Novo modelo de gestão - Iate Clube de Santa Catarina
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Novo modelo de gestão - Iate Clube de Santa Catarina
gestão 2010/2012 abril 2011 Novo modelo de gestão Transparência das informações financeiras e contábeis • Balancete mensal a disposição do associado • Controle real das despesas e desperdícios • Recuperação de Cockpit | Abril 2011 inadimplentes Valorização do título patrimonial • Pela suspensão e emissão e venda de títulos especiais 1 palavra do comodoro 12 14 22 expediente Caros(as) Associados(as), Nossa revista Cockpit está de volta com um balanço das atividades esportivas e sociais de nosso Clube. Por ser auto-explicativa permite demonstrar que todos os compromissos assumidos, tanto na área social, quanto na área do esporte náutico, foram e estão sendo cumpridos. Coube-me resumir, nesta coluna, o trabalho que realizamos desde 2 de setembro de 2010. Gestão: Implantamos o modelo de gestão que havíamos prometido a todos os associados e que inclui: suspensão da venda de títulos especiais, controle de todo tipo de desperdício e criação de um modelo de balancete, através do qual, todos os associados podem acompanhar mensalmente as finanças de nosso Clube. Pagamos todas as contas da transição e estamos com nossas contas em dia permitindo iniciar o Programa de Obras da Gestão com dinheiro do Clube. Plano Diretor: Após sete meses de trabalho, dentro de alguns dias e, com ampla divulgação, iniciaremos a discussão sobre o Plano Diretor do Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha. É hora de modernizar vislumbrando necessidades e projetos para os próximos 10 anos do nosso Clube e, sua participação é fundamental ! Trapiche Norte: Nesta semana, após todos estes meses de espera, tivemos uma reunião com a SPU, na qual, após cumprirmos todas as exigências deste órgão fomos informados de que nosso processo de liberação do Trapiche Norte está em fase final (faltam apenas a confecção e a assinatura do necessário contrato entre SPU e o ICSC – Veleiros da Ilha). Dragagem: No mês de fevereiro contratamos a empresa AMBIENS para complementar o projeto de dragagem que havia sido bloqueado (pelo ICMBio), por falta dos devidos estudos ambientais que envolviam a área da dragagem e a área de “bota-fora” do material retirado com a dragagem. Temos prazo até final de abril para o término destes estudos e conseqüente envio dos mesmos para o ICMBio. Após esta ação, esta Comodoria pretende iniciar os procedimentos para a dragagem (internos no âmbito do Conselho Deliberativo, e externos, na busca de empresa qualificada para a sua rápida execução). Pátio das Embarcações: Até julho deste ano, atendendo aos compromissos assumidos junto aos órgãos ambientais desde 2009, teremos que ter espaço próprio para lavação e limpeza das embarcações. Estamos, neste momento, reorganizando o pátio para atender a estas exigências e, também, às necessidades dos associados quanto a espaço para embarcações. Estas ações foram iniciadas pela expansão do pátio de estacionamento junto à Baía Sul e a conseqüente reorganização das embarcações ali estacionadas. Projetamos e executamos uma alteração na rampa de subida/descida de embarcações. Isto foi necessário porque a “tradicional” limpeza feita nesta rampa não será mais permitida pela autoridade ambiental e teremos que levar as embarcações até o local apropriado a este serviço. Em 2 de abril, completamos sete meses de Gestão, cumprimos ou trabalhamos em direção à execução de todos os compromissos assumidos junto à nossa comunidade interna. Tanto o Comodoro, quanto os Vice-Comodoros, fazem expediente diário no Clube, trabalhando num modelo transparente de Gestão, e principalmente na criação de um conjunto de procedimentos que perpetuem este tipo de modelo. Dentre estes procedimentos ressaltamos a contratação de Auditoria Permanente de Acompanhamento de Gestão Independente a qual relatará ao Conselho Fiscal todas as ações ou procedimentos que se desviarem do planejado ou do exigido. Mais um instrumento de proteção de nosso patrimônio! Ao finalizar este resumo registramos nosso agradecimento aos nossos diretores e ao número crescente de associados que vêm participando de nossa Gestão. Muito obrigado a todos vocês! Sem sua ajuda não teríamos avançado tanto em apenas sete meses. indíce 38 HALLOWEEN 40 REVEILLON MUSEU DO MAR 46 palavra do cONSELHO PRÉ-pan prÉ-olímpico atletas olímpicos do icsc Comodoro Carlos Roberto Bresolin Vice-Comodoro de Eventos e Social Ildefonso Witoslawski Junior Diretor de Lancha, Passeio e Competição Henrique Scharf Comodoro Mirim Daniel de Matos Diretor de Vela Oceano Fabio Filippon Diretor de Rádio e Resgate Adalberto Estrazulas Vice-Comodoro de Administração e Finanças Luigi Faraci Diretor de Vela de Monotipo Rodrigo Silva Boabaid Diretor da Sede Oceânica Eduardo Dutra da Silva Diretor de Pesca e Meio Ambiente Iraê Ruhland Diretoras Sociais Cláudia Denise da Silva, Nilsete Liberato Bresolin, Cristiane Câmera da Silva e Sônia Witosloviski. Vice-Comodoro de Patrimônio e Obras Celso Luiz Muller de Faria Diretor Administrativo Alexandre Lopes O Conselho Deliberativo tem como objetivo a manutenção dos perfis definidos pelos Estatutos Sociais, editar normas, regimentos, resoluções e deliberações que priorizem na pratica, a gestão adequada para atingir os objetivos do nosso Clube. Pautado por um Regimento Interno minucioso, recentemente aprovado, cumpre com determinação sua competência deliberativa, determinada nos Estatutos Sociais Para alcançar a mais alta transparência, os atos e deliberações, bem como as Atas de suas Reuniões, terão ampla divulgação, através do mural do Clube, publicações, revistas e página da internet. Os planos da Comodoria e o Orçamento Anual, que definem a gestão administrativa do Clube, têm acompanhamento permanente, sendo divulgadas às modificações aprovadas, dando condições aos associados do exercício da fiscalização necessária. Dispondo de uma Comodoria altamente qualificada para executar com total êxito a gestão administrativa, certamente serão alcançados os objetivos fins do nosso Clube. CONSELHO DELIBERATIVO Pedro Medeiros de Santiago (Presidente) Viviane Riggenbach (Vice-Presidente) Charles Fernando Schroeder (1º Secretário) João Henrique de Santiago (2º Secretário) CONSELHO FISCAL Efetivos Douglas Ricardo Baltazar Campos João Eldeberto Nolasco Lídio Duarte Pedro Santiago Cockpit Jornalista Responsável Julye Poffo de Freitas Fotos Kris Sanz Projeto Gráfico | Editoração Madu Madureira Impressão Coan Rua Silva Jardim, 838, José Mendes Florianópolis – SC – 88020-200 48 3225-7799 [email protected] Tiragem 1.200 exemplares Carlos Roberto Bresolin Gestão 2010-2012. 2 Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 3 eleições missões Um novo olhar sob a Vela Oceânica Uma vitória da integração. Nas eleições de setembro do ano passado, o Iate Clube votou por renovar sua Comodoria . A chapa Integração recebeu 160 dos 314 votos e Carlos Roberto Bresolin se tornou o novo Comodoro para a gestão 2010-2012. Outros membros eleitos são Luigi Faraci, que responde pela Administração e Finanças, Ildefonso Witoslawski Júnior, na área de Eventos, e Celso Faria em Patrimônio e Obras. Com o objetivo e lema “Integrar para Crescer”, a Comodoria defende e aposta na união e trabalho em equipe e na dedicação aos interesses do associado em tempo integral. Defendendo os interesses dos sócios, o Conselho Deliberativo vem sob tutela de Pedro Santiago como presidente, Viviane Riggenbach como vice e José Medeiros como secretário. A vela de Oceano é tradicionalmente muito forte no ICSC. Há décadas nossos barcos e tripulações tem respeito e destaque nacional. Mas, percebemos que o número de barcos na raia vem diminuindo, as tripulações envelhecendo, e veleiros vencedoras abandonado as raias nos últimos anos. Além de não haver renovação ou número estável de velejadores, existe ainda a carência de formar tripulações locais e a mudança do perfil do velejador de oceano. Entendo que mais do que continuar com o bom trabalho já realizado na vela de oceano do ICSC nos últimos anos, é nossa missão atual trabalhar em duas frentes, na primeira tentando resgatar um pouco do espírito marinheiro nos nosso velejadores e na segunda atrair mais velejadores para a raia. A família no ICSC Ampliação da Pesca “Somos considerados um dos mais tradicionais clubes de Santa Catarina e a nossa tradição vem do mar e da terra. Investimos forte nas atividades náuticas e queremos ter o mesmo destaque nos eventos sociais. Por isso, nessa gestão queremos resgatar o convívio da família nas nossas sedes e oferecer estrutura. Realizar eventos sociais onde reuniremos os sócios e reativar as grandes festas oferecidas pela Comodoria”. “A pesca sempre esteve presente nas atividades do clube, e em todas as modalidades, atualmente há uma falta de estímulo nessa área. A Diretoria de Pesca vem para reativar os campeonatos organizados pelo clube aqui na região e propõem ainda nesse primeiro semestre de 2011, uma Escolinha de Pesca ministrado com um profissional onde a orientação vai desde a compra do material, a arte de empate de anzóis, o conhecimento de isca e compartilhar relatos de viagens”. Ildefonso Witoslawski Júnior Prioridades e Foco dessa gestão As prioridades da nova gestão são claras desde a posse: um sistema de dragagem, recuperar os elementos de investimento do clube, ampliar o estacionamento de veículos na sede central, assumir de forma transparente as compras, aquisições e contratações de equipamentos e serviços e, principalmente, o foco no associado. Como medidas práticas, o foco são as escolas náuticas na preparação dos nossos atletas, ampliação dos eventos de competições de Monotipo e Oceânica, transformando a raia de Jurerê no maior ponto de encontro dos atletas, resgate das atividades da Vela de Cruzeiro, resgate dos grandes campeonatos de pesca e dos eventos de mononáutica. 