Consequências do - Associação Académica da UMa
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Consequências do - Associação Académica da UMa
à conversa com... Isabel Fragoeiro Directora do Serviço Regional de Prevenção da Toxicodependência S empre considerei a conversa fundamental na aproximação entre as pessoas. Conversa, diálogo, comunicação… palavras mil vezes repetidas, valorizando-se nos dias que correm o seu potencial e a sua imprescindibilidade, no desenvolvimento harmonioso dos seres humanos. Numa sociedade apressada, onde o tempo é escasso para respondermos às múltiplas solicitações diárias e na qual o consumismo prevalece, a conversa parece, no entanto, por vezes vã, inútil…as palavras perdem o sentido. Será mesmo assim? Quantos de nós não tivemos uma conversa que nos fez sentir valiosos e queridos para alguém? Quantos de nós não sentimos o coração a bater mais forte antes, durante ou após, uma conversa na qual depositamos grande expectativa? Quantos de nós não acalmamos com uma conversa que tocou bem fundo na alma e nos sentimentos? Quantos de nós não registamos para sempre aquela conversa que nos ajudou a crescer? Pois é…com conversas se constrói a vida e o mundo, na certeza de que são as pessoas que o fazem! À conversa convosco…Porque sois jovens, esta torna-se muito interessante. Acredito que a vossa compreensão é enorme, que sois autênticos com a vida, que acreditais no valor das pessoas, da amizade…que prezais a justiça, que procurais o conhecimento, que valorizais o amor! Gostaria que esta conversa fosse significativa! Espero demais? Neste espaço de encontro, quero partilhar convosco duas frases que retive, pelo sentido que têm e pelo significado que lhes atribuo. Foram construídas por jovens que conheci no âmbito do meu trabalho na prevenção da toxicodependência. Têm a força das palavras que nos ajudam a pensar e a aprender: “Não faças da vida um rascunho, podes não ter tempo para passá-la a limpo!” e “Os amigos são como as estrelas, mesmo que não os vejas sabes que estão lá!”. Pelo que contêm de verdadeiro, pelo seu potencial construtivo e pela expectativa que encerram sobre o valor da amizade e da vida, estas frases merecem ser disseminadas. Há palavras e mensagens que batem dentro de nós e ateiam a chama que nos permite um maior entendimento sobre o que verdadeiramente é importante. Todo o tempo, com a convicção de que cada um de nós é capaz de chegar mais longe na construção da sua própria vida e de uma sociedade melhor. Na qual as conversas valam pelas palavras de quem as diz e contribuam para que se teçam teias que unam as pessoas e sustentem a esperança nos corações. E porque esta conversa já se alonga, deixo-vos com uma frase que retenho na lembrança desde quando tinha a vossa idade:“Não chores por não veres o sol de hoje, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas do amanhã.” Ontem como hoje, as estrelas mantêm o seu encantamento! Amanhã também o manterão!§ editorial Não podemos parar… O Ensino Superior português espalhou-se, ao longo das últimas décadas, por todo o nosso país. Inventaramse campos do saber para criarem-se cursos e atrairem-se “clientes”. Actualmente, a oferta de cursos suplanta a sua procura. Segundo as estatísticas, o sucesso escolar não acompanhou a democratização conseguida ao nível do acesso. Enfrentamos uma fase de grave questionamento público. A percepção actual aponta para que, depois de um grande investimento na quantidade, o ensino receba um investimento na qualidade, assegurando a sobrevivência das nossas Universidades. A Universidade da Madeira, a mais jovem das Academias portuguesas, anseia pela sua qualidade. Perante as intempéries, podemos optar pela via da qualidade, com mudanças reais e positivas, ou afogar-nos no comodismo. Culpar o Estado pelas penalizações que impedem a nossa qualidade não bastará. A Comunidade Académica deve assumir a sua responsabilidade pelas crenças na utopia e pelos erros come- tidos ao longo dos anos. Vamos seguir em frente. Não podemos continuar com lamentos se pouco fazemos para corrigir os nossos problemas internos. Devemos olhar à nossa volta e começar a partilhar e colmatar as necessidades da sociedade. Um ensino voltado para o mercado não será o único objectivo da nossa instituição, porém será uma das suas vertentes. Criar muros em torno da nossa suposta sociedade do conhecimento somente eliminará o sentido universal alicerçado nos pilares do saber que deverá resultar no desenvolvimento do País e da Região. A Academia deve estimular a participação estudantil sem desresponsabilizar-se deste dever. Incutir o espírito crítico e participativo dos estudantes não é dever apenas das estruturas estudantis, mas de toda a Comunidade Académica. Uma partilha de direitos e deveres. Os estudantes continuarão a lutar pela excelência da nossa Instituição. Votos de bons exames e boas férias. Até Setembro.