Manual de Artroplastia
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Manual de Artroplastia
PROGRAMA DE CUIDADOS CLÍNICOS DE ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO 1 Sumário PROGRAMA DE ARTROPLASTIA................................................................................................................. 5 O que é Artroplastia?..................................................................................................................... 5 Detectores de Metais..................................................................................................................... 5 Equipe Hcor..........................................................................................................................................................6 ORIENTAÇÕES GERAIS....................................................................................................................................6 ATIVIDADES DIÁRIAS...............................................................................................................................6 ORIENTAÇÕES DA ENFERMAGEM............................................................................................................ 7 FERIDA OPERATÓRIA.............................................................................................................................. 7 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS................................................................................................................... 7 OS 10 PASSOS PARA CONTROLE DE PESO................................................................................. 8 e 9 SUGESTÃO DE DIETA ALIMENTAR.........................................................................................................10 ORIENTAÇÕES FARMACÊUTICAS........................................................................................................... 11 AQUISIÇÃO................................................................................................................................................... 11 ARMAZENAMENTO................................................................................................................................... 11 EFEITOS COLATERAIS............................................................................................................................. 11 USO SEGURO................................................................................................................................................ 11 ANTICOAGULANTE ORAL OU SUBCUTÂNEO (Tromboprofilaxia).....................................12 ORIENTAÇÕES De FISIOTERAPIA............................................................................................................13 Programa de exercÍcios domiciliares para reabilitaçÃO PÓS-ALTA HOSPITALAR DE ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO..........................................................13 (A) CUIDADOS EM CASA............................................................................................................... 14 e 15 (B) EXERCÍCIOS DOMICILIARES..........................................................................16, 17, 18, 19 e 20 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES........................................................................................................................21 INFECÇÃO......................................................................................................................................................21 ARTROFIBROSE...........................................................................................................................................21 TROMBOSE...................................................................................................................................................22 2 3 PROGRAMA DE ARTROPLASTIA O Programa de Cuidados Clínicos de Artroplastia do HCor oferece a você e a seu médico apoio com a máxima qualidade na prestação de atendimento para esses procedimentos cirúrgicos, objetivando, assim, uma recuperação segura e efetiva. O que é artroplastia? Parabéns! Você acaba de ingressar no Programa de Cuidados Clínicos de Artroplastia Total de Joelho e poderá contar com o suporte de toda a equipe de profissionais especializados do HCor para esclarecer suas dúvidas e tornar seu processo de reabilitação mais efetivo e seguro. Para você desfrutar esses benefícios, a equipe multidisciplinar do Programa de Cuidados