João Biché Danune
Transcrição
João Biché Danune
João Biché Danune COMENTÁRIOS SOBRE O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DO CENTRO DE SERVIÇOS DE PETRÓLEO E GÁS DE PEMBA – RESUMO NÃO TÉCNICO Depois de ler atentamente este importante e bem elaborado documento, gostaria modestamente como moçambicano e Técnico de Nível Superior relacionado com estas temáticas, tecer algumas considerações preliminares, sobre os 10 Princípios de Avaliação do Impacto Ambiental 2.0, que passarei a enumerar e debruçar-me sobre os mesmos (porque julgo que devem estar sempre presentes nos Especialistas de Todas as Áreas envolvidas neste complexo projecto): 1. Uma avaliação do impacto ambiental é a melhor aproximação de avaliação do impacto baseado no que sabemos do ecossistema. Todas as avaliações de impacto têm uma complexidade, carácter estatístico e manejam-se com limites de incerteza. O conhecimento dos processos físicos da natureza é em grande parte desconhecido até aos nossos tempos. Novas descobertas e ferramentas podem melhorar a maneira de ver as coisas e mudar as regras de avaliação. Dado o nosso nível de incerteza sobre nossas avaliações, o termo “especialista” ambiental deve mudar para “profissional” ambiental. 2. Deve-se monitorizar só aquilo que serve para medir impacto. Cada dado que se monitoriza no campo tem um custo e uma pegada ambiental. A seleção dos dados para monitorizar deve ser muito cuidadosa para optimizar os poucos recursos disponíveis. Exige-se registar somente aqueles que sejam úteis para os métodos de avaliação de impacto. 3. A avaliação de impactos deve ser quantitativa com métodos por tipo de actividades aprovados pelo regulador oficial. Os método de avaliação de impacto ambiental devem estar listados pelo regulador oficial por tipo de actividade e sub-actividade. Os métodos devem ser de tipo quantitativos, realizados com o uso de ferramentas informáticas e validados com observações de campo. Considera-se obsoleto utilizar métodos qualitativos como a Matriz de Leopold. 4. O regulador oficial é o principal responsável de qualidade de um Estudo de Impacto Ambiental. No caso em que um projecto tenha um impacto não previsto no meio ambiente, este impacto tem responsabilidade compartilhada pelo regulador oficial. As avaliações de impacto implicam custo, os recursos são limitados e as avaliações realizam-se com o mínimo impacto possível sob a legislação vigente. Maiores e melhores avaliações não virão do lado do cliente, nem do consultor, mas sim por exigências do regulador. 5. Os estudos de impacto ambiental são dinâmicos e de melhoria contínua. 1 João Biché Danune Antes de começar um projecto, os dados são escassos e a qualidade das avaliações são limitadas. É durante a vida do projecto que se obterão os dados que aumentam os níveis de confiança sobre as avaliações de impacto.. Todas as Avaliações de Impacto ambiental 2.0 devem ser actualizadas cada 4 anos ao longo da vida do projecto. 6. Reduzir o impacto ambiental de fazer um Estudo de Impacto Ambiental. Não se pode preservar a natureza gerando um impacto ambiental maior. O plano de trabalho de uma avaliação de Impacto Ambiental requer viagens, pessoal, papel e outros inputs que geram pegada hídrica, pegada de carbono e outros impactos ao meio ambiente. Devem-se optimizar as metodologias de monitorização e avaliação de impacto para que estejam em harmonia com o espírito de preservação do meio ambiente. 7. As AIA não devem ser obstáculos para o investimento. Tudo o que fazemos gera um impacto para o meio ambiente, até tomarmos banho. As EIA não devem ser consideradas como um requisito/obstáculo mas sim como uma ferramenta para a gestão ambiental e para dimuinuir as responsabilidades futuras de uma operação. As EIA 2.0 são documentos com um máximo de 150 páginas onde se resume a discussão sobre a avaliação dos impactos. Todos os dados de monitorização serão registados e publicados em formato digital 8. O pessoal ambiental de uma empresa deve estar encarregue da gestão e planificação ambiental 2.0 As pessoas da área ambiental de empresas não devem estar limitadas a cumprir regulamentos, pedir autorizações e assegurar-se de não ter problemas com o regulador oficial. Os profissionais ambientais devem planificar ambientalmente as partes estatísticas das operações e avaliar as medidas de mitigação, compensação ou remediação. Também consideramos que a área do ambiente tem pouco a ver com a segurança e saúde ocupacional. 