4 Abril 2011 | Cockpit Rodrigo Boabaid Em todo clube de Vela, os monotipos merecem ter papel de destaque, e no ICSC não é diferente. Algumas características, como a competitividade, igualdade, transportabilidade e variedade de categorias, além do custo mais acessível, fazem dos monotipos a opção de grande número de velejadores. É um trabalho complexo, já que envolve desde velejadores no topo da carreira, profissionalizados, até aqueles que, na infância, estão apenas iniciando. Devemos dar suporte aos nossos campeões já consagrados, trabalhar no aprimoramento para novos vencedores, e manter aberta a ‘porta de entrada’, formando sempre novos atletas. Como desafio para esse ano, nosso foco será desenvolver um projeto de inclusão social através da vela. Pretendemos que o ICSC siga sendo um ponto de referência para os velejadores de alto nível, pela qualidade de sua raia e pela sua estrutura para competições. Nesse sentido procuramos atrair competições nacionais e internacionais e estimular o nível técnico dos nossos velejadores. Fábio Filippon Integração: Nova gestão com foco no associado Monotipos na água Cockpit | Abril 2011 Iraê Ruhland 5 carnaval Carnamar 2011 Clube reúne sócios e convidados para cair na folia 6 O carnaval do clube foi parar no mar: o Iate Clube promoveu, no dia 06 de março, o Carnamar, evento que reuniu empolgadas embarcações em um passeio de cinco milhas de alegria. Mais de 30 embarcações de sócios e convidados fizeram o percurso da baia de Jurerê até a ilha do Francês – e o que não faltou foi ziriguidum. Além do samba nas caixas de som dos barcos, um concurso ajudou a animar os foliões. A Nina II se destacou pelo entusiasmo de seus tripulantes comandados pelo capitão Saul Capella Neto e venceu como a embarcação mais animada. O comandante Marcelo Gusmão caprichou no seu Moleque e garantiu o prêmio de embarcação mais enfeitada. Na categoria embarcação mais fantasiada, a lancha Brinquedinho do José Carradore, com a sua pequena sereia, levou a melhor. Na sede oceânica, uma canoa com mais de 500 latinhas de cerveja Devassa esperava os velejadores.. Ao aportar, a banda continuou tocando e o número de participantes pulou de 150 no mar para mais de 200 em terra. Comemorando o sucesso do evento, o Diretor de Eventos Náuticos Ildefonso Witoslawski Júnior já faz planos: “Tivemos uma grande surpresa pela aceitação dos sócios nesse evento e, mesmo sendo uma proposta nova pelo clube, ela foi mais do que positiva, tanto que já estamos pensando no carnaval de 2012!” Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 7 aniversário ICSC comemora 68 anos O Iate Clube Veleiros da Ilha comemorou seus 68 anos com muita saúde e disposição 8 O s associados comemoraram entre ostras e champagne os 68 anos de fundação do Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha. A data foi comemorada dia 11 de dezembro de 2010 e reuniu mais de 150 convidados na sede central. Considerado um dos mais tradicionais clubes de Santa Catarina, o ICSC viu sua sede se transformar numa grande celebração onde amigos de longa data se reencontravam e, embalados pela música, relembravam as histórias que viveram. Na hora do bolo, além do parabéns pra você, teve ainda uma palinha do Sr. Juca puxando o hino do clube com a participação especial da Dona Mariazinha, Manoel Bernardo Alves, Sra. Dione Marçal Alves e o coro de todos os presentes. Feliz aniversário para o Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha e todos seus 720 associados, que os próximos 68 anos sejam ainda melhores! Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 9 cockpit Cockpit de volta Reabertura do ponto de encontro entre sócios e convidados na sede central às sexta-feiras 10 Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 A s noites de sexta-feira ficaram mais animadas com a reabertura do Cockpit Piano-bar dia 19 de novembro. Mais de 60 sócios e convidados puderam desfrutar do espaço perfeito para encontrar os amigos, desfrutar da vista privilegiada da cidade e planejar o fim de semana ao som de uma boa música ao vivo e um cardápio diferenciado. Tradicionalmente o Cockpit já faz parte do dia a dia dos associado na hora do almoço, quando diariamente recebe sócios e convidados para reuniões em suas dependências. Agora toda sexta-feira à noite a diversão está garantida: o Cockpit Piano-bar do Iate Clube é o ponto de encontro perfeito. 11 halloween Doces e travessuras: As bruxas estão soltas Festa sem assombração anima o Dia das Bruxas 12 D ia 29 de outubro foi dia de antecipar o susto, afiar os dentes de vampiro, procurar o caldeirão de feitiços, desencostar a vassoura e incorporar o personagem mais assustador que o guarda roupa permitia para comemorar a festa de Haloween do Iate Clube. O salão estava assombrado com aranhas e bruxas voadoras por todos os lados. Guloseimas comestíveis completavam a receita para a melhor magia negra do ano: dedos de marinheiros, cérebros de monges e olhos de urubus adicionados à uma pitada de canapés e escondidinho de carne seca com a animação de um DJ resultavam no feitiço mais poderoso: Diversão até as 4 da manhã! A poção estava feita, tanto que reuniu entre sócios e convidados, 250 pessoas. Bruxas e vampiros presentes que assumiram sua malignidade e imaginação em uma noite divertida e horripilante. Durante a festa, houve um concurso de fantasia, e entre os homens, o sócio Alexandre Kapuro, que incorporou o Coringa, surpreendeu pela originalidade e perfeição do personagem e levou os elogios. João Nolasco, o vampiro mais assustador da noite sedento por sangue, foi a primeira pessoa a garantir o seu convite para a festa, mas ficou em segundo lugar no concurso. Na disputa feminina, nada de enormes narizes à lá Bruxa do Norte: Cristiane Câmara da Silva foi a bruxa mais chique e encantadora e levou o primeiro lugar. Leila Kapuro incorporou o melhor amigo do Homem-morcego e a sua fantasia de Robin foi a segunda colocada. O Halloween 2010 do Iate Clube teve patrocínio da Kibon, CDL, Yatch Brasil, Mondiana e Comper Supermercados, e o apoio da Santa Rita. A festa foi organizada pelas Diretoras Sociais Cláudia Denise da Silva, Nilsete Bresolin, Cristiane Câmera da Silva e Sônia Witoslawski. Quem estava presente, garante que foi um sucesso, e a Comodoria garante: em 2011 a festa vai se repetir. Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 13 réveillon 2011 no maior astral O ano de 2010 se despede em grande festa de final de ano 14 A astrologia define 2011 como um ano calmo, racional e comunicativo, em que a razão está em primeiro lugar. Mas a virada do ano no Iate Clube contrariou os especialistas e o que se viu foi muito agito e diversão. Duas horas antes meia-noite o salão já estava cheio. Sócios e convidados vieram até a nossa sede no centro de Florianópolis para celebrar 2010 e dar as boas vindas a 2011. Em um branco total, os 200 convidados se esbaldaram em muito champanhe e música. Os grandes amigos deram o ritmo da festa até altas horas. A deliciosa ceia foi preparada para que prosperassem alegria e riqueza durante o ano inteiro. A vista privilegiada permitiu aos sócios acompanhar o belíssimo espetáculo de fogos na Beira Mar Norte e na Ponte Hercílio Luz. Foi um começo de ano emocionante e cheio abraços e sorrisos. As crianças se divertiram em camas de ar e elástica instaladas no hall do clube a noite toda. Os adultos tinham a pista de dança para sacolejar. Com a proposta de reunir sócios e amigos, juntos estávamos para que 2011 iniciasse com boas vibrações. E assim foi. Com a certeza que esse ano será fantástico, já planejamos a festa para receber 2012! Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 15 reveillon 16 Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 17 embaixadores Em busca de novos mares Embaixadores da Vela Catarinense de Cruzeiro pelo Mundo 18 D epois de anos e anos nave- ram seus barcos, escolheram seus companheiros de gando por mares próximos viagem, tiraram o sonho da gaveta e partiram. Com ou em regatas pelo litoral destinos e tempo disponível variados, todos têm do Brasil chega, para alguns veleja- o mesmo objetivo de velejar e conhecer o mundo dores, a hora de se lançar a novos e todos são o que chamamos de ‘embaixadores da desafios e navegar por ‘mares nunca vela catarinense’. dantes navegados’ como diria Luiz José Zanella é um deles. Em maio de 2010 preparou o de Camões. É hora de preparar o Guga Buy, um Bruce Farr de 40 pés, para ir até Fernando barco, estudar os rumos, escolher a de Noronha disputando as principais regatas pelo cami- tripulação e, enfim, zarpar. nho e parando nos lugares que mais lhe interessavam. A Foi o que fizeram alguns sócios tripulação vai sendo montada pelo caminho dependen- do Iate Clube de Santa Catarina do do compromisso: em regata vão os mais experientes – Veleiros da Ilha , que prepara- e competitivos enquanto nas travessias vão os amigos, e Abril 2011 | Cockpit seu filho José Eduardo está sempre a bordo. enfrentou problemas a bordo como Para Zanella, a escolha dos tripulantes e a atenção cons- um curto-circuito no cabo de ener- tante às variações meteorológicas e o planejamento de- gia e tempestades, mas desfrutou de talhado do percurso exigem muita atenção numa viagem um banho de mar em pleno Marco desse porte, mas em compensação, as amizades feitas ao Zero a mais de 200 milhas da costa, longo do caminho e a solidariedade que existe entre os com 4000 metros de profundidade velejadores são recompensas que não tem preço. e água em 27º de temperatura, além Zanella, que atualmente está ancorado no Caribe, ainda da briga para trazer um Marlim de pretende levar seu Guga Buy para Europa antes de retor- 40 kg para dentro do barco. nar a Florianópolis ao final de 2012. O diário da viagem Atualmente o Bulimundo está pode ser acompanhado pelo seu blog http://gugabuy. atracado em Trinidad & Tobago blogspot.com. aguardando o retorno da tripulação Outro velejador que está a tempo no mar é John Vieira para continuar a viagem. O diário e seu Bulimundo, um Beneteau 40, que foram subindo a de bordo dos três meses de viagem costa brasileira em etapas em direção ao Caribe na com- pode ser conferido no site do Júnior, panhia de Saul Capela e Ildefonso Witoslawski Júnior, o que também é comandante do velei- Júnior como afinal ele é mesmo conhecido. ro Gosto D’água, no endereço www. A tripulação, como em qualquer barco de cruzeiro, gostodagua.com.br. Cockpit | Abril 2011 19 Schaefer Yachts celebra bom momento com lançamento internacional Estaleiro catarinense lança no Rio Boat Show a Phantom 600 primeiro modelo de 60 pés Com 18 anos de atividade, o estaleiro Schaefer Yachts já é referência mundial em lanchas de luxo. Responsável pelo início do polo náutico do estado, a empresa agora se prepara para lançar, no Rio Boat Show, entre 27 de abril e 3 de maio, seu mais ousado projeto – a Phantom 600, primeiro modelo de 60 pés da fábrica catarinense. “É um marco para a indústria náutica nacional, pois é o primeiro modelo de 60 pés totalmente concebido e produzido no país”, orgulha-se o proprietário Márcio Schaefer. As estratégias de lançamento deste novo modelo vêm mostrar que não foi à toa o reconhecimento do prêmio Top de Marketing, concedido ao estaleiro no ano passado, pela ADVB/SC, em função da criação e manutenção de uma indústria forte em Santa Catarina. Responsável pela linha de lanchas Phantom, cujos modelos são vendidos a partir de 26 pés, a Schaefer Yachts já produziu mais de duas mil embarcações e iates de luxo, com ênfase no perfil do público brasileiro. “Priorizamos o clima festivo e o nosso dom para receber pessoas”, conta Schaefer. Este empenho em agradar os compradores do Brasil acabou conquistando novos mercados – hoje as lanchas Phantom são exportadas para países de tradição náutica e alto poder aquisitivo, como a Noruega, Itália, Suécia e também da região do Oriente Médio, além da América do Sul, África e EUA. “Trabalhamos com os melhores fornecedores de equipamentos, dos rádios e GPS ao couro, tecidos, mobiliários e eletroeletrônicos”, explica Guilherme Andrade, gerente de Exportação da fábrica, lembrando que o estaleiro possui setores próprios de engenharia e desenvolvimento de novos produtos, laminação de cascos e peças em fibra de vidro, marcenaria, modelagem, estofaria, elétrica e tecnologia de informação. “Também estamos presentes nos principais pontos do litoral brasileiro”, afirma. Phantom 600 próxima da Ferrari 20 Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 Um dos maiores estúdios de design do mundo, responsável pelo desenho de marcas como Ferrari e Maseratti, e a Schaefer Yachts anunciaram recentemente uma parceria inédita no país para a produção de iates de alto padrão. A empresa italiana vai assinar uma das opções de design interno da Phantom 600. A parceria marca a entrada da Pininfarina no mercado brasileiro e a expectativa é de que futuros projetos da linha Phantom possam contar com a assinatura do estúdio italiano, antecipa Marcio Schaefer. “A experiência de cada empresa em seu respectivo mercado é a chave para o sucesso desta parceria. Queremos nos ‘provocar’ e buscar inovações”, comenta. “Apostamos muito nesta oportunidade com o mercado brasileiro. Schaefer Yachts e Pininfarina dividem a mesma paixão pelo design de produtos com beleza e tecnologia de ponta”, afirma Paolo Pininfarina, presidente do grupo italiano. 21 museu do mar Joia Nacional Museu Nacional do Mar brilha com seu acervo naval incomparável Por Dalmo Vieira Filho Diretor do Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização do IPHAN. 22 N o centro histórico de São Francisco do Sul (norte de Santa Catarina), com vista para a belíssima Baía de Babitonga, está instalado um dos mais importantes museus navais do mundo. O Museu Nacional do Mar é o único dedicado apenas a barcos tradicionais em toda a América Latina. Instituições assim ainda são raras em todo o mundo. Criado em 1991, com recursos do programa de investimentos estratégicos do Governo do Estado de Santa Catarina, complementados por recursos do IPHAN e por patrocínios da Petrobrás, da Caixa Econômica Federal e da Acelor-Mistral, dentre outros, o museu expõe um riquíssimo acervo e participa de linhas de pesquisa e de salvaguarda do patrimônio naval brasileiro. Nas suas 15 salas temáticas e oito mil m², divididos em dois galpões do início do século XX, espalham-se mais de 80 barcos em tamanho natural e cerca de 200 peças de modelismo e artesanato naval. São itens de todas as regiões do país, identificados com textos e imagens explicativas. Várias das embarcações configuram algumas das mais expressivas jangadas, saveiros, canoas, cúteres, botes, bateiras, traineiras e baleeiras expostas em todo o planeta. Em algumas salas foram montados dioramas (espécies de representações cênicas em escala real), onde podem ser observados o uso das embarcações e o modo como seus Abril 2011 | Cockpit tripulantes desempenhavam atividades, como a caça à baleia no litoral catarinense dos séculos XVIII e XIX. Há ainda um vasto acervo bibliográfico, um documental, apetrechos náuticos formados principalmente por sextantes, bússolas, remos e redes de diversas características -, e obras de arte - em especial telas de pinturas. Sua biblioteca conta com inúmeros exemplares raros na área de antropologia, tipologia de barcos tradicionais, arquitetura e carpintaria, história da navegação e folclore. Exibe também uma importante coleção filatélica, com postais, cartas náuticas, fotografias e periódicos. Apesar da enorme quantidade de material, a organização do museu é exemplar. Dividido por temas e por regiões, o projeto museológico valo- Cockpit | Abril 2011 riza a arte e traz à luz conhecimentos sobre os homens que vivem no mar, contextualizando a história e o uso das peças em exposição. A Sala da Amazônia é um exemplo: ambientada com um espelho d’água e decorada com vitórias-régias, peixes-boi e botos, ilustra o cenário das canoas indígenas daquela região. Amyr Klink, um dos mais importantes navegadores da história contemporânea brasileira, é o Patrono e um grande incentivador do museu. Ele já doou à instituição preciosidades como a canoa Max (sua primeira embarcação), a última baleeira construída no Ribeirão da Ilha, feita pelo mestre construtor Alécio e o barco Paratii, com o qual Klink atravessou o Atlântico a remo em solitário. Mas o Museu nacional do Mar não é uma instituição estanque, parada. É parceira dos Ministérios da Pesca, do Turismo, Da Cultura, da Ciência e Tecnologia, do Meio Ambiente e da Unesco em projetos nacionais. Além de possuir estrutura para receber embarcações que passam pelos nossos mares, oferece também uma série de opções sócio-culturais, e ligadas ao universo naval e de diversas atividades ligadas ao mar. Aulas de remos e vela, apoio a regatas, escola de música e o Sarau Literomusical (já considerado um dos mais importantes de SC) são algumas das atividades de extensão comunitária que apoia e patrocina. Inclui-se aqui, uma possível parceria formal com o Iate Clube Veleiros da Ilha, agregando alternativas de ancoragens com a realização de eventos estaduais, nacionais e internacionais ligados à vela. Esse enorme acervo de bens culturais constitui uma joia histórica para o país. É por isso que o Museu Nacional do Mar, por sua significância cultural, raridade e expressividade, encontra-se em processo de tombamento pelo IPHAN e merece ser conhecido por todos os brasileiros, em especial os amantes do mar e das embarcações. 