 232 861 270 Fax: 232 861 308 [email protected] www.museu-caramulo.net Museu Carlos Machado – Inauguração do Núcleo de Arte Sacra Informações e contactos Foi inaugurado pelo Presidente do Governo Regional 1 de Novembro de 1592, deu lugar a um monumento dos Açores, no Dia Internacional dos Museus, o Núcleo ímpar de criação barroca, com exuberantes elementos Convento de Sto. André de Arte Sacra do Museu Carlos Machado, instalado decorativos na sua fachada, na talha do retábulo do Rua João da Moreira na antiga Igreja do Colégio dos Jesuítas de Ponta altar-mor e nos painéis de azulejos setecentistas. Delgada. Depois da expulsão dos jesuítas, em 1760, por ordem A primitiva Igreja do Colégio, de invocação a Todos- do Marquês de Pombal, a Igreja foi adquirida ao Estado [email protected] -os-Santos, por ter sido lançada a primeira pedra em por Nicolau Maria Raposo de Amaral (filho), em 1834, www.museucarlosmachado.pt Museu Carlos Machado 9500-075 Ponta Delgada Tel.: 296 283 814/285 532 10 | Boletim Trimestral Fax: 296 629 504 e foi doada pelos seus descendentes e herdeiros à que recorda o padroado desta Ordem, ligado aos seus Câmara Municipal de Ponta Delgada, em 1973, a primórdios, quando se formou em Paris, em dia 15 de qual, passados quatro anos, deliberou ceder o espaço Agosto de 1534. ao Governo Regional dos Açores, para nele ser instalado Deste conjunto destaca-se o quadro com a Coroação o Núcleo de Arte Sacra do Museu Carlos Machado. da Virgem, de Vasco Pereira Lusitano (1535-1609), Do acervo artístico pertencente à Igreja dos Jesuítas, pintado em Sevilha em 1604, e as pinturas que estão em exposição, na nave e na sacristia, significativas representam passos da Vida de S. Francisco Xavier, pinturas dos séculos XVII e XVIII e algumas esculturas atribuídas a Bento Coelho da Silveira (1620-1708). z da mesma época, que voltaram ao seu local de origem, depois de terem estado depositadas no Museu Carlos Machado cerca de trinta anos. Estas pinturas reflectem o domínio da Companhia de Jesus no período áureo Vasco Pereira Lusitano (1535-1609) Óleo s/ madeira, Séc. XVII (1604) A. 245 x L. 182 cm, Inv. D-745/88 Inscrição: “... asco pereira lusitano pin/tava en sevilha. año 1604, en/el mes de febrero” da sua implantação nos Açores e no Mundo, tal como as que existem em outras igrejas desta Ordem, em Portugal e no Brasil. As pinturas abordam temas relacionados com momentos importantes da vida dos fundadores, Inácio de Loiola e Francisco Xavier, ilustram a evangelização no Brasil e no Oriente, registam sobre a vida de alguns mártires jesuítas, reproduzem retratos de Cardeais e Bispos, com indicação dos seus percursos, e exaltam principalmente a Assunção da Virgem, o Embaixada de S. Francisco Xavier à Corte do Rei do Bungo (ou em Yamagouchi) no Japão Bento Coelho da Silveira (1620-1708) Óleo s/ tela, Séc. XVII (ca. 1670-1675) A. 187 x L. 243 cm, Inv. I–26 Museu de Ciência da Universidade de Lisboa – Conferência Internacional O Museu de Ciência da Universidade de Lisboa vai pretende discutir os desafios em torno do património aproveitar a abertura ao público do magnífico Laboratorio científico na história da ciência, bem como a importância Chimico da Escola Politécnica para organizar, em conjunto dos museus e colecções na sensibilização do público com a Sociedade Portuguesa de Química, a Conferência para o papel social e cultural da actividade científica. 1250-102 Lisboa Internacional 19th Century Chemistry: Spaces and Espera-se igualmente que a Conferência contribua para Tel.: 21 392 18 60 Collections, agendada para 1 a 4 de Fevereiro de 2007. promover a cultura material da ciência, em particular A Conferência contará com a presença de importantes da química. A Conferência inclui ainda uma Sessão personalidades, nacionais e internacionais, ligadas à Pública sobre o património científico português, comunicações em história da ciência, aos museus de ciência e, mais actualmente muito disperso e cronicamente pouco http://19chem2007.mc.ul.pt geralmente, ao património científico. A Conferência valorizado. z Informações e contactos Museu de Ciência da Universidade de Lisboa Rua da Escola Politécnica, 56 Fax: 21 390 93 26 [email protected] Programa, inscrições e submissão de Museu das Comunicações – Espaço Multimédia renovado Integrado na zona da loja e da cafetaria, o Espaço mais atraente e moderno, uma zona lúdica com jogos Multimédia do Museu das Comunicações apresenta interactivos para crianças e adolescentes e ainda agora mais motivos de interesse para os visitantes. uma área específica composta por dois módulos Mantêm-se os postos de acesso à Internet, com aspecto com computadores, onde os visitantes terão acesso Rede Portuguesa de Museus | 11 ao Museu Virtual, podendo rever todas as exposições serviços através do Portal do Cidadão e do Site dos Informações e contactos que já estiveram patentes no Museu das Comunicações Instituidores. Este conta ainda com um computador Museu das Comunicações desde 1997, bem como ver as exposições actuais, inclusivo, permitindo assim a navegação na Internet através da reprodução de filmes e da opção “saber a pessoas com necessidades especiais. z mais”. No outro módulo, poderão aceder a diferentes Rua do Instituto Industrial, 16 1200-225 Lisboa Tel.: 21 393 51 59 Fax: 21 393 50 06 [email protected] Museu de Francisco Tavares Proença Júnior – Brincadeiras no Museu – Atelier de férias de Verão Chegou ao fim o Atelier “Brincadeiras no Museu” que Francisco Tavares Proença Júnior, foi feita através da decorreu entre 3 de Julho e 25 de Agosto no Museu exploração da vertente das matérias-primas no núcleo de Francisco Tavares Proença Júnior. Com a tónica na da Arqueologia, com a interrogação: “Naquele tempo reciclagem dos materiais, inclusive aqueles resultantes brincava-se?”. Nos outros núcleos da exposição de antigos ateliers, as “Brincadeiras no Museu” permanente e nas exposições temporárias, o discurso assumiram uma grande componente prática na área utilizado conduzia os participantes a interagir, da expressão plástica, com a construção de brinquedos interpretar e reproduzir à sua maneira as peças Museu de Francisco Tavares Proença Júnior a partir de materiais reutilizáveis, pinturas murais, expostas. Largo da Misericórdia expressão dramática com leitura de poesia e prosa Trezentas e dez crianças passaram pelo atelier de Verão e peças de teatro com fantoches. do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, cons- A ligação às exposições do museu, uma das prioridades tituindo um grupo de público assíduo e participativo das iniciativas do Serviço de Educação do Museu de noutras iniciativas do museu. z Informações e contactos 6000-462 Castelo Branco Tel.: 272 344 277 Museu de Lanifícios – Um Dia Diferente No dia 19 de Julho, o Museu de Lanifícios inaugurou, Informações e contactos no Núcleo da Real Fábrica de Panos, a instalação das Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior novas acessibilidades para deficientes, no âmbito de Rua Marquês D’Ávila e Bolama uma visita promovida pelo Centro de Reabilitação de 6201-001 Covilhã Tel.: 275 319 712/275 319 700 (ext. 3126) Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian que envolveu o acolhimento de 100 pessoas com deficiência das quais 32 utilizando, para se deslocar, cadeiras de rodas. z 12 | Boletim Trimestral Fax: 275 319 712 [email protected] http://museu.ms.ubi.pt Fax: 272 347 880 [email protected] www.ipmuseus.pt Museu Nacional da Imprensa – Galeria Internacional da Caricatura recebe o PortoCartoon do festival, a peça escultórica – uma Ponte – exprime as múltiplas pontes que o festival tem construído no domínio internacional, a partir de temas de grande actualidade. O tema escolhido para este ano foi de amplitude mundial: “A Desertificação e a Degradação da Terra” em sintonia com a ONU que declarou 2006 como Ano Internacional da Desertificação. A Galeria de Exposições Temporárias daquele museu apresentará também duas mostras internacionais de cartoon: “Vencedores da FECO” (Inglaterra) e “Humor de Piracicaba” (Brasil). Poderão ser vistos cartoons de países tão distantes e diferentes como o Azerbeijão, a Austrália, Argélia, o Brasil, a China, a Colômbia, a A Galeria Internacional da Caricatura acolheu no passado Indonésia, o Irão, o Japão, a Macedónia, a Roménia, a dia 22 de Junho o PortoCartoon-World Festival deste ano, Rússia, a Turquia, a Ucrânia e o Uzbequistão entre outros, organizado pelo Museu Nacional da Imprensa. Mais de para além dos principais países europeus, incluindo 400m acolheram os 250 cartoons que constituem a Portugal. Informações e contactos oitava edição do PortoCartoon-World Festival, nomeada- Haverá ainda para ver a exposição do Prémio Especial Museu Nacional da Imprensa mente os trabalhos premiados, as menções honrosas Vinho do Porto, uma secção especial do festival, criada E.N. 108 n.