Carta 157. O mais lindo jardim

Transcrição

Carta 157. O mais lindo jardim
Carta 157. Jardim lindo em Antonina e a sua jardineira
Foto: fragmento do jardim e parte da casa em vista lateral. Cidade de Antonina, bairro Itapema.
Eu tinha 23 anos quando faleceu a minha bisavó, Maria Therese Roose. São poucas as pessoas que
tem o privilégio de poder conviver por tanto tempo com uma bisavó. Ela tinha nascido e crescido em
Flandres da Bélgica e o seu belo sobrenome foi bem apropriado, pois ela adorava cuidar do seu
jardim.(a) Ela casou-se com um holandês e soube passar o gosto pela jardinagem à única filha, Marie
Louise Cammaert, que por sua vez o passou à filha primogênita, Marie Thérèse Calon, a minha mãe.
A casa dessas três senhoras estava sempre cheia de vasos de flores, recém-colhidas no próprio
jardim e a minha mãe, durante muitos anos, decorava com as suas flores de corte a igreja da nossa
cidadezinha, IJzendijke.
Eu também gosto muito de jardins, mas sendo produto da minha época, desenvolvi um senso de
estético algo diferente do que as três mulheres que me precederam. Gosto de um jardim selvagem e
cabeludo, onde as espécies de ocorrência espontânea se misturam a vontade com as espécies
plantadas. A partir da geração ‘let it grow & let it be’ dos anos sessenta-setenta, o ‘jardim
descontrolado’ tem se tornado bastante comum na Europa. Mas, no Brasil, recebeu pouca adesão; aí
a maioria dos jardins continua do ‘estilo bisavó’, alias, com uma desagradável concessão a
comodismo: o uso constante da barulhenta roçadeira motorizada.
Na cidade de Curitiba consegui descobrir alguns jardins esteticamente atraentes (veja também SPVS
2010), mas no litoral norte do Paraná a maioria dos jardins me decepciona.(b) Nas cidades de
Antonina e Guaraqueçaba, que frequento desde 2003, nunca encontrei um único jardim realmente
notável...até recentemente, razão que me motivou a escrever esta carta.
Em uma rua de Antonina que já havia percorrido muitas vezes ao longo da última década, de
repente... veio a agradável surpresa: um pequeno jardim chamou a minha atenção. A partir de então,
cada vez que passava em frente desse terreno espiava por cima do portão e a cada vez o jardim me
parecia ainda mais atraente. Era evidente que a casa do terreno estava sem morador e o portão de
acesso ao terreno se encontrava sempre cadeado. No último 9 de abril deixei a minha curiosidade
vencer e fui conversar com o vizinho. Ele se apresentou como Ronaldo e me contou que está
encarregado de vigiar o terreno, desde dezembro de 2013, quando o casal de moradores, seus
amigos, saíram do local para receber tratamento médico em Curitiba.
O bom Ronaldo abriu para mim o portão, permitindo-me a entrada no jardim para realizar o meu
sonho: fazer o levantamento das plantas encantadoras. Aproveitei bem a minha visita: permaneci
naquele terreno, de apenas 20 por 20 metros, por três horas seguidas (13 a 16 h) e por se tratar de
uma tarde ensolarada, tive a sorte de receber a companhia de várias espécies de borboletas.
Enquanto a diversidade botânica do jardim gradualmente foi se revelando, despertou a minha
vontade de conhecer a criadora deste pequeno eldorado. Devia ser uma pessoa parecida com a
minha bisavó. Assim, depois de terminar o levantamento voltei ao vizinho, para entrevistá-lo. Ronaldo
me passou informações preciosas sobre a boa jardineira, Maria Loureira Stella, e depois sugeriu que
fosse verificar esses dados com dona Miriam, a sobrinha de Maria (filha da irmã dela), que reside ali
perto. Ronaldo e dona Miriam me contaram o seguinte:
Maria Loureiro Stella era conhecida em Antonina pelo apelido ‘dona Mariche’. Ela faleceu na idade de
101 anos, em 12 de junho de 2014, no Hospital do Idoso Zilda Arns, bairro Pinheirinho, Curitiba.
A mãe da jardineira Maria, chamava-se Augusta Austoche e tinha vindo da Alemanha. Em Curitiba,
casou-se com Augusto Loureiro, um descendente de portugueses.