9. A multidisciplinaridade é um mito e está contra a eficiência da AIA. Isto parte de uma versão humanista do meio ambiente plasmado em documentos técnicos e em textos de uma utopia ambiental. Nos nossos contextos subdesenvolvidos (como é o caso de Moçambique) e emergentes a abordagem multidisciplinar não conduz e tão pouco dá um valor acrescentado a avaliação. 10. A gestão ambiental deve provir de cada área de actividade. Os conceitos e os dados para a avaliação do meio ambiente devem provir de cada área e correlação com a área do ambiente. Desta forma tem-se 2 João Biché Danune uma estrutura de tomada de decisões em constante actualização e desenho. Depois de apresentar os 10 Princípios de Avaliação de Impacto Ambiental 2.0, permitam caros colegas que faça alguns comentários e recomendações do que acho que se deve e/ou deverá ser feito nas fases subsequentes deste Projecto: a) Hidrogeologia: Em muitas partes do mundo os recursos hídricos subterrâneos estão sob interesse público, devido as procuras crescentes, e a contaminação. Para enfrentar este desafio deve-se implementar um bom planeamento de manejo integrado de água subterrânea. Deve-se avaliar o estudo da água subterrânea e oferecer a informação exigida para tomar as decisões relacionadas ao manejo e a reparação dos aquíferos contaminados. Desta forma devemos avaliar: • Desenho de poços de produção. • Mapeamento hidrogeológico e determinação dos mananciais. • Avaliação hidrológica do karst. • Estudos hidrológicos e provas de bombeamento. • Balanço hidrogeológico das bacias. • Avaliação da intrusão salina. • Análise isotópica da água subterrânea. • Determinação da origem da água subterrânea. • Monitorização da natureza do aquífero. • Drenagem e controle das filtrações. b) Contaminação pela agricultura: Deve-se avaliar: √ Caracterização do aquífero em relação à contaminantes provenientes da agricultura. √ Simulação de lixiviação de fertilizantes e pesticidas. √ Optimização na aplicação de fertilizantes. 3 João Biché Danune √ Boas práticas no uso de pesticidas, fungicidas e herbicidas. c) Intrusão Salina Avaliar: • Caracterização da intrusão salina. • Avaliação predictiva da concentração de sais. • Opções de mitigação e reparação da intrusão salina. d) Gestão da Água Subterrânea: Avaliar: √ Estudo do impacto de um projecto nos corpos de água subterrânea. √ Desenhos de monitorização de água subterrânea. √ Avaliação do fornecimento de água subterrânea. √ Determinação de esquemas recuperação da água subterrânea. de armazenamento artificial e √ Avaliações de sistemas de reparação de água subterrânea contaminada. √ Estudos integrados de manejo de água subterrânea e superficial. √ Elaboração de políticas sobre a gestão da água. e) Poços de bombeamento: Avaliar: • Desenhos de poços de produção. • Determinação de zonas de protecção dos poços. • Determinação do caudal e duração das provas de bombeamento. • Determinação de parâmetros hidráulicos estáticos e dinâmicos (K e Sy) através da modelação numérica. f) Transporte de Contaminantes: Avaliar: √ Caracterização e análise de migração de plumas contaminantes. √ Determinação da origem de contaminação da água subterrânea. 