º 206 atribuídas e os melhores desenhos seleccionados pelo este ano para assinalar os 250 anos da criação da região júri internacional do concurso. demarcada do Douro. O novo troféu do certame, criado pelo arquitecto Álvaro O VIII PortoCartoon vai estar patente ao público até 31 [email protected] Siza Vieira, assinala a partir deste ano, a imagem de de Dezembro nas instalações do Museu Nacional da www.imultimedia.pt/museuvirtpress marca do PortoCartoon-World Festival. Para a organização Imprensa. z 2 4300-316 Porto (Freixo) Tel.: 22 530 49 66 Fax: 22 530 10 71 Museu do Trabalho Michel Giacometti – II Encontro de Técnicos de Serviço Educativo dos Museus da RPM do Distrito de Setúbal No dia 19 de Junho teve lugar no Museu do Trabalho Do programa do Encontro destacam-se as comuni- Michel Giacometti, o II Encontro de Técnicos de Serviço cações de Isabel Victor, responsável do Museu do Educativo dos Museus da RPM do Distrito de Setúbal, Trabalho Michel Giacometti, intitulada “A Qualidade em que estiveram presentes os representantes do em Museus: o caso dos Serviços Educativos dos Museus Museu Municipal de Alcochete, do Ecomuseu Municipal Municipais de Setúbal”, de Madalena Fialho e de Maria do Seixal, do Museu de Setúbal/Convento de Jesus, Justina Rodrigues dedicada às “Gincanas Culturais”, do Museu Sebastião da Gama e do Museu do Trabalho de Vanda Rocha sobre “O Museu Sebastião da Gama” Michel Giacometti. Este Encontro contou ainda com e de José Luís Catalão sobre “O Serviço Educativo do a presença da Coordenadora-adjunta da RPM. Museu do Trabalho Michel Giacometti e os públicos…”. Rede Portuguesa de Museus | 13 – Festa de N.ª Senhora do Rosário de Tróia A equipa do Museu do Trabalho Michel Giacometti pescadores. No dia 30 de Setembro será organizada esteve presente mais uma vez na Festa de N.ª Senhora no museu uma tarde intercultural consagrada ao tema do Rosário de Tróia que decorreu nos dias 12, 13 e Festas de Marítimos, na qual estará presente a 14 de Agosto, fotografando, filmando e registando comunidade piscatória local. No mesmo dia encerrará testemunhos de pescadores e das suas famílias no a exposição de fotografias de Sérgio Jacques, que âmbito de um projecto de investigação dedicado aos constituem registos da Festa efectuados em 2005. Foto: Sérgio Jacques A vários tempos, entre muitas estórias... O Tempo Histórico A equipa do Museu do Trabalho Michel Giacometti de criança e falam-nos das dificuldades, mas também esteve presente mais uma vez na Festa de N.ª Senhora da sensação de liberdade que é ser embalado pelas do Rosário de Tróia que decorreu nos dias 12, 13 águas, ver nascer o dia junto ao rio, ter o céu azul e 14 de Agosto, fotografando, filmando e registando como tecto e a areia quente como chão, quando a testemunhos de pescadores e das suas famílias no necessidade obrigava famílias inteiras de pescadores âmbito de um projecto de investigação dedicado aos a viverem na praia, nos meses de verão, num devir pescadores. No dia 30 de Setembro será organizada incerto em que a sobrevivência se conjugava com o no museu uma tarde intercultural consagrada ao tema improviso e o pão de cada dia dependia do produto Festas de Marítimos, na qual estará presente a da faina, fraternalmente repartido pela comunidade comunidade piscatória local. No mesmo dia encerrará de pescadores que adoptava todas as crianças como a exposição de fotografias de Sérgio Jacques, que seus filhos. constituem registos da Festa efectuados em 2005. O Tempo dos Tempos O Tempo da festa Hoje, deixar a casa de todos os dias e partir para Tróia, Seguindo uma tradição secular, a maioria das famílias já não é resposta a uma necessidade material de deixam as suas casas, situadas nos tradicionais bairros sobrevivência, mas de igual forma uma missão de pescadores da zona nascente de Setúbal e sentimental e religiosa da maior importância para atravessam o rio, rumo à Caldeira, em barcos de pesca esta comunidade de marítimos setubalenses. Repre- engalanados que rivalizam em cor e disputam, senta um momento de excepção, um corte deliberado anualmente, a honra de transportar a imagem da com os quotidianos de trabalho e a oportunidade N.ª Senhora, no círio fluvial. Estas famílias, errantes cíclica de reencontrar familiares e amigos, num por três dias, acampam na praia sob o olhar atento território, muito especial, carregado de memórias e da comissão organizadora, que trabalha todo o ano significados. para garantir a continuidade da celebração e a A envolvente da festa constitui um cenário algo sui permanência dos rituais que conferem identidade e generis, muito apetecível para a mira fotográfica de sentido, a uma festa tradicional de pescadores que quem eterniza num instante, contrastes aparentes sobrevive, pela fé, aos estereótipos do turismo elitista entre os momentos de solenidade religiosa e a Informações e contactos e à morte anunciada da actividade pesqueira. informalidade do estar, comer e dormir na praia, numa Museu do Trabalho Michel Giacometti comunhão exaltante de sentimentos, tempos, gerações, Largo dos Defensores da República 2910-470 Setúbal O Tempo da Memória culturas e rituais que fazem desta festa uma celebração O ambiente da festa aguça os sentidos e suscita de referência do património imaterial de Setúbal. z memórias. Os mais velhos lembram-se ainda dos tempos 14 | Boletim Trimestral Isabel Victor. Museu do Trabalho Michel Giacometti Tel.: 265 53 78 80 Fax: 265 57 38 89 [email protected] Edições de Museus da RPM Museu da Pólvora Negra – Cadernos do Museu Os Cadernos do Museu da Pólvora Negra, de publicação anual, enquadram-se no programa de edições do museu, servindo de instrumento de divulgação quer das suas colecções, quer das comunicações apresentadas no âmbito da realização de Palestras, Conversas, Conferências, Encontros, tornando-se num instrumento de compreensão e aprendizagem, potenciador de múltiplas interpretações consoante os públicos, os contextos e os interesses em torno das temáticas abordadas. A edição de 2006, lançada no passado dia 17 de Junho, data de comemoração do oitavo aniversário do Museu da Pólvora Negra, é dedicada ao tema da Palestra “O Papel dos Museus na Preservação do Património Imaterial – Modos de Agir e Sentir”, realizada em 2004, no âmbito da comemoração do Dia Internacional dos Museus, em Barcarena. Neste contexto, e pretendendo-se valorizar o Património Intangível, são publicados os resumos das comunicações apresentadas pelos oradores Graça Filipe, Fernando António Batista Pereira e Manuel João Ramos, que reflectem investigação e práticas museológicas, bem como as memórias de Fernando Silva, antigo funcionário da Fábrica da Pólvora de Barcarena. – Percurso Museológico Com o apoio do IPM/ RPM, no âmbito do Programa de Apoio à Qualificação de Museus, o Museu da Pólvora Negra lançou ainda três desdobráveis relativos ao respectivo Percurso Museológico, em versão portuguesa, inglesa e francesa. Os desdobráveis incluem o desenho da planta e a descrição das várias Museu da Pólvora Negra zonas a percorrer. Fábrica da Pólvora de Barcarena – Fábrica da Pólvora de Barcarena: breve apontamento histórico Estrada das Fontaínhas O museu editou também a obra intitulada Fábrica da Pólvora de Barcarena: breve apontamento histórico, 2745-615 Barcarena Tel.: 21 438 14 