A filha, Maria Loureiro, casou se com Waldemar Stella, com quem teve dois filhos homens. Após
aproximadamente dez anos de casamento, Waldemar faleceu. Posteriormente, Maria encontrou um
novo companheiro, Arsenio Rocha, com quem viveu os últimos sessenta anos da sua vida: os
primeiros vinte, em Curitiba (na esquina da Rua Urbano Lopes com Avenida Presidente Affonso
Camargo, bem ao lado do atual Jardim Botânico), e os últimos quarenta, em Antonina, na casa deste
1
jardim mágico. Em 2013 ela adoeceu e em dezembro daquele ano os seus filhos a levaram para o
referido hospital em Curitiba. O Sr. Arsenio, apesar de ser muito apegado a Antonina, foi solidário e a
acompanhou a Curitiba. Depois da morte da Maria, os filhos dela o colocaram num asilo de idosos
em Curitiba. Três meses depois da morte da sua companheira, ele também faleceu, com a idade de
aproximadamente 98 anos. Eles estão enterrados em Curitiba: Maria no Cemitério Municipal de Água
Verde e Arsênio no cemitério Parque Iguaçu (bairro Mercês).
Não conheci Maria, mas para quem olha para dentro deste jardim, a jardineira continua muito
presente e viva!
Pela descrição dada pelo Ronaldo concluí que tinha encontrado Sr. Arsenio várias vezes nas minhas
caminhadas, na região da Praia de Gomes, Antonina. Ele andava de bengala, curvado e muito lento,
e quando eu passava e o cumprimentava, ele parava, se erguia, encarava-me com um olhar intenso
e simpático e respondia ao meu comprimento com sinceridade.
Agora eu me faço uma pergunta: qual será o destino da obra deste casal querido? Receio que pode
acontecer o seguinte: o próximo residente do terreno, antes de se mudar para o local, vai demolir a
casa de madeira, para substitui-la por uma casa de material. Naquela atividade (demolição e
construção), o pequeno jardim ficará totalmente destruído.
Espero que o próximo morador seja uma pessoa que respeite a herança e memória deste casal,
talvez mantendo a casa de madeira (fazendo a reforma ou reconstrução com delicadeza), porém
deixando o jardim na sua gloria atual.
Já que esta circular tem distribuição ampla, o endereço deste jardim não será divulgado, para que a
privacidade dos vizinhos seja preservada.
Resultado do levantamento feito em 9 de abril (13:00 a 16:00 h) e 18 de abril (13:40 a 15:40 h) de
2015
O terreno tem superfície de 400 m2 (20 x 20 m), contendo uma casa de 54 m 2 (9 x 6 m), e um
barracão de 12 m2 (4 x 3 m). O jardim, então, tem superfície de 334 m 2, o que corresponde à
trigésima parte de um hectare (1/30 ha).
A listagem das espécies de plantas vasculares encontradas, apresentada no Apêndice 1, pode ser
considerada praticamente completa. Das 93 espécies, 41 não são nativas da região do Litoral
paranaense e foram plantadas pela jardineira. Das espécies nativas, a maioria deve ter surgido
espontaneamente no jardim, mas palmiteiro (Euterpe edulis), mamoeiro (Carica papaya) e xaxim
(Cyathea sp.) certamente foram plantados.
Já que Antonina é situada próxima ao nível do mar, o caráter da sua flora (nativa e exótica) é
essencialmente tropical-subtropical. Assim, não surpreende que nenhuma das plantas encontradas
no jardim ocorra na Europa Central, pelo menos não ao ar livre. (c) Assim, para mim foi muito
emocionante descobrir a única exceção a essa regra: encontrei no jardim uma população vigorosa de
Viola odorata, espécie nativa da minha terra natal, onde é relativamente rara, mas bem conhecida
por ser uma das primeiras espécies a produzir flores no fim da estação fria: na Holanda, a forma
silvestre desta espécie floresce do início de março (final do inverno) ao início de maio, razão pela
qual ali o seu nome popular é ‘Maarts viooltje’ (violeta-de-março), enquanto a sua forma cultivada ali
ainda tem uma segunda florada: de setembro a outubro (Heimans et al. 1920). Ao que parece, no
Brasil, onde só ocorre a forma cultivada, a espécie mantém essas duas floradas bem separadas, nos
mesmos meses do ano: neste jardim antoninense encontrei a espécie florida em 18 de abril,
enquanto segundo Lorenzi (2013) ela floresce aqui também no período inverno-primavera.