4 João Biché Danune √ Modelação de transporte de nutrientes, contaminantes inorgânicos e orgânicos, assim como núcleos radioactivos. √ Modelação de reacções na água subterrânea. √ Avaliação de medidas de reparação da água subterrânea. √ Estimação da contaminantes. atenuação e diminuição do transporte de √ Predição da carga de contaminantes para os ecossistemas. √ Desenho de sistemas de bombeamento e tratamento. g) Hidraúlica Fluvial: Avaliar: • Condição de fluxo em canais. • Sedimentação e erosão de rios. • Determinação de zonas de mistura de efluentes. • Avaliação de zonas de inundação. h) Serviços destacados: I – Resolução de soluções ambientais A actual gestão ambiental requer de uma completa visão de regulamentação, monitorização e do estado da qualidade e da quantidade de água. Para conduzir uma gestão ambiental com êxito os organismo reguladores, a empresa como CSPGP, Impacto devem assessorar as empresa mineiras e outras em resposta de observações ambientais, e mesas de diálogo. A resolução de observações compreende a análise de dados de recursos hídricos, a revisão da legislação vigente e a abordagem sobre as exigências do organismo regulador. Este serviço pode-se estender para a geração e aplicação de autorizações ambientais. Este serviço oferece-se em forma de tarifas horárias com base nas procuras da empresa da consultadoria. II – Supervisão de avaliações ambientais: Oferece à empresas mineiras e outras o serviço de supervisão das avaliações ambientais nos recursos hídricos como: 5 João Biché Danune √ Estudos de linha de base hidrológicas e hidrogeológicas. √ Estudos de impacto ambiental sobre os recursos hídricos. Este serviço oferece-se na forma de tarifas horárias com base nas exigências da empresa. Os objectivos desta supervisão são: • Avaliar a qualidade e a quantidade de dados hidrológicos e hidrogeológicos. • Verificar e optimizar o modelo conceptual superficial e subterrâneo. • Controle de construção e calibração de modelos numéricos. • Garantir que os resultados do estudo cumpram com os standards dos organismos reguladores. III – Gestão da Água Subterrânea – GEOTECNIA A água subterrânea está estreitamente relacionada com os estudos geotécnicos. Existem muitas situações onde o fluxo de água subterrânea e a pressão dos poros podem criar sérios problemas na estabilidade dos solos. Torna-se imperioso a existência de empresas especializadas no estudo do impacto da água subterrânea relacionado á vários problemas de engenharia geotécnica. Avaliar: √ Sistemas de drenagem de taludes. √ Assentamento do terreno causado pelo bombeamento. √ Avaliação da entrada de água na reprodução dos túneis. √ Drenagem de outras infraestruturas. IV – HIDROINFORMÁTICA Avaliar: • Aquisição remota de dados hidrológicos. • Implementação de Sistemas de Informação Hidrológica (SIH). • Sistemas de tomada de decisões com base na inteligência manual ou artificial. • Aplicação da lógica difusa para recursos hídricos. • Aplicação de redes neuronais na predição de inundações. 6 João Biché Danune • Modelação de inundações nas zonas urbanas. • Desenvolvimento de códigos especiais nos recursos hídricos. QUESTÕES OU PREOCUPAÇÕES A) I-Estado do Ecossistema Marinho Mundial O impacto da mudança climática nos ecossistemas martinhos, deverá ser articulado em torno das contribuições científicas que facilitam a compreensão dos processos físicos, ciclos biogeoquímicos e as respostas dos organismos a um oceano em mudança, quer seja a nível fisiológico, individual ou da população, o que é fundamental para a gestão actual e cenários futuros. ii- Analisar os impactos humanos na costa, no mar aberto e em ambientes de águas profundas, através de actividades extractivas, maricultura, a proliferação de espécies invasoras e a contaminação. iii- Novas perspectivas e estratégias para fazer frente de um oceano em mudança. Torna-se necessário que haja formas inovadoras de quantificar os locais históricos de variabilidade nos ambientes marinhos, avaliar o estado actual dos recursos, as mudanças previstas e seus impactos ecológicos no futuro. iv- Fontes de carbono ( C ) no mar: Falta ainda realizar uma avaliação prévia das fontes e sumidouros de carbono no mar, a nível global. O objectivo deve ser sempre o de reduzir as incertezas actuais, que existem na quantificação dos fluxos anuais atmosfera-oceano de CO2 para o oceano global, oceano Atlântico e oceano Índico. É importante saber quão grandes são exactamente os sumidouros de CO2 nos oceanos Atlântico e Austral, isto é, qual é a eficácia do transporte vertical do carbono para o interior dos oceanos nas águas profundas do oceano global? - Quais