23 palestra Sinbad dos sete mares entrevista Navegador dos 7 mares Navegadora sul-africana é a primeira a palestrar no Iate Clube em novo projeto da Comodoria F oi impossível não notar um veleiro amarelo-chamativo junto ao trapiche do clube em outubro. A navegadora sul-africana Shirley Carter foi hóspede do Iate Clube, e deu uma palestra sobre sua experiência singrando os mares do planeta sozinha nos últimos oito anos. Ou quase sozinha, já que o gato Sinbad também é tripulante do barco e companheiro nas horas solitárias. A iniciativa faz parte do projeto da Comodoria de trazer navegadores experientes para palestras no clube. Leia abaixo um pequeno extrato do blog de Shirley (speedwelladventures.com/blog) sobre sua visita à Florianópolis: “Um mar calmo e um vento leste me levaram até o Iate clube, onde ancorei em 3 metros de profundidade, bem na frente do clube. Que lugar bonito, que dia excitante. Decidi que tinha chegado a hora de abrir o champanhe para comemorar a chegada. No dia seguinte remei até o trapiche. Funcionários me ajudaram a amarrar o bote e levaram meu lixo. O Luigi (Faraci), em nome do Iate Clube, me convidou para ficar no clube por quanto tempo precisasse, sem nenhuma despesa. Quando falei que preferia ficar ancorada fora, recebi a oferta de puxar o barco para fazer a limpeza do casco e a pintura envenenada. (...)Passei o fim de semana em Jurerê , onde há uma subsede do clube, bem abrigada do vento sul, que chegou como previsto no sábado. Foi emocionante velejar em baixo da ponte que une o continente à ilha. O ponto mais baixo é 17 metros acima do mar, o que deixa na teoria mais de oito metros livre sobre o topo do mastro – e ainda assim parece incrivelmente baixo quando você chega perto. Mas passei sem nenhum problema. (...) Na quinta feira, dei a minha palestra. Acho que foi boa, apesar da minha mistura de português, espanhol e inglês. A sala estava lotada, apenas com vagas em pé! Tive ajuda na tradução. Consegui encontrar o Luigi para agradecer a hospitalidade e me despedir. Ele me deu um roteiro publicado pela Marinha como presente. Passei uma temporada maravilhosa em Florianópolis, esse simpático e confortável clube é um presente divino.” 24 C om dois pódiuns na competição mais importante de volta ao mundo de vela, o construtor naval Horácio Carabelli está na Espanha construindo um barco para a competição da Volvo Ocean Race de 2011. Trabalhando 16 horas por dia nesses últimos meses, a largada será dada em 29 de outubro em Alicante (ES) e passa pelo Brasil em abril de 2012. Enquanto isso, para já entrar no clima da competição, a Revista Cockpit fala com Horacinho sobre a VOR. Como você definiria a Volvo Ocean Race? Como ela mesmo se define: “Life at extreme”. Qual é o perfil do atleta para uma volta ao mundo? Larga experiência na vela, o que significa paixão e dedicação. Além de ser destemido e ter bom preparo físico antes da regata, o que inclui alimentação, exercícios e acompanhamento médico preparam o atleta para essa experiência. Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 mamente tristes da mesma forma. Por um bom período ficamos em silêncio. Ninguém conseguiu dizer nada. Foi a etapa mais curta, mas a pior de todas. A de condições mais adversas. Assumindo o projeto de um barco para a VOR, quais as grandes características dele? O barco deve ser mais forte e mais rápido que os outros. Já tem a definição da tripulação do seu Qual é o grande desafio de uma VOR? Concluir cada etapa com a tripulação ilesa. barco? Momento mais complicado que já passou na VOR? Quando na regata de 2005/2006, o Holanda2 perdeu um de seus tripulantes. Ele foi varrido por uma onda, caiu no mar e não sobreviveu. A notícia nos deixou atônitos. Tínhamos um amigo especial a bordo. Um brasileiro que na época tinha 20 anos. A notícia era aterradora de qualquer forma, porque todos nos conhecíamos, mas a idéia de perder um velejador tão jovem e um amigo próximo era ainda pior. Quando identificaram o tripulante ficamos mudos. Aliviados por não ser quem temíamos, mas extre- nesta edição não farei parte dela e fico só Já, mas ainda não estamos divulgando. E na equipe técnica. Qual é o segredo de uma tripulação de sucesso? O segredo é sem dúvida ter a bordo pessoas experientes e que sabem o que fazem. E muito treino em condições similares as que serão enfrentadas durante a regata. Que conselho você daria para um atleta que vai fazer esse percurso? Prepare-se e lembre-se que o espírito de equipe e o bom humor são imprescindíveis à bordo. 25 mitsubishi sailing cup pequenas competições 7° Copa Veleiros de Oceano – Mormaii 25 veleiros divididos nas classes ORC e RGS ocuparam a raia de Jurerê no dia 20 de novembro para a disputa da Regata Mormaii, válida pela 7ª etapa da copa Veleiros Oceano, a última prova antes da Regata Volta a Ilha de Santa Catarina. Com percurso de 18 milhas, a prova foi disputada com tempo bom e ventos constantes. O primeiro barco a cruzar a linha de chegada foi o Zeus, de Inácio Vandressen, que também acumulou a vitória na classe ORC. “As condições estavam ótimas, fizemos nossas manobras com muita sincronia e isso nos garantiu a vitória”, analisa Vandressen. Competição a barlavento A Novo circuito da S40 tem disputa acirrada e Jurerê Internacional é palco da decisão 26 sede oceânica do Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha, em Jurerê, recebeu entre os dias 22 e 24 de outubro a decisão do badalado Mitsubishi Sailing Cup, a mais recente competição criada exclusivamente para a classe S40. Criada há pouco mais de 2 anos e composta por barcos iguais nas dimensões e área velica, os S40 são considerados grandes monotipos e a vitória é de quem cruzar a linha de chegada primeiro, eliminando o tempo corrigido do resultado final. Dividida em quatro etapas – Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Ilhabela e Florianópolis, a disputa contou com nove barcos da Argentina, Uruguai, Chile e Brasil e a maior premiação já oferecida na vela brasileira. Na raia de Jurerê, um vento Nordeste moderado na casa dos 15 nós e nomes consagrados da vela nacional como os irmão Torben e Lars Grael, Alan Adller, Eduardo Penido, André Fonseca e Eduardo Souza Ramos garantiram o alto nível da competição que só foi decidida no critério de desempate. Na última regata, quatro veleiros tinham chances de conquistar o título, o Pajeiro, de Eduardo Souza Ramos, tinha o catarinense Felipe Linhares a bordo, mas nem o conhecimento das condições da raia puderam parar a tripulação do uruguaio Negra de Nicolas Gonzalez que garantiu a taça de campeão por ter uma vitória a mais que os argentinos do Mercenário 5, comandados por Luis Eduardo Silva, que acabou na segunda colocação. Apenas dois pontos atrás do campeão, em 3º lugar, ficou o Mitsubishi Gol da lenda Torben Grael, seguido pelo Pajeiro na 4ª posição. A edição 2011 da Mitsubishi Sailing Cup já tem 3 etapas confirmadas, as regatas começarão a ser disputadas de 2 a 5 de junho em Búzios. A segunda etapa acontecerá de 11 a 14 de agosto no Rio de Janeiro e a terceira de 1 a 4 de setembro em Florianópolis. Abril 2011 | Cockpit Copa Veleiros de Monotipos Com seis etapas disputadas ao longo do ano, com média de 84 velejadores distribuídos entre as classes Optimist (estreante e veterano), Laser (standard, radial e 4.7), Snipe, Dingue e Tornado, a Copa Veleiros de Monotipo teve a última etapa disputada entre os dias 18 e 19 de dezembro na sede oceânica do Iate Clube, na praia de Jurerê. Na classificação geral da classe Optimist, Rafael Servaes foi o melhor entre os estreantes e Paola Berenhausen nos veteranos. Entre os lasers, Rodolfo Corrêa ficou com o título na radial, Fábio Batista na standard e Mário Mazzaferro no 4.7. A dupla Rogério Capela e Wallace Ferreira venceu entre os Snipes e Bernardo Durieux e Marília Fragoso levou a melhor na classe dingue. Cockpit | Abril 2011 Hora de colocar o Optimist na água! O Rio de Janeiro sediou entre os dias 13 e 23 de janeiro o 39º Campeonato Brasileiro da Classe Optimist com a presença demais de 150 velejadores. Representando Santa Catarina, oito velejadores dispostos a quebrar o jejum de vitórias por equipe que há tempo merecia ser quebrado. E foi o que fez a equipe de Michel Durieux, Daniel Matos, Maria Carolina Boabaid e Erik Hoffman que não deu chances aos adversários. Na classificação geral, o destaque foi para Paola Berenhausen que ficou com o 2º lugar no feminino e Maria Carolina Boabaid em 5º na mesma categoria. Daniel Matos também terminou na 5ª posição entre os meninos. Larissa é Tri campeã Três duplas representaram o ICSC na disputa do 62º Campeonato Brasileiro da classe Snipe, disputado no Clube dos Jangadeiros em Porto Alegre. A raia, com condições bem diferente das encontradas em Jurerê representou um desafio extra aos catarinenses. E a dupla das catarinenses Larissa Juk e Marina Jardim acabou a competição na 1ª colocação no Feminino. “O nível foi muito elevado porque os melhores velejadores da classe estavam aqui, o que foi ótimo porque nos rendeu um bom exercício tático como um ótima preparação física para o match race que é nosso próximo objetivo, declarou Larissa que agora é tricampeã brasileira na classe. No masculino Felipe Linhares e Marcelo Lopes ficaram na 15ª colocação e Alex Juk e Piero Furlan acabaram na 20ª posição. 27 Volta à ilha Volta à Ilha em quase 24 horas R egata Volta a Ilha de Santa Catarina. A mais tradicional regata do calendário da vela do Iate Clube de Santa Catarina – veleiros da ilha todo ano apresenta seus desafios, mas a 42ª edição disputada no dia 4 de dezembro exigiu toda paciência e técnica da tripulação dos 26 veleiros que se alinharam para a largada a Baía Sul. Contrariando todas as previsões de tempo o que se viu foi uma chuva persistente e ventos do quadrante Sul que dificultaram saída em direção a barra Sul. Mas a Volta a Ilha é assim mesmo e, divididos em cinco classes (ORC I 500, ORC I 600, RGS A, RGS B e Cruzeiros) mais de 150 velejadores partiram para encarar os 140 quilômetros de percurso. 