§ Saudações Académicas, Luís Eduardo Nicolau ensino superior Mestrados na UMa reportagem Janine Rodrigues T ratando-se a UMa de uma instituição relativamente jovem, são ainda poucos os mestres acreditados por ela. Mesmo assim, parece haver alguma procura, principalmente por estudantes do sexo feminino. Actualmente, na UMa, decorrem oito mestrados: Arte e Património no contemporâneo e actual, Ciências da Terra e da Vida, Educação – Área da Inovação Pedagógica, Educação Física e Desporto, Engenharia Informática – especialização em Engenharia de Software, Estudos Interculturais – especialização em Estudos Luso-Brasileiros, especialização em Estudos Luso-Francófonos, Matemática e Mestrado em Gestão Estratégica e Desenvolvimento do Turismo. Os mestrados são uma oportunidade para quem já possui uma formação laboral ou académica acrescida e que pretende desenvolver uma carreira no local ou área em que trabalha pois, se por um lado alimentam o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional, por outro, possibilitam também estruturar todos os conhecimentos até então adquiridos. Este tipo de formação superior, serve, habitualmente, quem procura uma continuação da formação cultural e profissional, estímulos à criação cultural, ao desenvolvimento científico e ao pensamento reflexivo e adquirir background noutra área de estudo à da sua formação. Isto é verdade, principalmente para aqueles que têm a oportunidade financeira para suportar uma formação académica deste tipo, pois, um mestrado na UMa custa cerca de 3500 euros. Além do pré-requisito financeiro, existe o da média final de curso que usualmente exige os 14 valores, ou a sustentação desta nota final de curso com a nota final de uma pós-graduação, para quem a tenha. Na UMa, os mestrados incluem 2 anos de formação (na sua maioria), debruçando-se o primeiro ano sobre a teoria e o segundo sobre o desenvolvimento da tese, que estimula a pesquisa e investigação, sob uma orientação de aprendizagem no adulto mais andragógica. Mesmo assim, e como é possível constatar através dos diplomados na UMa, é raro o mestrado ser concluído nos dois anos previstos. A decisão de tirar um mestrado cai, na maioria das vezes, não só sobre a capacidade financeira de o suportar, mas também sobre o grau de dedicação e empenho que este exige do estudante. O caminho do mestrado é muito encorajado nos países que visam o seu desenvolvimento, pois é uma forma de aumentar o seu património de cultura e conhecimento, impulsionando uma série investimentos locais. Neste intuito, e dependendo do interesse que o país/região tem no mestrado em questão, são atribuídas bolsas de estudo, que facilitam e incentivam a adesão a este tipo de especialização, pois outro objectivo do mestrado é a aproximação da cultura académica ao mercado de trabalho. Na UMa, e com a recente adesão desta ao Espaço Europeu de Ensino Superior através do Projecto Bolonha UMa, os Mestrados continuarão a ser desenvolvidos em dois anos, tratando-se do 2º ciclo, antecedido dos três anos gerais de Licenciatura, ou seja, do 1º ciclo. A abertura destes mestrados dependerá de um processo interno de acreditação, com avaliação de qualidade, dado que a composição e análise de competências varia de departamento para departamento, e será ainda necessário que exista procura suficiente que justifique a abertura de mestrados em todas as áreas o que se mostra improvável enquanto o modelo não estiver consolidado. No caso de alguns cursos, pode não haver condições de continuação para o mestrado, sendo a alternativa, uma licenciatura de quatro anos, com um último ano de aprofundamento da concentração e com objectivos profissionalizantes. A formação deste último ano deverá ser creditada para efeitos de acesso a um mestrado, ministrado na UMa ou noutra instituição. ensino superior Bolonha na Carreira Docente reportagem Sofia Medeiros A alteração do estatuto da Carreira Docente face ao Processo de Bolonha foi analisada na conferência Consequências do Processo de Bolonha na Carreira Docente, realizada a 2 de Maio, na Casa da Luz. Organizada por estagiários de Educação Física da Escola Dr. Ângelo Augusto da Silva, contou com as intervenções da Professora Doutora Luísa Paolinelli, da Dr.