Relatório 03 - CEFET-MG
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Relatório 03 - CEFET-MG
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO NO METROPOLITAN SHOPPING BETIM COM ENFOQUE EM IMPERMEABILIZAÇÕES CRISTIANO FRANCISCO PLACIDO Belo Horizonte Julho de 2015 Cristiano Francisco Placido RELATÓRIO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO NO METROPOLITAN SHOPPING BETIM COM ENFOQUE EM IMPERMEABILIZAÇÕES Relatório apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Estagio Supervisionado, no Curso de Engenharia de Produção Civil, no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Orientador: Augusto Cesar da Silva Bezerra Belo Horizonte, Julho 2015 FOLHA DE APROVAÇÃO i Dedico aos meus pais, que fizeram de tudo possível para meus estudos. Além disso, dedico ao meu primo e amigo Rodrigo Placido, cujo a vida foi finalizada precocemente. ii AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço à DEUS, que me deu forças e saúde para que pudesse enfrentar todos os obstáculos que apareceram na minha vida até este momento. Agradeço aos meus pais Sonia Marta Placido e Amilton Genesio Placido, que me deram todo o suporte e apoio para que concentra-se totalmente nos meus estudos. Agradeço à todos os meus colegas de graduação, pelo companheirismo e luta nesta árdua missão de completar este curso. Agradeço aos meus amigos Alencar e Eduardo, pelas longas horas de estudos e noites em claro, que passamos juntos, que possibilitaram um melhor preparo para as provas e uma melhor qualidade nos trabalhos da faculdade. Agradeço toda minha família, que sempre preocupou e incentivou a minha vida acadêmica. Agradeço aos meus chefes Joelmir e Galileu, que sempre permitiram que pudesse sair mais cedo ou chegar mais tarde no serviço em detrimento aos meus estudos. Agradeço ao Professor Augusto Cesar da Silva Bezerra, que me estendeu a mão quando mais precisava, além disso pelos conselhos e técnicas de estudo transmitidas para mim. Agradeço à Técnica em assuntos educacionais, Marina Conceição Moreira da Silveira, pela insistência na procura para comunicação da aprovação do meu reingresso na instituição, sem este comunicado possivelmente nunca formaria no CEFET-MG. Agradeço ao CEFET-MG pelo auto nível de ensino e pela excelência de seus professores que permitiu uma grande absorção de informações e uma boa preparação para o mercado de trabalho. iii RESUMO Este relatório técnico abordou sobre falhas de impermeabilização, um dos problemas mais recorrentes de empreendimentos de grandes dimensões horizontais, através da vivência em serviço prestado como Analista de Operações no setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim no período de 09 de março de 2015 até 30 de junho de 2015. O trabalho demonstrou problemas de infiltração nas etapas de identificação de origem, busca da causa e tentativas de soluções rápidas e eficazes. Ao mesmo tempo abordou medidas de prevenção, que visarão a eliminação de inconformidades na impermeabilização em áreas com histórico de vazamentos e até mesmo em áreas que nunca registraram infiltrações. Além disso, foi criado paralelo entre o que a comunidade científica aponta e o que foi realizado pela manutenção do centro de compras em relação a penetração de água nas estruturas. Palavras chave: impermeabilização, manutenção, shopping. iv ABSTRACT This technical report addressed on waterproofing failures, one of the most persistent problems of large horizontal dimensions enterprises, by living in service as Operations Analyst in the Metropolitan Shopping Betim Operations sector in the period from 9 March 2015 until 30 June 2015. The study showed infiltration problems in source identification steps, search for the cause and attempts to fast and effective solutions. At the same time it addressed preventive measures, in order to achieve the elimination of non-conformities in waterproofing in areas with leaks history and even in areas ever recorded infiltrations. Moreover, it was created parallel between the scientific community and the points that was made for maintaining the shopping center towards the penetration of water into the structures. Keywords: waterproofing, maintenance, shopping v LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Organograma do setor de Operações. ............................................................. 2 Figura 2 – Esquema de infiltrações no piso L3 ocorridas nos primeiros meses de operação. .......................................................................................................................................... 4 Figura 3 A e B) – Buraco no forro do piso L3 originado por infiltração. ........................ 4 Figura 4 A e B) – Manchas no forro no piso L3 originado por infiltração. ..................... 5 Figura 5 – Esquema de infiltrações no piso L3 ocorridas nos primeiros meses de operação. .......................................................................................................................................... 5 Figura 6 A e B) – Fotos estacionamento G4 antes da impermeabilização. ...................... 6 Figura 7 – Fissura entre parede e piso no estacionamento G4. ........................................ 6 Figura 8 – Fissura do piso no estacionamento G4. ........................................................... 7 Figura 9 A e B) – Fotos ações paliativas no estacionamento G4, PU e lonas. ................. 