28 A tradicional regata que percorre a ilha foi cheia de surpresas E a dureza começou cedo. A chuva não dava trégua e o vento Sul constante exigia perícia dos barcos menores durante as manobras e todo cuidados dos barcos maiores atentos ao calado de seus veleiros nos baixios da Baía Sul. Até então, as tripulações imaginavam que seria uma prova dura, porém todos acreditavam que seria uma regata rápida. Ledo engano que pegou até os mais céticos de surpresa. Assim que os barcos maiores cruzaram a barra sul o vento foi diminuindo drasticamente, a vantagem que algumas equipes tinham obtido foram desaparecendo deixando a disputa aberta. Quem optou por velejar mais afastado da costa ainda teve chances de encontrar uma corrente favorável, mas quem optou por ficar mais próximo aos costões para aproveitar a brisa fraca que soprava o exercício de paciência continuou junto aos constantes bordos e cambadas. À noite, quando as tripulações chegavam à última perna da regata na Baía Norte, foi a vez da forte corrente contrária mostrar as caras junto ao vento fraco. Com a linha de chegada tão perto e depois de tanto esforço ninguém baixou a guarda como resume Renato Araujo, tripulante Abril 2011 | Cockpit do Katana Energia. “A Volta à Ilha é vencida na calada da noite. Mesmo com o cansaço da navegação do dia não se pode perder o espírito e a garra nessa hora”. E com espírito semelhante o Catuana Kim, comandado por Paulo Cocchi, foi o primeiro barco a cruzar a linha de chegada garantindo mais uma fita azul exatamente às 22h53min, depois de mais de 12h48min de regata. Treze minutos depois foi a vez do Zeus Ecco, de Inácio Vandressen, completar o percurso seguido pelo Katana Energia. Na classe RGS, o primeiro barco a completar a regata foi o veleiro 5 los Niños. No tempo corrigido a vitória ficou com o Zeus Ecco na ORC I 500, seguido pelo Catuana Kim em 2º e Feitiço em terceiro. Na classe ORC I 600 o Katana Energia ficou com título seguido pelo San Chico 2 e Kiron em segundo e terceiro lugar respectivamente. Cockpit | Abril 2011 29 notinhas Volta à ilha Diário de bordo da família Calcagni da costa brasileira rumo ao Caribe Em março aconteceu a segunda palestra: o argentino Rodolfo Calcagni, do círculo de Patrones do Iate Clube de Rosário na Argentina, compartilhou suas aventuras de 1.400 milhas em 140 dias em direção ao Caribe com mais de 35 sócios. Sua paixão pelo mar surgiu através da literatura, e de tão intensa nos últimos anos o levou a construir seu próprio veleiro de 34 pés. O nome da embarcação é revelador: Minha Alma. Foi ela que levou a família Calcagni pelo Atlântico. Brevemente atracado na sede do Iate Clube, Rodolfo acredita que o grande segredo da navegação é ter paciência. Nessa travessia em família não teve nenhum contratempo e garantiu que todos adoraram o percurso. Para os sócios, que ouviram atentos as histórias, foi um momento gratificante compartilhar dessa aventura. “Muita gente planeja ou tem vontade de fazer viagens à longa distâncias, e essa troca de experiência é uma das maneiras para se preparar para uma viagem assim. Não sou um velejador profissional de volta ao mundo, mas gosto de contar a minha experiência. E, quem sabe, incentivar mais pessoas para fazer o mesmo, porque é único”, resumiu Rodolfo. Entre os barcos da classe RGS A, o 5 Los Niños foi o vencedor seguido pelo Moleque e Garrotilho. Na RGS B o título ficou com Zephyrus com Bom Abrigo e Vendaval V na 2ª e 3ª posição. Na categoria de Cruzeiro o vencedor foi o Carino seguido pelo Ces’t La vie e Oulalá. Junto a Volta à Ilha também aconteceu a Regata Ilha do largo exclusiva para os veleiros da classe RGS C. A vitória na prova foi do Tigre II, com o Neon II em 2º e Euphoria em 3º lugar. A premiação aconteceu no salão do Iate Clube no dia 8 de dezembro, na festa de encerramento da temporada 2010. Para descobrir os sete mares na leitura Com 150 livros e revistas focados no mundo náutico, o Iate Clube passa a ter a sua própria biblioteca. No acervo, publicações sobre relatos de viagens e os principais periódicos sem prazo de validade. O material se encontra na sala de rádio e sócios e funcionários podem retirar cada item por até 30 dias. O idealizador do projeto foi o Vice-Comodoro de Administração e Finanças, Sr. Luigi Faraci. “Oficializamos esse comprometimento para reunir algumas obras em um espaço próprio. Já recebíamos doações, mas com essa iniciativa esperamos alimentar esse acervo eincentivar a cultura da boa leitura”, explica. Premiação Balancete Para melhorar ainda mais a organização e transparência das finanças do Iate Clube, a Comodoria passou a enviar balancetes contábeis mensais a todos os associados a partir de janeiro. A planilha descrimina, de forma acessível e simples para que todos a entendam, os modos de operação e o destino do dinheiro dos associados. Essa metodologia pretende tornar possível distinguir com facilidade os gastos executados nas áreas que concentram e sintetizam nossa vida social e financeira: Integração social, apoio ao esporte, segurança, administração e finanças, manutenção e obras, logística das embarcações e suporte. As planilhas também passarão a ser postadas no site do clube. O Comodoro, Carlos Bresolin, e o Vice-Comodoro de Administração e Finanças, Luigi Faraci, esperam de portas abertas pela colaboração, críticas e sugestões dos nossos associados. 30 Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 31 brasileiro de laser Brasileiro de Laser os melhores atletas pontuam para o méxico 32 N o verão que promete standard, e Matheus Dellagnelo na radial, garanti- muitas competições de ram o título. Com o resultado, Fontes carimbou o alto nível, a sede oceânica passaporte para o Pan do México enquanto Matheus do Iate Clube recebeu em janeiro o aproveitou a competição também como preparação 37º Campeonato Brasileiro da clas- para o pré-pan que acontece em fevereiro também se Laser. A competição valeu como em Florianópolis. a primeira seletiva para o campe- “Não esperava um resultado tão expressivo, mas sei que onato Mundial da classe e para isso tudo se deve aos meus últimos três meses de treino a formação da equipe brasileira e dedicação. Agora é treinar ainda mais para o pré-pan e de vela que representará o Brasil pré-olímpica”, avalia Bruno. no 16º Jogos Pan Americanos em Entre os 4.7, a vitória ficou com Antonio Rosa, repre- Guadalajara, México, em outubro sentando o Clube dos Jangadeiros, seguido por Mário de 2011. Mazzaferro em segundo, e Flávio Costa Neto em terceiro, Na raia 124 atletas, 27 deles de ambos atletas do ICSC-VI. Santa Catarina, disputavam as O 37º Campeonato Brasileiro da Classe Laser foi orga- primeiras colocações nas catego- nizado pelo Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da rias Standard, Radial e 4.7. Mas Ilha e contou com patrocínio do Governo do Estado de com um dia de antecipação os Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Florianópolis, catarinenses Bruno Fontes na Txai Resort e apoio do P12. Abril 2011 | Cockpit Premiação Cockpit | Abril 2011 33 semana de vela de santa catarina Destaques da Semana de Vela de Santa Catarina S Sete dias com as diferentes classes da vela em Jurerê Internacional 34 e fevereiro é o auge do verão, para a vela e o Iate Clube ele foi o ápice com temperaturas superiores a 40°. E não é para menos, com mais de 300 atletas em oito dias de competições fez as atenções se voltarem para a raia de Jurerê Internacional na Semana de Vela de Santa Catarina entre os dias 03 a 12 de fevereiro. Com competições do 37° Campeonato Brasileiro de Hobie Cat, Sul Americano da Classe Tornado, 1ª Etapa da Copa Veleiros, a Semana de Vela de SC tomou força ao sediar o tradicional XXII Circuito Oceânico da Ilha de Santa Catarina dentro do seu calendário. As competições realizadas em Florianópolis permitiram testar as habilidades dos nossos atletas justamente por ser tão diferente. “O grande atrativo da cidade é o que a capital catarinense tem de melhor: todas as condições de vento em um único dia”. A afirmação vem do gerente de arbitragem Ricardo Navarro que resumidamente descreve a raia de Jurerê Internacional. E completa: “As variações foram de vento, velocidade e clima, oportunidade ótima para testar as habilidades de todas as tripulações em todas as categorias, tudo isso você tem em Florianópolis na Semana de Vela de Santa Catarina”. Nos primeiros dias, na classe Tornado já elegeu os campeões Sul Americanos, os atletas do ICSC Bruno de Bernardi e Fabio S. Ramos que comemoram e aguardam a volta da classe para as Olimpíadas. No Hobie Cat 16, José de Jesus e Anderson Brandão se destacaram enquanto o catarinense Alexandre Serretine ficou em primeiro lugar no Hobie Cat 14. Na classe Laser, só deu Iate Clube: Optimist Estreante, Rafael Servaes garantiu a sua vitória e Paola Robert Berenhauser venceu dez adversários. No 4.7, Flávio da Costa Neto ficou em primeiro lugar assim como no Laser Standard Alex Veeren e Matheus Dellagnelo no Laser Radial. Com vinte e dois competidores, o casal Alexandre e Abril 2011 | Cockpit Jaqueline Back também do Iate Clube venceram na classe Snipe. Já no Dingue, Leone Martins Jr. e Damrl Zoar garantiram o primeiro lugar, assim como Rafael Cunha