Vejo a presença da violeta-de-março no jardim da Maria como um elo com a terra natal da sua mãe
alemã, sem dúvida também uma apaixonada jardineira.
Das plantas presentes no jardim, algumas produzem flores bem atraentes para borboletas. Assim
não é de surpreender que, em apenas duas visitas ao local, vi nada menos que doze espécies de
borboletas. Elas são listadas na Tabela 1.
2
Tabela 1. As espécies de borboletas visitando o jardim da ‘dona Mariche’, cidade de Antonina (bairro
Itapema de Baixo), em 9 de abril (entre 13:00 e 16:00 h) e 18 de abril (entre 13:40 e 15:40 h) de
2015.
Família
Subfamília
Nome científico
Hesperiidae
Papilionidae
Pieridae
Pyrginae
Papilioninae
Coliadinae
Lycaenidae
Theclinae
Nymphalidae
Satyrinae
Nymphalinae
Heliconiinae
(1)
Espécie
Nome vulgar (1)
Urbanus teleus
Battus polystictus
Phoebis argante argante
Phoebis philea philea
Pseudolycaena marsyas
Strymon cf. megarus
Hermeuptychia hermes
Anartia amathea roeselia
Anartia jatrophae jatrophae
Eueides isabella dianasa
Eueides pavana
Heliconius ethilla narcaea
gema-de-ovo
gema
tristonho
alemã, bandeira-alemã
mariquita
Abundância Plantas cujas flores a
borboleta visitou no
jardim
1 exemplar
1 fêmea
alguns
alguns
1 exemplar
1 exemplar
abundante
alguns
alguns
1 exemplar
1 exemplar
1 exemplar
Canna sp.
Mikania micrantha
Lantana camara
Lantana camara
Lantana camara
Lantana camara
Fonte do nome vulgar: Buzzi 2009.
O telhado da casa, composto de chapas onduladas de fibrocimento, tem uma bela cobertura de
brilhantina (Pilea microphylla), mesclada com três espécies de musgos (Bryum argenteum,
Didymodon sp. e Isopterygium sp.) e algumas espécies de samambaias epifíticas também ocorrentes
nas árvores do terreno.
No jardim ocorrem várias outras espécies epifíticas de musgos, hepáticas folhosas e liquens, nos
caules dos palmiteiros e de algumas outras plantas, mas estes grupos de organismos não foram
incluídos no meu levantamento. Devido ao tempo seco, cogumelos não foram encontrados no
terreno.
Durante as duas visitas ao jardim também não observei anfíbios, répteis, mamíferos, mas vi quatro
espécies de aves visitando o terreno: 1 exemplar da corruíra (Troglodytes musculus), 1 exemplar do
bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), 1 exemplar do neinei (Megarynchus pitangua), e, passando por
cima, um bando do periquito-rico (Brotogeris tirica). Não vi beija-flores, mas estes devem ter sido
abundantes enquanto Marie Stella estava viva, já que manteve para eles um bebedouro. O último
fica pendurado na varanda da casa até hoje, como se observa na foto em anexo.
(a)
Quando, em 1940, a minha bisavó ficou viúva, ela saiu da fazenda ‘De Kienstee’ e foi morar na cidadezinha Schoondijke (Calon 2004).
Logo estourou a Segunda Guerra Mundial (ela tinha sentido os horrores da Primeira Guerra Mundial de perto, pois morava na Bélgica) e
foi talvez este fato, combinado com a perda precoce do seu marido, que a fez plantar, no seu novo jardim, um chorão (Salix babylonica).
Sob os cuidados dela a árvore cresceu tão bem que na minha adolescência já estava entre as árvores mais possantes de Flandres da
Zelândia. A sua copa magnífica formou uma cúpula sobre a agitada rodovia ao lado. A árvore morreu junto com o Milênio, após ser
atingida por um raio.
(b)
Há exceções: no povoado Tagaçaba Porto da Linha, município de Guaraqueçaba, há um lindo jardim 2 km ao sul do km 35,0 da rodovia
PR-405. Também na cidade de Morretes descobri pelo menos um jardim interessante.