são aos mecanismos chave de retroalimentação capazes de afectar à captação de carbono por parte dos oceanos, e como funcionam? - Qual é, quantitativamente, o impacto a nível regional e global de tais mecanismos de retroalimentação sob o forçamento de mudanças climáticas nos próximos 200 anos? Nota: Deveria haver um Projecto que se dedicasse para dar resposta a estas questões através da investigação básica, numa combinação estratégica de extensas observações para a macroescala, estudos de processos e avançados modelos informáticos, centrando-se em todos os aspectos quantitativamente importantes do problema. O tal Projecto deveria se focar sobre 3 pilares: observações, estudo de processos e modelo integrador, que equivale respectivamente a descrição, compreensão e predição. 7 João Biché Danune - Uma compreensão baseada no processo de resposta do ciclo de carbono no mar permite perante uma mudança de forçamento seguido de dados de estudos do processo no campo, no laboratório e mediante modelação. B) A Mudança Global não tem um efeito ‘global’ A mudança no ratio da precipitação, nível do mar, regime de luz diferente em partes diferentes do mundo. Clima (Temperatura & Luz) provocam compartimento: √ Passivo: condições óptimas para o crescimento do fitoplâncton (blooms). √ Activo: provoca desovacão, migração para áreas reprodutivas, fontes de alimentação. Implicação: ajuste – desajuste FENOLOGIA • A relação entre clima e fenómenos biológicos periódicos. • Sincronização da biomassa - Predição nas mudanças de temperatura; mudanças em fontes de alimentação e mudanças na QUALIDADE de alimentação. -UVR influi nos ácidos gordos (fate acids) do fitoplancton Ajuste/Desajuste √ 1969, 1990 Cushing para explicar mudança no recrutamento de peixes. √ Baseado na coordenação (como função do clima) de crescimento dos produtores primários (fitoplâncton) √ Fitoplancton → Zooplancton → estádios pelágicos de larvas de peixe. √ Mudança de temperatura impede o crescimento do fitoplâncton de impacto elevado.. √ ‘Ajuste’ : perda do fitoplâncton exactamente antes da injecção das larvas de peixes. ‘Desajuste’: perda do fitoplâncton muito antes, mais tarde ou em menos quantidade. Desajustes sobre níveis tróficos. Ligação ecossistema-mar. Desajustes em ecossistemas marinhos pelágicos. Desajustes em populações bentónicos. 8 João Biché Danune √ FENOLOGIA, fonte de alimentação, bivalves, predadores √ Limitação de alimentação temporal ESTRATÉGIAS DE GESTÃO? • Hipótese ajuste/desajuste • Propósito de Cushing: a consciência da mudança climática e a gestão da pesca. • Desenvolve estratégias de gestão. • Evitar sobreexploração de populações de peixes e promover a pesca em níveis sustentáveis. - Impacto da radiação UV no biota marinho. Obsevações: O fitoplâncton no mar aberto será mais vulnerável ao aumento da temperatura. Segundo um estudo do CSIC (Consejo Superior de Investigaciones Científicas ) de Espanha, tem constatado empiricamente que diferentes espécies de fitoplâncton possuem capacidade genética diferente para adaptar-se à Mudança Climática. As espécies que proliferam no mar aberto serão mais vulneráveis ao aumento da temperatura da água, enquanto que as espécies que se movem nas águas continentais serão mais resistentes (Proccedings of the Royal society B) – assinalam isto para o final do século XXI. - MUDANÇAS CLIMÁTICAS E ZONAS COSTEIRAS: A Costa: receptor e gerador de usos e serviços; importância das zonas costeiras – ócio. IPCC: 50% da população mundial vive nas zonas costeiras. Ameaças sobre as zonas costeiras: EROSÃO e INUNDAÇÃO - Custos de protecção perante Erosão-Inundação = ? - Custos induzidos em actividades humanas pela Erosão-Inundação. C) Transporte e deposição atmosférica de contaminantes orgânicos: 1. Mecanismo advectivos de transporte -transporte atmosférico -transporte marinho -Rios - Biota - Actividades antropogéniacas ( derramamento(depósitos, resíduos)) 9 João Biché Danune 2. Mecanismos Difusivos de transporte - Difusão molecular – importantes a escalas pequenas. - Difusão turbulenta – importante a escalas médias. 