na Prancha a Vela. Passado a primeira etapa da Semana, os Lasers saem de cena e entram as grandes embarcações de Oceano. Nessa transição, com um olhar geral, Rodrigo Boabaid, diretor de Vela de Monotipo do ICSC comemora a união da vela em uma semana de competições: “A Semana de Vela de Santa Catarina foi extremamente bem sucedida no seu objetivo de agregar as categorias de Monotipo a um evento que tradicionalmente era mais focado na Vela de Oceano e vem para entrar oficialmente no calendário de competições do ICSC”. Cockpit | Abril 2011 35 semana de vela de santa catarina Premiação Flotilha Oceânica na Semana de Vela de Santa Catarina P ara reforçar a importância da Semana de Vela, o XXII Circuito Oceânico da Ilha de Santa Catarina teve seu início no dia 08 de fevereiro e deu continuidade e diversidade as competições. Com 30 barcos e mais de 210 velejadores, as classes participantes foram ORC-Internacional 500 e 600, ORC-Club 600, BRA-RGS A, B, C, Bico de Proa A e B, Multicasco e S40. Velejadores do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, assim como os catarinenses de Itajaí , Joinville e Florianópolis estiveram na raia de 36 Jurere Internacional e tiveram dias de muitos e poucos ventos. Entre os primeiros dias, ventos de 10 a 14 nós renderam muito balão e comprovando o que Navarro disse, o terceiro dia foi exatamente o que a capital catarinense tem de melhor: todas as condições de vento em um único dia: com variações de vento, velocidade e clima. Do tipo de percurso longo, foi uma ótima oportunidade para testar as habilidades de todas as tripulações. No dia seguinte, a previsão era de duas barla-sotas, mas as condições do vento foram opostas do dia anterior, e depois da espera de 3 horas na raia com a raia de Jurerê parecida com uma piscina, e a regata foi cancela pela falta de vento. O Loyal, do comandante Marcelo Massa ficou em primeiro lugar na ORCi-500 e ainda na classificação geral, seguido do Best Fellow que na primeira etapa do campeonato Brasileiro da classe, foi o melhor na ORCi-600. No BRA-RGS, Feitiço, Zephyrus e Tigre II tiveram a melhor pontuação nas categorias A, B e C respectivamente, mas foi o Tigre II do comandante Alberto Santoro que no geral se classificou. Os únicos competidores na classe Bico de Proa, a embarcação Taura correu pela categoria A enquanto Ces’t La Vie na B. Crioula também representava o S40 e quem venceu na Multicasco foi Verde Amarelo. Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 37 pré-pan Passaporte: Guadalajara A Definidos atletas que estarão no México Quem está rumo a Guadalajara: • Classe Laser Radial – Sunfish – Matheus Dellagnelo • Classe Lightning – Claudio Biekarck, Marcelo B. e Gunnar Ficker • Classe Hobie Cat 16 – Bernardo Arndt e Bruno Oliveira • Classe Snipe – Alexandre Tinoco e Gabriel Borges 38 melhor raia do país elege os representantes brasileiros nos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara, México em outubro de 2010. O Iate Clube recebeu entre os dias 15 a 21 de fevereiro, 95 atletas em 62 barcos inscritos disputando uma vaga nas classes Snipe, Laser Radial, Hobie Cat 16 e Lightning. Nas competições, todas as condições de tempo para fugir do marasmo das disputas. Nos primeiros dias, semelhante as condições do México, o vento fraco surpreendeu com os resultados. Depois, Jurerê mostrou o seu melhor e os favoritos apareceram e garantiram seu lugar ao longo da semana. Com a vaga garantida com duas regatas de antecipação, Alexandre Tinoco e Gabriel Borges no Snipe prometem muito treino pela frente “Vamos treinar na Europa e nos dedicar 100% para o Pan, porque é mais do que um sonho a ser realizado, é para ser conquistado”. Quem também comemorou antes foram Bernardo Arndt e Bruno Oliveira no Hobie Cat e com a dificuldade de vento que vão encontrar, Bernardo garante que a comemoração pelo prazer de velejar, não foi o ideal, mas ganhar, não tem preço! Focados no México desde o ano passado, o último dia de regatas foram decisivos para Cláudio Biekarck, Marcelo Silva e Gunnar Ficker para na classe Lightning oficializarem a sua participação no Pan. “Treinamos muito, e passamos por mais uma etapa que compensa todo o comprometimento que tivemos nesses meses. Agora é treino e México”. O atleta do Iate Clube, Matheus Dellagnelo com 22 anos, está mais perto de realizar o seu sonho de conquistar uma medalha olímpica. Com a vantagem de conhecer as rajadas de vento de Jurerê o ano todo, competindo no Laser Radial, passa a treinar com um barco Sunfish cedido pela CBVM para chegar a sua melhor forma ao Pan. Abril 2011 | Cockpit Por reunir e destacar nesses últimos dias os melhores atletas do iatismo do país, o Diretor de Vela de Monotipos do ICSC, Rodrigo Boabaid comemora em dobro esse momento. “É um fato histórico para o Clube em pouco tempo termos as grandes estrelas na nossa raia. É um aprendizado para o clube e aos velejadores por aumentar o nível de competição e ainda comemorar com Matheus o carimbo do seu passaporte para o México”. Cockpit | Abril 2011 39 pré-olímpico Equipe Brasileira de Vela C Medalha em 2012 como meta Equipe Brasileira de Vela 2011 • Classe Star – Robert Scheidt e Bruno Prada • Match Race - Juliana Mota, Marina Jardim e Larissa Juk • Classe 470 Masculino – Fábio Pillar e Gustavo Thiesen • Classe 470 Feminino – Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan • Classe Radial Feminino – Adriana Kostiw • Classe RS:X Masculino – Ricardo Bimba Winicki • Classe RS:X Feminino – Patricia da Costa Freitas • Classe Finn – Jorge Zarif 40 om os olhos e cabeças focados em Londres-12, de 22 a 27 de fevereiro Jurerê Internacional foi a raia que decidiu os atletas que fazem parte da Equipe Brasileira de Vela 2011. Com 80 competidores nas nove categorias disputadas na Semana Brasileira de Vela, as variações de tempo deixaram os resultados imprevistos - mas os melhores velejadores brilharam. Bruno Fontes, atleta do ICSC no Laser Radial, não poderia estar mais feliz: volta a fazer parte da equipe. “Estou contente por alcançar o primeiro grande objetivo do ano, por entrar na equipe brasileira de vela e ter esse suporte visando a medalha no Pan esse ano, e a Olímpica ano que vem”, comemorou. Definido já na sexta-feira, o Match Race também classificou mais uma atleta do clube, a catarinense Larissa Juk. Sua tripulação era composta por Juliana Mota e Marina Jardim representando o Iate Clube do Rio de Janeiro. Adriana Kostiw ganhou no Laser Radial Feminino, e os cariocas Ricardo Bimba e Patricia da Costa Freitas foram os primeiros colocados no RS: X Masculino e Feminino, respectivamente. Assim como Jorge Zarif na FINN. André Fonseca, o Buchecha, atleta criado no Iate Clube e o carioca Marco Grael entraram na raia de Jurerê um mês antes para treinar e conquistaram seus lugares na equipe. Os companheiros de clube Fábio Dutra Pillar e Gustavo Thiesen dos Jangadeiros comemoram a vitória na classe 470 – e a vaga no time pré-olímpico. Na classe Star, os vencedores Robert Scheidt e Bruno Prada já tinham vagas garantidas, mas não relaxaram. Mostraram que treinaram forte nos últimos meses e reafirmara na água que são os melhores da classe. “Fique muito feliz com o nosso desempenho porque competir com o Torben é puxado. Agora é seguir treinando”, sorriu Scheidt. No total, oito atletas na competição eram catarinenses, e o aproveitamento foi considerado excelente por Rodrigo Boabaid, diretor de vela de Monotipos do ICSC. “O clube colheu bons resultados, classificando os atletas Bruno Fontes, Larissa Juk, André Fonseca Abril 2011 | Cockpit (Buchecha) e Matheus Dellagnelo para fazer parte das equipes pré-olímpicas e pan-americanas. Isso naturalmente serve como incentivo, sobretudo para a flotilha de Laser que vem apresentando um grande potencial. O mesmo se aplica aos iniciantes da categoria Optimist, que tiveram a oportunidade de Cockpit | Abril 2011 conviver com estrelas de primeira grandeza no esporte e de sentir que a nossa instituição está entre as melhores do país”, avaliou Boabaid. Toda a equipe da CBVM estava presente no evento. O Superintendente da CBVM, Ricardo Baggio, o Kadu, comemorou o sucesso da Seletiva: “Evento muito bom, atendeu todas as expectativas. Tanto pela organização quanto pelo alto nível técnico apresentado”. Indo mais além Boabaid complementa: “O clube demonstra sua vocação como entidade voltada ao apoio e promoção do esporte da vela . Diversos eventos envolvendo as várias categorias do laser foram organizadas e levadas a cabo com sucesso e satisfação dos participantes. Temos muito o que comemorar”. 41 pré-olímpico Premiação 42 Abril 2011 | Cockpit Cockpit | Abril 2011 43 atletas do icsc Como nasce um atleta O Iate Clube já aponta as novas revelações da vela catarinense: são jovens atletas que nos últimos anos estão conquistando vitórias e elevam a qualidade da vela de Santa Catarina. Conheça um pouco dos novos talentos da nossa terra! Alex Louise Ramos Veeren Nascimento: 23/11/90 Cidade: Ibiza Classe: Laser Radial Primeira vez que velejou: “Em Ibiza, aos seis anos na escola de vela do meu tio. Mas não senti muita emoção porque não sabia o que tava fazendo”. Flávio Lopes da Costa Neto Nascimento: 17/07/1995 Cidade: Florianópolis 44 O que o competir: “Sempre fui muito competitivo e gosto de velejar. E se é pra velejar, é pra ganhar!”