7 Figura 10 – Foto ação paliativas no estacionamento G4, mantas asfálticas nos cantos. .. 8 Figura 11 – Ilustração de laje alveolar.............................................................................. 8 Figura 12 – Representação da única junta de estacionamento do G4. ............................. 8 Figura 13 A e B) – Ilustração das camadas de aplicação do Autonivelante e Poliuréia. . 9 Figura 14 A e B) – Fotos do lixamento da camada de impermeabilização antiga. ........ 10 Figura 15 A e B) – Fotos da aplicação de prime no substrato. ....................................... 11 Figura 16 – Ilustração da atividade de aplicação de Poliuréia. ...................................... 11 Figura 17 A e B) – Fotos da aplicação de Poliuréia no G4 e após aplicação da Poliuréia. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. ...................... 12 Figura 18 A e B) – Fotos da demarcação da sinalização horizontal do estacionamento G4. ........................................................................................................................................ 12 Figura 19 A e B) – Fotos do estacionamento G4 após conclusão dos serviços. ............ 12 Figura 20 – Esquema de infiltrações no piso L3 ocorridas após inauguração. .............. 13 Figura 21 – Esquema de infiltrações no piso L3 após aplicação de Poliuréia no G4. .... 13 Figura 22 A e B) – Fotos das claraboias do shopping, vistas interna e externa. ............ 14 Figura 23 A e B) – Fotos do içamento da plataforma elevatória, antes e durante. ......... 14 Figura 24 A e B) – Fotos serviço de trocas de vidros das claraboias. ............................ 15 Figura 25 – Foto mostrando uma das falhas de vedação entre os vidros das claraboias. 16 Figura 26 A e B) – Fotos do serviço de vedação entre vidros. ....................................... 16 vi Figura 27 – Esquema de infiltrações no piso L3 ocorridas nos primeiros meses de operação. ......................................................................................................................... 17 Figura 28 A e B) – Fotos junta do estacionamento G3 e rasgo na junta do G3. ............ 17 Figura 29 A e B) – Fotos junta aproximada do estacionamento G3 e rasgo da junta. ... 18 Figura 30 A e B) – Fotos calha abaixo da junta do G3 e foto aproximada da calha.Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. ................................. 18 Figura 31 A e B) – Fotos junta Jenne em andamento e concluída. ................................ 19 Figura 32 A e B) – Foto fachada Casas Bahia e esquema da área de infiltração na loja.19 Figura 33 – Foto fachada Casas Bahia e esquema da área de infiltração na loja. .......... 20 Figura 34 – Esquema de projeção da loja Casas Bahia na praça de alimentação do piso L3. ................................................................................................................................... 20 Figura 35 – Esquema de projeção da loja Casas Bahia e localização da junta da praça. 21 Figura 36 A e B) – Fotos junta da praça e afundamento da junta da praça. ................... 22 Figura 37 A e B) – Fotos dimensão afundamento de junta e foto junta secundária.Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. ................................. 22 Figura 38 A e B) – Fotos da junta Jenne aproximada e junta Jenne longitudinal. ......... 23 Figura 39 A e B) – Fotos junta Jenne encontro piso/pilar e junta Jenne visão de cima. 23 Figura 40 A e B) – Foto fachada Jomaheli e esquema da localização da loja no piso L2. ........................................................................................................................................ 24 Figura 41 A e B) – Esquemas de localização do gotejamento e projeção da loja no salão de beleza do piso L3. ...................................................................................................... 24 Figura 42 A e B) – Projetos Hidráulico e Hidrossanitário do salão de beleza. .............. 25 Figura 43 A e B) – Esquemas de marcações da primeira área de estudo e aparelho problemático. .................................................................................................................. 27 Figura 44 A e B) – Esquemas com projeção do ponto de vazamento e fluxo de água para infiltração. ....................................................................................................................... 28 vii LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Corantes usados para cada aparelho. ............................................................ 26 viii SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO / EMPRESA ................................................................................ 1 2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 3 3 SERVIÇOS .............................................................................................................. 4 3.1. ESTACIONAMENTO G4 (LAJE E ENCONTRO LAJE/PAREDES) ................ 4 3.2. CLARABOIAS .................................................................................................... 14 3.3. JUNTAS ESTACIONAMENTO G3 .................................................................. 17 3.4. VAZAMENTO NA CASAS BAHIA .................................................................. 