Clínicos do HCor elaborou alguns tópicos relevantes para você se familiarizar e, caso tenha alguma dúvida, será um prazer esclarecê-la. Artroplastia consiste em um procedimento cirúrgico em que uma articulação degenerada é substituída por implantes para melhorar os sintomas e a função do membro afetado. Popularmente, esses procedimentos cirúrgicos são conhecidos como “próteses”. A maioria desses componentes é feita de metal (liga de cromo, cobalto, níquel ou titânio) e se articula com um componente de plástico (polietileno). Detectores de metais Geralmente esses implantes não são acusados nos acessos a estabelecimentos comerciais, no entanto, isso dependerá da sensibilidade imposta aos detectores. 5 EQUIPE HCor ORIENTAÇÕES Da ENFERMAGEM Somos uma equipe multiprofissional composta de seu médico, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas e VOCÊ. Ferida operatória Esta equipe está sempre à disposição para esclarecer suas dúvidas e melhorar o seu bem-estar. Seguem alguns cuidados importantes que elaboramos especialmente para você: Atenção para: • Hiperemia (vermelhidão) exacerbada; • Edema local (inchaço) exacerbado; • Presença de secreção no local da ferida operatória; • Presença de temperatura axilar maior ou igual a 37,8 °C (febre); • Dor intensa e contínua; • No BANHO, proteja o curativo com filme plástico (Ex.: Magipac®) e vede bem para evitar que molhe. ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS ORIENTAÇÕES GERAIS Atividades diárias • Escolha um cômodo da residência para o repouso e a permanência, próximo ao banheiro e local de alimentação. Durante a recuperação, se morar em sobrados, evite subir e descer escadas; • Evite os exageros, já que geralmente, quando nos sentimos bem, nos excedemos em nossas atividades e esse exagero pode levar à dor e ao desconforto; • Procure atividades lúdicas, leitura, musicoterapia, etc.; • Evite andar com meias, pois aumenta o risco de quedas, bem como as movimentações abruptas e sem apoio; • Tome banho sentado para evitar queda (preferencialmente em cadeira de banho); • Deixe um telefone sempre ao alcance para possíveis intercorrências; • De preferência, esteja sempre acompanhado; • Retire utensílios que possam dificultar a movimentação e aumentar o risco de queda, como tapetes, mesas de centro, etc.; • Coloque corrimão nas escadas; • Mantenha uma luz indireta acesa durante a noite. 6 • Não passe longos períodos sem se alimentar. • Evite alimentos condimentados, gordurosos, refrigerantes e alimentação hipercalórica, já que a ansiedade para uma breve recuperação e o repouso prolongado induzem a uma alimentação errada. CONTROLAR O PESO É FUNDAMENTAL. 7 10. USE A BALANÇA. Crie o hábito de se pesar com frequência. Monitorar o peso é fundamental para o sucesso! 9. CUIDADO COM AS QUANTIDADES. Os para Mesmo alimentos saudáveis contêm calorias e, se consumidos em excesso, levam ao ganho de peso. É muito importante controlar a qualidade e a quantidade dos alimentos consumidos. 8. LEIA OS RÓTULOS. passos Verifique as calorias, o prazo de validade, os nutrientes (gordura, açúcar, sal ou sódio) e os ingredientes na rotulagem nutricional e atente-se às quantidades de cada item. controle 7. CUIDADO COM AS BEBIDAS. Durante as refeições, procure não ingerir líquidos. Caso não consiga abolir os líquidos, prefira bebidas sem gás e sem açúcar e tome, no máximo, 1 copo (250ml). Evite bebidas alcoólicas. Se não houver necessidade de restrição de líquidos em sua alimentação (conforme a orientação médica), tome de 6 a 8 copos de água por dia. de peso 6. PREFIRA OS INTEGRAIS. Grãos e cereais integrais possuem mais fibras, ajudam na saciedade, no controle da glicemia e do colesterol e auxiliam no fun cionamento do intestino. 5. COMA FRUTAS. Evite doces em geral, prefira frutas como sobremesas e nos lanches intermediários. 4. REDUZA AS GORDURAS. Prefira alimentos com teor reduzido de gorduras, como leite e iogurtes desnatados e queijos magros. Evite frituras, folhados, empanados, frios e embutidos, creme de leite, etc. Tempere e cozinhe os alimentos com pouco óleo. 3. COMA MAIS VERDURAS E LEGUMES. Inclua saladas e vegetais cozidos ou refogados no almoço e no jantar. Inicie as principais refeições por esses alimentos, que aumentam a saciedade, pois são ricos em fibras. 2. FRACIONE AS REFEIÇÕES. Faça 5 a 6 refeições por dia. Evite ficar sem comer por mais de quatro horas. 1. COMA DEVAGAR. 8 Preste atenção aos alimentos escolhidos. Faça suas refeições em um ambiente calmo e agradável, sem ligar a televisão ou usar o celular e/ou computador. Mastigue bem os alimentos. 