. Conselho que queria ter recebido quando começou: “Largar bem: dizem que é metade da regata garantida”. Ritual: “Se fui bem no dia, não mudo nada na minha tática”. Um dia de competição da Seletiva Olímpica: “Sem rotina: acordo tarde como sempre, confiro o barco, acontece a regata, volto pro clube, fico um tempo por aqui e vou pra casa”. Ídolos: “Scheidt e Torben, por serem os melhores do Brasil e até do mundo no momento”. Melhor resultado: “2° lugar no Sul Brasileiro de Laser em 2008 e 2° lugar no Brasileiro de Laser em 2011” A vela em SC: “É a melhor flotilha da classe Laser do Brasil. Muita gente talentosa, mas falta apoio financeiro e treinadores por aqui”. Meta: “Olimpíadas”. Dia perfeito para competir: “Quando estou com o Radial, vento nordeste com onda, pra Standard, nordeste, mas merrequinha”. Classe: Laser Primeira vez que velejou: “Em um dingue com meus pais na Lagoa da Conceição”. Conselho que queria ter recebido quando começou: “Cuida do teu barco como se fosse a tua vida...”. Ritual: “Carrego sempre um cabo no colete enquanto velejo”. Ídolos: “Bruno Fontes, Lars Grael”. Melhor resultado: “3º lugar geral no brasileiro de laser 4.7, Campeão brasileiro de 4.7 e Campeão norte-americano de Optimist infantil”. A vela em SC: “Vem crescendo cada vez mais, sempre trazendo bons resultados em várias classes...”. Meta: “Conseguir conciliar a vela com os estudos/trabalho para que possa continuar praticando esse esporte maravilhoso até o final da minha vida”. Dia perfeito para competir: “Nordeste forte em Jurerê com dia de sol e churrasco no fim da tarde no Veleiros da Ilha pra reunir os velejadores”. Abril 2011 | Cockpit Guilherme Cybis Pereira Nascimento: 05/07/91 Classe: Laser Radial Primeira vez que velejou: “Quando tinha uns cinco anos, meu pai tinha um Hobie Cat. Depois disso, minha mãe começou a velejar e aos nove anos entrei na escolinha de vela”. O que o motivou a competir: “Sempre gostei de regatas, mas nunca pelo passeio: sempre pela competição”. Maria Cristina Knudsen Boabaid Nascimento: 26/05/95 Cidade: Florianópolis Classe: Laser Radial Primeira vez que velejou: “Com o meu pai, em Jurerê Internacional. Eu tinha uns oito anos quando encontramos um Dingue abandonado e resgatamos a embarcação. Achei muito legal!”. Cockpit | Abril 2011 Conselho que queria ter recebido quando começou: “Procurar alguém para ensinar o esporte no começo. E sempre velejar com alguém, porque você tem uma comparação e orientação”. Ritual: “Depende do dia. Quando vou bem, faço as mesmas coisas. Mas nunca entro primeiro na água e nem olho o resultado se não tive um dia legal”. Um dia de competição da Seletiva Olímpica: “Tomava o café da manhã normalmente e vinha pro clube com o Matheus (Delagnello). Montava o barco, velejava e depois ficava com os amigos”. Ídolos: “Respeito muito a perseverança do Bruninho Fontes e sou fã do Matheus porque o conheço. É um cara muito competitivo, não gosta de perder nem no pebolim e admiro muito isso nele”. Melhor resultado: “Mundial Júnior de Radial em 2008, quando fiquei em 9° lugar. Colocação que conquistei porque comecei ganhando, estava do meu melhor preparo físico porque treinava muito”. A vela em SC: “A vela aqui é muito forte. São poucos, mas bons atletas, estamos sempre entre os melhores. O único problema é a falta de incentivo dos clubes”. Meta: “Olimpíadas, claro”. Dia perfeito para competir: “Nordeste com sol, vento de 12 a 15 nós”. O que a motivou a competir: “Eu gosto de competir”. Conselho que queria ter recebido quando começou: “Além da persistência, o comprometimento e mergulhar mais de cabeça no esporte”. Ritual: “Não tenho rituais em dia de competições”. Um dia de competição da Seletiva Olímpica: “Comi um misto, arrumei a minha bolsa, fui pro clube, tomei um suco de laranja, fiquei com o pessoal e fui pra água. De noite, normalmente fico mais um tempo no clube, vou pra casa, como bastante, TV pra relaxar e só”. Ídolos: “Robert Scheidt pelo estilo, Bruninho Fontes pela persistência e Guinarde Scheidt pela delicadeza com o barco. Ainda assim ela tem muita habilidade e tem sempre uma excelente tática”. Melhor resultado: “Semana de Vela em Buenos Aires em 2010. A disputa era somente entre eu e o Mário (Mazzaferro), mas como ele sempre me dava um ‘courinho’ no Optimist, ganhar dele foi especial!”. A vela em SC: “Forte, mas há poucas pessoas velejando no Brasil. Isso porque tem pouco apoio e a vela não é acessível ao público em geral”. Meta: “Vencer em uma Olimpíada”. Dia perfeito para competir: “Jurerê, nordeste com 12 nós e o sol não tão forte”. 45 olímpiada B Atletas Olímpicos Santa Catarina orgulha-se dos seus atletas e o Iate Clube acredita no potencial de cada um deles, e em 2011 temos alguns se destacando no Brasil e no Mundo. Ao fazer parte da Equipe Brasileira de Vela ou já com a vaga n os Jogos Panamericanos desse ano, são alguns jovens atletas que ainda vamos ouvir falar, começando por agora! runo Fontes é o atual campeão Brasileiro de Laser, já é pentacampeão, e em 2011 faz parte pela 10ª vez da Equipe Brasileira de Vela. Com mais de 650 medalhas e troféus, já competiu em Pequim em 2008, além de grandes disputas na Europa e na América, seu foco hoje é ganhar uma medalha olímpica. Começou a velejar aos nove anos em Florianópolis com o incentivo do primo, e depois, já aos 15 anos e ter passado pelo Optimist com algumas vitórias, começou a competir nas classes Snipe, Pinguim e então a Laser. O bem estar em estar na água fez Bruno estar a 24 anos na popa. Fora da água, sua grande paixão é sua esposa, Paola, que acompanha todas as etapas das competições. Em busca da sua meta, uma das suas grandes características e admiração de outros atletas se sobressaem sua obstinação, a disciplina e sua dedicação total ao esporte. No ano dos Jogos Panamericanos e nas Olimpíadas de 2012 está com sede de medalha e assim está sendo a sua rotina – treino físico pela manhã e de tarde intensifica velejando. Dentro de sua rotina, competições o qualificam nesse período na busca de bons resultados e treinos, como sua 7ª colocação na Copa Mundo de Vela que aconteceu em abril. Bruno Larissa Matheus Bruno Fontes Larissa Bunese Juk T udo começou com passeios em um Hobie Cat na praia dos Ingleses, em Florianópolis. O pai, Arno Juk, levava a pequena Larissa de dois anos a passeios no seu monotipo. Aos sete, quando o senhor Arno decidiu ter um barco de Oceano (Ranger 22), ela lembra que chegou a ficar brava no primeiro passeio porque ‘ele fazia o barco inclinar’ (a embarcação oscilava muito no contravento). Chegou até a sentar na borda e ficar de bico. A paixão pelo mar é de família, e assim, vieram as competições de Oceano. Foi nessa classe que Larissa, já em Ilhabela, começou a disputar bons resultados. Impressionada pela quantidade de barcos e velejadores, foi lá, na Capital da Vela, que viu um grande motivo para velejar. No Paraná, já aos 11 anos, teve a sua primeira grande vitória no Optimist: no Campeonato Estadual, conquistou o segundo lugar geral e primeiro feminino, e orgulha-se de ver velejadora da Represa de Passúna. Impulso dado, hoje faz parte da Equipe Brasileira de Vela de 2011. Com um ritual discreto, no momento que antecede a entrada na água, que ela começa a se concentrar enquanto passa o protetor solar, prende o cabelo e coloca a bota. Na hora de montar o barco, já na água, se prepara sem pressa, realmente para curtir aquele momento. Em equipe, antes de cada regata, com Juliana Motta e Marina Jardim, dá um grito em conjunto pra liberar qualquer energia negativa. E se durante a competição o clima ficar tenso, um dos truques para reverter o astral é entre elas: sorrir! 46 Matheus Dellagnelo Hoje Larissa tem três metas: classificar o Brasil para as Olimpíadas de 2012 na Classe Match Race (em uma das 11 vagas para os 40 países), ter bons resultados na Inglaterra e depois focar em 2016 para uma possível medalha. Para isso, já está em Niterói, onde a CBVM tem a sede de treinamento para o Match Race Feminino e dá suporte preparando os atletas com treinos em terra e na água, além de disponibilizar dois barcos Elliots. A garantia da vaga na Equipe Olímpica em 2011, resultado que conquistou no seu clube, serve para compensar toda a dedicação ao esporte. No ano que antecede as Olimpíadas, aos 26 anos, Larissa sabe que a atenção se volta ao esporte, e mesmo correndo contra o tempo, entra na água mais do que para realizar um sonho - para mostrar que estamos entre os melhores do mundo. Abril 2011 | Cockpit I ncentivado pelo pai, Matheus entrou em um Optimist pela primeira vez aos nove anos, na Lagoa da Conceição, e não poderia prever que aos 23 anos seria um dos melhores atletas da classe Laser da América Latina. A vela entrou na sua vida por conta da diversão das aulas de Optimist, os bons resultados nas regatas, e os amigos do mar. Sua primeira vitória foi imprevista e imediata: logo na sua estréia em regatas, em 1997 e ao lado de outros 25 competidores, a maioria estreante também, aproveitou que andava bem na popa e simplesmente velejou. Só descobriu que havia ganho a medalha de ouro na hora da premiação. Descobriu que era ainda mais divertido velejar quando se vence. Sua vida é movida a esportes. Na água gosta de nadar, surfar e andar de kite; em terra, não dispensa um futebol, corre e gosta de jogar tênis em quadra e de mesa, e são as competições