3. Processos físico – químicos e biogeoquímicos (Ecossistemas aquáticos) POP’s nos ecossistemas aquáticos Química – Ambiental (Objectivos) - Acumulação de POP’s no fitoplâncton - Acumulação de POP’s no Zooplancton e outros organismos aquáticos - Fluxos verticais de material particulado. Avaliar: • Cadeia trófica aquática 4. Que explica a distribuição global dos contaminantes orgânicos persistentes Objectivos: - Perturbações antropogénicas da quimiosfera - É possível quantificar e caracterizar as perturbações químicas por compostos sintéticos? - Transporte e depósito dos contaminantes orgânicos a escala global. - Avaliação do risco dos compostos químicos antropogénicos. - Mudança climática e a quimioesfera tóxica. - Acumulação de contaminantes orgânicos na vegetação. - A vegetação como filtro de contaminantes F =Fluxo de deposição na vegetação/Fluxo de deposição no solo - Climatologie and Remote Sensing Data Water – Phytoplankton Fluxes FW p = Kwp (Cw – Kd+KG/Ku*Cp) Kwp = Biomass.*MLD*ku 10 - POP’s In Greenland population - Trophic controls on PAH accumulation in plankton João Biché Danune - Trophic controls on HCH’s and HCB accumulation on plankton. 5. POP’s in the global environment. - The potential for sintetic compounds to become global pollutants is a function of their physical chemical properties and toxicity. - Carbon cycle and temperature are important variables controlling global distribution of POP’s. - Atmospheric transport is important for legacy POP’s while oceanic transport is important for many emerging POP’s. - Only the environment fact and impact of few pollutants is know. Difficult to get the key information from other chemicals. - The organic fraction of the chemosphere is largely uncharacterization. - Since the different vectors of global change (climatic, biodiversity, hydrological cycle…) will modify the ecosystem functioning, the fate and impact of POP’s will also be modify a global change scenario. 6. Questões que deveriam ter sido abordadas. a) saúde humana e POP’s b) POP’s em cetáceos c) POP’s em inuits d) POP’s na vegetação terrestre e) Sumidouros globais de POP’s f) Tratado de Estocolmo e outra legislação ambiental g) Novos POP’s ou contaminantes emergentes h) nonyfenolls i) Degradação bacteriana de hidrocarbonetos ( e outros POP´s) j) Acumulação de contaminantes nas redes tróficas mundiais l) POP’s nos solos m) Transporte a longa distância de POP’s n) Incêndios * PAH’s o) POP´s na microbiota marina p) Disruptores endócrinos (estrogénios, nonylphenoles, etc. 11 João Biché Danune q) POP’s e cancro nas populações humanas. r) Contaminantes organoclorados em Flix s) Toxicologia… t) Derrames acidentais de hidrocarbonetos u) Compartimentação gas-aerossol de contaminantes orgânicos v) Acumulação nas aves x) Fitotoxicologia de PAH´s w) Efeitos tóxicos e sinergia de misturas de contaminantes y) POP´s nos solos orgânicos z) POP´s no pescado e marisco. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 7.1 Mudança Global e Uso Sustentável da Costa Actualmente mais de 60% da população mundial vive associada a estreita faixa costeira que representa os primeiros 100 km da terra. Uma maioria das grandes cidades situa-se na costa. Sua urbanização, e por consequência, seu aumento populacional, espera-se que cresça no futuro. O desenvolvimento das costas, sem ou com medidas de protecção, está fora de controle e por conseguinte, a degradação e/ou destruição do ambiente costeiro continua em crescendo. As recomendações e políticas internacionais advogam cada dia, com mais força pela introdução de melhores mecanismos de planificação e uma gestão efectiva desta estreita e vulnerável orla territorial, mais mecanismos que nos permitem avançar para o Desenvolvimento Regional Sustentável dos ambientes costeiros. 7.2 Aspetos que devem ser abordados - A costa: funções, usos e valores. - Tendências de Mudança Global e usos nas costas. - Desenvolvimentos Regionais Sustentáveis. - Sistemas sócio-ecológicos e gestão ecossistémica. 7.3 Governança e Estratégias da Costa - A Governança da Costa. - Sistemas de informação e diagnósticos ambientais na costa. - Avaliação dos serviços dos ecossistemas. 