ª Isabel Sena Lino, do Dr. Jaime Freitas, sendo moderada pelo Professor Doutor Hélder Lopes. Entre outras problemáticas foram abordadas as repercussões de um novo mestrado em ensino em termos de progressão na carreira, a forma como será feita a equiparação para o 2º ciclo e em que termos (visto que, actualmente, os mestres têm 7 anos de formação e passarão a ter só 5 anos) e os critérios de seriação para a frequência dos Mestrados em Ensino entre antigos e novos licenciados. Na conferência, concluiu-se que sobre estas ponderações nada está definido, mas o primordial foi a reflexão que daí adveio. Aproveitando a mesma problemática o JA questionou a Professora Maria João Fernandes do SIPEmadeira (Sindicato Independente de Professores e Educadores). JA: Quais, na sua opinião, as implicações do processo de Bolonha na Carreira Docente? Maria João Fernandes: Um dos grandes objectivos de Bolonha é a reforma pedagógica do Ensino Superior, visando uma formação mais adequada ao mercado de trabalho e aos desafios da sociedade do conhecimento. Isto vem influenciar os cursos via ensino, uma vez que estes têm de acompanhar estas alterações e tornar real a empregabilidade profissional. Há tentativas de reconversão de professores no desemprego noutras áreas de maior empregabilidade, com custos adicionais para o Estado. Se pensarmos que isto se deve à falta de políticas educativas projectadas a longo prazo, podemos pensar que, com Bolonha, esse problema poderá ser colmatado. Pelo menos assim se espera. Bolonha implica, igualmente, uma mudança do processo ensino-aprendizagem, um certo corte com as estratégias sebenteiras vindas de há muito. Ao novo docente, quer universitário, quer de outros níveis, pede-se que leve o estudante a procurar o conhecimento, tornando-se numa espécie de tutor/orientador. O professor tem de estar aberto à inovação, em constante actualização, acompanhando o desenvolvimento das TIC, que fez emergir novas metodologias de ensino. O docente terá de abraçar novas ferramentas, como plataformas de e-learning, criação de webquets, páginas na Net para interacção com os alunos, saídas de campo, entre outras, sob pena de o ensino praticado se tornar desactualizado. Todavia, ainda é cedo para antever as implicações de Bolonha na Carreira Docente, uma vez que há que observar a forma como as instituições de Ensino Superior portuguesas se adaptarão às transformações trazidas. Falta ver se as exigências de Bolonha se resumirão ou não a uma mudança de nomenclatura, se os politécnicos passarão a denominar os bacharelatos por licenciaturas e as licenciaturas por mestrado, e as universidades procederem à conservação das actuais designações, mantendo, em ambos os casos, as metodologias hierarquizadas e quase seculares de ensino. JA: Consegue imaginar um cenário em que o mestrado da via ensino não seja comparticipado pelo estado? MJF: Sim, primeiro porque o governo tem mostrado a importância da autonomia na gestão das universidades e politécnicos. Já se ouve falar da transformação dos politécnicos em fundações, com maior poder de autogestão, libertando o estado dessa responsabilidade e limitando-se a um estatuto regulador. Além disso, estamos num domínio da lógica economicista… Assim, se o governo puder poupar, não comparticipando, fálo-á sem o menor problema. Aliás, existe um antecedente que prevê que isso possa vir a acontecer, o termino dos estágios pedagógicos remunerados. Os finalistas dos cursos via ensino deixaram de ser pagos para economizar verbas. Por outro lado, os docentes também têm que ter consciência que a formação para a vida deve ser uma opção e não uma obrigação. Logo, têm que reflectir bem sobre a formação (mestrado ou doutoramento) a seguir e a valorização que pretendem efectuar no seu curriculum, sem esperar que seja o estado a arcar com todos esses encargos económicos. Penso que a médio e longo prazo, o caminho que se perspectiva é este. Assim, de forma a sensibilizar a Comunidade Académica para este tema, o JA pretende evidenciar a sua meditação, que num futuro próximo irá afectar o modo de ensino, o futuro de quem ensina e o futuro de quem poderá vir a ensinar.