(c)
Das espécies listadas no Apêndice 1, umas poucas, como Impatiens walleriana, da África tropical, são mantidas na Europa Central como
planta ornamental do interior das casas.
AGRADECIMENTOS
Sou muito grato a
- Ronaldo e dona Miriam, pelas informações sobre ‘dona Mariche’;
- Lucas Katsumi, que faz pós-graduação na UFPR, pela ajuda na identificação de três espécies de
plantas.
REFERÊNCIAS
Buzzi, Z.J. 2009. Nomes populares de insetos e ácaros do Brasil. Edit. UFPR, Curitiba. 629 pp.
Calon, B.E.A. 2004. Cammaert uitgecamd. Familieboek, ter gelegenheid van familiereünie op 1 mei 2004 in de Euregio
Tuinen Oostburg naar aanleiding van 200 jaar Cammaert op boerderij De Kienstee te Schoondijke. Edição do autor;
Eindhoven. 380 pp.
Heimans, E., H.W. Heinsius & J.P. Thijsse. 1920. Geïllustreerde flora van Nederland. Handleiding voor het bepalen van den
naam der in Nederland in ’t wild groeiende en verbouwde gewassen en van een groot aantal sierplanten, Ed. 5. W.
Versluys, Amsterdam. 1134 pp.
Heukels, H. & S.J. van Ooststroom. 1973. Flora van Nederland, 17de druk. Wolters-Noordhoff, Groningen. 911 pp.
JBR (Jardim Botânico do Rio de Janeiro). 2010. Catálogo de plantas e fungos do Brasil. Andrea Jakobsson Estúdio :
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 1699 pp. (2 Vol.).
3
Kaehler, M., R. Goldemberg, P.H. Labiak Evangelista, O. dos S. Ribas, A.O.S. Vieira & G.G. Hatschbach. 2014. Plantas
vasculares do Paraná. Universidade Federal do Paraná, Departamento de Botânica, Curitiba. 190 pp.
Lorenzi, H. 2008a. Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Vol. 1, Ed. 5.
Edit. Plantarum, Nova Odessa. 370 pp.
Lorenzi, H. 2008b. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, Ed. 4. Edit. Plantarum, Nova
Odessa. 640 pp.
Lorenzi, H. 2013. Plantas para jardim no Brasil : herbáceas, arbustivas e trepadeiras. Edit. Plantarum, Nova Odessa. 1120
pp.
Lorenzi, H., H.M. de Souza, M.A.V. Torres & L.B. Bacher. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e
aromáticas. Edit. Plantarum, Nova Odessa. 368 pp.
Souza, V.C. & H. Lorenzi. 2008. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas
nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II, Ed. 2. Edit. Plantarum, Nova Odessa. 704 pp.
SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental). 2010. Cultura e biodiversidade nos jardins de
Curitiba. SPVS, Curitiba. 81 pp.
Apêndice 1. As espécies de plantas vasculares no jardim da ‘dona Mariche’, cidade de Antonina
(bairro Itapema de Baixo), registradas em 9 e 18 de abril de 2015.(1)
Número
de
exemplares /
Abundância
DAP
(cm)
Florida
no
local
Frutificando
no local
-
Família
Espécie
Nome comum
brasileira da
espécie
Hábito
(hábitat)
Nativa no litoral do
Paraná, ou exótica
(para as exóticas:
procedência da
espécie)
GIMNOSPERMAS
Cycadaceae
Cycas thouarsii
cica (LT), sagu-de-madagascar (F)
1 fêmea
-
-
arborescente
exótica (Índia, Filipinas, Sumatra,
Java, Madagascar e África
Tropical)
ANGIOSPERMAS
Acanthaceae
Thunbergia grandiflora
tumbérgia-azul (L)
1
-
abril
violeta
Pfaffia glomerata
Catharanthus roseus
corango-sempreviva (F)
vinca, boa-noite (L), boa-tarde (F)
abundante
1
-
abril
abril
branca
violeta
arbustivo
(trepadeira)
herbáceo
herbáceo
exótica (Índia)
Anthurium andraeanum
Dieffenbachia seguine
Spathiphyllum sp.