12 João Biché Danune 7.4 Gestão Integrada das Zonas Costeiras (GIZC): planificação • As Directivas de prevenção: EIA, SEA, IPPC. • “Marine Special Planning” • Estratégias da Costa e Planificação Estratégica. • O Caso Moçambicano e Planificação Estartégica. 7.5 Gestão Integrada das Zonas Costeiras (GIZC): os processos de gestão √ A Gestão Integrada das Zonas Costeiras: princípios e recomendações. √ Processos Gerais e específicos da GIZC. √ As mudanças de standardização: EMS, EBM, EBMS… 7.6 A gestão das praias como exemplo da GIZC e de problemáticas costeiras. - Aspectos funcionais das praias - Processos de gestão das praias. 8. SISTEMAS DE GESTÃO MEIOAMBIENTAL Uma estrutura formal de políticas, práticas e procedimentos para reduzir os impactos meio-ambientais de uma organização. • Baseado na melhoria contínua. • Baseado no esquema conceptual. Plan – Do – Chek – Act (PDCA) • Reflectindo as relações entre a organização e o meio ambiente. • Um processo, Não um projecto 8.1 Princípios Básicos de um SGM: √ Voluntária – aberta a todos os sectores económicos incluindo as diferentes administrações. √ Credível – inclui verificação externa. √ Visível – o logotipo EMAS é visível e facilmente reconhecível. √ Aplicável – Aplicável a toda a organização . Inclui a norma ISSO 14001 como o SIG de EMAS. √ Transparente – maior importância para a declaração meio-ambiental como forma de melhorar a comunicação entre as partes. 13 João Biché Danune √ Controlável e Verificável – EMAS é validada por entidades independentes, que são acreditados por órgãos acreditados nos diferentes países. 9. ACIDIFICAÇÃO DOS OCEANOS - Balanço do CaCO3 para os oceanos. Dados de Pg de CaCO3- Cano-1 - Proliferação de algas microscópicas com efeitos conhecidos como prejudiciais. - Como são prejudiciais? Resposta: Algumas algas são tóxicas e contaminam bivalves destinadas ao consumo humano. Outras produzem mortandade de peixes. EFEITOS NOCIVOS Elevada biomassa : espumas, mucílago, esgotamento de O2… TOXICIDADE: Mortandade de peixes, etc. PSP – Intoxicação paralisante por bivalves NSP – Intoxicação neurológica por bivalves. DSP – Intoxicação diarreica por bivalves. ASP – Intoxicação amnésica por bivalves. Outros aspectos da Mudança Global: - Aumento das contribuições de nitrogénio para as zonas costeira – EUTROFIZAÇÃO. Consequências → Aumento da produtividade algal; Mudança na estrutura da comunidade; Proliferação de algas nocivas; Degradação das pradarias de fanerógenos marinhos; Destruição de recifes de coral; Aumento na procura de oxigénio e hipoxia, Aumento de N2O (gás de efeito de estufa); Aumento de patogêneos e doenças. 10. Mudança Global e Ecossistema Plakntónico A “bomba biológica” de C Componentes do sistema climático a) Mecanismos e efeitos de retroalimentação: Aquecimento → > evaporação; > vapor de água atmosférica (gás de efeito de estufa) 14 João Biché Danune Mudanças na intensidade/frequência das precipitações. >temperatura do mar: mudanças na intensidade/frequência tempestades? Aumento do nível do mar (expansão térmica, fusão) densidade → < Fusão de calotes polares. MUDANÇA RELAÇÃO COMPLEXA: CLIMÁTICA E CIRCULAÇÃO MERIDIONAL. UMA Fusão de gelo > → Água doce < S → < afundamento da água para o fundo → < intensidade da circulação meridional. Evidência de > fluxo de água doce, < S e < fluxo de saída mas também: S em fluxo compensatório para o N. Outros efeitos de “mudança global” sobre o ecossistema marinho – Doney et al. (2010) - Deposição do nitrogénio antropogénico. - A “bomba biológica” de C. - A rede trófica marinha. - A rede claíssica e o bucle (caracol) ,ciclo microbiano. • FERTILIZAÇÃO DO OCEANO - Distribuição de nitratos (µM) na superfície dos oceanos mundiais (Regiões de alto nitrato e baixa clorofila) – de Boyd et al. • O PAPEL DO FERRO - Regiões HNLC: Altas concentrações de micronutrientes mas baixa biomassa de fitoplancton. • FERTILIZAÇÃO OCEÂNICA - Afloramento artificial. - Avaliações de extração de CO2 (modelos). - Potencial reduzido de extração de CO2 da atmosfera. POSSÍVEIS