§ A Queima das Fitas de Norte a Sul reportagem Nuno Frederico Freitas I nicialmente, as semanas académicas eram apenas e só o assinalar do fim de um ciclo e o começar de uma nova vida. Hoje em dia, porém, são muito mais do que isso e envolvem mais do que os simples festejos daqueles que ali terminaram a vida de estudante. Iniciaram-se em Coimbra, a partir do ano de 1988, com a realização do “Centenário da Sebenta”, uma réplica dos centenários comemorados entre 1880 e 1899, no intuito de homenagear diversas figuras e factos na forma de um cortejo com fogo de artifício, sarau e touradas. Devido ao facto destas formas de homenagem não serem as mais próprias, surgiu a ideia da realização de um centenário humorístico com o objectivo de ridicularizar os centenários, até aí realizados na forma de um cortejo alegórico e de um sarau. A ideia desenvolveu-se e nos anos seguintes introduziu-se um aspecto inovador, o queimar das fitas usadas nas pastas indicativas da condição de pré-finalista. O queimar das fitas transformou-se aí, num acto simbólico que se alargou pelo resto do país e cujo significado assenta no atingir de um objectivo próximo, o fim do curso. ensino superior nizada pela Associação Académica da UA. Nomes da música nacional como Sérgio Godinho, Da Weasel, Xutos e Pontapés e Quim Barreiros, preencheram o cartaz dos espectáculos que decorreram entre os dias 28 de Abril e 3 de Maio nas imediações do Estádio Municipal. Na cidade do Porto, a vida académica e as noites do Porto atingiram o seu expoente máximo na Queima das Fitas, entre os dias 6 a 12 de Maio, onde estiveram presentes inúmeras bandas nacionais que dignificaram as 8 noites de festa da Academia Portuense.§ A Queima das Fitas em Coimbra e no Porto e a Semana do Enterro em Aveiro são os nomes pelas quais se identificam as principais semanas académicas do país, capazes de movimentar milhares de pessoas. Mais de um século depois, a Queima das Fitas de Coimbra é já um marco histórico daquela cidade, que conta com mais de 30 mil estudantes universitários. Com orçamento exorbitante de um milhão e meio de euros, decorreu entre os dias 4 a 11 de Maio mais uma semana académica que contou com os mais variados artistas nacionais e internacionais nas famosas noites do Parque, deliciando as milhares de pessoas que por lá passaram. Aqui, existem regras rígidas, até para a concepção do cartaz oficial da Queima das Fitas. São elementos obrigatórios, integrados de forma visível, as cores das diferentes Faculdades, motivos alusivos à Universidade de Coimbra e à sua Praxe Académica (torre da Universidade de Coimbra, o penico, a moca, a tesoura e a colher de pau da Praxe) e ainda os dizeres “Queima das fitas”, “ Coimbra”, “Portugal” e as datas em que decorrem as celebrações. Já a Semana do Enterro em Aveiro variou entre desfiles, concertos e actividades culturais e desportivas, onde os estudantes celebraram a maior festa da Academia, orga- academia O Edifício da Reitoria Grande parte da actividade da Universidade da Madeira é realizada no Campus da Penteada devendo, no entanto, os seus primeiros passos ao edifício onde hoje funciona a Reitoria e restantes serviços administrativos, o antigo Colégio dos Jesuítas. Mas quais as origens deste monumento? E m 1566, segundo algumas crónicas, o Funchal foi pilhado por corsários franceses. João Gonçalves da Câmara, 6º CapitãoDonatário do Funchal, ao saber do ocorrido, regressou de Lisboa com uma armada para acudir a cidade. Com ele veio Francisco Varca acompanhado por um castelhano apelidado Naxera, ambos religiosos da novíssima Companhia de Jesus. A sua acção pregadora numa população traumatizada foi muito bem acolhida e vários outros jesuítas chegaram à Madeira. Apenas três anos depois e devido aos pedidos dos funchalenses, el-rei D. Sebastião, por alvará régio de 20 de Agosto de 1569, mandou criar um colégio jesuíta com uma dotação anual de 600 mil réis “pagos em fructos dos de melhor qualidade”. Os privilégios do Colégio e sua comunidade aumentaram ao longo do tempo, por concessão dos sucessivos monarcas de Porreportagem Carlos Diogo Pereira tugal. Em 1570, a Companhia de Jesus, reconhecendo a necessidade de ensino na Madeira, enviou de Lisboa uma equipa de religiosos destinada a integrar a comunidade do Colégio. Estas primeiras comunidades jesuítas foram acolhidas nas casas próximas da Capela da Ajuda, passando mais tarde para a albergaria de São Bartolomeu à rua Direita, junto à ponte do Torreão. Criaram-se aulas de teologia, filosofia, latim e retórica que funcionavam em casas contíguas à antiga capela de São Sebastião, no actual largo do Chafariz. O “Colégio de São João Evangelista” só veio a ser construído nos fins do século XVI. A obra As Ilhas de Zargo cita que, quando os jesuítas “se instalaram no novo Colégio, abriram ali os seus cursos, que tiveram o nome de Aulas do Pátio”. Apesar das instalações da reitoria cercarem o chamado Claustro dos Estudantes (cuja arcada apresenta, ainda, o antigo sino de chamada para as aulas), as primeiras Aulas do Pátio funcionavam no Claustro dos Padres, que se situa detrás da Igreja do Colégio (ou Igreja de São João Evangelista). Em 1759, Pombal expulsou os jesuítas da Madeira, entregando o ensino às novas escolas públicas, cujos mestres-escola (docentes) eram populares com alguma formação. A Igreja, o Colégio e o terreno anexo (que ia até à rua dos Netos), foram doados ao bispo D. José da Costa Torres em Provisão Régia de 4 de Setembro de 1787. No ano seguinte, a Diocese instalou no edifício o recém-criado Seminário da Madeira. Com as invasões francesas, militares ingleses ocuparam o reino com o intuito de defenderem os interesses da coroa portuguesa. A Madeira, também ocupada, sofreu grandes alterações políticas e sociais. O seminário foi desalojado e o Colégio passou a aquartelar as tropas inglesas nos períodos 1801-1802 e 1807-1814. No intervalo das duas ocupações aquartelou-se, também, um batalhão português de artilharia e após a saída definitiva das tropas estrangeiras, as forças armadas portuguesas instalaram sucessivos contingentes da guarnição da Madeira até 1957 (ano em que o Ministério da Guerra construiu um quartel em São Martinho). A Igreja do Colégio nunca deixou de estar sob jurisdição diocesana. Durante a segunda metade do século XIX, o Colégio passou por variadíssimas mãos. Entre outros, a antiga capela de Nossa Senhora de Belém (palco da festa do 1º aniversário do JA) foi ocupada por instalações frigoríficas e as dependências do edifício, ocupadas pelo Liceu do Funchal de 1836 a 1881, passaram a funcionar como uma loja de vinhos. Actualmente, o edifício alberga a reitoria da UMa e serviços da Universidade Católica Portuguesa, dependentes da Diocese. No entanto, apesar das sucessivas alterações, o Colégio continua a mostrar a imponência dos tempos áureos da Companhia de Jesus.§ amigo da onça • Pedro Sepúlveda, Nuno Marques, Andreia Nascimento, Tucano Filas e Feriados O “Amigo” fez um questionário na fila do bar: O que é o 1º de Maio? Em seguida, as percentagens de resposta: - Dia de saltar a laje!! (7%) - Dia de Nossa Senhora se arranjar e partir para Fátima para aparecer a 13 (2%) - Dia da Venezuela, de Simon Bolívar e da Ronalda (37%) - Não sabe/ Não responde / Não é aluno e só veio almoçar (54%).§ Grandes ideias de Bolonha Depois de saber da existência das cadeiras de Retórica, Big Bang ou Introdução à Biologia, o “Amigo” sugere desde já mais algumas, igualmente interessantes, de Educação Geral: - Introdução à cábula; - Paradigma da graxa e do lambe-botismo; - Introdução ao Peixinho, King, Bisca lambida e Burro em Pé; - Como se safar da fila do bar em 3 minutos. § Desporto radical Maio é mês de CNU’s. Este ano, houve vários pontos a reter acerca da participação da AAUMa, como sejam a equipa de futebol de 11 a praticar karaté, a equipa de Voleibol a ganhar jogos nos penaltis ou a comitiva presidencial. Se quiserem saber mais sobre medalhas e competição, consultem a reportagem na página respectiva. Acerca deste assunto, podemos também dizer que a AAUMa agradeceu, mas não quis comentar.§ Desporto radical Ultimamente, há quem duvide das competências da nossa Polícia Criminal. Para os mais cépticos, uma anedota antiga: o FBI, a Scotland Yard e a “nossa” PJ, foram testadas para ver qual a mais eficaz. Para cada uma delas foi solta uma raposa numa floresta, para ver quem encontrava a sua raposa em menos tempo. A Scotland Yard usou cães e trouxe a raposa passadas 8 horas. O FBI usou cães, detectores de calor e imagens de satélite, e em 4 horas trouxe a raposa. A PJ lançou um alerta geral, uniu esforços com a GNR e, para espanto geral em 2 horas trouxe um coelho. Quando questionada sobre o porquê de trazer um coelho e não a raposa, a resposta foi óbvia: depois de 15 minutos de interrogatório, ele confessou ser a raposa… E ainda acham que não estamos em boas mãos??