antúrio-de-flor (L)
comigo-ninguém-pode (L)
lírio-da-paz (L)
1
escassa
abundante
-
-
abril
abril
herbáceo
herbáceo
herbáceo
abril
abril
abril
herbáceo
arborescente
arborescente
arbustivo
herbáceo
herbáceo
exótica (Colômbia)
exótica (Colômbia e Costa Rica)
exótica (no Brasil, o gênero é
nativa da Amazônia e do Cerrado,
com apenas uma espécie na Mata
Atlântica de SP)
exótica (Nicarágua)
exótica (Austrália)
nativa
exótica (Índia, Malásia, Polinésia)
exótica (África)
nativa
Syngonium angustatum
Schefflera actinophylla
Euterpe edulis
Cordyline terminalis
Sansevieria trifasciata
Acanthospermum
australe
Bidens pilosa
Coreopsis lanceolata
Mikania micranta
singônio (L)
árvore-guarda-chuva (L)
juçara (L), palmiteiro
cordiline (L)
sanseviéria (L)
amor-de-negro (L)
escassa
1
5
1
escassa
abundante
15 cm
4 cm
-
amor-seco (L)
margaridinha-amarela (L)
micânia (F)
escassa
escassa
1
-
abril
abril
abril
Vernonanthura beyrichii
Impatiens walleriana
assa-peixe
beijo-de-freira (F), beijo-de-frade
(L)
begônia-cerdosa (F)
2
1
-
abril
-
1
-
abril
cravo-do-mato (F)
1
abundante
-
-
-
Tillandsia usneoides
barba-de-velho (F)
abundante
-
-
-
Vriesea philippocoburgi
gravatá (F)
2
-
Selenicereus
anthonyanus
Rhipsalis baccifera
cacto-sianinha
1
-
-
erva-canário (F), cacto-macarrão
(L)
comambaia (F)
1
-
abril
1
-
-
arrebenta-boi, cega-olho (L)
caité (F)
mamoeiro (F), mamão (SL)
campainha (L)
trapoeraba (L)
escassa
1
1
1
escassa
escassa
1
escassa
abundante
12 cm
-
abril
abril
abril
abril
abril
abundante
1
-
abril
abril
abril
1
-
-
2
2 cm
-
Nome científico
Amaranthaceae
Apocynaceae Apocynoideae
Araceae
Araliaceae
Arecaceae
Asparagaceae
Asteraceae
Balsaminaceae
Begoniaceae
Bromeliaceae
Cactaceae
Begonia fischeri var.
fischeri
Begonia sp. A
Tillandsia stricta
Rhipsalis pachyptera
Campanulaceae
Cannaceae
Caricaceae
Convolvulaceae
Commelinaceae
Cyperaceae
Euphorbiaceae
Hippobroma longiflora
Canna sp.
Carica papaya
Ipomoea sp.
Commelina diffusa
Cyperus sp.
Acalypha wilkesiana
Euphorbia hirta
Euphorbia hyssopifolia
Euphorbia cf. insulana
Euphorbia milii var.
breonii
Euphorbia pulcherrima
Manihot esculenta
crista-de-peru (L)
erva-de-santa-luzia (F, L)
erva-de-santa-luzia (F), ervaandorinha (L)
leiteira (F)
coroa-de-espinho (L)
poinsétia, bico-de-papagaio, florde-páscoa (L)
mandioca (F, SL)
Cor
das
pétala
s
amarela
nativa
exótica (Madagascar)
nativa
exótica (Estados Unidos)
nativa
violeta
herbáceo
herbáceo
herbáceo
(trepadeira)
arbustivo
herbáceo
violeta
herbáceo
nativa
violeta
(exótica)
nativa
branca
branca
herbáceo
herbáceo
(epifítico)
herbáceo
(epifítico)
herbáceo
(epifítico)
herbáceo
(trepadeira)
herbáceo
(epifítico)
herbáceo
(epifítico)
herbáceo
herbáceo
arbustivo
herbáceo
herbáceo
herbáceo
arbustivo
herbáceo
herbáceo
verde
verde
herbáceo
arbustivo
nativa
exótica (Madagascar)
-
arbustivo
exótica (México)
-
arbustivo
exótica (América tropical)
branca
branca
branca
vermelha
abril
abril
abril
abril
verde
Nome
comum
holandesa da
espécie
nativa
exótica (África tropical)
tandzaad
Vlijtig liesje
nativa
nativa
exótica (Sul do México)
exótica (Norte e Nordeste do
Brasil)
nativa
nativa
...