00 Fax: 21 437 11 65 [email protected] onde é tratado o percurso histórico da Fábrica, desde o século XV, com a instituição de ferrarias para fabrico de armas por D. João II, aos nossos dias. Casa-Colombo – Museu de Porto Santo / Rui Sanches: sólido e líquido Foi publicado pela Casa-Colombo – Museu de Porto Santo o catálogo da exposição de desenhos de Rui Sanches, patente ao público entre Junho e Setembro de 2006. O catálogo, com um texto introdutório de Francisco Clode Sousa, inclui, além dos desenhos expostos, uma nota biográfica do artista. Casa-Museu Abel Salazar / O desenhador compulsivo Numa co-edição da Casa-Museu Abel Salazar, Centro Cultural de Belém e Fundação Mário Soares, foi lançado o catálogo que acompanha a exposição O desenhador compulsivo, que esteve patente no Centro Cultural de Belém de 29 de Junho a 17 de Setembro de 2006. A partir do trabalho de recolha, classificação e digitalização do espólio de Abel Salazar levado a cabo pela Fundação Mário Soares em articulação com a Casa-Museu Abel Salazar, foram seleccionados cerca de 200 desenhos para a exposição e respectivo catálogo. Além do catálogo das peças expostas, a obra compreende textos acerca da vida e obra de Abel Salazar e a descrição dos procedimentos de conservação e documentação fotográfica do espólio. Casa-Museu Leal da Câmara / De Pangim à Rinchoa Com o apoio do Instituto Português de Museus/ Rede Portuguesa de Museus, no âmbito do Programa de Apoio à Qualificação de Museus, a Câmara Municipal de Sintra editou a obra De Pangim à Rinchoa, com texto de Catarina Melo Antunes. Direccionado para o público infanto-juvenil, a obra conta o percurso biográfico de Leal da Câmara, ilustrada com a obra do artista e desenhos de Luís Cardoso. Rede Portuguesa de Museus | 15 Ecomuseu Municipal do Seixal / Ecomuseu Informação n.º 41 Foi recentemente editado o Ecomuseu Informação n.º 41, Boletim de divulgação das actividades do Ecomuseu e de difusão de conteúdos respeitantes ao seu acervo, ao património cultural, à história local e à programação museológica em geral. Esta edição assinala 10 anos de publicação, com distribuição gratuita. Museu de Alberto Sampaio / Roteirinhos do Museu Integrada nas actividades ludico-pedagógicas do Museu de Alberto Sampaio, os Serviços Educativos do Museu desenvolveram a colecção Roteirinhos do Museu, cuja edição ficou cargo dos Amiguinhos do Museu, tendo sido lançados no dia 7 de Julho 3 volumes: Roteirinho das adivinhas, Roteirinho dos animais e Roteirinho da música. Serão lançados mais três volumes no início do próximo ano: Roteirinho da Virgem Maria, Roteirinho do Menino Jesus e Roteirinho dos anjinhos. Cada um dos volumes propõe um conjunto de actividades de exploração do museu e das suas colecções, incentivando a descoberta e a valorização patrimonial. Os percursos «acompanhados» pelos Roteirinhos podem ser feitos individualmente, em pequenos grupos ou em família. Museu Bernardino Machado / Bernardino Machado: história de um Presidente A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão/ Museu Bernardino Machado publicou a obra Bernardino Machado: história de um Presidente, obra direccionada para o público infanto-juvenil do Museu, onde a vida de Bernardino Machado é contada por Emília Nóvoa Faria e ilustrada por Pedro Cores. Bernardino Machado: descentralização e municipalismo A Câmara Municipal/ Museu Benardino Machado editou ainda o catálogo da exposição Bernardino Machado: descentralização e municipalismo. A exposição, documental e fotográfica, integrada nas comemorações de aniversários históricos de Vila Nova de Famalicão, aliava a história do município e a afirmação de identidade à figura e pensamento de Bernardino Machado. Encontros de Outono, 2004 Europa: globalização e multicultarismo Na continuidade da produção editorial do museu, foram publicadas as Actas dos Encontros de Outono de 2004. Promovidos pelo Museu Bernardino Machado, os Encontros de Outono de Vila Nova de Famalicão constituem um importante espaço de reflexão e debate em torno de temas de actualidade, tendo os de 2004 sido dedicados ao tema “Europa: globalização e multicultarismo” e coordenados por Norberto Cunha, Coordenador Científico do Museu Bernadino Machado. Museu Carlos Machado / Igreja do Colégio dos Jesuítas de Ponta Delgada: núcleo de arte sacra do Museu Carlos Machado Foi publicado o catálogo da Igreja do Colégio dos Jesuítas de Ponta Delgada pela Direcção Regional de Cultura dos Açores, a acompanhar a finalização da adaptação do edíficio da Igreja a núcleo museológico de arte sacra do Museu Carlos Machado. O catálogo inclui o estudo arquitectónico do edifício barroco da Igreja, desenvolvido por Nestor de Sousa, e a investigação da colecção de arte sacra, levada a cabo por António Manuel Oliveira e Margarida Teves Oliveira. Mare Magnum O Museu Carlos Machado editou ainda o catálogo da exposição Mare Magnum, patente ao público entre 10 de Junho e 27 de Agosto de 2006. A exposição contou com a participação dos artistas plásticos Victor Almeida, Maria José Cavaco, Filipe Franco, Nina Medeiros, Paula Mota e Urbano. 16 | Boletim Trimestral Museu Geológico / Roteiro do Museu Geológico Em Junho de 2006 foi editado o Roteiro do Museu Geológico, museu criado com exemplares recolhidos nos trabalhos das Comissões Geológicas constituídas a partir da segunda metade do século XIX, o que lhe confere importante destaque no contexto da História da Ciência nacional. Constituindo um precioso instrumento de divulgação do museu e das suas colecções, este Roteiro permite consultar um esboço histórico do percurso do museu e a descrição das respectivas salas, com colecções de Paleontologia, Estratigrafia, Arqueologia e Mineralogia. O Roteiro encontra-se disponível em formato electrónico em http://museugeologico.ineti.pt/ Museu de José Malhoa / Tesouro Perdido / Há um Museu no Parque Em Novembro de 2005, foram editados pelo Museu de José Malhoa dois jogos intitulados Tesouro Perdido e Há um Museu no Parque, dirigidos a crianças dos 6 aos 12 anos, sobretudo em visita individual, acompanhadas por um adulto. De distribuição gratuita, os jogos também poderão ser facultados a grupos escolares ou associativos interessados. Estes jogos interligam diversas áreas do saber, como a História, a Arte e a Natureza e têm como objectivo despertar o interesse pela arte e a criatividade dos mais novos. O Tesouro Perdido é um jogo de exploração da exposição permanente do Museu, a realizar durante uma visita livre, podendo ser adquirido no próprio Museu. Há um Museu no Parque é também um jogo de exploração da colecção, mas incide na exposição de escultura ao ar livre, no Parque D. Carlos I, amplo espaço de jardim das Caldas da Rainha onde o museu de situa. Museu de Olaria / Figurado de Barcelos: desenhos de barro / As voltas do barro A partir do trabalho realizado no âmbito do processo de Certificação da Olaria e do Figurado de Barcelos, iniciado em 2004, a Câmara Municipal de Barcelos editou duas obras – As voltas do barro e Figurado de Barcelos: desenhos de barro – dando continuidade ao esforço de valorização e divulgação do património olárico do concelho. As duas obras trazem a público o estudo desenvolvido, acompanhando o percurso histórico da olaria e figurado de Barcelos e a caracterização dos processos e técnicas de produção, ilustradas com imagens das peças, fotografias e desenhos. Museu da Quinta das Cruzes / Porcelana da China A Direcção Regional de Assuntos Culturais da Madeira publicou o catálogo da colecção de porcelana da China do Museu da Quinta das Cruzes. Da autoria de Francisco António Clode Sousa, Director de Serviços de Museus, a obra integra o estudo da colecção de porcelanas orientais do Museu Quinta das Cruzes. Museu de São Roque / Sete Imagens para o Calendário Litúrgico – As pinturas do altar-mor da Igreja de São Roque A par da exposição Sete Imagens para o Calendário Litúrgico inaugurada no passado dia 7 de Julho, o Museu de São Roque editou o II volume da colecção bilingue (português/inglês) “Ciclos Pictóricos” intitulado Sete Imagens para o Calendário