9 SUGESTÃO DE DIETA ALIMENTAR ORIENTAÇÕES FARMACÊUTICAS Café da Manhã Para garantir o uso seguro e eficaz de medicamentos, são necessários alguns cuidados: 2 fatias de pão integral ou 1 pão francês ou queijo branco minas + 1 xícara de cereal ou requeijão ou leite com café + leite desnatado ou iogurte ou frutas Lanches Intermediários frutas ou castanhas (de 3 a 4 unidades) ou iogurte Almoço ou Jantar Aquisição • Tenha atenção no momento da compra do medicamento. • Confira o medicamento solicitado na receita médica com o produto adquirido. • Verifique a data de validade do medicamento. Se necessário, consulte o farmacêutico para orientações. Armazenamento • Mantenha os medicamentos em local apropriado, seco e arejado, longe do alcance das crianças e protegido de luz e calor; sendo assim, não deixe no banheiro, na cozinha, em cima da geladeira, etc. • Quando for recomendado guardar um medicamento na geladeira, ele deverá ficar, preferencialmente, na 3ª prateleira (não guardá-lo na porta da geladeira ou congelador). • Mantenha o medicamento na embalagem original para preservar o número de lote e validade. Efeitos colaterais arroz ou massa ou salada batata carne ou ovo • Em casos de patologias associadas em que haja restrição alimentar, siga SEMPRE a orientação de seu MÉDICO. 10 Alguns medicamentos podem causar efeitos colaterais comuns que normalmente desaparecem ao término ou descontinuidade do tratamento, como dor de cabeça, náuseas, tonturas, irritação gástrica, diarreia, alterações do sono. A qualquer sinal ou sintoma persistente e/ou diferente, procure o médico o mais rápido possível e siga suas orientações. Uso seguro • Alguns medicamentos não devem ser partidos, macerados ou mastigados; o ideal é, sempre que possível, mantê-los íntegros. • Siga exatamente a prescrição médica. Informe o seu médico se tiver algum tipo de alergia a medicamentos, alimentos, corantes, látex ou outras substâncias. • Tome seu medicamento com água. Alguns medicamentos não podem ser tomados com leite, suco de frutas, refeição, etc. • Tenha atenção na dose, via de administração, frequência, horário de 11 administração, duração do tratamento. Não interrompa ou prolongue o tratamento sem consultar seu médico. • Não tome medicamento caso o mesmo apresente alteração na coloração. • Evite a automedicação. Nunca tome medicamentos sem orientação do médico e/ou farmacêutico. ANTICOAGULANTE ORAL OU SUBCUTÂNEO (Tromboprofilaxia) É o tratamento medicamentoso com anticoagulantes que têm por finalidade a prevenção de formação de trombos (coágulos), que podem entupir os vasos sanguíneos e causar graves consequências. • Tome anticoagulante sempre na mesma hora, de preferência à noite. • Não pare ou diminua a dose sem orientação médica. • Em caso de esquecimento, NÃO dobre a dose. • Numa consulta médica ou ao seu dentista, sempre diga que você está fazendo uso de anticoagulante. •Cuidado ao tomar outros medicamentos com o anticoagulante oral, pois alguns podem causar sangramento, como analgésicos, anti-inflamatórios e alguns antidepressivos; já os anticoncepcionais podem diminuir o efeito anticoagulante e proporcionar risco de formação de trombos, sendo necessário rigoroso acompanhamento da terapia da tromboprofilaxia. Consulte sempre seu médico. • Todo e qualquer sintoma diferente, como manchas roxas na pele ou sangramentos em geral, deve ser comunicado ao seu médico imediatamente. • Caso use medicações subcutâneas, atenção para sempre mudar os locais de aplicação. Saiba que ocasionalmente podem aparecer pequenos hematomas nessas regiões. Não tome medicamento sem o conhecimento de seu médico. Não descontinue medicamentos sem prévia comunicação médica. 12 Em caso de dúvidas, entre em contato: Farmacêuticos: (11) 3053-6611 – ramal 3074. ORIENTAÇÕES DE FISIOTERAPIA Além da fisioterapia indicada pelo seu médico, propomos também alguns EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES para serem realizados em casa, de modo a conduzi-lo a uma rápida recuperação. Lembre-se de que esses exercícios NÃO substituem a fisioterapia convencional, pois eles são coadjuvantes. Programa de Exercícios Domiciliares para Reabilitação Pós-Alta Hospitalar de Artroplastia Total de Joelho A fisioterapia tem um papel importante no pós-operatório de artroplastia de joelho, auxiliando na adaptação da funcionalidade e recuperação da qualidade de vida, visando ao retorno precoce da função que está ligada diretamente com a Amplitude de Movimento (ADM). Exercícios após a cirurgia vão ajudar a recuperar o movimento e a força de seu joelho. Os exercícios também contribuem para: • Redução do inchaço; • Prevenção de formação de coágulos sanguíneos; • Controle da dor; • Prevenção da constipação; • Melhora do sono. A fisioterapia no pós-operatório tem por objetivo promover e reabilitar a saúde. A média de ADM atingida por uma prótese de joelho é de 107 graus de flexão. 