19 3.5. INFILTRAÇÃO NA LOJA JOMAHELI JEANS ............................................... 23 4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 29 5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................ 31 1 1 INTRODUÇÃO / EMPRESA O Metropolitan Shopping Betim tem como administradora a Partage Empreendimentos e Participações, rede que atua em investimentos no ramo imobiliário de São Paulo e possui ações no Laboratório Aché. Recentemente a rede passou a investir também no setor de shopping centers. Atualmente a empresa está em expansão, possui presença em 4 das 5 regiões do brasil, possui 6 shoppings em operação e 2 em construção. Ao todo o grupo possui 240.000 m² de Área Bruta Locável (ABL), ou seja, espaço total na parte interna de seus shoppings, destinados à locação de lojas, eventos, quiosques, dentre outros. O Metropolitan Shopping Betim foi inaugurado no dia 10 de julho de 2013, caracteriza-se por ser o maior dos três shoppings da cidade de Betim e um dos maiores do estado de Minas Gerais. Localiza-se em ponto estratégico na BR-381, Rodovia Fernão Dias, KM 492, Bairro São João. O centro de compras possui 101.791,52 m² de área construída, sendo 54.170 m² de ABL e totaliza 2.700 vagas de estacionamento. Tem um fluxo diário médio de aproximadamente 13.000 pessoas e 2.400 veículos. O shopping possui capacidade de 240 lojas, sendo dez âncoras (lojas de grande porte) e nove megalojas (lojas de médio porte), além de 07 salas de cinema de última tecnologia. Para operacionalizar este empreendimento de grande porte se faz necessário serviços de segurança, limpeza, manutenção, estacionamento. Todos são prestados por empresas terceirizadas. A administração é o único setor orgânico, é dividido em três sub setores eles são: Financeiro, Marketing e Operações. O setor Financeiro é responsável por controlar todos os recebimentos e pagamentos do shopping. O Marketing fica incumbido a zelar pela imagem do shopping na sociedade. Por último o setor de Operações que controla e monitora toda logística, organização e planejamento dos serviços das terceirizadas, além de obras de lojas e ampliações/melhorias das áreas comuns do centro de compras. A organização do setor de Operações está detalhada, logo em seguida, na figura 1. 2 Figura 1 – Organograma do setor de Operações. Fonte: Acervo do setor de RH do Metropolitan Shopping Betim A função de Analista de Operações está dentro do segmento de Operações e tem as seguintes atribuições: - Registrar, monitorar, avaliar e buscar otimização dos consumos de energia e água bem como outras despesas do shopping; - Acompanhar execução de manutenção do shopping; - Acompanhar obras e reformas de lojas e áreas comuns do shopping; - Auxiliar na verificação de projetos complementares e execução de “as builts”; - Realizar atendimentos aos lojistas e empreiteiros. Este trabalho teve enfoque na atribuição de “Acompanhar execução de manutenção do shopping”, mas precisamente em problemas que originam ou são oriundos de infiltrações na estrutura do centro de compras. 3 2 JUSTIFICATIVA Foi escolhido este tema, visto que parte significativa dos problemas são relacionados a penetrações indesejadas de água, os mesmos demandam atenção maior, pois centros de compras precisam ter conforto e estética em nível elevado, assim reforçando a importância do tema. Além disso, é um assunto vasto, onde existem várias formas e materiais possíveis para resolver determinada problemática. Assim ressaltando, a não chance de devastar, mesmo que de forma superficial, este amplo universo de escolhas. 4 3 SERVIÇOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO 3.1. ESTACIONAMENTO G4 (LAJE E ENCONTRO LAJE/PAREDES) Nas primeiras chuvas ocorridas após a inauguração do shopping foi constatado inúmeros pontos de infiltração no mall e nas lojas, principalmente no piso L3, como pode ser observado na figura 2. Figura 2 – Esquema de infiltrações no piso L3 ocorridas nos primeiros meses de operação. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. A) B) Figura 3 A e B) – Buraco no forro do piso L3 originado por infiltração. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. 5 A) B) Figura 4 A e B) – Manchas no forro no piso L3 originado por infiltração. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Foi constatado como principal origem das infiltrações, fissuras presentes no piso do estacionamento G4, um andar acima do piso atingindo, as fissuras localizavam - se em toda a extensão do estacionamento cerca de 13.000 m² de área descoberta, representada na figura 5 na área zebrada na cor vermelha. As fissuras possuíam concentração mais acentuada nos locais mais distantes das juntas e encontros do piso com as paredes. Figura 5 – Esquema de infiltrações no piso L3 ocorridas nos primeiros meses de operação. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim Os tamanhos das juntas estão evidenciadas nas figuras 6A, 6B, 7 e 8. 6 A) B) Figura 6 A e B) – Fotos estacionamento G4 antes da impermeabilização. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Figura 7 – Fissura entre parede e piso no estacionamento G4. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim 7 Figura 8 – Fissura do piso no estacionamento G4. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim Para atenuar momentaneamente as penetrações de água e suas consequências desagradáveis, foi tomado ações paliativas como: aplicação de PU nas fissuras (Figura 9A), instalação de manta asfáltica nos cantos (Figura 10) e colocação de lonas nos locais mais graves (Figura 9B). Essas ações não reduziram os pontos, porém permitiram uma diminuição na intensidade dos vazamentos, possibilitando uma maior tranquilidade para avaliação da causa das fissuras. A) B) Figura 9 A e B) – Fotos ações paliativas no estacionamento G4, PU e lonas. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. 8 Figura 10 – Foto ação paliativas no estacionamento G4, mantas asfálticas nos cantos. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Foram analisados os projetos e a execução da estrutura e impermeabilização do estacionamento G4, afim de encontrar alguma não conformidade. Em relação aos projetos estruturais foi constatado que a laje é alveolar (Figura 11), ou seja, possui áreas vazias internamente, permitindo que a água infiltrada em apenas uma fissura possa afetar uma área muito ampla, porém quando a impermeabilização está integra não ocorre este problema. Figura 11 – Ilustração de laje alveolar Fonte: Catálogo da empresa TATU pré-moldado Existe apenas uma junta principal em toda a extensão do estacionamento, como pode ser visto na figura 12, com isso, os esforços e a dilatação do substrato são elevadíssimas, sendo assim o material impermeabilizante especificado no projeto deve resistir a estas forças. Figura 12 – Representação da única junta de estacionamento do G4. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim 9 A Poliuréia foi o material apontado no projeto de impermeabilização, possui características de alta elasticidade e flexibilidade formando uma camada monolítica e continua sem emendas ou juntas, com isso a escolha do material foi correta. Após análise dos projetos, descartamos temporariamente que a causa poderia ser de erro de concepção dos mesmos e partimos para avaliação de possíveis não conformidades na execução da laje ou em sua impermeabilização. Analisando relatórios fotográficos da obra e visualmente no local, foi possível afirmar que não houve erros de execução, no ponto de vista estrutural, da laje do estacionamento G4, foram seguidas as especificações de projeto e técnicas construtivas. Porém foi levantada dúvida em relação ao material empregado como impermeabilizante, aparentemente o revestimento do piso não tinha características da Poliúreia, material especificado em projeto. Para constatação do produto empregado foi chamada empresa especialista no assunto para visita ao local, o diagnóstico da mesma apontou que não foi aplicada a Poliúreia e sim Auto Nivelante Uretano um material semelhante visualmente, mas que possui propriedades inferiores ao produto especificado em projeto, logo em seguida segue ilustrações das camadas dos materiais citados, figuras 13A e 13B. A) B) Figura 13 A e B) – Ilustração das camadas de aplicação do Autonivelante e Poliuréia. Fonte: Site da empresa SISA impermeabilizações O Autonivelante possui valores menores de flexibilidade, resistência química e resistência a esforços mecânicos. Este fato o torna não ideal para o local no qual foi aplicado, pois como falado anteriormente o estacionamento G4 possui apenas 1 junta principal, tendo assim esforços mecânicos elevados, além disso pelo local ser descoberto está sujeito a intempéries como incidência direta do sol e chuvas, outro ponto desfavorável são os produtos químicos liberados pelos veículos que demandam grande resistência química do piso. O Autonivelante Uretano também é um material impermeabilizante, porém deve ser empregado somente em locais cobertos de pequenos 10 esforços estruturais e exposição química de intensidade mediana, como por exemplo: pisos de fabricas e estacionamentos cobertos que possuem dilatação pequena. Com isso, foi possível diagnosticar que a causa para aparecimento de fissuras precocemente no revestimento do G4 foi o não seguimento das especificações em relação ao material impermeabilizante, restando buscar os responsáveis pelos erros e a solução para a problemática. Após inúmeras reuniões entre a manutenção do shopping e a empresa responsável pela obra, foi constatado que a construtora foi a única responsável pela não conformidade, pois optou pelo produto inferior visando uma redução de 30% no custo do serviço, sendo assim, ficou acordado entre as partes que a construtora após o período chuvoso, removeria o material errado e aplicaria a Poliuréia, material informado em projeto. Posteriormente aos meses de chuvas mais intensas foi iniciada a aplicação da Poliuréia com sub contratada da construtora e com a fiscalização dos responsáveis pela a manutenção do shopping. Primeiramente houve a remoção do Autonivelante através de lixamento realizado por maquinário (Figuras 14A e 14B), optou-se pelo lixamento, pois a sub contratada avaliou se a Poliuréia poderia ser aplicada sob o material anteriormente realizado, chegou-se à conclusão que não poderia efetivar esse procedimento, visto que em várias regiões o Autonivelante não estava bem aderido ao substrato, podendo assim não conseguir uma impermeabilização coesa. A) B) Figura 14 A e B) – Fotos do lixamento da camada de impermeabilização antiga. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Posteriormente a etapa de lixamento, área foi lavada por meio de hidrojateamento, e em seguida é iniciada a aplicação de prime (Figuras 15A e 15B), substância que possui também característica impermeabilizante e otimiza a aderência do substrato e a Poliuréia. 