Litúrgico – As pinturas do altar-mor da Igreja de São Roque. Esta obra é dedicada a um conjunto de pinturas que representam cenas bíblicas do Novo Testamento que, desde o século XVII, são ciclicamente expostas, acompanhando o calendário litúrgico, tradição que teve inicio no tempo da Companhia de Jesus e que perdura até aos dias de hoje. Nesta edição, o Historiador de Arte e especialista em Pintura, José Alberto Seabra Carvalho, apresenta um estudo histórico e artístico sobre este conjunto de pinturas seiscentistas, pela primeira vez apresentadas em simultâneo na referida exposição. Um segundo texto, apresentado pelos técnicos de Conservação e Restauro, António Salgado e Vanessa Antunes, descreve as minuciosas etapas do tratamento efectuado neste conjunto de telas, que foram recentemente objecto de uma campanha de restauro. Rede Portuguesa de Museus | 17 Em Agenda Museu dos Transportes e Comunicações Metamorfose de um Lugar – Museu das Alfândegas Abriu no passado dia 18 de Maio uma nova exposição permanente no Museu dos Transportes e Comunicações, dedicada à memória do Edifício da Alfândega e das alfândegas e intitulada Metamorfose de um Lugar – Museu das Alfândegas. Com projecto do Arquitecto Nuno Graça Moura e design de António Queirós Design, a exposição encontra-se dividida em 5 núcleos, que tentam estabelecer uma relação histórica entre a construção do edifício, a sua ligação com as gentes da cidade, o percurso da alfândega enquanto instituição aduaneira e reguladora de todas as transacções comerciais e, finalmente, a transformação deste edifício para um espaço cultural que está hoje ao encargo da Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações. Um novo universo de objectos, documentos e histórias reveste agora o corpo central deste edifício, enriquecendo substancialmente a história da cidade, tornando-se assim ponto obrigatório de passagem. Associada à exposição, foi editada a obra Metamorfoses de um lugar: De Alfândega Nova a Museu dos Transportes e Comunicações, da autoria de Jorge Fernandes Alves e publicada pela Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações. Esta publicação reconstitui a história e a reconversão do edifício da Alfândega Nova a Museu dos Transportes e Comunicações, integrando-o no contexto da cidade do Porto e do sistema alfandegário e comercial da cidade. O texto é acompanhado de documentação gráfica, de que se destacam gravuras, bilhetes-postais e fotografias. Biblioteca da Alfândega do Porto Juntamente com esta exposição foi inaugurada a Biblioteca da Alfândega do Porto, com o acervo bibliográfico da DGAIEC (Direcção Geral das Alfândega e dos Impostos Especiais sobre o Consumo). Fruto da sua actividade administrativa, foram-se aglomerando ao longo dos anos um vasto acervo bibliográfico, reflectindo por isso as suas necessidades específicas de informação. O espólio bibliográfico encontra-se agora disponível a todos, estando para o efeito a receber tratamento biblioteconómico. Incorporado no mesmo espaço está o acervo documental do Centro de Documentação e Informação do Museu dos Transportes e Comunicações. Edifício da Alfândega, Rua Nova Alfândega, 4050-430 Porto, Tel.: 22 340 30 00/22 340 30 58, Fax: 22 340 30 98, [email protected], www.amtc.pt 18 | Boletim Trimestral Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves Bote de fragata Baía do Seixal Museu Carlos Machado Serviço educativo Exposição Exposição Descobertas matemáticas no bote de fragata Estrangeiros nas Colecções Privadas – De Bonnard ao Colecção Dr. Anastácio Gonçalves. Obras em reserva: Nós e o rio Séc. XXI Pintura, Aguarela e Desenho (público escolar – ensino básico) De 16 de Setembro a 29 de Outubro de 2006 Até 30 Setembro de 2006 Outubro de 2006 Olhares Digitais – Uma Noite Dois Museus Tripular uma embarcação Resultado de Concurso de Fotografia (público juvenil e adulto/famílias) Até 30 de Setembro de 2006 8 de Outubro de 2006 Serviço educativo Visitas guiadas Núcleos Urbanos Antigos Negócios da China – Portugal e a Porcelana Chinesa Serviço educativo/visita temáticas Breve Viagem – Mobiliário da CMAG A pé pelo Seixal Relaxe com a Pintura Naturalista A pé pela Arrentela Um Pintor, Um Arquitecto, um Coleccionador (público escolar – ensino básico) Até Dezembro de 2006 Outubro a Dezembro de 2006 Visita guiada + Ateliê Porcelana: vem inventar a tua! Pierre Bonnard (1867-1947) (6 aos 12 anos) Bouquet, Lápis s/ papel, 12,3 x 16,4 cm, Col. Particular Até Outubro de 2006 O Mobiliário em Peddy-Papper Convento de St.º André (6 aos 12 anos) Rua João da Moreira Cadavre Exquis 9500-075 Ponta Delgada (12 aos 16 anos) Tel.: 296 283 814/285 532 Coleccionador Júnior: “O que guardamos e porquê?” Fax: 296 629 504 (6 aos 16 anos) [email protected] Até Dezembro de 2006 www.museucarlosmachado.pt Avenida 5 de Outubro, 6-8 1050-055 Lisboa Tel.: 21 354 08 23/09 23 Fax: 21 354 87 54 Serviço Educativo – Ateliê “Nós e Rio” Ecomuseu Municipal do Seixal/CDI – Rosa Reis, 2001 www.cmag-ipmuseus.pt Ecomuseu Municipal do Seixal/Núcleo da Mundet Museu do Chiado Concertos [email protected] Serviço Educativo Ciclo de concertos de música contemporânea Praça 1.º de Maio, n.º 1 Der Gelbeklang 2840-485 Seixal [O Som Amarelo] Tel.: 21 097 61 12 (às 2.as feiras) Até 11 de Outubro de 2006 Fax: 21 097 61 13 Núcleo da Mundet [email protected] Rua Serpa Pinto, n.º 4 Exposição www.cm-seixal.pt/ecomuseu 1200-444 Lisboa A cortiça na fábrica: a preparação – inserida no Tel.: 21 343 21 48 percurso da esposição Quem diz cortiça diz Mundet, Fax: 21 343 21 51 quem diz Mundet diz cortiça Museu de Alberto Sampaio Exposição de longa duração Exposição A Indústria corticeira na actualidade Meninos Gordos: contar uma história através da faiança Até Fevereiro 2007 Até 1 de Outubro de 2006 Serviço educativo [email protected] Museu das Comunicações Exposições Descobertas matemáticas na Mundet Rua Alfredo Guimarães Vencer a Distância – Cinco Séculos de Comunicações O mergulho... da cortiça 4810-251 Guimarães em Portugal (público escolar – ensino básico) Tel.: 253 423 910 Casa do Futuro Inclusiva Outubro a Dezembro de 2006 Fax: 253 423 919 Mala-posta Magusto de S. Martinho na Mundet [email protected] Permanentes Trabalhos sobre Design Inclusivo da EUAC 11 de Novembro de 2006 Núcleo Naval Até Maio de 2007 Exposição Museu do Brinquedo de Sintra Do bit ao terabyte Barcos, memórias do Tejo Exposição Até Maio de 2007 Exposição de longa duração Carros de Bombeiros e Ambulâncias Aqui há gato Serviço educativo 4 de Novembro de 2006 a 4 de Fevereiro de 2007 Até Maio de 2007 Estaleiro de brincadeiras Dança dos barcos (entre 10 e 15 de Outubro de 2006 terá um período (público escolar – ensino pré-escolar e dos 1.º e 2.º ciclos Rua Visconde de Monserrate, 26 2710-591 Sintra de itinerância na Câmara Municipal de Paços de do ensino básico) Tel.: 21 910 60 16 Ferreira) Outubro a Dezembro de 2006 Fax: 21 923 00 59 A transmissão do conhecimento – do códice à palavra Dou-te um presente diferente [email protected] impressa 13 de Dezembro de 2006 www.museu-do-brinquedo.pt De Outubro a 31 de Dezembro de 2006 Rede Portuguesa de Museus | 19 Exposição Filatélica alusiva à Comemoração do V Centenário do nascimento de S. Francisco Xavier Museu Geológico Museu de José Malhoa De Outubro a 31 de Dezembro de 2006 Exposição Exposição Serviço Educativo Trilobites gigantes de Arouca (Canelas) Esculturas – Um Percurso na Colecção do Museu José Os testes do Jarbas (1.º ciclo) Até 28 de Novembro de 2006 Malhoa O Mestre Sabichão (1.º e 2.º ciclos) Nas instalações do Museu do Ciclismo, onde funciona A Avózinha do Futuro (1.º e 2.º ciclos) o Núcleo Provisório de Pintura de José Malhoa (museu A Dama da Mala-Posta (a partir do 1.º Ciclo) encerrado para obras) A Oficina da Escrita (3.