0º 45º 155º 90º Atividades relacionadas à Amplitude de Movimento (ADM): FUNÇÃO AMPLITUDE (ADM) NECESSÁRIA Caminhar Subir escada Descer escada Levantar de cadeira baixa ou amarrar sapato 60° a 70° 80° a 90° 90° a 100° 105° Sempre confira com seu fisioterapeuta a sua Amplitude de Movimento no final da sessão. 13 A CUIDADOS EM CASA • O gelo ajudará na redução do edema e da dor, portanto, use-o, no mínimo, 3 vezes ao dia e SEMPRE proteja a pele com um tecido fino (o tecido deve ser colocado entre a bolsa de gelo e a pele). O tempo máximo para cada aplicação deverá ser de 20 minutos. • NÃO apoie travesseiro ou almofada embaixo do joelho e evite ficar com a perna dobrada. • Procure manter o membro operado sempre elevado, reduzindo, assim, os edemas. • Até que a confiança do equilíbrio esteja íntegra, SEMPRE ande com apoio de andador ou bengala. • EVITE permanecer na cama por longos períodos; intercale com uma poltrona de apoio confortável. • RETIRE TAPETES e objetos que possam oferecer risco de queda. • CAMINHE dentro de sua casa (com andador) 4 vezes ao dia, aumentando as distâncias gradualmente. • DURMA preferencialmente de lado, de forma que o joelho operado fique para cima, e coloque um travesseiro entre as pernas. • Se está utilizando imobilizador (BRACE), use-o durante todo o dia, inclusive para dormir, e retire-o somente na hora da fisioterapia e do banho. 14 • Procure iniciar o mais precocemente seu programa de fisioterapia ambulatorial, para reduzir atrofias, limitações funcionais e de Amplitude de Movimento (ADM). • Tome BANHO somente sentado (preferencialmente em cadeira de banho) até que a independência funcional esteja estabelecida, evitando, assim, possíveis quedas. • FAÇA exercícios em vários momentos do seu dia (ex.: durante os intervalos na TV, enquanto conversa com alguém). Não se limite a fazer exercícios somente durante a sessão de fisioterapia. • Proteja o CURATIVO durante o BANHO, envolvendo-o com um filme plástico (Ex.: Magipac®), evitando molhá-lo. 15 B EXERCÍCIOS DOMICILIARES FIGURA 1. Para auxiliar você a trabalhar a musculatura da frente da coxa (quadríceps), realize elevação do membro inferior em extensão e, se você apresentar dificuldade, use o auxílio de toalha enrolada ou, ainda, cinto ou faixa de tecido – conforme a foto. FIGURA 2. Com o membro inferior em extensão na cama, coloque um travesseiro ou almofada sob o joelho e realize atividade de contração muscular tentando empurrar o joelho para baixo (contra a almofada) por 30 segundos e relaxando por 50 segundos; deve-se respirar normalmente durante a atividade. Realize essa atividade várias vezes ao dia. FIGURA 3. Enquanto está sentado ou deitado na cama, realize contração da musculatura glútea por 30 segundos e relaxando por 50 segundos; deve-se respirar normalmente durante a atividade. Realize essa atividade 10 vezes por várias vezes ao dia. FIGURA 4. Enquanto está sentado ou deitado na cama, force o tornozelo para baixo (contra a cama), para fortalecer a musculatura posterior da coxa (isquiotibiais), por 10 segundos e relaxando por 30 segundos; deve-se respirar normalmente durante a atividade. Realize quantas vezes conseguir durante sua rotina diária. 16 FIGURA 5. Enquanto está sentado/ deitado na cama, mantenha o membro em extensão e realize repetidamente a flexo-extensão do tornozelo (movimento de acelerar o carro). Repita 25 vezes esse movimento para cada tornozelo. FIGURA 6. Enquanto está sentado/ deitado na cama, realize movimentos circulares com os tornozelos. Repita 25 vezes esse movimento para cada tornozelo. FIGURA 7. Enquanto está sentado/ deitado na cama, realize a flexão do joelho não operado primeiramente, e posteriormente tente realizar com o membro operado. Repita 25 vezes esse movimento para cada membro. FIGURA 8. Enquanto está sentado em uma cadeira, coloque o pé do membro não operado sobre a perna operada e faça força para trás, ou seja, auxiliando a flexão do membro inferior operado. Realize essa atividade até o ponto de dor, e então segure nessa posição por 20 a 60 segundos e depois relaxe por 2 minutos. Repita essa manobra por 10 vezes. 