?nativa (América Central e Brazil)
nativa
nativa
nativa
exótica (Ilhas do Pacífico)
nativa
nativa
bloemriet
dagbloem
commelina
cypergras
4
Fabaceae Faboideae
Fabaceae Mimosoideae
Gesneriaceae
Não identificada
Heliconiaceae
Lamiaceae
Loranthaceae
Malvaceae
Melastomataceae
Moraceae
Musaceae
Myrtaceae
Ochnaceae
Orchidaceae
Oxalidaceae
Phyllanthaceae
Poaceae
2
-
-
arborescente
nativa
1
-
abril
vermelha
herbáceo
Heliconia sp.
Clerodendrum cf.
thomsonae
Clerodendrum x
speciosum
caeté (L)
lágrima-de-cristo (L)
1
1
-
abril
abril
vermelha
vermelha
herbáceo
arbustivo
exótica (no Brasil, é nativa do
Cerrado)
...
exótica (África Ocidental)
coração-sangrento (L)
1
-
abril
vermelha
arbustivo
Marsypianthes
chamaedrys
Ocimum campechianum
Plectranthus barbatus
Plectranthus verticillatus
betônica-brava (L)
1
-
abril
violeta
herbáceo
alfavaca (L)
falso-boldo
hera-sueca (L)
1
1
1
-
abril
abril
violeta
herbáceo
herbáceo
herbáceo
Salvia splendens
Struthanthus vulgaris
sangue-de-adão (L)
erva-de-passarinho (F)
1
1
-
abril
abril
Hibiscus acetosella
Malvaviscus arboreus
quiabo-azedo (L)
malvavisco (LT), sapateira
abundante
escassa
-
abril
-
Sida acuta
Sida rhombifolia
Tibouchina sp.
Morus nigra
Musa cv.
malva-baixa (L)
guanxuma (L)
amora (SL)
bananeira
1
escassa
1
2
escassa
15 cm
-
abril
-
Eugenia uniflora
Sauvagesia erecta var.
erecta
Dendrobium grupo
‘nobile’
Averrhoa carambola
Breynia nivosa
Phyllanthus niruri
Phyllanthus tenellus
Eleusine indica
pitangueira (L), pitanga (F)
-
1
1
18 cm
-
abril
abril
olho-de-boneca (L)
1
carambola (F), carambola (SL)
mil-cores (SL)
quebra-pedra (F, L)
quebra-pedra (F, L)
pé-de-galinha (F), capim-pé-degalinha (L)
capim-do-mato (F)
1
1
escassa
abundante
escassa
vermelha
verde
vermelha
herbáceo
herbáceo
(parasítico)
arbustivo
arbustivo
herbáceo
herbáceo
arborescente
arborescente
arborescente
exótica (provavelmente da África)
exótica (México e norte da América
do Sul)
nativa
nativa
...
exótica (leste da Ásia)
exótica (Ásia tropicalsubtropical)
nativa
nativa
violeta
arborescente
herbáceo
herbáceo
(epifítico)
arborescente
arbustivo
herbáceo
herbáceo
herbáceo
exótica (China e Himalaya)
-
abril
abril
abril
abril
abril
branca
branca
verde
1
-
abril
abril
verde
herbáceo
nativa
grama-comum (F), grama-torquilha
(L)
capim-guaçu (L)
rabo-de-quati (F), capim-rabo-deraposa (L)
roseira-sempre-verde (F)
abundante
-
abril
abril
verde
herbáceo
nativa
1
1
-
-
abril
abril
herbáceo
herbáceo
nativa
nativa
abundante
-
abril
abril
arbustivo
framboesa-silvestre (F), amorabrava (L)
ixora-vermelha (F), ixora-chinesa
(L)
laranja-comum (F)
limão (F)
fumo-de-jardim (F), jasmim-tabaco
(L)
flor-do-guarujá (L)
embaúba (L)
brilhantina (L)
cambará-de-espinho (L)
violeta-européia (L)
1
-
-
-
exótica (região mediterrânea e
sudoeste da Europa)
nativa
1
-
abril
1
1
1
10 cm
-
abril
1
1
abundante
1
1
3 cm
-
abril
abril
abril
abril
Cyathea cf. phalerata
Nephrolepis biserrata
(inclusive cv. ‘Furcans’)
Microgramma
vacciniifolia
Pleopeltis astrolepis
xaxim
rabo-de-peixe (L)
2
2
-
polipódio-vacinifólio (F)
abundante
polipódio-... (F)
Pleopeltis pleopeltifolia
polipódio-estreito (F)
Rutaceae
Citrus sinensis
Citrus X limon
Nicotiana alata
Polypodiaceae
violeta
nativa
exótica (Índia)
exótica (Austrália e Ilhas do
Pacífico)
exótica (Sudeste do Brasil)
nativa
-
Rosa cf. sempervirens
Turnera ulmifolia
Cecropia pachystachia
Pilea microphylla
Lantana camara
Viola odorata
-
abril
exótica (resultante da hibridação
de C. splendens com C.