º ciclo e secundário) Até 30 de Setembro de 2006 Rua do Instituto Industrial, 16 Parque D. Carlos I 1200-225 Lisboa 2500-109 Caldas da Rainha Tel.: 21 393 51 59 Tel.: 262 83 19 84 Fax: 21 393 50 06 Fax: 262 84 34 20 [email protected] [email protected] Museu de Évora Museu de Lamego Exposição Exposições Escultura Naturalista do Museu de Évora. Rua Academia das Ciências, 19 250 Anos de Baixelas do Douro A Colecção Barahona 1200-003 Lisboa De 8 de Outubro a 18 de Novembro de 2006 Até Maio de 2007 Tel.: 21 346 39 15 Exposição de trabalhos dos fotógrafos que colaboram Fax: 21 342 46 09 na revista «Douro» [email protected] De 21 de Outubro a 18 de Novembro de 2006 Delegação Regional de Cultura Rua dos Burgos, n.º 1 – Évora Colectiva de artistas plásticos contemporâneos durienses Durante a semana: 9h30-12h30 2 a 29 de Dezembro de 2006 e das 14h00-18h00 Museu da Guarda Serviços Técnicos e Administrativos Exposição Largo de Camões (provisoriamente na Igreja das Manifesto de uma Paixão – António Correia, fotógrafo 5100-147 Lamego Mercês) Até 15 de Outubro de 2006 Tel.: 254 600 230 Rua do Raimundo, 7000-661 Évora Fax: 254 655 264 Tel.: 266 702 604 [email protected] Fax: 266 708 094 [email protected] Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim Museu de Francisco Tavares Proença Júnior Exposição Subtus Montis Terroso. 100 anos de arqueologia na Exposições Cividade de Terroso – 1906-2006 Arqueologia, Colecções de Francisco Tavares Proença Serviço Educativo Permanente Visita orientada à exposição de António Correia escavações arqueológicas na Cividade de Terroso, 30 anos da Oficina-Escola de Bordados Regionais Ateliês realizadas por Rocha Peixoto em 1906. Até 17 Setembro de 2006 – O preto... o branco... e outras cores Até Maio de 2007 Rotação do Circuito Permanente – Têxteis Reinvenção das imagens a preto e branco através da A partir de 21 de Setembro de 2006 utilização de tintas, papéis, pastas de modelação e À semelhança do que foi feito em 2001, devido a outros materiais. necessidades de conservação, o MFTPJ vai proceder Público-alvo: Escolar e Famílias à rotação da colecção têxtil. Algumas peças adquiridas – Imagens entre famílias nos últimos anos serão mostradas pela primeira vez, Passeios pela cidade da Guarda a partir das fotografias juntamente com outras vindas do Museu Nacional de António Correia de Machado de Castro, do Museu Nacional de Arte Público-alvo: Famílias Antiga e do Museu Nacional do Traje. – Um Lego de memórias Comemoração dos 100 anos da realização das primeiras Apresentação dos trabalhos resultantes dos ateliês O preto… o branco... e outras cores... e imagens entre famílias Público-alvo: Escolar e Famílias Rua do Visconde de Azevedo, 17 4490-589 Póvoa de Varzim Largo da Misericórdia Rua General Alves Roçadas, 30 Tel.: 252 616 200 6000-462 Castelo Branco 6300-663 Guarda Fax: 252 616 200 Tel.: 272 344 277 Tel.: 271 213 460 [email protected] Fax: 272 347 880 Fax: 271 223 221 [email protected] www.ipmuseus.pt 20 | Boletim Trimestral Casula Linho bordado a seda www.ipmuseus.pt [email protected] Um Mergulho na história – O Navio do século XV Ria Reservas Visitáveis Museu Municipal de Penafiel de Aveiro – A Galerias da Amazónia Exposição Até 30 de Outubro de 2006 Galerias da Vida Rural A Arte de Fernando Meira (1926-2006) Praça do Império Avenida Ilha da Madeira Artista amador penafidelense que usava paus de 1400-206 Lisboa 1400-203 Lisboa fósforos queimados e cola como material de Tel.: 21 362 00 00 Fax: 21 362 00 16 Tel.: 21 304 11 60 construção das suas maquetas e um pequeno canivete [email protected] Fax: 21 301 39 94 como ferramenta de trabalho. www.mnarqueologia-ipmuseus.pt [email protected] [email protected] Até 28 de Outubro de 2006 www.mnetnologia-ipmuseus.pt Museu Nacional do Azulejo Workshop de Cerâmica Das Terras Cruas ao Azulejo Museu Nacional da Imprensa Iniciação prática aos materiais e técnicas cerâmicas Exposições 14, 21 e 28 de Outubro de 2006 Memórias Vivas da Imprensa Permanente Rua da Madre de Deus, 4 PortoCartoon: O Riso do Mundo 1900-312 Lisboa Permanente Tel.: 21 810 03 40 Sampaio no Humor de Bordallo [email protected] Homenagem a António Rodrigues Sampaio (1806-1882), esposendense, jornalista e político, no âmbito Rua Conde de Ferreira da celebração do bicentenário do seu nascimento. 4560-483 Penafiel Tel.: 255 712 760 Museu Nacional dos Coches Fax: 255 711 066 Exposição [email protected] D. Amélia, uma Rainha, um Museu Até 15 de Dezembro de 2006 Até 31 de Dezembro de 2006 Serviço Educativo Museu da Música Até Fevereiro de 2007, marcação prévia à Segunda-feira Serviços educativos Visitas guiadas Álbum das Almas De ouvidos bem abertos Professores e Educadores (Preparação de visitas/docu- Uma das obras emblemáticas de Exploração dos instrumentos musicais da orquestra mentação) a partir da peça musical de Prokofiev “Pedro e o Grupos Escolares (todos os níveis) que Sampaio entrou na galeria das Lobo” (dos 7 aos 12 anos) Grupos com necessidades especiais (material de apoio/ “glórias” daquele grande caricaturista Aspectos e Instrumentos da Música Barroca documentação) Animação audiovisual e visita destacando instrumentos Grupos de adultos/Séniores e alguns compositores de música barroca Peddy-paper (dos 8 aos 12 anos) Casa da Juventude de Esposende (a partir dos 13 anos) Ateliê de Expressão Plástica (dos 4 aos 10 anos) Av. Dr. Henrique Barros Lima Babar, o pequeno elefante Visita Lúdica (dos 6 aos 10 anos) 2.ª feira a Sábado A partir da peça musical homónima, com letra de Ateliê de Douramento (dos 6 aos 12 anos) 10h00-13h00 e 15h00-18h00 Jean Brunhof e música de François Poulenc Caça ao Tesouro (dos 8 aos 12 anos) (dos 5 aos 8 anos) A Princesa Beringela E.N. 108 n.º 206 Uma aventura na terra dos Trolls Teatro de Sombras Chinesas (dos 4 aos 8 anos) 4300-316 Porto (Freixo) É contada a “História de Peer”, acompanhada pela Actividades em Família Tel.: 22 530 49 66Fax: 22 530 10 71 peça de Edvard Grieg, Peer Gynt Jogo de Descoberta I e II, Ateliê de Douramento [email protected] (dos 6 aos 15 anos) (penúltimo Domingo de cada mês) www.imultimedia.pt/museuvirtpress Bordallo Pinheiro – o Álbum das Glórias – faz parte da exposição, mostrando que foi “quase sempre bom até nas maldades”. Festas de Aniversário Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos Visita guiada + uma actividade + Bolo de aniversário Rua João de Freitas Branco + duas horas de diversão Museu Nacional de Machado de Castro Tel.: 21 771 09 90 Praça Afonso Albuquerque Exposição Fax: 21 771 09 99 1300-004 Lisboa Os Alqueires bem Medidos [email protected] Tel.: 21 361 08 50 www.museudamusica-ipmuseus.pt [email protected] 1500-359 Lisboa Fax: 21 363 25 03 www.museudoscoches-ipmuseus.pt Até Dezembro de 2006 Torre de Almedina Núcleo da Cidade Muralhada Museu Nacional de Arqueologia 3.ª feira a sábado, Exposições Museu Nacional de Etnologia Mosaicos Romanos nas colecções do Museu Nacional Exposições de Arqueologia Através dos Panos Rua António José de Almeida, 208 Até Janeiro de 2007 Até Outubro de 2006 3000-042 Coimbra Religiões da Lusitânia: Loquuntur Saxã Sogobò – Máscaras e Marionetas do Mali Tel.: 239 482 001 Fax: 239 482 469 Até Outubro de 2007 Até Setembro de 2006 [email protected] 11h00-13h00 e 14h00-19h00 Rede Portuguesa de Museus | 21 Visita Guiada ao Parque do Monteiro-Mor Museu Nacional de Soares dos Reis O Jazz vai ao Museu Serviço Educativo Iniciação às diferentes profissões ligadas ao cinema Famílias nos Museus Atelier de Tecelagem 4.