§ cartoon • Ricardo Barbeito foi dito Que livro estás a ler actualmente? reportagem Luís Gouveia Rego Mais do que uma necessidade, a leitura cria momentos de aprendizagem, prazer e lazer. Neste momento estou a ler “Alegro ma non Troppo”. Não estou a ler nenhum livro, porque a universidade tira-nos muito tempo. Fábio Sérgio, LEI 2º Ano Carolina Vieira, Matemática 3º Ano Neste momento estou a ler “Quem mexeu no meu queijo”. Foi um livro que me recomendaram, e acima de tudo enriquece o meu vocabulário. David Pita, Gestão 2º Ano Neste momento estou a ler um livro que se denomina “Dom Camilo e o seu Pequeno Mundo”, cuja temática aborda a influência do comunismo numa pequena vila italiana no início do século XIX em tom de comédia. Telma Rodrigues, Biologia 4º Ano Geralmente junto o útil ao agradável e neste momento estou a desfolhar a “Mão de sangue” de João Ornelas que aborda o confronto social entre classes e “Bons Augúrios” de Neil Gaiman e Terry Pratchett, uma sátira sobre o apocalipse do mundo. Neste momento estou a ler o livro “Castle of Otranto”, um livro sobre o séc. XVIII, um dos mais importantes da Literatura Inglesa da época. Carina Verónica, LEIRE 3º ano Sofia Medeiros, CCO 4º Ano carpe diem reportagem Cristina Lourenço O prazer de Ler... Da autoria do escritor Angolano Pepetela, “A Montanha da Água Lilás”, conta a história de uma comunidade que vive sem sobressaltos até ao dia em que é descoberta uma nascente de Água Lilás. O líquido possui atributos muito cobiçados pelo que despoletará uma disputa constante e divisões no seio da comunidade. Escrito em Português dos PALOP, o autor utiliza uma linguagem simples e poética, abrangendo um público vasto. O conto é narrado por um ancião à luz da fogueira que, dando voz à preocupação de Pepetela, consegue mostrar de que forma a descoberta daquele misterioso líquido consegue fazer surgir uma sociedade de consumo.§ Para cinéfilos... “Hotel Ruanda”, realizado em 2004 por Terry George, foi nomeado para 3 óscares: melhor actor (Don Cheadle); melhor actriz secundária (Sophie Okonedo) e melhor argumento original (Keir Pearson e Terry George). Baseado em factos reais, acontecidos em Ruanda em 1994, o filme faz despertar sentimentos de revolta, desespero e agonia, face ao massacre de quase um milhão de tutsis por mílicias de etnia hutu.§ Música para bom ouvido... O cantor libanês Mika, alcançou o topo da música britânica com apenas 23 anos, duas semanas após lançar o 1º single, do álbum “Life in Cartoon Motion”. Nascido em Beirute, em 1983, a nova sensação do pop teve que fugir da guerra civil libanesa, passando pelo Kuwait e por França, acabando por se estabelecer em Londres com apenas 9 anos de idade. Fazendo furor na noite de todo o mundo, perceba porque razão Mika se tornou no artista com mais downloads na Internet, depois de Gnars Barkley, ouvindo este CD.§ desporto reportagem Idalécio Antunes e David Lima CNU’s Braga 2007 Tiveram início, no passado dia 23 de Abril, os Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s) em Braga e Guimarães, organizados este ano pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) e pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Futebol 11 A primeira equipa em acção foi a de Futebol de 11, que perdeu o primeiro jogo frente ao IPLeiria, por 2-0. Seguiu-se um empate com a equipa da AAUM a 4 golos. Estes resultados limitaram a passagem para a fase seguinte, tornando a participação um pouco curta. Isto porque, o sistema competitivo adoptado, apenas permitia que o primeiro lugar, entre três equipas, passasse à fase seguinte. Este sistema acabou por trair as intenções da AAUMa e um dos objectivos traçados, passar a fase de grupos. Segundo André Rebelo, treinador da equipa da AAUMa, “a equipa não conseguiu atingir as meias-finais, objectivo principal, mas dignificou a camisola, a instituição Universidade da Madeira e a RAM, outro dos objectivos traçados e claramente atingido”. Para o capitão da equipa, Nuno Sardinha, “a entrega dos jogadores, procurando vencer as adversidades, o cansaço, a injustiça do resultado, e a constante busca pela boa imagem foi notória. Poucos jogadores que alinham nesta equipa já aqui tinham estado, pelo que, é sempre positivo participar nestas competições”. Badminton No dia 26 de Abril, tiveram início as modalidades individuais. A AAUMa participou em Badminton, Ténis, Ténis de Mesa e Xadrez. No Badminton, o atleta Ricardo Fernandes perdeu a Final contra o atleta de Coimbra, ressentindo-se de uma lesão na coxa. Limitado fisicamente devido a uma antiga lesão, o atleta representando a AAUMa, lutou até ao último momento, tendo conseguido uma medalha de prata. A atleta Licínia Conceição, esteve no seu melhor ao vencer a sua adversária da Universidade do Porto, na Final Feminina. Mais tarde, em conversa com o JA, Licínia Conceição afirmou que tinha obrigação de ganhar pois já tem mais experiência neste desporto. Ténis No Ténis, a atleta Verónica Ponte obteve a 3ª posição, enquanto que o atleta Frederico Gonçalves ficou arredado da competição nos ¼ de Final, perdendo assim para o campeão da prova. Ténis de Mesa Os dois participantes no Ténis de Mesa, Fátima Viveiros