thomsonae, ambas da África)
nativa
25 cm
-
Ixora chinensis
SAMAMBAIAS
Cyatheaceae
Nephrolepidaceae
-
arborescente
semânia (L)
Rubiaceae
Verbenaceae
Violaceae
-
maricá (F, L)
Rubus rosifolius
Turneraceae
Urticaceae
-
Seemannia sylvatica
Saccharum angustifolium
Setaria parviflora
Solanaceae
-
Mimosa bimucronata
Oplismenus hirtellus
subsp. setarius
Paspalum conjugatum
Rosaceae
1 (plântula)
branca
arbustivo
vermelha
abril
abril
exótica (Índia, Sri Lanka)
exótica (Ilhas dos Mares do Sul)
nativa
nativa
exótica (Ásia)
exótica (China)
exótica (Sudeste da Ásia)
nativa
arbustivo
arborescente
herbáceo
herbáceo
herbáceo
exótica (Brasil, ao norte do Paraná)
nativa
nativa
?nativa
exótica (continente europeu, África
e Ásia Ocidental)
abril
-
arborescente
herbáceo
nativa
nativa
-
-
nativa
abundante
-
abril
abundante
-
abril
amarela
-
laranja
violeta
Serpocaulon latipes
polipódio-de-pé-largo (F)
3
-
abril
Pteridaceae
Adiantum raddianum
Pteris cretica
1
1
-
abril
Thelypteridaceae
LICÓFITAS
Selaginellaceae
Thelypteris sp.
avenca (L)
samambaia-prata (L), pteris-decreta (F)
-
herbáceo
(epifítico)
herbáceo
(epifítico)
herbáceo
(epifítico)
herbáceo
(epifítico)
herbáceo
herbáceo
escassa
-
abril
herbáceo
nativa
Selaginella umbrosa
selaginella, musgo-renda (L)
1
-
-
herbáceo
exótica (América Tropical)
-
naaldaar
roos
braam
exótica (China e Malásia)
arborescente
arbustivo
herbáceo
branca
Zwarte moerbei
banaan
sinaasappel
citroen
tabak
Maarts viooltje
nativa
nativa
nativa
nativa
exótica (Sul da Europa)
venushaar
engels mos
(1)
Fontes dos nomes científicos: Kaehler et al. 2014.
Fontes do nome comum brasileira da espécie: os fascículos da Flora Ilustrada Catarinense 1965-2005 (F), Lorenzi 2008a, 2008b e 2013 (L)
e Lorenzi et al. 2003 (LT). É citado somente o primeiro dos nomes listados nas obras de Lorenzi e coautores, mesmo quando este não
é o nome mais usado no leste do Paraná.
DAP = diâmetro a altura do peito (diâmetro à altura de 1,3 m do solo).
Florida no local em abril de 2015: + = com flores; - = sem flores.
Frutificando/esporulando no local em abril de 2015: + = com frutos/esporângios; - = sem frutos/esporângios.
Procedência da espécie: fontes são JBR 2010, para as espécies do Brasil, e as obras de Lorenzi e coautores, para as espécies não
brasileiras.
Fonte do nome comum holandesa: Heukels & van Ooststroom 1973.
5
André de Meijer, 23 de abril de 2015
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