º Sábado de cada mês Último domingo de cada mês O Cinema vai ao Museu As Histórias vão ao Museu Palácio dos Carrancas I Último domingo de cada mês Rua D. Manuel II Os Jardins de Barro: O B à Bá da Cerâmica 4050-342 Porto Ateliê de cerâmica Tel.: 22 339 37 70 Todos os Sábados [email protected] 200 anos de Vestidos de Baptizado www.ipmuseus.pt Até 31 Dezembro de 2006 Largo Júlio de Castilho, Lumiar 1600-483 Lisboa Tel.: 21 758 85 37 Museu Nacional do Teatro [email protected] Exposições www.museudotraje-ipmuseus.pt Peças de Teatro. As Colecções do Museu Permanente Romagem dos Agravados de Gil Vicente Museu de Olaria Seis máquinas de cena criadas por José Carlos Barros, Exposição plasticamente inspiradas na obra “As Tentações de Santo Os Oleiros de Idanha Antão” de Hieronymus Bosch, no exterior no Museu. Até 25 de Junho de 2007 Até dia 31 de Outubro de 2006 Serviço Educativo Evolução do Traje do Século XIX Rua Cónego Joaquim Gaiolas Ateliês Até 31 Dezembro de 2006 4750-306 Barcelos Tudo menos tristeza – construção de fantoches Tel.: 253 824 741 (dos 4 aos 9 anos) Fax: 253 809 661 A história inacabada – escrita e caracterização [email protected] (dos 10 aos 16 anos) Um salto – artes plásticas A Arte de Vestir o Palco – Viagem até ao séc. XVII Museu dos Transportes e Comunicações e XVIII para ver como brincavam ao teatro os meninos Exposições nessa época O Automóvel no Espaço e no Tempo (dos 8 aos 12 anos) Comunicação do Conhecimento e da Imaginação (dos 6 aos 12 anos) Metamorfose de um Lugar – Museu das Alfândegas Estrada do Lumiar, 10-12 Brinquedos do início de século XX Permanentes 1600-495 Lisboa Até 31 Dezembro de 2006 Mercedez-Benz Tel.: 21 756 74 10/19 Ciclo de exposições temáticas de miniaturas automóvel Fax: 21 757 57 14 Serviço Educativo [email protected] Visita guiada às exposições permanentes www.museudoteatro-ipmuseus.pt Pés e mãos sobre rodas Visita guiada à exposição O Automóvel no Espaço e no Tempo + oficina de construção de automóveis alternativos Museu Nacional do Traje através de materiais recicláveis Exposições (dos 6 aos 13 anos) Sala dos Teares Visita à exposição Metamorfose de um Lugar – Museu Permanente das Alfândegas + oficina Aprendiz de despachante… Formas de Luz – Vidros no Jardim com pesos e medidas Esculturas em vidro, de João Silva Serviço Educativo (dos 6 aos 13 anos) Até 5 de Novembro de 2006 Festival do Paço Histórias e fantochadas… 28 de Setembro a 14 de Outubro de 2006 Teatro de fantoches sobre a temática alfandegária Clube Aventura (dos 6 aos 13 anos) Iniciação aos desportos radicais no Parque do 22 | Boletim Trimestral Monteiro-Mor Rua Nova da Alfândega Técnicas de Batik Edifício da Alfândega Fins-de-semana, 10h00-12h00 4050-430 Porto Ateliê disponível também para escolas Tel.: 22 340 30 00 Camaleão Fax. 22 340 30 98 1.º e 3.º domingo de cada mês, das 10h30 às 12h00 (12 aos [email protected] 36 meses) e das 15h00 às 17h30 (3 aos 6 anos) www.amtc.pt Outras Notícias Bens Culturais Móveis sob tutela do IPM, classificados como “Bens de Interesse Nacional” Grande panorama de Lisboa (pormenor) Gabriel Del Barco (Atr.) Séc. XVIII (c. 1700) Museu Nacional do Azulejo: Inv. 1 Através do Decreto n.º 19/2006, de 18 de Julho, o integram conjuntos sistemáticos que aglutinam objectos Conselho de Ministros procedeu à classificação como sob um denominador comum: unidade territorial, “bens de interesse nacional” de um conjunto de 1626 tecnológica ou temporal. bens culturais móveis, integrados em 18 Museus sob Tal como preconizado no “Preâmbulo” do mesmo tutela do Instituto Português de Museus. Decreto, o espírito da classificação agora efectuada A categoria de “bem de interesse nacional” corres- reside no acautelamento de especiais medidas em ponde à forma de protecção mais elevada definida matéria de salvaguarda de bens cuja protecção e pela Lei de Bases do Património Cultural (Lei valorização represente um incontestável valor n.º 107/ 2001, de 8 de Setembro) para para Portugal, designadamente no que os bens culturais móveis, recaindo se refere à sua protecção, conservação sobre bens cuja protecção e valoriza- e divulgação em contexto nacional e ção represente um valor cultural de internacional, pretendendo-se igual- significado para a Nação. mente a instituição de padrões de A lista de bens classificados como “de referência para procedimentos de interesse nacional” (também designa- classificação de bens de interesse dos de “tesouro nacional” pela Lei n.º nacional, bem como de enquadramento 107/2001) congrega as peças de inegável Custódia de Belém Gil Vicente valor patrimonial dos Museus tutelados principais colecções nacionais. pelo IPM, nas áreas de Artes Plásticas, A lista de bens agora classificados como de Artes Decorativas e Arqueologia, “interesse nacional” resulta do Cabeça de mulher, dita de Júlia sendo que muitos destes bens, Séc. XVI (1506) Museu Nacional de Arte Antiga: 740 de uma política de incorporações nas Milreu trabalho desenvolvido pelo Instituto Época Romana, Séc. I-II d.C. designadamente os arqueológicos, Museu Nacional de Arqueologia: Inv. 994.6.3 Português de Museus, considerando Rede Portuguesa de Museus | 23 Número de Bens classificados por Super-Categoria/Categoria as suas atribuições e competências no que se refere à Museus tutelados pelo IPM, dos quais o Museu de classificação de bens culturais móveis de valor histórico- Évora, o Museu Nacional de Arte Antiga, o Museu artístico, arqueológico, etnográfico, tecnológico e Nacional de Arqueologia e o Museu Nacional de científico. Tal trabalho decorreu no âmbito de um Etnologia se encontraram, através dos seus Directores, Grupo de Trabalho constituído para o efeito pelo IPM representados no referido Grupo de Trabalho, em e desenrolou-se entre Janeiro e Dezembro de 2003, conjunto com a equipa do Instituto Português de tendo contado com a colaboração activa de todos os Museus. z POC – Candidaturas abertas a Museus Informações e contactos O Programa Operacional da Cultura abriu um convite Exposições permanentes, entre 16 de Agosto e 16 de público à apresentação de candidaturas à Medida 1.2. Outubro de 2006. Podem candidatar-se museus Modernização e Dinamização dos Museus Nacionais, integrados na Rede Portuguesa de Museus e ainda respectivamente à Acção 1. Obras de construção, projectos considerados de relevância nacional. z Gabinete de Gestão do Programa Operacional da Cultura Tel.: 21 361 93 13/4/5 recuperação e valorização de museu e à Acção 4. 24 | Boletim Trimestral Fax: 21 363 62 78 [email protected] http://poc.min-cultura.pt Mobilidade de Colecções em debate na União Europeia Entre 20 e 21 de Julho de 2006, teve lugar a Conferência “Encouraging the Mobility of Collections” resulta de “Encouraging the Mobility of Collections”, realizada no um esforço desenvolvido pela UE desde 2002, e em Museu Nacional da Finlândia, Helsínquia, no âmbito particular da Holanda e do Reino Unido, que tem como da Presidência Finlandesa da União Europeia (UE), na objectivos a implementação de standards, a disseminação qual o IPM se encontrou representado. de informação e a cooperação entre museus, designa- À semelhança das Conferência “Collections on the damente no sentido de promover a mobilidade de Move” (Haia, Nov. 2004) e a Conferência “Increasing colecções museológicas, em contexto de cedência the Mobility of Collections” (Manchester, Nov. 2005), temporária de longa duração entre países europeus. Instrumentos de referência Independentemente do esforço inerente a todo o disparidade entre os meios, designadamente finan- processo de promoção da mobilidade de colecções, ceiros, para a efectiva implementação das medidas no sentido de um reforço da consciência cultural e pretendidas, ou ainda do carácter consensual (e.g.: da política comum e, como tal, de reforço de uma harmonização de standards e procedimentos) ou não identidade europeia, e independentemente da evidente (e.g.: seguro de estado; imunidade contra penhora) dos temas em debate, pretende-se que as diversas directrizes tenham aplicabilidade ampla na UE. Assim, no âmbito do trabalho desenvolvido até ao momento, destaque-se a edição do Relatório Lending to Europe – Recommendations on collection mobility for European museums 1. Para além das inovações propriamente ditas que as sucessivas Presidências da UE têm visado implementar, Lending to Europe destaca como instrumentos de referência para o tema da circulação de colecções na UE os seguintes documentos: General Principles on the Administration of Loans and Exchange of Cultural Goods Between Institutions, (geralmente designado por “Convenção Bizot”, 1995), código de boas práticas e revisto em 2005 no âmbito do presente processo; bem como o Código Deontológico do ICOM para os Museus, o Standard Facilities Report desenvolvido pelo UKRG (United Kingdom Registrar’s Group), que os autores pretendiam ser adoptado a nível europeu. 