e Afonso Vilela, fizeram um brilhante percurso até à final, sagrando-se vice-campeões da modalidade. Afonso Vilela e Fátima Viveiros, venceram duas medalhas de prata, ao perderem a final contra os representantes da Universidade do Minho e da Universidade do Porto, respectivamente. Xadrez O representante da AAUMa nesta modalidade, João Sousa, esteve com prestações mais modestas, ficando-se pelas eliminatórias. Atletismo de Pista ao Ar Livre No Atletismo de Pista ao Ar Livre os atletas que representavam a AAUMa estiveram no seu melhor. No dia 6 de Maio o trio Joana Frias, Tânia Caires e Dany Gonçalves revelaram estar no seu maior esplendor. Na prova dos 400 metros livres, Joana Frias venceu de uma forma cómoda, realizando o tempo de 58,55 segundos. A atleta Tânia Caires participou nos 100 metros livres onde ficou em 3º lugar e obtendo a melhor marca no salto em comprimento (5,15 metros), levando assim a medalha de ouro. O atleta Dany, após uma eliminatória nos 10 desporto 100 metros livres, onde provou ser uma ameaça aos demais adversários, realizou uma final bastante rápida (10,81 segundos), subindo, assim, ao mais alto degrau no pódio. Pode-se dizer que a participação nestes CNU’s foi bastante positiva, onde através do esforço dos “nossos” atletas obtivemos duas medalhas de bronze, três medalhas de prata e seis medalhas de ouro, não esquecendo a participação na prova de Atletismo em Pista Coberta, onde conquistamos três medalhas (duas de bronze e uma de prata), realizada em Espinho no último mês de Fevereiro. No dia 13 de Maio encerraram estes campeonatos com a modalidade de Natação, onde os atletas Fabiana Quintal, João Franco e Éliezer Cerdas tentaram aumentar a lista de medalhas ganhas. Assim, e fechando com chave de ouro a participação da AAUMa nos Campeonatos Nacionais Universitários, em Braga, a atleta Fabiana Quintal ganhou duas medalhas de ouro. competem regularmente na 2ª divisão”. O grande objectivo, segundo Jorge Luz, “era ganhar set´s e experiência, não pensando ganhar qualquer jogo”. No entanto, logo no primeiro dia “depois de um início apático das atletas, entrámos a perder, soubemos dar a volta ao jogo e vencemos por 3-1 ao Alverquense. Foi um jogo muito bem disputado em que me orgulho de dizer que as minhas atletas fizeram o melhor jogo da época”. Os restantes resultados não foram tão positivos, perdemos por 3-1 com as Maristas e 3-0 com o Clube de Volei Lisboa. Ficou a boa imagem, “dignificámos a instituição que representamos, pelo que estamos todos de parabéns”. Não podemos esquecer os sacrifícios que as jogadoras fizeram para participar na competição nacional pois, entre outras coisas, não tiveram quaisquer apoios públicos para se fazerem deslocar a Lisboa. O único apoio recebido partiu dos patrocinadores Peugeot e ginásio Platinium. Para acabar a época em grande, basta vencer a Taça AVM, outro dos objectivos da época que, de certo, lutarão para concretizar. Medalhas Natação Voleibol Feminino No Voleibol feminino, a equipa da AAUMa defrontou o IPLeiria e a FADEUP, mas não conseguiu os resultados esperados, perdendo por 2-1 e 2-0, respectivamente. Campeonato Nacional da 2ª divisão Ouro - 6 Atletismo Pista Ar Livre 100m Masc.; 400m Fem., Salto em Comprimento Fem.; Badminton Fem.; Natação Prata - 5 Atletismo Pista Coberta Salto em Comprimento; Badminton Masc.;Ténis Fem.; Ténis Masc.; Judo Fem. Bronze - 4 Atletismo Pista Ar Livre 100m Fem.; Atletismo Pista Coberta – 60m Fem.; Lançamento do Peso Fem.; Ténis Fem. Ainda no Desporto Curso de Windsurf A equipa de voleibol feminino da AAUMa, fez uma época de sucesso desportivo. O JA contactou o treinador da equipa de voleibol feminino, Jorge Luz, para fazer um balanço sobre a prestação da equipa. No que concerne à participação a nível regional, esta foi “extremamente positiva pois não perdemos qualquer jogo, ganhámos os 4 jogos do torneio de abertura e os 8 jogos do campeonato, todos por uns expressivos 3-0”. Mais problemática foi a participação a nível Nacional pois “acima de tudo estávamos a jogar contra equipas de uma divisão superior à nossa. Nós competimos no regional e fomos defrontar equipas que A AAUMa, através de um protocolo estabelecido com o técnico superior Gino Liu, irá iniciar um curso de windsurf, às quartas e sextas entre as 17:30 às 19:00, no Centro Treino Mar. O número mínimo de inscritos para o curso se iniciar é oito, pelo que, se pretendes praticar a modalidade, faz a tua pré-inscrição na AAUMa. Futuras Actividades Passeio de Barco A AAUMa realiza, no próximo dia 21/07/2007, sábado, um passeio de barco às Ilhas Desertas. O número mínimo de inscritos para a realização desta actividade é de 50 pessoas e o máximo de 75. As inscrições são feitas na sede da AAUMa.