EFEITOS NEGATIVOS: - Hipoxia sub-superficial. - mudanças não desejáveis no ecossistema (HAB’s) 15 João Biché Danune - Produção de gases com efeito de estufa (metano, …) - Acidificação de águas interiores. - Efeitos sobre ecossistemas do fundo marinho. “as consequências conhecidas e as incertezas da fertilização oceânica ultrapassam de longe os hipotéticos benefícios” ( Chisholm et al., 2001). …..the CBD (Convention on Biological Diversity) requested parties, and urges other governments, to ensure that ocean fertilization activities do not take place until there is an adequate scientific basis on wich to justify such activities. This justification should include an assessment of associated risks, and a global, transparent and effective control and regulatory mechanism is in place for these activities, with the exception of small scale scientific research studies within coastal waters…Wallace et al. (2010). Ocean Fertilization. A scientific Summary for Policies makers. IOC/UNESCO, Paris (IOC/BRO/2010/2). - Na procura de relações – Estudos Experimentais (exemplo): - Response of Southern Ocean - Phytoplankton and Bacterioplankton Production to Warming. Morén et al. (2010) – Planktonic food web DPP = TPP – PPP Conclusions: √ Warming affected phytoplankton photosynthesis through an enhancement dissolved primary production. √ Changes in carbon fluxes of Southern Ocean pelagic ecosystem can be expected in response to global warming. √ Warming of Southern Ocean surface waters may affect phytoplankton photosynthesis through an absolute increase in CO2 fixation. This however, seems to be mostly channeled to extracellular product rather than used to be increase algal biomass. Temperature rises and its associated increase in DOC fluxes would not translate into a straightforward response of heterotrophic bacteria. - Fotossíntese e respiração em relação com a temperatura (um conceito clássico)- - Variabilidade estacional da taxa máxima de fotossíntese na superfície. As relações podem ter causas complexas: • Aumento de PB com a temperatura? 16 João Biché Danune • Mudanças na estrutura das comunidades? EFEITO DO FITOPLANCTON SOBRE O ALBEDO E O BALANÇO DA RADIAÇÃO: - Mudanças na radiação solar proeminente devido ao fitoplâncton. 11. Impacto da Mudança Climática no Sistema Planctónico Marinho • Principais grupos de fitoplâncton: - Aproximações morfológicas. - Aproximações baseadas na genética molecular. - O papel da energia externa. - Grupos funcionais ou tipos biológicos. - Factores de controle da produção primária. - Sucessão. - Modelos conceptuais. Notas Finais: Espero ter dado algum contributo, não obstante de forma modesta para esta discussão pública deste importante Projecto para o Futuro de um Desenvolvimento que todos os Cabo-delgadenses e Moçambicanos almejamos que venha a ser sustentável. Continuo com algumas dúvidas sobre os critérios que presidiram na decisão de classificar que este impacto tem carácter moderado, elevado, significativo ou não significativo. Gostaria de fazer uma chamada de atenção a Todos os Especialista de Várias Especialidades envolvidas : o que acontece nos outros oceanos tem, teve e terá sempre impactos directos ou indirectos no Oceano Índico, e neste caso concreto na Fabulosa Baía de Pemba. Exemplo: o aquecimento anormal das águas do Oceano pacífico tem como consequência as secas na África Austral ( ENSO OU El Nino). Desta forma convém ter sempre presente que estamos a lidar com fenómenos de carácter mais global, apesar de o Projecto ter uma base localizada Espero ainda este fim de semana elaborar um pequeno documento sobre “ A Importância da Logística em Moçambique no contexto da sua localização na África Austral – e a importância que isso terá na Competitividade do País” – será um documento muito pequeno de 2 ou 3 páginas no máximo. Lisboa, 04 de Outubro de 2014 João Biché Danune Eng.Agrónomo & Agrometeorologista 17 João Biché Danune Consultor Internacional Independente em Bioeconomia/Bioenergia, Mudanças Climáticas e Impactos da Mudança Climática em várias actividades económicas, etc, etc. . 18