1 Disponível em formato PDF no Portal do IPM (www.ipmuseus.pt – sector Iniciativas e Projectos/Gestão de Colecções) Rede Portuguesa de Museus | 25 Temas em Debate O plano em que se registaram maiores evoluções práticas residiu na promoção da partilha de boaspráticas e na uniformização de procedimentos no âmbito da gestão de colecções, em particular no que respeita à cedência temporária de bens culturais, dado o trabalho entretanto realizado pela NEMO (www.nemo.org), na implementação de um grupo de trabalho virtual relativo à documentação e gestão de cedências temporárias, encontrando-se já em curso a preparação da versão final do “European standard loan agreement”, a divulgar após a realização do encontro anual da NEMO em Novembro próximo, em Helsínquia, e que será oportunamente divulgado em Portugal pelo IPM. Finalmente, por ocasião da Conferência “Encouraging the Mobility of Collections” foi anunciado o Draft Action Plan for the EU Promotion of Museum Collections, Mobility and Loan Standards para o período 2006/2007. O programa da Conferência “Encouraging the Mobility Para além do referido grupo sobre “Lending Standards”, of Collections” incidiu com particular expressão nos o Plano de Acção contempla a organização de grupos temas relativos à avaliação e seguro de bens culturais de trabalhos virtuais dedicados aos restantes temas para fins específicos de cedência temporária, na que estruturam o processo da Mobilidade de Colecções promoção do acesso à informação (em suporte digital, na UE (Indemnity Schemes; Immunity from Seizure; preferencialmente disponibilizado on-line) relativo às Valuation and Non-Insurance; Long term Loans; Building colecções dos museus, na definição e adopção a nível up Trust/Networking), integrando-se ainda no mesmo dos países da UE de standards relativos à circulação Plano o trabalho já há muito desenvolvido e estruturado de bens culturais móveis, bem como à apresentação no NRG (National Representatives Group), enquanto de um Plano de Acção para a Promoção da Mobilidade task-force responsável pelo acompanhamento da de Colecções. Digitalização de Colecções no espaço europeu. Recursos na WEB As informações produzidas no âmbito da referidas http://www.culture.gov.uk/mobility/index.htm Conferências sobre o tema da mobilidade de colecções http://www.minedu.fi/OPM/Tapahtumakalenteri/2006/ na UE (Haia 2004, Manchester 2005, Helsínquia 2006) 07/encouraging_mobility_collections.html z encontram-se disponíveis, respectivamente, em: http://www.museumcollectionsonthemove.org/ indexen.html 26 | Boletim Trimestral Paulo Ferreira da Costa, Direcção de Serviços de Inventário/IPM I Encontro Luso-Brasileiro de Museus-Casas Museus Casas 1263 Museu Nacional, antigo Paço Imperial de São Cristóvão, Brasil Delegação Portuguesa Realizou-se de 14 a 16 de Agosto no Rio de Janeiro, Frederico de Freitas (Portugal); e Museus-Casas da Brasil, o I Encontro Luso-Brasileiro de Museus-Casas, Aristocracia com Maria de Lourdes Parreiras Horta do organizado pela Fundação Casa de Rui Barbosa, com Museu Imperial de Petrópolis e José Manuel Carneiro a colaboração do IPHAN e do ICOM Brasil, do Palácio Nacional da Pena (Portugal). No último designadamente o DEMHIST (Comité Internacional dia, Miguel Monteiro do Museu da Imigração, em para as Casas-Museu do ICOM), em colaboração Fafe, falou da casa do ‘Brasileiro’ no Norte de Portugal. com o ICOM Portugal, o DEMHIST e casas-museu No âmbito dos trabalhos foram apresentadas comu- portuguesas. nicações sobre várias instituições e sobre os seus Dando continuidade aos encontros sobre esta tipologia projectos recentes e visitaram-se vários museus, de museu que se vêm realizando naquele museu designadamente o Museu Nacional, instalado no antigo brasileiro há já uma década, o tema deste ano foi Paço Imperial de São Cristóvão, onde está em curso Espaço, Objecto e Museografia. Os trabalhos tiveram um estudo pluridisciplinar para recuperar o espaço e lugar no auditório do Museu Casa de Rui Barbosa a memória da residência. onde se reuniram várias dezenas de profissionais, que Nos dias 17 e 18 de Agosto, os participantes do participaram activamente nos debates. Encontro visitaram o Museu Imperial de Petrópolis, o Na Mesa-redonda inicial, os representantes do DEMHIST Museu Casas da Hera na cidade de Vassouras e várias no Brasil, Márcio Doctors da Fundação Eva Klabin, fazendas de café, no Vale do Paraíba, que estão a ser e em Portugal, Maria de Jesus Monge do Museu- adaptadas a espaços museológicos e/ou turísticos. -Biblioteca da Casa de Bragança, traçaram uma A enorme variedade e diversidade de instituições desta panorâmica das casas-museu nos respectivos países. tipologia ficou patente, bem como o enorme potencial Em seguida e ao longo de três dias foram abordados que representam enquanto factores polarizadores da os Museus-Casas de Intelectuais, com Jurema Seckler memória individual e colectiva, local, regional ou do Museu-Casa de Rui Barbosa e José Manuel Oliveira nacional. A representação portuguesa foi ilustrativa da Casa de Camilo (Portugal); os Museus-Casas de desta pluralidade, integrando profissionais e instituições Coleccionadores, com Vera Alencar dos Museus Castro de múltiplos perfis museológicos, tutelas e áreas Maya e Ana Margarida Camacho da Casa-Museu Dr. geográficas. Rede Portuguesa de Museus | 27 Este encontro, que desejamos seja o primeiro de realizou em Lisboa em 2005, e pudemos reencontrar muitos, materializou um desejo antigo e permitiu os colegas que estiveram no Museu Nacional de trocas de experiências e ideias entre profissionais da Etnologia, que renovaram o seu empenho em participar mesma área, dos dois lados do Atlântico. Existe a em actividades de formação, investigação e divulgação possibilidade de financiamento pelo Governo brasileiro do património luso-brasileiro. de projectos de cooperação (www.cnpq.br/editais/ct/ A testemunhar do interesse que as Casas-Museu 2006/027.htm) e um grande interesse em desenvolver despertam realizar-se-á em Novembro próximo, em contactos e projectos de interesse comum. Cascais, o II Encontro de Casas-Museu. z Este I Encontro Luso-Brasileiro de Museus-Casas deu Maria de Jesus Monge, Museu Biblioteca da Casa de Bragança continuidade ao 6º Encontro do DEMHIST, que se Paço Ducal de Vila Viçosa Nova publicação dedicada à Museologia O CLS Journal of Museum Studies é uma nova publicação em formato electrónico editada pelo College of Liberal Studies da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos da América, disponível em: http://www.ou.edu/cls/jms/ z Informações e contactos Prof. Michael Mares [email protected] João Faria Faleceu no passado dia 19 de Junho João Carlos Lázaro tendo concluído o Mestrado em Arqueologia Roma- Faria, desde 1988 responsável técnico do Museu na na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Municipal Pedro Nunes e desde Novembro de 2005 em 1998. Natural de Alcácer do Sal, aí exerceu uma Vereador do pelouro da Cultura da Câmara Municipal importante actividade cultural, enquanto investigador de Alcácer do Sal. e arqueólogo em diversas intervenções, respon- Nascido em 1960, João Faria licenciou-se em Histó- sável do Museu Municipal e Vereador do pelouro da ria na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Cultura. No Centro de Documentação da RPM – João Faria FARIA, João Carlos; CARVALHO, António Rafael; FERREIRA, Marisol Aires – Alcácer do Sal islâmica: arqueologia e história de uma Medina do Garb Al-andalus (séculos VIII-XIII). Alcácer do Sal: Câmara Municipal de Alcácer do Sal. Museu Municipal de Pedro Nunes, 2004. 