11 A) B) Figura 15 A e B) – Fotos da aplicação de prime no substrato. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Depois de alguns dias é aplicada a Poliuréia por meio de jateamento, que consiste na união rigorosamente dosada de substâncias inertes que quando unidas reagem instantaneamente gerando um produto contínuo e impermeável que gira entre 2 e 2,5 mm de espessura. O momento da aplicação da Poliuréia está evidenciada nas figuras 16, 17A e 17B.0 Figura 16 – Ilustração da atividade de aplicação de Poliuréia. Fonte: Revista Infraestrutura Urbana (2014). 12 A) B) Figura 17 A e B) – Fotos da aplicação de Poliuréia no G4 e após aplicação da Poliuréia. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Por último foi realizado a demarcação horizontal do novo revestimento do estacionamento G4, respeitando a marcação original, como pode ser visto nas figuras 18A, 18B, 19A e 19B. A) B) Figura 18 A e B) – Fotos da demarcação da sinalização horizontal do estacionamento G4. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. A) B) Figura 19 A e B) – Fotos do estacionamento G4 após conclusão dos serviços. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. 13 Nas chuvas ocorridas após a finalização da aplicação da Poliuréia, foi notada redução drástica nas infiltrações no Piso L3, como pode ser visto na evolução do esquema logo após inauguração do shopping (Figura 20) para o esquema realizado posteriormente a aplicação de Poliuréia no estacionamento G4 (Figura 21). Figura 20 – Esquema de infiltrações no piso L3 ocorridas após inauguração. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim Figura 21 – Esquema de infiltrações no piso L3 após aplicação de Poliuréia no G4. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim Houve melhora, porém alguns pontos persistiram e outros apareceram, estes foram avaliados novamente e foi descartada falha da impermeabilização do piso do estacionamento G4, os esforços foram direcionados as claraboias do shopping presentes em grande extensão da cobertura. 14 3.2. CLARABOIAS Em relação aos pontos de infiltração que continuaram após o procedimento da Poliúreia, foi observado que todos concentravam em áreas abaixo das claraboias de vidro do shopping (Figuras 22A e 22B) que tem a função de permitir a entrada de luz natural, somadas possuem 3.093,37 m² que representam 8,1% da cobertura do shopping. Após observação visual mais detalhada em relação aos vidros foi constatado que haviam vários trincados, com isso providenciamos as trocas dos mesmos. A) B) Figura 22 A e B) – Fotos das claraboias do shopping, vistas interna e externa. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Foram adquiridos novos vidros das mesmas especificações dos quais estavam avariados, além disso foi alugada plataforma elevatória, visto que as claraboias são bem altas e de difícil acesso, um dos problemas consistiu em levar a plataforma até o local do serviço, pois todos os caminhos que levavam até lá não tinham dimensões que possibilitavam a passagem do equipamento, com isso foi necessário o içamento do mesmo até o estacionamento G4, como pode ser observado nas figuras 23A e 23B. A) B) Figura 23 A e B) – Fotos do içamento da plataforma elevatória, antes e durante. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. 15 Após a mobilização de matérias e equipamentos o serviço de troca de vidros foi iniciado (Figuras 24A e 24B), ao todo foram trocadas cerca de 30 peças num período de 1 semana, o tempo previsto era de 3 dias, porém em alguns ocorreram chuvas interrompendo o serviço em razão da segurança dos trabalhadores. A) B) Figura 24 A e B) – Fotos serviço de trocas de vidros das claraboias. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Posteriormente a substituição dos vidros, realizou-se vistoria geral nas claraboias, avaliando se havia mais algum vidro trincado, chegou-se à conclusão que não existia mais nenhum avariado naquele momento, com isso foi encerrada a atividade, desmobilizando mão de obra e equipamentos. Porém nas chuvas seguintes ao encerramento observou-se que vários pontos foram extintos (cerca de 70%), porém alguns permaneceram e ficaram com a mesma intensidade, em consequência disso, foi levantada hipótese de falha de vedação entre os vidros, a constatação desta hipótese só era possível avaliando visualmente a interface dos vidros, com isso foi realizada novamente a mobilização de todos os equipamentos e mão de obra, afim de avaliar de perto o problema. Verificou-se que se tratava de falha de vedação, haviam locais que as borrachas e os silicones que tinham a função de impermeabilização entre vidros, estavam deslocados e em alguns casos estavam ausentes, falhas que podem serem vistas na figura 25. 16 Figura 25 – Foto mostrando uma das falhas de vedação entre os vidros das claraboias. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim A solução levantada foi de reconstituir toda a vedação das claraboias, todos os materiais necessários, borracha, silicone estrutural, dentre outros, foram adquiridos e a operação foi iniciada (Figuras 26A e 26B), a mesma durou cerca de 45 dias, visto que se tratava de um serviço minucioso e de alto risco. A) B) Figura 26 A e B) – Fotos do serviço de vedação entre vidros. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Após a conclusão da atividade, foi realizada somente a desmobilização parcial dos equipamentos e mão de obra, visando a incidência da primeira chuva, afim de testar a qualidade do serviço, pois se constatada não conformidade o custo com uma nova mobilização seria menor. Enfim as chuvas vieram e os pontos remanescentes foram extinguidos por completo, permitindo a desmobilização total dos insumos essenciais para a operação. 17 3.3. JUNTAS ESTACIONAMENTO G3 Outro problema do mesmo período em relação ao piso estacionamento G4 e claraboias, foi relacionado as juntas localizadas no estacionamento G3 (representadas em vermelho na Figura 27), porém não foram tratadas no mesmo momento das outras duas problemáticas, pois as outras causavam impacto direto no mall e nas lojas, áreas prioritárias, já o problema das juntas no estacionamento G3 afetavam o estacionamento coberto G2, porém após a resolução dos demais, as juntas passaram a ser objetivo principal da atuação. São ao todo duas juntas no estacionamento G3, uma com 36 metros e outra com 26 metros, ambas com 7 cm de largura no estado de repouso. Figura 27 – Esquema de infiltrações no piso L3 ocorridas nos primeiros meses de operação. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Analisando visualmente as juntas do G3, foi possível constatar que haviam vários rasgos acentuados no material impermeabilizante, essas não conformidades podem ser observadas nas figuras 28A, 28B, 29A e 29B. Restava saber a causa das mesmas, foram levantadas as hipóteses de vandalismo ou desgaste por fadiga do material empregado, A) B) Figura 28 A e B) – Fotos junta do estacionamento G3 e rasgo na junta do G3. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. 18 A) B) Figura 29 A e B) – Fotos junta aproximada do estacionamento G3 e rasgo da junta. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Após avaliação dos projetos observou-se que o material empregado não era o que foi determinado, no caso o material correto é a junta Jenne modelo JJ5070VVEPDM, recomendada para locais de grandes movimentações e trafego de veículos, como viadutos, pontes e estacionamentos. Com isso, chegou-se à conclusão que os rasgos são oriundos de fadiga de material que é improprio para a função. Portanto a solução foi a remoção do produto errado e posteriormente a aplicação da junta Jenne. De forma paliativa foram instaladas calhas logo abaixo da junta do estacionamento G3 (Figuras 30A e 30B), afim de mitigar as consequências da infiltração no estacionamento G2 até que fosse disponibilizada verbas para realização das juntas Jenne, visto que se trata de um investimento considerado. A) B) Figura 30 A e B) – Fotos calha abaixo da junta do G3 e foto aproximada da calha.Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Posteriormente a disponibilidade de verba, o estacionamento G3 foi fechado e iniciou-se o serviço, a remoção foi mecânica através de furadeiras e maquitas, após a 19 remoção constatou-se que as extremidades do piso próximo das juntas estavam não lineares, em consequência disso houve a necessidade de correção das beiradas do piso através de preenchimento com graute de alta resistência, em seguida foi instalada a junta Jenne (Figuras 31A e 31B) nas extremidades do piso por meio de cola especial, resistente a intempéries e a esforços mecânicos. A) B) Figura 31 A e B) – Fotos junta Jenne em andamento e concluída. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Nas chuvas acontecidas depois do serviço notou-se que as infiltrações cessaram. 3.4. VAZAMENTO NA CASAS BAHIA A partir de determinado período ocorreram infiltrações de forma sazonal em região específica do forro da loja Casas Bahia localizada no centro do piso L2 (Figuras 32A e 32B). A) B) Figura 32 A e B) – Foto fachada Casas Bahia e esquema da área de infiltração na loja. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. 20 Figura 33 – Foto fachada Casas Bahia e esquema da área de infiltração na loja. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Várias hipóteses foram levantadas como: Vazamento das tubulações localizadas no entre forro da própria loja, falha de impermeabilização das lojas da praça de alimentação do piso L3 (logo acima) ou até mesmo falha de vedação do piso do mall ou de algum banheiro (Figura 34). Figura 34 – Esquema de projeção da loja Casas Bahia na praça de alimentação do piso L3. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim A hipótese de vazamento das próprias tubulações da loja foi levantada, pois é uma causa muito recorrente nos casos de infiltrações dentro de lojas, com isso toda as redes que transportam água, sejam elas de água potável, água de reuso, rede de sprinklers, rede 21 hidrante e ar condicionado foram avaliados e inspecionados pela equipe de manutenção do shopping e também pelos responsáveis pela conservação da loja Casas Bahia do centro de compras. Nenhuma conformidade foi observada, com isso foi descartada está possível causa. Outra provável origem apontada, foi de falha na impermeabilização de alguma das lojas da praça de alimentação, local que está acima de grande parte da extensão da loja Casas Bahia. O manual de obra do shopping obriga que todas as lojas de alimentação devem possuir mantas frias para evitar infiltrações nos estabelecimentos logo abaixo, foi avaliado todo histórico, fotos e documentos em relação à fiscalização dessas aplicações nas obras das lojas, constou-se que tudo aparentemente estava conforme, com isso foi feita checagens em todas as lojas do ramo alimentício do piso L3, buscando algum fato que possa ter rasgado ou deslocado as mantas frias, nenhum acontecimento foi constatado, descartando essa hipótese. Analisando mais afundo a localização das infiltrações do estabelecimento afetado, foi possível verificar que exatamente acima localiza-se uma junta de mall que corta a praça de alimentação, como pode ser observado na figura 35, em consequência disso, todos os esforços foram direcionados para ela. Figura 35 – Esquema de projeção da loja Casas Bahia e localização da junta da praça. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim 22 A junta em estudo possui 60 metros de comprimento e largura média de 3,5 cm, era feita com adesivo plástico material de baixa qualidade em relação ao grau de resistência que o local está sujeito, devido ao grande trafego de pessoas durante o horário de abertura ao público e movimentação de maquinas nas madrugadas. Além disso, observou-se que a junta está apresentava aspecto sujo (Figura 36A), frestas em vários pontos (Figura 36B), afundamento de até 4 centímetros (Figura 37A) e origem natural de junta secundaria de 16 metros de comprimento e 1,1 cm de largura, ao lado da junta original (Figura 37B). A) B) Figura 36 A e B) – Fotos junta da praça e afundamento da junta da praça. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. A) B) Figura 37 A e B) – Fotos dimensão afundamento de junta e foto junta secundária.Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Na região próxima à junta foram impedidas atividades que utilizavam água, em consequência disso, com o passar do tempo a infiltração dentro das Casas Bahia foi diminuindo de intensidade até cessar por completo, confirmando assim a hipótese levantada. A solução da problemática foi de substituir o adesivo plástico das juntas por Junta Jenne 4040F, material impermeabilizante, composto por borracha de grande resistência a esforços mecânicos. O serviço foi realizado em 3 madrugadas, e após a 23 finalização não ocorreu mais infiltrações na área. Além disso, posteriormente foi feita a substituição nas outras 3 juntas do mall, pelas mesmas razões da primeira. É importante frisar que as juntas Jenne resultaram em estanqueidade das áreas, mas também proveram uma melhor estética e também uma maior segurança aos transeuntes (Figuras 38A, 38B, 39A e 39B). Houve uma melhora visual, pois apresentam uma superfície mais regular e menor grau de sujidade. Em relação a segurança das pessoas se deve ao fato das Juntas Jenne não afundarem facilmente, evitando assim quedas e torsões dos transeuntes. A) B) Figura 38 A e B) – Fotos da junta Jenne aproximada e junta Jenne longitudinal. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. A) B) Figura 39 A e B) – Fotos junta Jenne encontro piso/pilar e junta Jenne visão de cima. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. 3.5. INFILTRAÇÃO NA LOJA JOMAHELI JEANS Desde início da operação do shopping, existia um pequeno ponto de gotejamento de água na escada da loja Jomaheli Jeans que está localizada no piso L2 (Figuras 40A e 40B). 24 A) B) Figura 40 A e B) – Foto fachada Jomaheli e esquema da localização da loja no piso L2. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. No começo as gotas eram bem espaçadas tinham intervalo médio de queda de aproximadamente 10 minutos, fato que não afetava a operação da loja, ou seja, era um problema de prioridade baixa de resolução. Porém com o passar dos meses a velocidade de queda das gotas foi aumentado e além disso, uma das funcionárias ficou gestante, com isso a solução para infiltração ganhou grande importância, visto que o gotejamento já estava começando a atrapalhar o bom funcionamento da loja e também havia um eminente risco de queda da gestante devido água na escada. Foi verificado que logo acima da loja Jomaheli Jeans localizava-se um salão de beleza (Figura 41B), com vários equipamentos hidráulicos, em consequência disso, as investigações foram direcionadas para este estabelecimento. A) B) Figura 41 A e B) – Esquemas de localização do gotejamento e projeção da loja no salão de beleza do piso L3. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Foram analisados os projetos hidráulico (Figura 42A) e hidrossanitario (Figura 42B), afim de verificar o encaminhamento das tubulações para avaliar as possiveis causas 25 da infiltração. Além disso, foram feitas visitas no salão de beleza para verificar se o projetos foram seguidos e se ouve algum erro de execução ou algum fato que estivesse contribuindo com a penetração de água na laje. Foi observado em projeto e confirmado in loco a existencia de 1 pia na área de atendimento, 3 lavatórios para cabeça, 2 de lavatórios para os pés, 2 pias na copa, 2 vasos sanitários e 2 lavatórios de banheiro. A) B) Figura 42 A e B) – Projetos Hidráulico e Hidrossanitário do salão de beleza. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. A primeira vista não foi encontrado nenhuma não conformidade, porém suspeitamos do lavabos de pés (Figura 43A), devido a localização ser bem próxima do ponto de vazamento. Com isso, a loja foi solicitada a não realizar serviços nos lavatórios de pés, afim de obervar se a infiltração na loja Jomaheli Jeans, diminua ou cessava. Passou-se semanas, porém não houve redução no volume da infiltração, assim está hipotese foi temporariamente descartada. Posteriormente houve uma mudança de tática o estudo foi ampliado para todos os equipamentos hidráulicos do piso terreo do salão de 26 beleza. Algumas vezes ao dia eram aplicados corantes em cada elemento hidráulico, cada cor era específico de um equipamento, como pode ser observado na tabela 1. APARELHO pia área de atendimento lavatório para cabeça 1 lavatório para cabeça 2 lavatório para cabeça 3 lavatório para os pés 1 lavatório para os pés 2 pia copa 1 pia copa 2 vaso social vaso funcionários lavatório banheiro social lavatório banheiro funcionários COR VERDE CLARO AMARELO VERMELHO ROXO PRETO VERDE ESCURO LARANJA ROSA CINZA AZUL BRANCO LILAS Tabela 1 – Corantes usados para cada aparelho. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. A medida do corante, é uma possibiidade direcionar qual equipamento ou ramal de tubulação problemático, através de coloração da laje infiltrada. No caso, após algumas semanas da ação, foi constatado que a laje apresentou coloração azulada, apontado que o problema podia ter relação com o vaso sanitário do banheiro dos funcionários (Figura 43B). Fato esse muito intrigante devido a distância do vaso sanitário até o ponto atingido, praticamente o ponto mais distante possível. 27 A) B) Figura 43 A e B) – Esquemas de marcações da primeira área de estudo e aparelho problemático. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Foi feita avaliação no local e observou-se falha na vedação do vaso sanitario. O salão de beleza foi notificado pelo shopping para realizar a manutenção do problema, alguns dias após foi realizada. Contudo o aparelho em questão não está sobre a loja Jomaheli e sim sobre uma loja vaga ao lado do estabelecimento atingido, restando saber o elo de ligação desses dois pontos. A hipotese mais relevante é que a água evadida da falha de vedação do vaso sanitário condicionava sobre a manta impermeabilizante até que encotrou um ponto de falha na manta que no caso ficava sobre a escada da loja Jomaheli Jeans, está hipotese está ilustrada nas figuras 44A e 44B. 28 A) B) Figura 44 A e B) – Esquemas com projeção do ponto de vazamento e fluxo de água para infiltração. Fonte: Acervo do setor de Operações do Metropolitan Shopping Betim. Após a manutenção não houve mais infiltração na loja Jomaheli Jeans. 29 4 CONCLUSÃO Com este relatório de estagio é possível concluir que grande parte dos problemas pós obra dos grandes empreendimentos que possuem valor elevado de área construída são relacionados a infiltrações na estrutura, seja ela originada pela falha de impermeabilização ou ausência da mesma. Também conclui-se que para solucionar problemas relacionados a penetração de água indesejada de forma rápida e econômica, é preciso ter: um bom conhecimento em patologias das construções, planejamento das ações e metodologia para avaliação da problemática. Ter um bom conhecimento em patologias é fundamental, pois vários problemas de penetração de água ocorrem por fissuras ou até mesmo trincas em lajes e paredes, com isso é importante fazer o diagnóstico correto em relação aos esforços que estão atuando na região problemática, para prover uma ação mitigatória correta e duradoura. Planejamento tem função primordial, visto que ao tomar uma ação precipitada aumenta consideravelmente a chance da infiltração não ser resolvida ou até mesmo ser agravada, levando um desperdício de material e mão de obra. Uma boa metodologia se faz necessária, pois é preciso avaliar de forma ordenada as possíveis causas (variáveis) de penetração de água, analisando separadamente cada causa (variável) com artifícios específicos para tal, para que posteriormente possa descartar causas (variáveis) e concentrar ações na que sobrou ou nas que sobraram, caso seja mais que uma. Os 3 fundamentos citados no último parágrafo ganham mais importância quando se trata de shoppings, especificamente o Metropolitan Shopping Betim, pois centro de compras prezam e necessitam ter conforto e estética impecáveis para cativar seus clientes e agradar seus lojistas instalados no mal. Em relação a bagagem de conhecimento adquirida na realização do curso de Engenharia de Produção Civil, foi satisfatória perante ao tema de impermeabilização, porém poderia ter sido melhor ainda, pois o assunto foi tratado de forma periférica por várias matérias no decorrer do curso, como por exemplo em Tecnologias da Construções, Materiais, Patologias das Construções, Instalações Hidros sanitárias, dentre outras mais. Graças a este fato, não houve enfoque direto nos assuntos que pleiteiam infiltrações em estruturas, sugiro que a matéria de Impermeabilização deixe de ser optativa e passe a ser 30 obrigatória, visto que será uma problemática muito recorrente na vida profissional dos formandos do curso de Engenharia de Produção Civil. 31 5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS TATU. Lajes alveolares. TATU, 2014 Disponível em: http://www.tatu.com.br/pdf_novo/lajes_alveolares.pdf>. Acesso em: abril, 2015. < SYSA. Serviços < Impermeabilizações. SYSA, 2012 Disponível em: http://sysa.com.br/servicos.php?id=10&servicos=Poliureia>. Acesso em: abril, 2015. CORSINI, Rodnei. Túnel Impermeável. São Paulo: Infraestrutura Urbana Ltda, 2014.
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