17 FIGURA 12. Sentado em uma cadeira, coloque o membro inferior operado apoiado em outra cadeira ou pufe e então realize força no joelho para baixo, ou seja, forçando para estender todo o joelho. Pode-se auxiliar com a mão. Realize essa atividade por 5 minutos várias vezes ao dia. FIGURA 9. Enquanto está sentado em uma cadeira, apoie o pé do membro operado e faça força para trás, ou seja, realizando a flexão do membro inferior operado. Realize essa atividade até o ponto de dor, e então segure nessa posição por 20 a 60 segundos e depois relaxe por 2 minutos. Repita essa manobra por 5 vezes. FIGURA 10. Uma opção é utilizar uma garrafa PET cheia de água ou feijão deitada sobre um tapete e, apoiando o pé da perna operada sobre a garrafa, realizar movimentos de extensão e flexão do joelho. Repita o movimento por 20 a 60 segundos e depois relaxe por 2 minutos. Repita essa manobra por 5 vezes. FIGURA 11. Sentado em uma cadeira com o joelho flexionado, realize a elevação do membro inferior, podendo ajudar o movimento com as mãos. Realize de 3 a 5 séries de 10 a 30 repetições. 18 FIGURA 13a e 13b. Em pé e apoiado em alguma estrutura rígida, faça movimentos de subir e abaixar na ponta dos pés. Realize de 3 a 5 séries de 10 a 25 repetições – 3 a 5 vezes por dia. FIGURA 14. Em pé e apoiado em alguma estrutura rígida, realize atividades de agachamento dobrando os joelhos e estendendo. Realize de 3 a 5 séries de 10 a 25 repetições – 3 a 5 vezes por dia. 19 FIGURA 15a e 15b. Em pé e apoiado em alguma estrutura rígida, realize atividades de abertura e fechamento da perna. Realize de 3 a 5 séries de 10 a 25 repetições – 3 a 5 vezes por dia. POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES Infecção A infecção no local da cirurgia é uma complicação bastante indesejada. Geralmente ela se manifesta por dor local, vermelhidão, inchaço e saída de secreção com aspecto de pus. Vale lembrar que nem toda saída de secreção é sinal de infecção. Muitas vezes, a secreção que sai pela ferida operatória provém de liquefação de tecido gorduroso embaixo da pele ou até mesmo da liquefação de hematomas subcutâneos. Se você apresentar saída de secreção pela ferida, cubra com uma gaze limpa e entre em contato com seu médico para orientação e conduta. FIGURA 16. Em pé e apoiado em alguma estrutura rígida, realize atividades de flexão do joelho. Realize de 3 a 5 séries de 10 a 25 repetições – 3 a 5 vezes por dia. A partir de agora, se for realizar algum procedimento/exame invasivo (ex.: implantes dentários, colonoscopia, endoscopia, biópsias, etc.), comunique seu médico antecipadamente para ser orientado quanto à prevenção de infecções. Artrofibrose Artrofibrose é quando o joelho desenvolve uma rigidez pós-operatória decorrente de uma reação inflamatória exacerbada após o trauma cirúrgico. Muitas vezes é uma reação individual do organismo, imprevisível. Uma fisioterapia intensiva FIGURA 17. Sentado em uma cadeira e com o pé bloqueado, faça força para estender a perna. Realize de 3 a 5 séries de 10 a 25 repetições – 3 a 5 vezes por dia. 20 associada a medicamentos pode resolver esta complicação. Em alguns casos, é necessária a realização de uma manipulação sob anestesia. 21 Trombose Trombose é uma condição em que coágulos se formam dentro dos vasos sanguíneos, ou seja, ocorre uma coagulação do sangue dentro dos vasos e, com isso, surgem os trombos (veja a página 12). Geralmente os sintomas da trombose são dores e endurecimento da panturrilha (conhecida como “batata da perna”), dores e endurecimento da coxa, dor em panturrilha para dorsiflexão do pé (movimento do tornozelo contrário ao acelerador do carro), inchaço da perna e/ou coxa. A trombose pode acontecer em situações em que a mobilidade do membro inferior está reduzida, como no período de reabilitação pós-artroplastia, por isso, é muito importante realizar a tromboprofilaxia corretamente. Agora que você já sabe identificar as principais apresentações da trombose, caso apareçam alguns desses sintomas, entre em contato com o seu médico ou procure o nosso pronto-socorro para uma avaliação. ANOTAÇÕES 22 23 HCor – Hospital do Coração/Diagnóstico – Unidade Paraíso: Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 147 – SP HCor – Edifício Dr. Adib Jatene: Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 130 – SP HCor Diagnóstico – Unidade Cidade Jardim: Av. Cidade Jardim, 350 – 2º andar – SP Tels.: Geral: (11) 3053-6611 – Central de Agendamento: (11) 3889-3939 Pronto-socorro: (11) 3889-9944 • www.hcor.com.br 24