96 p. 28 | Boletim Trimestral Publicada com o apoio do Instituto Português de Museus/Rede Portuguesa de Museus, no âmbito do Programa de Apoio à Qualificação de Museus, esta obra apresenta ao público o estudo desenvolvido pelos três autores sobre a presença islâmica na cidade de Alcácer do Sal, onde existia uma importante Medina. A obra encontra-se dividida em três partes: O território e as fontes documentais; História política de al-Qasr Abu Adanis (séculos VIII-XIII); Em jeito de conclusão (estrutura urbana, estruturas defensivas, espaços funerários). z Manuel Lopes Nascido a 30 de Maio de 1943 na Póvoa de Varzim, das respectivas colecções e exposições centradas na Manuel Lopes, antigo Director do Museu Municipal etnografia marítima da Póvoa, salientando muito de História e Etnografia da Póvoa de Varzim e especialmente a exposição intitulada “As Siglas Poveiras” actualmente Director da Biblioteca Municipal Rocha que recebeu um Prémio Internacional do European Peixoto, faleceu no passado dia 14 de Agosto de 2006. Museum of the Year Award em 1980 e que itinerou no Investigador no campo da história local, Manuel Lopes País e na Europa, bem como a exposição “A Lancha desenvolveu estudos em particular sobre a comunidade Poveira e as suas relações com a técnica tradicional de piscatória local, na esteira de António Santos Graça, Autor construção mediterrânica”, a par da qual Manuel Lopes da obra O Poveiro (1932) e fundador do museu em 1937, foi mentor do importante projecto de construção em cujo cinquentenário da morte se comemora este ano. estaleiro de uma “Lancha Poveira do Alto”, a qual No âmbito da actividade de Manuel Lopes no museu constitui actualmente uma extensão “navegável” do destacamos a sua envolvida participação na organização Museu. z Duncan Cameron Faleceu no passado dia 29 de Abril de 2006, Duncan pelo seu desempenho como director de Museus, que Ferguson Cameron, figura importante da museologia lhe valeu o título de Director Emérito aquando da sua internacional, considerado um dos fundadores do reforma. Foi Presidente da Commonwealth Association movimento da Nova Museologia, com Georges Henri of Museums, entre 1983 e 1989, Professor e investigador, Rivière, John Kinard e Mario Vasquez. Tendo começado tendo sido premiado com várias honras, a última das a sua vida profissional em 1956 no Royal Ontario Museum, quais o Prémio Lieutenant-Governor’s do Alberta Museums Duncan Cameron iniciou aí uma carreira que se distinguiu Association, em 2005. Rede Portuguesa de Museus | 29 No Centro de Documentação da RPM – Duncan Cameron Le musée: temple ou fórum IN DESVALLÉS, André, ed. lit – Vagues: une anthologie de la nouvelle muséologie. Mâcon: Éditions W, 1992. Vol 1, pp. 77-98 Este texto, um dos mais conhecidos e citados do autor, foi inicialmente proferido numa comunicação apresentada em 1971, no Museu da Universidade do Colorado. Neste artigo, o autor questiona a definição de museu, focando, particularmente, o seu papel social em contestação ao carácter elitista presente nas suas colecções e exposições e enfatizando a necessidade de reforçar a sua responsabilidade no contexto da democratização da cultura, como elemento facilitador da “igualdade perante a cultura”. Un point de vue: le musée considéré comme système de communication et les implications de ce système dans les programmes éducatifs muséaux IN DESVALLÉS, André, ed. lit – Vagues: une anthologie de la nouvelle muséologie. Mâcon: Éditions W, 1992. Vol 1, pp. 259-270 Neste texto, de 1968, o autor descreve o museu enquanto sistema complexo de comunicação, com vários emissores, vários meios e vários receptores, propondo um olhar renovado sobre o papel dos museus no âmbito da educação. Problème de langage en interprétation muséale IN DESVALLÉS, André, ed. lit – Vagues: une anthologie de la nouvelle muséologie. Mâcon: Éditions W, 1992. Vol 1, pp. 271-288 Apresentado pela primeira vez em 1971, na 9.ª Conferência do ICOM, considerada um dos pontos de partida da Nova Museologia, o artigo debate a questão da linguagem no sistema de comunicação veiculado pelo museu. O autor identifica como uma das principais razões para a crise vivida à época nos museus, a incapacidade dos profissionais tornarem as colecções e os saberes inteligíveis para o público, servindo assim como meio de perpetuar a exclusão social e cultural. Savoir faire peau neuve: les musées et leur nouvelle identité IN BARY, Marie-Odile de, ed. lit; DESVALLÉS, André, ed. lit; WASSERMAN, Françoise, ed. lit. – Vagues: une anthologie de la nouvelle muséologie. Mâcon: Éditions W, 1994. Vol 2, pp. 466-484 Neste artigo, datado de 1992, o autor questiona, mais uma vez, o papel do museu, reflectindo sobre os obstáculos que se colocam à realização de mudanças efectivas, sendo que uma das principais causas identificadas se prende com a própria natureza e identidade do museu. z Dissertações • Na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, no dia 1 de Agosto de 2006, Suzana Maria Peres de Menezes obteve o grau de Mestre em Museologia mediante a apresentação da dissertação A Memória do Trabalho e os Trabalhos da Memória. O caso do Museu da Indústria da Chapelaria. z 30 | Boletim Trimestral Encontros Colóquios APOM 2006 – Públicos Temas e Museus Divulgação a nível nacional e internacional da 13 e 14 de Outubro de 2006 investigação feita nas áreas da Museologia, da Museu de Francisco Tavares Proença Júnior Conservação e do Restauro Castelo Branco 18 de Outubro – Workshop sobre acervos científicos, Organização da informatização à divulgação Associação Portuguesa de Museologia – APOM Informações e contactos Museu de Francisco Tavares Proença Júnior Dra. Natália Jorge – [email protected] Temas Centro Empresarial Capitólio Museus situados em zonas periféricas Av. de França, 256 – 1.º, Sala 1.8 Estratégias de captação de públicos 4050-276 Porto Informações e contactos Tel.: 228 329 938/9 Delminda Paulo Fax.: 228 329 940 Museu de Francisco Tavares Proença Júnior Largo Dr. José Lopes Dias 2.ª Conferência Internacional 6000-462 Castelo Branco de Arquivos Empresariais – Fontes para Tel.: 272 344 277 a história económica e empresarial Fax: 272 234 880 26 e 27 de Outubro de 2006 [email protected] Auditório Municipal, Fórum Cultural do Seixal Organização Ana Bito Núcleo de Estudos de História Empresarial Associação Portuguesa de Museologia Câmara Municipal do Seixal/Ecomuseu Municipal do Praça B à travessa Sargento Abílio Seixal lote 1, lote C1 Tema 1500-567 Lisboa Arquivos Empresariais Tel.: 21 778 06 87 Informações e contactos: Fax: 21 778 06 42 Ecomuseu Municipal do Seixal [email protected] Praça 1.º de Maio, n.º1 2840-485 SEIXAL 2.º Encontro Internacional Tel.: 21 097 61 12 e Tecnologias aplicadas à Museologia, Fax: 21 097 61 13 Conservação [email protected] e Restauro 19 e 20 de Outubro de 2006 IX Jornadas do Património do Algarve Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra – Arqueologia e Património Industrial Organização 27 de Outubro de 2006 Universidade de Coimbra Organização Instituto de Soldadura e Qualidade Câmara Municipal de Albufeira – Divisão de Assuntos Sistemas de Futuro Culturais Conservar e Inovar Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira Rede Portuguesa de Museus | 31 Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus Calçada da Memória, 14 • 1300-396 Lisboa Tel: 351. 21 361 74 90 Fax: 351. 21 361 74 99 [email protected] www.rpmuseus-pt.org DESIGN Artlandia IMPRESSÃO Facsimile 3000 Exemplares DEPÓSITO LEGAL Casa-Museu Abel Salazar, Ateliers de Verão Encontros ISSN 1645-2186 (continuação da página anterior) Departamento de História, Arqueologia e Património Seminário Internacional sobre da FCHS – Universidade do Algarve a Importância do Património Tema Industrial na Europa Divulgação dos resultados da investigação em Portugal 23 e 24 Novembro de 2006 Informações e contactos Auditório do Museu de Cerâmica de Sacavém Câmara Municipal de Albufeira Organização Divisão de Assuntos Culturais Câmara Municipal de Loures Quinta da Correeira Museu de Cerâmica de Sacavém 8200-112 Albufeira Temas Tel.: 289 598 700 O futuro do Património Industrial em Portugal e na Fax: 289 598 729 Europa Informações e contactos Congresso Internacional Rede de Museus de EUROPAE THESAURI Praça da Liberdade 22 a 24 de Novembro de 2006 2674-501 Loures Beja Tel.: 21 983 96 00/05 Organização Fax: 21 983 96 06 Europae Thesauri – Associação Internacional de Tesouros [email protected] e Museus de Arte Sacra Temas Tesouros e Museus de Igreja Musealização do Património Religioso Informações e contactos Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja Largo dos Prazeres, 4-A 7800-475 Beja Tel.: 284 320 918 Fax: 284 320 052 [email protected]