olímpicas que desde pequeno motivam sua vida. Em época Panamericano e Olimpíadas, Matheus não perde nenhum detalhe das competições. Determinado, hoje está perto de realizar um dos sonhos: Cockpit | Abril 2011 uma medalha no Pan. Para isso, além de trancar o último ano de Engenharia de Materiais, os próximos sete meses que antecedem a competição se resumem a uma rotina cíclica: dieta balançada, musculação cinco dias da semana, corrida e bicicleta durante a semana, e intensificação dos treinos na água com o barco da Federação Brasileira. Matheus tem um perfil mais tático, não costuma usar a bússola e ganha sempre vantagem com a popa nas ondas além dos ventos rondados. Competitivo, para chegar aos resultados dos ídodos Robert Scheidt e Torben Grael está disposto a tudo. 47 receita capacitação Difícil é pescar E ntre os peixes mais saborosos de água salgada, a Garoupa é um dos mais acessíveis financeiramente e na hora de colocar na chapa ou frigideira não é tão complicada como parece. Ney Mund Filho, o Neco, dono do restaurante Toca da Garoupa em Florianópolis sabe todas as artimanhas para capturar uma garoupa e é ele quem dá algumas dicas e sugere um prato simples e gostoso para esse peixe. Curso de Marinheiros A Funcionários buscam profissionalização 48 partir deste ano o Iate Clube passa a oferecer o Curso Profissionalizante da Marinha – MAC (Marinheiro Auxiliar de Convés) nas dependências do clube. Através de convênio firmado com a Capitania dos Portos em novembro/10 a Comodoria pretende aumentar a qualidade da mão-de-obra circulante no clube. O curso será ministrado de segunda à sexta à partir das 17h, e as inscrições, abertas a todos os marinheiros particulares e a seus auxiliares, podem ser feitas na Secretaria Operacional. Há exigência do Ensino Fundamental completo para os participantes, por isso o Iate Clube também oferece um supletivo intensivo para os trabalhadores. Os mais de 10 alunos assistem a uma disciplina diferente por dia. Aos 45 anos, Moises Silva, que há três é marinheiro de convés no Iate Clube, está na sexta série, e se não fosse por essa iniciativa não conseguiria estudar. “As aulas são muito A Garoupa pode ser encontrada na costa sul e sudeste do litoral brasileiro e tem dois habitats, na correnteza ou em tocas. Ela está aonde entra o vento, por isso é chamada de cabeça de vento e não costuma pegar a isca quando a água está muito gelada exatamente por ser um peixe frio e nessa situação está ambientada com a água. Sai da toca para se alimentar e quando a água está mais quente. Essas são algumas das peculiaridades da Garoupa, que depois de capturada, rende pratos deliciosos, como a posta de Garoupa que a equipe do Neco sugeriu. Por isso, prepare a linha, anzol e isca ou garanta um peixe fresco e se delicie com ela na chapa! Posta de Garoupa na chapa boas, e voltar a estudar sempre estava nos meus planos. Mas por falta de horário, adiava. Estou aqui não só para fazer o Curso de Profissionalização, mas pra completar o ensino Fundamental e depois o Médio”, planeja ele, que adora estudar matemática. “Este é o primeiro passo para uma equipe mais profissional. É importante que os associados motivem seus empregados a participar ”, afirmou o Comodoro Carlo Roberto Bresolin sobre a iniciativa. O próximo objetivo, já acertado com a Marinha, é propiciar a formação contínuano Curso Profissionalizante da Marinha do Brasil – MOC (Moço de Convés), em um curso de 350 horas/aula a ser realizado dentro do ICSC. Abril 2011 | Cockpit Ingredientes: • 600 gr de posta de garoupa • alfavaca torrada e sal • 200 ml de vinho branco • azeite de oliva Modo de preparo: Misture alfavaca torrada, o sal e o vinho branco e tempere a Garoupa. Deixe em torno de 15 a 20 minutos em descanso para o peixe absorver os temperos. Unte a chapa com o azeite até o peixe ficar grelhado. Acompanhamentos: Arroz com açafrão, pirão de caldo de peixe e batatas salteadas. Cockpit | Abril 2011 49 oceano pesca Regata comemora aniversário de Floripa M ais de 100 velejadores, 27 barcos, tempo bom e ventos constantes formaram o cenário ideal para mais uma edição da regata comemorativa Cidade de Florianópolis, disputada no aniversário da capital (23 de março), com largada e chegada bem em frente ao recém inaugurado trapiche da Beira Mar. A prova, organizada pelo Iate Clube Santa Catarina - Veleiros da Ilha (ICSC-VI) em parceria com a Prefeitura Municipal de Florianópolis, agora passa a integrar a programação oficial das comemorações de todos os aniversários da cidade, e ainda distribuiu R$10.000,00 entre sorteio aos participantes e prêmios aos vencedores. “Mais uma vez é uma honra para o Iate Clube Santa Catarina – Veleiros da Ilha, realizar a regata Cidade de Florianópo- lis em homenagem ao aniversário da Capital. A Prefeitura da Capital tem se mostrado uma excelente parceira dos esportes náuticos e, após uma reunião com a Secretaria de Turismo em 2010, a vela foi escolhida como embaixadora do turismo de Florianópolis”, conta Carlos Bresolin, comodoro do ICSC-VI. Na raia, divididos em duas classes, os veleiros encontraram ventos de Nordeste que chegaram a 30 km/h nas rajadas mais fortes e o percurso de pouco mais de sete milhas náuticas, tornou a prova muito rápida exigindo todo entrosa- ORC geral 1º Fabio Filippon – Veleiro Katana 2 (R$ 1,000,00) 2º Inacio Vandresen- Veleiro – Zeus Ecco! (R$ 600,00) 3º Leonardo Guilhermo Call - Veleiro – Kiron ( R$400,00) 50 mento possível entre os tripulantes. Na classe ORC, a diferença entre os três primeiros, o vencedor Katana 2 e os veleiros Zeus e Kiron, respectivamente segundo e terceiro colocados, ficou na média dos 40 segundos. Na RGS, o Bruxo de Luiz Schaefer, abriu pouco mais de dois minutos de vantagem para o segundo colocado Zephyrus que, com 05 minutos para o Revanche na 3ª posição, marcou a maior diferença do dia. Todos os outros veleiros completaram a prova em intervalos de pouco mais de 1 minuto. RGS geral 1º Luiz Carlos Schaefer veleiros - Veleiros Bruxo (R$ 1,000,00) 2º Tarciso Mattos – Veleiros Zephyrus ( R$ 600,00) 3º Celso Luiz Muler Faria –Veleiro Revanche (R$ 400,00) Ganhadores do sorteio do 6 cheques no valor de um mil reais cada (R$ 1.000,00) • Mauro Ribeiro – veleiro Nemo • Luiz Fernando Beltrão – veleiro Tingua • Inacio Vandresen – Veleiro Zeus Ecco! • André Luiz Alves – Veleiro Rock And Roll • Tarciso Mattos - Veleiro Zephyrus • Luiz Carlos Schaefer -Veleiro Bruxo Abril 2011 | Cockpit Dia perfeito inaugura Campeonato de Pesca Aderbal Ramos da Silva A s condições do dia não poderiam ser melhores: sol forte, vento fraco e mar sem ondas. Nesse cenário foi dada a largada do Campeonato de Pesca Aderbal Ramos da Silva, que movimentou o sábado na sede oceânica do iate Clube Santa Catarina – Veleiros da Ilha. A primeira etapa, denominada Torneio Pescador Jaime Aleixo de Souza reuniu 27 embarcações divididos em dias categorias: pesca costeira/ mar aberto e pesca em águas protegidas. Na primeira delas, que reuniu experientes e ávidos pescadores amadores que encontram na pesca momentos de relaxamento. No campeonato, porém, a rivalidade vem à tona e a embarcação Deise comandada por Marcos Sebastião levou a melhor somando 13.426 pontos. Na segunda posi- Troféu de Pesca Transitório Aderbal Ramos da Silva O Iate Clube quer ver a sua criatividade em prêmio, por isso, movido pela paixão não só dos seus associados, mas do ex-governador Aderbal Ramos da Silva, o Campeonato de 2011/2012 homenageia o centenário do nosso ilustre político com um troféu exclusivo para esse evento. Entre os dias 16 a 30 de abril, qualquer pessoa ou empresa pode participar sendo avaliados pela criatividade, originalidade e comunicação. O prêmio de R$ 5.000,00. Regulamento e informações no site www.icsc.com.br ou com a Secretaria de Eventos no telefone (48) 3225-7799. Cockpit | Abril 2011 ção ficou a lancha Raça comandada por José Witthinrich, o Juca, que levou 9.145 pontos e ainda acumulou o destaque do peixe mais pesado da categoria: uma garoupa de mais de 8,5 quilos. A lancha Matraca, liderada por Dirceu Jandiroba ficou em 3º lugar com 7.621 pontos. Entre as embarcações da categoria ‘pesca em águas protegidas’, três veleiros também participaram do torneio e, mesmo não fazendo feio na hora da pesagem não foram páreo para Marcos Longo da lancha Parcel Pesca que ficou com o 1º lugar da categoria com 18.809 pontos, seguido pela equipe do barco Quininho do comandante Leandro Santos com 12.411 pontos e a peça mais pesada do Torneio: um robalo flecha de 8,9 quilos. Ildefonso Witoslawski Júnior ficou com a terceira posição com 4.356 pontos, mas destacou o fato de ser o único velejador entre os premiados. O Campeonato de Pesca Aderbal Ramos da Silva integra o calendário oficial de comemorações do 100 anos de nascimento do Dr. Aderbal, como era conhecido. O Iate Clube Santa Catarina – Veleiros da Ilha organizou um concurso para criação e confecção do troféu que será entregue ao vencedor ao final da competição. Ao todo serão seis etapas disputadas até abril de 2012 com mais de quarenta mil reais em prêmios incluindo uma lancha de 17 pés e dois motores de popa de 15hp. Todas as etapas contam com patrocínio da Chumpesca. 51 prêmio de R$ 5.000,00 por etapa e mais R$ 40.000,00 em prêmios a serem “sorteados” enre os participantes ao final do campeonato. 52 Abril 2011 | Cockpit