§ radar Estágios na AAUMa reportagem Andreia Nascimento E m pleno século XXI, a sociedade contemporânea caracteriza-se por mutações profundas sem precedentes, fruto de uma evolução radical de valores, saberes e percepções do mundo. De facto, num contexto global de grande mutabilidade é fundamental a aposta que actualmente se faz na Formação Profissional. É necessário que todos os envolvidos no processo se consciencializem da importância do seu empenho pessoal, para levar a bom termo a desafiadora tarefa de condução e posicionamento competitivo de qualquer organização. Não podemos ignorar que o indivíduo aprende agindo, eventualmente cometendo erros e aprendendo com eles. Na linha deste raciocínio, a AAUMa teve três jovens em estágio na sua sede. Marcelo Pereira e Andreia Nunes, são alunos do Ensino Secundário, via profissionalizante da Escola Padre Manuel Álvares e colaboram com o Desporto. Em estágio final do curso de Técnico de Secretariado encontra-se a aluna Célia Ramos, da Escola Profissional Atlântico. O JA foi ao encontro destes alunos em estágio saber o que pensam sobre o mesmo e quais as suas perspectivas de futuro. Marcelo Pereira Foi uma boa experiência. Há que salientar, claro, o excelente ambiente característico da AAUMa, assim como a ajuda por parte dos orientadores de estágio, o Prof. Idalécio Antunes e o Prof. David Lima. Em relação ao meu futuro, pretendo continuar a estudar e, se surgir oportunidade, aproveitar as melhores condições de vida existentes noutros países da União Europeia. Célia Ramos A experiência foi muito gratificante pois aprendi muito. Num futuro próximo espero conseguir entrar na UMa, no curso de Gestão. Pretendo aprofundar os meus conhecimentos e como Gestão, a nível de cadeiras, vai ao encontro daquelas que tive durante três anos de curso, acabou por facilitar a minha escolha. Andreia Nunes Apesar de ter sentido muita dificuldades de integração, faço um balanço positivo. Em relação ao meu futuro, entrar no Ensino Superior não está nos meus planos. Pretendo trabalhar na área do desporto, nomeadamente em associações ou clubes. destaque Sabias que … • O LSD provoca alucinações muito desagradáveis ou “bad trips”? • A ressaca (síndrome de abstinência) da heroína é muito penosa, pois provoca espasmos musculares, vómitos, diarreia, insónia, etc? • Beber em demasia pode levar a outros comportamentos de alto risco, como ter relações sexuais desprotegidas, consumo de outras substâncias ou acidentes de viação graves? • Os efeitos secundários do Ecstasy incluem rigidez dos maxilares, um aumento da sudação e da frequência cardíaca? • Que o haxixe, quando consumido em grandes quantidades, num curto espaço de tempo, ou conjuntamente com bebidas alcoólicas, pode provocar dor de cabeça, falta de memória, tonturas e náuseas? • Muitas vezes os comprimidos ou pastilhas de Ecstasy são vendidos adulterados, mas que é impossível sabê-lo por mera observação? • O haxixe exagera a forma como as pessoas se sentem? Isto significa que se estiverem tristes, ficam ainda mais tristes? • O peso, o volume, a idade e o sexo podem modificar o efeito das drogas? • A utilização de uma única droga é muito menos frequente do que a associação de várias drogas? • Que as pastilhas aceleram de tal modo o metabolismo (o que faz que as pessoas sintam mais energia e não tenham sono) que podem provocar morte por ataque cardíaco? • O MDMA (Ecstasy) provoca tolerância, ou seja, os indivíduos necessitam de doses cada vez maiores? • Ao consumir cannabis, os sujeitos ficam com o ritmo cardíaco acelerado, os olhos congestionados, a boca seca, e sentem um aumento do apetite? • O consumo de cocaína induz perturbações psiquiátricas como psicoses, perturbações de Serviço Regional de Prevenção ansiedade, do sono e do humor? da Toxicodependência Bibliografia: Rua do Jasmineiro, Nº 7 Galhardo, A., Marques, P. (2004). Descobre outros prazeres. Coimbra: Associação Académica de Coimbra Telf. 291 745115 11 extra ficha técnica novidade 3 Director Executivo: Luís Eduardo Nicolau • Directora de Redacção: Andreia Nascimento • Edição: Departamento de Comunicação da AAUMa • Propriedade: Associação Académica da Universidade da Madeira • Design: Dupladp – Novos Conceitos da Comunicação e Publicidade, Lda. • Impressão: Grafimadeira • Tiragem: 1000 exemplares • Distribuição: Gratuita • Versão on-line no sítio: www.aauma.pt